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80 Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007
Assistncia farmacutica:definio de valores
O Ministro da Sade, Jos Go-mes Temporo, atravs da Portaria nmero
3.237, publicada, no dia 24 de dezembro de 2007, aprovou as normas
de execuo e de finan-ciamento da assistncia farmacu-tica na ateno
bsica em sade. De acordo com o texto, o financia-mento da
assistncia farmacutica
bsica responsabilidade das trs esferas de gesto. Os valores
mnimos a serem aplicados para medicamentos do elenco de referncia
so: R$ 4,10 por habitante/ano (Unio), R$ 1,50 por habitante/ano
(Estados e Dis-trito Federal) e R$ 1,50 por habi-tante/ano
(Municpios).
Mercosul ganha Banco de Preos de
Medicamentos
O Brasil e os outros quatro Pases membros do Mercosul
(Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) assinaram acordo para a
implantao do Banco de Preos de Medicamentos. O banco conter os
valores pagos por cada um desses Pases na aquisi-o de medicamentos,
seguindo o modelo brasileiro, em que gestores de Sade tm disponvel
esse tipo de informao, em m-bito nacional. Ao facilitar as
negociaes por preos mais baixos junto aos laborat-rios, o sistema
vai contribuir para ampliao do acesso aos medicamentos e insumos na
regio. O termo foi assinado na reunio de Ministros da Sade do
Mercosul, em Punta del Este, no Uruguai, em julho. Representando o
Ministro da Sa-de Jos Gomes Temporo, o Presidente da Fundao Oswaldo
Cruz (Fiocruz), Paulo Buss, assinou esse e os outros sete acordos
firmados, durante a reunio. Os projetos es-to relacionados,
principalmente, Poltica de Medicamentos, Poltica de Controle do
Tabaco e do Cncer e j foram negociados entre os Conselhos dos Pases
membros e associados do Mercosul. Na Poltica de Medicamentos, foram
assinados ainda acordos que prevem re-comendaes e diretrizes para o
combate falsificao de medicamentos e produ-tos mdicos. O projeto
inclui proposta de controle da publicidade de produtos na Internet,
TV a cabo, satlite e outros meios que ultrapassam fronteiras,
podendo trans-gredir normas legais de cada Pas. Prope tambm medidas
corretivas para reduzir a exposio da populao a propagandas que
incentivam ao uso inadequado de produtos que podem provocar danos
sade.
Farmaccia Hospitalar: profissionaisganharo encarte na Pharmacia
Brasileira
A PHARMACIA BRASILEIRA trar mais informaes aos seus leitores, em
2008. A par-tir de abril, esta revista passar a publicar um novo
encarte, voltado exclusivamente para a Farmcia Hospitalar. O foco
desta nova publica-o a prtica profissio-nal. As informaes estaro
centradas na melhoria da sistemtica de trabalho, no dia-a-dia dos
farmacuticos hospita-lares. A primeira edio do encarte sair, em
abril, e trar o tema Qualificao de fornecedores, recepo e estocagem
de medicamentos e produtos para a sa-de. Em final de junho, uma
nova edio trar o tema Dispensao individuali-zada de medicamentos
(kits de procedi-mentos, kits cirrgicos e medicamentos
controlados). A terceira edio do encarte, em agosto, vir com o tema
Dose unitria: slidos orais, lquidos orais, pomadas / cremes e
injetveis. Descarte de me-dicamentos, produtos qumicos e ou-tros
produtos para a sade o tema da quarta edio, a ser publicada, em
outubro. O ltimo encarte do ano estar centrado no tema Nutrio
parenteral. A elaborao dos encartes estar a cargo da Comisso de
Farmcia Hos-
pitalar do CFF (Comfa-rhosp), integrada pelos farmacuticos Marco
Aurlio Schramm Ri-beiro, Conselheiro Fe-deral de Farmcia (CE);
Ilenir Leo Tuma (GO) e Eugenie Desire Ra-belo Nery (CE).Iremos
abordar exclu-sivamente temas bsi-
cos, que faam parte do dia-a-dia dos farmacuticos hospitalares
em qualquer hospital, seja ele de pequeno, mdio ou grande porte,
exceo da nutrio parenteral, explicam Eugenie Desire e Ilenir Leo
Tuma. Os temas sero es-colhidos, de acordo com o nmero de
farmacuticos que atuam naquele seg-mento. A Comisso espera, com os
encar-tes, ajudar os farmacuticos a transfor-marem as suas lidas
dirias em algo me-lhor, com informaes prtica, objetivas, simples e
atualizadas. A atualizao, na rea hospitalar, precisa ser
permanente, pois as novidades surgem, a cada dia, explicam. A cada
edio, a Comfarhosp ouvir um especialista no assunto em pauta para o
fechamento dos textos. A publicao faz parte da poltica de fo-mento
ao conhecimento e qualificao,
desenvolvida pelo CFF.
Pelo jornalista Alosio Brando, Editor
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Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007 81
ANLISES CLNICAS:Seminrio Nacional aborda preos
ticos de exames laboratoriais
Conselheira Federal de Farmcia pelo Rio Grande do Norte, Dra.
Lenira da Silva Costa Presidente da Comisso de Anlises Clnicas do
CFF e coordenou o Seminrio sobre preos ticos
O Conselho Federal de Far-mcia, atravs de sua Comisso de Anlises
Clnicas, realizou o Se-minrio Nacional sobre Preos ticos em
Laboratrios Clnicos, nos dias 11 e 12 de dezembro, no auditrio do
Cebrim (Centro Bra-sileiro de Informao sobre Medi-camentos). No
evento, foram apre-sentadas propostas de formao e implantao de
preos ticos, elaboradas por representantes do setor, para
regulamentar os preos de exames laboratoriais. O Seminrio contou
com a presena de representantes dos Conselhos Regionais de Farmcia,
dos Sindicatos Laboratoriais, da Confederao Nacional de Sade, da
Associao de Laboratrios e profissionais que desejavam con-tribuir
com os Grupos de Trabalho,
que foram formados, na ocasio, para a apurao de custos, com
conseqentes composies dos preos ticos de exames laborato-riais.
