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O Guia do eduScrum
“As regras do Jogo”
Desenvolvido pela Equipa do eduScrum
Setembro 2015 (versão Inglesa)
Escrito por Arno Delhij, Rini van Solingen e Willy Wijnands
Revisto por Jeff Sutherland
Julho 2018 (versão Portuguesa)
Traduzido por Jorge Alexandre Gomes e Nuno Rafael Gomes
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direitos reservados. Pág. 2
eduScrum Guide (English version): Version EN: 1.2 (September
2015) Written by: Arno Delhij, Rini van Solingen and Willy
Wijnands. Reviewed by: Jeff Sutherland Guia do eduScrum (versão
Portuguesa): Versão PT-PT: 1.2 (Julho 2018) Traduzido por: Jorge
Alexandre Gomes e Nuno Rafael Gomes.
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Sumário
Introdução
........................................................................................................................
5
Propósito do Guia do
eduScrum.........................................................................................
6
Definição do eduScrum
......................................................................................................
7
Estrutura de Aprendizagem eduScrum
...............................................................................
8
Teoria do eduScrum
..........................................................................................................
9 Transparência
.........................................................................................................................
9 Inspeção
..................................................................................................................................
9
Adaptação...............................................................................................................................
9
A Equipa eduScrum
.........................................................................................................
11 O Guardião de Aprendizagem (Product Owner, Professor)
.................................................. 11
Definição dos Objetivos de Aprendizagem
......................................................................
12 Monitorização e melhoria da Qualidade dos Resultados de
Aprendizagem ................... 12 Avaliação dos Resultados de
Aprendizagem
....................................................................
13
As Equipas de Estudantes
.....................................................................................................
14 Dimensão das Equipas de Estudantes
..............................................................................
15
O Facilitador de Aprendizagem (eduScrum Master, Estudante)
.......................................... 15 Serviço do
Facilitador de Aprendizagem ao Guardião de Aprendizagem
........................ 16 Serviço do Facilitador de Aprendizagem
à Equipa de Estudantes ................................... 16
Eventos eduScrum
...........................................................................................................
17 O Ciclo de Aprendizagem (Sprint)
.........................................................................................
17
Cancelamento de um Ciclo de Aprendizagem – não no eduScrum
................................. 18 A Reunião de Planeamento do
Ciclo de Aprendizagem
........................................................ 19
Constituição de Equipas
...................................................................................................
19 Objetivos de Aprendizagem
.............................................................................................
19 Planeamento do Trabalho
................................................................................................
20
As Reuniões de Coordenação (Stand Ups)
............................................................................
21 A Reunião de Revisão do Ciclo de Aprendizagem
.................................................................
22 A Reunião da Retrospetiva do Ciclo de Aprendizagem
......................................................... 22
Artefactos eduScrum
.......................................................................................................
24 O Backlog de Aprendizagem
.................................................................................................
24 O "FLIP" (Quadro eduScrum)
................................................................................................
25
Monitorização do Progresso de um Ciclo de Aprendizagem
........................................... 25 A Definição de
“Concluído”
...................................................................................................
26
Objetivos de Aprendizagem
.............................................................................................
26 A Definição de “Diversão”
....................................................................................................
27
Considerações Finais
.......................................................................................................
28
Registo de Alterações
......................................................................................................
29 Versão PT-PT 1.2 (Julho 2018)
..............................................................................................
29 Versão PT-PT 1.1 (Junho 2018)
.............................................................................................
29 Versão PT-PT 1.0 (Maio 2018)
..............................................................................................
29
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Agradecimentos
..............................................................................................................
30 Pessoas por detrás do eduScrum
..........................................................................................
30
Aos Estudantes
.................................................................................................................
30 Fundação eduScrum & Amigos
.............................................................................................
30
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Introdução
A maioria de vós que ler este documento não estará familiarizado
com o Scrum, mas muito
provavelmente terá formação em Educação. O eduScrum tem origens
em ambos.
O Scrum é uma estrutura de aprendizagem para desenvolver,
entregar e sustentar produtos
complexos. Por essa razão o Scrum é amplamente utilizado no
desenvolvimento de tecnologias de
informação (TI) em todo o mundo e está em vias de se tornar
predominante nesta área. No entanto,
um número cada vez maior de profissionais está a explorar
domínios alternativos do conhecimento
onde o Scrum poderá ser aplicado com sucesso.
Um desses domínios é claramente a Educação. Isso levou a Equipa
do eduScrum a experimentar esta
estrutura de aprendizagem no contexto da sala de aula. Embora o
produto dos resultados escolares
seja relativamente fácil de prever, o processo para atingir
esses mesmos resultados é bastante
complexo, como no desenvolvimento de software. Os pilares da
Transparência, Inspeção e
Adaptação, juntamente com o conceito de auto-organização (e
equipas autónomas), levaram a
Equipa do eduScrum a querer experimentar o Scrum.
Para aqueles de vós que tiveram a oportunidade de testemunhar ao
vivo o ambiente de uma sala de
aula facilitada com eduScrum, isso não é mais um segredo. Para
aqueles de vós que ainda não
tiveram essa chance, podemos garantir que ficarão surpresos.
O eduScrum é um processo cocriativo. Imagine um ambiente em que
as crianças não sejam
responsabilizadas, mas se sintam responsáveis pela sua própria
aprendizagem e pela conclusão do
trabalho que têm entre mãos. Imagine um ambiente em que ninguém
diz às crianças o quê e como
fazer, mas apenas quais são os resultados esperados e, mesmo
assim, elas querem fazê-lo. Imagine
um ambiente em que o trabalho de casa não é mais ditado pelo
professor, mas considerado
apropriado pelos alunos. Em resumo, quando você está numa aula
facilitada com eduScrum, você
pode sentir uma energia especial e uma vibração positiva no
ar.
Como Daniel H. Pink explica na sua teoria sobre motivação
intrínseca (propósito, autonomia e
mestria), quando as tarefas se tornam mais complexas,
interessantes e autodirecionadas, as pessoas
deixam de responder positivamente ao método tradicional “da
cenoura e do bastão" (recompensa e
punição). Aliás, a ciência já demonstrou que o método da
"cenoura e o bastão" é totalmente
contraproducente para um número cada vez maior de profissionais
de conhecimento do século XXI
que já o experimentaram. Portanto, se quisermos preparar nossos
filhos para se tornarem
profissionais do século XXI teremos que lhes ensinar e dar
Propósito, Autonomia e Mestria. Isto é
exatamente o que o eduScrum, e as pessoas por detrás dele, irão
facilitar.
Este guia contém e descreve o conjunto mínimo de requisitos para
se trabalhar com sucesso com o
eduScrum. Qualquer componente ou parte potencialmente não
necessária já foi removida, mas não
mais que isso. Portanto, todos os elementos apresentados neste
guia são considerados obrigatórios
para se atingir o sucesso com o eduScrum. Se você optar por
eliminar certos elementos, tudo bem,
mas então não será mais eduScrum. Por outro lado, adicionar
elementos é muito comum (e até
desejável) desde que a estrutura de aprendizagem base do
eduScrum seja respeitada. Em suma, o
eduScrum é leve e oferece muito espaço para um toque
pessoal.
http://www.scrumguides.org/scrum-guide.htmlhttp://eduscrum.nl/en/https://www.youtube.com/watch?v=bm0lPxCdF-Q
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Propósito do Guia do eduScrum
O eduScrum é baseado no Scrum, uma estrutura de aprendizagem
para desenvolver, entregar e
sustentar produtos complexos (Jeff Sutherland & Ken Schwaber
2017).
O eduScrum por seu lado é uma estrutura de aprendizagem para
desenvolver estudantes, onde a
responsabilidade pelo processo de aprendizagem é delegada dos
professores para os alunos.
Este guia contém a definição de eduScrum. Isso inclui os papéis,
eventos e artefactos do eduScrum,
assim como as regras que os unem. Este guia foi inspirado no
Guia do Scrum original, escrito e
mantido pelo Jeff Sutherland e Ken Schwaber.
No eduScrum, a aprendizagem ocupa o centro do palco; aprender de
uma forma mais inteligente,
melhorar a colaboração e aprender a conhecer-se melhor. Esta
forma diferente de aprender e de
trabalhar também cria mais responsabilidade, diversão e energia
nos alunos, o que, por sua vez,
conduz a melhores resultados em menos tempo. Por esta razões, os
estudantes experimentam um
forte crescimento pessoal que fortalece o desenvolvimento da sua
autoestima e da confiança que
depositam nos outros. A chave para tudo isso é a autonomia; os
alunos têm a liberdade de
determinar o seu próprio processo de aprendizagem, dentro dos
limites e Objetivos de
Aprendizagem predefinidos pelo Professor.
