Arqueologia dos sentidosYANNIS HAMILAKIS1. O que e a arqueologia
dos sentidos?Vai ser mais fcil comear por descrever o que a
arqueologia dos sentidos no
!"No!umatentativadeprodu#iruma$ist%riadedesenvolvimentodelongopra#odasmodalidadessensoriaisde$umanidade&
desdeapr!'$ist%riain(cioat!opresente")alesforoseriasemel$anteaescrita*a$ist%riadetudo*&
comouma+nicanarrativa& oucomo um volume" No ! um esforo para
reconstruir a e,peri-ncia sensoriale sensualpassado& em outras
palavras& compreender& sentir& sentir& como as
pessoas +ltimos sentiue sentiu emsua interao como mundo material e
comoutros seres $umanos".,peri-ncia sensorial e sensual ! social e
$istoricamente espec(fico& e os nossos corpos eas modalidades
sensoriais tam/!m so os produtos de nosso pr%prio momento
$ist%rico&tornando assim as tentativas de empatia sensorial com
as pessoas +ltimos
pro/lemticos"No!umasu/'disciplinadaarqueologiatam/!m&
damesmaformaquetemosumaarqueologia dos alimentos& da morte&
da cer0mica& da etnia& ou colonialismo"
)alcompartimentali#ao no ! s% invivel 1para os sentidos no ocupam o
mesmo terrenoontol%gico como& por e,emplo& cer0mica& ou
um fen2meno $ist%rico& como ocolonialismo3&
masteriatam/!mprivouestaa/ordagemaoseupotencial decross'fertili#ar
todos os aspectos do empreendimento arqueol%gico".nto& o que !4
.spero que uma resposta mais completa a esta pergunta vai surgirno
finaldeste cap(tulo& mas por uma questo de conveni-ncia&
dei,e'me oferecer umadefinio de tra/al$o aqui5 as arqueologias dos
sentidos so tentativas de c$egar a umacordo com o totalmente
incorporado& mat!ria'realidade e,perimentaldo passado6
paraentender comoaspessoasprodu#emsuassu/7etividades&
suasidentidadesfundadascoletivamente e e,perimentalmente& como
vivem suas rotinas dirias e constroem suaspr%prias $ist%rias&
atrav!s da e,peri-ncia sensual e sensorial da mat!ria& de outro
seresanimados e inanimados& $umana& animal& vegetal ou
outro" .m outras palavras& eles sotentativas de c$egar a um
acordo com a pele ea carne do mundo" 8s arqueologias
dossentidosnofa#er asperguntas5 fe#
issoassadogostoporcoparaaspessoasnoNeol(tico o mesmo que ele fa#
para n%s $o7e4 8u ser que esse pote Idade do 9ron#eInicial .geu com
esta decorao e,terna de plstico e sua superf(cie spera&
produ#em osmesmos sentimentos tteis de rugosidade para as pessoas
no in(cio da Idade do 9ron#edo mar .geu como fa# com o analista de
cer0mica $o7e4 No so apenas estas perguntasimpossveis de responder,
mas eles tambm so formuladas de forma errada - ns s precisamos
serlembrados da natureza especfica do contexto de experincias
sensoriais, mesmo dentro de nossaprpria poca. Mas as arueologias
dos sentidos ue representam as seguintes perguntas! ual oalcance ea
forma de gosto ou de experincias t"teis em um determinado contexto,
e como e por
ueelesmudamaolongodoespa#oedotempo$%orueueestespotesespecficoscomsuassuperfcies
distintas com decora#o pl"stica, aparecem e desaparecem de repente,
o ue o contextode seu uso, e como ue a sua experincia t"til
caracterstico relacionam com a experincia t"til deoutros potes,
espacialmenteepor ordemcronolgica$&omoas experincias t"teis
uepagarreferem-se ' olfativos e gustativos experincias de seu
conte(do, e, claro, a experincia visual nocontexto de seu uso )a
caverna escura ou um t(mulo, talvez, onde tactilit* ento torna-se