COMISSO DE ANLISES CLNICAS - Segundo a Presidente da Comisso de
Anlises Clnicas e Conselheira Federal de Farmcia pelo Rio Grande do
Norte, Lenira da Silva Costa, a inexistncia da regulamentao
prejudica o seg-mento das Anlises Clnicas, uma vez que favorece
tanto a explora-o por parte das seguradoras de sade em relao aos
convnios, bem como as ms prticas profis-sionais e os preos
aviltantes. Os preos de exames labora-toriais irrisrios indicam a
suspei-o de omisso de recolhimento de impostos, a falta de
qualidade e
o descumprimento das leis traba-lhistas profissionais e
sanitrias, destaca Lenira da Silva Costa. A Comisso de Anlises
Clnicas do CFF integrada ainda pela farma-cutica-bioqumica Maria da
Apa-recida Vianna (SE).
Por Deborah Souza,estagiria de Jornalismo no CFF
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82 Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007
Anvisa inicia regulamentao degases medicinais e radiofrmacos
A Agncia Nacional de Vigi-lncia Sanitria (Anvisa) ps em consulta
pblica quatro resolues com vistas a regulamentar a fabri-cao e
registro de medicamentos radiofrmacos e gases medicinais. Grupos de
trabalho (GTs) foram criados pela Anvisa, para dar sub-sdio tcnico
na elaborao das propostas. Cada grupo constitu-do por tcnicos das
reas de Me-dicamentos, Inspeo, Servios de Sade, Produtos para a
Sade e Portos, Aeroportos e Fronteiras. CFF - O Conselho Federal de
Farmcia regulamentou, atravs da Resoluo 454, de 14 de dezembro de
2006, as atividades do farmacu-tico na rea de gases medicinais e
misturas de uso teraputico para fins de diagnstico. De acordo com a
Resoluo do CFF, o farmacutico o nico profissional capacitado,
tcnica e cientificamente, para lidar com esses produtos,
entendendo-os como medicamentos. O CFF, tambm, regulamen-tou, por
meio da Resoluo n-mero 435, de 17 de maio de 2005, as atribuies do
farmacutico na rea de Radiofarmcia, um campo destinado utilizao de
radionu-cldeos na preparao de radiofr-macos para o uso em
diagnstico e em terapia. Os radiofrmacos so produtos radioativos,
caracteriza-dos como medicamentos e com aplicaes em diagnsticos e
tera-pias. So usados, por exemplo, no diagnstico e tratamento de
alguns tipos de cncer. As Consultas Pblicas (CPs) sobre
radiofrmacos receberam contribuies at o dia 20 de de-zembro. A
Consulta 94 dispe so-bre as Boas Prticas de Fabricao
desses produtos. J a CP 95 prope as regras relativas ao registro
dos radiofrmacos. Outras duas consultas pbli-cas abertas tratam
sobre normas referentes aos gases medicinais. A CP 96 traz as
propostas para as Boas Prticas de Fabricao de Ga-ses Medicinais, e
a CP 97 dispe so-bre as regras para o registro desses produtos.
Elas receberam contri-buies, at o dia 21 de dezembro.
Pelos jornalistas Veruska Narikawa eAlosio Brando, do CFF
Soja para os homens Um estudo in-ternacional indito revelou que
a pro-tena de soja pode reduzir o risco de cncer de prsta-ta.
Elaborado pela Universidade de Minnesota e publi-cado, em outubro
de 2007, no Journal of Nutrition, um dos mais conceituados da rea,
o estudo
afirma que o consumo de pro-tena isolada de soja benfico para
homens com alto risco de progresso da doena.
O ineditismo desta ao foi a utilizao de humanos nos testes.
Fizeram parte da mostra 58 ho-mens, entre 50 e 85 anos, com risco
de desenvolver o cncer de prsta-ta avanado ou j diagnosticados.
Considerada alimento-chave para os brasileiros, a soja e suas
diver-sas propriedades atuam positiva-mente no metabolismo humano.
Hoje em dia, quando pensamos em soja e nutrio preventiva s doenas,
devemos esquecer o gro como alimento, devemos pensar nos
subprodutos da soja, como as isoflavonas, a fibra, lecitina e
coli-na, explica o nutrlogo e tambm cardiologista do IMeN
(Instituto de
Metabolismo e Nutrio), Daniel Magnoni. No Brasil, foram
estimados mais de 40 mil novos casos de cn-cer de prstata, s em
2006. Esse nmero representa um risco esti-mado de 51 novos casos a
cada 100 mil homens. No mundo, o nme-ro de novos casos
diagnosticados de cncer de prstata representa 15,3% de todos os
casos incidentes de cncer, em pases desenvolvi-dos, e 4,3% dos
casos, em pases em desenvolvimento.
FONTE: INCa (Instituto Nacionaldo Cncer) e Ketchum Estratgia
(telefone 11 5096-4334ramais 162 ou 236).
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Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007 83
Escola de Governo em Sade
Foto: Wilson D
ias/ABr - R
adiobrs
Foto: Arquivo/ UnB
Agncia
Ministro da Sade, Jos Gomes Temporo Vista da Universidade de
Braslia ondeser construda a Escola de Governo em Sade
Fiocruz vai coordenar a Escola
O Ministro da Sade, Jos Gomes Temporo, lanou, no dia 14 de
novembro, a pedra funda-mental da Escola de Governo em Sade Ncleo
Federal, que ser construda no campus da UnB (Universidade de
Braslia) e coor-denada pela Fiocruz. A construo custar R$ 24,5
milhes e est prevista para ser concluda em 18 meses. O objetivo
qualificar os servidores federais que atuam na rea de sade. A
escola um das diretrizes apresentadas pelo Mi-nistro em seu
discurso de posse no Ministrio da Sade. A unidade ter 8,8 mil
metros
quadrados de rea construda. Se-ro erguidos quatro prdios.
Finan-ciada pelo Ministrio da Sade, a implantao da escola resultado
da parceria firmada entre a Funda-o Oswaldo Cruz e a Universidade
de Braslia, que cedeu o terreno no qual o prdio ser erguido. No
Ncleo Federal de Ensino da Fiocruz sero oferecidos cursos de
especializao, aperfeioamen-to, atualizao e mestrado. Os cur-sos
podero ser ministrados dis-tncia e na modalidade presencial. A
escola, tambm, promover se-minrios, conferncias e oficinas. Sero
dez salas, com capacidade
para abrigar de 25 a 60 alunos. A sede de Braslia ser instalada
no terreno entre o Hospital Universi-trio de Braslia e o Centro de
Ex-celncia em Turismo, no Setor 4 do Campus da UnB. FIOCRUZ A
Fundao Oswaldo Cruz, instituio vincula-da ao Ministrio da Sade e
sedia-da no Rio de Janeiro, tem unidades em mais seis Estados
brasileiros e referncia nacional e internacio-nal em pesquisa em
sade e em reas correlatas. No ano passado, foi eleita a melhor
instituio de sade pblica do mundo pela Fe-derao Mundial das
Associaes de Sade Pblica e recebeu tam-bm a Ordem Nacional do Mrito
Cientfico.
