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Art.sy #4 | April 2013

Mar 24, 2016

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ana duarte | ana sofia cross keaneandré cravinho | catarina canelas | helder ferreira joana rita silva | josé gonçalves | miguel mestremilita doré | nuno sequeira | patricia lopespatricia puga | pedro noel da luz petra martins | phermad | raquel mouroroberto leandro | sílvia granja | stephanie oliveira

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Art.sy #04

abril 2013

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patricia lopes | plano branco / plano rosa

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joana rita silva | passagens do tempo

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miguel mestre | o amor... de novo

«Só resta chorar. Mas chorar demora muito tempo.

Eu preferia arrepender-me.

Leio de mais. Oiço de mais. Vejo de mais. Estou parado de mais, recebendo mais

do que consigo receber.

O céu parece-me demasiado azul. A música é mais triste do que mesmo, os mais

tristes, precisaríamos.

Deixem-me sair daqui. A única coisa que sei fazer é sentir. Preciso que me ensinem

a enganar-me. Preciso que me ensinem a interromper.

Vivo de mais. Durmo de menos. Acordo para acordar os outros. É como se a luz

me acompanhasse. É como se o sol, quando nascesse, viesse propositadamente

acordar-me.Estou sozinho de mais. Nas minhas estrelas não há noite nem amor.

Tenho as mãos vazias, viradas para o céu, como se tivessem recebido a lua,

como se tivessem fi cado encharcadas da tinta da escuridão.»

O Amor é Fodido – Miguel Esteves Cardoso

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O amor. De novo. O amor. Porque é ele assim? Porque nos faz perder tanto tempo?

Porque nos faz mergulhar na escuridão? Tão fria escuridão. Faz-nos cair em

esquecimento sem deixar esquecer. A dor que nasce. A dor que percorre a alma

e o corpo. Faz viver e deixa morrer. Infindável cura. Interminavel loucura. Torna-

nos demasiado simpaticos com quem, por vezes, não o merece. Demasiado

compreensivos. Demasiado atenciosos. Demasiado.

Aprende-se a falar com o silencio.Não responde, nunca responde. Nunca.

O mapa desenhado é um engano para a alma, mas principalmente para o

coração. Caminhos a seguir, que não deveria. Caminhos a seguir, para os quais

não há saida. Caminhos sem fim.

Porquê? De novo.

O espelho que só reflecte solidão e tristeza. Sem que nele se veja, ou reveja,

alguma beleza. A alegria que desvanece, o sonho que permanece. Sentimento de

alegria e de tristeza, de saudade e de cansaço, de amor e de ódio. Demasiados

sentimentos num só corpo, num só coração. O amor é demasiado. Todo o amor

é demasiado.

O amor… O amor é igual ao ódio. Como irmãos. O amor é igual ao ódio. Do

amor ao ódio vai um passo, uma palavra, um simples olhar. É igual.

O amor… Faz-nos divagar nas palavras, escrevendo textos sem sentido algum,

sobre tão nobres sentimentos que nos levam a lugar nenhum. Sentimentos sem

nexo. Talvez. Complexos. Sim, demasiado. De novo.

A noite. A sua escuridão, a sua frieza, a sua solidão, a sua tristeza. Divagando

em pensamentos loucos. Voando entre sentimentos platónicos. Sonhando

momentos. Pensando, sentindo, sonhando. Noite escura. Noite de solidão. Noite

de loucura. Noite fria. Noite de amor. Amor. De novo.

De novo. Rastos de um coração que em tempos sorria…

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sílvia graja | madeira areia 1 e 2

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sílvia granja | madeira terra 1 e 2

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roberto leandro | criança

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Passando de mundo

em mundo

Entre sonho

e realidade,

Descubro um lado risonho

no teu mundo mais profundo

que não conta a tua idade.

Uma face

de esperança

que te acusa na teimosia

E por muito que passe

nunca ela se cansa

nunca ela te alivia

Foge ao senso e à razão

só faz vida da vontade

Atraiçoa o coração

com uma simples verdade.

Não complica.

Não desiste.

Não explica

porque insiste

em tornar inextricáveis

esses mundos (não) tão distantes

do querer e poder ter,

do sonhar e vir a ser,

que não crês concretizáveis

por ignorares amiúde

que ainda tens, como antes,

dentro de ti essa virtude:

Olhar o mundo p’los

olhos de uma criança…

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raquel mouro | X^5 nº4 / X^5 nº2 / X^5 nº3

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catarina canelas | sem título

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catarina canelas | sem título

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ana duarte | orgulho lusitano

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ana duarte | reality

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stephanie oliveira | vergonha a negrito

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phermad | sem título

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nuno sequeira | che / jimmy

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ana sofi a cross keane | joão melo / duarte afonso

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helder ferreira | efeito vocal

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A inocência da coerência da adolescência

Faz com que a ascendência lhes transmita a sapiência

Para que na ausência da assistência deste espírito e competência

Todos revelem a apetência que vai fugindo à aparência.

