AS ATITUDES DOS JOVENS EM RELAÇÃO À COMUNICAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA Miguel Duarte Ferreira de Moser Belo Dissertação de Mestrado em Marketing Orientador: Mestre Miguel Jorge Cruz Lage, Investigador no Marketing Future Cast LAB ISCTE Business School Maio 2010
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AS ATITUDES DOS JOVENS EM RELAÇÃO À ......As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja III Agradecimentos A Deus e à minha família, por toda a força, inspiração
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AS ATITUDES DOS JOVENS EM RELAÇÃO À COMUNICAÇÃO DA
IGREJA CATÓLICA
Miguel Duarte Ferreira de Moser Belo
Dissertação de Mestrado em Marketing
Orientador:Mestre Miguel Jorge Cruz Lage, Investigador no Marketing Future Cast LAB
ISCTE Business School
Maio 2010
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
II
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
II
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
II
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
III
Agradecimentos
A Deus e à minha família, por toda a força, inspiração e motivação dada para a concretização
do presente trabalho.
Ao Miguel pelo o apoio, incentivo, e todas as orientações dadas no decorrer da investigação.
Obrigado ao Padre Edgar por todo o material emprestado e toda a disponibilidade.
Um grande agradecimento a todos os entrevistados pela disponibilidade e colaboração e
interesse demonstrado.
Ao Duarte pela sua dedicação e revisão do texto.
A todos os amigos que estiveram comigo e deram o seu contributo na realização da
dissertação.
A todos, em geral, que contribuíram prestando informações a esta investigação.
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
IV
Resumo
A comunicação de uma instituição é o factor chave para o sucesso na transmissão de uma
mensagem. Esta mensagem traz consigo valores que pautam a vida das pessoas. Nos nossos
dias, existem novas maneiras de comunicar e de captar a atenção dos públicos que se
pretendem atingir. Mas para delinear uma estratégia de comunicação é imprescindível estar
atento às atitudes que estes demonstram em relação à instituição e à sua comunicação, neste
caso, a Igreja Católica.
Portugal é um país, na sua maioria católico e que os jovens não são excepção. Através da
pesquisa realizada foi possível conhecer melhor a relação da Geração Y (os jovens) e os
novos meios de comunicação, de que estes se servem para comunicar e procurar informação.
No fim procurou mostrar-se o conhecimento que os jovens detinham sobre a Igreja e a relação
da Igreja com os instrumentos digitais, que estes utilizam nomeadamente na Web 2.0, deste
modo, conseguiu-se perceber que a Instituição tem uma atitude virada para as novas
tecnologias.
Os resultados desta investigação demonstram convergência de opiniões, quer de quem está
responsável pela comunicação, quer de quem a recebe, apontando para uma solução
estratégica de comunicação.
Palavras-chave: jovens, Geração Y, comunicação, Web 2.0, Igreja
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
V
Abstract
A great communication is the key of success to transmit an organization’s message. The
message brings along values that make part of people’s lives.
Nowadays there are several ways to communicate and engage with the targeted audience.
Therefore, in order to design a good communication strategy it is important to understand the
people’s attitudes about the organization, in case the Catholic Church, and its way of
communicate.
In general Portuguese people are Catholic and the young people too. We analyzed carefully
the relationship between young people and the new ways of communication of this target.
One of the main purposes was to understand their knowledge about Catholic Church as an
organization, which revealed positive, and the relationship between Church and the new
digital techniques of communication used by young people specifically Web 2.0. We
concluded that the organization has a positive attitude towards the new technologies.
The outcomes show that there are convergent opinions about who is responsible by the
communication and the target audience which helps on clarifying the strategic way of our
communication.
Key-words: young, Y Generation, communication, Web 2.0, Church
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
VI
SUMÁRIO EXECUTIVO
O projecto de dissertação tem como título as atitudes dos jovens em relação à comunicação da
Igreja Católica e consiste no estudo das atitudes que os indivíduos, em particular os católicos,
têm em relação à comunicação da Igreja.
As atitudes são abordadas no segundo capítulo da dissertação abrangendo o próprio conceito
de atitude e as suas componentes, finalizando com menção aos valores do consumidor. De
seguida, procurou-se reflectir sobre as técnicas de comunicação de marketing, isto é, o mix da
comunicação que engloba a publicidade, a promoção de vendas, as relações públicas, os
eventos e experiências, marketing directo e, foi de especial interesse para investigação
dissertar sobre integrated marketing communication.
A investigação prosseguiu a sua reflexão sobre as novas tecnologias de informação,
nomeadamente, a Web 2.0, concluindo que a juventude tem uma utilização considerável deste
novo meio de comunicação. No estudo da Web 2.0 procurou-se aprofundar as principais
ferramentas utilizadas para a comunicação em geral.
A Geração Y foi, destacadamente, um dos pontos da revisão bibliográfica e teve o objectivo
de compreender melhor os comportamentos desta faixa etária e a sua relação com a internet.
Rapidamente concluiu-se que os jovens utilizam estes meios para comunicar entre si e para
recolha de informação.
Para terminar este capítulo de pesquisa bibliográfica é feita uma análise do contexto da
religião em Portugal, de modo a perceber em que ambiente estão os jovens portugueses e de
que maneira este os influencia. Estudou-se também a relação da Igreja com a Internet e com
os jovens, que possibilitou verificar que esta, procura actualizar-se e as suas orientações
apontam no sentido da utilização destas tecnologias, pretendendo que os jovens sejam os
grandes promotores deste novo caminho.
O capítulo III refere toda a metodologia do projecto científico, bem como, a caracterização
pormenorizada do universo em estudo, quer os jovens inquiridos, como os informadores
chave entrevistados. Neste capítulo ainda são referidos os objectivos da investigação, assim
como as questões subjacentes.
Depois de aplicada a metodologia foi possível analisar de forma detalhada os resultados
obtidos. Estes revelaram um encaixe nos dados da revisão de literatura, pois de um modo
geral a Instituição Igreja revela atitudes favoráveis às novas tecnologias de informação, e é
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
VII
alvo de atitudes favoráveis pelo público mais jovem. Estes públicos, por sua vez, são abertos
aos novos meios digitais e vêem positivamente a sua utilização por parte da Igreja.
Finalmente as conclusões, baseadas em todas as atitudes favoráveis e nas sugestões dos
intervenientes do estudo, revelam que é necessário uma complementaridade dos eventos e
experiências e da comunicação tecnológica na estratégia a seguir no futuro. É ainda pertinente
seguir uma filosofia e ter conjunto de técnicas que contribuam para uma melhoria de
qualidade na comunicação da Igreja Católica.
Por último, sublinha-se que os futuros estudos deverão ir na direcção dos jovens que se
encontram mais afastados ou mesmo naqueles que não têm ligação com a religião cristã. Para
futuras análises comparativas é sugerido que o estudo possa ser aplicado noutros países
europeus com histórico do cristianismo.
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
Os jovens, especialmente, estão a adaptar-se rapidamente à cultura do computador e à sua
“linguagem “, e este seguramente é um motivo de satisfação. Confiemos nos jovens! Eles
tiveram a vantagem de crescer contemporaneamente ao desenvolvimento destas novas
tecnologias, e a sua tarefa será de empregar estes nossos instrumentos para um mais amplo e
intenso diálogo entre todas as diversas raças e classes que habitam este “mundo sempre
menor” (Papa João Paulo II, 1990).
Desde cedo, podemos observar a preocupação que a Igreja demonstra em relação aos jovens
na utilização dos novos meios tecnológicos e de informação, pois esta representa para eles
uma “janela para o mundo”. Aqui, a questão fundamental é saber como pode a Igreja
manifestar-se e ajudar aqueles que, pela primeira vez, experimentam este espaço
cibernético e, numa segunda etapa, ajudá-los a passar deste mundo virtual para o
mundo real da comunidade cristã.
Podemos, então, retirar um bom proveito da internet para uma missão evangelizadora. Esta
pode ser um óptimo apoio para catequeses e formações, mas isso exige especialistas que
controlem estes canais de informação. Não nos podemos esquecer que, de acordo com a
concepção da Igreja, apesar de a Internet poder oferecer uma ajuda excelente, nunca poderá
substituir a profunda experiência de Deus, e que esta só pode ser vivida verdadeiramente na
vida concreta, litúrgica e sacramental.
Ainda é de sublinhar que a internet tem como essência o facto de oferecer inúmera
informação, e, numa sociedade que se alimenta do que é efémero, correr-se-á facilmente o
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
30
risco de se acreditar que os factos é que são importantes em detrimento dos valores (N.
Dariva, 2003).
Em suma, “ [...] através da Internet, as pessoas multiplicam os seus contactos de maneira até
agora impensáveis, oferece maravilhosas oportunidades para a propagação do Evangelho”
(C. Rm 10, 14-15) e pode ser uma forma fácil e eficaz para chegar aos jovens.