crucialpara o recon+ecimento do forma do pote e seu conte(do,$ -
como ue a experincia olfativa esabor de porco assado, e de ueima de
gordura se relacionam com a gama de outras experinciassensoriais
culin"rias em ue contexto$ .ue tipo de ocasio ue esta experincia
produzir, e ue tipode temporalidade se relaciona com$ &omo ue
as experincias sensoriais de ca#a um animal, demat"-lo, por vezes,
como parte de uma cerim/nia de sacrifcio, de ouvir os gritos do
animal, umavez ue sente a sua morte, de ver a cor vermel+a
bril+ante de sangue e de carne, de participar daesfola, acortar,
cozin+aredacarca#a, deserinfundidocomofumoec+eiros, e, claro,
comapresen#a sensorial e incorporada de outros, produzir
sentimentos e emo#0es, tempo, identidades e+istrias pessoais e
coletivas$ &omo ue o consumo corporal relativamente pouco
freuentes decarne em um contexto, dizer pr-+istria do Mediterr1neo,
onde rotinas di"rias so estruturados emtorno de uma dieta ' base de
cereais e leguminosas )principalmente de cores p"lidas, com sabores
eodores menos forte do ue a de carne e gordura,, produzir tempo,
+istria, memria e identidade$ -ue tipo de potenciais memrias ue
estes eventos e experincias tiverem sedimentado na os
corposdosparticipantes,
ecomoforamessasmemriasmaterialmentereativadoduranteumaocasioposterior$
2inalmente, como ue estas experincias sensoriais e memrias
associadas operam nocampo da economia poltica, como ue eles
estruturam a realidade bio-poltica de um
determinadocontexto$3up0e-se freuentementeuea
experinciasensorialmuito efmeroe imaterial a serdeutilidade para a
arueologia, mas os exemplos ue citei na passagem acima, e um
crescente corpode trabal+o emuma srie de disciplinas )cf.
3eremeta4is 56678 3utton 9::5 9:5:, para aantropologia8
;odabemcon+ecidoueaarueologia,
comoumadisciplinaorganizadaecomosabemosepratic"-lo+o=eno?cidente,
oresultadoeaomesmotempoumdispositivoessencial da modernidade
capitalista ocidental, comafinidades comos pro=etos coloniais
enacionais e com as tradi#0es ps-iluministas filosficas )cf.
@amila4is e duue de 9::A8 B+omas,9::7,. ? ue menos con+ecido ou
mesmo sistematicamente esuecido ue, da mesma formaue a modernidade
no um conceito monoltico, arueologia modernista diversa e
multifacetada!diversas modernidades, muitas vezes resultou em
arueologias alternativas, muitas vezesincorporando caractersticas
ue ns associamos como pr-moderno atitudes e pr"ticas )cf.@amila4is
9::A8 @amila4is e Momigliano, 9::C,.> =usto dizer, no entanto,
ue as vers0es dominantes e influentes da arueologia
modernistaocidentalsebaseouemumabasefilosficaesocialueconstantementedenegridosexperinciasensorial,
define o enuadramento dos cinco sentidos comumente con+ecido +o=e,
construiu uma+ieraruia distinta dentro do sensorium ?cidental
)sentidos inferiores! tato, olfato, paladar8 sentidossuperiores!
viso, audi#o,, e elevou a viso aut/noma para a posi#o mais alta.
> claro ue esteuadro parte integrante de uma viso cartesiana do
mundo, com seus binarismos bem con+ecidasda mente D corpo, mental D
material, cultura D natureza, e masculino D feminino, para citar
apenasalguns. &ontemporar*arueologiaocidental
aindaprimeiramentevisuais, umasprecisadereflectir )outro visual da
palavra, no seu vocabul"rio, mas abriga ao mesmo tempo uma tenso!