O Ministrio da Sade discutiu a questo da proibio de armas
biolgicas durante evento que ocorreu, em dezembro de 2007, em
Genebra. A conveno tratou da proibio de desenvolvimento, pro-duo e
estocagem de armas bacteriolgicas (biolgicos) e base de toxinas e
de sua destruio. O primeiro acordo internacional multilateral de
desarmamento ocorreu, em 1925 Protocolo de Genebra , e visava a
proibir a utili-zao de agentes qumicos e biolgicos e armas. As
partes compro-metiam-se a nunca desenvolver, produzir, estocar,
adquirir ou conser-var em seu poder agentes microbiolgicos ou
toxinas, de tipos e em quantidades que no fossem justificadas. O
acordo permite denunciar qualquer parte que viole a Con-veno e,
tambm, cooperar para desenvolver e aplicar descobertas cientficas
no campo da bacteriologia para preveno de doenas e para outros fins
pacficos.
Armasbiolgicas
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84 Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007
Pases em desenvolvimentoapresentam resultados de
pesquisas em novas vacinasDengue, gripe aviria, meningite A,
pneumococo e papiloma vrus humano (HPV) esto entre as doenas no
alvo dos pesquisadores
Pesquisa e inovao na rea de vacinas no so atividades res-tritas
s naes mais ricas. Pases em desenvolvimento, tambm, se destacam no
setor. Isso foi com-provado, durante a realizao, em novembro de
2007, no Rio de Ja-neiro, da oitava reunio anual da Rede de
Produtores de Vacinas dos Pases em Desenvolvimen-to (DCVMN, na
sigla em ingls), promovida pelo Instituto de Tec-nologia em
Imunobiolgicos (Bio-manguinhos) da Fiocruz e pela Fundao Butantan.
Dengue, gripe aviria, amare-lo, pneumococo e papiloma vrus humano
(HPV) esto no alvo de laboratrios brasileiros que parti-ciparam do
encontro da DCVMN. Algumas dessas vacinas j come-
aram a ser produzidas, em escala piloto, e os ensaios clnicos,
para comprovar a segurana e a eficcia desses produtos em seres
huma-nos, so planejados para o ano de 2008. Vacinas que, ao mesmo
tem-po, conferem imunidade contra vrias doenas so outra estrat-gia
dos laboratrios nacionais. Especialistas estrangeiros tambm
apresentaram suas no-vidades. O Diretor do Centro de Antgenos
Sintticos da Univer-sidade de Havana, Vicente Vrez-Bencomo,
divulgou um trabalho que levou ao desenvolvimento de uma vacina
sinttica contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib), bactria que
pode causar menin-gite e outras doenas infecciosas. Os testes
clnicos do produto fo-
ram conclusivos: quase 100% das crianas desenvolveram
anticor-pos contra a bactria, de forma sa-tisfatria. Primeira do
gnero, no mundo, a vacina sinttica contra Hib representa uma srie
de van-tagens, como produo mais sim-ples, maior pureza e menor
custo. J o gerente geral da empresa chinesa de biotecnologia Xiamen
YST Biotech, Steven Gao, falou sobre os ensaios clnicos de uma
vacina indita contra a hepatite E, doena que j foi responsvel por
epidemias no centro e sudeste da sia, no norte e oeste da frica e
na Amrica Central. Os resultados, at agora, mostram que a vacina
imunognica e tem, pelo menos, 83% de eficcia contra a infeco pelo
vrus da hepatite E. A com-panhia chinesa, a mais avanada do mundo
no desenvolvimento de uma vacina contra essa doena, j deu incio
fase 3 da pesquisa cl-nica, na qual cerca de 100 mil indi-vduos j
receberam a primeira de trs doses do imunizante. Por fim, o Diretor
do Insti-tuto Serum da ndia e Presidente da DCVMN, Suresh Jadhav,
reali-zou uma palestra sobre uma va-cina conjugada contra meningite
A, desenvolvida em sua institui-o. Diferentemente da vacina de
polissacardeo, hoje disponvel, a indiana, alm de ser mais
imu-nognica, pode oferecer outras vantagens, como uso confivel em
crianas com idade inferior a um ano, induo de imunidade na massa
populacional e preo rela-tivamente baixo. Aps passar com sucesso
pelas duas primeiras eta-pas da pesquisa clnica, a nova va-cina
contra meningite A, tambm, se encontra na fase 3, sendo testa-da em
mais de 1.300 indivduos na ndia e na frica.
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Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007 85
Bibliotecas Virtuais em Sade Um novo espao para abrigar as
bibliotecas virtuais em sade foi lanado, em novembro de 2007, pelo
Instituto de Comunicao e Informao Cientfica e Tecnolgi-ca em Sade
(Icict) da Fiocruz. a BVS Fiocruz, que facilita a consulta
bibliogrfica de pesquisadores e alunos de ps-graduao, ao reu-nir
diversas bases de dados nacio-nais e internacionais, peridicos e a
produo acadmica sobre sa-de em um nico espao. A vantagem da BVS
Fiocruz que o usurio no precisa navegar por diferentes stios para
fazer sua pesquisa bibliogrfica. Agora, em um s espao, o internauta
faz a busca integrada, por exemplo, so-bre aleitamento materno e
encon-trar textos de referncia para a sua pesquisa nas BVS de
Aleitamento
Materno, Sade Pblica, Doenas Infecciosas e Parasitrias,
Integra-lidade, Educao Profissional em Sade ou mesmo em Histria da
Sade e da Medicina. Antes, para ter acesso a um contedo to
va-riado, o usurio tinha que repetir a busca em diferentes stios.
