Top Banner

of 10

Arteriosclerose Um Novo Ponto de Vista (1)

Jul 11, 2015

Download

Documents

Isadora Vieira
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
  • 5/11/2018 Arteriosclerose Um Novo Ponto de Vista (1)

    1/10

  • 5/11/2018 Arteriosclerose Um Novo Ponto de Vista (1)

    2/10

    o SV I S T A- - .

    Causa . dares no peito , in fartas e,derram es. E responsavel por m a ism ortes que a cancer. 0 que se

    pensou duran te m uito tem po sab reessa doencaesta errado

    Pe r Pe te r Ubby

    H a apen as cinco an os, a m aio ria d os m ed icos descrev eria con fianre-m ente a arterio sclerose com o urn p rob lem a d e entu pim en ro. M ateria l g or-du roso se acurnula gradualm ente na superficie das paredes dos vasos.Quando um d epo sito ou p laca c re sce , p ode fechar 0 "c an o", im p ed in doqu e 0 sangue chegue ao tecido para onde esta desrinado. D epo is de al-gu m tem po sem receb er san gu e, 0recido rnorre. S e for um a parte do m us-cu lo cardiaco au d o cerebra , oco rre urn in farto au derram e,Hoje, POL lCOS a cr ed itam n es sa e xp lic ac ao . P es qu is as in ic ia da s h< 'ir na isd e 20 ano s demons t ra ra rn que o s v as os t er n p o uc a se rne lhanca co m canesp a ss iv e s. E le s tern c e lu la s v iv a s, qu e s e c omun ic am c on sr an rem e nr e entre5 i e co m seu am bien te . E ssas celu las parric ipam do aparecim ento e cresci-m e nto d os d ep os it os arrerioscleroricos, q ue su rg em no interio r e n so sob reas pared es do s vasos. A lern d isso, sao rela tivarn ente p ou cos as dep osito sque crescern a pon to de reduzir a urn m inim a a fluxo sangutneo. A maio rparte do s ataq ues card iacos e m uiros derrarn es sao p rov ocad os p or p lacasqu e nao chegam a e n ru p ir os vasos , E la s s e r ar np em subiramenre, l evandoa o a p a re c im e n r o d e u rn c oa gu lo a u tro m bo ..E ste coagula e que in terrornpea passag em d o san gu e,

    W W W . S C I A M . C O M . B R S C IE N T IF IC A M ER IC AN B R A S IL 5

  • 5/11/2018 Arteriosclerose Um Novo Ponto de Vista (1)

    3/10

    A S P E S O W S A S D E T E R M IN A R A M ta m b ern q uea in flama ca o e xe rc e urn p ap el m u ito im po r-tante na arteriosclerose. 0 p ro ce ss o i nf la -rn ato rio - 0m esm o que leva ur n c orte a in -char, ficar a ve nn elha do , q ue nte e d olo ro so- esta presente em rodas as etapas do d is-tU rb io , d a c ria ca o d as p lac as a o se u c resc i-m ento e rom pim ento . Q uando microb iosp eri go so s r en ta rn in va dir 0COI pO , a i nf la -macae. palavra qu e signi fica literalmente"em fogo", ajuda a im pedir que surja um ain fe c ca o, N o c as o da a r te r io s c le ro se, po r em ,a in ila m ac ao r ep re se nta 0 p eri go . N os sa sdefesas no s bo mbardeiam com t ir e s d i sp a -r ad os p or s ua p ro pr ia a rti lha ria .

    D escobertas recen tes sugerem novasideias p ar a p re ve ni r, detectar e t ra ta r a ar -t er io sd er os e. T am b ern s olu c.i on am a lg un senig mas q ue perturbavam o s m edico s, es -p ec ia lm en re o s m otiv os p elo s q uais ta nto sataques c ar dia co s o co rr em s em a vis o p re -vio e porque cerras rerapias destinadas a

    e vir ar o s a ta qu es f al ha vam c om fr eq U en cia .A so cied ade precis a u rg en tem ente d e p ro ~g re ss os n a p re ve nc ao , d er ec ca o e t ra ta m en -to da a r te r io s c le ro se . Ao contrario do quese pensa, os ataques cardiacos e derrarnesr es ulta nr es d es sa c on d ic ao m a tam m a is qu eo cancer nos patses industria lizados e fa-zem urn n um e ro c ad a vez m ajor d e v i t imasn as n ac oe s em d es en vo lv im e nto .P on do fog o

    O s an tig os, q ue definiram p e la p r ime i rav ez a in fla rn ac ao , n ao tin ham in str um e nto sc ap az es d e desve la r i nr er acoes entre celulase rnoleculas. D epend iam do que erarn ca-pazes de ver e s e n ti r, H oje sabem os que o ss in a is ex te rno s da inflam a~ ao vern de ferozco mb ate tra va do n um ca mp o d e b ataiha mi-cro sc op ic o. D ep ois d e c ap ta r, c erta o u e rra -damen te , 0 in ic io de urn atague de m icror-gan ism os, certos globules brancos do san-gue, o s soldados da linha de fren re do sisre-

    S C I E N T IF IC A M E R I C A N B R A S I L

    rn a imun ol og ic o, c or rem para 0 te ci doparece e sta r a rn ea ca do . N a area, secreum a serie de co mpo stos qu im icos destd os a li mi ta r a p os siv el in fe cc ao , E nt re ec om po sto s, e sta o o xid an tes , c ap az es d en if ic a r o s invasores, e m o le cu le s d e c omcacao com o as ciroquinas , p eq ue na s p rna s cu ja f u nc ao e organisar as a ri vi da de sc elu la s d e d efe sa . A ss im , o s p es qu is ad ov er if ic am a e xi sr en ci a d e um a re sp os ta imateria pela ident i ficacao de mediadores ua a cao n o tec id o.

