ARGENTINA E BRASIL OS MEDIADORES GOMO MEU PAI ...

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DiurrcmM, ' PAULO FM. HO

F-naçao i- Oficinas — Av. Gomes Freire-, 81 83,

REDATOR-CHEFECOSTA REGO

Correio da Manhãrundador —Edmundo Bittencourt

RIO DE JANEIRO, DOMINGO, 27 DE JULHO DE 1947

Din-TTOTI-GIlll-TínTMARIO ALVES

Administração — Av. Gomei Freire, 81/ÍS.

N. lii.174ANO XLVII

Ecos da zonarussa

fim 'i dc julho, a "Tribuno deCiMiebra", importante órgãosuíço, 'jubllcoti itm 7ioíaucl ar-tif/o dc Paul tlu Boclict lubor-Mnado ao titulo acima. Dele(rdtlílinoí os tópicos seguintes :

Sò peixe meúdo atravessa asmalhas da rede de ferro lança-da em redor do enclave - boi-li-neuse. São alemães nüo demu-síado "marcados", que vão evem, arriscando-se a que a po-licla russa lhes confisque os le-gumes que íoram desencantarpelos campos; e são fugitivosque demandam os setores oci-dentais. A antiga capital alemãé pois a melhor fonte de obser-vações para quem sonda o quose pussa na zona russa.

A política da Rússia nn Ale-manha é uma política de ex-ploração intensiva. Visa o ren-dimento material. A margemdc considerações imporialistas,cisa colheita a fundo se expli-ca pelas imensas devastaçõesalemãs na Rússia. Para o espi-rito slavo, um crime exige lon-go e duro castigo.

Segundo dados pacienlemen-to colhidos e seguros, 40 % dasempresas industriais, nas cincolegiões da zona russa, já emfins de 1945 estavam registra-das como propriedade privadado Estado russo. Assim, esca-parn ao controle das autorida-des, e não pagam impostos —o que sobrecarrega o peso fis-ral sóbre a população. Toda asua produção vai para leste.Seus upurários, escolhidos, sãorelativamente bem pagos, rece-bem prêmios e rações suple-montares. Em geral, fazem bôacara aos novos patrões.

Cresce o número dessas em-presas, a que se juntam 20 %das grandes explorações agrl-colas, e que são, é claro, as me-nos deterioradas e atingidas.Se seu rendimento deixa de sa-tisfazer, a região recebe-as co-mo dádiva e "nacionaliza-as".

No degrau Inferior, subsisteuma indústria privada. Acon-tece que os ocupantes lhe for-ncçam matéria ' prima; masquase toda a produção vai paraa Rússia. Em janeiro de 1946,as percentagens de tais requisi-ções eram: — 60% da indús-trla têxtil; 5 % da metalurgia;85 fo dos produtos químicos;66 % da indústria de constru-ções; 40 % do papel; 95 % doscouros. Boa parte da últimacolheita de batatas, tão escassasnas outras zonas, foi distiladapara fazer a "vodka" neces-sária ao exército russo. Aocontrário do que sucede com asoutras forças de ocupação, ali-nientadas com o que vem pormar, o exército russo se nutreinteiramenta a expensas ' dapopulação.

Por informações colhidas naSuécia, sabemos que as entre-gas a esta, nos termos do tra-tado de comércio com a Rus-*la, são retiradas da produçãoda zona russa e perdidas parao consumo alemão. Principal-mente, manteiga. Em Berlim, aração de gorduras correspon-dente a maio não foi ainda dis-tribuida; e a direção da famo-sa Stolberg, do Saxe, recebeuordem de expedir tudo para aSuécia.

De há 6 mese3, o comandorusso confisca sistematicamenteos meios de transporte : — vn-gões, carros, automóveis, etc.Tais medidas' coincidem com' orecenseamento dos técnicos daMarinha e da Wehrmacht, emlistas de pessoal para a trans-fcréncia eventual de mão deobra, conforme métodos já cor-:rentes na Rússia antes de osalemães os usarem.

A administração russa semostra benigna para os que aservem bem. E ao mesmo tem-po, é eficiente. A recuperaçãode produtos agrícolas, a distri-buição do trabalho e o contro-lc da produção se uyeiaiii eunimais celeridade e rigor que noresto da Alemanha. As raçõessão escassas mas régulares, eàs vezes com suplementos ines-icrados, o que não sucede nasoutras zonas. São coisas a queo alemão, sempre amante deordem e disciplina, é parti-cularmente sensível.

Além disso a N. K. V. D.,de temível reputação, está empermanente alerta. Sem prote-çôes muito excepcionais, os tra-ficantes do mercado neRro sãoseveramente punidos. Toda aveleidade de oposição é impla-cavelmènte r.eprimida. As de-saparições misteriosas são aindafreqüentes, e os campos de con-centração reabriram as portas.O de Oranienbourg, tristemen-te célebre, tem 33.000 deporta-dos. Existem nas outras zonas,nns para criminosos de guer-ra. Nesta zona albergam sócia-listas que somente se recusa-ram a enfeudar-se ao novoPartido unitário, Instrumentodócil do ocupante.

O alvo deste é fazer dos ter-ritórios à sua mercê uma gran-Ja de reparações; no ritmo emque segue não tarda que os es-Xote. A aparelhagem das fábri-«as se desgasta depressa e nãoha peças para substituir, poislevaram as usinas qüe as pro-duziam. O governo russo se ar-risca a ter de escolher entreduas soluções : — a "esteppiza-çâo" como aqui chamam o es-gotamento total, ou o recurso àindústria das outras zonas le-vantando a cortina de ferro.

NÃO, DESEJAM A VOLTA DEDE GAULLE

Parta. 2fi (F. P.) — O Instttuto de Opinião Publica têz a ee-¦fuinte .pergunta aos franceses:"Desejais que o general De Gaul-1» volte ao poder?", obtendo os«Stüntes resultados: 31% disSe-Eoas interrogadas responderamafirmativamente; 51% pela nega-tiva a 1S% não quiseram opinar.

Também o tllrltrisnrv tol objetoilo inquérito do Instituto, que fêza °?guinte pergunta quanto ao«minto: "Sois partidário do dl-Hsrsmo na hora presente?"; ob-téndà as seguintes respostas: 20íófavoráveis ao dlrlglsmo. 49'.'ó peloopí-í-lcão a êsse sistema e 21 Tci)3o quiseram cm'-»***-

FALECEU A MÂE DE TRUMAN

"SSdf1"-*"' ~V't''.í'*'ARGENTINA E BRASIL OS MEDIADORES

ENQUANTO A PAZ NAO VEM, A LUTAt ENCARNIÇADA

Comunica-nos o Ministério daa Relações Exteriores:"Alguns jornais, noticiando as negociações para a mediação

pacificadora do Paraguai, têm aludido a uma "fórmula brasl-lelra".

As fórmulas sucessivamente examinadas pelos dois camposem luta são na realidade dos governos brasileiro • argentino,agindo em todos estes passos em completo acordo".

PROSSEGUE A LUTA $--

Um dos últimos flagrantes da sra. Truman, em companhiado presidente

Grandvtew. (Mlssourl) 26 (A.P.) — A sra. Martha EU«n Truman,genitor» do presidente Truman, faleceu nesta cidade, ás 13,30 de hoje.A morte ocorreu uma hora depois de o presidente ter deixado Washingtonpara assistir seus últimos Instantes. O dr. Joseph Grene, médico dafamilia, declarou que ela se encontrava Inconsciente desde ontem á noite,tendo «eu estado se tornado extraordinariamente critico, desde que elasofreu um» recaída, na semana passada. O dr. Grene telefonou ao pre-sidente Truman, na rnanhH de hoje, Informando que sua /genltora nSoresistiria aos padeclmentos, tendo Truman seguido imediatamente paraGrandview. A sra. Truman contava 94 anos.

TRAÇOS BIOGRÁFICOS

Nova York, 26 (R.) — A senhoraTruman conquistou o coração dopovo norté-amerleano pouco depoisque seu filho se tornou presidentedos Estados Unidos, quando fez aprimeira • única visita i Casa Bran-ca, em maio de 1949, corn t idadede 92 anos.

"Caspltcl" exclamou ela quandoviu os generais, almirantes e jorna-listas que a esperavam no aeropor-to. "Se tivesse sabido que la serassim, nSo teria vindo". Seus mui-tos • experientes anos fizeram delao que um biografo seml-oflclal dopresidente Truman descreveu como

Influência dominante na vida dopresidente", Filha de um rico se-nhor de escravos de Mlssourl, queteve iua propriedade completamentedestruída quando lutou pelo Sul naguerra civil, Marina Etlen Trumancontinuou sendo "rebelde" toda avida. Icou a bandeira dos confede-rados na iua casa, multo depois dofim da guerra em 1865. Casou comum rapaz de uma fazenda vizinha,tornou-se esposa de -fazendeiro ecriou seu filho mais moco para serfilho de fazendeiro.

A senhora Truman ndo n deixouatingir pela pompa da' poslefio dofilho. Viveu seus últimos anos napequena easa amarela de GrandVlew, Mlssourl. Dlz-«e que o pre-sidente, desde a época em que eramoço de recados numa farmácia,continuou com o hábito de cônsul-tar a mSe em todos os casos Impor-

tantes.' Freqüentemente lhe tele-tonava, da, Casa Branca, comuni-cando-lhe com antecedência asgrandes noticias. Quando a Ale-manha e o Japão s« renderam, asenhora Truman Jâ havia ouvido anoticia, mesmo antes de o presl-dente comunicar a noticia aos jor-nalistas. -'

De ascendência escocesa e lrlan-desa, a senhora Truman nasceu emWestport Landlng, Mlssourl, dondepartiam os comboios de carroçaspara o Far West. Foi um dos novefilhos de Solomon Young e HarrletLouls* Green, que emigraram deKentucky.

VOTO DE PESAR po CONGRESSO

Washlnoíon, 26 (H.) — O Con-gresso aprovou uma resolução deprofundo pesar pela morte da pro-genltora do presidente Truman.

O senador Alben Barkle, demo-crata, que anunciou a morte da se-nhora Truman, no Senado, quallfi-cou-a de "grande caráter na hlstó-ria doa Estados Unidos".

Clorinda, 26 (F.P.) — Embo-ra continuem afirmando queprosseguem com êxito as nego-ciações mediadoras para pôrtermo á atual guerra civil para-guaia, e que somente faltam ai-guns detalhes para que sejaaceita pelos dois lados a fórmu-la de pacificação, apresentadapelo Brasil e Argentina, conti-nuam se registrando intensoscombates nas diversas frentes,debaixo de chuva torrencial.

Esses combates são mais en-carniçados no setor de Belémonde os governistas vêm sofren-do baixas em seu intento demanter as posições conquista-das. Nos encontros que ali severificaram ontem os rebeldeslograram capturar 46 prisionei-ros e grande quantidade de ar-mamentos destacando-se 18 me-tralhadoras pesadas, 9 metra-lhadoras leves, 42 fuzis e cercade 200 granadas de mão.

Segundo a emissora rebelde"La Voz de la Victoria" care-cem de fundamento as noticiasgovernistas segundo as quais astropas do general Morinigo ha-viam derrotado o regimento co-mandado pelo tenente-coronelManuel Grinsen.

Ao norte de Horqueta, astropas legais que tinham conse-guido ontem se apoderar da Es-tancia Quevedo, foram obriga-das hoje a se retirar sob o fogodas metralhadoras insurretas,abandonando pelo caminho feri-dos e armamentos.

Ao sul, de acordo com infor-mações recebidas na fronteira,não houve qualquer mudançana situação.

Os rebeldes, apoiados pelosguerrilheiros ocuparam total-mente Puerto Ayolas, onde seinstalaram agora as tropas de

desembarque das canhoneiras"Humaitá" e "Paraguai".Outras forças estão se deslo-

cando rapidamente no interiorda ilha de Yacireta, depois queas tropas das canhoneiras, quecontinuam navegando rio acl-ma, desembarcaram na mesma.Essas noticias foram confirma-das pela emissora de Con-cepción que tambem desmentiuas informações fornecidas peloalto comando de Assunção e se-gundo as quais os governistashaviam desalojado os revolucio-nários da citada ilha.

COMUNICADO GOVER-NISTA

Assunção, 26 (A.P.) — Ogoverno paraguaio, num longocomunicado, anunciou a captura

de 564 soldados do exército xe-belde, além de 1.100 combaten-tes Irregulares.

Diz o comunicado aue a cap-tura-foi feita durante a quedade Belém, quartel-general re-belde no sudoeste de Concepcione de Horqueta, a este de Con-cepclon.

Foram capturadas quatro cai-xas de algodão absorvente, os-tentando.a marca do Corpo Mé-dico do exército uruguaio, e ou-tros materiais médicos mostran-do a procedência uruguaia e bo-livlana. ,

A'Cruz Vermelha uruguaiarecentemente enviou um aviãocom suprimentos médicos paraos rebeldes e outro para os le-galistas.

O comunicado diz tambemque os suprimentos de bocacapturado em Horqueta foraminutilizados com gasolina.

Dando forma aos princípiosda solidariedade americana

Meras Camargo Sala sobre os obje-tivos da Conferência do Rio

\W^\ ^J ^mmmm\w&íDE OURO

Washington, 26 (De RoscoeSnipes, correspondente da U.P,) — o diretor da União Ge-ral Pan-Americana, em decla-ração dada hoje à publicidade,sobre a próxima Conferênciado Rio de Janeiro, diz que otratado que deve ser assinadoao termo do conclave prometeser o acordo de solidariedademais firme e compreensivo nahistória das Américas. Baseousuas declarações nas respostasenviadas pelos governos ameri-canos ao questionário da UniãoPan-Americana sobre princi-pios importantes a serem in-cluidos no referido tratado.

Diz Lleras Camargo que "es-sas indagações preliminares,que facilitarão em alto grau astarefas da Conferência do Riode Janeiro, asseguram que den-tro em breve, num periodo deduas ou três semanas depois de15 de agosto próximo, o trata-do ficará redigido e assinado".Lleras Camargo sintetiza daseguinte forma os pontos maisdestacados do tratado que fo-ram objeto de indagações pelaUnião Pan-Americana: a) —

O NOVO REMÉDIO

MGINEX

NUNCA HOUVE PAZ VERDADEIRAapenas um armistício entre as duas guerras-

declara Bevin

DurJiam, Inglaterra, 26 (R.)— Falando perante uma as-sembleia de mineiros, nesta ci-dade, Bevin declarou que tinhaapenas havido um armistícioentre as duas guerras — nuncauma verdadeira paz. Disse quea Grã-Bretanha tinha estadomobilizada, como nação, umem cada três dias desses ulti-mos trinta anos. A crise emque agora se encontrava omundo não tinha sido provoca-da pela Grã-Bretanha."Creio que o mundo agora

A LUTA NA INDONÉSIAProgridem as tropas holandesas

Batavla, 26 (Arnold Brackman,da U. P.) — O comunicado republi-cano anuncia que as tropas Indone-alas atacaram os holandeses, pou-co antes da meia noite de sexta-feira, cm Tengaran e ,que, depoisde' cinco horas de combates, ces-sou a resistência inimiga e come-;ou a "perseguição das forças ho-landcsas em retirada". O comunica-do holandês informa que tem havl-do maior resistência holandesa emOdjokerto, 40 quilômetros de Su-radaya, e que as tropas holandesashaviam tomado Daung. A tomadadesta posição oferece aos. holande.ses um enlace com Sudaraya, pelaestrada Pasuruan-Problolings. Tam-bem Informam os holandeses teremocupado, sem resistência, os povoa-dos de Bandjaran e Soreang, 14 qui-lometros ao sul de Bandung. Notl-cias da frente dizem que os repu-bllcanos atacaram, tambem, ao sule suléste de Semarang, de onde os

GOMO MEU PAI OS VIA(Condensação do livro de EUlott Rooseveit)

CAPITULO IIIDE ARGÉNTIÀ A CASA-

BLANCA•Encerrada a conferência cujo rc-

lulíailo /oi a Carta do AtWtittco, ocapitão retornou ds suas obrigaçõesna aviação. Pouco tempo depois,a seu pedido, fèx um curso de na-vegação, permanecendo, u seguir,como o/icial-auíador etn KetlyField, em Santo Antônio, Texas:

Em dezembro de 1941, obtendo unsdias de licença, fot para a sua casade campo em Forth TPorth. Ali osurpreendeu o ataque a Pearl Har-bor. Wo mesmo dia regressou aoseu quartel, de onde conseguiu fa-lar por teleíone com o pai, apósmulto trabalho e paciente espera.Tudo quanto disse ao presidente foi:"Parece que a coisa esti bastantesdria.

A seguir foi destacado para a sex-ta esauadrilha de reconhecimento,com base em Muroc Dry Lake, Ca-lifórnla. Em ianeiro de 1942 reco-beu ordem para se apresentar aoprimeiro grupo cartográfico de Foi-ling Field, em Washington. Haulacerto scnrédo na ordem, e isso lhedespertou a curiosidade. O seu tra-balho consistia em tirar fotografiaspara mapas de extensos setores daÁfrica. A tarefa não lhe agradava,porquanto ndo lhe - compreendiabom a utilidade.

Antes dc partir, talou com o pre-sidente e, sendo êste o comandantecm cheje, não lhe ocultou a missão.

AMPLA CONCESSÃO NOS PLA-NOS DE AJUDA DOS EE.UU.

Durante a conversa que entãomantive com meu pai, e após asua explicação, oomprendl melhora Importância da missão que mefora destinada. Como todas assuas e-apllaaçôes, aquela serviu, so-bretudo, para me dar mais amplaperspectiva dos problemas e da es-trategla da guerra mundial. Logode inicio ficou extremamente satis-feito quanto lhe expus a rainha ln-cumbência. Enquanto mo mostravaaborrecido, Jazendo-lhe ver que nSoera ela tüo sedutora, preparavaêle mesmo outra xícara dc café.(Habituara-se a preparar o seu ca-fé, sustentando que níio sabiam fa-zé-lo a seu gosto, na cozinha).

Quando me expressei sarcástico,considerando sem maior Importan-cia o trabalho que me fora destina-do. disse-me:

Você está completamente equl-vocado. Ao que parece, tenho aimpressão de que você Julga queèle consiste em tirar uma porção dcfotogralias de uma grande área dodeserto, trabalho equivalente a umdesDerdício de tempo e de filmes.Não 6 assim, fique certo. Julgaimportante manter a China naguerra?Claro que sim...

Sim. a China, se ela sucumba,quantas divisões japonesas ficarão

Duvidaria você de um glgan-tesco movimento do pincau doa ja-ponèses e nazistas que objetivasseum encontro no Oriente Próximo,isolando completamente os russos,afastando o Egito ou desbaratandotodas as Unhas de comunicaçõesatravés do Mediterrâneo?

Está bem... mas que tem lisover com a África?

Atualmente, como prestamos anossa ajuda à China? Como lhe re-metemos provisões?Pela Birmânia.

E se cair?Pelo ar, através da Índia.Exato. Seria o processo mais

rápido. E para levar o materialató a Índia...

Sei. O Mediterrâneo.Examine o caso sob outro pon-to de vista. Você não ignora oquanto é difícil assegurar a chega-da das nossas remessas & União So-vlétlca, via Murmansk... *-E' a morte...

Atualmente vemos no golfoPérsico a solução. Acredita quecogitarmos ainda do longo caminhoda África? nâo se esqueça de quehá na ilha de Madagascar indlvl-duos que nâo hesitaram em escon-der submarinos nazistas ou japone-ses. Necessitamos da rota do Me-diterrâneo. De modo...

Agora compreendo. Antes,pergutava-me porque malbaratartempo dessa maneira; porque nãoembarcamos de vez para a Ingl-.-terra, e de lá atacarmos dlretaxnen-te os nazistas."OS CHINESES MATAM JAPO-

NÉSES E OS RUSSOS ALE-MÃES"

reconhece a resistência que ofe-recemos. Fomos uma grandenação que agora pode manter

Não desejaríamos porventuraquu a nossa produção marchasse atoda, multo mais depressa?

Sorriu com amargura e prosse-guiu:Não desejaríamos multas ou-trás coisas? Mas o que sabemos éIsto: que os chineses matam japo-nêses e os russos alemães. Temosde conseguir continuem assim atéque o nosso Exército e a nossa Ar-mada estejam em condições de ln-tervir. Êste o motivo pelo qual nosencarregamos de enviar-lhes cem,mil vezes mais material. Considerea África sob outro ângulo. Os na-zistas certamente não se adiam noSaara para banhos de sol. Paraque , querem o Egito? e a AfrlcâCntral? Dali, a distância para oBrasil é relativamente pequena. APensilvania Avenue pode ver o seunome modificado para Adolf Hi-tler Strasse, e nâo admita essa pos-sibilldade. Por Isso, consiga i boasfotografias, e não pense que está amalbaratar lilmes.

Steve Earlv (o secretário parti-cular do presidente) apareceu âporta c olhou pemsatlvo e detida-mente o relógio. Meu pai sorriu edisse:

— Dois minutos, Steve.A porta do novo sc fechou. Ta=

nho a impressão de que devo terlivres para asir? Eern"qüe sentido Iparecido, estupefato, porque meu

1 -."irio ela-:'' Apoderar-se-ão dn pai elevou as sobrancelhas, comoÁustréiia dd 1-id.a... que já se.se me Interrogasse. Disse eu:

1 acha madura como uma fruta. 1 - Trata-se de plano tao amplo, cconta para cair, e depois marcha-inos achamos tão longe de estarrá para o Oriente Médio. i convenientemente preparados para

i — Ó Japão? — indaguei incrédu- i file!í.. I Ao oue meu pai respondeu:

Pois Imagina uma partida defutebol. Considera que somos a?reservas que ficam sentadas nosbancos laterais. IReferla-se ao íute-boi que se joga vos Estados Unidos,com suplentes). No momento, osrussos constituem a primeira equl-pe, junto com os chineses e, atécerto ponto, com os Ingleses, Nósestamos destinados a ser... oomo sedhama em tal jogo o corredor prin-elpal? O rapaz veloz?

Já sei o que deseja dizer.Antes que o jogo esteja próxl-

mo do final, antes que os nossosantecessores se achem entregues,devemos sair no gramado para ogolpe final. Entraremos dispostos.Todavia, se o nosso ritmo for o ne-cessário, nossos antecessores aindanão estarão cansados.

E... fêz uma pausa.O qué?Parece-me que o nosso ritmoserá o preciso. Em primeiro lu-gar, apesar dos derrotistas tagare-las deste pais, no conjunto o povonorte-americano tem coração e fl-bra necessária para levar a bomtermo essa tarefa. Em segundo lu-gar, Deus não hâ de querer queeste mundo seja governado tão só-mente por alguns poucos. filedará a nossos aliados e a nós aenergia para nos mantermos flr-mes e vencermos.

Abriu-se a porta < Steve Earlydisse:Dois minutos, iBoa sorte, filho ^— acrescentoumeu pai. i

E eu o deixei.A realização da mtssilo significou

para o oficial aviador Etllott Roo-scucie viagens e mais viagens pelaÁfrica, Foi um trabalho duro,pela sua urgência, pelo clima e pe-los caças tascistas. Quando regres-sou, meses mais tarde, aos EE.UU.— junhp-agosto dc 1942 — teve depassar a maior parte do tempo numhospital, curando-ce da desinteriaamebtana e de impaludismo. Cura-do, fot destacado para a Inglaterra,como chefe do terceiro grupo dcreconhecimento fotográfico. Alcan-cara entdo o posto de tcncnte*-coro-nel.

No Reino Unido «eu comando te-ve de realizar o reconhecimentoaéro-/otográ/lco da Norma-adla eBretanha. Certo dia foi chamadoti residência de Churchill, sendoobscqulado, como sobremesa dc umjantar, com uma comunicação tele-fânica feita a seu pai. Durante suaestada na Inglaterra, Id chegou suamãe. a quem acompanhou a umaceia oferecida pela familia real nopalácio de Bucktiighum.

Aproximaua-se a inuasdo cia Afrl-ca, c o tenente-coronel Rooseveitcom seus comandados deviam parti-ripar dela. Em 5 dc novembro dei-araram o setor dc estacionamento.Em 9 estavam sobre o solo africa-no. Nouernbro c dezembro forammeses dc incessante trabalho. Emlide janeiro dc 1943 recebeu a Indi-ccçâo para se aprcscnfíir imediata-viente ao chefe do estado-maior dasforças expedicionárias em Argel,que lhe ordenou levasse o itmiranteIngersotl a Casablanca. Alt o che-/e/e do acampamento Vi*, revelouum segredo, dizendo: "S u pai,Churchill e, provavcimente Stalin,ver-se-ão aqui de um momentopara • «»tro".

holandesas começaram a marcha so-bre Jogjakarta. O comunicado dizque .o "Laskar Kakjat" (Exercito doPovo) havia começado a penetrarna província de Batavla e "Iniciadooperações".

A agencia noticiosa Indonésia ln-formou que Sudlrman, chefe supre-mo das forças armadas da Indone-ila, anunciou que fora detido oavanço holandês sobre Lawng, comgrandes baixas para os atacantesholandeses. Sobre Sumatra, os ho-landeses notificaram que haviam"limpado" a rodovia dos penhascos,que temporariamente havia retarda-do o avanço: E acrescentaram quepatrulhas continuam as operações delimpeza e que a população civilobserva uma atitude amistosa.Quanto as baixas sofridas, sáo elascalculadas cm 32 mortos, 50 feridose 7 desaparecidos.PROGRIDEM AS FORÇAS HOLAN-

DESASSingapura, 26 (U. P.) — A emls-

sora republicana Jogjakarta Infor-mou que as forças holandesas flze-ram "ligeiros progressos" nos seto-res de Padang e Palèmbangh naIlha Sumatra, com o apoio de for-mações aéreas. Uma transmissãocaptada em Singapura Indica queapesar dos avanços holandeses a si-tuação das tropas metropolitanas nosetor de Medtth Paede deve ser con.siderada dificil.

Segundo uma fonte Indonésia re-sulta evidente que as tropas holan-desas projetaram um avanço diretoatravés da cidade de Bengkdeln, nacosta ocidental da Sumatra, paracortar a ilha em duas partes. En-trementes os indonésios anunciarama reconquista de Tijitalengka, cl-dade de grande Importância estrate-gica, situada sobre a estrada' queune Cherldon com Garutin. Adlan-ta-se que na parte central de Javaas atividades llmltaram-se A zonaem torno de Semarang.

Ainda segundo os Indonésios Ir-rompeu um motim entre as tropasholandesas em Semarang. Em tor-no dessa suposta sublevação nâo fo-'ram fornecidos detalhes.

O comandante em chefe Indone-slo, general Soedlrman, declarouque as tropas holandesas têm deenfrentar não somente o exercitorepublicano mas tambem a popu-lação das Ilhas. Repelindo o quall-flcatlvo d« "operações policiais"dado pelos holandetes, Soedlrmanacusou aquele* dé atacar lndlstln-tamente pontos militares • não mi-lltares nativos. Revelou âlnda quedois aviões holandeses metralharamum trem de passageiros, procedentede Demak, rumo á Bujar, causan-do a morte de tres pessoas • ferindooutras cinco.

a cabeça erguida e declararque resistiu' sozinha para sal-var as liberdades do mundo emseu periodo. mais critico", dis-se Bevin.

Prosseguindo, disse que o go-vêrno trabalhista estava tendoque conduzir sua politica ex-terna sem dispor .dos instru-mentos para tale pediu que osmineiros procurassem colaborarao máximo com as autoridadesno poder. Numa referência àAlemanha, Bevin declarou:"Procuramos .proporcionar aosalemães os meios de se mante-rem, mas as dificuldades poli-ticas criaram uma situação que

nem eu nem ninguém será ca-paz de controlar. Trata-se deüma divergência na maneira deencarar politicamente o proble-ma. Estou trabalhando comafinco para resolver o problemae espero poder, brevemente, es-tabelecer uma situação pelaqual a drenagem deste pais, pa-ra auxiliar a Alemanha, ces-sara de todo."

Falando das atuais diíiculda-des da Grã-Bretanha, Bevincontinuou: "Estamos sendoprejudicados por uma guerradurante a qual lutamos do prin-cipio ao flm, sem reservas, por-que sustentamos nossa posiçãosozinhos em 1940 e porque o va-lor do empréstimo norte-ameri-cano não é aquilo que pensava-mos que fosse."

A Inglaterra não teria casasse não obtivesse madeira no ex-terior. A madeira que estavaagora sendo queimada na Sué-cia só seria enviada a êste paisem troca de carvão e de teci-dos.

Bevin prometeu que não in-teíviria para pôr fim à semanade cinco dias de trabalho —-privilégio dos mineiros' -— po-rém disse que talvez viesse apedir o auxilio dessa classe pa-ra "romper o circulo vicioso"em que se encontra a Ingla-terra.

KODAKO NOME FAMOSODA FOTOGRAFIA

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Afirmação de principio de quequalquer agressão contra umEstado americano é agressãocontra todos eles, tornando-seIsso regra permanente que im-plica em obrigações para todosos Estados signatários do trata-do. b) — Em conseqüência, aprimeira obrigação é propor-cionar auxilio aos Estados queforem vitimas do ataques ar-mados, permitindo-se a cadaEstado determinar a natureza,espécie e oportunidade das me-didas Imediatas que devam sertomadas ao executar-se o pro-cesso de consultas coletivas,c) — A segunda obrigação —única disposta na Ata de Cha-pultepec — é a de consulta comos demais Estados em caso deameaça de agressão, ato deagressão ou ataque armado es-pecifico. Em caso de ataquearmado, há a obrigação de to-mar medidas individuais ime-diatas para ajudar o Estadoobjeto de ataque e obrigaçãode consultar depois sobre asmedidas coletivas que devamser tomadas, d) — A Ata deChapultepec não especifica oque deve ser feito em caso denão se chegar a acordo depoisdas consultas, nem determinase as medidas acordadas com-prometem a todos ou somentealguns Estados americanos. Asconsultas realizadas pela UniãoPan-Americana evidenciam queo sentimento predominante nocontinente é que as medidasformuladas nas consultas devemser aprovadas sobre a base damaioria de duas terças partesdos Estados americanos e quedevem comprometer a todoseles. Os governos do Brasil,Cuba, México, Panamá e Esta-dos Unidos não aceitam esteultimo ponto mencionado, istoé, que as medidas acordadassejam cumpridas por todos osEstados, mesmo por aquelesque não estejam de acordo comelas. A Argentina é de opiniãoque as medidas formuladas nasconsultas devem ser aprovadaspor unanimidade, e) — As me-didas que possam tomar os Es-tados americanos para a defe-sa própria ou coletiva do he-misfério podem compreenderdesde a ruptura de relações di-plomáticas até as medidas decaráter militar e poderão seraplicadas até que o Conselhode Segurança das Nações Uni-das tenha tomado as disposl-ções necessárias para a manu-tenção da paz e da segurançainternacionais de acordo com aCarta de São Francisco."

Depois de recordar que aconferência foi convocada para15 de agosto, Lleras Camargodiz: "O único propósito da reu-nião é a preparação e assinatu-ra de um tratado que dê formapermanente aos princípios desolidariedade hemlsférica, ex-postos e contidos na Ata deChapultepec. O tratado, quepoderia ser chamado de DefesaPrópria e Coletiva, impòráobrigações sobre os Estadoãamericanos no caso de ataquearmado, agressão ou ameaça deagressão contra qualquer delesque partir de outro Estado, se-ja americano ou não. O trata-do será o primeiro acordo re-gional dentro do artigo 51 daCarta das Nações Unidas, quereconhece o direito de defesaprópria, coletiva ou indivl-dual."

RENOVADA A CONFIANÇA-¦»

ítica externa do gabinete Ramadierna pol ò8

OS COMUNISTAS SE ABSTIVERAM DE VOTAR

Parts, 26 (Maurice Fabry, daF.P.) — A Assembléia Nacio-nal aprovou, por unanimidade,hoje, uma ordem do dia de con-fiança no gabinete Ramadier,pela politica externa que vemexecutando.

Houve abstenção dos comu-nistas,. na parte referente áadoção de uma alinea relativa áprioridade a dar ao auxilio aosEstados vitimas da guerra. Oscomunistas acharam que essaalínea era incompleta.

O debate da politica externa,ujue terminou com esse resulta-do, atestador da concordânciado Parlamento com a políticaexterna de Ramadier e Bidault,começou ontem, . e ocupou asduas sessões de hoje, pela ma-nhã e á tarde.

O primeiro a tomar a palavrana sessão matutina foi a sra.Madeleine Braun, comunista,que tratou de começo, da si-tuação da Espanha íranquista.Depois de ter éstigmatisado oregime de Franco "ajudado pe-los ingleses e americanos", de-clarou a oradora:— "A França não estará emsegurança enquanto subsistirem sua fronteira um regime deguerra e de terror".

A.sra. Braun pediu ao t*o-verno para apoiar a RepublicaEspanhola em sua luta e levarperante o Conselho de Seguran-ça a questão espanhola.

Abordando o caso grego, de-clarou que o governo do Ate-nas tambem se mantinha peloterror e não pelo auxilio exter-no e pediu ao Parlamento fran-cês que envio uma missão ileinquérito á Grécia e concluiu:"E' preciso que se saiba se essegoverno se situa num campo deprogresso e de democracia ounum campo de reação".

O sr. De Chambrun, da" Uniãodos Republicanos Resistentes,depois de ter falado sobre a si'tuação na zona francesa deocupação na Alemanha, expri-miu sua inquietação a respeito

BAIXAS BRITÂNICAS NAí PALESTINA

Jerusalém, 26 (R.) — Com amorte de dois soldados britânicosvitimados por minas colocadas naestrada de Jerusalem-Jaffa, onúmero de baixas britânicas no8últimos nove dias, em consequen-cia dog ataques dos terxorlstaa ju-deus, se eleva a 84. sendo 10 mor-tos e 74 feridos. ,,-..',--'

Oito soldados britânicos foram da eventualidade da fusão comhospitalizados hoje, em estodo de a? duas -".onas britânica e ame-choque, erm conseqüência da ex- ncana. O orador pós a Assem-oicíôe-i ia minas, bléla em guarda contra essa

"fusão", que "nos levaria —disse — a participar do déficitdas duas zonas e financiar o re-erguimento econômico da Ale-manha. ,

No que diz respeito ás repara-ções, De Chambrun pôs em re-levo os pontos de vista quaseidênticos da França e da UniãoSoviética e lamentou que nãotenha sido dado um apoio com-pleto aos russos, sobre esse pon-to, pela delegação francesa,afirmando que a solução do pro-blema alemão pode ser, indubi-tavelmente, encontrada pelosaliados, se, em todas as oportu-nidades, trabalharem em con-junto.

Usando da palavra, por suavez, Bidault respondeu aos ora-dores. Depois de ter recordadoos esforços franceses de concl-liação na Conferência de Mos-cou declarou: "A Europa e omundo se encontram numa si-tuação não desesperada, masgrave. O ponto de partida é ofim da Conferência de Moscoue o acordo tripartite sobre ocarvão que foi assinado na ca-pitai soviética".