Os seis peridicos desen-volvidos na Fiocruz (Cadernos de Sade
Pblica, Memrias do Instituto Oswaldo Cruz, Histria, Cincias, Sade
Manguinhos, Trabalho, Educao e Sade, Radis e Reciis) podem ser
encon-trados nessa nova BVS Fiocruz. O mesmo vale para as teses e
dis-sertaes defendidas nos cursos de ps-graduao da instituio. Parte
desse material pode ser en-contrada em textos completos. A BVS
Fiocruz garante, tam-
bm, acesso s dez bibliotecas que compem a rede de bibliotecas da
Fiocruz, ao Scielo, ao Portal Capes, ao Portal de Revistas
Cientficas em Cin-cias da Sade da Bireme, entre outros, alm das
bibliotecas biogrficas, que contam a trajetria de Adol-pho Lutz e
de Srgio Arouca.
FONTE: Boletim da Coordenadoriade Comunicao Social da
Fiocruz.
Jornalista Rafael Cavadas.
Uma radiogradia do HIV /Aids, no Brasil e no mundo
O Boletim Epidemiolgico 2007 traz, pela primeira vez, dados
sobre a proporo de pessoas que continuaram vivendo com Aids, em at
cinco anos, aps o diagnsti-co. O estudo foi feito com base no nmero
de pessoas identificadas com a doena, em 2000. Os dados apontam
que, cinco anos depois de diagnosticadas, 90% das pesso-as com
Aids, no Sudeste, estavam vivas. Nas outras regies, os per-centuais
foram de: 78%, no Nor-te; 80%, no Centro Oeste; 81%, no Nordeste; e
82%, no Sul. Os dados foram anunciados, em novembro de 2007, no
Minist-
rio da Sade, em Braslia. Na oca-sio, tambm, foram apresentados
os nmeros do Programa Conjun-to das Naes Unidas sobre HIV e Aids
(UINAIDS) sobre a epidemia, no mundo. A nova anlise dos dados
mostra, ainda, que 13,9% dos indi-vduos diagnosticados com Aids, na
regio Norte, em 2000, haviam morrido, em at um ano aps a descoberta
da doena. No Centro Oeste, o percentual foi de 12,7% e, no
Nordeste, de 12,1%. Na regio Sul, o indicador cai para 9,1% e, no
Sudeste, para 3%. A mdia do Brasil foi de 6,1%. Em nmeros ab-
solutos, o Brasil registrou 192.709 bitos por aids, de 1980 a
2006. A Diretora do Programa Na-cional de DST e Aids, Maringela
Simo, reconhece que os nme-ros refletem as desigualdades regionais.
Nosso desafio refor-ar a qualidade da assistncia no
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86 Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007
SUS e ampliar o diagnstico pre-coce da infeco pelo HIV, seja nos
exames de rotina, na rede pblica, ou no uso do teste rpi-do,
informou. De acordo com o Boletim, de 1980 a junho de 2007, foram
noti-ficados 474.273 casos de Aids, no Pas 289.074, no Sudeste;
89.250, no Sul; 53.089, no Nordeste; 26.757, no Centro Oeste; e
16.103, no Nor-te. No Brasil e nas regies Sul, Su-deste e Centro
Oeste, a incidncia de Aids tende estabilizao. No Norte e Nordeste,
a tendncia de crescimento. Segundo a Organiza-o Mundial de Sade
(OMS), o Brasil tem uma epidemia concen-trada, com taxa de
prevalncia da infeco pelo HIV de 0,6% na po-pulao de 15 a 49 anos.
Em 2006, considerando da-dos preliminares, foram registra-dos
32.628 casos da doena, con-firmando uma tendncia de queda no nmero
de casos, identificada a partir de 2002, quando houve 38.816
notificados. Naquele ano, a taxa de incidncia da Aids foi de 22,2
casos por 100 mil habitantes. Em 2005, a taxa foi de 19,5/100 mil
e, em 2006, de 17,5/100 mil. MUNDO TEM 33,2 MI-LHES DE PESSOAS COM
HIV - De acordo com o relatrio do UNAIDS, estima-se que existam,
atualmente, 33,2 milhes de pes-soas com HIV, em todo mundo, e que
ocorreram 2,5 milhes de no-vas infeces, em 2007. O nmero de pessoas
que morreram em de-corrncia da Aids, em 2007, foi de 2,1 milhes.
Segundo o documento, a frica Subsaariana concentra 68% das pessoas
infectadas pelo HIV e 76% das mortes por conta da do-ena. No
entanto, em alguns pa-ses africanos, como Costa do Mar-fim, Qunia e
Zimbbue, as taxas de prevalncia tm cado, mesma tendncia observada,
em pases
da sia, como Camboja, Mianmar e Tailndia. Na Amrica Latina, o
relat-rio afirma que a epidemia perma-nece estvel. Em 2007, o nmero
estimado de novas infeces, na regio, foi de 100 mil; e o de
mor-tes, de 58 mil. Atualmente, estima-se que 1,6 milho de pessoas
vi-vam com Aids, na Amrica Latina. Segundo o documento, o Bra-sil
tem um tero das pessoas que vivem com HIV, na Amrica Latina. No
Pas, destacam-se a diminui-o da prevalncia em usurios de drogas
injetveis (UDI), relaciona-da aos programadas de reduo de
danos; e o aumento em mulheres, cuja infeco atribuda
principal-mente ao comportamento sexual de seus parceiros. O
documento tambm indi-ca aumento de 150% no nmero de pessoas
infectadas, na Europa Oriental e sia Central: passou de 630 mil, em
2001, para 1,6 milho, em 2007. Noventa por cento das pessoas com
HIV, no Leste Euro-peu, vivem na Ucrnia e na Rssia.