CAPÍTULO III – METODOLOGIA
3.1. Técnicas utilizadas e vantagens associadas
O estudo é constituído por duas fontes de informação: questionários e entrevistas. Procurou-se
sustentar a revisão bibliográfica, explorando dimensões não estudadas.
O questionário (anexo 1) também foi muito útil, como ferramenta, obtendo informações em
primeira mão, que permitiram aprofundar os conhecimentos sobre o tema em estudo.
O principal objectivo destas duas metodologias foi o aprofundamento do tema em análise
contrastando a opinião de membros da Igreja (entrevistas) com a opinião dos jovens
(questionários).
A entrevista assumiu o carácter semi-estruturada, ou seja, o entrevistador que neste caso é o
investigador dirigiu a entrevista com as questões pré-estabelecidas (anexo 2) e o entrevistado
deu as respostas tão longas quanto desejasse.
3.1.1. Questionários
A amostra foi obtida através de um método não probabilístico de conveniência. Foi
propositadamente direccionada para católicos e por isso, os resultados não devem ser
extrapolados para fora.
Os questionários foram alvo de um pré-teste realizado a três pessoas, depois disso, houve um
espaço para alteração das perguntas (consideradas mais dúbias) e chegou-se ao inquérito final
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
31
da investigação. Depois foram alojados no Google Docs e tiveram efeito dominó, quer dizer,
os jovens católicos passaram o inquérito entre si.
A inclusão de pessoas na amostra teve como base o auto-conceito do facto de a pessoa se
considerar católica, o facto de não se considerar levava a ser eliminada do universo em
estudo.
A recolha de informação sobre as atitudes do universo da amostra fez-se através de uma
escala de Likert de atitude, numerada de um a cinco (1 - discordo totalmente, 2 - discordo, 3 -
não concordo nem discordo, 4 - concordo, 5 - concordo totalmente) pelo facto desta técnica
poder ser utilizada para uma ampla gama de questões (Edwards 1957:13-14).
Os inquéritos foram distribuídos via e-mail entre os dias 13 de Março de 2010 e 25 de Março
de 2010, em que responderam 228 pessoas. Foram validados 210 inquiridos devido às idades
específicas da amostra pretendida e, também, ao auto-conceito de ser ou não católico.
Na análise de amostra realizada a pessoas de ambos os sexos com idades compreendidas entre
os 16 e 30 anos, podemos verificar que se concentra entre os 18 e 23 anos e que o género
feminino (66,7% feminino e 33,3% masculino) existe em maior número, como se pode
observar no gráfico abaixo.
Figura 3.1 - Distribuição da Amostra
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
32
Perfil religioso e tecnográfico
Quanto ao perfil da amostra, foram consideradas duas variáveis, o envolvimento com a Igreja
e o envolvimento com os meios digitais. Na primeira, o nível de envolvimento situou-se, em
maior número, entre o 7 e 9 (75,8%), numa escala de 1 a 10, em que 1 é o menos envolvido e
o 10 o mais envolvido. Esta variável dividiu a amostra em dois grupos, os mais envolvidos
(inclui os jovens entre o nível 1 e 7, 46,2%) e os menos envolvidos (inclui os jovens entre o
nível 8 e 10, 53,8%) (figura 3.2).
Relativamente ao envolvimento com meios digitais, foi distribuída de maneira similar ao
nível de envolvimento com Igreja, quer isto dizer que também podemos dividir em dois
grupos, considerando um menos “tecnológico” por um lado (inclui as pessoas entre o nível de
envolvimento 1 e 7, 49% da amostra), e, por outro os menos “tecnológico” (em que se
encontram os restantes 51%, desde o nível 8 até ao 10). No que toca aos meios digitais, a
maior parte da amostra, também, se encontra entre o nível 7 e 10, representando 68% da
amostra (figura 3.3).
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
pess
oas
Figura 3.2 - Envolvimento com a Igreja
Menos envolvido Mais envolvido
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
33
Figura 3.4 - Regularidade de participação nos eventos segundoparticipaçao na missa
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
Nunca Raramente
Costuma ir à missa ao Domingo?
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
1 2
Pes
soas
Figura 3.3 - Envolvimento com meios digitais
Menos envolvido Mais envolvido
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
33
Figura 3.4 - Regularidade de participação nos eventos segundoparticipaçao na missa
Raramente Regularmente Sempre
Costuma ir à missa ao Domingo?
Não
Sim, mas raramente
Sim, regularmente
Costumaparticipar
noutros eventosda Igreja semser a missa?
2 3 4 5 6 7 8 9 10
Figura 3.3 - Envolvimento com meios digitais
Menos envolvido Mais envolvido
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
33
Figura 3.4 - Regularidade de participação nos eventos segundoparticipaçao na missa
Sim, mas raramente
Sim, regularmente
Costumaparticipar
noutros eventosda Igreja semser a missa?
10
Menos envolvido Mais envolvido
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
34
Na figura 3.4 constata-se que as pessoas que apresentam uma maior regularidade na missa
apresentam, também, um maior envolvimento noutros eventos da Igreja. A diferença está
demarcada nos 63,3% dos inquiridos que respondem que vão aos outros eventos também
participam sempre na missa de Domingo.
3.1.2. Entrevistas
As entrevistas, com carácter exploratório, foram previamente preparadas dando origem a um
guião. Tiveram a duração média de 45 minutos cada e foram realizadas a seis pessoas do sexo
masculino com responsabilidade na comunicação da Igreja, ou em grupos pertencentes à
mesma.
O material utilizado foi o material audiovisual com a desvantagem de poder dissuadir o
entrevistado mas com a grande vantagem de uma reprodução totalmente fiel ao que foi
respondido na entrevista. Foram entrevistados Fernando Ribeiro, s.j. (director-adjunto do
Centro Universitário de Padre António Viera em Lisboa), Padre Edgar Clara (Director de
Comunicação do Patriarcado de Lisboa), Padre Hugo Santos (Capelão da Universidade
Católica Portuguesa em Lisboa), Pedro Gil (Director de Comunicação da Opus Dei), Padre
Nuno Amador (Director da Pastoral Universitária) e Paulo Rocha (Director da Agência
Ecclesia).
3.2. Questões e objectivos da pesquisa
Os objectivos foram pré-estabelecidos antes do início da investigação e foram enumerados da
seguinte forma:
Objectivo 1: Perceber qual é a imagem que os jovens têm da Igreja.
Objectivo 2: Verificar se o tipo de comunicação que a Igreja efectua actualmente
responde às expectativas dos jovens.
Objectivo 3: Perceber quais as formas de comunicação preferidas e as mais eficazes
pelos jovens universitários, na sua relação com a Igreja.
Os objectivos desta investigação levaram à formulação de um conjunto de questões que
orientaram o estudo empírico, tendo como base as seguintes questões:
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
35
Questão 1: Quais as atitudes dos jovens (15-30 anos) face à Igreja?
Questão 2: Quais as atitudes que os jovens (15-30 anos) têm face à comunicação da
Igreja?
Questão 3: Qual a atitude dos jovens relativamente a uma comunicação da Igreja em
meios de comunicação digitais?
Questão 4: Quais as formas de comunicação mais eficazes para os jovens na sua
relação com a Igreja?
Pode-se afirmar que a investigação tem uma componente compreensiva que se pauta pela
verificação da realidade e deste modo perceber qual o caminho a seguir pela Igreja, ou seja, o
mais eficaz. O estudo procura, por isso, entender qual a percepção que os jovens têm da Igreja
e quais as suas formas preferidas e mais eficazes na sua relação com a Igreja.
3.3. Técnicas de análise de dados
3.3.1. Questionários
A análise dos questionários, deu lugar a duas fases, a primeira uma análise qualitativa das
respostas abertas, as quais foram categorizadas por palavra-chave, ou seja, cada pergunta
tinha como resposta uma ou mais palavras-chave, foram ainda eliminadas as palavras
redundantes conseguindo que cada unidade de texto fosse ligada a uma categoria.
A segunda etapa deu origem à análise estatística de todos os dados quantificáveis retirados
dos inquéritos realizados.
Os inquéritos foram tratados, para análise, através do programa estatístico SPSS (Statistical
Package for the Social Sciences), versão 17, para Windows.
Para a análise da estrutura da relação entre variáveis qualitativas, utilizou-se a Análise
Factorial através de componentes principais. Foi ainda realizada uma análise de clusters com
base nas atitudes face à Igreja, tendo sido classificado cada cluster, a posteriori.
Com o objectivo de descrever e sintetizar os resultados das diferentes variáveis recorreu-se,
em grande parte, à estatística descritiva.
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
36
3.3.2. Entrevistas
As entrevistas foram objecto de uma análise qualitativa, em que foram apenas focados os
aspectos que respondessem às perguntas de investigação. A análise das entrevistas efectuadas
aos responsáveis da comunicação da Igreja deram lugar a uma análise de conteúdo, ou seja,
numa primeira etapa as respostas abertas foram transformadas em unidades quantificáveis, de
modo a proceder ao tratamento estatístico, (Mucchielli, 1974; Bardin, 1977; Jankowicz, 1995;
Mace, 1997). De seguida, foi construído uma categoria de repostas chave fornecidas pelas
citações e ideias dos entrevistados, ficando desta forma concluído o processo de
categorização. Nesta óptica, a posteriori, procurou-se encaixando as palavras mencionadas, na
categoria de respostas chave, construindo mapas perceptuais que respondem às questões de
investigação.