A respeito desse acordo, erespondendo ao deputado que ohavia qualificado de desusa-mento para a direita da politi-ca francesa, Bidault declarouque esse acordo garantia pelaprimeira vez que uma percenta-gem de carvão alemão será obri-gatoriamente exportado paraos paises vitimas da Alemanha.E acrescentou que o governosabe que o volume das entregasque serão destinadas á Françaé proporcional ao volume daprodução do Ruhr.

Depois de citar cifras e refu-tar argumentos de seu interpe-lante, Bidault passou á dis-cussão da proposta Marshall edeclarou cm substancia: "Nãodependeu da França que todasas nações estivessem presentesem Paris. Quero acentuar maisuma vez que o lugar dos ausen-tes continua reservado".

Relativamente á Alemanha,indicou, em seguida, que a ten-dencia furai, que se desenhara,

há tempos, era favorável á ele-vaçâo do nivel da industriaalemã. Foi o que propôs Molo-tov a 17 de março, em Moscou,e acrescentou: "A Françaobservou varias vezes que as vi-Umas deviam passar antes dosagressores. A França pediu quefosse dada alguma importância

reparações e o estabeleci-mento de, um controle estrei-to sobre ò Ruhr".

Bidault desmentiu que a Con-ferência de Moscou tenha ira-cassado devido ao problema ale-mão e aduziu que a França ae-ve dar o exemplo em matériade cooperação mundial e euro-pela."Não há hegemonia franco-alemã na Europa nem hegemo-nia americana no mundo — de-clarou Bidault. Ainda temosmuito que fazer para acabarcom a miséria e com a lnqule-tação. Para a conclusão dessaobra não se pode passar sem ' aFrança; por dever, por senti-mento e não por interesse, nossopais está resolvido a prosseguirem sua tarefa. A França que serecorda de ser a origem de todasas tradições não deve contrariarsua vocação. E nãp contra-rlará. E a justiça imanente diráse desconhecemos ou servimosmal os direitos da paz, da hu-manldade e da pátria."

O ministro do Exterior foisubstituido na tribuna pela sra.Marle Claude Vaillant Coutu-rier, comunista, que se foi fa-zer intérprete das mulheres daFrança "angustiadas rela politi-ca seguida a respeito da Alemã-nha".

Depois, foi a vez do sr. HenriTeitgen, deputado do Movimen-to Republicano Popular e quetambem é presidente da sub-comissão encarregada ds invés-tigar na zona de ocupação eapresentar um relatório. De-clarou o orador que na suaopinião a proposta Marshall éuma ocasião oferecida á Françapara edificar profundamente aestrutura de sua administraçãona zona dt- ocupação e prestar"uma inestimável contribuição-O estabelecimento da paz".

INTÉRPRETESHá leis quo podem è devem

ser interpretadas; há leis quesó podem ou só devem ser ros-peitadas.

Ao primeiro tipo pertencem,é claro, quase todas. E por aca-so, ainda há dias tivemos Indi-reto conhecimento de uma ve-lha lei ou regulamentação delei, relativa a funcionários doItamaraty, que é caso típico de-mandando Interpretação. Seum enviado diplomático, ao ca-bo de uns tantos anos de au-sencia, vem h pátria em gozode férias extraordinárias, reco-be como é justo seus vencimen-tos integrais durante os mesesde licença, exatamente como seestivesse em seu posto; mas se,durante êsse período dc suasférias, convém ao governo pe-dlr-lhe determinado serviço, ese o presta, perde aqueles ven-cimentos recebendo o que com-pete ao serviço prestado, e quopode ser multo menos. Querdizer, o fato de trabalhar emvez de "passear traduz-se paraêle num prejuízo sensível. E'bem ó exemplo de uma falhaou imprevisão legal, de um lap-so de antigo regulamentador —•exigindo que seja suprida poruma interpretação de equidadoa disposição incerta, incomple-ta ou ilógica.

As leis que só podem e de-vem ser respeitadas são, comoé óbvio, as que definem prin-cipio transcendente, as que tra-çam uma diretriz moral. Nãoprecisam ser completadas. Não-têm lacunas a suprir. A honranão se interpreta, cumpre-se.A verdade não se interpreta,diz-se.

Como é óbvio, no cenário in-ternaclonal, as leis emanadas deTratados, as leis que represen-tam compromisso de sobera-nlas, deveriam ser respeitadas,e não interpretadas.

A "Carta do Atlântico" nãoserá lei nem Tratada. E' a de-finlção do pensamento a quaobedeciam, no campo coletivoou universal, as duas mais po-derosas democracias, na horasolene em que eram, entrela-çadas já .noralmente, a supre-ma garantia da liberdade nomundo. Mas, porque êsse pen-samento era expressão fidelis-slma da consciência desse mun-do, logo êle o perfilhou comoseu e o tomou para bandeirasua; logo o converteu em ver-sículo da sua Biblia de dlgni-«lade e de esperança.

A "Carta do Atlântico" nãopode ser interpretada. Ou érespeitada por quem a segue,ou dela abstrai quem a ignora.

Se ela nos diz que todos oapovos terão plena liberdadepara a escolha dos respectivosgovernos, o principio é simpleso decompõe-se em três elemen-tos: — a liberdade, a escolha,o governo. Não há nada queinterpretar. Se fôr necessário,(e já é triste que o seja...) ha-verá apenas que definir cadaüm desses elementos para obtera definição — anão "uma ta-terpretação" — do princípio emqüe se conjugam,

Numa nação onde não existirliberdade de imprensa, de cri-tica, de expressão do pensa-mento, a liberdade não existe.Logo, se um governo qualquer,seja qual fôr sua Ideologia ofl-ciai, suprime a Liberdade, a"Carta do Atlântico" apenascontêm uma promessa nãocumprida para com o povo queêsse governo domina; e nfio po-deria conter jamais uma anis-tia tácita ou uma anestesia mo-ral em relação a êsse governo.

A escolha, a faculdade de es-colher, contêm dois sub-ele-mentos, um interno e outro ex-trínseco. O interno é a capaci-dade individual para escolher,'que falta a crianças, a demen-tes, a criminosos, a interditos,a doentes, e aos que por primi-tivismo ou primarismo mani-festo se aproximam, com ousem culpa, de um desses esta-dos de iniblção volitiva. O sub-elemento extrínseco da esco-lha, claramente, é a plena pos-slbilidade de exprimi-la emperfeito acordo com a consciên-cia de quem a faz.

Quanto ao governo, pode ternão uma e sim dez definiçõesjustas. Mas não será justa ne-nhuma definição que retratecoisa diversa com nome diver-so. A "Carta do Atlântico" nãodiz que qualquer povo pode es-colher a ditadura, a tirania, odespotismo ou a servidão quequiser; diz, sim, que êle podeescolher o seu próprio govêr-no. E êste deixa de ser go-vêrno se fôr ditadura, se fôr*tirania, ou despotismo, ou fon-te de servidão.

Quando vemos fascistas oubolchevistas agitando-se em de-lírios de interpretação para queos abranja e acoberte a "Cartado Atlântico", um misto de rai-va, de desdém e de mágua nosinunda o espírito; é como umapenumbra humlda e triste.Mais se adensa e escurecequando vemos os que deveriamdefender a pureza de um ideal,entrar em cumplicidades sacri-legas com quem o desmente eo desonra.

A consciência universal de-veria reerguer sobre seu pedes-tal azul a Carta do Atlântico —mobilizando uma vez mais osque a sentem, ouvindo a vozdos que a definem segundo asua verdade; e expulsando, co-mo a vendilhões de um templo— a horda capeiosa e suja dosseus intérpretes.

A ESPANHA AGORA C REINOMADRID, 2S (B.) — O presidente

da Corte Suprema da Espanha eo-munlcou hoje, ao general Franco,que de um total de 15.219/63 voto*reslstrados no referendum de 6 dejulho, sobre a Lei de Sucessão,14.145.163 foram favoráveis. A Ei-panha foi declarada reino e Franco*>rá -.rnr,». o chefe do Estado.

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OOKIil.IO DA MA MTA - Domingo. 27 de Julho ile 1947

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NA TRIBUNA DA IMPRENSA

Odisséia de uma CooperativaMuito i» fali d» cooperativa» •

al. ie consegue ouvir <l- vet emquando alguma coin ratoável, co-mo por txemplo aquela que dii aexcelente revi.Ia "Cooperação". Munu prática, • vida dut cooperativa»« muito duri e tá 6s homem pa-çientei, Icaiiei, çonvictui, reilstemn tentação dl desisti-noia. Tenho co-mi-,'» um excelente exemplo, o qualsorve para mostrar quanto ainda eu-titinoi longe Uo uma compreensãoverdadeira àiiôr.oa do valor d» coo-punitivo, nolndamenle em paíset re-tardado*, como o iio-.su. A o casoda Cooperativa do Serviço» Públi-oot Ltda., que anteontem inaugurouna Avenida Rodrigues Alve» o scuprimeiro posto de venda de góne*ros. Voa contá-lo dt acordo com àdocumenliçâo que tenho tra mio».

Km 1943, como s« sabe, foi con-cedido um aumento ao funcionalifmo. Ao rer que também Sste au-mento nio era bastante, para ..en-¦freotar o encirecimento da vida, iim.funcionário federal, o ir. Moacirdo Kspírlto Santo, entio chefe daSucção d* Coleta» de Freços doDepartamento Federal de Compras,teve a idéia de organizar uma coo-perativa d» consumo para oe fun-cionirio» federais, municipais e au*tárquicos. Várias reuniões foramfeita» com colega» de outros mi-nistériot e na Associação de Servi-dores Civis do Brasil. A primeira,8 14-4-10441 * segunda, a 19, nogabinete do diretor d» Divisão daReceita da Comissão de Orçamento.Já então trabalhavam para organi-tir a cooperativa, também os fun-cionárioi Álvaro Gueiras, Lucílioliriggs Urito, Joaquim Bertiro deMone» Cirvalho, Luít Felipe deHirros e outros. Um mês depois —maio de 1944 — nova reunião,na presença do entio ministro Apo*lònio Sales. A 8 de julho, no Mi*nistério do Trabalho, loi escolhidaa chapa para a constituição da di-retoria. Pequenas reuniões nes-e in-terrégno foram feitas para a di-vul({açâo dl idéia, inclusive pales-iras do sr. Moacir do Espírito San*to, e difusão pela rádio Roqueterinlo, cedida pelo »r. Maciel Pi-nheiro.* Finalmente, a 3-8-1944, qua-tro meses depois, fni fundada acooperativa. E aí começou o »«uduro caminho.

Na presidência, Henrique Blancde Freitas; na gerência, Moacir doEspírito Sinto; ni secretaria.^ Al-varo Gueira», depois I.uís Feliped» Birros; no conselho de adminis-trição, Jaime de Assis Almeida, Au-rino Souto, Wigberto de Menezes,depol» Lucílio Briggs Brito, Carlosd» Resende, depois Ubaldo Lobo,Heitor Espínola, Benedito Durão,Manoel Ricirdo do» Smtos, LuisFelipe de Birroil depoii Hugo Ka-nii».

Er» uma eqnlp* d» primeira or-dem. Seu primeiro passo foi ten-tar obter, em plena criíe de habi-taçío, nm local pin a «ecretariada cooperativa. VA lei vigente, tãomalernal qne chega a sufocar a fni-ciativa, que . a própria ratio doser do eooperativiijno, não dá, en-tretanto, a essas sociedade» qual-quer po««ibilidade de instalação ime-diata, pelo »en caráter d« ntilida-de pública. Graças ao ministro Má-rio Moreiri da Silva, a «ecretariaafinal inttalon-t* num» «»li doConselho do Comércio Exterior.Faltava agora obter nm armaiém.O IPASE ofereceu local, ma» nãoservi», era inacessível. Havia o la-boritório de análises d» Alfândega,um pardieiro praticamente desocupa-do. A cooperativa pleiteou do «o*tio ministro Sousa Costa a cessãodesse pardieiro. E como tudo nes-te pai» vai pirar is mio» do pre-sidente da República, o pedido docessão de nma casa velha para ina-talar o armarem de uma coopera-,tiva foi às mãos do »r. GetulioVargas, quo despichoa fstvoràvel-ment». Volt» o papel ao Ministé-rio da Fatenda. V»i »o Serviço doPatrimônio, onde é lavrado nm t.r-mo de cessão. De repente, volta aogabinete do ministro. É que o Mi-nistério da Marinha, nio tendo oda Fazenda cumprido o despachopresidencial, ií havia depositedp.nolocal vários materiais. Volte entãoo papel às mãos do ar. GetulioVargas. Depois volt» ao gabinetedo ministro di Fazenda. Muda ogoverno e alé hoje não «e sabe afl-nai m o pardieiro foi cedido" algumdia à Cooperativa.

Enquanto Isto, trabalham os or-•vanizadores para conseguir^ outro lo*cal. Obtiveram do sr. Lnís SimõesI.opes, entio diretor do DASP, umpavilhão na Esplanada, onde fun-oionavam os cursos daspeanos.Muito contente», porque afinal ti-nham um armazém, requereram 41'refeituri o alvará de licença p_a-ra funcionimento. A Prefeitura nãosó não expediu o alvará, como pe-diu a desocupação, porque devia »erdemolido c, como justificativa, enu-merav* nmi série de exigências »a-nitiria» e urbanísticas, jamais ob-servida» nem no mais luxuoso dosbotequim da cidade. Nesta altura,a Cooperativa dos Funcionários jal.a via até comprado alguns gêneros.Estávamos em meados de 45. A**começo de 46 nada foi conseguido.Nem mesmo o pedido 10 prefeito,formulado em começo de 45, parar. cessão de boxts no entreposto deabastecimento, foi bem sucedido. Nocomeço de 46, novo pedido 10 pre-feito no mesmo sentido. O sr. nii-debnndo de Góis despachou favo-ràvelmente. Mis o seu despachonão pôde ser cnmprido, porque im-punha como condição que a coope**rativa íornwjse ao público< em ge-ral — o que_é contrário à lei sô-bre cooperativas, vigente no Brasil,embora ídmitido em outro» legisla-ções.

Já em fins do mo de 194o, * *-de setembro, nova petição foi ende-reçida ao prefeito, pedindo 1 ces*¦são, à título precário, de nm imo-vel deiapropriado pela Prefeituraem qualquer parte do centro, Afi-ral," a muito custo, com a boa von-tade de funcionários da Prefeitura,também interessados nos benefíciosde uma'cooperativo, conseç-in-se umprédio da rua di Misericórdia, per-lencente à Santa Casa, conden_do_eji com pro-essn de desapropriaçãocm curso'na Prefeitura. Os enten-dimento» com * Sinti Casa resul-taram no seguinte: o prédio, quennttí estava alugado por Cr$ 600,00,ígora, condenado, passava a valerCr$ 1.100,00. Afinal, com muitoempenho, conseguiu 1 diretoria' umaluguel de Crf 700,0 pelo pardiei-ro. Paralelimente, continuavam asd/marches para conseguir pequenoslocai» no entreposto de gêneros^ ali-menticios, na Avenida RodriguesAlves. De uma feita, ali chegounm membro da diretoria », ao fa-lar em cooperativa, nm fi-jurio queli estava opfis-se terminantemente:

— Cooperativa? Aqui não entraist».

Tratava-se simplesmente da pes-«oa qoe a Prefeitura escolhera i-m1945 pari administrar o entrepos-to de gêneros alimentícios di ci-dade.

Afinal, 1 .9 dc março deste ano.foram concctiidns os tais boxes noentreposto d» Avenida Rodrigues Al-ve».

Outro aspecto d» odisséia i oimo dos caminhões.

A »l de setembro de 1945. P*"';_•--¦ ao Conselho Nacional de Ga-

togínlo um caminhão, que foi pro-metido mas afinal nio pi>dii serundo. Depois, pediram ao Minis-tério da Educação dois caminho*»que estivam «m desuso, Como tudono Brasil, êsse pedido teve de serencaminhado no presidente da Re*pública. O despacho foi: Sim, Emconseqüência, a Divisão de Mate-riil do Ministério livrou o lêrmode cessão, mis o Serviço do Trans-portes do mesmo Ministério proles-tou e até hoje não vieram 01 doi»caminhões, li ser dissolvida aCoordenação da Mobilização Eco-nútiilca, quando o direção da Coo-perativa pleiteou dois caminhões doespólio disse malogrado órgão.Também nio foi possível. Última*menle, o secretário da Agriculturada Prefeitura prometeu um cami*nhão, duas vezes por «emana.

Agora, para que se tenha uma1Idéia da importância dessa iniciali-

¦v», do que ela pode representar pa-ra melhorar a vida dos fnncioná-rioi, assegurando-lbe» por «eu pró-prio esforço e pela união de »tu»objetivos, a possibilidade de com*prar mais mercadorias com o me»*mo dinheiro, bosta saber que exi»*tem 80.000 Indivíduos no DistritoFederal que podem filiar-se i Coo-perativa dos Servidores Público».No ato da instalação, foram, desdelogo subscritas 774 cotas-parte deCr$ 200,00, perfazendo um totil deCr$ 154.800,00, com a adesão de 559funcionários. Desde logo nma li»-ta de produlos básicos de utilizaçãoimediata na casa de esda funciona-rio, açúcar, anil, manteiga, goiaba-da, fósforos, lâmpadas para teuuso, sabão, etc. etc, foi organiza-da para prever as quantidades ne-cessaria» so começo do trabalho naCooperativa.

Ma» a falta de local para o pri-meiro armazém, a falsa "proteção"dispensada pelo Eslado, no realida-de limitada àquela mímica do cum-primento do dever que consiste emfazer todos os gestos aparentes eem não praticar nenhum dos atosconcretos no sentido de dar exe-cução a um dever definido, produ-ziram resultados inevitáveis. Porfalta de conhecimento da próprianatureza da cooperativa, por acre-ditar demais no valor da proteçãodo Estado, na mania de que ao go-vêrno cabe fazer e a cada um dei-xar que o governo faça, a Coopera-tiva murchou antes mesmo d* deta*brochar e constitui, infelizmente, ex-celente padrão, que exemplifica omalogro dat cooperativa» que pre-tendam nascer dos entranhas do Es-tado malernal.

Felizmente, o grupo de homenaque tomam a peito a tarefa de or-ganizar, desde 01 seus humilde» co-meços a Cooperativa dos Servido-res Públicos íii de lutar por levaradiante a «ua iniciativa. A primei-ra providência tem de «er, sem dú-vida, a educação dos próprios coo-perados, para que compreendam queainda que o Estado lhes dê algu*ma coisa, t Indispensável sempre qnetiíja menos do que'aquilo qne a simesmos êle* derem.

Pois, de nm* coisa dcvemoi ettarcertos: é preciso pôr nm paradei-ro ao, egoísmo desenfreado que né-nhuma Comissão de Preço»' poderibarrar. Quando o Eslado tiver .0encargo de travar 01 impulso» dolucro sem fronteiras, então estare-mos a caminho da ditadura. E est»,como a ditadura virtual do lucro, «o¦io vencida» nela existência de ai-lociiçóes econômicas de produtores« consumidores, dispostos a traba*lhor por suas próprias mãos para aelibertarem ao mesmo tempo do la-drão • da polícia, do lucro exces-«ivo e da ação absorvente do E»-tido.

E essas attoclacSt* «to precisa*mente as cooperativas.

Urge que o público se informe ¦—¦-e nue ó Congresso reforme a lei sô-bre cooperativas.

CARLOS LACERDA

ACABA DE APARECER'3<.;™.'.derno.de Encargos" do Ene. PauloCosta. — Livraria Odeon Destrlrnii-dor*. ___\ (1U5)

AFIRMA. JOSE'BONIFÁCIO

"JORNAL DE DEBATEScontinua sendo o incansávelbatalhador da democracia".

Deputado José Bonifácio,da U D.N. de Minas Gerais.(J

24305)

Prof. CVMPLIDO DE SANTANAnin», Bexiga, Próstata, Bxiaes ei-pern.Oe* endoscOplea*. Honor-rSIdea, — EDIF. A.B.I. TeL -3-6444

NÃO VAI SER RACIONADAA GASOLINA

Ma6 é necessário cpc bojacerta parciawttia no pitoO governo dos Estado» Unido»

resolveu estabelecer licenças pri-via» para a exportação de produtosde petróleo para o estrangeiro.

Como era natural, tal resoluçãoprovocou

' apreeneOe* entre nós,

chegando-se mesmo a admitir avolta do racionamento da gasolinae, consequentemente, o restabeleci-mento do gasogênio, de que o ca-rloca supunha estar livre por multotempo.

O general Joio Carlos Barreto,presidente do Conselho Nacional doPetróleo, esclarecendo a situação,declarou que o governo nfio esticogitando do racionamento da gaso»lina. Adiantou, porém, que o Con-telho do Petróleo recebeu realmcn-te pedido de Informações no sentidode esclarecer aos Estados Unidosdas necessidades de nosso coniumo,bem como outro» dados referentesao suprimento de produto* de pe-tróleo necessários ao nosso pala.E essa Informação, acrescentou ogeneral Jofio Carlos Barreto, jáforam enviadas àquele pais.

A situaçSo do abastecimento le-temo dos Estados Unidos de gaso-lina e outros produtos de petróleoaconselha-nos — frisou o generalCarlos Barreto, a tomar naturaiscautelas e mesmo certa oarclmónlano gasto de gasolina, d-* forma amanterem-se cm nível satisfatórioos nossos grandes depósitos do pro-duto, para qualquer eventualidade.

I

GARGANTA-NARIZ-OUVIDOSDR ANTÔNIO LEÃO VELOSO

Livre docente di Unrmsidtde. Chetede Sernço dn Hospitil Moncorro Filho.At. Almirante Barroso 97, v* pavimtn-In, Sall .SS. Dt» 14 ii 17 horss. Tel.«i-8*,",J.

DR. TIGRE M OLIVEIRAGinecologia — Vio Utih-iiu — Con-

sultorio: Ur-_g.it.na, 104,. — Telefone:.*,-*)3'~ — Du 2 li |.

CRÉDITO NO BANCO DO BRASILO Banco do Brasil foi autoritado

pelo diretor -reral da Farenda »rbrir cr.dilos em favor das «eguin-tes Delegacias Fiscais:

Xo Estado da Bahia, Cr$487.500,00; e em Pernambuco, Cr|1.63J.3U.80.

RESULTADO DE UM ERRODACTIL06RAFIC0

foca do censuras enlre wniair e um coronel *

O coronel Américo llraxa, .oiivin*ilaitti da l-.i-.-nii» de Instrução l£»|>«"cisllsada do Realengo, 10 assumirmsi* fiinçr-es, encontrou, entre ospresos, o soldado Manoel Peixoto,< 111 *> estava detido, ali, Havia círcatie 45 dias, i ditpotição do juit deDireito da iq' Vara Criminal. Pa*ra indagar de sua situação, o ofi-cinl entendeu-se na referida Varacom os respectivos serventuários,Estes, apos eliminarem os autos,cl.e--ar.-ini à conclusão de que, cosohouvesse condenação, a pena míxlmnseria de 45 dlns, tendo em vista asprovas do processo e por tratar-sede criminoso primário, O soldadocontinuou prèio. Pausaram-se 60dias. O coronel pediu novas infor-macões, desta ves ao próprio juitinteressado. Verificou-se, contudo,um engano de datilografia no ofi-cio organizado com esse objetivo, Eo documento foi parar is mio» dojoií da 4* Var» Criminal, que pro*feriu despacho em termos de censu-ra. Disse que a absolvição on con*denição do soldado jamais poderiamMr decretadas à base de entendi-mento» prévios, o que não te coadn-cava com o decoro da Justiça, nemcom 1 dignidade da função judiclan*te. O critério legal não poderia serlubstltnldo pelo critério do compa-(fresco ou dal InjunçSes diste oudaquele que pretendesse se arvorirera mentor, ou coisa parei-lda, dosjuiies. Depois, mandou oficiar aoministro da Guerra, nondo-o a pardo que qualificou de estranha con-sulta".

O coronel Américo Braga prestouesclarecimentos ao general CanrobertPereira da Costa. Declarou, entreoutru coisas, que o seu ofício, mi-liciosimente, só fora citido cmparle e que o caso iá eslava resolvi-do pois, sabedor do engano, se en-tendera com o juiz da 10* Vara.Considerou o despacho ofensivo àmagistratura e aludiu a "um iui-gador que arde em desejos de de-fender a Justiça nos jornais, masnão a respeita 110 esereteio de «uasfunç5e6."

O ministro da Guerra encami-nhou ao jui» da 4* Vara as infor-maç6es prestadas, fritando que* ofazia atendendo ao respeito que aJustiça merecia e por ser, pelas con-tingéncias de sen cargo, advogadonato de todos os seus subordinados.Salientou, ainda, que houvera enga-no da parte do magistrado ao reme-ter oficio ao Miinstério da Guer-ra a propósito do seu despacho, por-que, segundo se depreendia dessemesmo despacho, deveria ter sidoéle devolvido ao signatário da con*sulta, dada a evidência do equivo-«o.

CLINICA MÉDICADR. CIVIS OAI/VAO

Álvaro Alvlm. 81, 16.* das li is.IS ha. (21001)

E' CONSIDERADA "MEDALHA

NACIONAL DE GUERRA" AMEDALHA DA VITÓRIA

Tendo- o diretor geral do Arsenalde Marinha da Ilha das Cobras con-sultado a Diretoria do Pessoal sea Medalha da Vitoria é considerada"nacional de guerra" ou "nacionalem geral" para sua colocação nasbarretas, de que cogita o artigo 5-do Regulamento para os Uniformesdo Pessoal da Marinha de Guerra,o contra-almirante Jeronimo de Al-bnqnerque, diretor geral do Pessoal,em solução declarou: que de acordocom o art. 4' do decreto-lei nú-ciero 16.074, ío a_-VI-ç-3, a Me-'dalhi da Vitória, criada pelo artigoI* do citado decreto, é considerada"(ihedalha. nacional de guerra .

DRA. LILY LAÔESLIVRE DOCENTE

Ouvidos — Nariz — Garsant»Av. Rio Branco, 128 — Sls. 208/7

(25755)

DEVE SER REQUISITADA PELOINTERESSADO

O ministro da Guerra, em avisod* ontem, declara para os devido*fins, que a importância a que osmilitares em missão no estrangeirotêm direito psra as despesas do sentransporte e da sua família, no re-gresso ao Brasil (art. 1*, item IIdo decreto-lei n. 9.699, de 30 deagioto de 1946), quando n tratarde adidos miiltnre» ou seus adjun-tos, deverá ser requisitada pelo pró*prio interessado.

Â VERDADEIRASEGURANÇA

Nio i lei ills.io ou daquiloquc dd e.itnbilirlado ao- rcr/l-mes. O quc dc/ende a «ooura»-cu do Estado ou a.i instituiçõesé a adaptação dos regimes dinecessidades do povo a ds tra-dições do paia.

A estabilidade pcrlcllta, por-que vem uma lei e determinatais ou quais penalidades parapossíveis violadores ou .tubver-tedores do rcalmc. Essas leissão feitas para a repressão, niai.quando cltepa a jasc repressiva,6 quc o mal é profundo ou ln-sandvel,

As instituições, porém, só es-tão seguras quando o governotem uma politica certa e hones-ta e é apoiado pela opinião pú-bllca. Não i em leis novas queos bons governantes devemprocurar arrlmo para «ua» dl-fiçuldades. Quanto mal» lei*repressivas houver, menor con-Jiatiça haverá not instituições •no governo que as protege. Asegurança dos governos esti naconfiança do povo.

Evidentemente o grande cie-mento perturbador da situaçãoatual ê a incerteza da politicaoficial em todos os iramos. Nãose sabe qual a politica económi-ca oficial quando se vê o go-virno indeciso entre prosseguirna defesa da moeda, no selecio-namento restritivo de créditos,na determinação de não emitire no corte das despesas, e aorientação contrária, isto (,emitir, soltar os créditos, des-valorizar exteriormente o cru-zelro ou -financiar estoques deartigos industriais, acumuladosem virtude da e-corbitdncia dospreços.

Saia-se do campo econômico,e a mesma indecisão é patente.Em política essa indecisão tomaaspectos grotescos. Os correli-gionários mais representativosdo general Dutra têm as orien-tações mais diversas; uns sãoardentemente por uma coliga-ção dc partidos democráticos;oviros são ferozmente contra-rios. Estes querem medidas li-berais, aqueles medidas ultra-reacionárias.

Em suas relações com os Es-tados, para uns o presidente daRepública é todo solicitudes;para outros, todo espinho.

Se ao menos, enquanto nãoconsegue impor harmonia devistas e uma orientação certaaot seus auxiliares mais ime-diatos, como entre o presiden-tt do Banco ão Brasil e o mi-nlstro da Fazenda, soubesse ogeneral Outra impor unidadeao seu rebanho político, meiocaminho estava andado no sen-tido da estabilização do regimeinaugurado a 18 de setembrode 1946.

O fato é que as forças poli-ticas dominantes estão prontasa um entendimento com o pre-sidente da República; basta queéle queira dar um passo à fren-te no bom caminho, e tanja ossabotadores do congraçamentopolítico e os que, interessadossobretudo na confusão, na de-sordem, não vêem salda senãonas leis de arrocho.

O presidente da Repúblicanão pode ter paz no seu govêr-no sem utn entendimento poli-tico com os partidos democrá-ticos, representados quer porsuas expressões parlamentares,quer pelo Executivo dos gran-des Estados. Promova êle, porsua própria iniciativa, tal com-posição de forças, que a situa-ção política adquirirá tamanhasolidez que poderá sofrer os em-bates da demagogia e as sur-presas da crise sem maioresabalos. Sobre alicerce tão sõli-do e natural, terá o governotodas as facilidades para evol-ver folgadamente no sentido depreservar a legalidade demo-ctática e levar o pais à futurae longínqua sucessão em paz esalvamento E assim terá pres-tado ao seu país serviço inesti-niável,~W.

GILVÂN TORRESIiupctciidi — Do-nçsi do seio e uri-

niri»s — Pré-nnpdil — Assemblíi», 98,Ssl» 71 — 43.1071, 9 ás n e 15 is 19.(-15917)

COIBINDO ABUSOS NA COBRANÇA DE CUSTAS

Providências adotadas pelo corregedor da Justiça

DOENÇAS DA PELE E SÍFILIS radioterapiaECZEMAS aa» pernas, agudos ou cr6nlco_. Eczemas parallt&rlos, dasnulos ou dos pés, Afecçoei aa» unhas. Eczemat da face. Acnes (espinhas),Prnrldos rebeldes. Câncer da Pele. Tratamento eficaz e ráplilo pelo Ralo X

DR. MIRANDA JÚNIOR29 ANOS DE PRATICA NA ESPECIALIDADE

B. Unsanalana. IZ-A-3.». Diarlamí-_te das 14 ás 18 horas. Tel, 22-6902' (3B913)

O do.wubargador Nelson Mun-(iria. (.'oiti.|;ih1ui' du. Justiça lo.ul,vom de liiili-íir provimentos e clr-cuIiu-ch, e-itnliolooondo normasque vlsiim reprimir o pm-imit-ii-to oxocpihhIvoi Isto ô nlím dn ta-bola. de cuntas polns parte« emlitígio, pnrn que 00 feito» pro*ponto» tcnlmm nndnmento.

Aos oficiais da Justiça dns Vn-rns du Piizoiulii Publica o desem*bureador Ní-lsoh Hungria deter-minou:. 11) nos executivo» (lucals. nüodlfloilltom, «nb qimlquor pretox-to,o pagamento (n-cotillneníl. porparto don devedores, abetendo-scdo cobrar custas n titulo de po-nhora, qunndo coia nio so ren-lixe .

b) nüo encontrando o dovedoronde devs ser citado mas ea-bendo que o mesmo n&o se achaausente do "Distrito Federal, pro-cedam desde logo fl. cltncno comhora certa, nos termo* do art.9.* do decrto n.* 900, do 17 dodezembro de 1938;

c) não ao façam substituir, noscltaçO-e ou lntlmacOes, por pee-sons estranhas;

d) nao cobrem, a titulo decustas, Importância superior áque deva constar do recibo detl-nitlvo, sendo presumida grave tr-regularidade quando rstomnromo recibo provisório para destrui-lo, recibo este quo dovera ocrjunto aos autos".

FISCALIZAÇÃO POR PARTEDOS JUIZES.

Os Juizes do Distrito Federalacabam de receber uma circular,na qual o desembargador NelsonHungria frlza: "Recomendo a v.excla. a maior vigilância na fls-callznçflo da cobrança de custaspelos senhores serventuários, de*vendo ser rigorosamente obede-cido o disposto no Capitulo Vdo Regimento de Custas".

Os oficiais do Registro dc Dle-trlbuição receberam a seguinterecomendação:

a) nas certldBes que fornece-rem, não devem sei- confundldp,para cobrança de emolumentos, oteor. em narrativa ou relatório,do cada "Item" - (Cr$ 3,00)com a "rasa" — (Reg. dc CustasTabela II, Seção XIII);

b) o fiel cumprimento do dis-posto no nrt. 407. e seus para-grafos. do Código de Organiza-

cão .lyili.lAriu « 110 Provimento11, 80 desta Corregedor!»".

MEDIANTE RECIBOS

Quanto n cobrança do cuntas:"a) só devem receber cimtus

nicdlnnte recibo, entregue a quemefetuar o pngamento, e correspon-dente certidão ou nnotncfio nosautos, encrltm-nn, certidões ouaunlsquor outro» pnpels imll-dal», sem pi-ejulzo das cotasnmrglnnls sucewivus (art. 30 a43 do Regimento de Custas) pre-¦¦umlndo-se, no cano, contríu-lo'Irregularidade do cobrança;

b) se for rejoitado o recibo decustas de qualquer feito, deverAser o mesmo Junto aos aulos nosdemais casos, devera eer reme-tido, att o dia seguinte, a estaCorrcgedorln'*.

OUTRAS DETERMINAÇÕES

Baixou, ainda, o Corregedor daJustiça um provimento recomen'dando aos escrivães da Vara daFazenda Publica que:"a) cumpram, rigorosamente, odisposto no n. IV do Provlmen.to n. 79 desta Corregedor-», aque. segundo estou lnformsdo, nftotfim dado obediência, com gravesprejuízos para as partes;

b) promovam a publicação, no"Diário da Justiça", de todas aapenhoras efetuadas;

o) remetam aos Senhores Ofi-ciais do Registro de Distribuiçãopara o efeito do cancelamento dadistribuição, os processos abran1gtdos pela anistia fiscal d« 1938o com oficio da Prefeitura para odito fim;

d) enviem ao Cartório do Segundo Oficio os processos do FiscoMunicipal paralisados, liquidadosou arquivados".

Por ultimo, determinou aos Con-tadores que:"a) sem exigência de qualqueremolumento, façam a deduçãodos quantias pagas adiantada1mente a titulo de custas, paraapuração do soldo a pagar ao ser.ventuftrlo ou a receb.r dele;

b) não façam desdobramento decustas no caso de unidade de penbora, ainda quando múltiplos osbens penhorados".