    A e v id en c ia m a is c la ra do papel daflam acao no inicio da arterio sclero sede pesqui sas sob re as I ipoproreinas dex a d e n si da d e, ou LDL , 0 c ol es te re l rAs parr iculas de LDL, compostas dele cu la s g or du ro sa s, o u lip id io s, e p ro te intransportam 0 c o le s re r ol , o u tr o l ip id ic ,locals onde e form ado, no flgado enostestinos, para os dem ais orgaos. O s ctisras sabem ha tem po que 0 cOIpo p r ede LDL e de co le sterol, m as quanr idaex cessivas ajudam a prom over a arterclero se. A te ha p ou co , n in gu em co nse gexplicar PO t q ue u rn ex cesso levava itm ac ae d e p la ca s,

    Por m eio de e x pe rie nc ia s, e m c ul rde celulas e em an imai s , r em o s a go ra icacoes de que 0p ro bl em a c or ne ca q uaLDL do san gu e se congrega na in timpane da parede arteria l rnais proximac o rr en te s a ng tl in e a ( ve ja a i} us tr aq aod u a s p a g in a s s e gu i nt es ) . Em conc ent ra crazoaveis , 0LD L presente no sangue pe ntra r e sa ir d a in tim a (q ue c on siste p rinp alm ente de celulas endo relia is d as pd es do v aso; cia m atriz ex rracelular, c

    J ULHO 2

  • 5/11/2018 Arteriosclerose Um Novo Ponto de Vista (1)

    4/10

    <

    po sta d e recido con ju ntivo , q ue fica sob ascelulas: e de u rn punhado de celulas rnus-c ula re s m acia s, p ro du to ra s d a m atriz ). E mq ua nt id ad es e x ce ss iv as , p or em , 0LDL teo-d e a p re nd er -s e a matriz ,

    Confo rme 0LDL v ai s e a cumu la n do ,seus lip idios passarn par ox idacao, numprocesso sem elhante ao que causa fe r ru-gem ou deix a a m an teiga rancosa. A s p ro-te inas , de su a parte , passam tanto p ela ox i-dacao com o par urn p rocesso de liga< ;aopor rneio de acucares, A s celu las das pa-redes do vasa parecem interp retar as m u-dancas com o sinais de perigo e pedem re-

    forces ao sistem a de defesa do co rpo.A s celulas endoteliais, especialmenre,

    tern molecu la s de adesso na f ac e v ol ta dapara 0s an gu e. E ss as m o le cu le s s e p re nd emc om o v elc ro a s c elu la s in fla rn aro ria s, o smonec i to s , qu e n o rma lme n te c ir cu lam dem an eira rra nq uila n a c orre nte sa ng ufn ea .A int er acao fa z com qu e a s c el ul as s ai am dac irc ulac ao e a dira m a parede do vaso. 0LDL m od iticado tam bem faz com que asc e l u t a s d o en do te lio e a s ce lu la s muscu la re sd a in tim a s ec re te m s ub sta nc ia s q uim ic as , a squem ogu in as, gue atraem os m onociros,C om ocaes farejand o a caca, os m onocitos

    W W W . S C I A M . C O M . B R

    passam entre as celulas do endotelio e seguem a p is ra g uim ic a a te a in tim a.

    A s quem oq uinas e outras substanciase la bo ra da s p ela s c el ula s e nd or el ia is e m us-c ul ar es m a cia s i nd uz em e nt ao o s m o no cir osa se mult ip li ca r e a rnadu recer , E le s s e trans-fo rm am em m ac ro fa go s a tiv os, g ue rre iro sfortem ente arm ad os, prontos p ara lancartodo 0 seu poder contra os in im ig os d o c orpo . U ma de suas prim eiras rarefas e a delim par as paredes d o v aso do gue con side-ra m s eu s in im ig os. R ea g in d o a a i j: aode p rore in as lib erad as p ela s c elu la s e nd ote lia ispelas celulas m usculares m acias da inti-m a, os m acr6 fagos decoram sua superfi-c ie co m m olecu las cham adas recep torescoveiros, gue capturam as p a r r f c u l a s deLDL m od ificad o e a ju da m o s m ac rM ag osa ingeri-las, O s m acro fagos ficam tao rep leto s de go t i cu la s go rdurosa sque pare-cern espum ar quan do v istos a o m i c ro s co -p io. O s patolo gistas co stum am referir-sea esses rnacroiagos cheios de gord uracomo celulas espumantes.Mon6o ito s e Iin f6 cito s

    N ao s ao a pe na s o s mo n o ci to s que seguem a s m olecu les de adesao e as quemo-quinasa t e a i n tima . 0mesmo aconrece co mlinfocitos T , g lo bu le s brancos do sangueque representam outro brace d o s is te m aimunolegico. E ss es l in f6 c it os ta mb em lib e ram c it oq u in a s que aum entam as ariv iclad es inflam at6 rias nas paredes do v asoJuntos, os m acrofagos espum an tes e umn um e ro rn en or d e l in f6 cit os 1: com poemcham ada listra g orduro sa, p recu rsora d ascomplexas p la ca s q ue i ra o mais t a rd e d e sf i-gurar 0vaso. E p re ocu pa nte s ab er q ue m ui-ta s pessoas ja tern p la ca s em f orm a ca o n oss eu s v as es a nt es d e c om p le ta re m 20 anos,