Capítulo IV – Análise e Resultados
4.1. Quais as atitude dos Jovens face à Igreja?
Partindo da opinião dos entrevistados não se poderá tirar a conclusão de que existe um
afastamento ou uma aproximação dos jovens face à Igreja. Se por um lado foi considerado
que os jovens se afastam da Igreja Instituição, por outro, há uma aproximação dos
movimentos3 e de algumas paróquias com grupos de jovens. As análises da aproximação
dos movimentos referem-se a uma questão de mobilidade e de linguagem.
Como refere Pe Edgar Clara,“ [...] a mobilidade, hoje em dia, faz com que um jovem do
Campo Grande possa ir à missa em Santa Isabel ou na Ericeira porque têm lá os seus amigos
[...]. A linguagem dos movimentos adapta-se muito melhor à linguagem dos jovens [...]. Há
estudos que dizem que os jovens se afastam de algumas ideias da Igreja no entanto não se
afastam da espiritualidade da Igreja [...]” (Pe E. Clara).
3 são considerados organizações religiosas que têm ligação directa com a direcção da Igreja
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
37
Ainda é referido que a Igreja instituição comunica para as massas, deste modo é mais difícil
uma relação de proximidade. Nesta matéria, ainda há quem diga que os jovens se “afastam”,
ou seja, defendem que os jovens saem da Igreja existencialmente ou formalmente, mas não se
afastam verdadeiramente porque na verdade nunca estiveram na intimidade com Jesus,
e não se pode renunciar o que não se conhece. (F. Ribeiro e Pe Hugo) (fig. 4.1).
Figura 4.1 – Esquema das diferentes linguagens da Igreja
Existe um problema de comunicação, na sociedade, que faz com que a mensagem não chegue
perceptível aos jovens, ou seja, a maioria dos jovens sabe aquilo que “dizem que a Igreja diz”
mas não aquilo que é dito.
Pe Hugo afirma que “um jovem repete e papagaia continuamente aquilo que lhe disseram
acerca das coisas, poucos são os jovens que dizem, “eu sei o que a Igreja diz isto porque li
no catecismo isto e falei com um padre acerca disto”, o que os jovens dizem,
permanentemente, é aquilo que lhes disseram, a ideia que eles têm sobre as coisas. Alguém
disse, ouviu-se falar que (...), [...]” e isso “ [...] preenche neles, o tal conhecimento” (Pe
Hugo).
Na opinião do Pe Edgar Clara, os jovens não rejeitam aquilo que a Igreja diz. Na realidade
existe um ruído que provoca uma distorção da mensagem (o senso comum está muitas
vezes distorcido pelo ruído), verificando-se a corrupção da verdade. A interpretação
incorrecta da mensagem cai sobre os jovens, pois estes respeitam mais o senso comum do que
a própria verdade.
Pe Edgar Clara ilustra este raciocínio dizendo, “o que importa não é a verdade, o que importa
é o senso comum. Se o senso comum diz que uma coisa está mal, então essa coisa está mal.
Nunca vi ninguém a procurar o fundamento da verdade mas o fundamento do senso comum”.
Igreja/ Novosconceitos de
pertença
Movimentos
Instituição
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
37
Ainda é referido que a Igreja instituição comunica para as massas, deste modo é mais difícil
uma relação de proximidade. Nesta matéria, ainda há quem diga que os jovens se “afastam”,
ou seja, defendem que os jovens saem da Igreja existencialmente ou formalmente, mas não se
afastam verdadeiramente porque na verdade nunca estiveram na intimidade com Jesus,
e não se pode renunciar o que não se conhece. (F. Ribeiro e Pe Hugo) (fig. 4.1).
Figura 4.1 – Esquema das diferentes linguagens da Igreja
Existe um problema de comunicação, na sociedade, que faz com que a mensagem não chegue
perceptível aos jovens, ou seja, a maioria dos jovens sabe aquilo que “dizem que a Igreja diz”
mas não aquilo que é dito.
Pe Hugo afirma que “um jovem repete e papagaia continuamente aquilo que lhe disseram
acerca das coisas, poucos são os jovens que dizem, “eu sei o que a Igreja diz isto porque li
no catecismo isto e falei com um padre acerca disto”, o que os jovens dizem,
permanentemente, é aquilo que lhes disseram, a ideia que eles têm sobre as coisas. Alguém
disse, ouviu-se falar que (...), [...]” e isso “ [...] preenche neles, o tal conhecimento” (Pe
Hugo).
Na opinião do Pe Edgar Clara, os jovens não rejeitam aquilo que a Igreja diz. Na realidade
existe um ruído que provoca uma distorção da mensagem (o senso comum está muitas
vezes distorcido pelo ruído), verificando-se a corrupção da verdade. A interpretação
incorrecta da mensagem cai sobre os jovens, pois estes respeitam mais o senso comum do que
a própria verdade.
Pe Edgar Clara ilustra este raciocínio dizendo, “o que importa não é a verdade, o que importa
é o senso comum. Se o senso comum diz que uma coisa está mal, então essa coisa está mal.
Nunca vi ninguém a procurar o fundamento da verdade mas o fundamento do senso comum”.
Movimentos Linguagem parajovens
Maioraproximação pela
linguagem
Aproximação pelamobilidade
Instituição Linguagem paramassas
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
37
Ainda é referido que a Igreja instituição comunica para as massas, deste modo é mais difícil
uma relação de proximidade. Nesta matéria, ainda há quem diga que os jovens se “afastam”,
ou seja, defendem que os jovens saem da Igreja existencialmente ou formalmente, mas não se
afastam verdadeiramente porque na verdade nunca estiveram na intimidade com Jesus,
e não se pode renunciar o que não se conhece. (F. Ribeiro e Pe Hugo) (fig. 4.1).
Figura 4.1 – Esquema das diferentes linguagens da Igreja
Existe um problema de comunicação, na sociedade, que faz com que a mensagem não chegue
perceptível aos jovens, ou seja, a maioria dos jovens sabe aquilo que “dizem que a Igreja diz”
mas não aquilo que é dito.
Pe Hugo afirma que “um jovem repete e papagaia continuamente aquilo que lhe disseram
acerca das coisas, poucos são os jovens que dizem, “eu sei o que a Igreja diz isto porque li
no catecismo isto e falei com um padre acerca disto”, o que os jovens dizem,
permanentemente, é aquilo que lhes disseram, a ideia que eles têm sobre as coisas. Alguém
disse, ouviu-se falar que (...), [...]” e isso “ [...] preenche neles, o tal conhecimento” (Pe
Hugo).
Na opinião do Pe Edgar Clara, os jovens não rejeitam aquilo que a Igreja diz. Na realidade
existe um ruído que provoca uma distorção da mensagem (o senso comum está muitas
vezes distorcido pelo ruído), verificando-se a corrupção da verdade. A interpretação
incorrecta da mensagem cai sobre os jovens, pois estes respeitam mais o senso comum do que
a própria verdade.
Pe Edgar Clara ilustra este raciocínio dizendo, “o que importa não é a verdade, o que importa
é o senso comum. Se o senso comum diz que uma coisa está mal, então essa coisa está mal.
Nunca vi ninguém a procurar o fundamento da verdade mas o fundamento do senso comum”.
Maioraproximação pela
linguagem
Aproximação pelamobilidade
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
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O director de comunicação do Patriarcado conclui dizendo, “ [...] o que as pessoas dizem ou
pensam é pouco importante. O importante é o que é a verdade”. (Pe Edgar Clara)
Encontra-se, na Igreja, uma falta de capacidade para comunicar, por vezes é difícil
adaptar ao mundo contemporâneo as cargas simbólicas das palavras (Pe Edgar Clara) (fig.
4.2).
Figura 4.2 - Esquema das dificuldades de comunicação
A estrutura relacional dos 9 atributos considerados importantes para explicar as principais
dimensões nas atitudes face à Igreja foi avaliada através de Análise Factorial exploratória.
Procedeu-se a essa análise sobre a matriz das correlações, com extracção dos factores pelo
método das componentes principais seguida de uma rotação Varimax.
De seguida, foram retidos 4 factores, segundo um critério apriorístico. Os três primeiros
factores retidos apresentam um eigenvalue superior a 1, o quarto apresenta um valor inferior a
1.
Para avaliar a validade da análise factorial utilizou-se o critério KMO - 0,743, que configura
uma análise factorial razoável.
Quadro 4.1 - KMO and Bartlett's Test
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,743
Bartlett's Test ofSphericity
Approx. Chi-Square 287,185
Df 36
Sig. ,000
As 4 componentes extraídas explicam no total 67,7% da variância total das variáveisoriginais.