O eduScrum não apenas melhora os resultados escolares, como
também contribui decisivamente
para o desenvolvimento pessoal de cada aluno e para o
desenvolvimento das suas competências
transversais (soft skills como colaboração, comunicação,
pensamento crítico e criatividade) tão
fundamentais ao trabalho em equipa cada vez mais predominante
nos dias de hoje.
http://www.scrumguides.org/scrum-guide.html
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Definição do eduScrum
O eduScrum é uma estrutura de aprendizagem na qual os alunos
podem resolver problemas
complexos de uma maneira adaptativa, ao mesmo tempo que, de uma
forma produtiva e criativa,
atingem objetivos de aprendizagem e de crescimento pessoal com o
maior valor possível.
O eduScrum é:
• Leve.
• Fácil de entender.
• Difícil de dominar (porque as Equipas de Estudantes têm de o
fazer por conta própria).
O eduScrum é difícil de dominar porque apenas prescreve o “que
fazer” e não o “como deve ser
feito”. O eduScrum não é um processo ou técnica para orientar
estudantes; é antes uma estrutura de
aprendizagem dentro da qual se podem empregar vários processos e
técnicas. O eduScrum fornece
transparência sobre a eficácia dos planos desenhados pelos
alunos, bem como sobre a abordagem
escolhida por estes para que possam melhorar continuamente. O
eduScrum desafia os alunos a auto
organizarem-se e a desenvolverem trabalho de qualidade dentro de
um determinado período de
tempo, com Objetivos de Aprendizagem claros.
Com o eduScrum a qualidade (em relação aos desafios de
aprendizagem, colaboração e
desenvolvimento pessoal) está em constante evolução ao longo do
calendário escolar. Uma vez que
no eduScrum os alunos são donos da sua própria aprendizagem, são
os mesmos que determinam
coletivamente a qualidade do seu próprio trabalho. E é este
sentimento de propriedade, associado à
melhoria contínua, que conduz a uma maior qualidade da
aprendizagem.
No final de cada Ciclo de Aprendizagem, tem lugar uma Reunião de
Revisão focada no “Quê”, isto é,
no trabalho propriamente dito, seguida de uma Reunião de
Retrospetiva focada no “Como”, isto é,
na colaboração, no uso das qualidades e competências pessoais, e
no desenvolvimento pessoal de
cada um.
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Estrutura de Aprendizagem eduScrum
A Estrutura de Aprendizagem eduScrum, à semelhança da estrutura
Scrum, define apenas a
constituição e tipo de Equipas, assim como os seus papéis,
eventos, artefactos e regras. Cada
componente desta estrutura de aprendizagem serve um propósito
específico e é essencial para o
sucesso e correta utilização do eduScrum.
O eduScrum admite diferentes estratégias específicas de
“implementação”, mas as mesmas não
fazem parte deste Guia.
As regras definidas ao longo do presente Guia unem os diferentes
eventos, papéis e artefactos do
eduScrum, governando a relação e a interação entre eles.
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Teoria do eduScrum
O eduScrum, assim como o Scrum, baseia-se na teoria do controle
de processos empíricos, ou
empirismo. O empirismo é uma teoria que defende que o
conhecimento resulta apenas, ou
principalmente, da experiência e da tomada de decisões com base
no que é conhecido. O eduScrum
emprega uma abordagem iterativa e incremental para controlar o
risco e maximizar a probabilidade
de sucesso em atingir os Objetivos de Aprendizagem.
Qualquer implementação de um mecanismo de controle de processos
empíricos assenta sobre três
pilares: transparência, inspeção e adaptação.
Transparência
Transparência significa que os aspetos mais importantes do
processo de aprendizagem devem ser
visíveis para os responsáveis pelos resultados e para todas as
partes interessadas nos mesmos. A
transparência exige ainda que esses mesmos aspetos sejam
definidos através de um standard
comum, de forma a que todos os observadores partilhem o mesmo
entendimento sobre o trabalho
em curso, como por exemplo:
• Uma linguagem comum referente ao processo deve ser partilhada
por todos os participantes no
mesmo; e,
• Aqueles que realizam o trabalho (estudantes) e aqueles que
aceitam o produto resultante do
trabalho (professores) deverão partilhar a mesma Definição de
“Concluído”.
O eduScrum foca-se na criação de valor, onde valor corresponde à
soma dos resultados individuais
de aprendizagem, de desenvolvimento pessoal e do trabalho
colaborativo realizado em Equipa. A
estrutura de aprendizagem eduScrum tem como objetivo fornecer
transparência sobre o que foi
mencionado acima, de forma a suportar todo o processo de
aprendizagem. A transparência é
necessária para ajudar os alunos a tomar as decisões certas
sobre o seu próprio processo de
aprendizagem, de forma a que possam maximizar a criação de
valor.
Inspeção
Os praticantes de eduScrum deverão inspecionar frequentemente os
artefactos e o progresso em
direção aos Objetivos de Aprendizagem, de forma a detetar
antecipadamente desvios indesejáveis.
No entanto, a frequência e a duração da inspeção não deverão
atrapalhar a realização do próprio
trabalho em curso. As melhores inspeções são aquelas que são
realizadas diligentemente por
professores e alunos, no próprio local do trabalho, isto é, na
sala de aula ou área de trabalho.
Adaptação
Se um aluno (ou professor) determinar que um ou mais aspetos do
processo de aprendizagem
ameaça desviar-se dos limites aceitáveis e/ou que os resultados
expectáveis serão inaceitáveis, o
https://en.wikipedia.org/wiki/Empiricism
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planeamento e/ou a abordagem seguida por uma determinada Equipa
de Estudantes deverá ser
ajustada o mais rapidamente possível, de forma a minimizar
desvios futuros e a mitigar o risco.
O eduScrum prescreve seis eventos formais para “inspeção e
adaptação”, conforme descrito na
seção dos eventos eduScrum deste Guia:
• Constituição de Equipas.
• Reunião de Planeamento do Ciclo de Aprendizagem.
• Reuniões de Coordenação (no início de cada aula).
• Reunião de Revisão do Ciclo de Aprendizagem (apresentação oral
ou escrita, experiência prática,
teste ou uma combinação destes).
• Reunião de Retrospetiva do Ciclo de Aprendizagem
(funcionamento da equipa e
desenvolvimento pessoal dos seus membros).
• Reflexão Pessoal (individual).
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A Equipa eduScrum
Uma Equipa eduScrum é constituída por um Professor (o Guardião
de Aprendizagem) e por várias
Equipas de Estudantes de quatro alunos cada. Cada Equipa de
Estudantes deverá escolher o seu
Facilitador de Aprendizagem.
As Equipas de Estudantes são auto-organizadas e
multidisciplinares. As equipas auto-organizadas
definem a sua própria forma de aprender e trabalhar, em vez de
serem dirigidas por outras pessoas
fora da Equipa (como por exemplo, os professores). As equipas
multidisciplinares possuem todas as
competências necessárias para aprenderem sozinhas e realizarem o
seu próprio trabalho, sem
dependências externas. E combinando auto-organização com
multidisciplinaridade, são os alunos
que formam as suas próprias Equipas de Estudantes com base nas
competências e qualidades
pessoais de cada um.
Embora cada Equipa de Estudantes seja responsável pelos seus
próprios resultados e, nesse sentido,
seja independente, a cooperação entre equipas é incentivada,
para que as diferentes equipas
possam usar a informação e o conhecimento acumulado por outras
equipas.
O modelo de trabalho em equipa no eduScrum está pensado para
potenciar a autonomia,
colaboração, flexibilidade, criatividade, motivação e
produtividade.
As Equipas eduScrum entregam resultados de aprendizagem
“concluídos” de forma iterativa e
incremental, maximizando as oportunidades de feedback e
adaptação, e garantindo ainda que
resultados potencialmente bons sejam sempre atingidos para os
Objetivos de Aprendizagem
previamente estabelecidos pelo Professor.