umatenso entre este tradi#o occularcentric por um lado, e a
natureza inerentemente multisensorial deambosculturamaterial,
edosprocessosarueolgicasobreooutro. &omo="observouEngold)9:::,,
a solu#o no demonizar viso, mas para re materializar-lo, para
integr"-lo totalmentenovo dentro da experincia +umana arueolgico e
multissensorial. Flm disso, a viso e da vistacomo modalidades
tmsido uase +omognea ao longo da +istria8 suficiente apenas
paramencionar o sentido da viso como extramission, encontrou entre
filsofos e autores na antiguidadecl"ssica, em Giz1ncio, e em outros
contextos )cf. Gartsc+ 9:::! A6, e abaixo,! a idia de ue osol+os
emitem, bem como receber raios da luz, uma no#o ue torna a viso
semel+ante ao sentidodo tato.@ouve v"rias tentativas nos (ltimos
anos para produzir arueologias dos sentidos, com grausvariados de
sucesso )cf. Ensoll 9::A,. Flguns pesuisadores tentaram isolar uma
(nica modalidadesensorial )comodefinidopelosensrioocidental,,
porexemplo, osentidoauditivo, etentaramreconstruir em ue ac(stica
base ou de outras propriedades e efeitos da cultura material
passado, osmonumentos megalticos do sul da Englaterra por exemplo
)por exemplo, Hevereux e Ia+n 566C8Jatson 9::58 Jatson e Keating,
5666,. ?utros tm focado em representa#0es materiais pictricos
eoutros concretos de a#0es sociais sensuais, contextos ricos em
tais provas, como Mesoamrica )ex@auston e Baube 9:::,8 e outros
ainda se concentraramprincipalmente emmonumentosmegalticos,
principalmente no Norte da -uropa e dentro de um contexto terico ue
eles definemcomo fenomenologia paisagem, eles tm explorado
principalmente os )outros Mas, maisrecentemente, sensoriais,
efeitos visuais desses monumentos )eg Bille* 5667 de 9::7 , 9::L,.F
crtica detal+ada dessas abordagens est" alm do escopo deste
captulo, mas basta dizer auiue, apesar do imenso valor destas
tentativas como os primeiros esfor#os exploratrios em um novocampo,
os problemas com eles so consider"veis. Fpesar da convenincia
analtica, o foco em um(nico sentido ignora dois fatos fundamentais!
ue o sensorium ocidental dominante com os seuscincosentidosautnomas
nopodeser ouadromais adeuadoparaacompreensopassadoexperincia
sensorial8 trabal+o etnogr"fico)egMeurts9::9,demonstrou
ueassociedades no-ocidentais podem valorizar outras modalidades,
euilibrar por exemplo, alm de nossas prpriasdefini#0es.
Maisimportante, noentanto,
aexperinciasensorialsempresinestsica-loenvolvev"rias modalidades
sensoriais ue trabal+am em unssono )%orat+ 9::L8 cf. @amila4is
9::98 emprepara#o,. -studos de representa#o sobre os sentidos so
importantes8 ainda, intera#0es sensuaisso principalmente
experiencial, e em muitos casos no envolvem representa#0es. 3empre
ue estesesto disponveis, eles devem ser estudados, no s como
representa#0es de experincia sensual,mas tambm, e talvez
principalmente, como material ue provoca experincia sensual em si,
atravsda viso, tato, ou talvez outros sentidos. %or fim, o trabal+o
sobre a fenomenologia paisagem ainda fortemente inclinado para a
viso como uma entidade separada, apesar dos recentes esfor#os
paraincluir outros sentidos, e muitas vezes recorre a
estruturalista binarismos. Flm disso, muitas vezesse baseia em um
con=unto limitado de dados, principalmente paisagem e aruitetura8
muito poucouso feito de detal+ada no local, artefactual, ou dados
bioarueolgicos, mesmo uando estes estodisponveis )cf. GrNc4 9::O,.
