Atendimento do paciente com Síndrome de Down de 5 a 13 anos no Distrito Federal Natália Silva Bastos Ribas Orientador: Dr. Fabrício Prado Monteiro 21-10-2010 www.paulomargotto.com.br
Atendimento do paciente com Síndrome de Down de 5 a 13 anos no Distrito
FederalNatália Silva Bastos Ribas
Orientador: Dr. Fabrício Prado Monteiro21-10-2010
www.paulomargotto.com.br
Introdução Síndrome de Down ou Trissomia do cromossomo
21 é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossomo 21 extra total ou parcialmente.
Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862.
A sua causa genética foi descoberta em 1958 pelo professor Jérôme Lejeune, que descobriu uma cópia extra do cromossomo 21.
Objetivo GeralApresentar o organograma de atendimento
do paciente pediátrico com Síndrome de Down de 5 a 13 anos no distrito federal, a fim de promover educação, ciência e amplitude desse serviço.
Objetivos específicos Avaliar a aplicação do protocolo de atendimento
do paciente com síndrome de Down compilado em 2003, do protocolo de Salvador, no Centro de Saúde número 5, referência no Distrito Federal de atendimento ao paciente com Síndrome de Down.
Apontar possíveis falhas e sugerir alterações para melhor aplicação do protocolo tendo em vista a realidade do distrito federal.
Abordagem da rede de relacionamento de saúde desses pacientes (Fonoaudiologia, Fisioterapia, Terapia ocupacional, Psicologia, etc) tão como rede social (associação, inserção no mercado de trabalho, etc).
MetodologiaAvaliados 252 prontuários: 147 do sexo masculinos e
105 do sexo feminino.
Critérios de inclusão: - Pacientes nascidos de julho de 1997 a junho
de 2005 atendidos no centro de saúde numero 5. - Adesão ao acompanhamento. Critérios de Exclusão: - Não adesão- ultima consulta há mais de 2 anos;
- Presença de apenas uma consulta do
prontuário; - Exclusão do diagnóstico pelo cariótipo
Finalizando o trabalho com 93 prontuários analisados, sendo 52 do sexo masculino e 41 do sexo feminino.
Seguimento clínico do 5º ao 13º anos *C/D Avaliação auditiva anual. Avaliação oftalmológica anual Hemograma e tireograma anuais (risco de hipotireoidismo) Alterações cutâneas: ressecamento, hiperqueratose,
foliculites, abscessos Apnéias obstrutivas Avaliação odontológica anualPlanejamento Discutir estimulação precoce e inclusão em ensino regular,
aquisições sociais, esfincteres, responsabilidade, auto-cuidados
Maturação e sexualidade, higiene menstrual, fertilidade contracepção. Risco de recorrência em portadoras. Homens portadores são inférteis*Protocolo de Salvador, 2003
Prevalência por sexo
Prevalência maior entre 5 e 6 anos.
Cuidador
48% apenas pela mãe , 1% apenas pelo pai e 45% por ambos
Idade materna
1% < 15 anos, 64,51% entre 16 e 45 anos e 2,15% > 46 anos.
Presença de comorbidades
58,06% apresentavam comorbidades, no sexo feminino 65,85%
Principais comorbidades
65,38% cardiopatia, 42,3% tireoideopatia, 7,69% neuropatia e 15,38% outros
Avaliação audiométrica anual
48,38% realizaram audiometria anual
Avaliação oftalmológica anual
77,41% realizaram avaliação oftalmológica anual
Hemogramas anuais
96,77% realizaram hemogramas anuais
Tireogramas anuais
96,77% realizaram tireogramas anuais
Presença de alterações cutâneas
84,95% não apresentaram alterações cutâneas
Presença de alterações respiratórias obstrutivas
98,9% não apresentaram alterações respiratórias obstrutivas
Frequentou ensino regular
88,17% das crianças freqüentam ou freqüentaram ensino regular
Capacidade de auto-cuidados
89,24% apresentam capacidade de se auto cuidar
Frequentou ensino especial
76,34% freqüentou ensino especial
Fez acompanhamento com fonoaudiologia
66,66% fizeram acompanhamento com fonoaudiologia
Fez acompanhamento fisioterápico
75,26% que não fizeram acompanhamento fisioterápico
Responsabilidade
84,9% dos pacientes foram classificados como responsáveis
Avaliação odontológica anual
74,19% fazem acompanhamento na odontologia especial
Interação com outras crianças
88% das crianças apresentavam boa interação com outras crianças
DiscussãoO Centro de Saúde numero 5 faz
acompanhamento de mais de 500 crianças com síndrome de Down.
Possui para atendimento: 1. Uma pediatra 2. Uma assistente social 3. Uma fonoaudióloga voluntaria
Não tem fisioterapeuta e psicólogos
DiscussãoO acompanhamento pediátrico é feito de 4 em
4 meses em menores de um ano e de 6 em 6 meses no maiores de um ano.
A fonoaudióloga faz atendimento uma vez na semana dividindo os pacientes em grupos de 15-15 dias.
As crianças fazem estimulação precoce do 0 a 2 anos, de 2 a 4 anos eles freqüentam o ensino especial, maiores de 4 anos devem freqüentar o ensino regular com turma reduzida.
DiscussãoA idade materna oscilou dentro da faixa de
normalidade sem grandes índices nas mulheres acima de 46 anos.
66,66% pacientes conseguiram acompanhamento fonoaudiólogo contra 24,73% que conseguiram o acompanhamento fisioterápico.
Discussão73% dos pacientes com comorbidades apresentam
cardiopatia e 40,7% apresentam tireoideopatia,
88,17% freqüentam escola regular porem nem todas turma reduzida,
76,34% fizeram acompanhamento no ensino especial,
74,19% fizeram acompanhamento na odontologia especial.
ConclusãoO Centro de Saúde n. 5 tem seguido o protocolo,
sendo pedidos todos os exames indicados e insistido aos pais a importância do acompanhamento correto não só com a Pediatria mas, com a Fonoaudiologia, Fisioterapia e Odontologia além de orientar aos mesmos que quando conquistado o direito a aposentadoria essa deve ser usada em prol do tratamento do paciente e por isso, indicado o uso desse dinheiro para complementar o que a Secretaria de Saúde não fornece como os acompanhamentos já citados, e exames como a audiometria tão difícil de conseguir pela rede publica.
AgradecimentosA Soninha pelo carinho e atenção e pelo amor
que tem pelos pacientes do Centro de Saúde,
a Dra Moema pela orientação,
ao Dr Fabrício pela sabedoria,
a minha família pela paciência,
ao meu marido pelo amor.