«¦¦ >Dr. A. tle Carvalho AzevedoDoenças Interna» Coração Eletrocar-dlounfla. Vilo Prcanhn. 12. t.» —S. 407. Tel.: 42-3727.

0 SR. JOHN SNYDER EHSAO PAULO

Declarações do embaixadorPawley sobre o petróleo

nacionalÍ4u Paula, 16 (Asp.) •- Por via

aérea, chegou ontem a aqui o sr.John -iiyiler, que jantou no yalaciodos Campos KKseos com o j-over-nador Adcmur de llarros. Sntidau*dn o ilustre visitante, o sr Ademarde llarros pronunciou nm liscursome Initlfs, O secretário rio l'«sou-ro americano respondeu etn breveoração, n aqual mostrou-se iinpres-slonado com o» enormes recurso»que o llrasil apresenta.

Declarou ainda o sr. Snyd.r quereconhece a necessidade-do auxiliodos Kstados Unidos, para ama co-l-ilioraçáo que permita ao Brull J--senvolver ao míkimo ai sua» fôr*cas. Disse, em seguida, que « Te-touro americano ii concedeu aoBrasil cerca de ti8 milh.es de d&-lares, qne foram aplicados em Vol*ta Redonda. AdiantOn qne outros50 milhões de dólares estão i dispo-slçio do Brasil, pois qne ainda nioforam solicitados,

PAWLEY E O PETRÓLEONO BRASIL

São Paulo, *6 (Asp.) —- O em-baixador William Pawley, que retoom companhia do sr. John Snyder,talando à Imprensa, com referenciaao petróleo nacional, declarou qoese sentia a vontade para repelir oqne ií disse: "Não hi dúvida deqne existe o desejo ds que o Brasilte torne nm pais . industrial • co»mercial de primeira grandeaa. Opetróleo seri a bsse para a indo*-trializaçSo de qualquer naçio. Ps-rece-me lógico quc se permita qtwcapitais e técnicos de quslquer palivenham para o Brasil para anxiliara criação de uma poderosa Indústriado petróleo, ama vet que aceitemas condições que a ltgitlaçSo brati-leira ImpSe a essa contrihnlçlo".

DR. VEIGA FILHOaiNICA DB CRIANÇAS

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As mãos estendidasMestre Costa Rego, no ssu artlgu a Intellg.ucla nunca toi tao pi, „„...

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Vî ¦ -*» s fmtâU&PAVfN.DA.-Q. são x». fit^^VENiDAj

de 011U111 (2(0 tala das míloa. t«ma piRlna de antolo„la, som dú-rida, mas nao 4 apenas Isso, por-que depola ds nos dlter o «us aa«ido» significam no homem, a utl-lidade, o sentido, a aubllmlilade eo trágico du mios, o Ilustre lor-nallsta num gesto que nâo pode fl-car perdido num Jornal, estende nogeneral Enrico Gaspar Outra. nAoapenas as suas, mas as inflou de to-dos os brasileiros de boa vontadenuin ap.li» tio mala eloqllente quan-to contido e sóbrio.

Aa palavras de Costa l.c-;o con-tém uma mensagem, a que náo podenem deve ssr Indiferente o sr. Pre-sidente da República. Numa horadecisiva para o pais, por entreameaces e perigos; talvez numavéspera dramática, num momentoque bem pods ssr d* despedida ede isparac-o definitiva. Costa Regoestende cs mios ao supremo man-datáiio do pala e o exorta a caml-nhrtr de m-oa dadas com o porobrasileiro. Para laso 4 preciso queo general-Prealdente cujas miosorientam oa destinos do Brasil, emlugar dt abarcd-las no mtertise dosmaua conselheiros também as caten-de • todos nís. Assim fsxendo ochefe do governo — afirma o Jor-nallsta, nlo haverA mala no pais asombra dt qualquer Inquieta-lo.

a preciso qu* o Presidente daRepúbllaa nlo apenas leia distraída-mente o qut o sr. Costa Rego ea-creveu, maa medite e peise, comtAda a serenidade, a significando doapelo veemente qut lhe 4 dirigidopor om homem que »lu multas co!-su, qu* sofreu muitos decepções,qué testemunhou multo* acontecl-mento* na an* rida, rida nlo só deobservador • critico maa de atortambém de nono drama político.

O »r. general Dutra está num mo-mento decisivo de «ua carreira, nummomento ds intima consulta, nummomento que será fatal para a auapoalclo diante d* historia. Ou aeconsagra o campeio da legalidade,o estadista qud esereeeu dUrs-ito porUnhoa torta», o homem que restabe-leceu um novo equilíbrio para a de-mocracia brasileira ou comparecerá,ao jul» de uma severa posteridadecomo o responsável maior por dei-graess, que ainda slo Incalculáveisneste Instante.

... a

A rigor ninguém, nenhum olda-dio btm Intencionado deseja qu* osr. Presidente cometa desacerto*.* qut o destino do general EurlooDutra «ti conjugado oom o prô-prio destino do Brull. A perapeo-Ut» dt uma onda de desordens, deum entrechoque violento dt palsfiettrará ao pai* prejulio* d* nature--a, nlo tfl grave* ma* Insuportável*.A alteraçlo da ordem «* revestirá,nesta fue dt nossa existência na-clonal dt aspectos Inédito» t fu-nesto». O que so esconde, o queestá pousado no fundo dt nossopais, 4 de tal maneira explosivo qutrequer seja a coisa pública condu-ztda nlo si com firmeza mu prln-clpalmentt com um desvelado cuida-dp. oom um taoto tnexeedlvtl, *mal* do que tudo Isso oom lntell-géncla. A necessidade de tratar 01problemas brasileiros com aculdade

tf oomo nos dias qu» cornai, Oimaus cuHS-l/i-iro. a qun ae rtltiiCosta Rego süo priiicipauutinte co»,selheiro* destituído» de lntellg.nr|.conselheiros InoapniM de ncntiaoiln.porque sô apreendem ü|)talh*i •tnlinlcinii. porque náo upiectam _,queatôen com o discerniinentu 1 ¦lucidez ii<tco__-ruui Oa 11,uu*. crnii,,Iheiros qut o Ilustre articulista d(.nunolu como touti' dc inqulctíc.oaflr oa ünuAQlhoiiviâ a, todnn na i*-*.vemos, mala preocupados com ¦prôprlu faxenda do uno com o t-,terfow-e 4 a 'asends púbilca. 8íu r-que procuram mala mostrar servi,ços do que prsticâ-loa « p0t tM»,desojam parecer mola realistas j-que o rei.

Aceitando a máo estaiiilláa qut lheoterece o Jornalista, (alaa-to ,m ...mt de todo* o* que estimam • p*dem pa» e ordem, o Presidente Du*tra deverá em primeiro lugar .--.vetcllhar-se do* Incapases que _cercam • *ao multo* e chamar 10seu conselho oa homens melhorese mal* *áblos. teses homens e.t!*.tem, Acontece apenu quo te nlooferecem, qut náo estáo em lellüona praça pública, antea forem e.l-lado* pelo mau gosto que domine• eonttgnra a nossa vida política.

Logo depol* dt eleito o sr. GuptrDutra declarou que o seu desejoera ser o presidente de todos etbrasileiros. Mu estará Isso aconte*cendo? Parece que nlo; parecemesmo que se vem verificando econtrário. A culpa deste crescentedesentendimento entre o presidentee a oplnlSo nacional reside princi-palmente noa maus conselheiros, nosque propSem leis e medidas crlml-nosu porque armara prevonçSest t,Inúteis porque nem a própria ln-tenslo do governo traduzem.

A hora nacional 4 gravíssima tUo mala terrível quanto tensa eextrema 4 a hora Internacional, opai* atravessa um* dupla crise, apolítica • a toon.mtca. At diver-géntla tnttrnu st acentuam todoto» dl** mal* • mait, exatamentequando a «Ituacáo mundial recla-mt unidade, eoncantraclo de torçast par no* espirito*.

Tode» ee brasileiros dignos tia-d* podem colaborar eqm o Presl*dente da República a* *lt aulm odesejar oom ânimo sincero t espl-rito d* Justiça • tolerância. A te*gurani* nacional nlo se conquistaoom ama reaclo brutal mu tomatos d* «l-raclo, « provu de acertona «dmlnletraclo « na política,

O 4a* lneumb* «o tr. Preslden-tt *m primeiro lugar, mesmo eon-tm a vontade de* «eu* maus conse-UMlroa 4 detarmar a oplnlSo dopai* enrenenada * cheia dt prerta*C.e* • d_«eonfla_cu.

• preclto poli, qut o tr, generalDutra estenda a sua mio ao Bratilt aceite a mio que o Brull lheestende, preparando o qut e gru*de Cervante* esperava ter alean.1.0pelu rlrtudu e luU» da mais no*br* e trabalhosa existência: "uma

lata a feita posterUtaSe.*

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As homenagens que serãoprestadas á memória da

RedentoraRevestir-ie-ão de excepcional bri-

lhantismo as comemorações cívico-religiosas, qne se realizarão no pró-ximo dia 19 do corrente, em ho-menagem i memória da Princesa[sabei, a Redentora.

At it horas será celebrada naigreja da Candelária, missa, sendooficiante, dom Thoma* Keller. aba-de do Mosteiro de SEo Bento.

As 30,30 horas terá inicio, no sa-lão nobre do Liceu Literário Portu-•çu.s, à rua Senador Dantas, a ses-são solene, ocupando a presUlènciade honra da mesa o príncipe domPedro Henrique de Orleant * Bra-í-ança, neto da Princesa Isabel - *primogênito do príncipe dom Luis.

Ocuparão a tribuna nessa reuniãoos srs. Augusto Pinto Lima,, presi*desta da Ordem dos Advogados doBrasil;' Anreliano Leite, deputadofederal por São Paulo, * GustavoBarroso, da Academia Brasileira deLetra* e diretor do Mnteu Uistóri-co Nacional. O príncipe dom PedroHenrique encerrará a sessão.

Foram especialmente convidadospara at tolenidadea cívico-teligiotasdo próximo dia -9 do corrente ostn. general presidente da Repúbli-ca, sr. cardeal-arc-bispo do Rio deJaneiro, vice-presidente da Repúbli*ca, mesa* do Senado, da Câmarado* Deputado* e da Assembléia Le-gislativa do Distrito Federal, depn*tadot, senadores, vereadores, Exerci-to, Marinha, Aeronáutica, PoliciaMilitar, Corpo de Bombeiros, corpodiplomático estrangeiro acreditadojunto ao governo do Brasil, magis-tratura federal e local, corporaçõesliterárias e científicas, clero secular• regalar, __so_iaç6es de classes,funcionalismo federal e municipal,congrega;áo dot institutos de ensi-no superior, profissional e secunda-rio, diretório- nucio-iús do todos o*partidos políticos registados no Tri-bnnsl Superior Eleitoral, imprense,mocidade das escolas, t&dsa *s d**-t» sociais da capital do pafs.

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ÓRGÃOS PARLAMENTARES

0 presidente da República d*terminou sua criação m

iodos os ministériosO presidente da República deter-

minou que sejam criados, em todosos ministérios, órgãos parlamentares,tendo dado as necessárias instruções,nesse sentido, aos ministros de Ea-tado.

Os órgãos a serem criados seconstituirão, exclusivamente, dt ele-mentos de ligação entre as Secreta-riat de Estado e o Congresso Nacio.nai, cabendo-lhes prestar, sempre qneforem pedidos, informações e escla-recimentot ao Senado e i Câmarados Deputados.

De conformidade com as insiro-ções emanadas da Presidência da Re-pública, os referidos órgãos deverioser criados, bem como tntrar emfuncionamento, o mais rápido possí-vel.

DR.F. CARVALHO AZEVEDOClinica de Senhora.

At. Nilo Peçanha 26 — ll.»13-4796 — 16 horas.

DR. COSTA JÚNIORCLINICA DE TUMORES

CANCEROLOÇIA RADIOTERAPIARui México 98 — 4.» — Ttl. 31-1987.

« ¦ »

NÜTROGENOLGRANADO

nagens à memória da Princesa lss-bel convida, por nosso iniermédio, atodos os brasileiros, -sem distinçãode credos políticos e religiosos, paraaa totalidade, do próximo dia 39 do

REIVINDICAÇÃO DASENFERMEIRAS DA FEB

Processa-se entre as enfermeirasque serviram na Força ExpedMoná-ria, um movimento nn sentido desanar uma injustiça. É que, alegam,convocadas para a guerra no exte-rior no posto de set-undos-tenentes,receberam apenas como cabos e ter-.eiros sargentos. Pleiteam, agora, orecebimento • do diferença de venci-mentos, bem como a inclusão nosqnadros de enfermeira-, das KêrçasArmadas e fundação da associaçãode classe. Com êsse objetivo, reali*saram, ontem, no io' andaT da ABI.uma reunião. Voltarão a reunir-seno mesmo local, todos os sábados,às t; horas. A Comissão Centralpede a todas as -intip-as enfermeirasda l'"EB residentes nos Estados, queenviem suas adesões • endereços comurgência.

DR. FERNANDO NUNANDoencsi dás Vitt Urinsriis Atrito Al

vim S7 — Sali 817 — 4a-_Ç-7(-150JS)

REPRESENTOU 0 PRESIDENTEDA REPÚBLICA

.Va missa celebrada, ontem, no p(-tio da Casa da Moeda, etn louvorde Santana, padroeira disse estt-belecimento federal, o presidente daRepáblica fex-te representar pelosr. Paulo Ura, snbcl-efe do «o(labinete Civil.

DR. BASTOS DE ÁVILACLINICA MEDICA

Consultono - Rus Gonctlvei Üin *¦'5, _.» «ndar. - Res.; Davld Cimpittt,ti.» 18. — Telefone 16-3748.

TEM NOVO SUPERINTENDEU®A FUNDAÇÃO DA CASA

POPULARPara substituir o sr. Armando d»

Godói Kilho, exonerado, há dias,do cargo de superintendente ds F-t"dação da Casa Popular, o presiden-te da República assinou, ontem, oradecreto nomeando o sr, Cid Ra-che.

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*-1*Ot--h._MT

Com seleção ngoros. nos prinàpais cen-cros de joaJheria do inundo, Mappin ltVebb formaram uma admirável coleçãode jóias. Do adereço de luxo, par»

"toil-

letttt", aot ornamentos simples, pan trajesde passeia, as jóiu de Mappin & "S"ebb siocriações exclusivas de um fino gasto «rtisti-o.

Mapt At.-PPIaua' do ouvidor, 101

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CORRETO DA MANH/4 - • Domingo, 27fle -Tulli» do 1947

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O DIA POLICIALO CASAL ÜESAPAHECEU DEIXANDO UM REVOLVERNO AUTO ABANDONADO — OUTRAS OCORRÊNCIAS

O capltíio Alberto Nobres» donalalli&o da üunrdus, quo «o «n-•nutra com tropa de sua uuldu.denL-nmiiailo nn Barra da Tijuca, co-iiuminou ao coinlusarlo Cldado doiv Distrito ter encontrado nusInieillaçOew do Balneário JarillmOceanloo um auto abandonado,com um rovolvar no uuu liuorlor,

Ooiiiparocendo ao local, avurl-rou aaiuola autoridade, ser o alu-illiln auto, um "Cltroon" df «Impa2,2377, carro rer-latrado na Ins-pgtorla do volculo como «ondoilo proprledarto do Armando Cossl,r,*ilrii--nto A rua Suma Lima 18apartamento 1.101. ,

Aptirmi mnln o comissário quepp**.na» da redonilesa haviam vis-to illnn antes um CH«al n/ln Men-tifli-atln. (juo no Interior' daqueloearro dlrlglam-ao parn o aludidoDalneArlo .

r-RATunoi; a pnii\/v aorrciR 110 HOSPITAL

Jaciiuos Carlos. fiiBliulo do Iioh-pitai ilo pslcopatan Pedro II, ondoiin encontrava Internado, caiu nu-ma vala nas lmrrdlaçOoH daquelaInstlnilÇrlo vlnilo a quebrar umnperna.Fn? por liso modlendo no H.P.S. r«collioii(lo-so om xer-ulila ROirorialtal dp ondo íuglrn..

coT.inniAM o noMir. a oAUTOMOVKIa

Quando trttfejrava pela rua Ua-rfio do Bom Rotlro o bondo da II-nha II, dirigido pelo motorista.Francisco Bezerra, residente naentrada do Morro Agudo sem nu-moro, foi do encontro no autoparticular de chapa 11.263 queera dirigido por Alcides Drlto Ce-res morador A rua S. FranciscoXavier 25S.

Km conseqüência duas pessoasficaram feridas. SSo éla»t o mon-clamado motornelro, - a passa-gelra dn bondo Djanira Silva, re-slilonte a rua Barüo do Bom' Tle-llrn 12S, quo foram por slso medi-caldos no H.P.S.

COLHIDO POK TREM

Caindo dn um trom na eiUi-RuAlfredo Mala, foi colhido pelomesmo sofrendo em conseqüênciat-smagamento da mtto esquerda oívinnnr Oslrls, do 14 anos de Ida-rle, filho do Orlando Rodrigues,rr-ariilente A rua Potoloml 400.

n«lrls foi Internado no H.P.S.i-rap-lstrando-so a ocorrência o 13°Distrito Policial.

os DKSii.tminos da vidaIns. Perdlgffo operário residen-

tç ,i rua Acararl 147 desgostosoda vida Ingeriu em sua residênciaínrto. substancia tóxica. i

Em estado grave foi elo remo-vlilo para o H.P.S. ondo fale-cou horas depois.

LARAPIO BM ACAO

Dosapan-cpram da casa do ca-pltfio do Exército João Jos*5 dasXeves & Avenida Santa Cruz n...3.837 objetos e pegas de roupa,nn valor de quatro mil cruzeiros.

Qtioijcando-So ao comissário do27" Distrito declarou aquele ofi-ciai suspeitar ter sido furtado porsua empregada Maria Valqulrlada ConcelçSo, parda: solteira do17 anos quo nüo mais voltara aotrabalho desdo quo desaparece-ram os aludidos objetos.

ASSALTADA A RESIDÊNCIA DOI1EPUTADO ARTUR nERXAIl-

DES

Pol assaltada por um ladrüo namadrugada de ontem, a residênciado deputado Artur Bernardes, ai-ta na Tijuca, A rua Valparalso43. '

Dos-portado por ruídos suspeitosprovindoa do Banheiro da sua re-sidencia, Geraldo da Silva Ber*nnrdes, filho daquele político ml-neiro, armou-se de um revolver eeni companhia do sou primo Car-ins Vaz do Melo, dlrlglu-so paraaquela dependência .Ali chegan-do deparou com um Indivíduo,vasculhando os movei» a procuradç valores. Deu-lhe entüo voz de

.rrlsüo, ameacando-o eom a arma.Xtto se Intimidou porem' o ladrüo.

Ao contrario vendo-w aouado suinmoloa para escapar atlrou-ue oon*tra sous captoro» agredlndo-o« ataoeos a ver si consogula nuslm,abrir cajnlnho para a luga. JílKalgava a Janela quando foi atlti-Kldo na» coxaa ipor doln tiros quo'.lie disparara Cloraldo Bornardou.Uma nmluilancla cliamdo ao lo-oal, pulas moradoros da casa, con-duzlu-o ao Posto Contrai do Ah-hbI tenda do ondo apOs medicadofoi conduzido proso A Dolcgaol idn 17» Wutrlto Policial,

Avcrlgou-so oiftüo sor oln o ca-nheeldo larapio Antônio Cunipn-.de Oliveira de 24 anos de Idade,isoltolro, som profslBâo rosldentono morro de Süo Carlos num liar-racüo Bom numoro que, apo» cum*prlr pona por crlmo do furto en-contrava-no no momento om llber-dado condicional.

Antônio Campos declarou aocomirmítrlo de serviço qu.o peno-trará na aludida residência ser»vlndo-se do uma escada! esque-cida do encontro ao muro daquolacnsa cm baixo rio uma Janelaaberta. O assaltante foi autuadaem flagrante

MORTO POR VM AUTO

Quando trafegava polo caminhoItituua, foi colhido por um autonüo Identificado Burlpode» laUlzdo Carvalho, pardo, de 25 anos,comerciante rcsldcnto A rua Irl*pibuana 21,

Com fratura e afundamento docraneo deu ele entrada no 4ionpl-tal Getullo Vargas falecendo aoser socorrido.

VISITARÃO BRASIL UMAMISSÃO PARLAMENTAR DA

GRÃ-BRETANHAA T de agoato próximo devera

chegar a esta capital uma dele-gação parlamentar britânica quevem em visita oficial ao Brasil,aqui permanecendo alguns dias.Durante sua estada cm nossonnfs, n mliirjRo du Parlamento duGrã-Bretanha teril oportunidadede entrar em contílto com o»meios oficiais btasllelros não sfl-mente do Rloa como-tambem deSão Paulo que tambem receberáos Ilustres visitantes. Esta sen-do preparador desde J4, o progra-ma do recopsilo aos representai!-tes daquela nação aliada, cujapermanência em nosso país con-trlbuIrA para estreitar nlnda maisos laços de amizade que ligam asduos nações.

É a seguinte a composição dadelegação parlamentar britânicaque nos vlsit-ir.1 cm caráter ofl-ciai: Jllchel Stw.art. representamte trabalhista desde 1045. porBast Flham e chefe da mlesüo:Stanley Norman Evansa membrotrabalhista desdo 1945a por Vnl*nesburry; Reverendo George Sa-vllle Woods representante traba-lhlsta por Mossley, Lancashlre,riesde 1945a o anteriormente porFlnsbury, de 1935 a 1945; HughCharles Patrlck Joseph Fraserrepresentante conservador porStone, divisão de Staffordshiredesdo 1945. O secretario da de-legaçãoa áera D. Murray, do De-partamento Sul Americano doForelng Office.

* i —

VIL A RICALOÇÕES COLÔNIAS SABONETE;

RRILHANTINA - ÓLEOSPERFUMES CHALMER:

OBRAS A CARGO DO INSTITUTOAGRONÔMICO DO SUL

O Tribunal de Contas ordenou oregisto da distribuição do crédito dcCr$ 2.325.000,00 à Delegacia Fis-cal no Rio Grande do Sul, paraprosseguimento do obras a cargo doInstituto Agronômico do Sul.

RUIU, PARCIALMENTE, 0EDFKIO EM CONSTRUÇÃO

' Vitimas na Assistência' eBombeiros no local

A' rua Senador Nabuco, em VilaIsabel, está recebendo, agora,molos-flos, H.-iniinila A encosta deum morro, acha-se, ainda, cm terra,mai a presença dos melos-flos aque nos referimos é Indicio de quea Prefeitura vai pavimenta-la,Mesmo em condições precárias decalçamento, nela se víem nlgumaõbelas edificações atestando o de-senvolvlmento crescente da cialade.

ITM PREDIO KM OBRAS

Um dus edifícios ali cm constru-çilo 6 de propriedade de um homemquo é, ao mesmo tempo, operário,capitalista, empreiteiro e mestre deobras. Chnma-so Davld Alves deSouza e dera Inicio, há dois meses,a um edifício de tres pavimentos,obra orçada em 500 mil cruzeiros,e nn qual trabalhavam apenas,quatro homens, sob a chefia de Da-vld, o proprlctírlo, que ali tambemservia como pedreiro, O homenzl-nho era tudo, visto que o serviço,entregue a ele, tinha, nele, o mes-tre de obras. '

AS VIGAS NAO RESISTIRAM

Ontem, cerca das 15 Horas, os mo-radores da rua Senador Nabuco fo-ram alarmados com a noticia doque o prédio construído por Davldtinha ruído, arrastando, na queda,quatro pessoas que nele trabalha-vam, sendo uma delas o próprioDavld. A noticia.foi levada ao co-mlssárlo Feria, de serviço na dele-gacla do 18.» distrito, que provi-denciou o compareclmento de doissocorros do Corpo de Bombeiros,um do posto Central, outro de VilaIsabel, respectivamente comanda-dos pelo tenente Rlani c aspiranteSplnelll, todos sob o comando geraldo coronel V'ftra, fiscal da corpo-raçSo.

Erpllca-se: & que todos supu-nham. fosse grande o numero devitimas. E ainda: houvesse gentesoterrada.

USURA SALVADORA

Soube-se, depois, que Davld, oproprietário, tinha, nos obras, tn-balhando, apenas, trís homenB, to-tailzando quatro com a ajuda delemesmo, que fazia, como dissemos opapel de pedreiro. Deve-se a Issoo não ter sido maior d numero devitimas.

Colhidos de surpresa pelo desas-tre, os que se achavam ali em ser-viço, nn» tiveram tempo de esca-par e, projetados do alto do piso,receberam ferimentos que ps leva-ram a medicar-se na Assistência.Uma ambulância compareceu e con-duzlu ao posto Ademar de Oll-veira, de residência Ifinoradaa, oqual, em estado de shock e como crânio fraturado, foi internadono H.P.S.; José Raimundo, mora-dor em Grama de Mocabu, rio Es-tado do Rio, com forte contusãoabdominal; Ubaidino Jesus da Cos-ta, carpinteiro e morador no pré-dio desabado e David Alves dcSousa, que reside em casa sem nu-mero da mesma rua Senador Na-buco.

Os dois primeiros se.acham inter-nado» em estado crave, tendo Gal-dino e David se retirado.

AS CAUSAS

As causas do desastre estão sen-do apuradas pelas autoridades do

PROMULGADA A CONSTITUIÇÃODE PERNAMBUCO

Os deputados de coligação.democrática assinaram a caria

com restrições' Recife, (C. AI.,) it — Emboradado o Estado n» oncontre em pa'*.nota-se vlslvol otnoçilo diante dticurta política assinada ontem-eivada do porlurosas InovaçOeB. AAssembléia não contou com afirescnçn, das altas autoridades enenhum doputado da coligaçãoilomocrAtlca comparooou a pa-llclo. O Interventor Fodorala vt-nltado por queremlstas e comu*nistas. declarou quea como Ju-rlsta, repudiava os dispositivasrevolucionários quo constam dnnova carta.

A Imprensa em gorai coinentiia protesto publicado pelos depu-tados padre Felix Barreto pre-«Monto da L\ D.N ., GilbertoOsfirloa "leoder" ila collga-.illoTálioíii di> Almeida! subleader.aUlfrusto Novata. Pio Guerra eI>al Sampaio, negando dc ma-neira peremptória quo -os depu-todos da coligação houvessemtransigido nas votações com qual-quer dos dispositivos subversivosdã ordem Jurídica e social. Ape-«ar do Intenso nnmbnto quo os de*pu tados coligados moveram con-tra os artigos do caráter mosco-vlta, a mnlorla absoluta da As-sertiblfrlaa realizando trfs sessõesdiárias, até alta madrugada, fezpassar tudo sob a pressão do uniregimento previamente prepara-rto para aquele fim.

Ò deputado Gilberto Osórioprofessor da Fiaculdadass do Dl-relto o "lcader" da coligação. leuveemente protesto da sua banca-da contra todos os artigos incons*tltuclonals Introduzidos pelasbancadas comunista e pessedls-taa quo fazem a maioria aboslu-ta da Assembléia. O deputadoDavld Caplstrano, comunista, ata-cou de modo rude e violento oprosldento Eurico Dutra, com oapoio das galerias, repletas de co-munlstns o queremlstas. o pre-sidente du Assembléia, OtávioCorrêa, apesar dos protestos enér-gleos dos deputados da coligação,manteve-se completamente lndl-radlofonlcaen"

DR~ÃBRÊÜ FIALHOR. Ourives, ãTel. 32.(1059OCULISTA

HOSPITAL MUNICIPALDE NITERÓI

Foi ordenado |>elo Tribunal deContas o registo da distribuição docrédito de Cr$ 7.500.000,00 à De-legacia Fiscal no Estado do Rio, pa-ra início ila construção do HospitalMunicipal de Niterói.

A^ÍSTENCIA* AOS LÁZAROSCombater i lepra 6 obra de solidarie

darJe humana e de defesa social.Sociedade do Distrito Federal de Assis-

tencia aos Lázaros e Defesa Contra aTepra. — R. Sta, í.uzia 708, n.« Sa*ii 1513.

18.° distrito. No. local alRuem cha*mou a atenção da reportagem paraa debilidade das paredes, mesmoas externas! que são finíssimas,assim como para a qualidade dnmassa empregada, muito fraca paraobra daquele vulto. A perícia dlraidas causas do acidente, a que nãosSo estranhos David Alves de Sou-,sa e a firma Ia. P. Freitas, sob.cuja responsabilidade estavam osserviços sondo conduzidos.

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NOVO CASO EM VIRTUDE DAREFORMA DA CONSTITUIÇÃO

DO RIO GRANDE DO SUL

Em lorno do cargo de vice*governador

Porlo Alegre. 28 (Asp.) —Com a reforma da ConstltulçiloEstadual cm virtude da declsilono Supremo considerando Incons-tltuclonals os dispositivo* parla-nic-nturefla orlgliimi-se nova e In-toressanto quostilo, qual seja acrlnçüo ou nüo do cargo dc vice-Ftiiveriiudu!' do tísiuilu. que exls-tia no projeto primitivo da Cons-titulção, alterado, depois om vir-tudo da aprovação do .substltull-vo parlamentarista. O dUtposItl'vo criava o cai-fro do vtcè-gõvèr*nndora ao qual ciiberlti substituiro R-overnador em seus Impedi-mentos e de sucedê-lo om casode vaga, Suprimida a disposiçãoo.ue figura no torsto da Consti-tulçilo promulgddaj o presidente

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lllf I D t 2 da touoi orontt

«». Hio Stancu. III-3.* lei. 43-4834Edilicio do tornai do Comírcl»

da jUsomblfilu rlcuu euino substl*tuto ovenUial ilo goveniador doEstudo, Agoru, o P.S.D. apro-nontou uma cmctula quo i-çsliilie-leco o .cargo do vlco-govfcrnndor.

Polas emenda/) oforeeldan poruquclo purtldoa a escolha do no*mo do vlcc-gaveniador realizar-so-íl por eleição direta, n IB denovembro, quando «o processaratambém, a eleição dns prefeitos eda Çamnra dos S'erea(lores. Apropósito o deputado trabalhistaJos6 Diogo Brochado da Itochuucrescentou um artlgoa prapondrque a oieloOò de vlee-governadnrdovcr.1 ser feita Imllretamente.pela AijHcniblúIii E.stadual, senrtetal proposta considerada pcrfel-tamente constitucional jreln Su-premo Tribunal, quo nsslm semanifestou por ocasião da apre-clação do caso do Ceará.

Colhemos quo existo entro ou-tros parlamentares c membros daComissão Espoclala a opinião doque a Assembléia devera cuidartão somente da modificação dosartigos considerados Inconstltu-clonals.

O coso devcrA movlmontar nospróximos dlns os bastidores dapolítica o o próprio p.enílrlo da

(1

UM RELÓGIO COM CRONOGRAFQCALENDÁRIO E FASES DA LUA ,

UNIVERSALRELÓGIOS eCRONÓGRAFOSdíaPRECISA'0

riiU^Ljl \aVssoinbléla, ondea ao quo pareceavai ser longamento debatido.

Caso prevaleça a emenda doP. S. D., o P. T. B. o o P. li.defenderão a escolha' do vlce-go-vernador pela Assembléia.

Estamos Informados de quorna hipótese do vingar a ldeia doP. S. D., propondo a criação docargo, serft lançada, para prasen-chê-lo, a candidatura do dopu-

tado Oscar Funlouni. lider dabancada pessedista na aVsscin-Mela.

A Comissão Especial caberfl,pronunclarse sobro o assunto, ini*clalmcnte, nos próximos dois dlus.logo apfis a reunião da Assem-blêla para pronunclar-so sObre asemendas apresentadas íi Consti-tulçãoa como decorrência da decl-são do Supremo Tribunal.

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¦M" CORRETO PA MANTM -- Onmlnp-ò. 27 de Julho de 1947

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4-

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O cardeal sobea Montanha

O cardeal' D. Jaime de BarrosCâmara Visitou o Q. O. doa Esco-teiro» do Mar, altuado no olmo dal!hi(' da Boa. Viagem. LA se erguetnmbcro humildo e Imponente, aIgrejlnlia branca, atualmento aob aKiin,rila rios Escoteiros o Dnndclran-

, tea, a qual, construída lul 213 anoa,rccòbou pela primeira vea a visitado ,um prlnclpo da Igrejn.

Cpm taae gesto qula S. Em.» In-ceiitlvar e prestigiar um movimentolegitimamente cristão o brasileiro,

S; •$_-.•. _ conhecido" como o ar-cebispo de açlo social. £ o preladoque tem o animo de aublr ia fave-loa] pa;a sentir e minorar a mlaé*'vln; 6 a autoridade moral.que temprestigio para reunir no palácio oipatrões a aconselhar generosas con-cessões; é o antigo reitor do Semi-mlrlo que tom personalidade paracercar-se Aa asplrantea o cadetes,coiiio 'se

tIu a bordo do Duque doCaxias, e falar-lhes uma linguagempc.raujalva e sedutora, fi, enfim, pmespirito que. dá àa coleaa divinas umsentido humano; que vê os colsaaliumanaa s.b um prisma social; que

enfrenta as questões sociais aob arealista orientação da Rerum No-varum. .

O cardeal nto levou apenaa o pres-tlglo de sua presença, âle própriodevi ter trazido da Ilha um con-f ôrto .Jntlmó, iim calor no coraçllo,do çer enfilelrados bandeirantes efadinhns,- escoteiro» e loblnho», con-se'vindo aceso o fogo sagrado do,sentimentos Imaculados.

Ai própria Ilha, orguendo-sé oomo,montanha no melo dos águas, pa-reco mal» próxima do céu o malanfastçida dos conflito» psicológicosda terra.

O arcebispo do Rio de Janeiro jáconhecia as finalidades do movi-mento. Sabia que o escotlsmo 4 umlnat. timento adequado e especificopara a moldagem de uma mentall-(Inde s".

Sob a atração de aventuras e dls-tr.-içSe» à Infância e & adolescênciarecebem uma educação Integral, quena estende desde o culto de Deus eda Pátria, desde os princípios sdll-dns 'dc uma' moral nltnilstlca. atéaos eycrclclos físico» ao ar livre eensinamentos práticos de valor paratddat a existência.

I '

Sob a exterlorldade de seus uni-formes e distintivos, debaixo do aa-pecto de aeus "Jogos" e cerimônias,o escotlsmo encerra umsentido pro-fundo. NSo é um movimento de fa-"hadrt nem uma organização opor-tunlsta.