O Guardião de Aprendizagem (Product Owner, Professor)
O Guardião de Aprendizagem é responsável pela definição dos
Objetivos de Aprendizagem, assim
como pela monitorização e avaliação dos resultados da mesma. Ele
ou ela irá também facilitará o
processo de aprendizagem eduScrum, assim como os processos de
desenvolvimento individual e das
equipas. O Guardião de Aprendizagem atua como Facilitador de
Aprendizagem referenciando
materiais de aprendizagem, respondendo a perguntas e fornecendo
exemplos.
Umas das principais responsabilidades do Guardião de
Aprendizagem é também incentivar a
cooperação entre as diferentes Equipas de Estudantes dentro da
sala de aula. No entanto, e à
semelhança das empresas, a forma como diferentes equipas e
indivíduos tentam concretizar isso
(isto é, trabalhar de forma coordenada em escala) depende, antes
de demais, da abordagem e
estratégia definida ao nível organizacional.
Enquanto Guardião de Aprendizagem, o Professor está
explicitamente focado no domínio dos
tópicos de aprendizagem mais importantes. Portanto, enquanto
Guardião de Aprendizagem, o
Professor é responsável:
1. Pela definição do quê precisa de ser aprendido;
2. Pela monitorização e melhoraria da qualidade dos resultados
educativos;
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3. Pela avaliação e apreciação dos resultados educativos (usando
como referência os Critérios de
Aceitação por si definidos e a Definição de “Concluído” de cada
Equipa de Estudantes).
Definição dos Objetivos de Aprendizagem
O Guardião de Aprendizagem é responsável pelos resultados
mensuráveis da educação: avaliação de
trabalhos, testes e exames, aprovações e retenções de ano
letivo. O Guardião de Aprendizagem
assegura também que as diversas partes interessadas (estudantes,
pais, gestores escolares e
governo) estão satisfeitas com os resultados educativos.
Portanto, a responsabilidade do QUÊ precisa de ser aprendido,
bem como a definição da prioridade
dos diferentes tópicos de aprendizagem e respetivos Objetivos de
Aprendizagem recai sobre o
Guardião de Aprendizagem, isto é, o Professor. Para monitorizar
e avaliar o progresso e os
resultados, o Guardião de Aprendizagem deverá definir Critérios
de Aceitação (tais como requisitos
mínimos, critérios de avaliação, diretrizes de apresentação dos
trabalhos, etc.) antes de início de
cada Ciclo de Aprendizagem.
Monitorização e melhoria da Qualidade dos Resultados de
Aprendizagem
Adicionalmente à definição do que precisa de ser aprendido (os
Objetivos de Aprendizagem), o
Guardião de Aprendizagem deverá também monitorizar, verificar e
melhorar a qualidade dos
resultados educativos. Para conseguir fazer isso, o Guardião de
Aprendizagem socorre-se de dois
pontos de referência: a Definição de “Concluído” de cada Equipa
de Estudantes, e os Critérios de
Aceitação, definidos por si próprio, aquando da apresentação do
Desafio de Aprendizagem.
Critérios de Aceitação
Para monitorizar a qualidade do que foi aprendido, o Guardião de
Aprendizagem define previamente
vários Critérios de Aceitação que são partilhados com as
diferentes Equipas de Estudantes no início
de cada Ciclo de Aprendizagem. Alguns exemplos de Critérios de
Aceitação são: pontuações mínimas
dos testes, tipos e dimensões das apresentações, prazos e outros
requisitos sobre os resultados
espectáveis
Cada Equipa de Estudantes é solidariamente responsável por
cumprir na integra os Critérios de
Aceitação previamente definidos pelo Professor. No entanto, são
os próprios membros da Equipa
que definem as tarefas, artefactos e atividades que necessitam
de forma a garantir o cumprimento
de cada um dos Critérios de Aceitação.
Definição de “Concluído” (Definition of Done, DoD)
Para proteger a qualidade dos Objetivos de Aprendizagem, cada
Equipa de Estudantes determina a
sua própria Definição de “Concluído”: antes de iniciar um Ciclo
de Aprendizagem (ou seja, uma
iteração, ou Sprint na terminologia oficial do Scrum), cada
Equipa de Estudantes determina quando o
seu trabalho é dado como “Concluído”.
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As equipas menos experientes poderão ter necessidade da ajuda do
Guardião de Aprendizagem para
chegarem à sua Definição de “Concluído”, enquanto que as mais
experientes irão conseguir fazer isso
de forma completamente autónoma. Desta forma, as Equipas de
Estudantes continuam a melhorar
continuamente a definição dos seus próprios critérios de
qualidade.
Avaliação dos Resultados de Aprendizagem
O Guardião de Aprendizagem avalia – em nome de todas as partes
interessadas (pais, conselho
escolar e alunos) – a qualidade dos resultados educativos. O
Guardião de Aprendizagem avalia e
aprecia quer os alunos de forma individual (com um teste escrito
por exemplo), quer as próprias
equipas (através da avaliação do(s) produto(s) final(ais) de
cada equipa).
O Guardião de Aprendizagem é a única pessoa responsável pela
gestão do Backlog de Aprendizagem.
A gestão do Backlog de Aprendizagem consiste em:
• Explicação inicial do eduScrum aos alunos (uma vez, 2
horas).
• Definição dos Objetivos de Aprendizagem para cada Ciclo de
Aprendizagem.
• Definição e explicação clara dos Critérios de Aceitação que
determinam se um Objetivo de
Aprendizagem foi alcançado ou não, de forma a que as Equipas de
Estudantes possam começar a
trabalhar de forma independente (realizando experiências,
trabalhos, apresentações, etc.).
• Facilitação do processo de aprendizagem das Equipas de
Estudantes; além da clarificação dos
Objetivos de Aprendizagem e dos respetivos Critérios de
Aceitação, o Professor deverá referenciar
o material didático necessário e relevante, assim como estar
permanentemente disponível para
responder às perguntas e dúvidas dos alunos.
• Monitorização do processo eduScrum, de forma a garantir que
todos os envolvidos o seguem.
Ao contrário do Scrum, o Guardião de Aprendizagem no eduScrum
não está vinculado a uma única
Equipa, mas a um domínio do saber (disciplina ou unidade
curricular). O Guardião de Aprendizagem
poderá, portanto, suportar várias Equipas de Estudantes de forma
transversal a várias turmas e/ou
anos escolares. No caso de projetos interdisciplinares, as
Equipas poderão inclusive ter vários
Guardiões de Aprendizagem, um por cada domínio do saber
(disciplina ou unidade curricular).
Por vezes os alunos têm liberdade, dentro do currículo da
disciplina, unidade curricular, curso ou
projeto educativo da escola, para determinar, parcial ou
totalmente, os seus próprios Objetivos de
Aprendizagem (exemplo: projetos extracurriculares). Nesse caso,
o Guardião de Aprendizagem é
ainda responsável pelos Critérios de Aceitação finais, mas a
relação com os principais Objetivos de
Aprendizagem e respetivos resultados finais é muito mais
flexível.
Na condição de Guardião de Aprendizagem, o Professor é um líder
ao serviço das Equipas de
Estudantes. O Guardião de Aprendizagem é também responsável pela
divulgação da filosofia
eduScrum, como ele é compreendida e executada corretamente e,
portanto, o Professor concentra-
se na maneira de trabalhar e colaborar de todas as Equipas de
Estudantes. Para garantir isso, o
Guardião de Aprendizagem deve fazer o seguinte:
• Explicar o que é eduScrum, qual a sua relevância e como
funciona (uma vez).
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• Garantir que as Equipas de Estudantes são constituídas com
base na complementaridade de
competências dos seus membros.
• Garantir que o processo eduScrum é seguido ao manter as
Equipas de Estudantes fieis à teoria e
regras do eduScrum.
• Intervir, se necessário, com explicações adicionais,
demonstrações, feedback positivo, etc.
• Encorajar a diversão, energia positiva e uma mentalidade de
crescimento (pode ser delegado
aos Facilitadores de Aprendizagem).
• Proteger as Equipas de interrupções externas (pode ser
delegado aos Facilitadores de
Aprendizagem).
• Incentivar as Equipas de Estudantes a remover obstáculos de
forma rápida e autónoma; todos os
impedimentos que sejam demasiado grandes para uma Equipa
resolver sozinha deverão ser
rapidamente resolvidos pelo Guardião de Aprendizagem (pode ser
delegado aos Facilitadores de
Aprendizagem).