Problema decomunicação
O que diz a Igreja
Aquilo que dizemque a Igreja diz
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
38
O director de comunicação do Patriarcado conclui dizendo, “ [...] o que as pessoas dizem ou
pensam é pouco importante. O importante é o que é a verdade”. (Pe Edgar Clara)
Encontra-se, na Igreja, uma falta de capacidade para comunicar, por vezes é difícil
adaptar ao mundo contemporâneo as cargas simbólicas das palavras (Pe Edgar Clara) (fig.
4.2).
Figura 4.2 - Esquema das dificuldades de comunicação
A estrutura relacional dos 9 atributos considerados importantes para explicar as principais
dimensões nas atitudes face à Igreja foi avaliada através de Análise Factorial exploratória.
Procedeu-se a essa análise sobre a matriz das correlações, com extracção dos factores pelo
método das componentes principais seguida de uma rotação Varimax.
De seguida, foram retidos 4 factores, segundo um critério apriorístico. Os três primeiros
factores retidos apresentam um eigenvalue superior a 1, o quarto apresenta um valor inferior a
1.
Para avaliar a validade da análise factorial utilizou-se o critério KMO - 0,743, que configura
uma análise factorial razoável.
Quadro 4.1 - KMO and Bartlett's Test
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,743
Bartlett's Test ofSphericity
Approx. Chi-Square 287,185
Df 36
Sig. ,000
As 4 componentes extraídas explicam no total 67,7% da variância total das variáveisoriginais.
O que diz a Igreja Jovens nãorejeitam
Aquilo que dizemque a Igreja diz
Jovens rejeitam (Não háaprofundamento)
Falta decapacidade para
comunicar
Distorção damensagem
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
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O director de comunicação do Patriarcado conclui dizendo, “ [...] o que as pessoas dizem ou
pensam é pouco importante. O importante é o que é a verdade”. (Pe Edgar Clara)
Encontra-se, na Igreja, uma falta de capacidade para comunicar, por vezes é difícil
adaptar ao mundo contemporâneo as cargas simbólicas das palavras (Pe Edgar Clara) (fig.
4.2).
Figura 4.2 - Esquema das dificuldades de comunicação
A estrutura relacional dos 9 atributos considerados importantes para explicar as principais
dimensões nas atitudes face à Igreja foi avaliada através de Análise Factorial exploratória.
Procedeu-se a essa análise sobre a matriz das correlações, com extracção dos factores pelo
método das componentes principais seguida de uma rotação Varimax.
De seguida, foram retidos 4 factores, segundo um critério apriorístico. Os três primeiros
factores retidos apresentam um eigenvalue superior a 1, o quarto apresenta um valor inferior a
1.
Para avaliar a validade da análise factorial utilizou-se o critério KMO - 0,743, que configura
uma análise factorial razoável.
Quadro 4.1 - KMO and Bartlett's Test
Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy. ,743
Bartlett's Test ofSphericity
Approx. Chi-Square 287,185
Df 36
Sig. ,000
As 4 componentes extraídas explicam no total 67,7% da variância total das variáveisoriginais.
Falta decapacidade para
comunicar
Distorção damensagem
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
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A primeira componente principal explica 31,6%, a segunda explica 14,3%, a terceira explica12,6% e a quarta componente explica 9,2% da variância total (quadro 4.2).
A partir dos resultados da ACP construíram-se quatro índices que traduzem a média dos
indicadores4 com maior peso em cada uma das componentes (quadro 4.3, a negrito).
Cruzando os índices com os quatro clusters, obtém-se a figura seguinte.
4 Para cada um dos itens os indivíduos tinham de se posicionar segundo uma escala de cinco pontos, em que 1correspondia a discordo completamente e 5 a concordo completamente.
Figura 4.4 - Análise dos clusters pelas componentes principais
EnvolvidosDesconfiados
NormaisSeparatistas
Acreditar sem reservas Adesão prática Papel na sociedade
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
42
Verifica-se que os indivíduos do cluster 1, acreditam sem reservas, ou seja, acreditam no que
a Igreja diz, não têm aspectos fracturantes com a mesma e, ao mesmo tempo, compreendem a
Igreja. A sua adesão à prática é normal, ou seja, participam em eventos. Na sua opinião dizem
que a Igreja deve ter um papel importante na sociedade, nomeadamente, nos problemas dos
jovens.
Os jovens do cluster 2, acreditam mas têm reservas, a sua adesão está longe da prática e
consideram que a instituição não deve ter papel na sociedade
Os indivíduos do cluster 3, onde se concentra a maior parte da amostra, estão na mesma linha
que os do cluster 1, contudo acreditam com reservas e dúvidas.
Por fim, o cluster 4 descreve aqueles que acreditam com algumas reservas, demonstram uma
boa adesão à prática contrapondo com o facto de pensarem que a Igreja não deve intervir na
sociedade .
Numa análise global podemos afirmar que os indivíduos do cluster 1 mostraram atitudes
favoráveis para os três índices enquanto os indivíduos do cluster 2 revelam atitudes
completamente desfavoráveis relativamente aos índices. Nas pessoas do cluster 3 e 4,
verifica-se uma atitude positiva, em geral, revelando uma atitude desfavorável em relação a
um índice.
A sugestão de designação para os 4 grupos poderia ser:
As atitudes dos jovens da amostra revelam que, em média, uma discordância total sobre os
eventos da Igreja Católica serem uma “treta” ou por outras palavras, discordam totalmente
que não detêm credibilidade e são uma perca de tempo. Estão perto de uma discordância total
quando se refere a afirmação que dita que os ensinamentos da Igreja são utópicos. de clusters
a reter.
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
43
As posições apresentam-se favoráveis (em média) em relação aos eventos católicos, verifica-
se que os jovens mais que concordam em integrar uma equipa de voluntariado motivados
pelos valores transmitidos pela Instituição Igreja (figura 4.5).
4.2. Quais as atitudes que os jovens têm face à comunicação da Igreja?
A comunicação da Igreja Católica pode ser divida em dois itens. Num primeiro ponto
considerou-se a comunicação institucional, constituída por documentos, cartas, jornais e
foi considerada menos apelativa para o público em questão (os jovens).
Em segundo considerou-se uma comunicação não institucional que podemos designar
como informal. Esta é feita por grupos ou pessoais individuais, e é considerada mais
apelativa porque tem uma linguagem mais acessível que vai ao encontro dos jovens. Este tipo
Figura 4.5 - Atitude dos Jovens face à Igreja
Discordocompletamente
Discordo Nãoconcordo
nemdiscordo
Concordo Concordocompletamente
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
44
de comunicação encontra-se em sites, blogues, Facebook, ou pode mesmo ser feita
presencialmente nunca conversa informal entre amigos.
Pelos motivos apontados o segundo tipo de comunicação apresenta um melhor acolhimento
pela parte dos jovens em geral (figura 4.6).
Figura 4.6 - Modelo de comunicação da Igreja
A visão geral é que a comunicação da Igreja chega ao receptor através de fragmentos,
que dão ao receptor a difícil tarefa de uma interpretação acertada gerando um olhar de
desconfiança e ignorância que tornam a mensagem, que saí à partida com os melhores valores
e intenções, numa mensagem negativa.
Outras opiniões foram no sentido de afirmar que só entende a mensagem quem está no seio da
Igreja e que muitas vezes são os próprios jovens que a difundem (figura 4.7). Exemplos:
“A sensação que eu tenho é que a comunicação tem pouco interesse para os jovens, mesmo
que seja na Web 2.0 [...]” (Pedro Gil).
“[...] só os jovens católicos é que procuram os blogues católicos” (Pe Hugo). “ [...] A
mensagem só percebe quem à partida já está dentro [...]” (Pe Nuno Amador).
Institucional
Menos apelativa
Jornal,documentos,
cartas
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
44
de comunicação encontra-se em sites, blogues, Facebook, ou pode mesmo ser feita
presencialmente nunca conversa informal entre amigos.
Pelos motivos apontados o segundo tipo de comunicação apresenta um melhor acolhimento
pela parte dos jovens em geral (figura 4.6).
Figura 4.6 - Modelo de comunicação da Igreja
A visão geral é que a comunicação da Igreja chega ao receptor através de fragmentos,
que dão ao receptor a difícil tarefa de uma interpretação acertada gerando um olhar de
desconfiança e ignorância que tornam a mensagem, que saí à partida com os melhores valores
e intenções, numa mensagem negativa.
Outras opiniões foram no sentido de afirmar que só entende a mensagem quem está no seio da
Igreja e que muitas vezes são os próprios jovens que a difundem (figura 4.7). Exemplos:
“A sensação que eu tenho é que a comunicação tem pouco interesse para os jovens, mesmo
que seja na Web 2.0 [...]” (Pedro Gil).
“[...] só os jovens católicos é que procuram os blogues católicos” (Pe Hugo). “ [...] A
mensagem só percebe quem à partida já está dentro [...]” (Pe Nuno Amador).