Para.o». seu» dirigentes é umacrtizadá'de. sacrlffcío, onde as'rè.compensas' süo exclusivamente mo-'ral». fòecBbendo multa» vízes justo.t merecido apoio oficial/'1' o movi-mento escotel-lsta, em aua pureiade Idéias, em aua candldez dè obje-tivos, nunca se deixou transformarem arreglmentaç&o lnteroasolra decaráter político. Seu lem?'é tertiir.Servir sem servilismo, no plá'no malaelevado que esto verbo possa alcan-car. Nunca serviu especificamenteaos donos' eventual» do: situações.Será sempre um trabalho Impessoalpelo Brasil, por tudo quo a pAtrtasignifica no orgulho de suas trad!-.ções, na doçura de seua sentlmcn-tos, na legitimidade de sous an-scloa. j.-'..:

' ¦. ¦,-.'¦'Na hora: atual o escotlsmo sedes-

tnca, em alto,relevo clvlaó, sobre ofundo escuro do ensaio dc uma "Ju-ventude Comunista". Esta não serácompletamente extinta pela açãosingular de um decreto. O movimen-tn cscotlstà o de fato um Juato c do-sado antídoto a êste veneno que po-derla lntóiloar á mocldade, Insenrnlvelmente^ como o gás carbênloo.

- Enquanto o escotlsmo é. definida-mente espiritualista e üirl/iitío), aJuventude/Comunlsta é materialistae atéla; enquanto um considera" oculto da FAtrla como um. dogma, aoutra deverá «tar. preparàía paratrair o Brasil em caso dé guerra;enquanto tim cultiva a lealdade co-mo os cavaleiros da Idade Média, aoutra constitui uma escola de de*serção, uma fábrica de traidores.

O escotlsmo «dúca a Juyentudeaem deformá-la; dá-lhe tllaulpllnasem lhe tirar a espontaneidade; for-ma uma mentalidade .cívica sem ln-cutlr-lhe á. Ideologia estatal; criaum sentimento de cooperação aomesmo tempo, que desenvolve a per.sonalldade; arreglmenta-a sem ex-piorá-la politicamente; prepara ver*(ladeiras reservas sem despertar oespirito militarista.

"Essa Instituição heróica e gene-rosa é a escola primária do elvli-mo" — disse Coelho Neto. "i umverdadeiro seminário do Ideal, devirtudes cívicas, de tudo enfim que<5 necessário ao homem para aer al-guém nn vida" — foi a opinião docardeal D. Sebastião Leme. "Desdeos dias de Platão o espirito do lio-,mem ainda' não concebera nem apli-cara um sistema de regeneração so-ciai • universal tão excelente-comoêste concebido e realizado pelo gê-nlo do general Baden Powell" — íola expressão do rei Jorge da Grécia."O movimento escotelrlsta depfie naamãos dn« professores o mala beloInstrumento què Jamais foi Inventa-do para a. formação do caráter" —d o conceito do professor ErnestYoung. "Q seu aparecimento repre-senta uma verdadeira deseoberta"— afirmou o pedagogo americanoDe Russal, detó da Universidade deColilmbla..

A maior dificuldade do escotlsmorealde Justamente na formação doschefes — que são o» gula», o» pio-nelro» do: movimento, São a» se-mentes mais vigorosas qúe vingame se multiplicam. São homena quonum esforço silencioso e árduo da-rão & campanha as suas horaa ra-'gas, os seiis dias de folga, o aeutrabalho físico e Intelectual «em amenor recompensa material e as vi-res até afrontando o ridículo.

A mim (um estranho ao movimen-to) Impressionou a fundo a tocan-te "Investidura" de oito novo» pio-uelro». A "promessa", realizadaapôs uma "vigília" e um "exame deconsciência", coroar-lo longa prepa-ração, assemelha-se, em tudo, A doscavaleiros da Idade Média, e traduz-se boje numa determinação, numprograma de efeito social e edu--caclonal.

A cerimonia, na qual sâo lnvo-cados os nomes de Deus o do Bra-sil, foi excepcionalmente presididapelo.próprlo cardeal, que, depol»,enqijanto a silhueta graciosa da Ilhad» tíoa Viagem ae distanciava ràpí*dwjetstí, por sobrei a esteira da lan-

:lm que nns trazia de regresso, co-montava quanta convicção «entlranoa novos cruzados,

O ministro da Educação, o pré-prio presidente da Ropúbllca, sn emcorto» dias subissem A Ilha da BonVlngum encontrariam a clrouiiBtttn-cia favorável pnra medir todo o nl-cance social do escotlsmo: ao nltoa IgreJInlia, como um símbolo ca-piritual do movimento; em bnlxo o»barcos, onde, um punhado <lo ado-leacente» se eiirlja ao vento do maro ae prepara para a eventual dofe-«a dêsté Inexplorado pedaço domundo. ,

'

Sintoma generalizado de um feno-meno planetário ou retardado eíoltotocai da unii. ditadura m»l orienta-da, plngyém poderá negar que oBrasil sofre.'agora uma aguda crl-ao.de moral,

E- Justamente agora o escotlsmo«ofre um desamparo oficial maiorqeu em qualquer outra época.- pafo valor contido na visita do com-prcenslvo príncipe da Igreja à sua•ide do mar'.

C. Chagas Diniz

O CONGRESSOUm argumento muito genera-lizado contra o Congresso é aincontinencia ou inconveniência

fle linguagem de um ou outroparlamentar. Seria equivoco dcprovinciano' júl^r-se que taisabusos e descontroles verbais: sóse verificam no Brasil. Verifi-cam-se em todos os Parlafoen-.tos. do mundo, c: de espetacula-res incidentes neles ocorridostfrnqs7noticia|dé;vez em 'quandopelo.noticiário : telegráfico dosjornàis./Ném por.isso,,aqui co-mo çm qualquer parte, deixamde ser lamentáveis e reprova-veis, só servindo para despres-tigiar, através de estúpidas ati-tudes individuais, uma institui-ção nacional e essencial no sis-tema democrático.

No Brasil, de modo especial,os parlamentares deveriam sern-odélares em poiidez, compôs-tura e elevação de linguagem.Estando o nosso pais num es-tágio ainda bastante primárioem matéria de educação políti-ca, o povo

'ie ¦.nstjti.,'.;je infor-ma e se politisa muitas vezespelos debates do Congresso, ten-do assim uma impressão dupli-cadamente penosa e decepcio-nante quando eles se rebaixamaté à vulgaridade ou à torpe-za. Que vergonhoso espetáculopara o povo, por exemplo, o da-queles dois deputados que hápoucos dias no; recinto da Cã-

; mara se insultavam aos-berros'no mais baixo • calão 1" v'.' - .*¦¦;,Contudo, nesta altura, deve-

,mòs raciocinar cóm lucidez, .pa-rá páo cairmos ha injustiça das'generalizações.: 'Mão

podemosjulgar um Parlamento pelos, seusmembros que se-degradam' e per-dem o-senso,do respeito ao.pró-prio mandato! Gestos ou pala-vras, por mais inferiores.e in-.dignos que sejam, em um ou ou-tro parlamentar, não represen-tam de modo algum o" caráterde «ma instituição,' que,, só podeSér apreciadaîmpessoalmente ouâtrayés-da maioria dos que acompõem.

Os deputados; e vereadorescomunistas estão agora por ex-celência empenhados numa cam-panha de desrespeito e de des-moralização das autoridades,empreendida, no entanto, com ajá hoje clássica, inabilidade, daUnha justa «m zíguezagüe eporintermédio de processosXèm quesemente eles pftSpriós ¦? jjjse des-moralizam e perdem o .direitoao respeito da opinião pública.

Para tanto, um 'dos seus%s-trumentos é a tribuna das, duasCâmaras, onde utilizam uma Iin-guagem indigna de qualquer es-tilo parlamentar. Parece queeles têm em mira ummonstruo-so objetivo, que é atrair contrao Poder Legislativo prevençõese animosklades de outros pode-res mais fortes para que venhaestabelecer-se algum conflitogerador de desordem e con-fusão.

É necessário assim que tenha-mos sempre presente que a ban-cada comunista não é todo oParlamento, nem d Congresso,corpo instituição, pode ser res-perisabilizado pelo uso indevidoc grosseiro que da sua tribunafazem alguns deputados.

V "-TP *í*

Mal saldos de uma ditadura,ainda agora dentro do regimepresidencialista, com a tendênciapara tornar hipertrófico 6-Exe-cutivo, o mais frágil « senipremais ameaçado de todos os pò-deres é o Legislativo. : O em-penho de todos " os democratasdeve ser fortificá-lo e preserva-lo «contra os seus inimigos ex-ternos, em posição de alertapara atacá-lo, « também contraos que lá dentro contribuem, comatitudes e palavras, para rebai-_cá-lo dc sua intrínseca digni-dade.; -'ií ¦ ,-,n lli•-'O- T»MF'0 .

Tempo Instável-sujeito a chuva.'Nevoeiro. Temperatura cm declínio

Ventos do quadrante sul frescosMáxima: 33,8 — Mínima. 16,9 —

(Serviço de Meteorologia do Ministé-rio da Agricultura). '

?-»-?.

Os únicos beneficiários

Os único» beneficiários da im-propriamente chamada lei de segu-rança nacional, "caso o respectivoprojeto se transformasse em reali-'dade, seriam comunistas e qüeremis-tas. ¦--..- ..

Pelos efeitos subversivos da or-dem jurídica qne a promulgação desemelhante lei acarretaria, deixaria-moe de ter um regime constitucio-nal para voltarmos a um regime dearbítrio do Executivo, como ao tem-po da ditadura.' Ora, no xadrez político do mo-mento há um grupo que insiste emnegar o caráter constitucional aatoai governo., 2$. e grupo ó forma-

dn pelos comunistas, que pns.nnitii,conseqüentemente, a exigir a renún-

cia do general Ilulrn, como seu pri-meiro slogan. Pnra õl iwguldorei dePrestei, o general Dulrn já nüo énm presidente constllucl.nnl. Porisso mesmo, eles «d o tratnni de 'li-tador,

evidentemente m qbusos de Iin-guhgem de um liando de deniagu-gos da espécie dos comunistas nüopodem servir de paradigma paraninguém. Aos- vermelhos conv.nicnnsidcrnrem o presidente da Repú-bllca um ditador, paru puderem me-lhor prostituir na sua campanha dcdesmoralluaçlo da legalidade demo-crática. Todo alentado que «e fizera esta _ uma vitória do ponto devista de Prestei & Cia.

Por outro lado, há nas rodas go-vernamentais um grupo que ali tra-balha com o secreto intuito de em-baraçar a ação legal do general Du-tra, seja para forçá-lo a enveredarpela violência e pela ilegalidade, se-}» para agitar o ambiente e pre-parar o caminho de volta aos aven-lureiro» do estadonovismo. Temessa gente por principal escopo mos-trar na prática a inviabilidade dademocracia em nosso pobre país.

Ora, o projeto do sr. Costa Neto,transformado em lei, seria a liqui-dação, sem golpes, da legalidade de-mocrática. Oi queremistas teriamchegado aos seus fins sem quais-quer aparentes violações da ordemlegal instituída pela Carta de 18de setembro. A polícia passaria aexercer, na "preservação" do regi-me, o papel sallentíssimo que tevenos áureos tempos do sr. KilintoMuller.

0« atritos ds poderes, as arbi-trariedades políticas, o autoritarismodo Executivo chegariam ao máximo,e ninguém mais dormiria sossegadocm sua casa, com mido das viotlências policiais, dos atentados co-munistns e das provocações quere-mistas.

A Câmara Federal ainda teriamenos oportunidade de preencher assuas precípuas funções legislativasdo que agora, quando todos os diasé surpreendida por mais um casopolitico. Sua subserviência ao Ese-cutivo tomaria os aspectos mais ab-jetos, e em pouco tempo a estimapública se transmudaria em des-prezo.

A política reduzir-se-ia, na verda-de, a um jogo de cabra-cega entrea policia e oi comunistas, entre osdemocratas sinceros, desesperada-mente empenhados em defender asinstituições, e a conspiração neo-fascista. O papel dos queremistasseria agir no Parlamento e na le-gaüdade, enquanto os comunistastrabalhariam na sombra da clandes-tinidade. -

Em pouco tempo, o Parlamentopassaria, a ser, aos olhos de mui-tos, uni trambolho, e nío uma ga-

:rantiá' da honestidade,* das, fran-/juiáe públicas A Os restos de ga-rantias jurídicas que ainda sobrevi-

.cessem .da voracidade totalitária dapremeditada lei, passariam a serconsiderados pelos policiais e mem-bros do Executivo como estéreis for-rnalidades legais. Enfim, voltaria-mos inevitavelmente à éra do ge-tulisrr. antijurfdico. E entáo co-munistns e querimistas, integralistase>neofa.cis?hs constituiriam rimafrente unida para liquidar os d-s-prezivei" restos de legalidade demo-crática.- \

Ao fim desse processo, o generalDutra só não seria transformadonum ditador, como querem os comu-nistas, porque uma vaga fascista to-talitária acabaria por tangê-lo tam-bem do poder.

Política inoperante

' Já fizemos desenvolvida referência

a declarações que o sr. Alceu Par-xeiras, presidente da Associação Co-mercial dc Santos, divulgou sobre apolítica óu suposta politica cafeeira,a propósito da controvérsia relativaà venda de cafés do Departamentorespectivo em liquidação, real outambém conjeturada. Nas referen-cias do presidente daquela entidadecomercial há uma ponderação a quenão se deu ainda o merecido valor.Entende com a necessidade de criar-mos' Tim ambiente on situação deconfiança perante os importadoresnorlevi>-iericanos, Recem-vindo dosEstados Unidos, o sr. Alceu Par-reiras trouxe impressões de uma ob-servação in loco, confirmando »sque foram emitidas pelo sr. Gordi*lho Cerquinho, em telegrama envia-do daquele país diretamente ao"Correio da Manhã".

Resumem-se no seguinte as obter-vações, já por nós desenvolvidamen-te comentadas: o Brasil perde, la-mentàvelmente, a hegemonia comgrande esfôrço.e em largos anosadquirida, nos circulos cafeeiros desen maior mercado. E não são ape-nas brasileiros patriotas e bem in-'tencionados'

que observaram e ano-taram aquele declínio. Os própriosimportadores norte-americanos, tor-radores, todos, enfim, que se dedi-cam ao comércio de café noi Esta-dos Unidos, .proclamam a falta deuma assistência oficial e técnica, porparte do Brasil, no grande centromundial do comércio de café.

Dir-se-ia, por essa criminosa in-diferença, que já não nos preocupaa liderança na mais importante ór-bita econômica e comercial do pais,em suas relações com o exterior, emativo e freqüente contato com osmais preponderantes fatores do de-¦envolvimento comercial • de nossaexpamão econômica, fratando-se damais valiosa mercadoria de nosso in-tcrcàmbio.'

Nem os apelos dos compatriotasque observaram e sentiram de pertoo que, vamos perdendo, no maior *mais certo mercado de café do mnn-do, despertam o patriotismo dos quedevem responder pelas iniciativasque tnulem aquela perda.

Em que consiste, então, a políticat-afeeira do Brasil?

Otimismo americano

O que nos vale, como compensa-ção ao pessimismo em que às vê-7cs nos deixam as informações ofi-ciais a respeito de cifras ou com re-lação à falta de boas contas, é ootimismo de nossos amigos norte-americanos. De um sadio otimismo,icícrcaicinciuc ao» nosso» recunos«conímico», «Hás rejeSndo; « "Mm-

to de vista de Aulroí ilustres com-patriotas seus, . o sr. John Sny-der, atualmente no llrasil e com es-cala por Sãu Paulo lí também lc*mm a cnmpeniaçío multo grata drInformações mais positivas, pnr In-termérllo dns distintos hóspedes, sò-bre negócios Ho llrasil com o exte-rior, notadamente cmii o mercado dedinheiro.

Em dedarnções a representantesdn Imprensa paulista o sr, JohnSnyder informou que o Tceouro nor-te-amerlcano concedeu ao llrasilcerca de ti8 milhões de dólares,iipliradns nn fundação ria Impnrtnn-te usina siderúrgica de Volla Re-domla, tendo nosso paíi ainda a seucrédito c ;'i sua disposição, .50 mi-lhões de dólares, que não fornm porenquanto requisitados. Teve mnis osr. Snyder a bondade de dizer que.reconhece a necessidade do Urasil serauxiliado pelos Ustndos Unidos, nu-ma colaboração qué lhe permita de-senvolver an máximo suas forçaseconômicas.

Êsse otimismo é animador e lison-jeiro para o nosso pais, sendo ape-nas para lamentar que dos EetadosUnidos nio nos venham tambémtécnicos em economia e finanças, pa-la melhor aproveitamento da ajudaque nos dá o país amigo.

Ko plenário da Cintara

O projeto governamental da pre-tensa reforma do imposto de ren-da ainda não foi liberado pela Co-missão de Finanças da Câmara, nn-de aliás já tem recebido váriasemendas que alteram a íntegra daproposta elaborada pelo ministro daFazenda, Conjectura-se que. ao tran-s"itar pelo plenário daquela casa doCongresso, sofrerá outras restrições.A espectativa é de que a discussãodo projeto será animada, havendoquem prelenda emendar várias con-cltisões adotadas pela Comissão deFinanças, incluindo-sr nesse propó-sito a restauração rio dispositivoconstitucional, pela sua verdadeirainterpretação, da isenção concedidaa jornalistas, professores e escrito-res.

A aprovação da emenda elevandoa dedução por filho e para a es-posa do contribuinte cansou a me-lhor impressão, levan(jo-se em con-ta duas razões igualmente aceita-veis. Majoradas as taxas, o projetoconservava a mesma dedução, agra-vandn ainda mais o ônus do impôs-tn. O encarecimento da vida, quenão se atenuou por enquanto, temdobrado a responsabilidade dos che-fes de família, sujeitos ao impostode renda — quiçá numa proporçãode 80 por cento — sem que dispo-nham eles, não propriamente de ren-da, que não possuem, mas de orde-nado ou salário correspondente aospreços do que lhes é indispensávelà subsistência.

A aprovação da aludida emendajá foi uma das reparações pleitea-das com justificadas razões.

Ilistãria antiga,,, modernizada

Desde que nma comissão de ho-picns da imprensa compareceu aoMinistério do Trabalho, avietando-secem o respectivo tilular e pedindoa abolição .'db imposto sindical, decuja aplicação nada se conhecia,também nada se soube. A respostado ministro foi lacônica e simples:disse que- ia examinar o assunto.Passaram-se semanas ou meses. Si-lêncio completo sobre o caso. Pa-rece que b governo também não sa-bia e ainda desconhece o paradeirodas avultadas somas que, à razão deum dia de ordenado ou salário, porano e por/ cabeça, foram exigidasdas classes assalariadas.

E querem ver como o governonão sabia e até agora não sabe,apesar de continuar a arrecadação?O ministro do Trabalho está elabo-rando um projeto de reforma doimposto sindical, principalmente comrelação ao recolhimento das somasarrecadadas e por arrecadar. En-tende o projeto com a aplicação erespectiva comprovação, estando«eus dispositivos ainda relacionadoscom a prestação e tomada de con-tas, ficando com essa atribuição oTribunal de Contas da União, outalvez seja criado um órgão espe-ciai, destinado a encarregar-se des-sa incumbência.

Mais um órgão, com vencimentosgordos. Ao governo isso nadacusta, porque do couro sairão aicorreias. Quer dizer, que o impostosindical será mantido e seus contri-buintes continuarão como até agora,desconhecendo a aplicação qne se dáao dinheiro arrecadado.

História antiga... modernizadapara pior.

Pani/icação á vontade

Quando se prescreve, para o co-mércio, o uso da balança, regulado-ra do peso das mercadorias, i por-qne entre píio e preço h< nma re-lação absoluta. E quando a balan-ça i viciada, no sentido de desfal-car o pêio, aem alterar o preço, êsseabuso é punfvel, porque tem «apeci-ficacão especial no Código Penal.Tratando-se do pão, mais do qnequalquer outro artigo, o peso é abaso do preço. Nio compreendeuassim a CCP, facultando a diminui*ção do peso ou volnme do pio, semqualquer modificação de preço.

Ora,.por outroí termos, isto atodeixa de ser um aumento do cnstoda mercadoria, porquanto não hápanificador, por mais conscienciosoqne seja, que não se agarre comunhas e dentes a cise subterfúgiopara reduzir o peso do pão, aemqualquer redução de preço. £ oque se está verificando preientemtn-te, e os consumidores, que anterior-mente podiam apelar para a Dele-gacia de Economia Popular — qnenão sabemos se ainda existe — onmesmo para a CCP, agora nada po-dem fazer, por ser aparentementelegal reduzir o peso do pão, cobran-do o mesmo preço regalado on...tabelado psra pães de váriospesos.

Se quebrar o peso de uma mer-cadoria não é crime, como práticade emergência por escuses ou eoca*reclmento da matéria prima, qne -ra*

lor tem a fiscalização op. o centro-_- «xetcldos içela OCR". ^'~m^k*m

Momento deapreensões...

A frase c vulgar, porem ex-piessiya, e a invocamos, comonuma conversa! portjue o lugar-comum nunca teve sentido tãoagudo quanto ngora. O mundoestá em cima de um vulcão. Naverdade, o que se sente é aprecn-sâo e quase intranqüilidade. Maisdepressa do que se poderia su-por, a ferida que sempre exis-liu, para comprometer a solidezdo bloco formado pelas chama-das Nações Unidas, transfor-mou-.-e numa grande brecha, ecom ?s$o o que se espera, todoso- dias. é que o bloco se desa-greguc.

Quando se formou 110 inundoa resistência contra o nazi-fnscismo, a ninguém escapouque a Rússia, pela natureza deseu governo, ditatorial e anti-democrático, toldava a purezadaquilo a que se pretendeu dara côr e o brilho de uma cru-zada de redenção democrática.Essa incoerência saltou natu-ralmen-.e ao.s olhos de todos,Mas como era preciso reunirforças para abater a hidra na-z4.sta. ninguém tratou de pedircontas e menos de exibir pro-fissão de fé politica dc quemviesse aumentar o vulto da re-sistência antinazista. E os rus-sos tinham, naquele momento,tinta força que sua cooperaçãonão poderia ser dispensada, amenos que enlre os aliados hou-vesse um louco que pretendessetentar sem ela a destruição dafortaleza nazista. Mas a uniãoentre democratas ingleses camericanos, de uni lado. com oscomunistas russos, do outro, foium desses trabalhos de químicapolitica que não deixariam tran-quilos os seus manipuladores,certos de que havia ali elemen-tos étnicos e ideológicos difícil-mente conversíveis em liga está-vel, apresentando-se antes sob afeiqão de amálgama de exis.ên-cia precária.

Eoram abatidos os nazistas...Mas permaneceu a semente" dariissensão, que mais cedo do quedesejaríamos, já frutificou. Se-rá, pois, inútil empanar. comp.-.lavras hipócritas, a realidadeqne todos defrontam. Estamosnum mundo novamente dividi-dc, como aquele das vésperas dorompimento que culminou namaior das guerras. E com duastemiveis agravantes: os grandesexércitos que há pouco ensari-lha ram as armas continuam ar-mados, sendo bastante uma or-dem de mobilização e de assai-to para pô-los novamente emcampo: e entrará em cena essaarma diabólica, núncia do fimdo mundo, que se chama a bom-ba atômica. Tudo isso cria, pa-ra a hora presente, uma gravi-dade única, despertando as maisjustas apreensões.

Ainda há dois dias, na Assem-'bléia Nacional Francesa, o sr.Paul Réynaud não teve meias-palavras ao pintar o perigo queameaça a Europa. Nunca, hou-ve, declarou êle, nenhuma cor-rida armamentista que não aca-basse em guerra, c nunca se pen-sou e se gastou tanto com oaparelhamento militar como ago-ra. "Temos a Europa divididaem duas partes. E o mundotambém está dividido em duaspartes."

Tal é pois a situação do mun-do — porque já hoje. ninguémadmitiria a possibilidade de umaguerra que não fosse mundial.Trata/ido-se então de EstadosUnidos e Rússia, de América,Europa c Ásia, a extensão doconflito, está na simples enuncia-cão dos nomes dos contendores.Não faltou ao homem inteligên-cia para se aparelhar de armasmortíferas de destruição, inelu-sive a maior delas, certamentegrande prova de seu engenho,em que a criação, a saber abomba! atômica, ameaça o seupróprio criador. Mas o que so-bra à humanidade em inteligên-cia para criar, falta-lhe em va-lor espiritual e moral para con-ter os.seus próprios ímpetos.Eis a causa da maior desar-monia.

Essas considerações, porém,cie fundo filosófico; de nada va-lem ante a realidade que se es-boca, em linhas nítidas. O Bra-sii, como todos os países queserão fatalmente arrastados àluta — sob pena de terem suavida econômica subvertida —

precisa meditar na gravidade domomento. Acima das competi-ções de domínio politico, daslutas de campanário, que des-moralizam a própria democraciaem via de restauração, seus ho-mens precisam sentir o palpi-tante do momento, elevar os co-rações bem alto, preparar osespíritos' para a realidade quese. aproxima. Fechar os olhosdiante do espetáculo que se pre*nuncia é prova de incapacidade,de temíveis conseqüências.

Uma completa organização kancàrlr

RANÇO BOAVISTA S. líAinda'» fârnt cremalirio '

mali, terreno da Prefeitura, muitomuls «proprlado, niln falta na cida-de pnra que nele se Instala o forno,«o paiso que, na zona sul, náo háum só estabelecimento <** ensino denivel secundário mantido pela Mu-nlclpalirhide,

A Comissão achou Inócuo o quese indicava. Pnr que? Porque n1'refcltnra já estava em começo deexecução do plano fatal paia o bairro, mediante contrato com parli-culares para inicio dai obras dnmalfad|idn crematôrlo. Houve raes-mn concurrêncla pública. Entretan-to, é a Comissão que acrescenta, na-da impede que a escola se erga emnutro lugar.

Ilá mais ou menos dois meses, aCâmara conheceu de ttm requerl-mento e de um.i indicação, solicitar-do-ie, convo primeiro, informaçõesao prefeito sobre os motivos da pre-ferência do local para o forno,apontando-se, com a segunda, os inconvenientes da escolha. Respondeuo prefeito que havia motivos de or-dem técnica. Parece que a Cama-r_. concordou. Tanlo concordou, queadmite a hipótese ds escola, nu*em outras paragens.

Não devia conformar-se. Qual-quer razão de ordem técnica terá dcceder a um argumento maii forte, eéite é o de que na rua Assunção esuas adjacências, interessando gran-dc parte do bairro, movimentadissi-mo, há uma casa de saúde, há vá-rios colégios, há numerosas residen-cias de famílias, sem-contar que nas^proximidades se acha o palácio (lua-cabara. O forno ,<_amaria suces-sivos e diários caminhões de lixo.Com a sujeira e a ledeiiiin» espa-lhadas, que a tecnologia não impedi-ria, tudo isso em volta serin dr*u-manamente sacrificado.

Ao atual prefeito (• assunto serásubmetido, porque êle ainda não oexaminou. A sua administração éposterior à iniciativa da cremação.Sem dúvida, cie se convencerá deque a boa causa está com os mora-dores do bairro.

Proteção à infância

Não se deve subestimar a obra querealiza o Patronato de Menores,cuja diretoria, sob a presidência dodesembargador Saboia Lima, acabade ser reeleita e já está empossa*da. Ao contrário. O que 6e deve éestimulá-la e aplaudí-Ia.

Na sua campanha de proteção áinfância desvalida, principalmentena que realiza para o prosseguimen-to das duas construções — a doAbrigo 1'eminino do Juízo de Me-nores e a da Escola Agrícola de Kiodas flores — os serviços presta-dos são consideráveis. O Abrigo,cm parte já edificado, terá lotaçãopara 500 meninas. A Escola, am-pia propriedade, onde se acham in-ternados 350 alunos, disporá de aco-modações para 600. Nos diversos es-tnbel-cimentos do Patronato, o to-tal de crianças amparadas, que seeducam, é de 1.500, o que, sem dú-vida, representa uma colaboração1 alio. a para qualquer governo quequeira resolver êsse problema sociale humano.

Há cinco ou seis anos, em pie-nário do Instituto da Ordem dosAdvogados, o desembargador Vicen-tè Piragibe pronunciou uma confe-

TÍncia, mostrando _ documentandooue só no Distrito Federal a infàn-cia desvalida atingia n mais de 200mi). Hoje, com certeza, a cifra émuito maior, dado que a cidade sealargou e a população aumentou.Por isso mesmo, é que o Patronatomultiplica os seus esforços, toman-dn novas Iniciativas.

Semelhante tarefa não pode dei-xar de merecer os aplausos dos pa-triotas que a acompanham, por eisinteressados.

I BANCO DO COMÉRCIOS. A. II O mala antigo de-la praça

IOS ílA greve da moda

Ainda não cesson a ameaça de seconstruir um forno crematorio narna Assunção, em Botafogo. Parase ter nma idéia da obstinação nessesentido, basta reparar no que sepassou, há dias, na Combiáo deViação, Obras e Urbanismo da Cã-mara Municipal.

Mais de dois mil moradores dobairro' haviam pedido a essa Cama-ra que obtivesse do prefeito nmaescola para ali. Era nm meio avisa-do de se livrarem da ameaça. Oapelo inspirou nma indicação, esta,no intuito louvável de se pôr nolocal destinado à incineraçio do,fae » escola desejada., Além â^,'

De Paris: Declararam-seom greve quatro mtl costu-retrat parisienses.

(Telegrama)Ela e despacho patéticoQue em seu estilo sintéticoAs mulheres fas chorar:Em Parle, as costureiras,Operárias feiticeiras,Pararam de trabalhar!

Essas mtoalnhas de fadaQue fa-em tudo de um nadn,Que os marmanjos deixam tontos,Vèm reclamar com firmeza:A costureira francesaNío quer entregar os "pontos".

Agarrada ao. trabalhoComo a gatinha ao borralho.Bla 4 a eterna Cendrlllon, .Enquanto rebrllha a lrmtVestindo Fatou, LanvlnChanel, Mollnetrx, Lelong.

Dos »«ui milagrosos dadosRellcirlo d* segredos,Que ad Lutetla possui,íissce o mígleo modíloQue de "Paris trai o aèloB no mundo se dilui.

Pois «ua costurelrlnha,Que so Incógnito se aninha,Para a Mulher vestir bem,A fritar hoje ae atreve.Pára o trabalho. Jfaa greve.•* contra os "cortes", também.

Moralidade

Dessa grtveda CosturaA origem se me afiguraMais simples do que ae diz:Dos vestidos a abstinênciaNã_ será pura InfluênciaDa ida de "Eva"... a Paris?

AlvàIO Aimando

• • *

Anuncia-se para breve o aumentodo preço da carne.

Parabéns aos marchantes. Peza-mes ao "marchante" por mais estasangria nas finançaa domésticas. -

VAI A MOSCOU O EMBAIXADORRUSSO EM WASHINGTCÜ

No-a Yorle, 20 (It.) — O embal-widor russo nos Estados Unidos, ir.Mltolnl Novlkoy, partirá esta noitepnra Moscou, a bordo de um aviãodn "Scandinavlnn Airlines". A em-baixada soviética em. Washington,Inquorldn a respeito dn viagem. II-mltou-so a dizer que Novlkov "vaiconsultar ns autoridades de Mos-cou".

O embaixador russo vinha cho-fiando a dolcgaçfio dc eeu pais quenegocia com as autoridades norte-americanas, em Washington, oajuste das dividas que a URSScontraiu com os .EE.UU. durantea guerra. Ao que parece, essasconversações nSo surtlranr-qtialqucrresultado, até agora,

ENVIADA ÂÒ'SENADO ANOMEAÇÃO DE FORRESTAl

iroslttiiotoii, 28 (Jl.) - Trumanenviou ao Senado, para aprovação,a nomeação de James Forresta! pa-ra exercer as Junções de SecretA-rio da Defesa dc acordo com anova unificação das forças armadasnorte-americanas.

Forrestal' 6 o Unico membro doantigo gabinete de Ròosevelt queainda esta no ministério. Vem éleocupando a pasta da Marinha desdemaio de 1944, tendo antes servidono mesmo departamento, no quall-dede de Sub-Secretarlo.

O novo titular conta atualmente6.1 anos de Idade, tendo servido naguerra de 1014 -1918 como tenente,na aviação naval dos EE. UU.

A ENERGIA ÀfoMICÃlÀFRANÇA

Paris, 28 (V. I'.l — "A ener-gla atômica nn 1'n-anga", foi otema da entrevista concedida aImprensa por Joliot Cude, altocomissário .rancí-s da energiaatômica. Apto Jazer o histórl-co das pesquisas eobre a energiaatômica, precisou que o Alto Comlssairindo estnbelecera como asua primeira tarefa a construçãorte duas pilhas atômicas, sendouma de pequeno poder (agiia pc-«ada e urânio) e a outra dq grande podei- (grafite o urânio) pararormar os elementos artificial/fabricados em quantidades cnor-mes nos Estados Unidos, mascuja espoirta-fio continua prolblda. Enquanto apenas 30 pes-soas trabalhavam nessa tarefa em1046, mais de 1.000 estão ocupadas presentemente na mesma ta-reta. o que permitirá, a realiza-cão da primeira pilha atômica emfins de 1948.

Joliot Ourle anunciou Igualmente que as pesquisas de jazidas deurânio tiveram como resultado o.descoberta da terceira mina ex-ploravel. Finalmente foi criadauma usina para o tratamento dourânio, que permitirá úma produ-çAo dlilrla do 100 quilos.

Concluindo afirmou Joliot Curióque a França é contirArla ao segredo em matéria de pesquisa"pura" a respeito da energia atô-mica e que está. resolvida a orlèn-tar os seus trabalhos no sentidopacüflco e em colaboração com'todas as naçOes que partilhemdessa opinião.

O dia do Peiu

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-j

Amanhã c o dia do Peru, evimos cnmeninrá-io.

O costume de comemorar cmtodos os paises da América adata nacional de cada pais ame-ricano c a consagração públicade nossa unidade continental;mas não tem, quando se exami-na a história, nada de novo,porque as datas nacionais ame-ricanas celebram sempre a in-dependência, e esta, por sua ori-gem comum, i «ma única. As-sim, pode-se dizer que a datanacional de um pais americano,marcando-lhe embora no tempoum feito próprio, i, por exten-são, de todos.

Ó.que faz presumir vários mo-vimentos de independência naAméric|i são os múltiplos gene-rais que ein múltiplas lutas fun-ciaram as nacionalidades. Essesgt nerais, porém, não erí.m rigo-rosamente precursores; eram an-tes instrumentos de uma idéiajá vitoriosa, tanto que muitosse tornaram autênticos heróisnacionais fora de suas pátrias.O argentino San Martin, porexemplo, libertaria o Chile e oPeru.

Conclui-se, pois, que eles agi-ram em função de um pensa-mento americano geral — de umpensamento que éra a soberaniacontinental, a emancipação dodomínio europeu, tomando for-mas peculiares aqui e ali, noimpério colonial inglês, espa-nho! e português, mas em subs-tancia promanando de uma sófonte: a Revolução Francesa.Basta lembrar que o pioneiropor excelência do movimento naAmérica do Sul, o venezuelanoFrancisco de Miranda era umantigo girondino, que empregouseu gênio de aventura como ge-neral da Revolução, como de-votado à causa emancipadorados Estados Unidos e como ani-mador de um projeto de Cons-tituiçâo sul-americana.