Além disso, o Guardião de Aprendizagem é também responsável por
treinar e orientar os alunos que
atuam como Facilitadores de Aprendizagem nas diferentes Equipas
de Estudantes. O Guardião de
Aprendizagem também incentiva a colaboração entre as diversas
Equipas de Estudantes na sala de
aula, pois cada uma pode aprender imenso com os sucessos e
fracassos das outras.
As Equipas de Estudantes
Uma Equipa de Estudantes consiste em alunos autónomos que
colaboram entre si para atingir
coletivamente os Objetivos de Aprendizagem exigidos no final de
cada Ciclo de Aprendizagem, de
acordo com os Critérios de Aceitação previamente definidos pelo
Guardião de Aprendizagem. Os
membros de uma mesma Equipa de Estudantes são solidariamente
responsáveis, enquanto Equipa,
pelo cumprimento dos Critérios de Aceitação.
As Equipas de Estudantes são estruturadas e capacitadas pelo
Guardião de Aprendizagem de
maneira a que possam auto-organizar e gerir o seu próprio
trabalho. Devido a isso, a eficácia e a
eficiência1 são fortemente melhoradas, bem como a experiência de
aprendizagem e o crescimento
pessoal.
As Equipas de Estudantes possuem as seguintes
características:
1. Elas são auto-organizadas: ninguém (nem mesmo o Guardião de
Aprendizagem) diz à Equipa de
Estudantes como eles devem realizar os seus Objetivos de
Aprendizagem.
2. Elas são multidisciplinares, com todas as competências
específicas (hard skills) e transversais
(soft skills) necessárias para alcançarem os Objetivos de
Aprendizagem de uma forma coletiva, e
os seus membros se desenvolverem pessoalmente.
3. Os membros de uma Equipa de Estudantes podem ter competências
específicas ou áreas de
especialização, mas a responsabilidade final sobre o trabalho e
resultados de aprendizagem recai
sempre sobre a Equipa de Estudantes como um todo.
1 Eficácia é fazer as coisas certas, eficiência é fazer bem as
coisas (com qualidade).
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4. Cada membro de uma Equipa de Estudantes pode decidir em total
liberdade se quer contribuir
com suas competências para o trabalho e resultados da Equipa, ou
se deseja sair da sua “zona
de conforto” e desenvolver novas competências.
5. Cada Equipa de Estudantes monitoriza constantemente o seu
próprio progresso e nível de
qualidade tendo como base a sua própria Definição de
“Concluído”, e os Critérios de Aceitação
previamente definidos pelo Guardião de Aprendizagem.
Dimensão das Equipas de Estudantes
O tamanho ideal de uma Equipa de Estudantes seve ser pequeno o
suficiente para esta ser
facilmente autogerível, e grande o suficiente para que possa
realizar uma quantidade significativa de
trabalho.
A recomendação geral é constituir Equipas de 4 alunos: menos de
três membros leva a uma menor
interação e representação de competências, e mais de cinco
elementos exige uma maior
coordenação. Equipas grandes geram demasiada complexidade para
poderem ser controladas
através de um processo empírico. Não se considera o Professor na
determinação do tamanho das
Equipas de Estudantes.
O Facilitador de Aprendizagem (eduScrum Master, Estudante)
Dentro de cada Equipa de Estudantes, um dos seus membros
desempenha a função de Facilitador de
Aprendizagem.
Cada Facilitador de Aprendizagem é um líder que serve e guia a
sua própria Equipa, dela fazendo
parte, para além de contribuir com as suas próprias competências
específicas (hard skills) e
transversais (soft skills) para o seu sucesso coletivo, à
semelhança dos seus colegas.
Os Facilitadores de Aprendizagem ajudam as suas Equipas a terem
um ótimo desempenho, mas não
as dirigem.
Dentro do eduScrum, o Facilitador de Aprendizagem desempenha um
papel mais restrito do que o
papel do ScrumMaster no Scrum original. Isso ocorre porque o
Guardião de Aprendizagem assume
várias dessas responsabilidades. No entanto, e à medida que os
Facilitadores de Aprendizagem
ganham mais experiência, estes assumem gradualmente algumas das
responsabilidades iniciais do
Guardião de Aprendizagem, nomeadamente:
• Explicar o que é eduScrum, qual a sua relevância e como
funciona.
• Garantir que o processo eduScrum é seguido ao manter a sua
Equipa de Estudantes fiel à teoria
e regras do eduScrum.
• Encorajar a diversão, energia positiva e uma mentalidade de
crescimento dentro da sua Equipa.
• Proteger a sua Equipa de interrupções externas.
• Incentivar a sua Equipa de Estudantes a remover obstáculos de
forma rápida e autónoma; todos
os impedimentos que sejam demasiado grandes para uma Equipa
resolver sozinha deverão ser
rapidamente resolvidos pelo Guardião de Aprendizagem.
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A cerimónia de Constituição das Equipas de Estudantes inicia-se
com a escolha dos Facilitadores de
Aprendizagem pelo Guardião de Aprendizagem ou, alternativa, pela
própria turma. Os Facilitadores
de Aprendizagem escolhem, por sua vez, os membros de cada Equipa
com base na
complementaridade de competências dos seus elementos.
Na Equipa de Estudantes, o Facilitador de Aprendizagem é
responsável pelo "FLIP" (o equivalente a
um quadro Scrum de visualização do trabalho em curso, usando uma
vulgar folha de flip chart). Uma
das responsabilidades do Facilitador de Aprendizagem é garantir
que o "FLIP" está
permanentemente disponível e atualizado. No entanto, a execução
do trabalho real é sempre
responsabilidade de toda a Equipa.
O Facilitador de Aprendizagem também suporta o Guardião de
Aprendizagem e a Equipa de
Estudantes de que faz parte.
O papel do Facilitador de Aprendizagem é, por omissão,
responsabilidade do Guardião de
Aprendizagem. No entanto, à medida que as Equipas e os alunos
ganham mais experiência, o
Guardião de Aprendizagem delega um cada vez maior número de
responsabilidades aos Facilitadores
de Aprendizagem de cada Equipa.
Serviço do Facilitador de Aprendizagem ao Guardião de
Aprendizagem
O Facilitador de Aprendizagem serve o Guardião de Aprendizagem
de várias formas, nomeadamente:
• Através da criação de transparência no progresso, assegurando
que o "FLIP" está sempre
disponível e atualizado.
• Através da facilitação de eventos eduScrum sempre que
solicitado, ou que seja necessário.
Serviço do Facilitador de Aprendizagem à Equipa de
Estudantes
O Facilitador de Aprendizagem serve a sua Equipa de Estudantes
de várias formas, nomeadamente
(mínimo):
• Através da criação de transparência no progresso, assegurando
que o “FLIP” está sempre
disponível e atualizado.
• Garantido a execução correta do eduScrum, iniciando,
facilitando e executando corretamente os
eventos do eduScrum, e usando corretamente os seus
instrumentos.
• Através da facilitação da colaboração entre as diversas
Equipas de Estudantes dentro do espaço
de trabalho.
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Eventos eduScrum
O eduScrum usa uma série de eventos prescritos para criar
regularidade e previsibilidade. Todos os
eventos têm uma janela temporal predeterminada (time-box), isto
é, todos os eventos têm uma
duração máxima, assegurando desta forma que é sempre utilizada
uma quantidade adequada de
tempo e não mais que essa, minimizando assim desperdícios no
processo de aprendizagem.
Além do próprio Ciclo de Aprendizagem, que funciona como um
recipiente para todos os outros
eventos, cada evento no eduScrum é uma oportunidade formal para
“inspecionar & adaptar” algo.
Estes eventos são concebidos especificamente para permitir
criteriosas ações de transparência,
inspeção e adaptação. A não inclusão de qualquer um destes
eventos resultará na redução da
transparência e numa oportunidade perdida para se “inspecionar
& adaptar”.
O Ciclo de Aprendizagem (Sprint)
O coração do eduScrum é um Ciclo de Aprendizagem, um conjunto
coerente de material de
aprendizagem que atinge certos Objetivos de Aprendizagem
predefinidos. Um Ciclo de
Aprendizagem pode ser uma unidade didática, uma série de lições
rica em contexto, um projeto, um
capítulo de um livro, e assim por diante. Normalmente os Ciclos
de Aprendizagem coincidem com os
semestres ou períodos, mas tal não é necessário.
Um Ciclo de Aprendizagem tem uma janela temporal limitada e
predeterminada, normalmente de
dois meses ou menos. Quando esse horizonte temporal é mais
longo, torna-se mais difícil para as
Equipas de Estudantes planearem2 bem e supervisionarem a
complexidade.