Comunicação daIgreja
Institucional
Menos apelativa
Jornal,documentos,
cartas
Não institucional
Mais apelativa
Site, blogue,presença no
Facebook, amigos
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
44
de comunicação encontra-se em sites, blogues, Facebook, ou pode mesmo ser feita
presencialmente nunca conversa informal entre amigos.
Pelos motivos apontados o segundo tipo de comunicação apresenta um melhor acolhimento
pela parte dos jovens em geral (figura 4.6).
Figura 4.6 - Modelo de comunicação da Igreja
A visão geral é que a comunicação da Igreja chega ao receptor através de fragmentos,
que dão ao receptor a difícil tarefa de uma interpretação acertada gerando um olhar de
desconfiança e ignorância que tornam a mensagem, que saí à partida com os melhores valores
e intenções, numa mensagem negativa.
Outras opiniões foram no sentido de afirmar que só entende a mensagem quem está no seio da
Igreja e que muitas vezes são os próprios jovens que a difundem (figura 4.7). Exemplos:
“A sensação que eu tenho é que a comunicação tem pouco interesse para os jovens, mesmo
que seja na Web 2.0 [...]” (Pedro Gil).
“[...] só os jovens católicos é que procuram os blogues católicos” (Pe Hugo). “ [...] A
mensagem só percebe quem à partida já está dentro [...]” (Pe Nuno Amador).
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
45
“[...] são eles (juventude) que gerem [...] o Facebook, [...] cartazes e os temas para algumas
das nossas iniciativas [...], a nossa comunicação (CUPAV5) é bastante aberta aos mais novos
e às suas ideias” (F. Ribeiro).
Figura 4.7 - Processo de distorção da mensagem
Uma das atitudes dos jovens face à comunicação da Igreja situa-se num ponto nem favorável
nem desfavoráveis, isto verifica-se ao analisar a afirmação de que a Igreja consegue
comunicar com eficácia a sua mensagem.
Relativamente à comunicação feita pela da Igreja para promover os eventos ser suficiente,
47,1% dos jovens da amostra consideram a comunicação insuficiente para promover
eventos.
É de salientar ainda que os jovens da amostra discordam ou discordam completamente
que a Igreja permaneça fora da Internet.
Quando é referido que a comunicação é desadequada ao mundo contemporâneo, os jovens
tendem a discordar. Quanto à afirmação de que os padres ou líderes católicos cativam para a
participação de eventos gerou um nível próximo do concordo. numa mensagem negativa
(figura 4.8).
5 Centro Universitário Padre António Viera
Comunicação daIgreja
Fragmentos decomunicação
Difícil sintoniaentre emissor
receptor
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
45
“[...] são eles (juventude) que gerem [...] o Facebook, [...] cartazes e os temas para algumas
das nossas iniciativas [...], a nossa comunicação (CUPAV5) é bastante aberta aos mais novos
e às suas ideias” (F. Ribeiro).
Figura 4.7 - Processo de distorção da mensagem
Uma das atitudes dos jovens face à comunicação da Igreja situa-se num ponto nem favorável
nem desfavoráveis, isto verifica-se ao analisar a afirmação de que a Igreja consegue
comunicar com eficácia a sua mensagem.
Relativamente à comunicação feita pela da Igreja para promover os eventos ser suficiente,
47,1% dos jovens da amostra consideram a comunicação insuficiente para promover
eventos.
É de salientar ainda que os jovens da amostra discordam ou discordam completamente
que a Igreja permaneça fora da Internet.
Quando é referido que a comunicação é desadequada ao mundo contemporâneo, os jovens
tendem a discordar. Quanto à afirmação de que os padres ou líderes católicos cativam para a
participação de eventos gerou um nível próximo do concordo. numa mensagem negativa
(figura 4.8).
5 Centro Universitário Padre António Viera
Comunicação daIgreja
Fragmentos decomunicação
Difícil sintoniaentre emissor
receptor
Desconfiança,ignorância,
mensagem negativa
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
45
“[...] são eles (juventude) que gerem [...] o Facebook, [...] cartazes e os temas para algumas
das nossas iniciativas [...], a nossa comunicação (CUPAV5) é bastante aberta aos mais novos
e às suas ideias” (F. Ribeiro).
Figura 4.7 - Processo de distorção da mensagem
Uma das atitudes dos jovens face à comunicação da Igreja situa-se num ponto nem favorável
nem desfavoráveis, isto verifica-se ao analisar a afirmação de que a Igreja consegue
comunicar com eficácia a sua mensagem.
Relativamente à comunicação feita pela da Igreja para promover os eventos ser suficiente,
47,1% dos jovens da amostra consideram a comunicação insuficiente para promover
eventos.
É de salientar ainda que os jovens da amostra discordam ou discordam completamente
que a Igreja permaneça fora da Internet.
Quando é referido que a comunicação é desadequada ao mundo contemporâneo, os jovens
tendem a discordar. Quanto à afirmação de que os padres ou líderes católicos cativam para a
participação de eventos gerou um nível próximo do concordo. numa mensagem negativa
(figura 4.8).
5 Centro Universitário Padre António Viera
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
46
O índice de comunicação6 (este inclui as perguntas 1, 2, 3, 4, e 11. Ver anexo 3.1) foi
relacionado com o nível de envolvimento da Igreja e o resultado mostra que os mais
envolvidos apresentam uma atitude mais favorável à comunicação da Igreja apesar de ambos
se encontrarem entre o não concordo nem discordo (quadro 4.5).
6 O alpha de cronbach deste índice é de 0,624 o que indica uma fiabilidade razoável.
Figura 4.8 - Atitudes que os jovens têm face à comunicação da Igreja
Discordocompletamente
Discordo Nãoconcordo
nemdiscordo
Concordo Concordocompletamente
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
47
Quadro 4.5 - Índice de atitude face à comunicação vs. envolvimento
Envolvimento com a Igreja
Menos envolvidos Mais envolvidos
Média Média
Índice de comunicação 3,35 3,65
4.3. Qual a atitude dos jovens relativamente a uma comunicação da Igreja em meios de
comunicação digitais?
A conectividade apresenta inúmeras vantagens. O facto dos jovens estarem ligados a uma
rede permite um acompanhamento ao segundo das novidades dos seus amigos, acesso à
informação de acontecimentos a nível mundial, acesso a uma realidade virtual que permite
procurar e conhecer pessoas na própria rede.jovens. Desta forma, os jovens “ligam-se” a
estes novos meios (como podemos verficar na citação seguinte).
Paulo Rocha argumenta que “[...] antigamente, há [...] quinze anos, chegava-se ao fim do dia
para tomar um café e estar a conversar um bocado num café. Agora isso acontece
imediatamente mal a pessoa chegue a casa ligando-se à rede, e esse estado social, que é o
estar conectado à rede, foi revolucionando as formas dos jovens comunicarem”.
Isto, leva-nos a crer que está em prática uma cultura individualista, que pode levar à alienação
dos jovens. A culpa para esse individualismo pode não estar nos jovens mas na própria
sociedade, pois o isolamento a que os mais novos estão sujeitos leva-os a ir à procura de
formas virtuais de socialização (Fig. 4.9).
Outra explicação remete para a consideração da Internet como um espaço seguro. numa
mensagem negativa.
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
48
Para ilustrar esta ideia Pedro Gil diz que “uma forma segura, fisicamente segura de entreter é
ter um computador, porque tem-se o mundo estando em casa. A pessoa fisicamente não está
em perigo e está atirada para um mundo que provavelmente até é, excessivamente vasto [...]”
(Pedro Gil).
Figura 4.9 - Modelo da conexão à rede
O grande número de utilizadores jovens de tecnologias digitais explica-se pela
possibilidade de comunicação rápida e eficaz entre várias pessoas ao mesmo tempo (Pe
Nuno Amador e Fernando Ribeiro).
Existem alguns riscos associados a uma exagerada alimentação dos meios digitais, para os
evitar é necessário que estas formas de comunicação sejam vistas como meios que se ajudam
na construção de um projecto de vida e não como fins (Paulo Rocha).
A opinião foi unânime quanto aos riscos de olhar estes meios como fins, as relações virtuais
morrerem se não forem alimentadas pela relação física, isto é, a Web 2.0 não substituirá as
relações pessoais vividas presencialmente.
Segundo os intervenientes nas entrevistas realizadas, é considerado que Igreja não perde
credibilidade ao manusear estes novos meios. A Igreja sairá a ganhar pois a sua proposta é
baseada na verdade e na proximidade junto de novos públicos, neste caso os jovens.
Pe Hugo refere que a Igreja só se deverá colocar em sítios dignos e com credibilidade da Web
2.0 e que se alguém se escandaliza, é por ignorância ou falta de conhecimento (Fig. 4.10).