FONTE: Programa Nacional de DST e Aids(Assessoria de Imprensa
telefones (61)
3448-8100/8106/8088; e-mail imprensaaids.gov.br e site
www.aids.gov.br)
Cmara relana FrenteParlamentar em HIV e Aids
A Cmara dos Deputados re-lanou, no dia quatro de dezem-bro de
2007, a Frente Parlamentar Nacional em HIV e Aids. Compos-ta por
198 Deputados de todos os partidos, a Frente procura fomen-tar e
consolidar as aes entre os poderes Executivo e Legislativo e o
movimento social organizado na promoo da preveno, assistn-cia e
direitos humanos das pessoas vivendo com HIV e Aids. A cerimnia de
relanamen-to foi conduzida pelos Deputados Chico Dngelo (PT-RJ),
que preside a Frente, e Paulo Teixeira (PT-SP). Ambos tm atuao
parlamentar na defesa de questes relacionadas epidemia. Estiveram
presentes o Secretrio de Vigilncia em Sade do Ministrio da Sade,
Gerson Penna, e a Diretora do Programa Nacional de DST e Aids,
Maringe-la Simo. A Frente tem como misso re-duzir a incidncia do
HIV e da Aids, o estigma e a discriminao, bem como promover a
incluso social, o
respeito diversidade e a melhoria da qualidade de vida das
pessoas que vivem com o vrus e a doena. Entre as leis relacionadas
ao tema HIV e Aids que foram aprova-das, no Congresso, uma das mais
importantes foi a que garantiu o acesso universal ao tratamento com
medicamentos anti-retrovirais a todas as pessoas com Aids, no
Brasil. Outra lei de grande impacto foi a que estendeu s pessoas
com a doena o direito licena para tratamento de sade,
aposentado-ria, auxlio-doena e saque do Fun-do de Garantia do Tempo
de Servi-o (FGTS).
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Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007 87
Hermann: impossvel dizer quando o vrus vai entrar, no Brasil, ou
mesmose isso chegar a acontecer, uma vez que no ocorreu, at
hoje
Epidemia de tipo 4 de denguepode ocorrer, no Brasil?
Com o vero, o Pas volta sua ateno para um problema que, h anos,
desafia a sade pblica brasileira: a dengue. Nesta temporada, surge
uma nova preocupao, com a possi-bilidade da chegada do vrus tipo 4
da doena ao Brasil. Mas ser que essa variante do vrus re-almente
uma ameaa? Segundo o pesquisador do Laboratrio de Flavivrus do
Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Hermann Gonalves Schatzmayr,
responsvel pelos isolamentos dos vrus da den-gue, no Pas, em 1986
(tipo 1), 1990 (tipo 2) e 2000 (tipo 3) e um dos maiores
especialistas sobre a doena do Brasil, a situao no deve ser motivo
de alarme para a populao, apesar do risco da entrada do novo tipo
de vrus. Atualmente, o vrus Den-4
no existe, em territrio brasilei-ro, mas registrado, em pases
vizinhos, como a Colmbia e a Venezuela. Por isso, o pesquisa-dor
admite que a possibilidade de o vrus chegar ao Brasil, nos prximos
anos, bastante real. O tipo 4 j circula, h vrios anos, na Amrica do
Sul. Ento, sempre, houve o risco de entrar, no Pas, explica. Na
verdade, em 1981, ele chegou a entrar, por curto prazo, em Boa
Vista, mas foi controla-do, por meio do combate ao ve-tor. Porm,
segundo Hermann, isso pode voltar a acontecer, em qualquer regio do
Pas. As li-gaes com nossos vizinhos sul-americanos so dirias, h vos
de um lado para o outro, expli-ca. Por isso, impossvel dizer quando
o vrus vai entrar, no Bra-
sil, ou mesmo se isso chegar a acontecer, uma vez que no
ocor-reu, at hoje. Apesar da possibilidade real da chegada do novo
tipo de vrus da dengue, Hermann tranqiliza a populao. A diferena
entre o tipo 4 e os outros bem peque-na, como a que existe entre 1
e 2, explica. So quatro tipos di-ferentes de vrus, com pequenas
modificaes, que produzem do-enas praticamente idnticas, acrescenta.
A diferena mais importan-te, segundo ele, est na viruln-cia de cada
tipo e, nesse caso, o pesquisador afirma que o tipo 4 no se destaca
dos demais. A manifestao clnica a mesma, mas ele no o mais
virulento, afirma. Assim como o 1 e o 2, o vrus tipo 4 pode levar a
casos graves e at fatais, mas, na m-dia, o mais virulento o tipo 3,
que j circula, no Pas, conclui.
FONTE: Boletim da Coordenadoria de Comunicao Social da Fiocruz,
de 26/11/2007 (jornalista Marcelo Garcia)
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88 Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007
Parceria entre Brasil e Argentinaharmonizar Farmacopia
O Brasil e a Argentina deram mais um importante passo para o
intercmbio na rea de medi-camentos. A Agncia Nacional de Vigilncia
Sanitria (Anvisa) e a Administrao Nacional de Medi-camentos,
Alimentos e Tecnologia Mdica da Argentina (Anmat) as-sinaram
memorando de entendi-mento para a troca de experincias e
conhecimento em Farmacopia, o Cdigo Oficial Farmacutico de um pas.
Trabalharmos em parceria com a Argentina para a harmoni-zao da
Farmacopia representa a aproximao de marcos regula-trios e de
padres farmacuticos como, tambm, o estreitamento das relaes
internacionais para a construo de aes que vo resultar em melhorias
sade da populao, avalia o Diretor-presi-dente da Anvisa, Dirceu
Raposo de Mello. Para que uma substncia seja utilizada como padro
na produo de um medicamento, necessrio que ela passe por uma anlise
detalhada, envolvendo pesquisa bibliogrfica e avaliao em
laboratrio. S depois deste processo que a indstria pode fabricar o
produto.
Por estabelecer os requisi-tos de qualidade das substncias que
compem os medicamentos alopticos (tradicionais) e home-opticos
disponveis populao, a Farmacopia considerada questo de segurana e
soberania nacional para o Brasil, conforme explica a Diretora da
Anvisa, Maria Ceclia Martins Brito. A partir do acordo com a
Argentina, quando no houver condies tcnicas de realizar a anlise,
no Brasil, a mes-ma ser feita no Pas vizinho e vice-versa,
exemplifica Maria Ceclia. direito do usurio saber as caractersticas
de um medicamen-to antes de adquiri-lo. A Farmaco-pia to importante
para a po-pulao que o Decreto 96.607/1988 determina que as
drogarias e far-mcias so obrigadas a manter, no estabelecimento, um
exemplar da Farmacopia atualizado e dis-posio do consumidor,
observa Maria Ceclia Brito. TREINAMENTO O acordo do Brasil com a
Argentina, tam-bm, prev treinamento e aper-feioamento de tcnicos e
pro-fissionais de sade na rea de controle de qualidade e de apoio
pesquisa cientfica e tecnolgi-ca. As medidas foram planejadas, em
junho de 2007, durante a II Reunio das Agncias Regulado-ras da
Amrica Latina (AL) e do Caribe, coordenada pela Anvisa, em Salvador
(BA). A proposta, apresentada pelo Brasil, foi primeiramente aceita
pela Argentina. O Brasil, que j o nico pas da AL com assento (como
observador) na Comisso da Farmacopia da Comunidade Europia,
pretende tornar-se refe-
rncia neste setor, acredita a dire-tora Maria Ceclia Brito.