A verdadeira preparação daindependência realizou-se nosmeios culturais: ' foi obra, porum lado, do clero, e, por outrolado, das universidades de San-t.i Fé de Bogotá, de San Ja-viei de Chuquisaca, de SanMarcos de Lima, de San An-tonio dei Cusco, de San Cris*tóbal de Ayacucho. Há nomesde padres em quase todas as ip-surreições da América espanho-la. como os haveria nas do Bra-sil. O peruano Melchor de Ta-lamantes subleva o México, pre-cedendo a ação dos curas Hi-

daldo c Morelos. O chileno Caimito Henrique/., educaclo emLuna, agita o Chile, como Car-los Madariaga a VpnecneiaiPartindo dos simples dirns déalmas, o espírito revolucionárioganha os conventos e __ ,-ltajdignidadcs tía Igreja. As publi.cações da Rcvoluçãi, Francesaeram traduzidas e poslns a cir-cular.

Rm todos êsses lances da can-sa da independência, Lima re-presentava um centro Irradiadoro'Peru um facho permanente-mente aceso, um bron-t de re-bate a soar as horas gravespaís dc apurada civilização,guardando no período do vice!reinado a mesma fama imperialdos incas, resgnardando-a ago-ra com o elevado nivel inteiec-tual dc sua gente, construindouma capital onde a cidade anti-ga é um museu dc arte e antro*pologia. fielmente conservado,e a moderna uma soberba me-trópole que já absorve Chorril-Io* e Miraflores, como absorve-rá mais tarde Callao. O pro-gresso material patenteia-se emtoda parte e, assim como o Ri.mac, descendo cascateante dosaltos cumes andinos, projetadopelo degelo nos contrafnrtes dacadeia bíblica, rasgou na en-costa o caminho das águas adescer e do homem a subir, pa-ra criar em baixo a planicie dealwvião, onde brotam as estân-cias, os povoados, as vilas, as-sim tambem o Peru abre, emttn> ponto estratégico do Paci-fico, as perspectivas da forçada América do Sul, comum povo da mais fina educação,da mais vibrante sensibilidade,dc mais puro idealismo constru-tor. E tudo isto resulta, pro-mana do modelo que êle soubeimpor-se nas guerras da inde-pendência — ordenador e pug-naz, sereno e altivo.

O dia do Peru í, - pois, dosperuanos, porque a estes recordaum triunfo que eles obtiveram,perderam e renovaram, obrigan-do-os o destino, como os obri-gon, a dois esforços de emanei-pação; mas é dos americanos,pelo que memora primeiro daformação, depois da conquistada independência, em cujos tran-ses a dificuldade, servindo pararevelar a fibra do povo, valeucomo exemplo de que é sempremais precioso na vida das na-çSes o que se alcança pelo sa-errfício.

Costa REOO

ECONOMIA & FINANÇASA INFLAÇÃO ATUAL

Quando Iniciamos estes escritossobre inflação, ainda ao tempo daditadura, traçamos com isenção dcflnlmo as conseqüências Irrecusáveisdo aeu erro monetário. De saldadissemos quo a sua política flnan-ceira nos levaria ao seguinte: au-mento das Impostos existentes oucriação do novos, reajustamento dos.salários e ordenados, aumento dantarifas dos transportes, em geral, cencarecimento de todas aa mercado-rias, utilidades e serviços. Entáo,acrescentávamos que,

'ae a ültaduratentasse deflaclonar -x-abrupto pelaretraçío do melo circulante,, antesde um reajustamento. geral, nadamais faria que consolida' uma tra-paça financeira levada a efeito, pordemagogia, em íavor de alguns coma jatura da maioria.

A ditadura não deflaclonou, em-bora isso tivesse entrado em suascogitações quando e::pedlu um de-creto-lel, que náo ousou executar,.pelo qual pretendia enfelxar commão de ferro toda a atividade dosempresários. O reato aconteceu, semaquele erro provável que é semproobjeto dos grandes cálculos mate-mátlcos. especialmente os dos as-trônomos... aqui se fala sobre umaInflação astronômica.

O processo Inflaclonário a quenos submeteram, a principio Irreco-nheclvcl pela sua singularidade, foiImpar — reafirmamos — nos faatosfinanceiros. Não há exemplo de umaInflação do mesmo tipo promovidadellberadamente e testemunhada pe-la fllaucla lmpenitente do seu autorou autores.

Entretanto, uma das nossas aflr-mações anteriores mais chocantes,com ares de contradição, consistiuem reconhecer que o Brasil, ao lnl-clar-se o derrame de dinheiro, ea-tava em prosperidade, conseqllen-te à guerra, e em plenlsslma Infla-ção. Contra essa prosperidade cons-plrou apenas a Incapacidade dos dl-rlgentes c conselheiros —. os mes-mos de sempre — das finanças daditadura. Nela,' precisamente, ba-seou-se a ditadura para fabricar dl-nheiro. Sem ela não lhe seria pos-slvel, mesmo cm curto período (me-nor de quinze anos) emitir a dá-

J. MXsio lU-tOHT.

cima parte do papel que emitiu. Asconseqüências chegariam mais ripl-

damente. . •, ¦-Parece- que ae gencraliaou a Idéia

do que essa Inflação de um «6 la-dó sô, diferente de outras, é, porsi, sinônimo de miséria nacional e

Inevitável. Dal, talvez, o desacertoe a perplexidade nas medidos paraenfrentá-la. Todavia, o grande malproduzido pela sul generi» Inflação-Imposta ao pais consistiu nos des-locamentoa. econômicos que acarre-tou. Se prosseguisse com todo seucortejo dp abusos, favorecendo mòr-mento os sequazes da ditadura, en-tão o desastre seria Inevitável.

Vsta, pois, em cojunto, a Infla*ção — o plano financeiro da dltadu-ra — pode ter concorrido para dl-mlnulr a prosperidade que a guerranoa concedeu, porém não tornoumais pobre o Brasil. Podem os es-peclallstas calcular a renda nacio-nal como o entenderem, escolhendoa medida e os métodos que preferi-rem. Se a distribuírem per capita,não se esqueçam de especificar queaqueles deslocamentos aumentarama parcela dos nouveauas rtche» bra-sllèiros. ou residentes • no Brasil.Verificarão, talvez com surpresa, queo número de Indivíduos favorecidospela Injusta e desnecessária Infla-ção i bem grande. Tais Indivíduos,hoje, dispõem de renda avultada, enisto reside o verdadeiro enriqueci-mento que à ditadura lhes nssegu-rou pela lnflaçío, & custa da eco-nomla dos que trabalham mediantesalários," ., '.'

Aó encerrarmos estes comontárlo»há multo tempo aqui tnsertos gobum mesmo titulo, folgamos em re-glstar & decisão do paralisar as lm-preaíoras da dinheiro e pôr fim aosabusos praticados A sombra da ln-fiação monetária. A tarefa & dura,mas so poderá recomendar o govèr-no à estima do quantos possamcempreender-lhe o alcance. .__' umponto de partida para uma polltl-ci financeira, dentro da complexl-dade do problema monetário brasl-"lelro

(decorrente de uma economiacomplicada), posto que pudesse tersido reforçado por medidas préviasque o tornassem Invulnerável.

ISENÇÃO SO SELO NOS RECIBOSDB IMPOSTOS OU TAXAS

Consulta uma companhia de segu-roa terrestres e marítimos, com sedenesta capital, se o« recibos corres-pondentes ao selo cobrado em ga-rantla prouisdrto. por força dq dts-posto no decreto-lei n. 9.409, de27 de junho de 1946, quando exce-dentes de Crl 20,00, gozam ou ntode Isenção do aelo.

A respeito, declara a fteccbcdorlado Distrito Federal que os recibosreferentes a Impostos ou taxasquando passados por entidade que,por fôrr;a de lei, possa arrecadar,gozam da Isenção prevista na ali-nea "J" da nota 8" do art. 100 daTabela do decreto-lei 4.685, de 3 desetembro de 1942.

O SUPRIMENTO DE NUMERARÍOAS REPARTIÇÕES FEDERAIS

O suprimento ás repartições fe-dcrals. parn atender às despesas quetei)ham de efetuar, está regulado noart. 14 dò decreto-lei n. 9.813, de

de setembro de 1946; Portaria doministro da Fazenda, n. 631,. de 3de novembro do citado ano, e Clr-cular da Contadorla Geral da Re-público, n. 421, de 12 de dezembroainda do mesmo ano. '

Assim, .a Diretoria da Despesa eas Delegacias Fiscais, quando ne-cessitarem de numerário para as.suai. despesas e para suprirem asdemais repartições dos Estados,pedirão à Diretoria Geral da Fa-zenda que as autorizem requisita-10 do Banco do Brasil, na conta"Despesa da União".

R.-ceb Wa _ t ws „_• «trforijjKlo;. wea.3

rio u Delegacias Fiscais du egên-clu do Banco do Brasil, na contaIndicada, apenu a lmport&ncla ln*dispensável a completar, cnm dispo-nlbüldades diárias de 'Caixa", ne-cessaria A satisfação du auu pro-prlas despeiu e & entrega dos su-pr|mentos requisitados pelu repar-tlções federais no Eatado.

Estas também sô deverão pediros ' suprimento! Indispensáveis isdespesas d* cada mê» 0 os recolhe-rãó a, agência do Banco do Braail,na conta especial Instituída - peloitem III da Portaria 631 citada, edeles apenas ae utilizarão à medi-da du suas necessidades, mediantecheques,

São essu — declarou a Contado-ria Geral da República em recenteparecer — as normas atuais parao suprimento de numerário ás re-partições federais, não escapando aessa regra aquele que ae destina aatender ás despesu que se classl-fiquem nos "Fundos de RenovaçãoPatrimonial" e "Fundo de Melhora-mentos".

ESTÃO ISENTAS DO PAGAMEN-TO DO IMPOSTO DO SELO

O Banco da Prefeitura do Dlatrl-to Federal consulta se estão lsen-tas do pagamento do Imposto doselo as letras hlpotecáriu que eml-tir com base em dispositivo da seusestatutos e. em caso negativo, senas operações que realizar medlan-te n cmissJo de letru hipotecárias,cujo selo proporcional Já tenha aldopago no contrato, estio- Isentas deselo as letras correspondentes, apll-candü-ãí, por analogia, o dispostono art. 45 da Lei do Selo.¦Em resposta, declara a Recebe-

doria do Distrito Federal que,quanto ao primeiro caso, cm facedo que prescreve o art. 287, dodecreto-lei n. 370, de 2 de maio dt1890, ainda em vigor, u letras bl*potecárlu emitidas pelos bancos dscrédito real estão Isentas do paga-mento do Imposto do silo, nto ha-vendo, por outro ladp, na legisla-ção atual, dispositivo expresso tô-bre Incidência do Imposto nas letruhipotecárias. "

Quanto ao segundo caso, — acras-centa a Recebedorla — fica jrreju-dlcado, tendo-se em vista a respos-ta dada ao primeiro.

AUTORIZAÇÃO PARA O FABRICODH VINHO COMPOSTO

O diretor du Rendu Internu,de acordo com o disposto no art. lt,do decreto-lei n. 7.404, de 22 damarço de 1945, e para efeito de re-dução prevista em a nota 3» da ali-neu XIX do referido decreto-lei,concedeu à firma Fuel ft Cia. Ltda.,estabelecida com fábrica de beblduna capital do Estado de São Pau-lo, autorização para o fabrico dtvinho composto quinado, tinto, do-c., cuja fórmula lol arquivada naInstituto de Fermentação do Mlnls-térlo da Agricultura. ¦ ¦ • -

CONTRATO ENTRE A TOMO KO BANOO DO BRASIL

O Tribunal de Contas ordenou oregltto' do contrato entrt a Uniãoe o Banco do Brasil, para flnan-ciamento com aquisição de arroí,feijão, milho, amendoim, soja, gi-rassol e trigo em grão.

"RECORD" MA EXPORTAÇÃODE CARVÃO HORTC-AMÍRICAW

ÉM 1946/47Washington (Usis) — Os EiUdo»

Unidos exportaram 29.037.000 lo*neladas de carvão o coque para o e*"terior duranto o período de lí ~*"ses terminado a 30 de junho, o qutrepresenta verdadeiro recorde sobrtqualquer ano anterior, anunciou •tr. Johi- R. Steelman asiislente i*presidente norte-americano.

Aó dar i publicidade um reli-tório elaborado pelo capitão Gratt"ville. Conway, coordenador dos pro-grtaa*» de exportação de emergia-cia, o sr. Steelman declarou que ttl-vez mais do que qualquer outro fa-tor isolado, a escassez carboníferatenha sido responsável pelo atrsitna restauração mundial das devas*taçSea cansadas pela guerra.

"Aconfortante,' portanto", proj-egui-f."que os Estados Unidos, no ta»fiscal terminado a 30 de junho, fo»"sem capazes de exportar para o ex-terior — principalmente para luga-t«s onde a necessidade era mais in-tensa — quantidades sem precede-,-tes do combustível, e que o fizesse»nSo obstante as dificuldades de pró*dução e de exportação".

Os embarques carboníferos repre-sentaram cerca de cinco por centoda produção total norte-americana.A Europa recebeu 25.5 milhões <*'toneladas; o Hemisfério Ocidentel,2.75 milhões; a África, 1.5 milhões;as áreas trans-pacificas, 2.25 rai*lhões. Nos últimos meses, as remes*sas para a Europa foram quaseequivalentes à produção total con-sumtvel do Ruhr germânico,

Proescguiodo, o sr. Steelman dis-se que muito embora as necessida-des essenciais de alguns países eu*ropens não estivessem plenamenteatendidas, o carvão norie-americanoera de assistência vital à reco_6tru- jção do mundo. Todavia, advertiuque as condições no exterior indica-vam tornar-se necessária uma oxpor-tação continua e em altos níveis ds"rante o ano próximo vindoura, __.

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•v rO'RR13TO DA MANHA — Domingo, 27 de Julho de 19*7 ' ¦',¦'''

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INCENDIOU-SE NO AR 0 APARE.LHO DE BOMBARDEIO

Recife 26 (Asp.) — Caiu noCaplberlbo um aparelho de bom-bardelo da Base Aérea, de Cum-bica. Em conseqüência do desils-tire perderam a vida os quatrotripulantes do aparelho.

A queda verificou-se hoje cercadas ti horas. O aparelho lncen-illou-se no ar desconhecendo-eeainda as causas» do desastre.

OS MORTOS

Recife 26 (Asp.) — Consta queos tripulantes do avião sinistrado

mortos, sfio os tenentes Enlo Ro-sas e Sureros, e oa sargentos Pe-dro Alves de Oliveira e WeberDrumond.

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PROIBIDA A CIRCULAÇÃODE FICHAS

Salvador. 26 (A.A.) — A Se-cretaria de Segurança Publicadistribuiu uma nota a Imprensaesclarecendo que, a partir do dia1" do agosto próximo, fica ter-mlnantemente proibida a circula-não, como mooda dlvlslon&rla. dasfichas de papel e de metal eml-tidas pela companhia que expio-ra os servidos de bondes aqui.

A fim do evitar uma medidanuo acarret transtorno ao co-rafreo, o govrno do Estado Jâentrou em ontendmontos com aDelegacia Piscai para que a pra-

ça roooba a maior quantidade demoedas de 10, 20 e 50 centavose de 1 e 2 cruzeiros.

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LEVANTAMENTO DE FIANÇASO diretor da Despesa Pública

mandou cumprir precatória paralevantamento de fiançus expendl-das em favor dos seguintes lnte-ressadóe: Bertolo" Josó Ferreira,Cr$ 800,00; Artur Silvestre Lopes,Crj 400,00; Celso Sampaio Nas-cimento, CrJ 700,00; ArlstldesTavares, Orj 600,00; Henrique daSilva Costa, Cr$ 400,00; EdmundoJosé Vieira, Cr$ 300,00 e Cr$ ..300,00: Antonio Pedro de Olivel-ra, Cr$ SOO.OO; José Ferrão, CrfÍOO.liti; Manoel Pereira Ganço, ,.Crí 500,00; Álvaro Dutra de Sa,Cr$ 300,00: 500,00; 200,00; 300,00o 300,00; Ricardo Machado Ju-nior, Orí 1.000,00; 300,00: 300,00;300,00; 200.00; 300,00 e 300,0o:União Beneficente dos Chauffcursdo Rio de Janeiro, CrJ'500.00; .,1.000,00; 500.00: 600,00; 500,00;1.000,00; 300,00; 1.000.00 e 400,00;Cia. de Carris, Luz e Forqa doRio do Janeiro, Cr$ 300,00; 500.00;1.000,00: e Bphralm Magalhães.Cr| 400.00.

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RIO DE JANEIROFILIAL:' RUA BUENOS AIRES, 48AGÊNCIA:

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72 Agências nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro eDistrito Federal

DEPÓSITOSMOVIMENTO 2 % a. a.AVISO PRÉVIO 6 % % a. a.PRAZO FIXO > 7 % a. a.CONTAS POPULARES 6 % a. a.

O PESADOFARDO

Nesla quadra dc dificuldade* fl-naneolras haverft pouctis família*quo totthnm realmente escapadoda necessidade do pwtrtrigir comrigor suas dosposas. Em multo-canoa tudo quo é luxo fot supri-nildo e u indUpcnoAvcl comprimido, tudo com o objetivo de equllibrar o orçamento domístloo, .

Nas ntunl» coiuIIcDob, o grandeperigo a que estA sujeito o pr6-mio db HOf;u;-o de vldu fi o do sopoder conslderll-lo oomo de utlll-ilnde secundaria. 6 um irro ouepodorft ser funesto e que «6 ocgulsmo Justifica.

O seguro de vida deve ter lugurpredominante no orçamento do-mêstlco. É nccosslrio comproen-

«der que o pagamento do prêmiodo seguro, apesar de aparentemenvte representar uma desposa. ê,na realidade, uma modalidade deooonomla podendo até »er cons!derado como um lucro.

Concedidos foros do verba lm-preoclndlvel do orçamento de umufamília, lnscreveso entre os gas-toa rotineiros o o sou pagamen-to, uma vez satisfeito, representao alivio que sempre decorro deum compromisso executado.

Multas pessoas, de fato, aludem0.03 seus seguros de vida comose files constituíssem um pesadofardo. Essas pessoas talvez Jul-suem que seja mais Justo tirardos próprios ombros êsse pesadofardo e transforl-lo para aquelesque poderflo ser, de um momentopara outro, orfaos ou sua viuva.Que, para' os egoístas, e mais cô-modo, Isso é...

Considere-se que o seguro devida • o que êle proporciona. Jâvai longe a época em que suoutilidade ee limitava a pagar fu-nerais e algumas despesas decor-rehtes.

Bra a velha concepç&o do ee-guro, felizmente hoje Já suplan-tada. Nâo tra adquire o seguroapenas porquo se tem de morrer.Fazemos um seguro porque al-guí-ni que hoje estA sob a nossaproteçüo teirá de viver. Mante-mo-lo para quem vai viver; man-temo-lo para êste ou aquele coma convicção de um dever, que éuma das benemerenclas da huma-nldade.

SARATOGA.

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Vitaminas ooncetilrndns, cuja atuaçâ»i-norit.cu aAlire o orgaulimo enfraque-uldo pormlto comlmtor mui ellcazmentetfidas ns dollotóncla» llormono-VItaml-unls como: Debilidade sexual, Iraque-zn uuiMiiillnn, volliloe prematura, tadl-ma, perdn de memória e energia, de-•Animo a iinuratitouln no homem;—Prl-Kldei, IrregulnrldndOB ovnrlanas, Idadeorltloa, obesidade ou ningreza excee-ulvai, quedn ou laltn de turgóncls doa«elos, etiruftnmcnto dn cutis, na mulher;todos estas portiirbnvSen (Io uparClhotlnndulnr o vitaminai, tanlo nu Idmloivançiida como no moco. okasa, lm-iodado dlrotamoute de I.omlrra, em'iubslngoni nrlglnsl, "reliormoulia" *"rovltamlnlzn" o orgnnlbmo debilitado,

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reuniu nesta capital. O 5.' Con-prenso í-ealizai-seA. em 1960, aoRio do Janeiro.

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NA FRANÇAPoria (ONA) — A pa.rtlr do fim

da grúerra. so vem veHílcando naE*ransa uma revoluçfio feministaem larga escala. Secundo esta-tlstlcas rocem-elaboradas pelo MI-nlstéa-lo do Trabalho, hâ. a/tuol-mente uma operária na industria,para cada dois operários. A maiorparte da mão de obra femininaestâ concentrada naa fábricas,mas, recentemente, tem-se verl-ficado um tremendo oresclmentodo numero de mulheres que tra-balham em escritórios ou comosecretarias.

Para as mulheres franceses dehoje, a esposa do ministro do Ex-terior. Georgeg Bidault, ohamodaSuzanne Borek, é uma heroina daenvergadura de Joana d'Arc. Su-zanne foi a primeira mulher da

história francesa a Be qualificarpara, o serviço do Ministério doExterior, no estraraeeiro, •

Damos a seguir algumas cifrasrefltitlvas ao número de mulheres trabalhadoras: 260.000, con-tra apenas 62.004 homens, na ln-di^lrla têxtil; no comércio, ..343.000 mulheres, contm 600.000homens; . na industria • comôr-cio, de um modo geral: 1.707.600mulheres, contra 4.163.000 ho-mens.

Na tfrança de hoje, onde aindase recorda vividoinente que o pa-pel da, mulher noa negfelos ex-ternos era estritamente romantl-co, essas cifras 6Jo consideradasIndícios do uma nova era.

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INICIARA SUAS ATIVIDADESEH 1948

Lales Sueco»» (USIS) — Umn cnm-punha de âmbito mundial destinadaa obter recursos do fontes privadaspara o Fundo Internacional dnCrlanço, da ONU, será Iniciada em1040, segundo anunciou o nr, AakeOrdlng, da Noruega, á testa do re-ferido movimento.

O sr, Ordlng, fazendo uno dn pa-lavra perante o Conselho Econôml-co o Social, que estabeleceu o fun-do da crianças e que também auto-rlzou o apelo oficial cm nome dosNaçOca Unida», .dlsac quo levariaalgum (empo a Instalação' de ummaqulnlsmo apropriado para' a ar-recndnçflo de fundos no mundo In-teiro.' A orgonlznçüo da ONU emprcM dn crlnnçn — UNAC —'íol nu-torlzada a angariar fundos ná basede que em todo a mundo se obtl-vesse o equivalente a um dia. desalário de todas as «pessoas, Idéia

5sta prpoosta .pelo sr. Ordlng, A

nmpnnha seria lovada a efeito emcada pais por umn comissão nacio-nal.

O Fundo da Criança já deu co-moço a oou programa de auxilio áinfância necessitada em vários pai-ses, lançando mSo de fundos pro-porclonados. por governos que jáaprovaram a concessSo de suas co-tas, entreá os quais os Estados Uni-dos. França, Canadá e Austrália.

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EDITORIAL

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é um produto a base de hormo-nio pulverisado, extraído detestículos de touros seleciona-dos, pelos métodos de Stérn eBateli. Glantona vem demons-trando segura indicação nos dis-turbios da esfera genital, pro-duzindo novas forças propulso-ras. Desperta seiitidos amortç-cidos, assegurando, ao homem aplenitude de sua vitalidade.Tubos com 20 Drageas. Kxpan-são Científica S. A. — CaixaPostal, 396 — São Paulo.

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EXPOSIÇÃO INTERNACIONALDE LIVROS

Londres, (B. N. S.) — Váriospaíses da Amerlca Ijatinn, estiveramrepresentados na Exposição Inter-nacional de Llvroa que fot abortaem Londres, no dia 11 de julho, pe-lo dr. Hardman, secretário parla-mentar do Ministério da EduçaçSo.EstSo expostos cerca de 400 livrosprecedentes dc 11 países. , .

Manifestando a esperança de qüeLondres venha a se tornar um cen-tro internacional da confecção delivros, o dr.. Hardman declarou quea exposiçüo seria reproduzida emalgumas coleções que seriam envia-das aos Estados Tinidos, Brasil, Mé-xico, Argentina, Chile, Pcrú, Áfricado Sul, Nova Zelândia, França, Es-panha, Tchecoslovaqula, Polônia,índia e Indonésia. Essas exposl-çdes — salientou — concorrerão pa-ra que os diversos países se conhe-çam cada vez melhor.

EH ALTA 0 MERCADO DE ARROZSio Paulo, 2S (Asp.) — O merca-

do desta capital, há dois dias, vemfuncionando firme, tendo-ae regis-trado uma alta, que já atinge vintecruzeiros em saca. Essa alta alcan-ça apena o produto destinado á ex-portaçüo. O motivo da alta, se-gundp tudo indica, é a noticia davenda de dois milhões de sacasdesse cereal á Inglaterra.O FINANCIAMENTO DA SAFRA

DO CAFÉ'Santos, 26 (Asp.) - Anunciou a

Associação Comercial que a gertn-cia da agência local do Banco doBrasil prossegue dando execuçãoao financiamento do café, autoriza-do pelo Governo Federal e Iniciadoem maio ultimo.

PARA 0 APROVEITAMENTODE ENERGIA HIDRÁULICA

•O presidente da Republica as-sinou. na pasta da Agricultura,oa seguintes decretos: declaran-do de utilidade publica dlverBasáreas de terra necessárias ao es-tabeleclmento das instalações re-latlvas ao aproveitamento hidro-elétrico de Areai, cuja concessãofoi outorgada A Cia. Brasileira deEnergia Elétrica S. A. pelo decreto-lel 7.469. de 17 de abril de1945. e autorizando a referidaCompanhia a desapropriá-las: ou-torgando a Honorio Gomes, ouqhjpreea oue organizar, concessãopara o aproveitamento de ener-gla hidráulica da Cachoeira dasOliveiras, iio Ho Itapecerlca. din-trlto da séde do município de Ui-vlnopòlls. Minas; autorizando aCia.! Sul Mineira de Eletricidadea elevar a altura da barragematual da Ueina Poços do Caldasaté o máximo de 2,5Òm.

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DA Ia REGIÃO MILITARDevem comparecer á 2.* Sub

Seção do Estado Maior da 1.* Re-glão Militar, a fim dc trataremde assuntos de seus Interesses, osseguintes oficiais e praça da re-serva: Infantaria — 2oa- tenentes— Adriano Portes de Bustomente,Antonli Ferreira Borges, Fran-c'sco Filgueiras Júnior. Francis-oo Lira', Jorge Leitão da Cunha.Josó Carlos do Almeida Serra,l.ulz Batista Alves, Milton Mou-ráo do Vale Dart e Tito de AbreuFialho.

Aspirante a oficial — AthyrGu'marães.

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Artilharia — 2os. tenentes —Agostinho de Magalhães Blonl.

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frigerador que resolve o pro-biema do espaço, mas re-cuse-se a pagar mais caro.

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ohiiranj. com aproveitamento, oCurso dÜ Atuatlzag&o, que ndo«lonstltul requisito para promocfioos seguintes candidatos: JoãoBatista de Barros, Horítclu 'lcCarvalho, Ellson Souza Viana Jai-me ílontesano, Pedro Bornardo,Floriano da Cosia Araujo, Fran-cisco Ribeiro Reis," Ramiro deOliveira-O Paulo Monteiro Pon-tes.

. CmiNtlauItlu o flunilro tle iu-cnhodo Corpo Af ¦Fuíillelriw Nnvniít —De acordo com o despaclio do ti-tular da pasta, exarado na Con-sulta do Conselho do Almlranta-do o Quadro de Acesso dos Ofl-ciais rto Corpo de FuzIlelroB Na-vais, a vigorar durante o sèguntln

PRINCEZA IZABEL, AREDENTORA

A Comissão' Nacional, que promove comemorações clvlco-rcli-glosas por motivo da passagem, a 29 «lo corrente mês, dn 101." anl-versárlo do nateimentu da Princesa Iiabel, convida a todos o» bra-silelros, que veneram a memória da excelsa Redentora, para assis-tirem á missa, que em sufrágio de sua alma será rezada, nesseilia, ás 11 horas na Igreja da Candelária, sendo celebrante do «flclodivino o Exmo'. e Revmo. Sra. Dom Thomaz Keller, Abade doMostelr» de São Bento, r á sessáo solene, que se realizará, sob apresidência de honra de S.A.I.R. o Príncipe Dom Pedro Henriquede Orleans e Bragança, ás 20 horas e mela. no salilo nobre do I.lceul.ltcrírln Português á Rua Senador Dantas, ocupando a tribuna ossrs. .drs.: Augusto Pinto I.lma, Presidente da Ordem dox Advo:gados do Brasil Aureliano I.eltc, Deputado Federal por S. Paulo,e Gustavo Barroso da Arademla Brasileira de Letras c Diretor doMuseu Histórico Nacional. (32894)

semestre rio 1947, ficou assimconstituído: a) — para promoçãoao posto de capitão de fragata osseguintes capitães de corveta: Ml-guel Barbosa Lima e Jost* DenloioAlvea; b) — para promoQio aoposto da.capltio de corveta, os ae-sulntcs capitães tenentes; Deo-cleclo Bornardo.'de Souza e Leo-nldas Teles Ribeiro: e ainda, parau posto do capitão de mar guer-ra o capitão de fragata OllbertoSleple da Sllva. s

.lul«pie* nrflltarr-j — Porain sor*teartos pela 2a. Auditoria da Ma-rlnha Juizes do Conselho Perma-nente de Justiça Militar para oII» trimestre do corrente ano, em_mh_.tlulc.ln aos ca.pltfies tenentesnZinar Pnnte.i Ramos e L«uiz Felt-no Sinal os ditos: Seglsmnndo Be-

lo rta Silva » Gilberto Magno Sa-cramento.

Itleençns pnrn .rnlaiiicnto dnSaude — Pelo diretor geral doPessoal foram licenciados vaiatratamento de saude os íegulntcnservidores civis: Osmar Mesquita,Iaraclr de Oliveira Costa, Mariode Rose, JoHo Pereira da Cunha,Antônio da Silva, Antônio da Sll-va Amado, Antônio Ferreira d»Sllva, Valter Rodrigues Ferreira,Benedito da Assunção dos SantosDavi Tobias da Rocha, Jos6 Fur-tado de Souza, Valdevlho .loaqulmMartins, Laudellno Melo, .TuiloFerreira, José Joaquim dos Snn-tos, Florlpes Flauslno da Silva,Osvaldo Cavalcanti Muni?:, GulrioQulhtarele, Antônio José Neves «Belmlro Soares dos Santos.

EDITALESTÁDIO MUNICIPAL

Torno publico, para conhecimento. dos Interessados, que o Exmo.Sr. Prefeito General Ângelo Mendes de Moraea, aprovando o parecerunanime da Com rão instituída pela Portaria n. 16», de 30 dc Junho d«1947 ("Diário Ofii al", Seção II, de 1 de Julho de 1947) e presidida peloDr. Luiz Gallnll,' Sub-Proçurador Geral da Republica, a fim dc Julgaros ante-projeto» de construção'do Estádio Municipal, e tendo em vista,tambem, o pronunciamento da Comissão plenária a quê foi submetiiloo referido parecer, bem como o oficio n. 1.735. de 23 do corrente, doSr, Secretário Geral de Finanças, decidiu :

1) fica aberto o prazo de dez (10) dias, a partir de 28 do corrente,íios 3 (três) principais subscritores' dos 3 ante-projetos de construçãodn Estádio a fim de que, em comum, apresentem A Prefeitura do Dls-IrUo Federal, por Intermédio do Presidente da Comissão Instituída pelaPortaria n. 1B9, de 30 d Junho dc 1017, doclaraçSo escrita de concor-dancla para'elaboração do projeto definitivo, condicionado ás exigênciasestipuladas pela dita Comissão e constantes «do relatójlo aprovado.

2) na hipótese de não ser possível a colaboração, em comuni, dnls(2) dos nrlnclpals subscritores dos ante-projetos, ou carta um dos prln-clpals subsrrltorcs. poderão apresentar a dita declaração.

J> na declaração a ser apresentada, dentro dc prazo aberto por esteKdltal. devem ser expressament- estipulados os preços dos trabalhosque serão executadas, com todas as minúcias dc demonstração e corres-nond»ntes ás diferentes etapas do seu desenvolvimento.

4) faz-se mister, também, que o« concorrentes Indiquem a garantiaa ser recebida nela Prefeitura do Distrito Federal, quanto ao cumpri-niento das cnndlçSes exigidas, ihr-tusive a conclusão dos trabalhos rela-livos ao proieto definitivo dentro do prazo Improrrogável de 45 dias,a partir ,da data de publicação no "Diário Oficial" da Prefeitura, dodosnncho d" nprováefto «In Evmo. Sr Prefeito.

Secretaria Geral de Finanças, em 20 de Julho de 1947.(a) JOÃO GUALBERTO MARQUF.S PORTO

Superintendente da Superintendência d«>financiamento Urbanístico.

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Gerson Máximo de Azevedo, Ra-fael Galvão Júnior e Arno Jense.

Intendentes — 2os. teenntes —Adauto José Seabra, Arl Sartòra-to e Antônio Ma/noel Lope» Filho.

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A cerimonia terá, lugar âs 21,30horas, nâo havendo convites eo-peolals. *•

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Encarregado de.I. -. M. — Oministro, em despacho de Ontem,resolveu conceder prorrogação domais 20 dias no praao para o tCr-mino de um Inquérito Policial Ml-litar de que se acha encarregadoo inajor Horaclo Cardoso Macha-do. •

Comando de Região Militar —Segundo comunicação recebida noMinistério da Guerra, reassumiuo' comando da 6a. Regido Militare 6a. Divisão de Infantaria o ge-neral Osvaldo Cordolro de Farias.'• Requerimento- despachado» —Pelo ministro foi deferido'o re-querlmento de Heslodo de QueirozFacO, arquivado o de Pedro Jun-queira Azevedo e Fulgenclo SilvaLima, peça certidão, querendo.

Aprcicntacflo de Oficinl General— Por ter deixado o cargo de dl-retor de Engenharia e ter sidonomeado Administrador da Estra-

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da a* Ferro Santos Jundiai, _upre*sentou-se, ontem ao ministro daGuerra, o general Durlval Brito eSilva.

Comando da Artllhnria DivUio-nária da 6* Regido Militar — As-sumiu o comando da ArtilhariaDlvlslonârla da Ea. Região MIU-tar, o coronel Milton Daemon.

Vai assumir a Chefia do Serviçode Intendencla da 7a. Regido MI-litar — A fim de assumir a suanova comissão deverá seguir den-tro de poucos dias, para Recife, ocoronel Lauro Loureiro de Souza,que vai chefiar o Serviço de In-tendência da 7a. Região Militar.