Um Ciclo de Aprendizagem começa com a Constituição das Equipas,
seguida da Reunião de
Planeamento do respetivo Ciclo de Aprendizagem. As Equipas de
Estudantes determinam, de forma
independentemente, o que irão fazer nesse período para atingirem
os Objetivos de Aprendizagem, e
“como” lá chegar.
Um Ciclo de Aprendizagem consiste:
• Numa Reunião de Planeamento do Ciclo de Aprendizagem,
incluindo a Constituição das Equipas
de Estudantes.
• N Reuniões de Coordenação, no início de cada aula.
• Na aprendizagem de algo novo e na realização de trabalho e
tarefas dentro do Ciclo de
Aprendizagem, a cada aula.
• Numa Reunião de Revisão do Ciclo de Aprendizagem.
• Numa Reunião de Retrospetiva do Ciclo de Aprendizagem,
incluindo a Reflexão Pessoal.
Durante um Ciclo de Aprendizagem:
• A composição de cada Equipa de Estudantes não é alterada.
2 Algumas Equipas, em particular as que são novas no eduScrum,
acham difícil planear um Ciclo de Aprendizagem inteiro no seu
início. Elas geralmente começam por um planeamento alto nível no
começo do Ciclo de Aprendizagem, e à medida que avançam e ganham
mais experiência, adicionam mais detalhe.
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• O âmbito do trabalho, isto é, o Desafio de Aprendizagem, não é
alterado.
• Os Critérios de Aceitação, isto é, a qualidade do trabalho a
realizar pelas diferentes Equipas,
podem ser esclarecidos e renegociados entre o Guardião de
Aprendizagem e a as Equipas de
Estudantes à medida estas ganham mais competências e aprendem
mais.
O Ciclo de Aprendizagem termina com uma Reunião de Revisão e uma
Reunião de Retrospetiva (por
esta ordem) para inspeção do trabalho realizado e entregue, e
identificação de futuras possibilidades
de melhoria, respetivamente.
Durante um Ciclo de Aprendizagem, o Guardião de Aprendizagem
monitoriza e verifica regularmente
se cada Equipa está a produzir os resultados esperados com a
qualidade pretendida. Algumas
Equipas poderão ter um evento adicional pré-agendado de forma
regular, com uma janela temporal
predeterminada (time-box), para assegurar que esta “inspeção
& adaptação” ocorre durante o todo
o Ciclo de Aprendizagem.
De forma semelhante ao Scrum, no eduScrum todos os artefactos
resultantes do trabalho
colaborativo têm de ser testados no decorrer do próprio Ciclo de
Aprendizagem, sendo que o
Guardião de Aprendizagem estimula periodicamente as Equipas de
Estudantes a fazerem isso mesmo
por si próprias. As Equipas podem pensar em diferentes tipos de
métodos e estratégias de
aprendizagem ativa para atingirem esse objetivo, como sessões de
partilha de conhecimentos
(internas a cada Equipa) para aferição dos conhecimentos
adquiridos por todos os seus membros,
jogos educativos de curta duração, discussões internas em torno
de um tópico ou Objetivo de
Aprendizagem, explicação de um tópico por parte de um dos
membros aos restantes colegas de
Equipa (learning by teaching), etc…
Como Guardião de Aprendizagem, o Professor deverá monitorizar o
progresso de cada Equipa de
forma regular. Nesse sentido, o quadro de aprendizagem "FLIP" e
o gráfico de “Burn Down” de cada
Equipa fornecem uma visão geral rápida sobre a evolução da
aprendizagem e do trabalho
desenvolvido por cada Equipa.
Cancelamento de um Ciclo de Aprendizagem – não no eduScrum
Ao contrário do Scrum, um Ciclo de Aprendizagem (Sprint) não
pode ser cancelado no eduScrum. No
entanto, e de forma semelhante ao Scrum, é possível, em
circunstâncias verdadeiramente
excecionais, fornecer novas atividades e/ou artefactos às
Equipas de Estudantes (isto é, proceder a
uma alteração do âmbito inicial) às Equipas de Estudantes de
forma a estas alcançarem os Objetivos
de Aprendizagem e os respetivos resultados desejados.
O Professor pode também incluir momentos de explicação de alguns
tópicos centrais à
aprendizagem de forma a assegurar que os resultados educativos
sejam atingidos. Estas explicações
podem ser feitas para todas as Equipas em simultâneo ou para uma
Equipa de Estudantes em
particular.
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A Reunião de Planeamento do Ciclo de Aprendizagem
A Reunião do Planeamento do Ciclo de Aprendizagem acontece
sempre no início deste e consiste em
3 partes: Constituição de Equipas, Objetivos de Aprendizagem e
Planeamento do Trabalho.
Constituição de Equipas
Além dos eventos essenciais do Scrum, o eduScrum oferece dois
eventos extras, um dos quais é
Constituição de Equipas. Uma cuidadosa formação de Equipas com
base na complementaridade das
competências e qualidades pessoais é fundamental para a melhoria
da aprendizagem e do
desempenho escolar com o eduScrum. O trabalho diferenciado e
complexo que precisa de ser
desenvolvido de forma colaborativa pelas diferentes Equipas
exige que cada uma delas possua tantas
qualidades, competências e conhecimentos quanto possível.
Para constituir boas Equipas, os seguintes critérios são
importantes:
• Complementaridade de competências e de qualidades pessoais
entre os seus membros;
• Proporção equilibrada de alunos de ambos os sexos;
• Composições diferentes dos Ciclos de Aprendizagem
anteriores;
• Composição baseada na amizade é indesejável.
Durante a Constituição de Equipas, uma componente obrigatória do
evento de Planeamento do Ciclo
de Aprendizagem, o Guardião de Aprendizagem ou a turma inteira
nomeiam primeiro os
Facilitadores de Aprendizagem. Os Facilitadores de Aprendizagem
escolhem de seguida as pessoas
para as diferentes Equipas de Estudantes com base na
complementaridade de competências
específicas (hard skills) a transversais (soft skills).
Objetivos de Aprendizagem
Os Objetivos de Aprendizagem dão às Equipas de Estudantes a
flexibilidade necessária relativamente
ao que será criado, e como, no decorrer do Ciclo de
Aprendizagem.
O Guardião de Aprendizagem explica inicialmente às Equipas o que
espera destas no final de cada
Ciclo de Aprendizagem; os Objetivos de Aprendizagem correspondem
normalmente a metas
curriculares associadas a um determinado domínio/subdomínio de
aprendizagem, pertencentes a
um programa curricular de uma determinada disciplina ou unidade
curricular, de acordo com os
documentos de referência formulados pelo Governo ou pela
Instituição de Ensino.
Durante a realização do seu trabalho, as Equipas de Estudantes
mantêm sob vigilância constante os
Objetivos de Aprendizagem. Diferentes tarefas serão realizadas
por cada Equipa para atingir esses
mesmos Objetivos de Aprendizagem. Se o trabalho realizado por
uma determinada Equipa de
Estudantes começar a desviar-se substancialmente do seu
planeamento inicial, essa Equipa deverá
trabalhar com o Guardião de Aprendizagem na reestruturação da
sua lista de trabalho e tarefas de
forma a que os Objetivos de Aprendizagem possam ser alcançados
novamente.
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Os Objetivos de Aprendizagem são parte integrante das metas
curriculares de um domínio de
aprendizagem de uma determinada disciplina ou unidade curricular
e podem, como tal, serem vistos
como marcos no progresso das Equipas de Estudantes.
Planeamento do Trabalho
O trabalho a realizar durante um Ciclo de Aprendizagem é
planeado durante a Reunião de
Planeamento do Ciclo de Aprendizagem. A criação deste plano é
sempre o resultado de um esforço
colaborativo de toda uma Equipa de Estudantes.
Em primeiro lugar, o Professor apresenta uma visão geral do
Desafio de Aprendizagem, quais os
conteúdos programáticos associados, o número de aulas
disponíveis no Ciclo de Aprendizagem, quais
os seus momentos centrais (planeamento, apresentação dos
trabalhos, avaliação individual, etc…),
datas de entrega, modelos de avaliação, e assim por diante.
Em resumo, o Guardião de Aprendizagem define os limites dentro
dos quais os alunos podem
reivindicar propriedade e autonomia sobre a sua própria
aprendizagem e trabalho e assim criarem o
seu próprio planeamento.