EDITAL No dia sete de de-zembro, a Anvisa lanou edital de
credenciamento voltado a univer-sidades interessadas em participar
do processo de reviso da Farma-copia Brasileira. O investimento
programado para a referida revi-so de R$ 5 milhes. O processo dever
ser concludo, at o fim de 2008. Ao todo, sero revisadas 2 mil
monografias, sendo que, des-tas, 500 passaro por anlise
labo-ratorial, explica Ceclia Brito. FARMACOPIAS O Brasil j
produziu quatro edies de Far-macopia (oficial), publicadas, em
1926, 1959 e 1976. A ltima foi edi-tada, em fascculos, entre os
anos de 1988 e 2005. Todas esto em vigor. A partir da reviso,
vigorar a edio atualizada. A periodicida-de de cada edio ser
definida. Isto no significa desconsiderar a produo cientfica do
passado, mas no podemos impossibilitar a incorporao de novas
metodolo-gias, afirma Ceclia Brito. Constantemente, so lana-das
novas tecnologias, principal-mente em pases como os Estados Unidos.
Sem a readequao da Farmacopia realidade brasilei-ra, as empresas e
at rgos ofi-ciais teriam que comprar novos equipamentos com
freqncia, esclarece a Diretora da Anvisa. A produo de padres pela
Farma-copia Brasileira dever facilitar a aquisio destas substncias
a preos mais acessveis que os im-portados, complementa.
FONTE: Comisso Permanentede Reviso da Farmacopia Brasileira
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Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007 89
Propaganda de medicamentos:uma discusso aguardada
O texto da Consulta P-blica 84, que prope novos critrios para a
propaganda publicitria de medicamen-tos e est em discusso com a
sociedade, ser submetido audincia pblica, previs-ta para o primeiro
trimestre de 2008. Na ocasio, sero apresentadas e discutidas as 857
contribuies da popu-lao encaminhadas a Agn-cia Nacional de
Vigilncia Sanitria (Anvisa), durante os 90 dias em que a proposta
de regulamento permaneceu em consulta pblica. A grande beneficiada
com as novas regras ser a populao brasileira, afirma a Chefe da
Unidade de Mo-nitoramento e Fiscalizao de Propaganda da Anvisa, Ana
Paula Dutra Massera. A
partir das mudanas propos-tas pela Agncia, acredita-mos que o
usurio no mais ficar exposto aos riscos originados do uso de
medi-camentos adquiridos com base apenas na propagan-da,
complementa Massera. PROPOSTA A pro-posta inicial da Anvisa para o
aprimoramento da regula-mentao da propaganda de medicamentos foi
apresen-tada, em 2005. As principais contribuies recebidas pela
Agncia referem-se conces-so de brindes por parte dos laboratrios, s
advertncias sobre os riscos sade na publicidade de medicamen-tos e
entrega das amostras grtis de medicamentos por parte dos
laboratrios. Sobre as mensagens de
advertncia na publicidade de medicamentos, por exem-plo, de um
total de 18 parti-cipaes, 12 sugeriram um novo texto. Entre as
propos-tas de uma nova abordagem esto: Nunca tome medica-mento
antes de ler as infor-maes da embalagem e/ou de bula; Isto um
medica-mento, seu uso pode trazer riscos e efeitos colaterais e
Consulte um mdico ou re-ceba a orientao de um far-macutico.
AUDINCIA Depois da audincia pblica, previs-ta para o primeiro
trimestre de 2008, o texto conclusivo da possvel nova resoluo sobre
a propaganda de me-dicamentos ser encaminha-do para anlise e
delibera-o pela Diretoria Colegiada (Dicol) da Anvisa. Caso seja
aprovado pela Dicol, as em-presas tero 180 dias, aps publicao no
Dirio Oficial da Unio, para se adequar nova legislao. O Presidente
do Con-selho Federal de Farmcia (CFF), Jaldo de Souza Santos,
contrrio a qualquer tipo de propaganda de medica-mentos dirigida ao
pblico. Ele entende que propagan-das devem ser cientficas e, mesmo
assim, direcionada exclusivamente a mdicos e farmacuticos.
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90 Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007
Morre, aos 97 anos, a farmacutica Encarnao
Bernal Pinheiro Faleceu, no dia 30 de de-zembro de 2007, no
Hospital Beneficncia Portuguesa, em So Paulo, a farmacutica
Encarnao Bernal Pinheiro. A farmacutica tinha 97 anos e teve sua
vida fortemente marcada pela Farmcia: fi-lha de farmacutico, casada
com um colega de profisso e, dos trs filhos, dois segui-ram seus
passos. A Dra. En-carnao Pinheiro desligou-se da profisso, em 2000,
aos 90 anos, dos quais 68 foram dedicados atividade farma-cutica.
Encarnao Bernal Pi-
nheiro, ainda acadmica de Farmcia, destacou-se pela dedicao aos
estudos e por merecer louvores como das melhores alunas da turma. J
como profissional, tornou-se conhecida, em todo o Esta-do de So
Paulo, pelos seus notrios conhecimentos no segmento magistral.
Segundo Encarnao Pinheiro, em entrevista con-cedida Revista do
Farma-cutico, em 2000, para ser um bom profissional, pre-ciso
conhecer tudo sobre frmulas, aviar receitas com exatido e manter um
per-
manente compromisso com a opo de lidar com a sade das pessoas,
ouvindo-as e atendendo-as.
Pela jornalista Veruska Narikawa, do CFF.