A seu respeito, o diretor Geraldo Departamento de Administra-çlo tornou publico o seguinte:"Ao o deixar, o -coronel JjauroLoureiro de Souza, as íunçlies derelator da Comissão de Concor-rendas Administrativas, cunvpre-me agradecer-lhe o excelente au-xlllo que me prestou com tantaprobidade. O coronelLauro é umdos oficiais que lutam pelo en-grandecimento do Exército, n&omedindo esforços nem receiando

fadigas no eeu trabalho.Honesto, eulto, zeloso .« meto-

dloo, estuda a fundo os problemasa seu oargo. Louvou-o por essasqualidades e pela disciplina e dls-creçtto com que agiu nas funçOesíe relator da Comissão de Co.*correnclas Administrativas reco-mendando?se como otlmo oficialIntendente do Exército".

GAFANHOTOS EM BLUMENAUJ.orí_n<5pol_, 2. (AA.'1) — No-

tfcláis de Blumenau dizem quepassou por aquela oi_£-dé grandenuvem de gafamhotos, .ue oh-

gou a escurecer parctelme-ite. osol, seg-_ndo em» dlreçüo eo RioGra-ide do Sul. donde esta» vol*tando, em virtude dos ventos rei*nantes. Hoje, tem passado nu-vens menores em dlreçHo ao nor-te. As iruas e praças de Blume-

¦ n_u estão ohelas de gafanhotos.Temem-e grandes estraigos ma ta.*vouira. do vale do Itatfai.

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PUBLICAÇÕES APEDIDOAVISO AOS

SECURITÁRIOSOs mesmos agitadores quo ln*

1luzlu71.u1 a laboriosa o honestaclasse dos seciirltfl.rlos a rejeitaro acordo que lhes foi propostopelo Sindicato dan Empresas doSeguros Privados e Capitalização,o, lancando-a a uma demanda, doantomílo fadada a insucesso, obs-taram a-que colhesse, desde o anopassado, mttltM* mumonto o me-lhores condições do que aauelasque" logrou com a sentença doTribunal BuT>orlor do Trabalho;— tentaram, no dia desta, maisum dos seus golpes contra a cias-'«o em quo constituem aponanfermento de dlijcô-dla. Para ls-bo convocaram •uma, assembléiana sede .SlnAlcjil, onde em Bístia-da vltuiporaram os dignos mlnls-ta-os <lo. mala alto Pretôrlo Tra-balhlsta de nossa Pátria. A ês-se deprimente espotíJculo, opôs-se a Juntp.'Governativa do Sin-dlcato, a qual, por Isso,,esti. aco-ra sendo alvo das Injurias e ca-lúnlas daqueles maus elementos.

Destas, consola de sua eleva-qilo e dignidade a Junta não sebaixa a tomar oonheclmento. Omotivo do presente 6 apenas es-clurecer '.os seotu-ltários de quepela lei orgânica do Sindicato(axt. 29) aa assembléias geraisextraordinárias sô apodar&o serroali_adas.com autorização; préviado.D. N. T, Lícita, apenas, (art-30V sua convocação feita, pelosassociados, mediante' requerimen-to.escrito oo Presidente do Sin-dlcato. '

Ópondo*e, ^portanto, 6. tumul-tuâirlá assembléia, convocada fo-ra dos termos e prazos da lei; aJiinta nada mais fêz que oumprliro seu dever de observar e fazerobservar os Estatutos que regemo Sindicato sob sua administra-çáõ.

'

5 AJ-nla, por mais que lhe mor-das os calca/nhairea, por tanto tem-po quanto' presidir os destinos doSitidlcato, n&ó consentira, em qual-quer violação da lei ou dos Eslatu-tos, nem facultará, a transformaçãodaquele em célula de irradiaçãode promessas íalazes, esperançaslireallzavels e mentiras deslava-das, que foram, os meiog usadospor esses agitadores, no sentidode fazerem 'seus cartazes, e ser-virem súa ambição desordenada,sempre com prejuízo dos legítimose verdadeiros interesses da cias-ee.

Pela Junta Governativa do Sin-dlcato dos Empregados em Bm-presas de Seguros Privados • Ca-pltalização do Rio.de Janeiro.

Pedro Fonte» Casoe» — Presi-dente. (K1113)

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Bm visita ao Serviço de Identtflcaçâo da Ae-ondullc- e diretorio Muecu Vucetlch, de La. Plata— Estevo em visita ao Serviçode Identificação da Aoronautlca.o professor Slslan Rodrlguez, dl-rotor do Museu Vucetlch, de LaPlata, e quo veio ao nosso paísrepresentar a Argentina no Con-gresso de Crimlnologia. Acompa-nharam-no na visita sua esposae o sr. Bgas Muniz, diretor doInstituto de Medicina Logal daBahia.

O Ilustre cientista percorreu to*dos os departamentos da repor-tlção, com vivo interesse, tendomanifestado oo seu diretor, sr.Cláudio de Mendonça, a maçnlíl-ca Impressão que colhera. Con*siderou o Serviço de Identifica-ção da Aeronáutica oomo um dosmais perfeitos do que tinha conhe-cimento.

Convocado para o serviço atli)o—. O ministro assinou portariaconvocando para o serviço ativoda Força Aérea Brasileira.' o os-plrante aviador da reserva de 2."classe João Carlos Mena Barre-to Monclaro, que concluiu, com

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Chamada para amanhl. ás 7 horns— Guilherme Morach Corrêa Joséda Silva Melo. Vasco Cabral Bai-lliaiar. Sara Areai Wilson LeiteSoares José Rodrigues de Souza,Carlos Gonçalves. Manoel da CruzCarvalho Júlio Baptlsta de Olivei-ra Vicente Costa. Augusto da SU-va, José Augusto, Luiz Silva Gran.ia Hemeterlo de Azevedo- Filho.Isàác Braner, Jair Couto Vidal, Nil-sol José Lorena, Fernando.dos San-tos Pinto João Emílio da .Costa,Jo5o Gomes da Silva, Antônio, daSilva Ferreira, Antônio RodriguesNeto. Ivan Gonçalves Pereira., i

As 8,15 horas — Delamare Rlbei-ro, Maria Helena da SUva Novaes;Nelson Otton Marslglio. BenjaminFernandes, Ivo de Oliveira, Aífon-so Barbero Lopes. JoBo Lima", NlloGonçalves Nogueira, Wilson Perel.ra GulmarSes, Almyr Howard Gue-des JoSo Luisettl, JoSo Alves dèCarvalho, Antônio.Gomes de Abreu.George Vieira da SUva, ManoelFrancisco, Francisco Gargalhone.José Coelho da Silva Pinto, Sebas.tiSo de Paula, Ariovaldo MarinhoCavalcante, José Arantes de.MeloEsquine de Oliveira Barbosa, AnibalDias Teixeira. Manoel Rodrigues..

As 13 00 horas (Motorneiros) —Jorge Eduardo de Almeida, LuclanoSllverlo, Braulir Augusto de Almel-da, Abelardo Benedito de Paula,Arlindo Fernandes, Jonas Leite, Ma-noel Correia, Manoel Raimundo,José Valerio Carneiro, HerotildcsAfonso de Oliveira, Wilson Lago.Sylvlo Viana,'Pondano Francisco daSilva, Manoel Martins Mendes Fl-lho.

MULTAS

(Em 8-7-947)

Estacionar em local nSo permiti-do: 188 — 362— 888— 1687.—2078 4- 1942 2463 — 2697 —2729 2846. 2872 — 3001 —3570 3752 —'' 3775 — 3870.' —4610 4626 4984 — ' 5100 —5141 5223 5552. — 5915 —6317 6517 0690— 6718 —6876 7068 7133 — 7190 —8006 8199 8290 — 8740 —0016 9159 9379 —. 9602 —9951 10800 10872 — 11178.—.11195 —11887 12267 — 1090B —13546 13623 13848 — 14510 —1*5114 15467 16305 —* 16415 —16595 17683 17707 ¦ r- 17931 —18548 18789 19258 —19490, —19523 19805 20209 —,20606 —20824 20941 21197 — 22076 —22267 22421 22472 — 22726 —

SANTOS • RIO NATALEMBARQUE IMEDIATO

DE SUAS CARGAS PAHA OS PORTOS ABAIXO:VITORIA — BELMONTE — SALVADOR -(ITAPAGIPE) — ARACAJU - PENEDO .—MACEIÓ — RECIFE — JOÃO PESSOA ¦

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22378 — ¦ 23529 — 2353 — 23711 —

24005 — 24306 — 24770 — 24846 —

24924 — 24950 — 25342 — 25340 —

25415 — 25136 — 25567 — 25726 —

25804 — 25880 — 25884 — 25015 —

25993 — 26049 — 26066 — 26136 —

26172 —' 26264 — 26268 — 26271 —26467 — 26512 — 26873 — 27009 —40732 — 40966 — 42548 »- 42619' —

43673 — 46738 — 43742 — 44193 —

44810 — 45590 — 46615 — 46895 —47276 — 63399 — 63564 — 70605 —70738 -i—.*,37-7 *-r .73853 — 87674 —RJ 2383 — 7405 - 11831 — MG 52070103020 —'*3B35 —.52530 — PE 2124

-3370'- .-u»"'* SP 506 — 10736 —.214355092 — 22259 — 28775 — 107841WZJltJ"— ER 71368 — PÉ 772544

Desobediência ao sinal: 331 — 3871123 — 1208" — 1584 —. .4034 —

6310 <r- 6624 — 7565 — 8055 - 86858876 — 12058 — 12503 — 1247713904 -- 14145 — 15639 - 1652716508 — 17655 — 18077 — 18689Í19Ò59. 19331 — 19861 — 19914

'20133 —. 20870 — 21663 — 220062.101 —, 23591, — 23753 — 23819

.23955 — 24137 — 25260 — 25516"25786 — 25805- — 25869.— 26440'26448 — 26624 — 26920 — 26950

40265 '—41248 — 41680 — .42298 —

429-4'— 460.9 — 46292 — '47026 —47512 — 85841 — 64532,— 64586 —67455, *- 68272 — 71857 — 85429 —87359 .— Jeep 170 — 'Ônibus

8000680037- — ¦ 80065 — 80162 — 80317!80457 — 80690 — .80740 — 8091080911 '— 80962 — 80978 — 8111481122 — 81124 — 81125 — 80990AR1871 — SP. 1854 — 6307 —

22300 — RS 34474 — 907583.Excesso de buzina: 23582 — 23933

Ônibus 80911.. ..."Interrompe ro transito: 42599.

:Parar. na curva ou cruzamento:47190 — Ônibus 81123.

Meio fio e bonde: 1362 — 4167 —MG 43758 — 32581.

Contra mão: 8675.Contra mão de direção: 42. — .1593

3532 — 5347 — 6541 — 7799 —

BANCO DO DISTRITO FEDERAL S.A.FUNDADO EM 1919

Capital e Reservas - Cr$ 77.173.287.10Sucursais: Splvodor. (Bahia), Belo Horizonte,

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tagem em Wllltama Fleld, nos Es-tados Unidos.

Oonoetomento de punições —O mln-itro atendeu ao pedido domajor Intendente .-fio Nepomi.-oeno da Costa FUho, cjiplt&o. In-tendente. Renato Castro de Fred»taa Cosia, primeiro sargento Iva-noflt Oomcelçllo e segundo aar-gento Nelson de Almeida, aObrecancelamento de punl.8e_ que'lhesforam Impostas-

O camcelamento foi ooncedldode acordo com o número 3 do ar-tlgo 75 do R. D. Aer.

Pode funcionar — Oom o fimaproveitamento, o curso de pilo- de explorar o ü-aiiseporte-asreo, a

Auxiliar de Escritório4

ADMITIMOS UM AUXILIAR DE ESCRITÓRIO, COM

PRATICA. PROCURAR O SNR. CONTADOR DA CIA.

C1PAN, A AV. RIO BRANCO, 311—2" ANDAR. (38074)

sociedade Alolslo L. Ribeiro, dei ver que a autorização é dada emSalvador, Ba,hla, solicitou autori- comipromleso a concessão deli-ração para o seu funcionamento nhas, o que fica na dependênciaJurídico. O ministro atendeu ao Ide pedido posterior e sujeita nspedido, mas no isevt despacho fail exigências legais.

DEPARTAMENTO NACIONAL DO CAFÉ(Em Liquidação)

SECÇÃO DE FISCALIZAÇÃO E ESTATÍSTICACOMUNICADO N.° 47/10PRODUÇÃO EXPORTÁVEL DE CAFÉ

•ATRA IM./47

Quantidades despachadas e registradas nas Agências • Postos de Fiscalização do Departamento Nacional30 de JUNHO de 1947

Unidade: saca de 80 quilos,

m'* Café, até

ESTADOS DE PROCEDÊNCIA

12448 —22525 —41724 —

9890 — 10651 1170913708 — 16681Í 1773923870 — 28375 2647147102 — 47471 4764669041 — Ônibus 80049 — 80058 —80317 — 80632 81026 — 81059 —81104 — 81014.Excesso de .fumaça: 71206 Oni-

bus 80240 — 80529 — 80647 8065680S94 — 80697 — 80764 8076880997.Diversas Infrações: Apr. 51 — P

130 — 233 — 496 — 1435 — 1551 —1622 — 1926 — 1993 - 2426 - 34924575 — 5000 — 6585 - 6870 —

7574 — 8468 — 10039 — 10409 —10435 — 10621 — 11688 — 11945 —13115 — 14203 — 15640 — 17292 —18936 — 19071 — 19332 — 21170 —22387 — 22613 — 22618 — 23640 —23665 — 23780 — 25288 — 25578 —26209.— 26645 — 40028 —.40717 —40721' —' ,40136- 41236 — 41383 —42572 — 43144 — 43267 — 44393 —44985 — 45309 :— 45617 — 45988 —46486 — 46641 — 46659 — 46759 —48733' — 47000 - 47104 — 47178 -47191 — 47207 — 47309 — 47333 —47359 — 47633 — 47677 — 47692 —47810 — 47815 — 47878 — 48014 —62249 — 64349 — 63537 — 65993 —67011 — 67117 — 67190 — 68870 —71393 — 71677 — 72722 - Bonde 17712511 — 2554 — CD 245 — Ônibus

80317. — 80355 - 80375 — 80378 —80726 - 80765' — 80795 — 81001 —81088 — SP-1438 — RJ 2038 — PE2465 — PE 250 — CE 4469 — SP5365 — RJ 4607 — RJ 15085 —' 27879MT 4469 — Ônibus 81000 — 8101081126 — 81007 — 81012 — 81018

81023.FEIRA DA PRAÇv* DOS EXPE-

DICIONÁRIOSDa Secretaria da Agricultura in-

formam que a feira livre Instaladaprovisoriamente na rua Conselhet-ro Galvão, deverá retornar, a par-tlr de amanhã, á praça dos Expe-dicionários (antiga praça das Pe-rolas), em Rocha Miranda. A refe-rida feira livre füBcionarâ regular-mtnte á ssegundas-felras.

EX-EXPEDIClONARIO CHAMADOEstá sendo chamado á Secção Es-

pecial da Força Expedicionária Bra-silelra, a fim de tratar de assuntode interesse o ex_cxpedlclonarloAnacreonto Lessa Rates.

COTAÇÕES — Por 60 quilos —Branco cristal. Cr$ 16100; Cristalamarelo. Cr? 152,50; MascavlnhosCr$ 144.40 e Mascavo. Cr$ 144,00.

EM PERNAMBUCOOntem — Mercado estável.Preços por 60 quilos: Usina de 1»

Cr$ 170.00; Cristais. Cr$ 147,00; 3.»sorte. CrS 110,00 e Demerarast Cr$135,00. Preços por W quilos: Mas-cavos. CrS 32,50 e Somenos, Crí42,50. "

Entradas — Ontem, nada; desde1" de setembro de 1948: 5.485.081;

Exposição: 8.333,Existência: 1.108.559.Consumo: 1.000.

Al GOMOAinda ontem, esse mercado fundo-

nou em posição e-tavel e com en-tregas animadas.

Não houve entradas; saíram 450fardos e ficaram em estoque 20.642ditos.

COTAÇÕES _ fibra lunga - Serido tipo 3, Cr$ 138,00 a Crí 138.00e tipo 4, Crí 128.00 a Crí 130,00fibra média - Sertõei, tipo 4, Cr8120,00 a Crí 124,00 e tipo 5 Cr$110,00 a Cr$ 112,00; Ceara tipo 3minai e tipo 5 Crí 108,00 a Crí110.00. Fibra curta — Matas tipos3 e 4. nominal. Paulista tipo S, no-minai e tipo 5 Crí 120,00 a CrS122.00

EM PERNAMBUCOMercado — Calmo.Preços por 15 quilos — Mata tl-'

po 5 — Compradores: Crí 115 00;sertões, tipo 8. CrS 115/K».

Ontem — Entradas 7.000 desdel.o de setembro de 1946: 294.200.

Exportação: 2.900Existência: 800.Consumo: 700.

S. PAULO. 28.CONTRATO •'A"

(Ontem)NSo cotado

CONTRATO *B"(Ontem)

Para entregaem-

VIDA COMEBCIALCANBIO

Ontem esse mercado funcionouem posição estavei e com as taxasInalteradas.

Taxas de saquesCrí Crí

Abert recnLibra 75,3948 15,3948Dólar ,18,72 18,72Peso STg.. . . 4,6365 4,6365Escudo 0,7579 0.7671Peso chileno. . 0.6039 0.6039Peso i boliviano. 0.4457 0,44.7Franco suíço.. . 4.3738 4.3738Peso uruguaio -.- ' 10,6082 -10,6002Franco. ... 0.1574 0.1574Fr. belga ,. . . 0.4271 0.4271i oroa dinamar»

quesa , . . . . 3,9008 3.9UU8Corla sueca . . -.2109 5.2109Coroa tcheca . 0.3744 0.3744

< Taxas para comprasLibra ......i.i... 74.0285Dólar 18,38Escudo ................... 0,7441Franco suíço. 4,2596Peso argentino 4,5187Peso uruguaio '. 10.2111Peso chileno 0,5929Franco 0 1546Coroa sueca,' .,..,.. 5,11,62Coroa T. Slovaquia ...... 0.3676Franco betóa 0419:'Coroa inamàrquesa 3 83

Taxas para repasseLibra . .........:,...... 74,501»Libra. 30 dlaí 74.3238Libra, 60 dias 74,2813Libra, 90 dias 74,1388Dolai 18.50Franco suíço*. 4,2874Coroa sueca 8.L496.Escudo .....I.. 0,7491)Peso argen'lrio .4,5482Peso uruguai. 10.2778- OURO

Ontem o Banco do Brasil afixoupara comprai ouro fino 1000/1000 opreco de Crí 20.8178 .

CÂMBIOS ESTRANGÜRÕT"-LONDRES. 26.

Abertura e te»cbamento•Londres s. Nova*_oik a vista ... 4.02.75 4.03.2»

Lisboa è vista por£ (Esc) 8-.80 100.»

Madrid f vistapor # .;..-......' 44.00

Estocolmo cabopor £ (Kr) .... 14.47 14.50

Rio de Janeiro - •A vista oor £(Crí) 15.39.48 15.39,48

Uruxela. á vista.. 176.50 176.75Montevidéu a via-

U por £ CT) ... t.» 7.J0Copenhagu» A vis»

ta oor £ (F) .. 19.Si 1*3.-3Oslo á vista por - ¦

. ; e.. IKU ..-, IO 98 ao.D.

10.68

toi.oo470.70

Canadá A vista por£ tí)

Berna A vista por£ IT)

Amsterdam A vis-ta por £ (F) '..

Praga A vista por£ (Kr)

Paris A vista por£ (F)

B Aires A vis*Dor £

Montevidéu, 28.As 11,35 horas,

Montevidéu sobre NovaYork í vista por 100dólares:

Taxa de compra (P.)Taxa de venda (P.).

BUENOS AIRES. M.As 11,35 horas.

Sobre Londres:Taxa de venda (P,).Taxa de compra (P.)

Sobre Nova York:Taxa de venda (P.).Taxa de compra (P.)

4,02,75 4.03,25

17.34 17.38

10.7U

-02.-0

460.30

189,45190.00

16.4218.39

406.75406.25

Em agosto, 1947Em outubro. 1947 .Em dezembro 1947Em Janeiro 1948 .Em março 1943. .Em maio, 1948 .Em julho, 1940

Comprador»Abert Fecn

N/c.160,00

181,700162,00165,00N/c.N/c.

155,00160,80181,90182,40165.80163,90162,00

Posição do mercado — Na aber.tura estável; no fechamento esta.vel.

VENDAS - Na abertura nada; nofechamento: nada.

Cotações dn disponívelTipo 4 170,00Tipo 5 155.00Tipo 6 127,00

São Paulo

Minas Gerais .

Espirito Santo

Paraná

Rio de Janeiro

Bahia (1)

Pernambuco (1)

Goiaz

TOTAL

PORTOS DE EXPORTAÇÃO

Santos

8 929 699

1 128 347

391 080

77 998

10 527.121

Rio de Janeiro

6 797

604 893

5-6 978

171 373

1609 937

Vitória

«681

666 0-8

Par anagni

«6*767

Salvador

ttl NO

Y706 700 «5-767 ltBOO».

BecS-t

MB 196

Angra

doi Reli

191161

TOTAL

-M

8S39 4*<

3 «6 101

1.1*2 003ü14IB847

mm183 600

US 169

77995

Sm íer 18 9M8M

f] !/j.?.*VftÍ '- ¦ -(1) : Liberação durante a safra. ANTÔNIO STOCKLER DB QUEIROZ — Frssldente.

COMUNICADO N.° 47/11POSIÇÃO ESTATÍSTICA DO CAFÉ NO BRASIL EM 30 DE JUNHO DI 1147

Existência nos reguladores, estações e vagões, e em transito1. DISCRIMINAÇÃO SEGUNDO OS PORTOS DE DESTINO E ESTADO* PRODUTORES

',;-''l *

*-'•»

sàssammssunidade: mm «e 6» «oBel.

.ORTOS DE DESTINO

Santos (1)

Rio de Janeiro .

Angra dos Reis

Vitória

Paranaguá

TOTAL

ESTADOS DE PROCEDÊNCIA

Slo Paulo

4 7B4 316

M. Gerais

369 123

23 955

12 481

736

4 784 316 406 398

E, Santo

107 543

12 464

120 007

- Rio dl

Janeiro

18 K?

18 307

j____S_9*ll

rusni

477 eoe

408 086

880 8*93

«Mai

UMO

18 869

w

VOTA-

E4846 918

«3 708

MMO

4(8 069

6 1-9 080

(1) : Cifras da Superintendência dos Serviços de Café.

CAFÉCAFÉ' EM SANTOS

DIA, 38Posição do mercaod estável.Preço - Tipo mole - Crí 87,00:

duro, Crí 82,00.Embarques: 33.509 sacai; entra-

das 44.773 ditas estoque 2.-83.668.Não houve saldas.

CAFÉ' A TERMOCONTRATO "B"

Vend. Compr.Unlca chamada

Em julho. 1947 . . — 46,40Em setembro,' 1947 . — 43,00Em dezembro, 1947 . — 43,90Em janeiro, 1948 . . — 43.90Em março, 1948 . . — 43,90Em maio, 1948 ... — 43,90

Posição dn mercado — Na abertura calmo: no fechamento nado.

VENDAS,- Na abertura nada: nofechamento, nada.

CONTRATO "C". (Ontem)

Café para en-trega em:

Eni julho. 1947 .Em setembro, 1947Em Outubro . . . .Em janeiro, 1948 .Em março, 1948 .Em maio, 1948 . .

Vendas

Compra dore.»Unlca chamada

90,5086,50

1.500

82 0081,1080.40

Posição — Estável — Nada.~~ AÇÚCAR

O mercado desse produto funcio-nou, ontem, em posição sustentada,cam regular movimento de entregase sem alteração nos preços.

Entraram 8.966 sacos de Campassairam 8.966 ditos e ficaram em extsteocia 32.«*"__ - ..

% fi f i * * I r ft f 5SOCIEDADE DAMAS DE M1SE-

RICORDIA DE NOSSA SENHORADO LÍBANO.

ASSEMBLÉIA GERAIa• ORDINÁRIAAvião,

A Presidente e a Secretária dadita Sociedade na conformidadedo artigo 19 dos estatutos, convi-dam a a sócias quites para no dia31 de Julho de 1947, se reuniremás 15 horas na sede provisória daSociedade á Rua Conde de Bom-fim, 638, no salão nobre do Coleglo Nossa Senhora do Líbano,para elegerem ou reelegerem osmembros da Diretoria, para o no-vo período com o disposto no ar-tlgo 4» doa Estatutos da Socieda»de. — (nas.) trnhlbn Plrjam Ma-ronn — PreMilenlei Yvonne TaolI.— Secretária. (20784)~

AOS ROSACRUZES

X. DISCRINAÇAO SEGUNDO AS DIVERSAS SAFRAS E PORTOS SE DESTINO.

(AMORC)Sollclta-se a todos os mem

bro» ativos da ORDEM ROSALRUZ (A.M.O.R.C.) dista ca-pitai, comparecer a rua da As»sembléia n» 104 5» andar, sala503, onde serão atendidos dia.rlamente das 10 ás 11 hs., afim de deixarem os seus nomese endereço» para a organizaçãode um núcleo e a respectiva for-mação de um Capitulo da Ordemno Rio de Janeiro.•"VAI/TER BBRGEK.

(364251

EDIFÍCIO NILO PEÇANHAAvenida Nilo Peçanha n°. 12Ficam convidados os Senhores

Condomínios do Edifício Nllo Peçanha para a reunião que terá lu-gar no dia 31 de Julho correnteas 17 horxs no mesmo Edifício AAvenlda Nilo Peçanha n» 12 sala701.

35 a seguinte ordem do dia:a) Prestação de contas do 1°

semestre de 1947b) Providencias de ordem admi-

nlstrativasc) Assuntos geraesRio de Janeiro, 2! de Julho de

1947 — Cooperação ImobiliáriaLimita--* "SÍNDICOS._.w (28.298}

ESTADOS E SAFRAS

POSTOS DE DESTINO

SAO PAULO

1945/46 .'

1946/47 ..;.... *......,.,

M-NAS GERAIS

1943/44 „..

1644/45

1945/48

1946/47

-SPIRITO SANTO

1942/43 e 1943/44

1944/45

1945/46

1946/47

1847/48 '.

PARANÁ'

1944/48

1945/46 ,.,..-_

1948/47

RIO DE JANEIRO

1945/48

1946/47

GOIAZ (1946/47)

TOTAL *.

Santos.

> 784 316

.140 174

1644 042

360 133

8868

70 866

40 869

361 890

477 608

40 737

103 173

333 098

IS 8*9

Rio de

Janeiro

21955

3 62S

12 808

8 830

107 843

2866

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47 836

35 387

11 307

800

12 707

Angra

doi Reis

13 484

12 484

5 646 616 143 705 12 484

Vitória Paranaguá

788

736

11 464

868

SOS

1586

3306

6 411

403 085q

6

3 171

400 909

TOTA-

4 764HÍ

140 174

4 644 041

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8808

74193

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370 SM

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ma38 593

6 411

880 893

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734 807

USO.

800

U7M

15 56*

403 085 i 6 319 050

ANTÔNIO STOCKLER DE QUEIROZ — Presidente, (-0JJ)

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_,_._ V ,, ¦

CORREIO DA MANHS — Pomlnjro, 27 dc Julho de 1947

RTOS RELIGIOSOS I JASMIN JABUR OAKIMDR. GUILHERME

BLTLER BROWNE(MISSA DE 7» DIA)

Emtlia O. I.rowne c filhas, Carlos M. Browne, se*nhora e filhos, Ruy Ratto, senhora e filhos, Olga Browne,filhos e genro, Adalberto Maia, senhora, filhos, genros enora, Dr. Manoel Baptista dc Oliveira, senhora, filhos egenro, Mario B. Araujo, senhora e filha, Sylvio Perdigão,senhora e filhos, Sylvio Browne e senhora, Armando deSouza, senhora e filhos, Sérgio Sampaio, senhora e filhas,agradecem as manifestações de pesar recebidas por oca-sláo do falecimento de seu Inesquecível esposo, pai. sogro,avó e tio GUILHERME e convidam os demais parentes eamigos para assistirem a missa de 7° dia que mandam ce-lebrar amanhã, segunda-feira, dia 28, ás 9,30 horas, noaltar-mór da Catedral Metropolitana, pelo que antecipamos seus agradecimentos. (38048)

(FALECIMENTO)

Â familia Oakim < demais parentes comunicam o faleci-mento da esposa do sr. Joaquim João Oakim, e a todos con-vidam para acompanhar o féretro que sairá da Capela de SãoJoão Batista, Real Grandeza, ás 11 horas de hoje, domingo,

para o cemitério de São João Baptista. E antecipadamenteagradecem. ". .

JASMIN JABUR OAKIM'

(FALECIMENTO)

Joaquim Irmãos & Comp. comunicam o falecimento da

esposa do Sr. Joaquim João Oakim, e a todos convidam para

acompanhar o féretro que sairá da Capela São João Batista,

Real Grandeza, ás 11 horas dt hoje, domingo, para o cemitério

de São João Batista. E antecipadamente agradecem.(10948)

DECLARAÇÕES

A PRAjGAneelaramoi a eit* t demala praem do P»'« o » ."en1 •¦*»

que de comum acordo e perfeita harmonia, retlrnu-ae da no»»., anrlerladi

o Sr. Alcen Barroio, pago e laUifelto de todoa oa -eus h»v«*e_, confénSjT'

altera-ilo a aer arquivada no Reglitro competente. o

Rio de Janeiro, 17 de Julho da 1947. - MARICÁ' IMOBIUAMÁ' LTDA.

- M. OLIVEIRA ALVES. - Dr acordo: ALCEU BARROSO. (20780)

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Leandro AugustoMartins

(20° ANIVERSÁRIO)A Diretoria da Casa Leandro Martins S.A. em revê-

renda á memória de seu fundador LEANDRO AUGUSTOMARTINS, manda celebrar missa em intenção de sua alma,no altar-mór da Igreja de S. Francisco de Paula, ama-nliã, segunda-feira, 28 do corrente, ás 10,30 horas, 20° ani-versário de seu falecimento. (36855)

EMBAIXADORCARLOS TAYLOR

(MISSA DE 7° DIA)Germaine Jeanne Bonnery Taylor, Carlos Frede-

rico Taylor e senhora, Amaro Cavalcante Taylor,Carlota Maria Elhert e esposo, e demais parentes,agradecem sensibilizados a todos que compareceramao enterro, enviaram coroas, cartas, flores, cartõesou telegramas, manifestando o seu pesar por ocasiãodo falecimento de seu inesquecivel e pranteado es-poso, pai, sogro e parente CARLOS TAYLOR, e con-vidam para a missa de 7o dia, que pelo descansoeterno de sua boníssima alma farão celebrar depoisde amanhã, 3a feira, dia 29 do corrente, ás 10,30 ho-ras no altar-mór da Igreja da Candelária. (38047)

eixeira(MISSA DE 7° tíli)

Cecília Maria Teixeira, Edméa Mendes Teixeira e fi-lha, Agnelo Pinto Teixeira, Judith, Ondina, Laureano,Octatillo Pinto Teixeira, senhora e filhos, Diva Pinto Tei-xelra Alves, esposo e filhos, Aurora Pinto Dinis e filhos,agradecem profundamente sensibilizados todas as manl-festações de pesar, recebidas por ocasião do falecimento

Íe seu muito Lembrado e pranteado filho, esposo, pai, ir-

lão, cunhado, tio e sobrinho PEDRO IVO PINTO TEI-XEIRA, e convidam os demais parentes e amigos, para as-tistirem á missa de 7° dia, que pelo descanso eterno de suafionlssima alma, farão celebrar amanhã, segunda-feira,dia 28 do correntfi,'is 10,30 horas, no altar-mor da Igrejade N. S. do Carmo'sita à rua Primeiro de Março). (38049)

BRIGIDA RODRIGUES FONTANA(7.° DIA)

Peito Vonlina, Arlosto Fontana, -cnliora e filhas Mario Fontana esenhora, Lybla Fontana, Pedro Fontana Junior e Miguel C Corria e••.nhora agradecem o conforto que lhe levaram por ocaslio do faleci-mento de sua boníssima esposa, mae, sogra e avó — BRIGIDA I.ODRI-ftUt.8 FONTANA — e convidam seus parentes e amigos para anslsllrcma missa de 7.° dia, por sua alma, que mandarão celebrar na Igreja NossaSenhora do Desterro em Campo Grande, amanhã, segunda-feira, dia 28,is 9 horas. A todos que comparecerem agradecem antecipadamente.

(26735))

CLÉLIA ROMEIRO(Falecida, em 9 Panlo)

Gilberto Gonzaga Romeiro, «e*nhora e filhos, Maria da Cll-riu-torneiro e Alaltlo Gonzaga Uo-melro convidam os seus parmitt-se amigos para assistirem a missa,O.U. será celebrada em Intençãode nua querida . obrlnha. e primaOLÉ-JA no altar de N. S. dat-Vitórias da Igreja de Santo Ina-elo, á nua U cS. Clemente, ama-nh&. _• folra, dia 28 de Ju-lho, ás 8 horas. (10-..)

PROFESSOR MANOELDA COSTA LANA

Dr Escola Superior de AbtI-cnltnrit — Vlçoam — Mina»

Amigos e oi-alunoB, farão ceie-brar missa em sufrágio da almado seu boníssimo mestre, quarta-feira, 30 ás 10,30 horas, no, altar-mór da Igreja Cruz dos Militares.

(.4406)

Pedro Ivo PinUB__f

PEDRO AFONSOBRANDO

(funcionário dn mincri do nra-.ll)IMI-nn il. 7° dia)

Raul de Vasconcelos, senhora cfilho convidam seus parentes eamigos para assistirem á missaque mandam celebrar sepcimda-folra, dia 28 rio corrente, pelo Aeu-cíinFo da alma Ue scu querido cu-nhado, Irmilo e tio e padrinho.Pedro Afonso.

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DORLISKA MATTOS DE CASTRO(7.** DÍÀ)

Pedro Mattos de Castro, senhora e filhas, Djalma de OliveiraMattos e senhora, Viuva Alfredo Mattos Rudge, Viuva Paulo deMattos Rudge, Decio José de Carvalho Werneck, senhora e fi-lhos, Carlos Cardoso Rudge e senhora, Raul Telles Rudge, se-nhora e filha, Oscar Cardoso Rudge, senhora e filhos, FranciscoJosé Telles Rudge, Mario Cardoso Rudge, convidam os demaisparentes e amigos para a missa de 7.° dia que mandam celebrarpor alma de sua mãe, irmã; cunhada, sogra, avó • bisavó,DORLISKA MATTOS DE CASTRO, no altar-mor da Igreja deSão Francisco de Paula, na próxima quarta-feira, dia 30, ás 10horas e meia da manhã. (1258)

Flavio Martins PennaLucilia Gonçalves Martins Penna, Marcello Agostini, senhora

e filhos, Francisco de Carvalho Soares Brandão Neto • senhorae Ralpho Estevam de Siqueira e senhora, convidam seus parentese amigos, para assistirem a missa de 7.° dia que, por alma descu marido, pai, sogro e avô FLAVIO MARTINS PENNA, farem celebrar no altar-mor da Igreja de SSo Francisco de Paula,•c9.ndq-f.ira, dia 28 ós 11 horas. (27596)

FRANCISCA DE PAU-LA DE AVELLAR

BRANDÃO(Cklcho.n)

(T° din)Eduardo ... Paes Brandão e

senhora. Viuva Lacerda Abreu efilhos;'-José Pántoja Leite, senho-ra » filhoai Homero VIegas, se-nhora e filho», Viuva Alcira Bran-dão Parla o filhos (ausentes) eTeobaldo Brandão agradecem co-movidos a todo» que os conforta-ram por ocasião do falecimentoda sua InsetiueelVel míie sogra,irmã, tia e cunhada CHICHOTA eos convidam para assistir á mis-sa de 7" dia, dia.' 29, ds 9 hora» e30 minutos na -Igreja-.. N. S. daBôa Morte, ,a Rua do Rosário, es-quina Avenida Rio Branco, con*fessando-so antecipadamente gra-tos à todos que comparecerem áesse ato de fé.