Conecção à rede
Novas formas decomunicação
CulturaIndividualista
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
48
Para ilustrar esta ideia Pedro Gil diz que “uma forma segura, fisicamente segura de entreter é
ter um computador, porque tem-se o mundo estando em casa. A pessoa fisicamente não está
em perigo e está atirada para um mundo que provavelmente até é, excessivamente vasto [...]”
(Pedro Gil).
Figura 4.9 - Modelo da conexão à rede
O grande número de utilizadores jovens de tecnologias digitais explica-se pela
possibilidade de comunicação rápida e eficaz entre várias pessoas ao mesmo tempo (Pe
Nuno Amador e Fernando Ribeiro).
Existem alguns riscos associados a uma exagerada alimentação dos meios digitais, para os
evitar é necessário que estas formas de comunicação sejam vistas como meios que se ajudam
na construção de um projecto de vida e não como fins (Paulo Rocha).
A opinião foi unânime quanto aos riscos de olhar estes meios como fins, as relações virtuais
morrerem se não forem alimentadas pela relação física, isto é, a Web 2.0 não substituirá as
relações pessoais vividas presencialmente.
Segundo os intervenientes nas entrevistas realizadas, é considerado que Igreja não perde
credibilidade ao manusear estes novos meios. A Igreja sairá a ganhar pois a sua proposta é
baseada na verdade e na proximidade junto de novos públicos, neste caso os jovens.
Pe Hugo refere que a Igreja só se deverá colocar em sítios dignos e com credibilidade da Web
2.0 e que se alguém se escandaliza, é por ignorância ou falta de conhecimento (Fig. 4.10).
Novas formas decomunicação
Olhar como fins Riscos (não é real)
Olhar como meios Útil para umprojecto de vida
CulturaIndividualista
A pessoa pode
alienar-se
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
48
Para ilustrar esta ideia Pedro Gil diz que “uma forma segura, fisicamente segura de entreter é
ter um computador, porque tem-se o mundo estando em casa. A pessoa fisicamente não está
em perigo e está atirada para um mundo que provavelmente até é, excessivamente vasto [...]”
(Pedro Gil).
Figura 4.9 - Modelo da conexão à rede
O grande número de utilizadores jovens de tecnologias digitais explica-se pela
possibilidade de comunicação rápida e eficaz entre várias pessoas ao mesmo tempo (Pe
Nuno Amador e Fernando Ribeiro).
Existem alguns riscos associados a uma exagerada alimentação dos meios digitais, para os
evitar é necessário que estas formas de comunicação sejam vistas como meios que se ajudam
na construção de um projecto de vida e não como fins (Paulo Rocha).
A opinião foi unânime quanto aos riscos de olhar estes meios como fins, as relações virtuais
morrerem se não forem alimentadas pela relação física, isto é, a Web 2.0 não substituirá as
relações pessoais vividas presencialmente.
Segundo os intervenientes nas entrevistas realizadas, é considerado que Igreja não perde
credibilidade ao manusear estes novos meios. A Igreja sairá a ganhar pois a sua proposta é
baseada na verdade e na proximidade junto de novos públicos, neste caso os jovens.
Pe Hugo refere que a Igreja só se deverá colocar em sítios dignos e com credibilidade da Web
2.0 e que se alguém se escandaliza, é por ignorância ou falta de conhecimento (Fig. 4.10).
Riscos (não é real)
Útil para umprojecto de vida
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
49
Figura 4.10 - Vantagens da Web 2.0
Para analisar a posição dos jovens, segundo a amostra, fez-se a relação entre o Índice de
comunicação em meios digitais7 (as perguntas da fig. 4.12 foram utilizadas no índice; ver
também anexo 3.2) e o nível de envolvimento dos jovens com a Igreja, concluindo que,
quanto maior o envolvimento, mais favoráveis são os jovens à comunicação da Igreja em
meios digitais.
Como mostra o gráfico seguinte, os mais envolvidos parecem ser mais favoráveis à
comunicação em meios digitais em detrimento dos menos envolvidos.
7 O alpha de cronbach deste índice é de 0,637, o que indica uma fiabilidade razoável.
Credibilidade
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
49
Figura 4.10 - Vantagens da Web 2.0
Para analisar a posição dos jovens, segundo a amostra, fez-se a relação entre o Índice de
comunicação em meios digitais7 (as perguntas da fig. 4.12 foram utilizadas no índice; ver
também anexo 3.2) e o nível de envolvimento dos jovens com a Igreja, concluindo que,
quanto maior o envolvimento, mais favoráveis são os jovens à comunicação da Igreja em
meios digitais.
Como mostra o gráfico seguinte, os mais envolvidos parecem ser mais favoráveis à
comunicação em meios digitais em detrimento dos menos envolvidos.
7 O alpha de cronbach deste índice é de 0,637, o que indica uma fiabilidade razoável.
Proximidade
Através denovos meios
Junto de novospúblicos
Proposta Verdade
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
49
Figura 4.10 - Vantagens da Web 2.0
Para analisar a posição dos jovens, segundo a amostra, fez-se a relação entre o Índice de
comunicação em meios digitais7 (as perguntas da fig. 4.12 foram utilizadas no índice; ver
também anexo 3.2) e o nível de envolvimento dos jovens com a Igreja, concluindo que,
quanto maior o envolvimento, mais favoráveis são os jovens à comunicação da Igreja em
meios digitais.
Como mostra o gráfico seguinte, os mais envolvidos parecem ser mais favoráveis à
comunicação em meios digitais em detrimento dos menos envolvidos.
7 O alpha de cronbach deste índice é de 0,637, o que indica uma fiabilidade razoável.
Através denovos meios
Junto de novospúblicos
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
50
Os jovens da amostra de uma maneira geral concordam com a utilização da Web 2.0 (que
inclui as redes sociais, podcasts, blogues e messenger) por parte da Igreja. Como os
entrevistados, rejeitam o facto de uma eventual perda de credibilidade dos eventos da
Igreja devido a uma promoção nos novos meios. Mas quando se pergunta se a Igreja utiliza
bem estas novas tecnologias para comunicar as respostas encontram-se perto do nível médio
(gráfico seguinte).
Figura 4.11 - Relação índice de comunicação em meios digitais comnível envolvimento com a Igreja
Discordo completamente Concordo completamente[Type a quote from the document or thesummary of an interesting point. Youcan position the text box anywhere in thedocument. Use the Text Box Tools tabto change the formatting of the pullquote text box.][Type a quote from the document or thesummary of an interesting point. Youcan position the text box anywhere in thedocument. Use the Text Box Tools tabto change the formatting of the pullquote text box.]
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
51
Foi também realizada uma análise, tendo em conta o perfil tecnográfico, ou seja, o grau de
relação e envolvimento com os novos meios digitais. A amostra foi dividida em dois, em
menos e mais “tecnológicos”, concluindo-se que os mais “tecnológicos” têm, em média, uma
posição um pouco mais concordante, em que a Igreja deve seguir este caminho para atingir o
público jovem.
Mas quando se pergunta se estes novos meios são bem manuseados ou utilizados pela
Igreja, os mais “tecnológicos” são mais desfavoráveis (em média) em relação à opinião
do menos “tecnológicos”. De notar, quando é perguntado se os eventos da Igreja perderão
credibilidade se forem anunciados através das redes sociais tanto uns como discordam, mas
nos mais “tecnológicos” nota-se uma maior discordância (quadro 4.6).
Figura 4.12 - Atitude dos jovens relativamente a uma comunicação daIgreja em meios de comunicação digitais
Discordocompletamente
Discordo Nãoconcordo
nemdiscordo
Concordo Concordocompletamente
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
52
Quadro 4.6 - Os meios digitais na Igreja segundo perfil tecnológico
Envolvimento
Menos
"tecnológicos"
Mais
"tecnológicos"
Média Média
As novas tecnologias são bem manuseadas
pela Igreja.
3,19 3,05
Os eventos realizados pela Igreja perderão
credibilidade se forem anunciados através de
redes sociais.
1,92 1,82
A Igreja utiliza muito bem os novos meios
digitais para comunicar os seus valores.
2,84 2,81
A utilização de podcasts é útil para adquirir
informação e conhecimento religioso
4,10 4,25
Os jovens estudados apontam os blogues como meio principal que a Igreja devia
recorrer para comunicar a sua mensagem (numa pergunta que tinha hipótese de escolha, o
YouTube, o messenger, as redes sociais, o e-mail e os blogues).
As redes sociais surgem em segundo plano, seguidas pelo YouTube. O e-mail ficou em
terceiro lugar, com um nível médio de concordância acima de 3,5. Em destaque pela negativa
ficou o messenger (ver gráfico 4.13).
Discordocompletamente
Discordo
Nãoconcordonemdiscordo
Concordo Concordo
completamente
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
53
Para uma avaliação mais detalhada analisou-se ver a opinião dos entrevistados para perceber
qual a forma de procurar os jovens mais afastados, se quisermos, os “desconfiados” e os
“separatistas”, como foi referido. A linha geral de todas as respostas (fig. 4.14) apela a uma
presença virtual, na Web 2.0, e a uma presença física procurando os locais onde os jovens
estão ou atraindo os jovens para locais específicos, mostrando sempre o exemplo (ver citações
abaixo).