Dra. Encarnao Bernal Pinheiro destacou-se pelo notrio saber em
farmcia magistral
CFF foi entidade que maisutilizou urnas eletrnicas, em 2007
O processo eleitoral para a escolha de di-rigentes dos Conselhos
Regionais (e, em alguns Estados, para Conselheiro Federal) fez do
Con-selho Federal de Farmcia (CFF) a entidade que mais utilizou
urnas eletrnicas, em 2007. De acordo com o Centro de Divulgao da
Justia Eleitoral, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o CFF
requisitou 44 urnas eletrnicas para fa-cilitar a votao de 104 mil
farmacuticos, em todo o Pas. A Seo de Voto Informatizado do TSE
coordenou trs eleies no-oficiais, em nvel nacional, no ano de
2007. Alm das eleies do CFF, o pleito na Associao dos Magistrados
do Brasil (AMB), que rene 13.726 juzes, em todo o Pas, utilizou 29
urnas eletrnicas, distribu-das em 22 Estados brasileiros. Para a
escolha dos dirigentes da Associao Nacional dos Ser-vidores do
Departamento Nacional de Produ-o Mineral (ANSDNPM), foram
necessrias 20 urnas que atenderam os 497 eleitores daquela
associao.
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Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007 91
Ministrio da Sade, CFF e OPAS: busca de parceria pela qualificao
profissional
CFF prope parceriacom OPAS e Ministrioda Sade para expandircurso
de qualificao
O Conselho Federal de Farm-cia, a Organizao Pan-Americana da
Sade (Opas) e o Ministrio da Sade reuniram-se, em dezem-bro, no
Ministrio, para discutir sobre o curso de aprimoramento O Exerccio
Profissional Diante dos Desafios da Farmcia Comu-nitria, que faz
parte do progra-ma de sistematizao do Cebrim (Centro Brasileiro de
Informaes sobre Medicamentos), pertencen-te ao CFF. O objetivo do
encontro foi avaliar as possibilidades de os trs rgos firmarem uma
parce-ria, com vistas a expandir o raio de alcance do curso,
fazendo com que atinja o maior nmero de far-macuticos, no Pas. O
Diretor do Departamento de Assistncia Farmacutica do Ministrio da
Sade, Dirceu Bar-bano, disse que o rgo preocupa-se com o rendimento
dos cursos de graduao de Farmcia. Ele
avaliou que a qualificao do far-macutico tem cado e que o
Go-verno, tambm, responsvel por este problema. Por isso, o
Minist-rio da Sade, junto ao Ministrio da Educao, est realizando
uma avaliao criteriosa dos cursos de graduao da rea da sade,
ex-plicou. Para Dirceu Barbano, a prin-cipal causa da escassez da
capa-citao do farmacutico o exor-bitante aumento do nmero de cursos
de graduao de Farmcia, no Brasil. Esto comercializando diplomas,
concluiu o Diretor do Departamento de Assistncia Far-macutica da
Sade. O Ministrio da Sade tem uma rede de 400 Farmcias Po-pulares,
no Pas, com 800 farma-cuticos atuando. Dirceu Barbano concorda com
o CFF, quando este defende que o profissional tem que passar por um
processo de qualifi-
cao. Barbano adiantou que para o Ministrio apoiar o curso do
Ce-brim/CFF, preciso estudar a sua viabilidade em relao ao
progra-ma Farmcia Popular do Brasil. Nem tudo o que necessrio,
oportuno. Talvez, podemos experi-mentar o Programa do Cebrim, em
nossa rede, mas isso ainda precisa ser discutido, comentou o
Diretor do Ministrio. CFF - O Presidente do CFF, Jaldo de Souza
Santos, destacou que o curso est fazendo suces-so, nas dez capitais
brasileiras onde j foi ministrado, durante os dois anos de
existncia. Alm da capacitao tcnico-cientfica, o curso tem como
objetivo, tambm, levar o farmacutico que atua nas farmcias
comunitrias a assumir uma atitude social mais participa-tiva,
buscando promover mudan-as sanitrias no seu ambiente. O Coordenador
do curso e do Cebrim, professor Radif Domin-gos, Ex-diretor da
Faculdade de Farmcia da Universidade Federal de Gois (UFG),
salientou que a in-teno do CFF expandir o curso, qualificar o
servio farmacutico e manter o profissional atualizado. O Conselho
vai fiscalizar a com-petncia do farmacutico, pois a prpria
sociedade cobra isso. Para cobrir as necessidades dos brasi-leiros,
muito importante a parce-ria entre o CFF, a OPAS e o Minis-trio da
Sade declarou. O curso dividido em 12 m-dulos, os quais foram
seleciona-dos criteriosamente pela equipe de professores que o
integram. Es-ses mdulos contemplam funda-mentalmente a prtica
farmacu-tica, nas farmcias comunitrias, para suprir a necessidade
que os farmacuticos enfrentam, em seu dia-a-dia, que a questo da
infor-mao cientfica sobre o paciente e o medicamento. Entre os
mdulos, est o de
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92 Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007
informao para o uso racional de medicamentos, o ponto princi-pal
que o Cebrim/CFF apresentou na reunio. O Centro possui um banco de
dados contendo mais de 2 mil perguntas / respostas que esto
disponibilizados aos farma-cuticos que fizerem ao curso e aderirem
ao projeto do Cebrim. OPAS - A Organizao Pan-
Americana da Sade faz parte Co-mit Nacional para a Promoo do Uso
Racional de Medicamentos. O Comit promove e articula polti-cas e
aes que contribuem para a gerao de impactos positivos no campo da
ateno sade, da qua-lificao dos servios, na educao em sade, na
regulao sanitria, na pesquisa e na articulao dos
diferentes saberes e fazeres que tenham a proteo da vida e a
pro-moo da sade como princpios fundamentais. O CFF voltar a se
reunir com a OPAS e com o Mi-nistrio da Sade, para continuar as
negociaes em torno de uma possvel parceria.
Por Deborah Souza,estagiria de Jornalismo, no CFF
Farmcia includa no Pr-Sade
Farmacutico Carlos Cecy, membro da Comisso de Ensino do CFF e
Presidente da Abenfarbio:
A incluso da Farmcia no Pr-Sade, alm de aprimorar a qualificao
profissional dos futuros
farmacuticos, vai beneficiar o SUS.
A incluso da Farmcia no Pr-Sade, alm de aprimorar a qualificao
profissional dos futuros farmacuticos, vai beneficiar o Sistema
nico de Sade (SUS).