¦ . (27580)

CARLOS CHALRÉOM-Mat de AnlT_-.ri.l_

. Família Chalréo, convida osseus parentes e amigos, assistirem -. missa de aniversário do seu_envpr_ lembrado Carlos Chalrêo,que será celebrada no Altar Môrda Igreja do, Sito Jorge ama-nhai segunda-feira dia 28 d. Ju-lho ás 10 horas.

A todos': qu. comparecerem,agradece' antecipadamente.

• .- ( 1219)

AGRADECIMENTOSA S. JUIJAS THADEU

Agradece.Roberto de Attaydt

(1268)

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Mathilde de Moraes BastosJoaquim de Moraes Bastos, Oswaldo de Moraes Bastos e

Renato de Moraes Bastos, senhora e filhos, çSonvidam áspessoas amigas para a missa de 7a dia por alma de sua ex-tremada esposa, mãe, sogra e avó, MATHILDE DE MO-RAES BASTOS, a ser celebrada no altar-mór da Igreja deN. S. do Carmo, ao lado da Catedral, depois de amanhã,terça-feira, dia 29, ás 10,30 horas. (27587)

BENJAMEV DE REZENDEA Familia enlutada convida os parentes e amigos para

,a missa de 7o dia de seu extremecido pai, sogro, avó, tio e

Irmão na Igreja do Carmo, amanhS, segunda-feira, dia 28,

ás 9 1/2 horas.Penhorãda agradece. (1269)

DRA. AMALIA FON-SECA MIGUEVICH

AgmtdeclmentoA família da Dra. Amalla Fon*

seca Mlffl.lèvloh, na imposslbillda-d» de agradecer a todos que _ sesolldallzaram com o seu sofrlmen-to. vem sensibilizada reiterar oseu profundo agradecimento pe-Ias demonstrações de amizade rc-'çebldas. (29325)

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tos, convidam seus parentes eárrilíos para assistirem a missaque faiem celebrar pelo descançode sua alma, amanha, segunda-to"ra, no altar Môr da Igreja deS. José as 8>4 horas.

Desde já. agradecem a todosque comparecerem a este ato de

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PAULO DE SOUZA CARRACEDODiretor

vvi.' ¦ jt-

(MISSA DE T DIA)

Maria Luiza de Souza Lião Gracie, Samuel de SouzaLião Gracie, senhora, filhos e netos (ausentes), José Lam-preia e senhora (ausentes), filhos e netos, Francisco Oly-cerio de Freitas, senhora, filhos e netos (ausentes), convi-dam a todos os parentes e amigos para a missa que man-dam rezar por alma de seu querido marido, pai, sogro, avôe bisavô, amanhã, segunda-feira, dia 28, ás 9,30 horas, noaltar-mór da Igreja de São Francisco de Paula. (37551)

ALICE SETTE RIOS(MISSA DE 7.° DIA)

José de Almeida Rios (ausente), senhora e filhos, Zelia Rios

dl Rezende e filha, Carlos Alberto Rios, senhora e filhos, Oya-

ma de Almeida Rios, senhora e filhos, Francisco de Almeida Rios,

senhora e filhos, agradecem, profundamente sensibilizados, as

manifestações de pesar que receberam pelo passamento de sua

pranteada'mãe, sogra e avó - ALICE - e convidam seus pa-rentes e amigos para a missa de 7.° dia que, pelo repouso de

sua boníssimo alma. mandam celebrar no altar-mor da Igreja

da Candelária, ás 10,30 horas, quarta-feira, 30 do corrente.(37-255J

PEDRO AFONSOBRANDO

(funcionário do Banco do Brasil)(MU-a de T* din)

Dulce Pena S-.rme Brando e fl*Uia, Eugênia Coluecl Brando, ti-lhos, genros e nora e netos e Ar-manda Pena Firme, filhas, nornse netos convidam seus parentes camigos para assltlrem i missaque mandam celebrar no altarmúr da Catedral Metropolitana pe-lo descanso, eterno de seu Queridoesposo pai, filho, genro, irmilo,cunhaáo e tio, Pedro Afonso, _ejrunda-felra, dia -8 do corrente

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Agfêncla Central do Banco do Bra-nll convidam os demais colega.,amigos e parentes d* PEDRuAFPOXÇO BRANDO para a m!s.*ude sétimo dia que em intenção de

sua alma mandam celebrar noAltar do Santíssimo Sacramentoda Catedral Metropolitana, napróxima seBTiinda-feira, d!a 28 ¦I*-'corrente, ás 11 horas.

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homem, no exercício contínuo da inteligência, sempre tem descoberto processos novos para facilitar aprópria existência. Quem descobrirá no automóvel de linhas aerodinâmicas e elegantes o seu primeiro ante-passado de Detroit ? E que haverá de comum entre o avião metálico e de propulsao a jacto de hoje e o primeiroaparelho eom o qual o nosso grande Santos Dumont iniciou o vôo com o mais pesado do que o ar ? Os naviosda frota da vitória foram construídos por um sistema que, antes de executado, os estaleiros de melhor famajulgariam absurdo. Pois o mesmo sucedeu com o serviço de gás a domicílio. Por cerca de um século dependeuda montagem de enormes fábricas do chamado gás de iluminação e do lançamento de extensas e dispendiosasredes subterrâneas de distribuição, obras essas de execução somente possível nas grandes cidades, e, nosperímetros destas, nas áreas de maior densidade predial. Mas foi afinal descoberto o processo moderno eseguro de levar gás aos laboratórios, às fábricas, aos hospitais, a todos os lares, dos mais humildes aos maisabastados : o de liquefazê-lo e conduzi-lo, sobre rodas, em receptáculos leves e de fácil manejo, onde quer

.us _ __ que S€Ía desejado. Inventada e patenteada a válvula que deveria regular a pressão e tornar o gás liquido deutilização prática e absolutamente segura, dentro em pouco ficou ao alcance dos habitantes de quaisquercidades e mesmo da zona rural, o gozo de todo o conforto das modernas cosinhas e quartos de banho, de queso desfrutavam os moradores das grandes metrópoles. E não foram apenas ps abastados que puderam recebero auxílio do novo servidor. Foi igualmente o operário, cuja mulher, forçada a correr também para o seu tear,ficou livre do suplício de acender às pressas o seu fogão de lenha, nem sempre seca, mas sempre muito cara.[Porque o gás liqüefeito, sub-produto da distilação do petróleo, pode sêr servido em fogões e aquecedores dos[mais variados preços, ficando dêsse modo accessível a todas as bolsas.

ilo Brasil, a pioneira do emprego do novo processo foi a Companhia Ultragaz S. A., fundada em 1937[por ura pequeno grupo de brasileiros empreendedores. Antes dela, nenhuma outra empresa, nem mesmoqualquer das empresas estrangeiras que, no país, se reservam a venda de produtos petrolíferos se animou a

| enfrentar as dificuldades e os riscos da difusão do novo serviço de gás a domicílio.

L, pois, com legítimo orgulho que a Companhia Ultragaz S. A., empresa brasileira, fundada no Brasile controlada por brasileiros, festeja neste momento o transcurso do primeiro decênio de sua fundação. Devereconhecer e proclamar que o seu êxito se deve em grande parte ao apoio que. como empresa nacional deserviços de notória utilidade pública, lhe foi assegurado pelo Governo.

._- An deX a"0S de exce,entes serviÇ«s prestados a sua numerosa clientela, que orça agora por cerca de

16.000 consumidores, aí estão atestando o acerto de sua organização, a eficiência dos seus órgãos técnicose o zelo e a elevação de vista dos seus administradores. Se recordarmos que a Companhia foi colhida pelosefeitos da guerra ainda em fase delicada de crescimento, e que não obstante isso superou todos os obstáculos,não deixando, um só dia, de cumprir, na medida do humanamente possivel. com as obrigações contratualmente

TÜT firmadas, cumpre-nos dar graças a Deus pelas inspirações e pelos auxílios que nos foram proporcionados.1tXís nem so aos órgãos dos Poderes Públicos desejamos agradecer,. nesta data, a simpatia com que '[fomos amparados. Desejamos estender êsses agradecimentos aos nossos inúmeros e leais clientes pelo espíritode compreensão com que nos assistiram nas horas difíceis. Na realidade, a Ultragaz não é apenas constituídapelos seus acionistas e por seus administradores, entre os quais se incluem os seus funcionários. A Ultragazse sentiria incompleta sem a ativa cooperação de seus clientes. Esta é a razão pela qual, sempre desejosa deantecipar o evento de novas formas de organização econômica, ao preparar-se para elevar novamente o seucapital, oferecerá a sua clientela a oportunidade de efetivamente participar da distribuição dos seus lucros.

J± experiência está feita, e feita com os mais animadores resultados. A distribuição de Ultragaz, noBrasil, é uma realidade. Acidente algum foi registrado. Tudo funcionou e funciona a contento, na formaprevista. O capital empatado nada mais recebeu .do que uma justa remuneração. Acionistas, administradores,empregados, consumidores, todos foram legitimamente beneficiados. E creado está, no Brasil, por uma empresa

i brasileira, o moderno serviço de gás a domicílio, o que comprova a capacidade de realização, de nossa gente-'.*¦". .'.'.¦ '"¦*'

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DISPUTA-SE HOJE 0 TOR-NEIO INICIO

Onze (canis titulares umcotejo inaugural

Ilcallza-so hojo, em São Januário,o Torneio Inicio do 11147, certame•que promete um desenrolai do.)mais intercssnnles, Isto porque, óaquadros que deverão intervir no Tor-nelo, serão ns titulares, prevendo osentendidos, uma acqutnain dc pie-Hos capuz dc manter cs assistentesempolgados pelu brilho dns compe-Uçoes,

Para dar maior brilho ao certame,as sociedades üe cronistas espoitl-vos resolvernin. dc comuni acordo,Instituir um lindo, troféu que é ataça "Mario Polo", denominação queencerra uma justa homenagem aociportlsta quo tem o sou nome 11-Bado não somente á instituição doTorneio Inicio, como tambem a fun-daçáo dn primeira sociedade de cro-nistas desta capital. A toca "MarioPolo" será de posse definitiva dovencedor (Io Torneio dc hoje. A Ca-sa Supcrball, por Intermédio do teusócio ,o esportista Antonio MoreiraLeite, ofereceu ns boM o serem uti-llzadns no Torneio, Rcslo quo multopenhorou os cronistas. A Escola deÁrbitros, numa demonstração dcapreço aos cronistas esportivos ro-solvou quo os seus liitegrtinlS-, lantojuizes como ãuxiliares. abrirão mãoda remuneração a que lim direitopelo seu trabalho. Também o Vascoda Gama, seguindo uma tradição dcamlso dos Jornalistas, nada cobrarápelo aluguel dn estádio dc São Ja-mtnrln. Todos esses gestos allruistl-ros tèm como objetivo aumentar osaldo liquido da renda, ile cujo mon-tanle as sociedades de cronistas es-portivos lerão 80%, ficando os vintepor cento rcst.-.nle.i para as despe-cas de condução dos teams dispu-tontes. •»

JUIZES PARA OS JOGOSOlaria x Madurelra - Vicente

Gentil; Bangú x Bonsucesso — Ra-fael Ferrentlnl; Canto do Rio'x SãoCristóvão — Ncclr de.Sousa: VascoX Flamengo — Guilherme Gomes:Américo x Botafogo - Ails.oclllonocha; Fluminense x Vencedon do1° jogo — Alvarlno Castro: Vence-dor do 2» x Vencedor do 3° - Wal-ter Jacinto Muniz; Vencedor do 4°X Vencedor do G° — Eduardo dosSantos: Vencedor do 5° x Vencedordo 7a — José Pinto Lopes e Vence-dor do 8° x Vencedor do íl» — MarioViana. O primeiro jogo começaráás 13 horas.

TEAMS PROVÁVEIS

São os seguintes os teams que.provavelmente, Intrrvlrão no Tor-nelo ele hoje:Olaria — Martinlio; Laerclo eAmaury; Walter. Splnell e AnanJsj*Jorglnho. Alcino, Limoeirlnho. Tim

e Pinhcgos.Madurelra — Nenem; Danilo e.lullnho; Ar.ity. Herminio e Esteves;

Luperclo, DIdl, alinho, Durval cEsqiierdinha.Canto do nio — Odair; Borrachae Lamparina; Carango, Bonifácio eCadinho; Heitor, Waldemar Ral-mundo, Dinl c Noronha.São Cristóvão — Oncinho; Mundl-nho e Pelado; índio. Emanuel eSou ia; Clrilnhn. Bldon. Caxambu.

Nestor e Magalhães.Bangú — Rossari: Marmorato eItaliano; Januário. Haroldo e Sula:Soní, Moacyr. Cardoso. Ublratan eMlland. *Bonsucesso — Max; Hernandez eOivaldo: Vlosntlnl, Mirim eCambuy;luu-to, Ubnl.lo Jorge, Eunnplo e Nc-rl-ir.Vasco — Barbosa; Wilson e Rafa-nelll; Ely, Danilo e Jorge; Djalma,Mineca, Dimas. Lelé e Chico.Flamengo — Luiz; Miguel c No-rival; Jacy, Bria e Jayme; Adilson,Zizinho. Pirilo, .Tair e Jervel.América — Vicente; Domlclo eGrita; Hilton, Gilberto e Amaro;Jorglnho. Maneco, Ccsar, Lima e Es-

querdlçha.¦Rntafomi - Osvaldo; Gerson eSomo; Adãozinho, Ávila e Nilton;Telxeirinha, Otávio, Santo Cristo,Genlnho e Rogério.Fluminense — Castilho; Gualtcr eHelvio; Pascoal, Tclesca e Bigode;Osvaldlnho, Ademir, Juvenal, Care-cá e Rodrigues.

!UMA NOTA DO VASCO

A diretoria do Clube de RegatasVasco da Gama comunica ao quadrosocial que, tendo ficado o seu está-dio á disposição da Federação Me-Iropolltana dc Futebol para realiza-ção do Torneio Inicio na tarde dehoje, o Ingresso dos sócios será pes-soai, mediante apresentação da car-telra e recibo do mês corrente. .Aspessoas da família, munidas de car-telra e observadas fts disposições doEstatuto, pagarão ingresso corres-pondente ao preço de arquibancada.

ATtETISMQ ==:

O FLUMINENSE NADIANTEIRA

Foi iniciada ontem, no Flumlnen-sc, a disputa do troféu "Mario Mar-cio Cunha", que é uma preparaçãodos cariocas para a competição dotroféu "Brasil". Desta vez,o Bota-fogo apresentou-so com uma equi-pe forte e homogênea, fazendo fren-te ao tricolor e ao Vasco com multasprobabilidades de sucesso. Das pro-vas realizadas ontehi, que corres-pondem a primeira parte do certa-me, o Fluminense conseguiu a dian-telra com IM pontos, seguido peloBotafogo com 147, do Vasco com 77c do Flamengo com cinco. O Bota-fogo. no entanto conseguiu 31 pon-tos nos juvenis contra* 19 do Flu-minense, enquanto o tricolor lograva93 pontos na categoria de mocas,quando do o "glorioso" não foialém de 29 pontos. A diferença en-tre os dois clubes na categoria deadultos é pequena, pois o tricolorfez 94 contra 87 do Botafogo.

Prosseguirá hoje, a compettçüo,obedecendo ao seguinte horário:

13.30 — Arremesso do Martelo —Homens — (Esc. Nac. Ed. Fls.)1400 — Salto com Vara — HomensArremesso do disco — Moças.14,10 — 800 metros rasos — Homens.14.20 — 100 metros rasos — Semi-final — Moças. 14,30 — Revczamen-to 4x100 metros — Homens.' 14,4580 metros com barreiras — FinalMoças — Salto triplo — Homens.Arremesso de peso — Juvenis. 14.55100 metros rasos — Final — Mo-pças. 15.05 — 400 metros com bar-relras — Seml-flnal — Homens —Salto em altura — Moças — Arre-messo do dardo — Homens. 15,203.000 metros rasos — Homens —Arremesso do peso — Moças. 15,40400 metrôs com barreiras — FinalHomens. 16,00 — Revezamento4x1*00 metros — Juvenis.

REMO

HOJE, A REGATA DO CIN-QUENTENARIO DA F.M.R.

O esporte náutico viverá hoje umade suas maiores datas, com a dlspu-ta de uma regata em comemoraçãoao cinqüentenário da Federação Me-Iropolltana de Remo. Conforme vemsendo amplamente divulgado, o cer-tame deverá corresponder cm bri-lhantismo, dado ao equilíbrio deguarnições dlsputantes, isso devidoa um programa muito bem elabo.rado.

Tomarão parte na regata de hoje.nada menos dc 154 remadores, numtotal de 41 guarnições, sendo que oclube que mais barcos inscreveu, foio Flamengo.

Os parcos a serem disputados hoje.sâo os seguintes, com as ralas sor-teadas para os participantes:

Io parco — Out-rlggers a 4 remes,com patrão — 2 — Flamengo; 4 —Botafogo e 5 — Vasco. 2o pareô —Out-rlggers a 2 remos, sem Datrâo

2 — Vasco; 3 — Internacional: 4Botafogo: 6 — Guanabara o 7 —

llamengo. 3o parco — Singlc-skiff1 — Boqueirão: 5 — Botafogo: (iBotafogo e 4 Flamengo. 4o -)ai*eoYoles-fllnters para os alunos do

primeiro, segundo e terceiro ano daEscola Naval. 5o pareô — Out-rlg-gers a 2 remos, com patrão — 2 —São Cristóvão: 3 — Flamengo; 4 —Lage: 5 — Guanabara; a — Gracoa-

tá c 7 — Vasco. 0" parco — Out-ilgRcr» a 4 remos, sem patrão — 2Botafogo; 3 — Vasco du (Jantai¦1 — Flamengo; 5 - Guanabara o 7Botafogo. 7" purto — Double-slclff — 1 — Internacional; 2 — Fia-mengo; 3 — Boliifiigu; 4 — Guana-bara; 0 — Sâo Cristóvão; (I — Vascoe 7 - Bolofogo. 8» parco — Yolcr-franches o II remos — 2 — Guanu-buru; 3 — Internacional: 4 — Fia-mcnRo; 5 - Grngoatá: 0 - Lage: *"•"

São Cristóvão o II — Natação. 0»parco —Out-rlggers a 8 reinos --.1 — Flamenga; 5 — Guanabara e 7

iBoUIogo,.O primeiro parco será corrido ts

11 horas.'

AUTOMOBILISMO

UM CONVITE DOURUGUAI

O Automóvel Uruguaio dirigiuum cunvitu im Automóvel Clubi* di*Brasil para se 1'aztT representar r.ncorrida Internacional que promo-verá no dlt. IU de agosto vindouroO percurso é de 03 quílôm-troscompreendendo 35 volta». In-formam os orientais que * contarãooom oito volantes argentinos. Onprêmios istabôieeldos' são do' CrS20.000,00 paro n vmeedor; CrS 12.000,00 para (i 2» colocado; C:!.7.000.00 para o 3°; CrÇ 0.000.00 para,o 4»; Cr$ 3.000.00 pura o 5° e Cr*?2.000.00 pura o 0» classificado.

O Automóvel Clube do Brasil rc:convidado a indicar três volante.,que ¦'íceberão n titulo dc ajuda dcbusto 800 pesos uruguaios, ou su-Jam, uns òllii mil cruzeiros. jMasi-omo essa importância não cobre aadespesos de fingem do volante ebou mcffinjuo, r.om o carro c dcestadia, foi o Automóvel Clube Ura-gunio consultado sóbre n possibili-dade de elevar para" 1.500 pesos r,ajudo de custo. Nesse caso Irãotrês volantes brasileiros, a seremoportunamente escolhidos,

P ingresso dos assoclodos doFlamengo para o "show" de hojeserá feito mediante a apresentaçãoda carteira social com a prova doquitação e o produto da reservade mesas será destinado ao Nata'dos Pobres do Club.

A entrada para o Torneio Inicio— A Federação Metropolitana deFutebol comunicou ontem quo oingresso dos atletas disputantes doTorneio Inicio, será feito pelo por-tão da rua. Bonfim. '¦! .

je, du urandioso ralainc iiifaiitu-jii-venil qu edespertuu Intenso cnlu-M.i.-..i,i, constituindo legitima atru-ção paro a "gurlsadu" carioca, pfleem relevo os esforces dos utu.il*.mentores da entidade ospcclallsadano sentido dc encaminhar os nossosJovens á prática.de um cHporto cs-senclnhncnto amadorhta e de r;rim.do alcance social. Conforme noticia.mos, as séries "A" (menores ati 12anos Incompletos) r "D" (in.nurcsaté 18'anos Incompletos) .llvornuiconclüííio na primeiro etapa cl" eer-tame, tondo-so (logrado campefioi oeamadores Sônia Recker da Nobrcga

da Grêmio Euclldes da Cunha, eNelson Diniz Idos Siuitos, do K. C.Benflca, rcipectlvnjitenle,

. .Votei Interestadual - Encontra-i-jenesta capllal a delegação do Asso-clação Esportiva Jundlnlcnse. do Cs-lado dc SAo Pnulo, que a convite(Io Vasco do (-iiiinii vem realizarum» competição Interestadual de vo-lelbol. Os visitante» .recepcionadospeio Departamento dp Voleibol dogrêmio cruzmaltlno. logmfln no noi-lc dr domínio, dln 27, ár 20 horas,na sede do clube Ginástico Portu-,Piu)». contra as equipes rio Vascodo Gamo e do Grcmlo Taholar.ns.

PARA VESTIRMUITOS INVERNOS

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VÁRIAS

Uma taça para os aspirantes — AFederação Metropolitana de Nata-ção oferecerá ao vencedor da ProvaAbert aaos alunos da Escola Navalda Regata de hoje, promovida peloFederação do Remo, uma artísticataça.

Fluminense x Palmeiras — O F.Iu-minense entrou em entendimentoscom o Palmeiras, a fim de disputa-rem quarta-feira próxima, á noite,no estádio do Pacaembú uma parti-da amistosa. Ao qeu parece, já estátudo resolvido.

Hoje, a conclusão — Nos amplossalões da rua Hadock Lobo, 367, te-rão lugar hoje, com inicio ás 8 ho-ras da manhã, os encontros finaisdn primeiro campeonato infanto-ju-venil de tênis de mesa promovidopela Federação Metropolitana deTcnls rte Mesa, o patrocinado pelasrevistas "Globo Juvenil" e "Gibi".A parle preliminar, realizada domln-go passado, ofereceu resultados com-pensadores para os promotores docertame. A maioria dos 116 concor-rentes Inscritos exibiu reais predl-cados para a prática do salutar des-porto, permitindo antever-se, dentrode breve tempo, a, formação de umanova geração de craks de ambos ossexos. E' notável o progresso dotenls de mesa que, dia a dia, con-quista novos adeptos em todas asclasses sociais. O encerramento, ho-

TURF0 CUS5-Í0 JOCKEY CLUB DE SÃO PAULO

No programa a cumprlr-se nn rc-união desta tarüu uu hlpódromo üuGávea, figura como provu principalo clássico Jockey Club do São Pau-ln, cm homenagem á prestlglosu so-ciouudc dc con Iiiiiii da capital pau-llitu, destinado uos produtos naclo-nais dc quatro e mnls unos, a pesou(Ia tabela com sobrecarga e desesr-ga, no percurso da milha e 00.000ciuzoiro dc dotação. O seu campoestá Integrado por elementos de ra-conhecidas nptldOcs, e a perfeitadistribuição d* pesos colouou otmais destacados candidatos do ln-teressonte cotejo num mesmo planode possibilidades. Do programaconsta também o Prêmio VI nou-"liio Congrcssual de Calkas Eco-nómlcas Federais, que proporciona-rá o encontro em dois quilômetrosde oito cavalos dc várias naclonnll-dades aspirantes á recompensa de•jo.noo mineiros. *

Os candidatos prováveis ás prm-clpals colocações são os seguintes:Flexa — Bongy — Albcrdl.Hellcn — Vargem Alegre — Le-

vrnn.M. Cario - c Grande - Ita-

monte.C. Claro — Garrida — Ganges.G. Boy — Pcral —¦ Esquivado.D. Raul — Cavador — ArablanaHeremon - Jundlahy - Ca-

xambú.Estrondo - Miami - Edmund.Está marcada poro ás 12,20 horasa pesagem porá a primeira provoquo será corrida às 13.20 horas.

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Ks.Dabul. — o. Fernandes 58Bongy — O. Fernandes 68Albcrdl - P. Simões. . 58lona — J. Araujo ... 54Enanlo — A. Neri .... õ4Flexa — J, Mesquita . 54" Snnguenolth - D. Ferreira 54

2** páreo — 1.200 metros - A's13.50 hs. — CrJ 30.000,00.Ks.1 — 1 He Uen — L. nigonl . . 5õ

3 — 2 Leviana — E. Castillo . 503 I 3 Anhuma — Forfalt ... 55I 4 Lombardo — Forfalt . . 55

115 Varg. Alegre - D. Ferreira 55I " Varsóvia — Forfalt . . . 053» páreo — 2.000 metros - A'e14,20 hs. — Cr? 30.000,00.

Ks.— 1 C. Grande — D. Ferreira 56— 2 Itamonte — A. Araujo . . 56—3 Monte Cario V- O. Ulloa. 5.

f 4 Gadlr - P. Vaz ... . 52l 5 Orelfo — O. Relchel . . 64

páreo — 1.400 motros — A'si hs. — Cr$ 22.000.00.Ks.1 Coty — E. Coutinho . . 58

3 Seaflro — O.. Ulloa ... 523 Ganges — G. Costa ... 541 Guadalajara — J. Martins B2i Oleg — N. Motta . . . .

' 58

1 Araçagy — G. Greme Jr. 54. Guapeba — S. Ferreira . 561 Cerro Claro — A. Ribas 54i Glrla — J. Mesquita . . 56' Garrida —' D. Ferreira . 52

páreo — 1.800 metros — A'shs. — Cr$ 30.000.00 — Han-

P.lis.

Esquivado — E. Castlllo 51Rumoroso — W. Andrade 51

I Golden Boy — O. Ulloa . 52I Ajo Macho — J. Portilho 50> Peral — N. Pereira . . 57' Gomery — P. Vaz .... 64

6>* páreo — 1.500 metros — A'a16,00 hs. — Cr$ 22.000.00 — Be.ffno*.

Ka.1 Don Raul — O. Fernandes 66" Paraguaia — S. * Ferreira 50

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Marrucoa — D. Furrelra , 5S7 ITorcmon — O. 1'llna . . 53" Italcyun — II. Pacheco . 58" Fia Flu - X. X, . , 57

8» pireo — Prôinln VI ItaunlAnCoiiRiessuiil daa Calxaa EcouônileasFedcual» — 2.000 metroa — A'«17,10 há, - Crs 30.nnn.oo - Séttlnp,

Ka,11 1 Mlninl — J. Mesquita . 50

í 2 Mlstral — J. Araujo ... 612 1 3 Edmundo — J. F. Vidal 67

1 4 BeafEm - S. BatlBta . 50315 Mardn — B. Ribeiro . 55

1 6 IMralluino — Forfalt . 52j 7 Estrondo — O. Ulloa . 54

4 j 8 Bordonf-o — W, Andrade 50I 9 Parmllln - J. Mala ... 50

A CORRIDA DE OJJTEMTeve transcurso regular a reunião

levada a efeito ontem no hlpódro-mo dn Gávea, proporcionando ossete páreos do programa disputasInteressantes. A prova para animaisnacionais de .tres anos, aspirantesao êxito Inicial, no percurso de 1.500metros, foi ganha por Indiano, umfilho de Si*. Avrll em Quatlá, quodirigido por A. Araujo. derrotou fa-cllmcnte Carinho c Trlmonte, em08" para a distancia assinalada.

O resultado da corrida foi o se-guinte: ' •

1» piíreu - 1.600 metros — CrS20.000,00.

1" — Genlpapo. 50, S. Batista.2" - Outono, 53, J. Costa.3" — Morltz, 54, N. Linhares.Correram mais Jaguarão Chico,

Rin Negro, Lady e Acatado.Tempo, 106" 1/5. Ganho por melo

corpo: o'terceiro a m«?in corpo. Ra-telos: Vencedor CrS 25.(10: dupla(34), CrS 22.50. Placés. CrS 16.00 e22,00.

2» páreo — 1.000 metros - CrS18.000,00.

1° — Kelvln, 54, P. Coelho.2° — Farrusca. 54, J. Coutinho.3» — Naipe, ,58, N. Motla.Correram mais Sis, J'attcndral,

Fab, Mangali e Poney.Tempo, 62" 3/5 na grama. Ganho

por um corpo: o terceiro a melocorpo. Ratelos: Vencedor Cr?254,00; dupla (13), CrS 25.00. Bla-cés, CrS 39,00; 20.00 e 16,00.

3" páreo — 1.000 metros — CrS25.000,00.

1» — Evelyn, 54, F. Irigoyen.2» — Hispano, 56, O. Ulloa.3» — Pirata, 56, C. Cruz.Correu mnls Faladora e Halla-

barda.Tempo, 6011 4/B no grama. Ganho

por melo corpo; o terceiro a trescorpos. Ratelos: Vencedor, Cr?44,40; dupla (34), Cr? 59.00. Pia-cés, Cr? 18,00 e 18,00.

4*> páreo — 1.400 metroB — Cr?28.000,00.

1» — Guaranyslnho, 52, D. Fer-reira.

2» — Hereo, 52, J. Maia.3» — Halo. 56, A. Ribas.Correu mais Samburá. .Tempo, 88" 4/5. Ganho por melo

corpo; o terceiro a pescoço. Ra-telos: Vencedor Cr$ 38,00; dupla(24), CrS 66,50. Placés. Não houve.

5» páreo — 1.500 metros — Cr?30.000>00.

1° — Indiano, 55, A. Araujo.2» — Carinho, 55, G. Costa.3» — Trlmonte, 55, A. Ribas.Correram mais Dynamo, Alrl, Hu-

racan, Corrientes, Lingote e Indi-cado.

Tempo, 98". Ganho por tres cor-pos; o terceiro a melo corpo. Ra-telos: Vencedor, CrÇ 26,00; dupla(44), Cr$ 51,00. Placés, Cr? 14,00 e18,00.

6» páreo — 1.000 metros — Cr?22.000,00

•1» — Urmaho. 66, O.*. .Ulloa.s-r**.-''2» — Jaez, 56, J. Martins.3" — Paraguaia, 34, P, Vaz.Correram mais Chibante, Cama-

cho, Bamblna, Betar, Shangri-Lá,Jornal, Bronzeada e Elvlra.

Tempo, 61" 2/5, na grama. Ganhopor quatro corpos; o terceiro ajrescorpos. Ratelos: Vencedor, CrS....28,00: dupla (23), CrS 50,50. Placés,CrS 13,00; 23,00 e 14,00.

7» páreo — 1.500 metros - CrS20.000,00.

1" — Doit José, 57, O. Fernandes.2» — Shàngal Kld'. 54, F. Irl-

goyen3» — Tarlabé, 60, N. Motta.Correram mais Con Botas, Dis-

traída, Cômica, Violenta e Sola-rlnho.

Os concursos tiveram os seguintesresultados:

Bolo simples — 21 vencedores com9 pontos, rateio Cr? 3.204,00.

Bolo duplo — 3 \«.ncedores com11 pontos, CrS 14.738.00.

Betting grande — 44 vencedores,raiçlo. Cr? 187,00.

Betting pequeno — 527 vencedo-res, rateio CrS 116.00.

Betting duplo - 39 vencedores,rateio Cr? 4.740,00.UM ACIDENTE EM SAN ISIDROBuenos Aires, 26 (U. P.) —

Quando era disputado o quinto pá-reo da reunião de hoje no Hlpódro-mo San Isidro, chocaram-se .os ca-valos Smack, conduzido pelo joc-key chileno Zuíilga, e Etwin, pilo-tado'por Leguisamo. Ambos os joc-keys foram lançados ao solo. Le-gulsamo sofreu fratura da clavlculaesquerda, luxação do polcgar direi-to e uma séria lesão na fossa llila-ca. Zurilga saiu ileso

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Hão lul mnls cafts, na "Cittatlctlni-tii-lllinsa'': refiro-me, natural-mente aos antlt/os, aos i.iiih. a j.i*ii-fo «i'ii(ai'ii-..ti a palestrar, sorvendoí/olo a poli) a proclosn nibldcfa.(¦.iiiiiul'1 aos tais autqimtjii""*.. estilopm ai n tiranel, numa imnuein per-leítn tta ullra-fobrii vida moderna,na qual iu." «obra tempi mn, paravivor-sol...

lintru-so depressa uo oa/é, oom-pra-so rlepressa a ficha (juaVs-tu nflo6 preciso fazer /llá) eiitiole-sr tia-pressa, com risco tio queimar ,. /In-Wiia, o oortífildo da xícara escalda»-to que chegou até nós num baru-lho ensurdecedor de xícaras e dej-tres. F. toca a correr pa-"t pegara fila dos elevadores, nos estrrlttl-rios, a /Ila dos ônibus, ni para ar-riscar a uida tentando tomar umbo.tdP ou um trem, nn hnrn tie nnl-tar à casal (

Isto é Ui vldat...Hoje em dia, para so tumui cm

pa* uniu (.•uiici/iilii/ia do liquido nc-tiro que "devia «or" uniu da» nos-sas riquezas, d -preciso recorrer aosbairros ondo ainda existem por en-quanto, uns poucos cafés tranilll-los; tranqüilos,,, quando o dono domesmo não possui um rddlo a ner-rar, a berrar, fazendo o possívelpara afastar a freguesia.

O uso de tomar café em torno nsmetas, mantinha as amizades, nashábitos dos encontros tlldrios; ago-ra que lazeres ntlo sobrum vera seandar fazendo visitas, vai-se per-dendo pouco a pouco o contato comas pessoas o sè não fosso o telefo-«íi-7-0 meio moderno da gente "soavistar", todos nós vlvlrlamos mulao» menos isolados em torno ao tnr-billido que nos remi..