A Reunião de Planeamento do Ciclo de Aprendizagem corresponde a
uma janela temporal
predeterminada (time-box) de 2 aulas para um Ciclo de
aproximadamente dois meses. No entanto,
essa mesma janela temporal é normalmente necessária para Ciclos
de Aprendizagem mais curtos.
A Reunião de Planeamento do Ciclo de Aprendizagem responde às
seguintes perguntas:
• O que se espera da Equipa de Estudantes neste Ciclo de
Aprendizagem, isto é, quais são os
Objetivos de Aprendizagem, que conteúdos programáticos serão
cobertos, quais são os Critérios
de Aceitação, que dependências existem.
• O que deve ser feito para alcançar os Objetivos de
Aprendizagem (as tarefas), qual a respetiva
ordem e quem irá trabalhar em quê.
O Guardião de Aprendizagem apresenta e explica detalhadamente
cada um dos Objetivos de
Aprendizagem às Equipas de Estudantes de forma a que todos os
seus membros tenham uma boa
ideia do que se espera deles e das suas Equipas durante o Ciclo
de Aprendizagem que se está a
iniciar.
Os Objetivos de Aprendizagem devem ter sido explicados com o
detalhe necessário e suficiente para
que cada Equipa de Estudantes possa, de forma independente e
autónoma, trabalhar esses mesmos
Objetivos na sua Reunião de Planeamento.
Depois de o Guardião de Aprendizagem ter explicado os Objetivos
de Aprendizagem, cabe a cada
Equipa de Estudantes descobrir as atividades, artefactos e
respetivas tarefas necessárias ao
cumprimento dos mesmos, ficando cada Equipa responsável pela
definição das suas próprias tarefas,
pela estimativa de duração das mesmas e suas respetivas entregas
parciais (a existirem).
Assim que ficar claro o que precisa ser feito, cada Equipa de
Estudantes começa a definir e organizar
as suas próprias atividades, artefactos e respetivas tarefas, e
eventuais entregas parciais por ordem
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cronológica, com base no seu próprio entendimento coletivo sobre
os Objetivos de Aprendizagem e
Critérios de Aceitação definidos previamente pelo Guardião de
Aprendizagem.
Assim que as tarefas e as respetivas entregas parciais estejam
definidas e ordenadas
cronologicamente, a primeira subdivisão de tarefas pode ser
feita. Durante esta sessão de
planeamento, apenas é necessário produzir um primeiro esboço.
Afinal, o processo de “inspeção &
adaptação” contínua do eduScrum irá naturalmente conduzir a
novas descobertas sobre o trabalho a
realizar e, possivelmente, a alterações no planeamento e divisão
do trabalho no decorrer do Ciclo de
Aprendizagem.
No final da Reunião de Planeamento do Ciclo de Aprendizagem cada
Equipa de Estudantes, como
equipa auto-organizada que é, deverá ser capaz de explicar ao
Guardião de Aprendizagem qual o seu
plano para atingir os Objetivos de Aprendizagem.
As Reuniões de Coordenação (Stand Ups)
As Reuniões de Coordenação, normalmente realizadas em pé junto
ao “FLIP”, são eventos com uma
janela temporal predeterminada (time-box) de 5 minutos para que
cada Equipa de Estudantes possa
sincronizar as suas atividades e fazer um planeamento até a
próxima Reunião de Coordenação. A
Reunião de Coordenação ocorre no início de cada aula,
inspecionando o trabalho realizado desde a
última Reunião e planeando o trabalho que é possível finalizar
até à próxima.
A Reunião de Coordenação é realizada em todas as aulas no mesmo
momento, preferencialmente no
seu início, de forma a reduzir a complexidade e introduzir
regularidade. Durante esta Reunião, cada
membro da Equipa de Estudantes informa o seguinte:
• O que fiz para ajudar a minha Equipa a atingir os Objetivos de
Aprendizagem definidos para o
Ciclo de Aprendizagem atual, desde a aula anterior?
• O que farei nesta aula para ajudar a minha Equipa a atingir os
Objetivos de Aprendizagem
definidos para o Ciclo de Aprendizagem atual?
• Quais são os obstáculos que impedem a minha pessoa ou a minha
Equipa de atingir os Objetivos
de Aprendizagem definidos para o Ciclo de Aprendizagem
atual?
As Equipas de Estudantes usam a Reunião de Coordenação para
avaliar e proteger o seu progresso
em relação aos Objetivos de Aprendizagem, replanear o trabalho
em curso e fazer acordos coletivos
relativamente ao mesmo (quem vai fazer o quê na aula que se
iniciou, por exemplo). Desta maneira
as Reuniões de Coordenação maximizam a probabilidade de as
Equipa de Estudantes atingirem os
Objetivos de Aprendizagem com a maior qualidade possível.
No final de cada Reunião de Coordenação, cada Equipa de
Estudantes deverá ser capaz de explicar
ao Guardião de Aprendizagem como irá trabalhar, como equipa
auto-organizada que é, em direção
aos Objetivos de Aprendizagem e quais são as atividades,
artefactos e tarefas que ainda faltam
concluir.
O Facilitador de Aprendizagem garante que a Equipa de
Estudantes, de que faz parte, realiza a
Reunião de Coordenação, mas a responsabilidade pela execução da
mesma é da Equipa de
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Estudantes como coletivo. O Facilitador de Aprendizagem ajuda a
sua Equipa de Estudantes a manter
a Reunião de Coordenação dentro da janela temporal
predeterminada (time-box) de 5 minutos.
As Reuniões de Coordenação servem para melhorar a comunicação no
interior da Equipa de
Estudantes, para esta identificar e remover obstáculos ao
desenvolvimento do seu próprio trabalho,
para incentivar a rápida tomada de decisões e melhorar o
conhecimento que a Equipa de Estudantes
possui sobre o trabalho que tem entre mãos. Esta é uma reunião
muito importante para “inspecionar
& adaptar” (o plano, as tarefas, o resultado do trabalho, a
qualidade do mesmo, etc.).
A Reunião de Revisão do Ciclo de Aprendizagem
A Reunião de Revisão ocorre no final de cada Ciclo de
Aprendizagem e é sinónimo de conclusão dos
trabalhos. Cada Equipa de Estudantes demonstra o que aprendeu
durante o Ciclo de Aprendizagem
que está a terminar, e comparam o que aprenderam relativamente à
sua própria Definição de
“Concluído” e aos Objetivos de Aprendizagem predefinidos pelo
Guardião de Aprendizagem.
O formato desta apresentação depende dos Objetivos de
Aprendizagem e dos Critérios de Aceitação
inicialmente estabelecidos pelo Professor.
Durante o Ciclo de Aprendizagem, é necessário “inspecionar &
adaptar” com a maior frequência
possível, mas sem dificultar o processo de aprendizagem. Em
geral, pode-se concluir que, quanto
maior for o número de inspeções, maior é a probabilidade de
sucesso. A frequência das inspeções e
como elas serão avaliadas devem ser partilhadas com as Equipas
de Estudantes no início de cada
Ciclo de Aprendizagem durante a Reunião de Planeamento do mesmo.
Essas inspeções ajudam as
equipas a avaliar o seu progresso e a qualidade em relação aos
Objetivos de Aprendizagem,
procurando obter o máximo de feedback possível sobre as tarefas
já concluídas.
A Reunião da Retrospetiva do Ciclo de Aprendizagem
A Reunião de Retrospetiva do Ciclo de Aprendizagem é uma
oportunidade para as Equipas de
Estudantes desenvolverem uma inspeção sobre si próprias.
A Reunião de Retrospetiva do Ciclo de Aprendizagem é realizada,
assim que for possível,
imediatamente a seguir à Reunião de Revisão do Ciclo de
Aprendizagem. A Reunião de Retrospetiva
deve ser preparada cuidadosamente pois tem como objetivo
principal a criação de planos de
melhoria do desempenho coletivo (da Equipa) e individual (de
cada aluno), servindo de preparação
para o Ciclo de Aprendizagem seguinte.
A Retrospetiva deve ser realizada assim que as classificações
dos trabalhos estiverem disponíveis.
Qualquer atraso na realização da Retrospetiva resultará numa
oportunidade de melhoria perdida por
parte das Equipas e Indivíduos para o próximo Ciclo de
Aprendizagem.