    Q uando a resposta inflam at6ria b lo -gueia urna i nf ec ij :aQ n um j oe lh o machu -c ad o, p or e xe rn plo , o s m ac r6 fa go s lib eramm oleculas para facilitar a cicatrizacao, 0p ro ce ss o d e cica rriz ac ao ra mb em a co m pa -nha 0tipo r n a is c r c n ic o de i n f l amacao qu eopera a arterio sderose. Em ve z d e r es ta u-rar as paredes dos vasos ao seu estado ori-g in al, p o re m, 0 p ro ce ss o p er ve rs ame n te

    S C IE N T IF IC A M E R IC A N B R A S IL 57

  • 5/11/2018 Arteriosclerose Um Novo Ponto de Vista (1)

    5/10

    Os Multip los Papels da lnflarnacaoAS INFLAMA~OES , c u jo pape l c en tr al na a rt er io s cle ro s e ja e sta r ec on he cid o, o co rr ern q u an do certos g lob ulo s b ranco s do s ang ue (os q ue con stitu em norm alm ente a prim eira lin ha dedefes a contra as infec~ aes ) inv ade m e s e torn am atlvos n um te cid o. E ss es q ua dro s rnus-tram com o u ma placa arterioscler6 tica cresce nu m va s o. O s t res d es en ho s m a is detalha-dos ilu stram proces sos ioflam atorios q ue po dem s urg ir q uando 0 sang ue de u ma pes soatra ns po rt. a in dice s m u ito a lto s d e lip op ra te fn as d e b aix a d errs id ad s (L OL ).

    N AS C E U M A P LA C A1Pa rt fc u la s de LDLem exces so... se acumut~m nas p arades dcsva s o s e p a s s a m po r a l te r a ~oes .q.ufmicas. 0 LOLmodif icadoes timu l a as c el ul as endot el ia i s aespalhar mo lecu la s ades iv a s, q uec a pt ur am mo n6 c it os [ pa rt ic ip an te sc en tr a i s das i nf lama~oes ) e celulasT [eutras ce lu l as dos i s t emaimuno l6g i co ) d .osangue. As ce lu lase:ndoteliais ta m eem s sc re ta mq ue meq uln as , q ue atraem ascelulas captu r adas pa ra a fnt ima.

    2 Na int ima, os rnoncc r tc s_ . - amadu rec em e se tnrnarnr nac ro fagos a ti v os , Os macrnfagnse c elu la s T p rn du z er n muitosmed iadores de inf lama~oes,inclus ive dtoquinas [conhacidascomo as mensagei ras do sistemaimunol6gico J e fa to re s q uep romov em a d iv ls ao d as ce lu l as . Osmacri i fagos tarnb ern produ zem osr ec e p to re s- co ve l r o5, que 0 s ajuda ma in ge rir a s LOLmodlf lcadas,

    3 Os mac rMagos in ger em as lDl- e f icam r ep le to s de go tl cu l asgordurosas . Es ses mac ro fagos , cu japarencia fa z c om que se jamchamados de ce lu lasespumantes ,e as celu las T formam a l ls t ragordurosa, a primeira rnanifsstacaode urna p laca ar te r iosc l e r6 t ica .

  • 5/11/2018 Arteriosclerose Um Novo Ponto de Vista (1)

    6/10

    A P L A C A P R O G R ID E A P LA C A S E R O M P E4 Mohku las mflamatcrlas promovem 0crescimento da placa e aform acao de u rna capa de eoag u los sabre 0 n ucle o de llp ld lo s. A

    cspaeumente q uando as rnnleculas induzem ce lu las rnu scu la resrnaci as d a m ed ia a m igra r :p a ra 0 a Ito da i(i rna, E Ias se re p rodu zern eform am um a m atriz du ra e f ib ro sa " q ue une a s c el ul as , A c ap a a ur ne nr ao t ar na nh o d a p la ca , m a s f orm a u r n a b a r re i ra e nt re e la e 0 sangue

    5 S u b st an ci as i nf la rn at cr ia s s e cr et ad as p el as c elu ,la s s s pu ma nt esp od er n e nf ra qu ec er p en go sa rn en te a c ap a, d ig e rln do rnoleculas dam a trlz e da n i ica n d 0 ce l u Ias rnu s cu i a r es m a cia s , q ue de lxam der e p a far a c a p a , 0 f at or d e tecidos, u m p o ds r os a p ro m ot o r d e c o a g u los,pode s urg ir nas celu las es pu rnantes , au rnes rno tem po S e a placae n fra qu ec id a s s ro m p er, 0 fa to r de te cid ns in tera g e c o m 0u t r eselementos p ru rn ot ore s d e c oag ulo s n o s a ngue, f az e ndo com que seforme um tm mbo, au cO;l,gulo, S e fo r m u lto g ra nd e, 0 coagulointerrom pe a pas sag ern do s ang ue parao coracao e cau sa urn ataq uec a r d r a c 0, a m o rt e de t e c i d o do cora ~ao_e lu la mu s cu la rmaciaem Nucleo

    gorduroso

    C OR TE D E A RT ER IAA TIN G iO A P O RA R T E R I O S C L E R O S E

  • 5/11/2018 Arteriosclerose Um Novo Ponto de Vista (1)

    7/10

    rernodela - m uda 0 cararer - da parede,a c a b a n d o p or g erar u rn a p laca rn aio r ema is c o rn p lic a da .

