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AS DUAS DORES DO AMOR
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As duas dores do amor

Jul 07, 2015

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Amadeu Wolff

A primeira é quando a relação termina e a
gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda...
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AS DUAS DORES DO AMOR

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A primeira é quando a relação termina e agente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda,

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de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

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A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.

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Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos.

A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa.

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Dói também...

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.

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Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.

É que, sem se darem conta,não querem se desprender.

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Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um

souvenir, lembrança de uma época bonita

que foi vivida...

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Passou a ser um bem de valor inestimável,

é uma sensação à qual a gente se apega.

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Faz parte de nós.

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Queremos, lógicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,

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Mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,

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Que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.

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É uma dor mais amena, quase imperceptível.

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Talvez, por isso, costuma durar mais do que a 'dor-de-cotovelo' propriamente dita.

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É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra.

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A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela,

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Aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas:

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"Eu amo, logo existo". Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.

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É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância,

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mas que precisa também sair de dentro da gente...

E só então a gente poderá amar, de novo.

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