Os objetivos da Reunião de Retrospetiva do Ciclo de Aprendizagem
são:
• Inspecionar como foi o último Ciclo de Aprendizagem
relativamente a pessoas, relações,
processos e ferramentas;
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• Identificar o que correu bem, identificar potenciais melhorias
à forma de trabalhar e ordená-las
por ordem de importância; e,
• Criar um plano de implementação de melhorias à forma como cada
Equipa de Estudantes realiza
o seu trabalho e ao modo como cada membro contribui para o
esforço coletivo.
A Reunião de Retrospetiva do Ciclo de Aprendizagem consiste em
três partes:
1. Os alunos avaliam os métodos e processos de trabalho da sua
Equipa e identificam pontos de
melhoria;
2. Em seguida, cada aluno avalia-se a si próprio relativamente
às suas competências e pontos de
melhoria, assim como aos demais colegas de equipa (reflexão
pessoal);
3. A equipa discute o que deve parar de fazer.
Consequentemente, os alunos estão juntos a “aprender a aprender”
de forma eficaz e eficiente. A
Reunião de Retrospetiva do Ciclo de Aprendizagem é, portanto,
uma parte muito importante e
essencial do processo eduScrum, nunca devendo ser omitida, e
acontecendo sempre no final de
cada Ciclo de Aprendizagem.
A Equipa de Estudantes responde individual e coletivamente às
quatro questões seguintes:
1. O que correu bem?
2. O que podemos ou devemos fazer melhor?
3. O que não devemos mais fazer?
4. Que ações iremos tomar durante o próximo Ciclo de
Aprendizagem?
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Artefactos eduScrum
Os artefactos do eduScrum representam valor ou trabalho de
várias maneiras úteis para o
fornecimento de transparência e de oportunidades para “inspeção
& adaptação”. Os artefactos
definidos pelo eduScrum foram desenhados especificamente para
maximizar a transparência das
principais informações necessárias para garantir que as Equipas
de Estudantes sejam bem-sucedidas
na obtenção de Objetivos de Aprendizagem “concluídos”.
O Backlog de Aprendizagem
O Backlog de Aprendizagem é uma lista ordenada (de todos os
itens de aprendizagem) dos Objetivos
de Aprendizagem e métodos de trabalho que estão em conformidade
com as metas curriculares
associadas a um determinado domínio/subdomínio de aprendizagem,
pertencentes a um programa
curricular de uma determinada disciplina ou unidade curricular,
de acordo com os documentos de
referência formulados pelo Governo ou pela Instituição de
Ensino.
O Guardião de Aprendizagem é responsável pelo Backlog de
Aprendizagem, incluindo seu conteúdo,
disponibilidade e ordenação.
Ao contrário do Scrum, onde o Backlog do Produto (equivalente ao
Backlog de Aprendizagem no
eduScrum) nunca é completo, no eduScrum as metas curriculares, e
muitas vezes os Objetivos de
Aprendizagem também, são conhecidos antecipadamente. As metas
curriculares são predefinidas; os
Objetivos de Aprendizagem podem variar, mas normalmente também
são conhecidos “a priori”.
No entanto, os métodos de trabalho são constantemente ajustados
com base na compreensão
progressiva dos mesmos por parte de cada uma das Equipas, de
acordo com o princípio Scrum de
“inspecionar & adaptar”. Assim, o Backlog de Aprendizagem é
dinâmico quanto aos métodos de
trabalho: ele muda constantemente para ajudar os alunos a
identificar o que precisam para
aprenderem, cooperarem de forma eficaz e compreenderem o
material de aprendizagem.
O Backlog de Aprendizagem é ordenado com base no programa
curricular de uma determinada
disciplina ou unidade curricular e, portanto, os Objetivos de
Aprendizagem e estórias (métodos de
trabalho) devem estar de acordo com esse mesmo programa
curricular, assim como com os
documentos de referência formulados pelo Governo ou pela
Instituição de Ensino.
No Backlog de Aprendizagem, os itens com prioridade mais alta
estão relacionados com o próximo
Ciclo de Aprendizagem, enquanto que os itens com prioridade mais
baixa serão “processados”
cronologicamente mais tarde. Também no Backlog de Aprendizagem,
os itens com prioridade mais
alta estão mais claros e mais detalhados do que os itens com
prioridade mais baixa. Quanto mais
baixa for a prioridade, menos detalhes constam dos itens de
aprendizagem.
Os itens do Backlog de Aprendizagem que ocuparão as Equipas de
Estudantes durante o próximo
Ciclo de Aprendizagem estão suficientemente bem detalhados,
tendo sido decompostos para que
qualquer item individual possa ser “Concluído” dentro da janela
temporal predeterminada do Ciclo
de Aprendizagem. Ou seja, o material de aprendizagem foi
esclarecido e delineado o suficiente para
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que as Equipas de Estudantes sejam realmente bem-sucedidas na
obtenção de resultados adequados
no próximo Ciclo de Aprendizagem.
O "FLIP" (Quadro eduScrum)
O “FLIP”, cujo nome deriva da palavra inglesa flip chart,
fornece uma visão dinâmica sobre o
conjunto de artefactos (apresentações, relatórios, etc.),
atividades (pesquisas, questionários, etc.) e
respetivas tarefas que a Equipa de Estudantes irá completar no
Ciclo de Aprendizagem atual.
O “FLIP” é uma representação cronológica do trabalho criativo a
desenvolver e a entregar no
decorrer do Ciclo de Aprendizagem atual. Os artefactos e
atividades, assim como as tarefas
respetivas, movem-se no “FLIP” de acordo com o seu estado, desde
“A Aprender”, passando por “Em
Curso” e terminando em “Concluído”.
O “FLIP” fornece uma visão panorâmica sobre todas as tarefas
necessárias para o cumprimento dos
Objetivos de Aprendizagem. Adicionalmente, o “FLIP” fornece
contexto à Reunião de Planeamento e
às Reuniões de Coordenação, pois através dele é possível saber
onde uma Equipa de Estudantes se
encontra em relação ao trabalho já concluído e ao que ainda
falta desenvolver e/ou terminar.
Consequentemente, através do “FLIP” é também possível prever se
uma determinada Equipa de
Estudantes irá ou não atingir os Objetivos de Aprendizagem
previamente estabelecidos pelo
Professor. O “FLIP” deverá ser atualizado regularmente de forma
a refletir sempre o estado real do
progresso de cada Equipa de Estudantes, sendo que esta
atualização de informação ocorre, pelo
menos uma vez, antes de cada Reunião de Coordenação.
Outra característica importante do “FLIP” é o facto de ele
servir para melhorar a transparência sobre
o progresso. Isto requer que o “FLIP” esteja sempre visível para
todas as Equipas de Estudantes
durante todas as reuniões.
O “FLIP” é também um plano com detalhe suficiente para que
eventuais mudanças ao progresso
sejam entendidas pelos próprios alunos durante as suas Reuniões
de Coordenação. A Equipa de
Estudantes modifica o “FLIP” durante o decorrer do Ciclo de
Aprendizagem e, portanto, o “FLIP”
evolui durante o desenrolar do mesmo. Logo, o “FLIP” poderá ser
revisto todas as vezes que for
necessário pela Equipa (como por exemplo, adicionar novas
tarefas), tendo como base a
compreensão progressiva do trabalho já feito e a realizar.
À medida que novo trabalho é descoberto, a Equipa de Estudantes
adiciona-o ao seu “FLIP”. Quando
elementos do plano são considerados desnecessários, eles são
removidos do “FLIP”. Apenas a Equipa
de Estudantes pode fazer alterações ao seu “FLIP” durante o
Ciclo de Aprendizagem. O “FLIP” é um
artefacto de alta visibilidade, uma “fotografia em tempo real”
do trabalho em curso e do trabalho
que uma determinada Equipa de Estudantes planeia desenvolver e
entregar durante um Ciclo de
Aprendizagem, pertencendo exclusivamente à Equipa de Estudantes
que o criou e mantém.
Monitorização do Progresso de um Ciclo de Aprendizagem
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Em qualquer momento de um Ciclo de Aprendizagem, a Equipa de
Estudantes deverá ser capaz de
explicar de forma sucinta o trabalho total por concluir que
consta no seu “FLIP”. Cada Equipa de
Estudantes deverá acompanhar de perto o volume de trabalho não
concluído, pelo menos durante a
realização das suas Reuniões de Coordenação.