    Nos u lr ir nos anos , os b io logos de re rrn i-n ar am q ue o s m ac r6 fa go s, c elu la se nd ore -lia is e c elu la s m us cu la re s m ac ia s d a in tim ai nf la m a da s ec re ta m fato res cap az es d e e s -rim ular as celulas m usculares m acias dam edia (0 tecido sob a intim a) a m igrar parao a lto d a I ntim a , re plic ar- se e s in re tiz ar c om -ponentes da rna tr i z ex t r ace lu la r , N, celulase rno leculas da matriz se unem e form amu ma tam pa fibrosa sob re a a re a arter iosc le-rotica o rig in a l. Q u a nd o essa c am a da arna-durece, a area que e la cobre so lre algum asal te racoes. U ma delas e a m orte de parted as c elu la s e sp um a nte s, 0 q ue lib era lip i-d io s, P or e sse m otiv e, o s p ato lo gisra s c ha -m am a regiao sob a tampa de nucleo de li -p id io s o u n ec r6 tic o.

    A s p ia ca s arterio seler6 ticas se ex pan -dem externam enre por grande parte de suae xis te nc ia , s em p ro cu ra r o bs tr uir 0 canalp elo q ua l p as sa 0 sa ng ue . I ss o f a z com quea flu xo de san gue co ntin ue p or mais algumtempo, as vezes por decadas. Chega urnm o m en ro , p ore rn , em que as p la ca s r ed u -ze m 0c an al p elo q ua l p as sa 0s an g ue , c ri an -do a chamada estenose. A estenose podeim p ed ir q ue 0 san gue cheg ue ao s rec id os,espec i a lmenre em momentos em que ele em ais necessario e q uan do o s vasos n orm al-mente s e a la r ga r ia r n, Quando a pessoa seexercita ou passa por u m a s itu ac ao deest resse , por exe rnp lo , 0 flux o de sangueq ue c orre p or lim a a rte ria cardiaca p od e na oa rende r ao a umen ro ci a d e r n a n d a . Oconeen tao a a n g in a p e ct or is , u m a s en sa ca o dea pe n o, e sm a gam en to ou p re s s ao , n orm al-m ente sob 0 e s t e rno . 0e s t re i t amen ro deo utro s v as es p od e c au sa r e aib ra s dolorosasnas coxas e nadegas quando elas sao exer-c ita da s - fen orn en o c on he cid o como cla i r-d i ca c ao i n te r rn i te n te .

    Ha cases em que 0c re sc im en to d a p la -ca p ra ti ca rn e nt e d e tem 0 flux o d e sanguenum vaso , dan do origem a urn infarto oud e r r ame , Som ente 15% dos infartos, po-rem , ocorrem assim . Exam inando cuida-dosam ente as paredes dos vasos de pesso~60 S C IE N T IF IC A M E R IC AN B R A S I L

    as m onas em consequenc i a d e ataq ues car-discos , os pa to log is r a dernonst rararn que am aior p arte d os infarro s o co rre d ep ois q uea ta mp a fib ro sa d a p lac a se a b re , f az e nd oC om q ue u rn co ag ulo sa ng tiin eo s e d es en -velva na abertura, A s pia c as com m aiorespossib ilidades de se abrirern tern ta mp am ais fin a , grande quanti dade de lip idios em uito s m ac r6 fa go s. C om o n os es ta gio s in i-dais da a r rer io sc le rc se , su a vulnera bilidaded e riv a d a i nf la rn a ca o ,D es locam en to de placas

    A integ rid ad e d a c ob ertu ra fib ro sa d e-pende , em grande parte , d as f or te s f ib ra sd e c ola ge no , p ro du zid as p ela s c elu la s m us -culares mac ias , Q ua nd o alg o f az su rg ir umainflama~ao nurna placa re la t ivamente quie-ta, os m ediadores do processo podern agirsobre a tam pa pelo m enos de duas m anei-ras, Meu la bo ra t6 rio demons t rou que es-ses rnediadores de inflam acoes podem es-tim ular os m acrofagos a secretar enzim asq u e d e gr ad am 0colageno e que podem ini-b ir a s c elu la s r nu sc ula re s rn ac ia s d e p ro du -zir n ov as qu an tid ad es d e co lsg en o, ne ces-sarias para teparar e m anter a tam pa.

    Quando 0 sangue passJ portura n a t ampa e e n co n tr a urnlipidios cheio de prote inas cap azIita r a c oa gu la ca o, I ormam-s e c oaex em plo , rn olec ulas da s c elulasca s Ie va m c elu la s e sp um an re sg ran des q uan tid ad es .do .fato r du rn f or te in du ro r a fo rm ac ao d eo p r6 prio s an gu e e m c ir cu la ca oprecursores das pro te inas envoserie de r ea co e s r es p on s av e is p~ ao d e c oa gu lo s. Q ua nd o 0 s an gt ra f ar or de tec id os e o utro s promcoagulacao no nucleo da placa,sores da coagulacao cornecammente se u trabalho. 0corpo p r cta nc ia s c ap az es d e im p ed ir 0apad e u rn coagu lo au de ataca- lo a nteduza urn in fa rro o n um d errame , Mc as in fla ma da s lib era rn s ub sta nc ic as q ue im pe de m se u fu nc io na me

    S e 0 coagu lo e desrruido,n atu rais o u pe la a~ ao d e rern ed iovel que a processo de c icarrizacsoutra vez, restaurando a tam pa,b er n a um en ta nd o a p la ca p ela fo rmte cid o c ic atric ia l. A lia s, ha in dic

    J

  • 5/11/2018 Arteriosclerose Um Novo Ponto de Vista (1)

    8/10

    60 S C IE N T IF IC A M E R IC AN B R A S I L

    A~UCAR P O O E E S T 1 M U L A R p r o p r i e d a d e s in f la m a t 6 r ia s d o L D t . 0 f ume l e v a a o a p a re c im e n tod e o x id a n t e s e p o d e a p r e s s a r a oxida~ao d o s c o n s t i t u i n t e d o L D L , c a u s a n d o inflama~oes n o s '

    v a s o s . A o b e s id a d e c o n t r ib u i p a r a 0 D I A B E T E S E A S I INFLAMA~OES V A S C U L A R E S

    deraveis de que as placas crescem em di-v ers as e ta p as , a com pa nha nd o 0 apareci-mento e de sapare c imenro de in fla mac oes ea em ergencia e destruicao d o s c oa g ul os ,d e ix a nd o s ua s c ic at ri ze s.