Mais a srio, principalmente assume um observador solit"rio,
maisfreuentemente do ue no o aruelogo si mesma, ue experimenta um
site ou um monumentocomo se fosse a primeira vez. No entanto, como
Gergson nos ensinou )5665,, no +" experinciaue no c+eio de memrias
)cf. Iones 9::A,. > essa negligncia do campo sensual mnem/nico,
ofato de a experincia sensorial de pessoas (ltimos teriamsido
filtrada atravs de in(meraslembran#as multissensoriais passadas,
produzido por meio da intera#o coletiva, em vez de se umencontro
solit"rio, o ue torna muitas dessas abordagens
problem"ticas.Findaassim,
asarueologiasdossentidosconstituemumcampocrescenteedin1micodeinurito,
emparalelo como crescimento da "rea emoutras disciplinas, e,
talvez, a (nicaabordagem ue desafia tanto os discursos cognitivista
de trabal+o terico muito recente, bem comoo funcionalismo residual
de grande parte da arueologia cientfica. Na verdade, as arueologias
dossentidos tm a capacidade de colmatar essas divis0es e, com sua
nfase na coisifica#o das coisas,sobre os materiais )Engold 9::A,,
bem como sobre a materialidade, para reunir em uma
colabora#ofrutfera esfor#os at agora dspares, de zooarueologia e
micromorfologia solo para explora#0essobre a temporalidadeea
filosofia da arueologia. ;ecentesestudosnessesentido )por
exemploGoivin 9::78 Goivin et al 9::A8. &ummings 9::98 Mold+a+n
9::98 @amila4is 566L, 5666, 9::98Morris e %eatfield 9::98 ;ainbird
9::98 34eates 9::L, 9:5:, =" demonstraram o enorme potencialue as
mentiras frente )cf. Ensoll 9::A,.2. Religiao e Ritual Conceitos
redundante?P"rioscolaboradoresdestelivrotmproblematizadoasno#0esdereligioederitual
deforma generalizada e arueologia )ver Entrodu#o e &aptulo 55,.
E tendema lado comosestudiosos, ue insistem ue estes dois conceitos
devem ser mantidos separados, no s por causada dificuldade de falar
sobre religio durante grande parte da +istria +umana, mas tambm
porueo ritual termo ou mel+or, o conceito mais (til de ritualiza#o
como um processo )cf. 3ino 5669,9::A,tem opotencialdeinformar
anossacompreenso de situa#0es e fen/menos uenosodefinitivamente
religioso em ualuer sentido. ? problema fundamental com religio e
ritual ue,como as categorias so o resultado da mentalidade
ocidental modernista a ue me referi, e aueleue tem sido respons"vel
pelo pensamento dicot/mico ue as arueologias dos sentidos
tentaramultrapassar. > esse pensamento ue produziu as dicotomias
adicionais entre secular e religioso, eritual contra pr"tico. -le
freuentemente repetido ue os aruelogos em particular, tm utilizadoo
conceito de ritual sempre ue eles tm enfrentado uma dificuldade em
encontrar uma
explica#opr"ticaouecon/micaparaumpadroobservado)Ensoll9::7!5-9,,
perpetuandoassimalgicacartesiana dicot/mica. @", no entanto, alguns
desenvolvimentos recentes interessantes neste
debate.Flgunsantroplogosdareligio, porexemplo,
enfatizamanecessidadedeverasreligi0esnocomosistemas decren#as, mas
comomaterial epr"ticas sensoriais. QFs religi0es nopodemsempre
exigir cren#as, mas eles sempre envolvem formas materiaisQ, afirma
Jebb Keane )9::La!35978 cf. tambm 9::Lb,, ao passo ue o recente
lan#amento da revista ;eligio pontos materiaisparaamesmadire#o)ver
tambmaedi#oespecial destarevistaem Frueologiaematerial;eligio O
)R,, de 9::6,. Fruelogos criticou o uso do conceito de ritual em
sua prpria disciplina,e tm tentado reduzir o fosso entre, ocasi0es
especiais QritualQ e contextos, e as rotinas e pr"ticas davida
domstica e di"ria )por exemplo, Gradle* 9::O8 GrNc4 5666, .F
abordagem ue estou defendendo aui, no entanto, prop0e uma ruptura
mais radical. 3euponto de partida ue as religi0es e ritual-se visto
como mais abrangente, e de muitas maneirasabstrato, conceitos -
sodevalor limitadonacompreensopassadoexperincias
+umanas.Farueologia sensorial e sensual em vez come#a com o corpo
+umano, ou mel+or, a paisagem trans-corpreo, som"ticaesuas
modalidades sensoriais culturalmentedefinidas, mas
universalmenteimportantes8 as intera#0es multissensoriais com o
mundo material8 o entrela#amento dos
sentidosnasintera#0esexperienciais)intersensorialit*esinestesiacultural,8
ememriacorporal social ecoletivo,
vistocomoumameta-sentidoligadatantoparalembrareesueceruesoativadoseencenados
por meio dos sentidos. Flgumas dessas intera#0es sociais sensoriais
podemserformalizadas, performativa e repetitivo )ie SritualS,,
outros no8 alguns ocorrendo dentro do contextodas religi0es
organizadas, alguns no8 mas todos so importantes na produ#o e
reprodu#o social,na constru#ode +istrias +umanos e identidades.