O director da Ecclesia diz que o caminho pode ser “ [...] através da Web 2.0. [...] é preciso
estar presente. É preciso que, quem vive de acordo com os princípios do Evangelho, o afirme,
transpareça nas suas vidas, [...] se é convicto, acaba por ser nas várias situações um exemplo
que pode contagiar outros para o cristianismo” (Paulo Rocha).
Fernando Ribeiro diz que, no CUPAV procuram “ [...] estar fisicamente e virtualmente onde
estão os jovens” (Fernando Ribeiro).
Nessa mesma óptica Pe Edgar afirma que “os jovens estão no Facebook e eu crio um perfil no
Facebook e vou ser amigo de todas as outras realidades, para saber do que é eles são fans,
para quando eu quiser transmito-lhes uma mensagem. Peço-lhes amizade a eles e vice-versa”
(Pe Edgar Clara).
Figura 4.13 - Meios para comunicar a mensagem daIgreja
Discordocompletamente
Discordo
Nãoconcordo
nemdiscordo
Concordo
Concordocompletamente
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
54
Pedro Gil sugere, “conheçam histórias da vida real contadas no mundo virtual, testemunhos
via virtual. Mas para o contacto pessoal sugere que a [...] liturgia, ou uma eucaristia
celebrada com dignidade é muito poderosa” (Pedro Gil).
Pe Nuno Amador refere que experiência como as missões, que são considerados
voluntariados e têm uma dimensão de serviço social, em que o objectivo é ajudar o
próximo, pode ser uma “porta de entrada” para a transmissão da mensagem.
Para procurar os jovens o director de comunicação do Patriarcado sugere ainda que, podem
ser as próprias pessoas a provocar a comunicação. Como ilustra o seguinte exemplo:
“[...] os ateus colocam no Google Alert8s: ateus, ateu, agnosticismo, ateísmo e portanto
quando eu escrevo um post num blogue coloco aquelas palavras que o Google Alerts envia
directamente para o e-mail deles”(Pe Edgar Clara)
Figura 4.14 - Formas de encontro com jovens
4.4. Quais as formas de comunicação mais eficazes para os jovens na sua relação com a
Igreja?
No que respeita a modernização da Igreja na Web 2.0 verifica-se, na opinião dos
entrevistados, que o Vaticano tem dado o exemplo, ou seja, os próprios documentos,
mensagens e informação do Vaticano e do Papa encontram-se nas redes sociais, no
YouTube, e em site oficiais. O Pe Nuno Amador relembra o exemplo que o Vaticano tem
dado:
8 Aplicação para procurar na rede palavras-chave que o próprio utilizador define.
Viver segundo oEvangelho,
testemunho dafelicidade
Estar Presente
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
54
Pedro Gil sugere, “conheçam histórias da vida real contadas no mundo virtual, testemunhos
via virtual. Mas para o contacto pessoal sugere que a [...] liturgia, ou uma eucaristia
celebrada com dignidade é muito poderosa” (Pedro Gil).
Pe Nuno Amador refere que experiência como as missões, que são considerados
voluntariados e têm uma dimensão de serviço social, em que o objectivo é ajudar o
próximo, pode ser uma “porta de entrada” para a transmissão da mensagem.
Para procurar os jovens o director de comunicação do Patriarcado sugere ainda que, podem
ser as próprias pessoas a provocar a comunicação. Como ilustra o seguinte exemplo:
“[...] os ateus colocam no Google Alert8s: ateus, ateu, agnosticismo, ateísmo e portanto
quando eu escrevo um post num blogue coloco aquelas palavras que o Google Alerts envia
directamente para o e-mail deles”(Pe Edgar Clara)
Figura 4.14 - Formas de encontro com jovens
4.4. Quais as formas de comunicação mais eficazes para os jovens na sua relação com a
Igreja?
No que respeita a modernização da Igreja na Web 2.0 verifica-se, na opinião dos
entrevistados, que o Vaticano tem dado o exemplo, ou seja, os próprios documentos,
mensagens e informação do Vaticano e do Papa encontram-se nas redes sociais, no
YouTube, e em site oficiais. O Pe Nuno Amador relembra o exemplo que o Vaticano tem
dado:
8 Aplicação para procurar na rede palavras-chave que o próprio utilizador define.
Estar Presente
Na web 2.0
Sítios da juventude Contacto pessoal
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
54
Pedro Gil sugere, “conheçam histórias da vida real contadas no mundo virtual, testemunhos
via virtual. Mas para o contacto pessoal sugere que a [...] liturgia, ou uma eucaristia
celebrada com dignidade é muito poderosa” (Pedro Gil).
Pe Nuno Amador refere que experiência como as missões, que são considerados
voluntariados e têm uma dimensão de serviço social, em que o objectivo é ajudar o
próximo, pode ser uma “porta de entrada” para a transmissão da mensagem.
Para procurar os jovens o director de comunicação do Patriarcado sugere ainda que, podem
ser as próprias pessoas a provocar a comunicação. Como ilustra o seguinte exemplo:
“[...] os ateus colocam no Google Alert8s: ateus, ateu, agnosticismo, ateísmo e portanto
quando eu escrevo um post num blogue coloco aquelas palavras que o Google Alerts envia
directamente para o e-mail deles”(Pe Edgar Clara)
Figura 4.14 - Formas de encontro com jovens
4.4. Quais as formas de comunicação mais eficazes para os jovens na sua relação com a
Igreja?
No que respeita a modernização da Igreja na Web 2.0 verifica-se, na opinião dos
entrevistados, que o Vaticano tem dado o exemplo, ou seja, os próprios documentos,
mensagens e informação do Vaticano e do Papa encontram-se nas redes sociais, no
YouTube, e em site oficiais. O Pe Nuno Amador relembra o exemplo que o Vaticano tem
dado:
8 Aplicação para procurar na rede palavras-chave que o próprio utilizador define.
Contacto pessoal
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
55
“[...] o Papa que última mensagem ao dia das comunicações sociais convidou os padres a
isso [...]a aproveitar a Web para comunicar [...]” (Pe Nuno Amador).
A Igreja em Portugal tem seguido o exemplo do Vaticano, existem muitas iniciativas oficiais,
como é o caso de sites de dioceses, paróquias, mensagens via YouTube, (etc.). Mas por outro
lado também existem muitas iniciativas não oficiais, como é o caso dos grupos católicos ou
pessoas que criam blogues, sites e páginas de Facebook sobre a Igreja Católica transmitindo
os seus valores e mensagem.
“A Igreja talvez seja a instituição que mais tem páginas de Facebook e blogues em
Portugal” (Pe Edgar).
O grande desafio é manter os dados e as interacções pessoais actualizadas. O Pe Edgar
sublinha, ainda, que é importantíssimo que haja neste campo (Web 2.0) uma filosofia, ou
seja, deve-se perceber a priori qual o objectivo, o que, e de que forma comunicar (Fig.
4.15 e 4.16).
É muito importante que a mensagem da Igreja se divulgue através dos novos meios de
comunicação, pois assim chegará a mais jovens sendo uma mais-valia para a pastoral juvenil.
Fig. 4.15 - Modelo de comunicação digital no Vaticano Fig. 4.16 - Modelo de comunicação digital em Portugal
Vaticano
FacebookFerramenta
tipoWikipédia
Mensagem doPapa
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
55
“[...] o Papa que última mensagem ao dia das comunicações sociais convidou os padres a
isso [...]a aproveitar a Web para comunicar [...]” (Pe Nuno Amador).
A Igreja em Portugal tem seguido o exemplo do Vaticano, existem muitas iniciativas oficiais,
como é o caso de sites de dioceses, paróquias, mensagens via YouTube, (etc.). Mas por outro
lado também existem muitas iniciativas não oficiais, como é o caso dos grupos católicos ou
pessoas que criam blogues, sites e páginas de Facebook sobre a Igreja Católica transmitindo
os seus valores e mensagem.
“A Igreja talvez seja a instituição que mais tem páginas de Facebook e blogues em
Portugal” (Pe Edgar).
O grande desafio é manter os dados e as interacções pessoais actualizadas. O Pe Edgar
sublinha, ainda, que é importantíssimo que haja neste campo (Web 2.0) uma filosofia, ou
seja, deve-se perceber a priori qual o objectivo, o que, e de que forma comunicar (Fig.
4.15 e 4.16).
É muito importante que a mensagem da Igreja se divulgue através dos novos meios de
comunicação, pois assim chegará a mais jovens sendo uma mais-valia para a pastoral juvenil.
Fig. 4.15 - Modelo de comunicação digital no Vaticano Fig. 4.16 - Modelo de comunicação digital em Portugal
Ferramentatipo
WikipédiaYouTube
Portugal
Iniciativasoficiais
Iniciativas degrupos/pessoas
Muita Oferta
Desafios
Interacçãopermanente eactulização de
dados
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
55
“[...] o Papa que última mensagem ao dia das comunicações sociais convidou os padres a
isso [...]a aproveitar a Web para comunicar [...]” (Pe Nuno Amador).
