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Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos Faculdade de Medicina Professora: Flávia Cristina R. Fioravante Andressa Magalhães Eduardo Salgueiro Gustavo Alves Hayana Corrêa Ídala Ferreira Paula Martins Raiane Braga Ricardo Henrique Lima Tassyllane Oliveira Wilson Sampaio Acadêmicos:
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Instituto Tocantinense Presidente Antônio CarlosFaculdade de Medicina

Professora: Flávia Cristina R. Fioravante

Andressa Magalhães

Eduardo Salgueiro

Gustavo Alves

Hayana Corrêa

Ídala Ferreira

Paula Martins

Raiane Braga

Ricardo Henrique Lima

Tassyllane Oliveira

Wilson Sampaio

Acadêmicos:

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• DEFINIÇÃO

Caracterizada por:

a) Episódios recorrentes de obstrução das vias aéreas

b) Resposta broncoconstritora exagerada (hiper-responsividade)

c) Inflamação das vias aéreas

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Afeta meninos mais comumente do que meninas

Após a puberdade, mulheres apresentam uma freqüência discretamente maior que os homens

A maioria dos casos tem início antes dos 25 anos de idade

Desde o final dos anos 70 a prevalência mundial da asma aumentou 45%

• EPIDEMIOLOGIA

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a) Edema, hiperemia da mucosa e infiltração da mucosa por Mastócitos, Eosinófios, Ly Th2 e Células NK

b) Ambiente propício a síntese de IgE

c) Os estímulos inflamatórios (também quimiocina IL-8) + deformação mecânica causada pela constrição da musculatura lisa das vias aéreas = espessamento da parede das vias aéreas

d) Ocasionando em asmáticos uma maior resistência ao fluxo de ar estimulando a responsividade dessas vias

e) Crise asmática: estreitamento das vias aéreas +

obstrução da luz das vias aéreas

a) Numa crise asmática grave se associam o espessamento da parede das vias a oclusão por uma mistura de muco

b) Infiltração das Células Inflamatórias por 3 formas

c) Asma crônica: hipertrofia e hiperplasia das glândulas e células secretoras com hipertrofia da musculatura lisa das vias aéreas

• FISIOPATOLOGIA

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Mediadores da Resposta Asmática Aguda

Acetilcolina

-constrição dos músculos lisos das vias aéreas

Histamina

-agente broncoativo endógeno

Mastócitos:

Principal fonte pulmonar de histamina

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Leucotrienos

-mástócitos, eosinófilos e macrófagos alveolares –

cisteinil leucotrienos: LTC4, LTD4 e LTE4

LTC4 e LTD4 - agonistas mais potentes para contração dos músculos lisos das vias aéreas

Óxido Nítrico

Níveis elevados de óxido nítrico podem formar produtostóxicos de oxidação que podem lesar as vias aéreas. Pacientes com asma tem níveis acima do normal de óxidonítrico em seu ar expirado

Mediadores da Resposta Asmática Aguda

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Alterações Fisiológicasna Asma

Obstrução das vias aéreas - aumento na resistência das vias aéreas e redução da velocidade de fluxo.

O estreitamento das vias aéreas pode ser tão grave a ponto de resultar em fechamento das vias aéreas.

As amplas oscilações de pressão resultam em uma resistência aofluxo de ar expiratório muito maior do que ao fluxo aéreo inspiratório.

A frequência respiratória costuma ser alta durante uma criseasmática aguda; a sobrecarga pode aumentar o trabalho respiratórioem 10 vezes ou mais.

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• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Anamnese

• Dispnéia • Tosse freqüente• Sibilância• Ansiedade• Aperto no peito• Melhora espontânea ou com uso de broncodilatadores• Durante a entrevista o histórico do paciente é muito

importante para o diagnóstico

• O potencial de exposições ocupacionais (camarão, caranguejo, ostra, galinha, poeira de cereal...)

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Exame Físico

Sinais Vitais

• Frequência respiratória alta

(25 a 40 incursões respiratórias por minuto)

• Taquicardia

• Pulso paradoxal

(queda inspiratória exagerada na pressão sistólica)

• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

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Exame do Tórax

• Uso dos músculos acessórios da respiração

• Tórax hiperinsuflado

• Fase Expiratória > Fase Inspiratória

• Sibilos mais altos na expiração, porém presentes também na inspiração

• MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

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Prova de Função Pulmonar

A principal anormalidade da função pulmonar durante umepisódio de asma consiste na redução das taxas de fluxoaéreo em toda a capacidade vital.

Gasometria Arterial

• DIAGNÓSTICO

Achados Laboratoriais

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Outros Achados no Sangue

Indivíduos asmáticos freqüentemente são atópicos;portanto, eosinofilia no sangue periférico é comum.