    _0 novo quadro da arreriosclerose ex -p lica p orgu e ta nto s ataq ue s card iaco s pa -recem surg ir sem aviso previo , A s placasque se rom pem nem sem pre avancam m ui-to s ab re 0 canal do sangue e assim podemnao provocar angina nem aparecer comdestaque em im agens do canal. Ele tam -bern e x pl ic a o s mo tiv es p elo s qua is t e rap ia sc ujo fo co esta no alargamenro do canal dosang ue em vasos quase t ampados (com o aangioplastia de b ala o) o u n a c ria ca o de urnaponte por cirurgia podem reduzir a angi-n a, ma s f re q ii en tement e nao impedem 0

    , l.

    aparecimento d e u rn in ia no n o fu tu ro . N es -s e s ca se s , 0 p erig o p ode estar em o utro lu-g ar, o nd e um a p la ca c au sa u rn e stre itam en -to m enor, m as pode rom per-se com m aisla cilid ad e. I nie li:m e nte , m e sm o q ua nd o 0problema est .i n a e sre no se , o s v ase s tra ta -dos m uiras veces volram a entup ir de rna-n eir a r ela riv am e nr e r ap id a, a pa re nte rn en teem p arte po rq ue o s t raram en tos p od em d arorigem a um a forte resposta inilamareria.

    _ "

    Ah~m d o c ole ste ro l ru imo LD L, com frequencia , da origem asequ en cia d e fare s q ue ap re se ntei. M as o sp esq uisa do re s id en rific ara rn d iv erso s o u-t ro s f ar or es q u e a umen ta rn i ne q ui vo c ar ne n -te 0 r is co d e a p e ss oa c o nr ra ir a rt er io sc le ro -se au suas cornplicacoes, M uitos dessesfatores de risco, e alguns que ainda se en-c on tram em e stu do , m o str am p ro prie da de sintlarnatorias, A nte s d e p assa r a e sse a ssu n-to , p ore m, g ue ro su blin ha r q ue 0LD L ternprovavelm ente um papel ainda rnaior noin ic io e m an ute nc ao d a a rre rio sc le ro se q ueo re co nhe cid o ho je , e m te rrn os g era is.

    D e acordo com um aestatisrica m uito

    W W W . S C I A . M . C O M . B R

    !e pe tid a, m era de d os p ac ie nte s q ue t@m an -gina ouji t iverarn a ta qu es c ard ia c os naote rn n iv ei s de LDL ac im a da m ed ia . I ssoleva f r eq i ien temente a i nt er pr et ac ao d e .q u en e ss as p es so a s 0 LDL nao tern influenciasobre a arteriosclerose como tonte d e p ro -blemas. E p re ciso le rn bra r, p ore rn , q ue o sn ive is np icos de LDL na sociedade cci-den tal superam em m uito as necessidadesd o c orp o e sa o suficienres p ara p rom ov erdoencas cardiacas.

    R esp ond en do a no vos d ad os estab ele-c en do lig ac oe s e ntre as d oe nc as c ar dia ca se niveis d e lip op ro te in a s, especialistas emsaude pub li c a p r og r es si v amen te refinararna definicao de n i ve is " sa u d av e is ' d e L DL .O rie nra co es. d istrib uid as n o a no p assa dopor um grupo de especialistas re un id os e m

    cooperacao co m 0 Instituto Nacional deSaude dos Es tado s U nidos classificarn ago-ra c la ra me nre n iv eis o tim os d e c ole ste ro l-L DL ab aix o d e c ern m ilig ram as po r d ecili-tro de san gu e (m g/dl). 0 g ru po d e e sp ecia -listas tam bem sugeriu que os m edicos co-me c er n a c o ns id e ra r 0 usa de m ed ica m en -tos em niveis m ais baix os - 130 mg/d l, n olug ar d e 160 - p ara pe sso as com fa tore sm uitip lo s d e risco . P ara adu lto s co m riscod e d oe nc as c ard ia ca s re la riv am en re b aix o,o s e sp ec ia lista s re co rn en da m, c om o a nte s,a adocao de m udancas no estilo de vida -die ra e ex erc icios - pa ra 160 m g/dl e ques e con si de r e 0u so de m ed icam enros a p ar-tir d e 190mg/el l .

    O s p es qu is ad ore s a in da n ao d ed ic ara rna s I ig a co e s e ntre as in flarna coe s e o utro sfu ro re s d e risc o a m esm a a re nc ao p re sta daao LDL , m as ja d esc ob rira m re la co es su -g es tiv as . 0 d ia be te s, p or e xe rn plo , a urn en -

    t a o s n iv ei s d e g lic ose n o sa ng ue . E sse acu-ca r pede esrim ular as propriedades inf la-m ato ria s d o L DL . 0f um o le va a o a pa re ci-mento de o xid an tes e p od e apressar a oxi-d acao do s c on stituin tes d o L DL , cau san-do assim in fl ar nacoes no s v as es , m e smo emp es so a s c om n iv ei s m e d ic s de LD 1.A obe-s id ad e c on tr ib ui p ara 0d ia b et es e i nf la rn a-yoes v as cu la re s, A p re ss ao a lt a p o de n ao rere le ito s in fla ma to rio s d ire ro s, m as u m ho r-monic parcialmente responsavel por boaparte dos cases de pressao alta em sereshum anos, a angiorensina II, parece tam -b er n e st im u la r as inf la rnacoes , Doses altasd esse ho rm on io p od em le va r, sim uira ne a-mente, a pressao alta e a arteriosderose.