Por coincidência ou até mesmo por inteligência

A ciência vai criando um novo método de resistência

E é nesta vivência que fica retida a violência

Beneficiência da adolescência, eu chamo-lhe coexistência.

Há quem lhe chame consciência por não trazer consequências

Mas a experiência ensinou-me a conviver com a concorrência

Devido à exigência deste avião com turbulência

É a minha paciência que me leva à sobrevivência.

Não tento ser referência, não é a minha essência

A eficiência com que trabalho vai-me afastando da falência

Longe da displicência, o motivo da minha existência

É a frequência com que o sorriso se instala na minha audiência.

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andré cravinho | ilustração do poema de bocage: “ó formosura!”

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milita doré | jardins secretos

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... Jardins

secretos ...

- Como te sentes como mulher? Não como os outros pensam que tu es....

Como “tu” te sentes como mulher... em 3 palavras.

- forte, sensual, inteligente.

- serena, tranquila, feliz.

- bela, sensual, amante.

- Descreve numa frase ou duas, o que sentiste nesta experiência:

- uma experiência de relaxamento total e conhecimento da imagem corporal.

Libertação

- Há uma sensação de prazer no ligeiro e súbtil contacto.

- Senti-me muito bem, desinibida e sensual, orgulhosa de ser mulher!

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petra martins | só 5 minutos

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Finalmente chegaste, estava ansiosa, agora só quero que me sigas.

E por favor, não faças barulho!

Reparei no teu olhar atento a cada movimento meu…

Podes sentar-te… Queres tomar algo?

Sabes, enquanto me despia, sentia o bater do teu coração, acelerado!

Não tenhas medo…

Ah… e não quero beijos nem carícias!

Nem me venhas com tretas!

Sabes que o que eu sentia por ti… Oh meu querido!

Não me perguntes porquê, já sabes que detesto perguntas!

Bem, é hoje ou nunca, estou á espera…

Cada gesto teu vai ficar registado nesta noite,

Já sabes o que te espera…

Vamos fazer desta noite a melhor de sempre?

Então vamos fazer por isso!

Sem pressa, temos tempo… vamos fazer uma viagem até ao infinito, que dizes?

Temos um longo percurso pela frente, tracei um caminho na minha mente...

Caminho esse que só tu podes percorrer.

Agora só os lábios respiram… Oh Amigo, vamos sentir o que é para ser sentido!

Eu sabia que não me irias desiludir…

Abre a janela, vamos debruçar-nos…

Sentes o leve peso das estrelas?

Deixa-me descansar, só 5 minutos…

À medida que o corpo seca, recupera-se o fôlego!

Abre os olhos, já é de dia…

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patricia puga | lips

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josé gonçalves e nuno sequeira | nua noite

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Nua noite

Tão nuaSua é minha noite,Olhando de um lar essa ruaEscura por onde anda vive lhe afoite,Em tremenda onda de poder circunstancialQuerendo de toda a sua vida, mais como poema musicalQue lhe fale ao coração, e lhe desperte de novo sua cultura de amor…Enrugando-lhe a pele num desejo ardente místico empolando fervorNo incessante processo que também causa sua natureza,Sem censura revelando-me em pura belezaQue também é insegura no entregar,Querendo tudo em seu parSua é minha noite…Nua noite…

Tão nua

Sua é minha noite,

Olhando de um lar essa rua

Escura por onde anda vive lhe afoite,

Em tremenda onda de poder circunstancial

Querendo de toda a sua vida, mais como poema musical

Que lhe fale ao coração, e lhe desperte de novo sua cultura de amor…

Enrugando-lhe a pele num desejo ardente místico empolando fervor

No incessante processo que também causa sua natureza,

Sem censura revelando-me em pura beleza

Que também é insegura no entregar,

Querendo tudo em seu par

Sua é minha noite…

Nua noite…

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pedro noel da luz | looking for fi delio

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Patricia LopesPágs. 4 e 5

Nuno SequeiraPágs. 34/35 e 53

Roberto LeandroPágs. 17

Milita DoréPágs. 44/47

Joana Rita SilvaPágs. 6/9

Ana Sofia Cross KeanePágs. 36/37

Raquel MouroPágs. 19/21

Petra MartinsPágs. 49

Miguel MestrePágs. 10 e 11

Helder FerreiraPágs. 39

Catarina canelasPágs. 22/25

Patricia PugaPágs. 50 e 51

Stephanie OliveiraPágs. 31

Pedro Noel da LuzPágs. 54/57

Sílvia GranjaPágs. 12/15

André CravinhoPágs. 40/43

Ana DuartePágs. 1, 26/29

José GonçalvesPágs. 53

PhermadPágs. 32/33

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Art.sy_Online Art Fanzine

Edição #04

EditorJorge Mestre Simão

PaginaçãoJorge Mestre Simão

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