-moutras palavras, uma arueologia dossentidos vai alm do religioso
e do secular, o ritual eo ordin"rio D mundano, ue mostra a
inutilidadede tal pensamento dicot/mico. Pou tentar ilustrar esses
pensamentos com os estudos de caso abaixo.3. O Mundo Sensorial de
uma Igreja BizantinaTendo textos teolgicos bizantinas se tem a
impresso de ue o cristianismo ortodoxo oriental, um mundo
espiritual austera, onde os sentidos corporais so vistos como os
portais para o pecadoe deprava#o, e eles so, portanto, banido. No
entanto, participando de uma cerim/nia religiosa nointerior
deumaigre=abizantinairiatestemun+ar ocontr"rio.Fexperinciaaui
claramentemultissensorial,uase carnal, como todas as modalidades
sensoriais so ativados em unssono edesempen+am um papel fundamental
nas cerim/nias )&aseau 5666! 5:R,. Egre=as no so apenas
oslugares onde o crente se comunica com Heus, mas sim a
materializa#o do paraso na terra )Jare,56CR! 9C6-L:,. Fs diferentes
entidades materiais, de aruitetura e organiza#o do espa#o, com
aiconografia sobre as paredes e os tetos, bem como em painis
port"teis, as velas e as lamparinas aleo, o incenso, o canto e da
-ucaristia, as flores decorativas e claro, os corpos
multissensoriaisdos sacerdotes e da congrega#o, so todos os
participantes de um drama teatral onde os estmulossensoriais e
intera#0es so os principais ingredientes. -m muitos casos, a
intera#o atravs dediferentes meios de comunica#o material ue produz
efeitos mnem/nicos e altamente sugestivasneste
desempen+o.Frteconvencional tradi#0es +istricas
tmtratadomuitodaculturamaterial das igre=asbizantinas como obras de
arte, para ser apreciada e percebida atravs do sentido da viso
aut/noma,e em galerias iluminadas com luz constante,dura e fria
)cf. Iames 9::78 %entc+eva 9::C ,. Noentanto, emigre=as bizantinas,
as figuras de santos nas paredes e emmdias port"teis eramiluminadas
por l1mpadas de leo e velas, e a cintila#o de sua luz produz o
efeito de movimento, deformas +umanas tornando-se animado, e de
participar plenamente na cerim/nia. -m alguns casos, aselec#o de
certos materiais parece ter sido regulada pelo dese=o de criar o
sentido de movimento eanima#o, para facilitar este teatro de
reflex0es e sombras. F utiliza#o de mosaicos um caso emapre#o.
&omo Tiz Iames observou!UmosaicosV feitodemil+ares de pastil+as
de vidro, todos agindocomopeuenos espel+os, formaram uma grande
superfcie reflexiva ue bril+avae cintilava como luz =ogado em toda
ela. &ompensando as tesselas de ummosaico mudou as rela#0es
espaciais ao redor do mosaico e incentivou umasensa#o de movimento.
3eria tambm alterar a aparncia de uma imagem.Na abside da Gaslica
de 3anta 3ofia Uem EstambulV, altera manto da Pirgemna cor como a
luz se move em torno dele. U9::7!
O9A-LV8mesmovaleparaousodeesmalteparadecorar(conesdeprata1:entc$eva;