    M as a lip op ro te in a d e a lta d en sid ad e(H DL ) p are ce s e r bene fi c a . Com o declinio

    d os n iv eis do "c o le st er ol b o rn ", as proba-bil idades de que u rn a p es so a sofra urnin fa rro a um en ta rn . A ssim , p ara o bre r e sri-m ativas m elhores do risco de problem ascard iacos, m uitos m edicos pedem nao s6os niveis de L DL no sangue, m as ram bemos niveis de H DL e a relacao entre 0LDL(au do LDL e seus d iversos paren tes) e 0HDL. Pode ser que 0 HDL re nha esse se fe ito s b en efic es p or re du zir p arc ia lm e nrea s in fla rn ac ce s. J un to c om a c ole sre ro l, e letra nsp orta e nz im as a ntio xid an re s c ap az esd e rom pe r lip id io s o xid ad os .

    D ia nre d a fun cao no rm al d as in flam a-coes no corpo, a de deter e elirn inar agen-te s in fe cc io so s, o s b io lo go s p as sa ra rn a e xa -m inar se infeccoes nos vasos podem con-t ri bu i r p a ra 0a p ar ec imen to d e i nf lama co e s,A s pesquisas m ais recentes ind icam que aarterioscle ro se p ed e ap arecer m esm o semo su rg irn en to d e in fe cc oe s. M as exis tem

    P et er L ib b y e chefe de. m e d icina cardiov as cu lar no hns pita I B rlgb a m and W om an's ,. profes sorM a llin ck ro dt d e M e dic in a n a F ac uld ad e d e M e dic in a d e H arv ard e c o- ed ito r da s exta edi~ ao de Hear tDisease, u m Iiv ro de cons u lta d a s s ico d a C ard iol 0gi a C on s i de ra " a rn ud a n ~ a d o s e st i lo s d e v i d a a b as ed a p re ve nc ao d os p ro ble m as c ard lo va sc ula re s" e c um p re 0 q ue p re ga , c orr en do c om f in s r ec re at iv o s.

    S C IE NT IF IC A M E R IC A N B RA S IL 61

  • 5/11/2018 Arteriosclerose Um Novo Ponto de Vista (1)

    9/10

    T E S T E R E V E L A O O R"A D D E CID IR S E UM A P ES S O Ap re cis a e mra r e m te ra pia pa ra p rev enir u rn infa rto ou d erra me

    c au s ad o p ela a rte rio sc le ro se , o s m e dic os n orm a l m e nte to rn srn com o b as e, e sp ec ia lm e nte ,a q uantidade de coles terol ex ls tente no sang ue do paciente. M as es se m etodo exclu i u mae le va da p ro po rca o d e p es so as v u lrie ra ve is a o p ro ble m a. V a rio s e stu do s in dic a m q u e um e x a-m e das concentracfies no s ang ue da protein a [-reativ a, u rn m arcador de infec~ oes , podea cre sce nta r in form a~ ao u til a o q uad ro. Inclu siv e, n um re la t6 rio re cen te, P au l M . R id ker, doH os pita l B rig ham a rid W om an 's , de mo ns tro uq ue a a na lis e con ju nta d os niv eis d e pro tein aC -reativ a (q ue nao podem s er prev is tos a partir dos indices de coles rerol] e dos nlv eis deco le stero lle va a u m a in dica lfa o de ris co m a is co nfi~ vel q ue a res ulta nts a pe nas d os niv eisde co les te rol [ ve la 0g rr lfico ). .

    R id ke r a gru po u o s n iv eis d e c ole ste ro l n a p op ula lfa a a du lta em g era l e m c in co fa ix as , p ro g re ss iv am e rite rn ais a lta s, e , e m s ep ara do , d iv id iu a s n iv eis d e p ro te in a C -re ativ a ta rn be rn emc in co fa ix as , D e te rm i no u , e nts o, ris co re la tiv e d e p es so as c om d iv ers as c om b in ac de s d e v a-lo re s d e c ole ste ro l e p r ote in a C -re ativ a, D e po is , d eu um v a l or 1 d e ris co a s p es so as c ujo s n i ve isd e co le ste ro l e p ro te in a C re ativ a c~ ja m n a fa ix a rn a is b aix a.a p es q u is ad or d ete rm i no u q u e n iv eis a lto s d e p ro te in a C -r ea tiv a a u rn en ta va rn s ig n ific ati-v arne nte o s ris co s d e i nfarto e de rram e m es rn o e m pe ss oa s co m in dice s ap are nte m en te b ai-x es d e c ole ste ro l. P ar e xe rn plo s, p es so as c orn n I ve is m e dia s [ tercel ra faix a) de cole ste ro l eco m n iv eis rn ais alto s d e pro tein a [-re ativ a co rre m rls cos s em elh an tes a os de p es so as co m a sn lv eis m a is a I to s d e c ole ste ro l e o s m a is b a ix os d e p ro te ln a C -re ativ a. A s p es so as com o s v alo -re s m ais a Ito s d e co les te ro l e de p rnte lna C -re ativ a s ao a s q ue e nfre nta m 0 ma io r r is co . E s tl-rn ulad ns p ar re su lta do s co mo e ss e, o s p es qu is ado res p rete nde m in icia ru m e stu dn , e m g ra n -

    . de e sca la , p ara s eto ma r as d ois fa tore s n a d ete rm in a~ ao do tra ta m en ta . -P.L.