Cada Equipa de Estudantes, em conjunto com o Guardião de
Aprendizagem, deverá ser capaz de
calcular a probabilidade de atingir ou não os Objetivos de
Aprendizagem, a partir do estado das
tarefas ainda não concluídas (“A Aprender” ou “Em Curso”). Ao
acompanhar de forma regular o
trabalho por concluir ao longo do Ciclo de Aprendizagem, cada
Equipa de Estudantes pode gerir o
seu próprio progresso.
A Definição de “Concluído”
Quando um Objetivo de Aprendizagem ou um seu Item (artefacto,
atividade, tarefa) é descrito como
“Concluído”, todos os participantes no processo educativo
deverão entender o que significa
“Concluído”. Embora esta definição varie significativamente de
Equipa para Equipa de Estudantes,
todos os membros de uma mesma Equipa deverão possuir um
entendimento partilhado sobre o que
significa concluir uma tarefa, atividade ou artefacto, de forma
a assegurar a transparência. A
Definição de “Concluído” de cada Equipa de Estudantes é usada
por estas para avaliarem quando o
seu trabalho está completo em relação a um determinado Objetivo
de Aprendizagem.
Objetivos de Aprendizagem
Um Objetivo de Aprendizagem corresponde ao somatório de todos os
seus itens (artefactos,
atividades, tarefas) a serem concluídos durante um Ciclo de
Aprendizagem. No final de um Ciclo os
Objetivos de Aprendizagem deverão ser considerados como
“Concluídos”, o que significa que
deverão respeitar na íntegra os respetivos Critérios de
Aceitação predefinidos pelo Guardião de
Aprendizagem no início do Ciclo de Aprendizagem. A conclusão dos
Objetivos de Aprendizagem
permite a atribuição de uma classificação que representa o grau
de compreensão atingido pela
Equipa sobre esses mesmos Objetivos (que pode corresponder
sensivelmente a dois terços da
avaliação individual).
Nota importante: mesmo que uma classificação de 10 (numa escala
de 0 – 20) seja suficiente para
transitar um aluno para o próximo Ciclo de Aprendizagem, período
escolar ou ano escolar, isso não
significa, pela Definição de “Concluído”, que o mesmo atingiu a
compreensão mínima sobre todos os
Objetivos de Aprendizagem.
A Definição de “Concluído” de cada Equipa de Estudantes orienta
as mesmas no planeamento e
decomposição do trabalho a realizar na Reunião de Planeamento do
Ciclo de Aprendizagem. O
propósito principal de cada Equipa de Estudantes durante um
Ciclo de Aprendizagem é atingir, com o
máximo de qualidade possível, os respetivos Objetivos de
Aprendizagem, aderindo à versão atual da
sua Definição de “Concluído”.
Questões importantes que ajudam cada Equipa a determinar a sua
Definição de “Concluído”:
• Como é que validamos que determinado item de aprendizagem está
realmente “concluído”?
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• O que queremos dizer, exatamente, com “concluído”? Que
critérios usar?
• E ainda, quando é que um determinado item “não está
concluído”? Que critérios usar?
Cada Equipas de Estudantes é responsável pela sua própria
Definição de “Concluído”. Uma vez que a
Definição de “Concluído" também faz parte do processo de
aprendizagem, ela pode ser alterada com
base nas conclusões das Reuniões de Retrospetiva. Dessa forma,
novas aprendizagens e
conhecimentos podem ser assimilados no processo de aprendizagem
para assim se obterem
melhores resultados.
A Definição de “Diversão”
Uma adição importante à Definição de "Concluído" é a Definição
de "Diversão".
A diversão é um importante fator motivador para os alunos e, por
conseguinte, é algo essencial na
obtenção de excelentes resultados de aprendizagem. Assim, os
alunos também deverão indicar o
que necessitam para se divertirem durante a aprendizagem e o
trabalho que estão a realizar.
“Necessidade” neste contexto deverá ser melhor interpretada no
sentido amplo da palavra: o que
deve lá estar para garantir uma aprendizagem e trabalho
agradável.
Muitas vezes as conclusões de uma Reunião de Retrospetiva podem
oferecer pistas para a Definição
de "Diversão". Desta forma, e à semelhança da Definição de
“Concluído”, a Definição de “Diversão” é
também um "documento vivo", podendo ser alterada ou expandida
com frequência.
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Considerações Finais
O eduScrum é gratuito e oferecido neste Guia. Os papéis,
artefactos, eventos e regras do eduScrum
são imutáveis e, apesar de ser possível implementar apenas
algumas partes do eduScrum, o seu
resultado nunca será considerado eduScrum. O eduScrum existe
apenas como um todo e funciona
bem como um recipiente para outras técnicas, métodos e práticas
educativas.
Na tradução Portuguesa optámos por balancear o melhor possível a
terminologia oficial do
eduScrum com a terminologia em uso na Educação e no Sistema
Educativo Português de forma a
facilitar a compreensão e adoção do eduScrum por parte dos
Professores:
eduScrum (versão Inglesa) eduScrum (versão Portuguesa)
eduScrum Master Facilitador de Aprendizagem
eduScrum Team Equipa eduScrum
Definition of “Done” Definição de “Concluído”
Definition of “Fun” Definição de “Diversão”
Learning Goals Objetivos de Aprendizagem
Product Backlog Backlog de Aprendizagem
Product Owner Guardião de Aprendizagem
Sprint Ciclo de Aprendizagem
Sprint Planning Reunião de Planeamento do Ciclo de
Aprendizagem
Sprint Retrospective Reunião de Retrospetiva do Ciclo de
Aprendizagem
Sprint Review Reunião de Revisão do Ciclo de Aprendizagem
Stand Up Reunião de Coordenação
Student Team Equipa de Estudantes
Este guia será revisto regularmente. Se você tiver alguma ideia
ou sugestão sobre como este guia
pode ser melhorado, por favor partilhe-as connosco através dos
seguintes endereços de correio
eletrónico:
• Versão Inglesa original: [email protected]
• Versão Portuguesa (Português de Portugal):
[email protected]
mailto:[email protected]:[email protected]
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Registo de Alterações
Versão PT-PT 1.2 (Julho 2018)
• Revisão ortográfica e gramatical.
• Múltiplos ajustes na paginação e formatação para publicação
final na internet.
• Alteração de Sprint para Ciclo de Aprendizagem.
• Alteração de Backlog de Produto para Backlog de
Aprendizagem.
• Alteração de Dono do Produto para Guardião de
Aprendizagem.
• Alteração de Mestre do eduScrum para Facilitador de
Aprendizagem.
• Alteração de Stand Ups para Reuniões de Coordenação.
• Alteração de Framework para Estrutura de Aprendizagem.
• Reescrita de múltiplos parágrafos para facilitar a compreensão
e a aplicabilidade no terreno.
• Recolha de feedback de Professores eduScrum em Portugal.
Versão PT-PT 1.1 (Junho 2018)
• Revisão ortográfica e gramatical.
• Recolha de feedback e revisão por Jorge Alexandre Gomes
(Estudante eduScrum).
Versão PT-PT 1.0 (Maio 2018)
• Versão inicial Portuguesa (PT-PT) por Nuno Rafael Gomes
(Lean-Agile Organizational Coach).
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Agradecimentos
Pessoas por detrás do eduScrum
“Acreditamos nos jovens. Estamos convencidos de que eles desejam
mais e são mais capazes do que
eles próprios ou muitos adultos acreditam. O eduScrum garante
que os alunos obtenham o máximo
de si e da sua equipa. É isso que faz a Educação valer a pena
para todos os envolvidos! O resultado
que almejamos é que os jovens se respeitam mutuamente como são.
Desta maneira esperamos poder
contribuir para um mundo melhor.”
A Equipa eduScrum.
Aos Estudantes
A maioria das ideias para melhorar o eduScrum vem dos próprios
alunos; implementamos
continuamente as suas ideias e criatividade! O nosso muito
obrigado!
Fundação eduScrum & Amigos
A continuação do desenvolvimento do eduScrum só é possível com a
ajuda dos Amigos do eduScrum.
Alguns dos nossos parceiros são:
• Ashram College (Holanda).
• Colégio Casa Mãe (Portugal).
• IOSAE Lean-Agile Professional Services.
• Jeff and Arline Sutherland (Scrum Inc.).
• Prowareness.
• Schuberg Philis.
• Xebia.
Para saber mais, por favor visite:
http://www.eduscrum.nl
http://www.eduscrum.nl/