A Igreja em Portugal tem seguido o exemplo do Vaticano, existem muitas iniciativas oficiais,
como é o caso de sites de dioceses, paróquias, mensagens via YouTube, (etc.). Mas por outro
lado também existem muitas iniciativas não oficiais, como é o caso dos grupos católicos ou
pessoas que criam blogues, sites e páginas de Facebook sobre a Igreja Católica transmitindo
os seus valores e mensagem.
“A Igreja talvez seja a instituição que mais tem páginas de Facebook e blogues em
Portugal” (Pe Edgar).
O grande desafio é manter os dados e as interacções pessoais actualizadas. O Pe Edgar
sublinha, ainda, que é importantíssimo que haja neste campo (Web 2.0) uma filosofia, ou
seja, deve-se perceber a priori qual o objectivo, o que, e de que forma comunicar (Fig.
4.15 e 4.16).
É muito importante que a mensagem da Igreja se divulgue através dos novos meios de
comunicação, pois assim chegará a mais jovens sendo uma mais-valia para a pastoral juvenil.
Fig. 4.15 - Modelo de comunicação digital no Vaticano Fig. 4.16 - Modelo de comunicação digital em Portugal
Iniciativas degrupos/pessoas
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
56
Na resposta à reacção dos jovens aos novos instrumentos de comunicação o capelão da
Católica (Pe Hugo) refere que, depois de um contacto interessante, seja em blogues, sites
ou Facebook haverá tendência para a fidelização. Na mesma linha, Pe Nuno Amador diz:
“Eu penso que os jovens gostam desta aproximação, pelo menos sentem que há alguém que
lhes quer fazer passar uma mensagem e que utiliza os mesmos meios que eles utilizam [...]”
(Pe Nuno Amador).
E o director de comunicação do Patriarcado de Lisboa é da opinião que:
“os jovens não aderem a uma plataforma virtual por ser uma plataforma virtual mas porque
conhecem quem está por trás dessa plataforma” (Pe Edgar Clara).
Na análise à questão da eficácia Pe Hugo diz que basta chegar a uma pessoa através destes
meios, que a eficácia fica cumprida, quer dizer que
“[...] em termos cristãos, mesmo que uma ovelha se agarre, cumpriu a sua missão”(Pe
Hugo).
Para medir a eficácia temos o exemplo do Pe Edgar que afirma que:
“ [...] eles (jovens) querem ser meus amigos para me porem questões, para falarem comigo,
(etc.) e desse ponto de vista eu tenho de estar lá” (Pe Edgar Clara).
Por fim, para verificar se haverá algum impacto mensurável, Pe Edgar e Paulo Rocha
referem-se às jornadas mundiais da juventude, dizendo que a sua promoção é feita pelos
novos meios de comunicação, deste modo os jovens podem inscrever-se ou recolher
informações através da internet (fig.4.17).
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
57
Figura 4.17 - Vantagens dos novos meios de comunicação
Os jovens, num universo de 210 pessoas em que tinham de referir de que forma já foram
contactados pela Igreja, tendo como chave de resposta9 o e-mail, blogues, redes sociais ou
Messenger, 190 jovens afirmaram ter sido contactados por e-mail, 160 por redes sociais,
78 por blogues e 24 por messenger, quer dizer que, nesta amostra, as pessoas são mais
atingidas por e-mail relativamente a um contacto da Igreja.
Para determinar o meio de comunicação mais eficaz foi construído um tagcloud, que é uma
representação visual das sugestões efectuadas pelos jovens inquiridos. O tamanho da palavra
na imagem está directamente ligado ao número de vezes que foi sugerida, desta forma, a
maior palavra foi a que obteve mais referências (figura 4.18).
Assim foi possível determinar que o facto do instrumento mais mencionado como forma de
contacto ter sido o correio electrónico não significa que este seja o mais eficaz, porque
relativamente à pergunta sobre as formas de comunicação que considera mais eficazes para
promover um evento religioso as escolhas dos jovens, numa resposta aberta, referem que as
missões são uma das formas de comunicação mais eficazes (mesmo não sendo um meio
digital).
A missão, como referiu o Pe Nuno Amador, é uma iniciativa em que é necessário comunicar a
mensagem através do voluntariado, deste modo faz sentido que as escolhas dos jovens
apontem neste sentido.
De seguida as escolhas apontam o Facebook (sugerido 41 vezes) como uma forma de
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
65
Em última análise, seria recomendável uma ligação directa ao público mais novo a fim de
esclarecer as distorções que possam surgir na comunicação da Igreja. Com o objectivo de
esclarecer essas distorções da comunicação que levantam questões polémicas, deveria ser
criado uma equipa de gestores de reputação que, através de técnicas (perceber as palavras
que os jovens põe no Google Alerts10 e utilizá-las na comunicação), iriam gerir toda a
comunicação da Igreja na Internet, direccionada para o público da Geração Y.
5.2. Limitações e posteriores investigações
O estudo apresenta algumas limitações. Entre os quais o facto da amostra não ser
representativa de todos os jovens católicos em Portugal, embora seja uma amostra relevante
que nos permite ter uma ideia da missão a seguir pela Igreja no mundo virtual.
Os inquéritos poderiam ser mais extensos, com o objectivo de se conseguir uma análise mais
detalhada para a investigação em estudo.
O estudo focou a dimensão da comunicação a nível nacional, pelo que não foram
consideradas entrevistas a responsáveis estrangeiros pela comunicação da Instituição, mas no
futuro é de considerar uma investigação além fronteiras (principalmente na Europa, países de
raízes católicas) e, desta forma, seja criado um termo de comparação.
Por último, a pesquisa centrou-se no público católico, deste modo, a sugestão remete para um
futuro estudo que possa focar os jovens que estão mais afastados e aqueles que não se
consideram católicas. Nos nossos dias, para a religião é considerado um grande desafio
descobrir maneiras de aproximar, através destes tipos de comunicação, aqueles que estão
longe.
10 Aplicação para procurar na rede palavras-chave que o próprio utilizador define.
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
66
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As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
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ANEXOS
Anexo 1 – Questionário
Este questionário foi desenvolvido no âmbito projecto de dissertação em Marketing no
Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) para avaliar as atitudes dos
jovens em relação à comunicação da Igreja Católica. A vossa participação é muito importante,
e será garantido o anonimato. Obrigado.
1. A comunicação da Igreja é antiquada e desadequada ao mundo contemporâneo
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
2. A Igreja consegue comunicar com eficácia a sua mensagem
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
3. A comunicação feita pela Igreja para promover os seus eventos é suficiente.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
4. A Igreja deve permanecer fora da Internet.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
5. A comunicação dos movimentos Igreja em blogues, redes sociais (exemplo:
Facebook), fóruns é uma forma eficaz para chegar aos jovens.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
6. As novas tecnologias são bem manuseadas pela Igreja.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
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7. Os eventos realizados pela Igreja perderão credibilidade se forem anunciados
através de redes sociais (ex. Através do Facebook)
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
8. Para comunicar a sua mensagem, a Igreja devia recorrer mais a:
8.1 E-mail
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
8.2 Messenger
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
8.3 Redes sociais
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
8.4 YouTube
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
8.5 Blogues
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
9. A Igreja utiliza muito bem os novos meios digitais para comunicar os seus valores.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
74
10. A utilização de podcasts (ficheiros áudio que podem ser descarregados para o
computador ou para o leitor de mp3) é útil para adquirir informação e conhecimento
religioso.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
11. Os padres ou líderes Católicos cativam-me a fim de participar nas actividades para
jovens realizados pela Igreja
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
12. O boca-a-boca é a melhor forma de captar pessoas para eventos católicos.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
13. Alguma vez foi contactado para um evento da Igreja por:
14. Os cartazes / folhetos são eficazes para apelar à participação em eventos religiosos.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
15. Tenho conhecimento dos eventos Católicos por causa dos canais informáticos.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
E-mail
Messenger
Redes Sociais
Blogues
As atitudes dos jovens em relação à comunicação da Igreja
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16. Os eventos Católicos chegam até mim por causa dos meus amigos.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
17. Orações ou outro tipo de informação católica em formato mp3 que pode serdescarregada é bastante útil (exemplo: Ficheiros no site www.passo-a-rezar.net).
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
18. Quais as formas de comunicação mais eficazes para promover um evento religioso(exemplo: peregrinações, missões, conferências ou cursos)?
19. A Igreja não deveria abordar os problemas dos jovens tais como sexualidade, droga
e álcool.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
20. Quando vejo um convite para um evento religioso sinto-me tentado a ir.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
21. Respeito quem vai aos eventos religiosos mas no fundo são uma “treta”.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R
22. Todos os ensinamentos comunicados pela Instituição Igreja são utópicos.
Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente N.S/N.R