    9

    8

    7

    6

    ">"';:'";a:4 Q'"'"i:3

    2

    1

    62 S CIE NT IF IC A ME R IC AN B RA SIL

    indicacoes circunsranciais de quemicrorganisrnos, como as virus d oe a bacteria Chlamyd ia pneumonisesa frequente de in fe cc oe s n as vias rto ri a s) , p od em , em c er ra s o ca sic es ,ou agravar a a rr er io s cl er os e , A c lam fdexemp lo , aparece em mu ita s p la cario scle ro ticas e se us co nstitninte sl ev a r a r es pos ta s inflamarorias p or p am acrelag os e d as celu las do endom u sc ula re s m a cia s do s vases.

    A s in fecco es ram bern p ode m a gtancia, no que chamo de efeito dQuando 0 c orp o c om b ate um a inm ediadores inflarnarorios podemco rren te san guine a e serem le va do s pgares disranres. Essas substanciaspazes, teor icarnen te , de estim ularb ul os b ra nc os n as p la ca s a rt er io sc le rol ev an do a ss ir n a o c re sc im e nr o au apimento das p ia c as. E stao e m c ursocimices para d er er min ar s e doses l imde antibioticos im pedem que urnavolte a rer um infarto , U rn dessesc o n cl u id o r e ce n temen te , indica,que os anribiot icos n ao im pe demsobrevivente de um ataque card iacoa t er p ro b lema s.Reduzindo 0 perigo

    Dianre d o p ap el e ss en cia l d as in~6es r ia a r te r io sc le rose , e p os si ve l ptar se a aplicacao de m edicam entosflamat6rios n ao s eria c ap az d e d eter a9a. N a realidade, alguns, com o a asj a estao em uso au sob in v es ri ga c ao .J6 gica e as pesquisas realizadas ateind icam qu e e p re ci so p ro cur ar t ambo ut ra s a re as .

    A aspi rina pertence a u m a classedicamenros chamados an ti in fl ama r cr ioester-6ides, na qual se in c lu em t amb etros analges icos muito usados . Comoremedies d o g ru po , a a spi ri n s b l oqu e iarnacao d e c er to s I ip id io s r ned ia dor esf lamacoe s , i ndu indo as prosraglandinasprovocam dares e febre, Dados cond e p e squ is as c li ni ca s b e rn r ea li za d as i nq ue a asp irin a proteg e 0 COl1'O c on tg ue s cardia co s e, em alg uns p acie nte s

    JULH

  • 5/11/2018 Arteriosclerose Um Novo Ponto de Vista (1)

    10/10

    E S T U D O S R E C E N T E S S U G E R E M q u e a.redu~ao d o s l lpidlos [ g o r d u r a s 1 p o d e t e r u r n p a p e l n adirninui~ao d a s inflama~i5es, a t u a n d o d e m o d o p o s i t iv o c o n t r a a cria~ao d e n o v a s p la c a s e

    t o m a n d o m e n o s p r o v a v e l a r u p t u r a d a s P L A C A S P R E V I A M E N T E E X IS T E N T E S

    tra p eq ue no s d er ra me s, o s a ta qu es is qu em i-c os tra ns ie nte s. M a s a s d os es p eq ue na s.q ueco nd uz em a e ssa p ro teca o p ro vav elm en teagem ma is r ed u zi nd o a tendencia p ar a a fo r-m acae de coagulos no sangue do que con -t ro la n d o a s i nf la rn a co e s,

    O s cientistas t er n p o uc os d ad os c lin i-co s so bre o s efeito s d e o utro s an tiin flam a-t6rios sob re a arte r iosc le rose e h a s ina is deq ue in ib ido res seletiv os d a enzim a C OX -2 , p ro du to ra d e p ro stag la nd in as , esrirnu-lam 0d ese nv olv im en to d e tro mb os e m p eiom en os a lg un s pacientes. A cortisona e es -t er o id e s s eme lh a nr e s podem ser t6x ico sdernais para uso a lange prazo e n ao e xis-

    tern dados qu e conf i rmem su a u tilid ad e n ocombate a arrer ios clerose,

    Mesmo que o s rned i c amenros antiin-flam at6 rio s v en ham a se m ostrar efic ien -tes acirna d e q ua lq ue r duvida, eles teraode ser m inistrados por ..m os a fio p ara im -pedi r 0s ur gi m en ro c ia a r te ri os cle ro se . I ss om e preocupa , pois a i nr er fe re n ci a i nc e s-san te com a inf lamacao pode exig ir urnp re~ o alto dema i s : 0 aum en to dos risco sd a i nf ec ca o . Pode ser que urn d ia a lg ue merie um a rnaneira de deter a inflarnacaocronies destrutiva da arreriosclerose semprejudicar 0 sistem a im uno lo gico do cor-po. Ma s s us pe it o que u m a e stra te gia rn aispra tica se ja a de c o nc en tr ar r ec u rs os nod esarm e d os d eron ad ores q ue estao na raizda inflarnacao d o s v as os .