A reivindicao da Associa-o Brasileira de Ensino Farma-cutico e
Bioqumico (Abenfarbio) e do Conselho Federal de Farm-cia (CFF), de
inserir os cursos de graduao de Farmcia no Progra-ma Nacional de
Reorientao da Formao Profissional em Sade (Pr-Sade), antiga. No dia
26 de novembro de 2007, entretanto, a Abenfarbio e o CFF viram o
seu sonho materializado, com a publi-cao da Portaria
Interministerial (Sade e Educao) nmero 3.019, no Dirio Oficial da
Unio, a qual amplia o Pr-Sade para o curso
de graduao em Farmcia e para todos os outros da rea da sade. At
a publicao da Portaria 3.019, o Pr-Sade contemplava apenas os
cursos de graduao em Medicina, Enfermagem e Odonto-logia. A norma
ampliou a cobertu-ra do Programa para o cursos de Farmcia e os
demais do setor. A iniciativa interministerial visa necessidade de
incentivar trans-formaes do processo de forma-o, gerao de
conhecimentos e prestao de servios comunida-de, para a abordagem
integral do processo sade-doena. Para o membro da Comisso de Ensino
do CFF e Ex-presidente do Conselho, Carlos Cecy, a inclu-so da
Farmcia no Pr-Sade, alm de aprimorar a qualificao profissional dos
futuros farma-cuticos, vai beneficiar o Sistema nico de Sade (SUS)
com o au-mento de estgios oferecidos pelo Programa. O professor
destaca que o Pr-Sade um programa do Go-verno Federal, mas os
Estados e Municpios brasileiros devem se mover, para ampliar os
estgios. De acordo com Carlos Cecy, o ge-renciamento do programa,
nos
Municpios, ser de responsabili-dade das prefeituras, com o
ora-mento do Municpio. PR-SADE O Pr-Sade tem o objetivo de
acompanhar o processo de formao dos cursos de graduao na rea da
sade, para poder oferecer qualidade de servio dos profissionais
socie-dade, atendendo s necessidades dos brasileiros e
operacionaliza-o do SUS. O Programa integra o SUS s instituies de
educao superior (IES) de cursos da rea da sade, para melhorar o
atendi-mento prestado ao cidado. As instituies de ensino que vo
participar do Pr-Sade sero definidas por critrios estabele-cidos em
edital. No fechamento desta matria, no dia cinco de dezembro, A
PHARMACIA BRASI-LEIRA entrou em contato com a Assessoria do
Pr-Sade, no Mi-nistrio da Sade, que informou que a data de publicao
do edital no estava definida. Mais informaes podem ser obtidas com
a Comisso de Ensi-no do CFF. O e-mail [email protected]
Por Deborah Souza,estagiria de Jornalismo, no CFF
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Pharmacia Brasileira - Novembro/Dezembro 2007 93
Tratamento para obesidade equilibra protenas responsveis pelo
sistema imunolgico
Pesquisa da Unifesp mostra que exerccios fsicos, reeducao
alimentar e psicologia reduzem as citocinas, protenas com diversas
funes metablicas e que podem tanto induzir como minimizar as
respostas inflamatrias, a hipersensibilidade ou a resistncia
insulina no organismo.
Erra quem pensa que o obeso sedentrio e no faz exerccios, por
preguia. De acordo com Wag-ner Prado, professor de Educao Fsica e
autor de pesquisa apre-sentada como tese de doutorado na
Universidade Federal de So Paulo, estudos apontam que os obesos tm
padres hormonais, fisiolgicos, metablicos e psico-lgicos
diferenciados, que os im-pedem de praticar exerccio fsico
regularmente. Entretanto, manter um acompanhamento
multiprofis-sional, com intervenes clnica, nutricional, psicolgica,
fsica e sem a utilizao de medicamen-tos, foi capaz no apenas de
aju-dar a equilibrar a produo de substncias que podem interferir
nesses padres, como tambm as que inibem ou estimulam a fome e
aquelas consideradas como fa-tores de risco para doenas
co-ronarianas, cerebrovasculares e responsveis pela funo imune do
organismo. A pesquisa comparou os efeitos desse tipo de interveno
no organismo de 62 adolescentes obesos sedentrios e de 26
ado-lescentes eutrficos (grupo con-
trole), fisicamente ativos. Aps 24 semanas de tratamento, o
estudo verificou a diminuio da concen-trao de algumas citocinas que
estimulam as inflamaes (TNF-alpha e a Leptina) entre 34% e 37% nos
meninos e, 10% e 18%, nas meninas. J as substncias com ao
antiinflamatria aumentaram em cerca de 50% em ambos os se-xos,
chegando aos mesmos nveis do grupo eutrfico. A TNF-alpha, explica o
pes-quisador, est envolvida na resis-tncia insulina e nos processos
inflamatrios e a leptina hor-mnio anorxico, tambm, com efeitos
pr-inflamatrios res-ponsvel por informar ao crebro se preciso
aumentar, ou diminuir a ingesto alimentar. O obeso pode ter
resistncia leptina e o tratamento pode ter aumentado a
sensibilidade dela no hipotlamo, parte do crebro que regula, entre
outras coisas, o balano energti-co, afirma. Compreender as
al-teraes dessas protenas no sis-tema imunolgico fundamental para
promover a sade e evitar a recidiva no ganho de gordura cor-poral
entre os obesos ps-trata-mento, explica.
INFLAMAES CRNICAS - Prado explica que, h cerca de quatro anos, a
obesidade consi-derada um estado de inflamao crnica, j que as
pessoas obesas apresentam mais dessas substn-cias e tm,
normalmente, mais doenas inflamatrias (amidalites, faringites,
otites, entre outras) que os eutrficos. Mas, infelizmente, a
obesidade continua a ser vista mais como um problema estti-co que
de sade pelas pessoas, inclusive pelos prprios obesos, afirma.
Entretanto, no adianta o obeso iniciar um exerccio intenso, achando
que, desta forma, vai per-der peso mais rapidamente, pois ele acaba
diminuindo ainda mais a sua funo imunolgica, concluiu.
FONTE: Universidade Federalde So Paulo (Unifesp).
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Para adquirir o livro, s acessar a
loja virtual do CFF,no seguinte endereo:
www.cff.org.br/organizacaojuridica.html
Est venda o livro
Organizao Jurdica da
Profisso Farmacutica,
edio 2007, do Conselho
Federal de Farmcia (CFF).
Revisada e atualizada, a
publicao traz as leis,
decretos, resolues e
demais normas sanitrias do
interesse do farmacutico.