Estudos epidemiológicos indicam que a asma não éusual em indivíduos com níveis baixos de IgE.

Achados Laboratoriais

Achados no Escarro

O escarro do paciente asmático pode ser claro ou opaco, com coloração esverdeada ou amarelada.

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Achados Radiográficos

A radiografia de tórax de um individuo asmático freqüentemente é normal. A asma grave está associada à hiperinsuflação.

As complicações da asma grave, incluindo pneumotórax, podem ser detectadas radiograficamente.

Na asma leve a moderada, sem outros sons adventícios além dos sibilos, a radiografia de tórax não precisa ser realizada.

Achados Laboratoriais

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Alternativas diagnósticas para asma devem ser consideradas, levando-se em conta:

• A idade de início dos sintomas

• Sua história natural

• Características clínicas associadas

• Localização e características dos ruídos respiratórios

• Alterações na radiografia de tórax

• Resposta a medicamentos

• DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

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• Atualmente não há maneira de impedir que o paciente desenvolva a diátese asmática

• O afastamento de alérgenos pode reduzir a frequência dos ataques de asma

• PREVENÇÃO

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• TRATAMENTO

• Direcionado para a obstrução das vias aéreas e para a propensão que as vias aéreas tem de se obstruírem bastante e facilmente em resposta aos broncoconstritores inalatórios;

• O tratamento tem dois componentes:

1. Uso de um Agente Aliviador (Resgate)2. Uso de Medicações Controladoras

Antiinflamatórios

• Os objetivos do tratamento se resumem ao controle de sintomas, permitir que o paciente siga com suas atividades diárias, minimizar o uso de tratamentos de alívio e prevenir a necessidade de cuidados médicos imprevistos

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• TRATAMENTO

Tratamentos aliviadores: Usado no caso de se desenvolver uma

obstrução asmática aguda das vias aéreas

Agentes β-Adrenérgicos

• Administrados por inalação são a base de tratamento broncodilatadorpara asma.

• Ocorre o relaxamento da musculatura lisa das vias aéreas contraídas em resposta a estimulação dos receptores β2-Adrenérgicos.

• O tratamento consistir em dois jatos do inalador com intervalo de 3 a 5 minutos

• Existem evidências que o uso regular dos β-Agonistas inalados profiláticos, de modo geral, não tem efeitos deletérios na maioria dos pacientes com asma.

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• TRATAMENTO

• Os agentes atropínicos inibem os efeitos da acetilcolina liberada pelos nervos motores intrapulmonares que correm no vago e inervam os músculos lisos das vias aéreas.

• O brometo de ipratrópio, agente atropínico usado terapeuticamente na asma, é disponível para o uso do inalador dosimetrado; a dose recomendada é de dois jatos a cada 4 ou 6 horas.

Tratamentos aliviadores:

Anticolinérgicos

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Tratamentos para Controle:

Corticosteróides inalados

• Exibem menos impacto sistêmico para determinado nível de efeito terapêutico do que os sistêmicos, constituindo tratamentos efetivos de controle para aumentar a função pulmonar e prevenir as exacerbações da asma em pacientes com asma persistente.

Antileucotrieno

β-Agonistas de ação prolongada

Teofilina

• Teofilina e seu congênere mais solúvel, a aminofilina são brocodilatadores de potência moderada, uteis tanto para tratamento da asma em pacientes internados quanto ambulatoriais.

• TRATAMENTO

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Tratamentos para Controle:

Corticosteróides Sistêmicos

Tratamento Anti-IgE

• Em pacientes que tem asma alérgica moderada a grave com níveis elevados de IgE sérica e que estão recebendo corticosteróides inalados, o tratamento com omalizumab melhora o controle da asma mesmo quando as doses de esteróides inalados são diminuídas

Terapia da Asma Dirigida pelo Controle

• TRATAMENTO

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Infecção Pulmonar Contaminante:

• DPOC (Bronquite Crônica, Enfisema);

• Bronquiectasia: dilatação anormal permanente e destruição da parede dos brônquios;

• Pneumonia;

Deve-se realizar o tratamento específico para cada caso

• Situações Específicas de Tratamento

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Asma induzida por Ácido Acetilsalicílico:

• 5% dos pacientes com asma persistente moderada a grave, desenvolvem asma com o uso de AAS ou outros AINEs;

• Esses pacientes apresentam asma de difícil controle, com polipose nasal e sinusite crônica;

Portanto, esses pacientes devem evitar o uso de AAS e de outros AINEs

• Situações Específicas de Tratamento

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Estado de Mal Asmático

• Pacientes com asma sem resposta adequada ao tratamento ou que apresentem complicações importantes, como pneumotórax, necessitam de internação hospitalar para monitorização rigorosa;