    F elizm en re, ja tem os alguns m eios iim ao. U ma d ie ra s au d av e l para 0 coracao,e xe rc ic io s re gu la te s e ,. p ara o s o be so s, p er -d a de p eso p od em redu zir 0r is co d e in fa rr oe c om b a te r 0 d iab etes. A le m d isso , d esd e1994 , d iv e rs os t e st e s c l fn i co s dererminararnque m ed icarn en tos destin ados a baix ar osl ip id io s r ed u zem a pro babilidade de co m-p li ca co e s l ig a d as a a rte ri os cle ro se e p o demp ro lo ng ar a v id a numa ampla faixa de ris-co . O s p es qu isa do res a in da n ao id en tifica-

    , I

    . ,

    . "

    W W W . S C I A M . C O M . H R

    ram 0mec an is me p or tr,is d o s uc es so d es se srned icamenros , que n ao pa re ce rn r ed uz ir sig-n ificativ am en re a esten ose d os v ases, M asestu do s d e celulas, an im ais e hu rn an as, su -gerem que a reducao dos l ip id io s ( den tr o dogu e se con hece) p od e ter u rn p ap el na d im i-n uic ao d as in fla m ac oe s, a ru an do p ar a r ed u -zi r a criacao de placas e t om and o m en os pro -vavel a ru pru ra d as p la c as e x is te n te s.

    A na lises re cen res d as estarin as, m ed i-camenros para 0conrrole de l ipidios muitoreceita do s, d ao ap oio a essa id eia. E las c oo -firm am que os m ed icam enro s podem d i-r n in u ir i nf la m a co e s nos pac ientes , Testesem celu las iso ladas e em an im als de labo -

    r ato rio in dic am r ar nb ern que o s e fe ir os a n-ri in flam aro rio s d os m ed icam en to s p od emn ao d ep en der in teiram en te d e rnu dan casnas ccn cenrraco es de Iip id io s n o san gue.As e st ar in a s, gue aruarn no sen tido de re -du ziros n iv eis d e L DL e l ip id io s ru in s apa-r en ta d os , a um en r an d o a area d o corpo pelaqual se espalham , lim iram ram bem a d is-p on ib ilid ad e d as s ub sta nc ia s q uir nic as q uepermitem a s celulas res po nd er ao s m ed ia-d ores d as inflarnacoes,Nova s me d ic ame n to s

    Med ic a rn ent os e xpe rim en ta is , q ue a ge mso breo urro s faro res d e risco p ara in farro s ed erra rn es, p od em ter ain da efeito s u teis so -b re as in lla mac oes . L em bra mo s, n o ca se, d ea ge ntes g ue aumen t am os n iveis d e H DLo u lim ita m a a ~ao c ia a ng io te ns in a II . O s tra-t amenros c om v itam in as antioxidantes, po -rem, na o d e ram r es u lt ad o s an im adores, .

    M es mo qu e u rn m ed icam en to a prese n-re b o n s r e su lt ad o s , na o tera valo r a lg um sef ic a r p a ra d e, sem u sc, nas prateleiras dasfarrnacias, O s m ed ic os p re cis a m d es en vo l-v er merodos me lh or es p ar a descobrir 0pe-rig o da arterio sclerose n a larga m argem dapopulacao cu jos nive is de l ip i d io s n ao a tin -g em m irn ero s su ficien re s p ara [u stilicar 0

    inicio de u r n t ra ta m e nt o, D esco be rtas re -cen tes rnostram que exames de sangueco rnb inando te ste s d e l ip idios co m 0 con-tr ole d a s ub sr an cia p ro re in a C -re ativ a p ed emelhora r a de teccao.

    A presen~a da pro te in a C -reativ a no. sangue ind ica que ha urn a infiam acao emalg um a p arte d o co rp o. N iv eis m uiro altos,m esmo na presenp de valo res de LDLb ai xo s d em a is pa ra ju s ti fi c ar 0 inicio de urnt r a t amento pelas o rie nta co es a tu ais , in di- .cam urn aumenro de risco de in fa rto o ude r rame . Em pe lo menos u rn e stu do , aad ministracao d e estatin as a p esso as comconcent racoes de LDL aba ix o d a media ,

    m as co m nlveis a lto s d e p ro te in a C - re ati va ,re du ziu a o co rren cia d e a taq ues c ard iaco s,em cornparacao com urn gropo que naorecebeu t ratarnento. Esses resu ltado s de-vern ser confirm ados em testes m ais am -plos an tes que o s m ed ico s possam t ratarcon fianrern en re pessoas co m b ase n o ex a-m e de sangue com binado . M as ha medicosqu e [aernpregam 0exame dos niveis d e p ro -tein a C -re ativ a e m seu s consultorios,

    Me t cd o s n a o- in v as iv o s, destin ado s aidenrificar p la c as v u ln e ra v ei s, podem t am-b ern aju dar a a po ntar p esso as se m in dic io sfortes d a o c or re n ci a d e in fa rto s o u derrames ,m as a cam inho de um a c ri se . E ntre a s ideiasem c ur se , e sta o 0 c on tro le d a temperaturad os v as os sa ng uin eo s, p ois 0calor cos tumaacom pan har as infecco es, e alteracoes emrecnologias ja exisrentes para a cap tura deim ag en s, co mo as v arred uras de s c a n MR Iou CT , dest inadas a aumen t a r su a capac i -dade de v is ua li za r m a te ri ai s n o in terio r d osvasos s an gu in eo s, O s g e ne ti ci st as , e n qu a n -t o i ss o , p r oc u ram variacoes d e g en es q ue d ei-x em p es so as m a is v ul ne ra ve is a in fl am a co escronicas e a arteriosclerose e suas com p l ic a -coes , Isso permitiria q ue pessoas m ais v ul-nerave is r ecebess e rn acompanhamemo e t ra -ta me nto m ais in tensos , ~

    S C IE NT IF IC A M E R IC A N B RA S IL 63