• Indica-se tratamento com β-Agonistas inalatórios

Se não houver melhora com o tratamento e a insuficiência respiratória parecer iminente, deve-se usar broncodilatadores na dose máxima tolerada pelo paciente;

Intubação orotraqueal e respiração mecânica, quando necessários;

• Situações Específicas de Tratamento

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Asma na Gravidez

Pode ser exacerbada, permanecer

inalterada ou regredir durante a gravidez;

Desnecessário modificações substanciais

no tratamento rotineiro da asma durante a gravidez;

Nenhuma medicação desnecessária deve ser administrada;

Deve-se evitar: tetraciclina, atropina, mucolíticos contendo iodo e prostaglandinas com finalidades abortivas;

• Situações Específicas de Tratamento

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O prognóstico para asmáticos é bom,especialmente para crianças com a doença.Para os asmáticos diagnosticados durante ainfância, 54% não irão ter mais o diagnósticoapós uma década.

A asma é um transtorno recorrente crônico. Amaioria dos pacientes tem crises sem perdaimportante na função pulmonar durantemuitos anos. Uma minoria vai apresentar umaperda irreversível da função pulmonar durantee além do envelhecimento pulmonar normal.

• PROGNÓSTICO

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Asma na Infância

Doença crônica de maior prevalência na infância

20% das crianças no Brasil

90% das crianças antes dos 5 anos

Destas, 50% ainda no 1º ano de vida

Problema de saúde pública!

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Diagnóstico eminentemente clínico

Espirometria em crianças apenas em grandes centros – acesso limitado

Tríade:

• História

• Indicativos

• Exame Físico

Asma na Infância

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História do paciente é essencial:

• Histórico familiar positivo para asma e/ou rinite

• Parto prematuro

• Infecções de vias aéreas superiores nos 1os meses de vida

• Pais e principalmente mães fumantes

durante a gestação

• Tabagismo passivo

Asma na Infância

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Indicativos são os mesmos que o

da asma em adultos

Diagnóstico

Principalmente: Prova de função pulmonar

• Determina resposta imediata aos broncodilatadores

• Indicada para maiores de 6 anos com bom treinamento

Asma na Infância

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Asma na Infância

Diagnóstico

Medida de pico de fluxo expiratório

• Medida simples e essencial no controle da inflamação

• Consiste em pedir ao paciente que, após esvaziar todo o pulmão, encha o peito e, em seguida, sopre o ar da forma mais rápida que puder, para que se meça a velocidade do seu fluxo expiratório no 1º segundo.

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Crianças de 3 a 4 anos já podem fazer uso, desde que bem treinadas e incentivadas através de recursos lúdicos

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Asma na Infância

Classificação

60% intermitentes

40% persistentes

O paciente é classificado para se estabelecer um tratamento a partir deste estágio.

Os critérios são:

Controlado, Parcialmente Controlado e Descontrolado

60% leves

35% moderados

5% graves

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São quatro os componentes essenciais para o controle da asma:

1. Parceria médico-paciente

2. Identificação dos fatores pessoais de risco

3. Conhecimento a respeito da doença e seus aspectos pessoais

4. Automanejo

Asma na Infância

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Prevenção:

Asma na Infância

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Tratamento, basicamente, é o mesmo que o da asma em adultos

• Objetivos: Controlar os sintomas

Permitir atividades normais de escola, lazer e esportes

Evitar as crises

Reduzir o uso de medicamentos de resgate

Minimizar os efeitos adversos dos medicamentos em uso

Prevenir o remodelamento pulmonar

Evitar a morte.

Asma na Infância

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O tratamento ideal deve ter as menores doses possíveis para se conseguir o máximo controle da doença, com facilidade de administração e de entendimento, para que haja adesão.

O tratamento farmacológico deve ser contínuo e flexível

Asma na Infância

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Medicações de Controle

1. Antiinflamatórios: suprimir a inflamação e preservar a função pulmonar

2. β2-Agonistas de longa duração:

manter a permeabilidade das vias aéreas

Medicações de Resgate

1. β2-Agonistas de ação imediata: promover a broncodilatação imediata

Asma na Infância

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Dia 21 de junho é o

Dia Nacional de Prevenção

à Asma!

Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, ascrises podem levar o paciente à morte.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem no mundocerca de 300 milhões de asmáticos. No Brasil, a doença mataaproximadamente oito pessoas por dia. Dados do Sistema Único de Saúde(SUS) revelam que a cada ano mais de 367 mil brasileiros dão entrada noshospitais por causa da doença.

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BIBLIOGRAFIA

GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil Medicina. 23ª edição.Volume I. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Páginas 710-718.

MATTAR, Zuleid Dantas Linhares. Asma na Infância. Indexado naLilacs sob nº: S0031-39202008000100001. Páginas 37-46.

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