Nos cafés - não tossem eles fre-quentadas por brasileiros — conver-sava-so sobretudo, a cerca du pollíi-ca; critlcava-so quase sempre; elo-gtava-so algumas vezes e fôsse poristo ou por aquilo, as coisas anda-vam melhor do que hoje andam.6 ou não ¦Sr...

E assim sendo, chego a pensarque seja por alguma razão psicolà-glea ld dôles... que A medida quaos governos vão piorando... vão-sefechando cada vez mais os pacatoscafés que viram melhores eras...

Sylvin Patrícia-®-

Para o álbum de Mlle.O AMOR

Amai Que importa a tristeza!O desespero que vemtO amor é a única riquezadaquele quo nada tem.

Pascoal Carlos Magno

O cavallieiriamo, misto de arro-gáncia e de bravura, é uma dasvirtudes maio características da Bs-panha de todos os tempos.

HAYNHS — IVartlmo ífis3loii (nSpaln.

O PRECEITO DO DIADo doente ao sio — A gripe transml-

te-se do indivíduo doente ao .são, pelasgotículas de saliva ou de mucosidade dagirganu . du fossas nisis (perdigotos)projetadas pela tosse, pelo espirro e «típela fala, — Evitt a gript, não st apro-ximande tios gripadas. — SNES.

NATAL1CIOS~®~Htrbnt Moses — Far anos hoje ou.-

Hetbett Moses, presidente da AssociaçãoBrasileira de Imprensa e da SociedadeBrasileira das Nações Unidas e diretor-tesoureiro, de O Globo,

Desfrutando de vasto circulo de ami-zades, não apenas nos meios jornalísticosmas nos demais setores da atividade na*cional, o aniversariante terá ensejo de verrenovadas na data de hoje a* homenagensa que faz jús.

:— Faz anos hoje o di. Francisco EU*dio Lenoir de Mérocourt, advogado nestacapital e consultor Jurídico do SindicatoMedico. '""— Faz anos hoje u si. Pedro Lima,funcionário do Instituto dos Comerciarios.Fazem anos amanhã, a sra. Clau-dina de Carvalho Roma, esposa do enge-nheiro Frederico Roma, c o sr. Júlio An-dré Moreira,' funcionário da A. B. I.

DA MS INTIMAS

Festeja hoje seu aniversário natalicio imenina Maria de Lourdes Gonzaga, filh»_b sr. Claps Gonzaga. A aniversarianteoferece umn mes:. de doces ás suas ami-guínhas.

Completa io anos hoje o meninoMarcos, filho do sr, Lourival M. Lopese de d. Alzira M. Lopes.Completa hoje cinco anos o meninoEdson, filho de Waldemar T-rinazo e d.Margarida Farinazo.

CASAMENTOS

Enlace fosl Alm Linhares — MariaYtáãtt Liitt — Realizou-se ontem, it 5lioras da tarde, na Igreja de Nossa Se-nhora de Copacabana, na Praça Serzede-lo Correia, o enlace matrimonial dodeputado Josí Alves Linhares com x se-nhorita Maira Yedda Leite, filha do _r.João Vieira Leite e de sua esposa, d.Emilia de Freitas Leite.

Foram padrinhos, por parte da noiva,o dr. Carlos Delgado de Carvalho, d.»Maria Vera Roxo Delgado de Carvalho,sr.'Romero Estelita e d. Maria de Lour.des Estelita e, por parte do noivo, o mi-nistro José Linhares, sua esposa, d. Lu-ria Cavalcanti Linhares, d.» Maria JosíBarroso' Oliveira e o sr. Alceu Faria deAboim.

diplomática'Embarca hoje, i tarde, pelo "Vulci-

nia", com destino a Buenos Aires, de on-de partirá para La Paz, a fim de assu-mir a chefia da Embaixada do Brasil naBolívia, o embaixador Paulo Demaro,uma das fignras mais representativas do3uadro

dos funcionários do Ministérioas RelacSes Exteriores.

Antigo dipolmata, o sr. Paulo Dema-to reúne as qualidades da finura 1 dainteligência, o que o distingue entre seuscolegas de carreira diplomática. Seu em-barque. hoje. para La Paz, lhe valerácomo uma demonstração do -quanto èquerido e apreciado pelos seus colega» <!oItamaraty.

HOMENAGENS-EmtaixaJor Osu-alie Aranha — A So-

ciedade Sul Riogranderue realiza no pro-ximo dia 30, is ax horas, no salão oo-bre \do Liceu Literário Português, umasessão magna em homenagem ao consociodr. Oswaldo Aranha, poe motivo de suaatuaçlo como delegado do Brasil na Or-ganizzção das Na'cões Unidas e presiden*te eleito da respectiva assembléia geral.A Sociedade Brasileira de Pediatriareune-se extraordinariamente amanhã, ás11 horas, no anfiteatro da Policlinica Ge-ral do Rio* de Janeiro, i Avenida NiloPeçanha 38. para prestar uma homena-gem ao pediatra argentino professor Ma-rio dei Carrü, atualmente cm visita aonosso pais, que pronunciará, nessa oca-sião, uma conferência sobre "Deshidrata-ião em Pediatria".Os oficiais intendentes do Exercitoque servem na Sub-diretoria de Materialde Intendencia, homenagearão, hoje, otenente-coronel professor Luiz RavedutóSobrinho, seu fiscal administrativo, comum "churrasco-, na Cascatinha, Tiiuca.

tM AÇÃO DE GRAÇASCelebrou-se ontem, na .Igreja de Sta.Luzia, uma missa piomovida pela "Soeie-

dadç dos Assistentes Sociais do Brasil",por motivo do' natllitío da sra. TereíitaMorai» Porto dt Silveira, fundadora ediretora d» Escola Teem.» _>• «aavico

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Social e presidente da liga Internacionalde Mulheres Pro-Paz e Liberdade. Ao atoleligioso, que foi oficiado pelo deputadopadie Arruda Câmara, compareceram dis-cipulos, amigos e admiradores da home-nngesda. -*©-A beleza é obrigação

A mulher tem obrigação de ser bonita.Hoje ciu dia sò t feia qu:m a.r. Essa éa verdade. Os cremes jrorétorti pan apele se apeiieico_.ni dil a dia.

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COMEMORAÇÕESA turma dos médicos de 1904 reune-se

hoie, ás 13 horas, no restaurante Lido,em Copacabana, em comemoração tio 42.»aniversário de formatura.

conferênciasOs métodos tísicos e sua aplicação tm

toxicolog/a — O professor René Fabre,que acaba de chegar da França, a convi-te do Ministério do Trabalho e do Ins-tituto de Biofísica, pionunciará noi diasí9 c'30 do corrente, duas conferências noInstituto de Biofísica da Universidade doBrasil, á Avenida Pasteur, •!*,«. Edifícioda Faculdade Nacional de Medicina. Aconferência de terça-feira reaUi.ar-«-á is10 horas da manhã, e a de quarta-feira,

ás quatorze hora, no mesmo local. Am-bas as palestras, incluindo demonstraçõespraticas, versarão sobre 03 métodos fisi-cos e seu emprego em toxícologia. E'franqueada a entrada.

— A 13.» aula do curso do Institutode Estudos Portugueses Afrânio Peixoto,será dada amanhã, ás 17 horas, na Sa-la Camões do Liceu Literário Português,pelo professor dr. Fernando Raja Giba-glía, sobre o tema: "O auto de nascimen-to do Brasil".

-<a>-

DR. DAVID ADLERCIRURGIA PLÁSTICA

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VIAJANTESSeguiram ontem pata Belo Horizonte.

os seputados pessedlstas raliiciios JnicMaria Alkmin e Israel Pinheiro.

Para Montes Claros, paitiu o depu-tado José Bsteves Rodrigues.

Seguiu ontem para Madrid, o sr.Paulo Leopoldo 1'erelra da Camaia, diietor do Serviço Atuarial do Ministério duTrabalho.

Prosseguiu onlem paia Buenos Ai-res, o dr. Alelandrò Shaw, presidente diConfederação Argentina do Comercio,industria e Produção.

Com destino a Montevidéu viajouontem, o sr. Mario La Gamma Acevedn,membro da delegarão finanecha uruguaiaenviada a Londres, 'em maio ultimo.

MLEC//MEíVTOS

Faleceu ontem em Natal, aos 7a anel,o sr, Henrique Castriciano de Souza, eu-presidente da Assembléia Estaduai do

Rio Grande do Norte. Poeta, jornalistae critico, foi o fundador da Escola Do-mestiça de Natal. Era irmão de Eloy deSouta e da poetisa Auta de Soma.

Faleceu ontem .a sra. Jasmin JaburOakim. O sepultamento se dará hoie, nocemitério de S. JoSo Batista, saindo oferetro, is it horas, da capela de Kc.ilGrandeza, -o—MISSAS

Celebra-se depois de amanhã is ic.**'horas, na Igreja' de N. S. do Carmo, anlado da Catedral, missa', de ",.'> dtt poralma da sra. Mathilde de Morais Bastos,esposa do sr. Joaquim de Morais tintose mãe dos sra. dr. Oswaldo de MoraisBastos e Renato de Morais Bastos.

Será rezada amanhã, ás 8 e meia,na Igreja do Carmo da Lapa, missa do30,9 aniversário pelo desaparecimento dogeneral dr. Manoel Lavrador.

Serão lesadas amanhã, as seguintesmissas:

Benjamim' Rezende, is 9,30, naIgreja do Carmo;'

Guilherme Butler Browne; is 9,50,no altar-mAr da Catedral.

REUNIÕESA diretoria dâ Ação Cultural Castro

Alves, convoca todos os seus associadospara. uma reunião amanhã*, ás 17 horas,na Associação Brasileira de Imprensa,a fim de se tomarem importantes delibe-rações.

EFEMÉRIDESCARIOCAS

87 DE JULHO

1810 — Decrato do deBapvopriaçât,do cala de Braz de* Pina, contíguoao Arsenal de Marinha.

1818 — Nomeação do Vigário Gfl-ral conego doutor Josó Caetano Fer-reira de Aguiar.

1829 — Edital relativo ao "enca-ii.imento de novaj) águas para oA queduto da Carioca".

1890 — Fundação do Asilo da .Ml-«ciicórdla.v 1806 — Chega ao Rio ie Janeiro,no Charleston, o Secretário dc Estu, ,do Ellhu Root — -flrlmeira viagemoficial ao exterior de um *i»r.ret*Ar\iamericano. <

1911 — Inauguração da estaca) íeBelfort Roxo, na Linha Auxiliar.

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1

MUSICACULTURA E CIVILIZAÇÃO DE FACHADA

Verifico um tar'o dencnnfladuqut venho trocitndo, noi temposinala proxlmut*, de forma ijiio ae dl*ria rcflrtlr quns. sistematicamentenístm escritos, as invecllvas peloslouvor*!, o pessimismo pelo otlmis-mo, o lncnnÍ4;rnilsmo pela adaptnçfiom> melo. Modificou-.sc o ambientedt uiwta vida musical ou fui eu quomudei?.., E' mal» fAcll, cômodo,confurtavel, o elogio, n aprovaçllo,dn qun a atitude condonatórla e opropósito reformador. Ninguém dirá,por_ in, que atingimos a um pontodo saturação da cultura musical ca-pai de nüo oferecer alvos aot arie-mento» da severidade critica. A cons-tancia no aplauso • a.i práticas lou-vamlnhelras constituiriam mesmo d»-mp;_o, poli a maioria dos problema.!vitais do neuio mundo musical estitpenas encoberta, ou relegada aMgundo plano, nesta altura «ferve*-tento ila temporada.

Mas na realidade, entre o vácuo deha poucos meses • o ritmo bastanteIntenso dot acontecimentos musical,qu» se sucedem agora houve o quett pode chsmar de metamorfoie. Desúbito u Municipal passou a abrigarjlgun» Ineeavelmente grande» mter-preten, Instrumentistas, « algunsetntorea de primeira ordem, Repou-«mot entào na segurança da ele*vsda qualtdade de espetáculos e au-dlçôes. Que essa desejável consta-ttcflo nâo nos afaste, entretanto, dorealismo com qu» _ mister encarar.tt o panorama das nor-ins atlvtda-ue» artísticas.

Na aoma opulenta de conetrtos ede recitas de óperas a que assisti-mos, intervém dois fatores qu-- n3ochegsm a exprimir um esforço tu-tónomo da cultura brasileira: o dl-nheiro do governo, quando se tratado Municipa 1, da Lírica, e das so-oitdsdet subvencionadas oflcialmen-te, e a presença do público, ou seja,ror !_ual. o dinheiro do público,quando estao em Jo-o as sociedades,privadas. Nos dois casos, portanto, odinheiro do povo, que paga direta-mente ou por Intermédio da Prefei-tun, e comparece em massa parnaplaudir as grandes figuras Interna-cl04iats da música e da ópera cmtransito pelo Elo.

O fenômeno, portanto, da vlvlflca-çâo riíi-ta da temporada musicalter.t tiros expllcsçfio fácil. E' inegá-vai que no Hio procuramos os pra-teres auperiores da música, emboraa nossa civilização teja de fachada.Há o Teatro, aliás já de todo lnsu-flclnete para atender á maré mon-tante das audições, requerendo-seeom urgência a construção de umnovo auditório, há o público, ou ae-)», o dinheiro, e por conseqüênciao Hio ae torna um atraente pontodo Itinerário das celebridades mun-dlals. Em geral, esse» artlatas nSolin apenas ciumentamente emprés-tadoa a curto pr/izo, como no casodos cantores wagnerianos, que nflopuderam realizar maior número derecita» porque o Teatro Colon deBuenos Aires os reclamara com ur-ti neta.

A superflclalldade da nossa elvi-Uzaçflo musical fa_ com que, emmelo a esse torvellnJio de manlfeo-

taçôts, nüo atentemos auflcltnt».mento para as nossas cundlçôet pró-prlaa, Mat nAo chogarel a dizer, «n-tretanto, qu* catamos traçando nanrcla a história dn nossa música qut*se processo cm salaa de cnnrírlo» etos colunas especializadas dos jor-nnl» registram. Ao contrário, aindaaqui sou conduzido ao otimismoquando verifico, por exemplo, aeficiência e a tondênclo ao piosrcss-ide nossas duos orquestras, o O.S.B.o a Orquestra do Municipal. Escei.organismos sinfônicos, duns colunai;estáveis, estilo constituindo os ve-*dadelros fundamentos, das atlvlda-dta musicais brasileiras, que em-prestom cunho de legitimidade na-cional a nao pouca» das apreesnta-íCes de Intérprete» estrangeiros.Mas devo aislnalar a derproporçüogritante qu» existe entr» a dlflcttl-dad» p«ra fazermos alguma coisanoaaa e a facilidade com que lança-mo» ante milhares de ouvinte» bra-tllelro» a» personalidades artísticasalienígena»,

Começarei relembrando que nflotemot organizada, em base» fecun-dM a educaçflo musical. Mas mesmoquando dispomos do artista brasilel-ro, ou da Iniciativa indígena em an-damento, os óbices sflo múltiplos. Aprópria Orquestra do Municipal fl-cou longos mesfa Incompleta • acé*fala, paro reverter á atividade deum moemnto para outro, com acomplctaçflo de seua qaudros. A sra.Nina Verchlnlna, á frente do corpode boüe do Teatro, lutou largo tem-po contra a desorganização caóticalá reinante, «té que se viu em eon-dlçôes de poder adextrar seus dan-çarlnoa, e dar-nos uma temporadacoreográflro. O "Ballet da Juven-tude", que reúne tantos valores no-vos de relevo dirigidos por Igor Sch-wezoff, dlspfle de jovens" solista»,mas nflo, realmente, dos numerososelementos necessários ao corpo dehalle. E' preciso pola, que encaremosa sério, aem nos perturbarmos pelasreollzaçôes mala ou menos de em-préstimo, feitas só á custa de dinhei-ro, sa questões basilares da forma-çSo artística no Brnsll. E além docultivo do que é nosso, urge utlll-zar e estimular o que Já possuímos.Nflo é crivei que solistas eminentes,brasileiros, radicados aqui, ou queconvivam conosco durante largotempo, conjuntos de câmara de su-perlor mérito, compositores de des-taque, autores da nossa música quese projeta honrosamente no exterior,deixem de ie apresentar no Munici-pai, para que possamos ostentarmelhor, gaitando mais.

Nflo deixei de apontar, Junto a essaespécie última de observações, aln-tomas de decidida melhora no cena.rio musical brasileiro. Requeira-sedos responsáveis pela organização deespetáculos e concertos que nflo lhesfaleça a consciência de que a cul-tura se processa pelo equilíbrio en-tre o esforço autônomo e o Influxoda» correntes universais. Inclinarmo-nos só ante a arte estrangeiraeqüivale a plasmar uma dvillzaçíode fachada que, custando-nos rios dedinheiro, ergueríamos inconsequentemente.

Etnnco Nocviota Fhança

Concerto Dominical da O.S.B. —Hoje, ás 10 horas da monhfl, no Hex,a Orquestra Sinfônica Brasileira, «oba regência do maestro José Siqueirarealiza mais um concerto para a ju-ventude. Será solista 6 menino vio-llnista Alberto Jaffé, Intérprete doprimeiro movimento do Concerto n.S d» Mozart. ¦*>

Concerto para oa sócios — Ama-nhS, ás 21 horas, no Municipal, aO.S.B., regida por José Siqueira,efetua seu concerto para os sóciosda série noturna, com o concursodo pianista Witold Malcuzlnski.

Tomás Terán e Quarteto.Borgerth— Para completar o atual olclo demúsica de câmara que o admirávelconjunto do pianista Tomás Terán edo Quarteto Borgerth vem reallzan-do, em excepcional nível qualltatl-vo, quinta-feira, ás 21 horas, naA.B.I., teremos mais uma audição.Do programa constam, além de umQuarteto de Mozart, dua» outrasobra» primas da música de câmara:o Trio de Bavel e o Quinteto deBrahm».

Pianista Ruth Mula — Diversa-mente do que foi por engano anun-ciado, o recital da menina pianistalluth Maria, discípula da conceitua-da professora Laura Barroso Neto édomingo próximo, áa 18 horas, naEscola N. de Música, e nflo hoje.

Caruso visto por Caruso — A pro-poslto do artigo com essa titulo, on-tem publicado, recebemos Interes,santo carta do conhecido earleatu-rista Max Yantok, que passamoa atr insere ves::

"Ll, oomo sempre nflo deixo deler, sua» crônicas musicais. Sôbre«eu artigo de 26 do corrente, aôbreos primordlos da vida de Caruso, nflovenho aqui contestar coisa nenhu-ma, porque tudo obedece á verdade,mas apenas juntar algun» dados par-tloulares sôbre a vida do farnoso te-nor. Quando aluno do Conservató-rio de S. Pletro a Maiella, em Na-poles, tive ensejo de ser compa-nlielro d» pensSo de Caruao, fato estenuo foi confirmado pelo próprio te-nor, quando o revf, no Rio, apósmuitos anos.- Caruso era, naquela•epoca. um earrosselro. Kllo ganhan-do o bastante para tou sustento, jun-tava bandollnlstas e flautista, c comeles Ia cantando serenatas. J. oi o se-nnilor DalVOngaro que, percebendosuas lindas qualidade» vocais, foipropor ao M". Verglne para dar-lhelições de canto. Celebraram, entflo,ura contrato, em virtude do qual,Ciruso receberia lições gratultamen-tt, ma», após trêa anos de sucesso,coverla pagar ao M». Verglne 20 mlllira».

O Jovem cantor, entflo um magri-cela. mas multo gaiato • vlrtuoseno aasovio, com grande tendênciaSara caricaturas, sabendo que euestudava violino e harmonia no Con-swvatórlo, vinha acordar-me ás 5 damanha para que eu lhe fornecesse aoplano o» acordes para seu» vocall-ses. Era uma caceteaçío, que multontt aborrecia assim como aos outroshospedes da pensflo, pertencente ao. Emilia Minervlnl. Além disso,"nô eu um caricaturiata "ln her-ole êle punha-m« em «puros como desperdício de tintas.

A primeira cstTéla de Caruso foiao teatro Belllnl, de Nápoles. Assis-Ucom a devida "claque" a essa es-Wla, que nflo foi nada auspiciosa.Porquanto Caruso nflo poasuia ainda«Indispensável Jogo de cena. FoiWs mesea depois da estréia que Ca-nis» começou a obter sucesso.

Voltando a Nápoles, após três anosJe íxlto sempre crescente Carusotol chamado á fala a fira d. cum-Pnr o contrato com o M° Verglne.Recusando-se a pagar as !0 mil 11-ra». fot processado e teve de pagar*»n quantia, mais as custas. Caruso.assim como o tenor Tamagno, eram«Sanados ao dinheiro, embora életnulto protegesse seu» patrldos emapuros. Seu maior desgosto ocorreucom o famoso terremoto de S. Fran-elseo da Califórnia, pois ruiu o ho-

tel onde residia, ficando-lhe só aroupa do corpo.Convém notar que, apesar de setornar famoso tenor, «eu poi, que era

Chapelelro, e nfio mecânico, tiuncavoltou ás poses com o filho, poli abriga que houve entre os dois na vl-zinha cidade de Sccondlgllano foidns mais graves. Muitos outros de-talhe» poderia eu citar *mas sflo çel-«as banais e, portanto nflo merecemnota.

Grato pela acolhida a este meumodesto esclarecimento, subscrevo-me com todo apreço. — Max Yen-•fcok."

Uma nova ópera brasileira — Seoc.ta-felra, á noite, na residência doprof. H. J. Koellreutter. duranteuma neuniflo coletiva dos estudantesde seu curso de composição, reali-zou-»e a leitura da ópera da compo-sltora Eunlce Catunda — "Negrlnhodo Pastoreio", para marionetes, corofeminino ou Infantil, flauta, violfloe percussflo.

Recital de cantora folclorlrta naA.B.I. — ba Kremer, cantora iol-clorista, consagrada pela critica dosEstados Unidos • da Europa, reali-rara no dia 30, _s 21 horas, no Au-dltórlo "Oscar Guanabarlno", daCasa dos Jornalistas, um recital decançOot folclóricas de vários paises,em homenagem ao departamentocultural da A.B.I.

Um virtuoso ceUbr» — Eni lí deJunho faleceu em Nant-sur-Corarler,na Suíça, o celebre violinista polo-nês Bronlslaw Huberman, bem co-nhecido do público brasileiro, queo aplaudiu por ócaslflo de suas tour-nêe», contava H anos.

Iniciou sua carreira exibindo-»»nas grandes capitais como "meninoprodígio". Aos 13 anos teve a hon-ra de tocar al concerto de Brahmspari violino na presença de «eu llus-tre autor. Em pouco tempo chegoua ser considerado um dos malorasviolinistas do mundo.

Quando Hitler subiu ao poder,Huberman foi dos primeiros a dei-xar a Alemanha, onde residia tem-porarlamente, Indo para a Palestina,ali organizou a orquestra sinfônicade Tel-Aviv.

Escreveu vários livros aôbre aeventual constltuiçSo dos EstadosUnidos da Europa.

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RAD/O0 NACIONALISMO NA MÚSICA BRASILEIRA

TEATROAo traçar onUim á noite, atravós

do programa "Música Viva"" daPRA-2 do Ministério da Euucaçüo,•m aua segunda conferência sóbreo nacionalismo musical brasileiro, asllnhn» nin Is marcantes da procluçilodos nossos compositores conkmpo-ronco» — o cônsul e musicóloiío Vns-co Marli adotou a atitude que, doponto de vista critico, pnreee-me amais acertada, em foco dessa ques-tâo estética. E' que êlo louvável-mente procurou ressaltar, na obrados criadores brasileiros de nut-slca, o qu» existo de naclona-llsmo essencial, por baixo da capanallsmo essencial, por baixo da capaexterior do pitoresco • do aprovei-tamento da temática folclórica. Ao¦t deter, por exemplo, em Villa Lo-bos, o grande lnaugurador da nossaescola musical nacionalista, VascoMsrla exprlmlu-»e asalm: "Composl-tor essencialmente brasileiro, seustrabalho» vêm retratando magnífica-mente a natureza da tenra natal —revelam tiida a «elvagerla da flo-resta virgem amazônica, deixamtransparecer a Ironia e o sentimen-tallsmo dss populações rurais e ur-banas, expressam a Ingênua alegriadaa crianças brasileiras que VillaLobos ama apaixonadamente", Aprópria substancia da música dcVilla Lobos é pois brasileira, e essaqualidade vamos cncontri-la nasobras mais representativas de seusContlnuadoros — Lorenzo Fernandez.Francisco Mignone, Camargo Guar-nlerl, Trutuoso Viana, Brasillo Itl-berê, Hadamês Gnattali, José Slqtlcl-ra, Lulz Cósmc. De Villa Lobos,Lorenzo Fernandez e Francisco Mie-none fez Vasco Mariz oportunas cl-tações, gravadas, de trechos deobras.

Ao lado da escola nacionalista, oconferencista mencionou o grupo"Música Viva", que ce bate precisa-mente contra o folclorismo, e iorientado por Koellreutter. Essa po.Slçfio, contudo, não Impede, segundoacentuou Vasco Mariz, que em pá-glnas de Cláudio Santoro, composl-tor de inegável talento, Guerra Pel-xe, Eunlce Catunda, já sintamos ostraços lnlludivels da nacionalidadedo» autores. — F. Silveira,

- De passagem para o» outros

NOVIDADES PARA HOMENS

Iy. R. Branco, 120-L 32flv. Copacabana, 219-B

palsos da América do Sul, aeha-Knesta capital a si ui, He.en L. Wolis3uo,

4_icnrrc(__dA [x*lo Departamentoe Estado do Governo Americano

do desenvolver uma açflo de <Itvul-Bnçfio da música americana c curo-peia ni... palsos sul-ameticanos andesu encontram os Bibliotecas Musicaisda Empréstimos, vai realizar pelaRAdlo Einlssorn do Ministério daEducnçfio, l'RA-2, uma série de pa-li-stras-rccltnls, a quo deu o titulodo "Músico dos F,stcdos Unidos".Esta serie, que constarA de 5 Irra-discutes, do 4 a ft rt*i corronto, ás 19horas «erA ilustrada com numerasdc plano, canto, e vlolilo. em coroe um discos pertencentes A Dlscoté-ca do Instituto ISrasIl-Estndos Uni-dos.

— Prosseguindo em suas realiza*çóes artísticas, em provei',) do in-terísse doa seua. ouvinte». PRir-B,Rádio MnuA, a emissora do trabalha-dor, apresentará amanhil, Aa 20 ho-ras, o "Teatro Experimental do Nc-gro", sob a dlrcçío dc Abdlas doNascimento, empreendimento e;s<que serA levado a efeito sob os aus-plclos da "Campanha pela Assid'il-dade ao Trabalho". O "Teatro Ex-perlmental do Negro" opresenfarAao público «eleclonida*. interprets-çóes teatrais, com sonoplastla ade-quadii, além da declamacÃn dasmais famosas poesias de poetas bra-sllclros, como Olavo Btloc, CastroAlves, Euclldes de Carvalho c outros.

DOR PROGRAMAS DE UO.1VK DE AMANHA

RAdlo Nacional: 13,00 — RomanceMusical; 13,30 — Hora do Pato; 14.30Coisas do Arco da Velha: 18,15O Canto das Américas; 10.30 —Rádio Revista; 10.00 — Tabuleiro daDalana; 19.30 — Tancrcdo c Tran-cado; 20,30 — Piadas do Mandlca;21,00 — A Ases e 1 Coringa; 21,20 —Papel Carbono. Amanha: 13,00 —RAdlo Novcln; 10.30 — Amlços doJazz: 17.25 — Carnet Social; 18.30Ana Maria: 10.15 — Arseno Luoln;21.W» — Rádio Novela; 21,30 — Pro-grama de Estúdio; 2.1,30 — Vale apeno ouvir de novo; 00.30 — RAdloReprise.

RAdlo Mayrlnk Veiga! 18,00 -Hora do Pato. com Ilebcr, Yara eLomurtine; 20,30 — Resenha espur- |tiva: 21,00 •— Teatro romance, coma peça de Walter Georges Darst,"Máscaras"; 22,30 — Posta Restante.AmanhS: 20.C.0 — Cada macaco noseu gnlho; 20,25 — Panorama poli-tico, com César Ladeira: 20,35 —Revista Moyrlnkionn; 21,00 — LindoBatista; 21,30 — Fantasia, com Car-los Galhardo: 22,00 — Comov.tArlos';2S.05 — Teatro das Lendas Maravi-lhosas; 22,35 — Biblioteca do Ar;'23.00 — O mundo em sus casa.

BAdlo Tamolo: 10,15 — Silvio Cal-das, recital; 10,30 — Ases do micro-íone; 11,00 —Portugal canta paravocê; 14.00 — No mundo da valsa;15,15 — TransmlssSo esportiva: 18,30Hora ao Ministério da Agricultu-ra; 19,00 — Resenha esportiva; 23,00Boa noite, Brasil. AmanhS: 18,45Esportes em revista: 19,15 — Horasertaneja; 20,00 — As Três IrmAs:(De Anselmo Domingos); 20,30 —Jorge Veiga; 21,00 — Melodias deoutrora.

Ministério da Educação: 10,00 —Transmlssiio diretamente do CineTeatro Rex — do Concerto para aJuventude Escolar — Pela Orques-tra Sinfônica Brasileira. Regência:José Siqueira: 12.05 — Clnemúsica;1230 — Londres Informo; 12,45 —Arco-íris musical; 14,00 - Toda aAmérica; 15,00 —Vesperal sinfônica(Atendendo aos ouvintes); 17,00TransmlssSo da ópera: ("Faus-to") de Gounodc; 19,30 — Aten-dendo aos ouvintes...; 20.30 — Emresposta a sua carta: 20,35 — Aten-dendo aos ouvintes...; 21.30 —Você conhece esta música? — Pro-grama concurso sob a direçAo deLuiz Cosme: 21,45 - Atendendo aosouvintes... Amanha: 17.00 — O diade hoje há muitos anos...; 17,30 —Defenda sua saúde; 10.30 — Brasil-Estados Unidos — Série de progra-mas organizados pelo Instituto Bra-sil Estados Unidos; 2000 — Comofalar c escrever certo; 20.30 — LI-ra do povo — 21 JO — Londres in-forma; 21,30 — Rádio Teatro da Mo-cidade; 22,00 — Música, apenas mú-slca; 22,30 — Arte. e literatura.

Roquete Pinto: Dos 10,00 As 11,00Irradiação diretamente do Mos-teiro de S. Bento: Das 13,00 :s 13,30Tenor John MaeCormieck e pia-nista Oscar LcVant; Das 1930 As14,30 — Páglnos - Sinfônicas: Das14,30 As 15,00 — Cenas liricas; Das15,00 is 15,30 — Concerto em sol me-nor para plano e orquestra, deSaint-Saens; Das 16.00 As 10,30 — Or-questras e melodias, apresentando" aOrquestra Sinfônica da BBC, sob adlreçAo de Toscnnini; Das 16,00 As17,00 — O» grandes Intérpretes dacançAo; 18,10 — Divertimentos; 21.30TransmlssSo diretamente do Ca-nadA, da "Canadlan Broadcasllni.Corporation". AmanhS: Das ÍO.SÒâs 18,45 — O dia na música univer-sal; Das,19,00 ás 19,15 — Páginas pa-ra orquestra; Das 22,00 As 22,30 —Suite para orquestra, de HowardHanson; Das 23.00 As 23,30 — Jornalfalado.

JA ESCOLHEU O SEUESPETÁCULO DE

DOMINGO ?Qual o gênero qu» prefere? Musl-

cul ou falado? Couta de rir ou umo-elonaoM. Se quer alguma coisa d.movimentado — talve» o mais beloespotâCUlo dc revista Já viBto noIir.i? il — ent.-io nSo hesite e vá aoCarlos Gomes. "O Rol do Samba",quo Chlanca dc Garcia vestiu comum esplendor do Indumentária omúsica, é qualquer cotia de defini-tlvn nu tilutórla do um toatro, NoRecreio ropoto»». o siuvsso d» "QuOqt'c liá com tou piríW" Oscarlto, Pe-dro Dlos, Míirgot, Violeta Ferraz, nspltucas-girls, o quadro do "caçadordc esmeraldas" sflo elementos de nu-cessn. Dcrcj* Gonçalves despede-seno Joflo Caetano. A revista "Possoentrar nessa mnrmlta?" náo pôderlvallsor com suaa vlslnhas no lar-go do Rocio. Mns Dercy ê só nasua arte diabólica, divertida. Qualo gênero que prefere, heln? Come-dia. Mas há várias espécies de co<média. A htstoriaca, ricamente *n-cernida, lindamente interpretada:"EUzabeth da Inglaterra", no Resl»na. Extraordinário espetáculo. Aalta comédia: fazendo rir e com sl-tuaçóes emocionais bem torneadas:"Gostar e fechar os olhos", que Al-da Garrido e seus artistas bem ln-torprotam." Até a Alda melhorandoseu repertório. Noticia ausnlclosa.Comédia de salSo, agradável, bemvestida pontilhndn de graça: "Seeu quisesse", do Goraldy c Spltzaer,no -Serrador, pola Companhia F,voTndor. E no Glória? Uma chaneha-da a çomeçor pelo titulo "O Vaváilas viuvas". Jaime Costa faz rir aomu público numeroso. Comn é queum ator da categoria dele aoltaapresentar uma peça com um tltu-lo tuic nem dc peça dc circo: "OVAvA das viuvas". E quando sepensa que se esse grande ator qui-sêsso levar a sério o Imenso talentoque possui, escolhendo repertório,melhorando sua companhia, arran-Jando um diretor rle fato para o seuelenco e que aceitasse sitos obscrva-(çôcs — poderia ser dono da primei-ra companhia do Brasil. Mos seráoue o público quer mesmo peças dogênero de "O VAvA dos viuvas?"Era bom fazer-se tim trobolho esto-tlstlco. Por exemplo: que compn-nhln teve em 1017 os mais aufêntt-co- sucessos dc critica e tíe públi-co? A do Regina. E que peças apre-sentou? "Frenesi", "Madcmoiselle","O pecado original" e agora essa fa-bulosa apresentação de "EUzabethda Inglaterra", que estA dlartamcn-tc esgotando lotações. Alda Garrl-cln, melhorando de repertório — Al-da chame depressa um diretor parasua companhia, nacional ou estran-gelro, mas chamei — tem uma peçano enrta-: taz rile semanas. Issoprova que o púbiico está ficandomais esf.rrecldo e vale como umaadvertência aos navegantes. JA cs-colheu o sou espetáculo de domln-go?

BAILADOO "Ballet da Juventude", no Fe-

nlx. é um convite. Se nSo puderresisti-lo, vA entflo assistir A suavesperal. As 16 horas. Programa:"Lago dos Cisnes", de Tchalkoo-v.sky: "Dlvortlssemants" com novosnúmeros e "Sonnta ao Luor", doBeethoven. Igor Schwezoff dançarácom Edith Pudelko "Sonata aoLuar". Com um programa assim oFenix terá sua lotaçflo esgotada.

DI_RIO DA CONCENTRAÇÃO DOTEATRO DO ESTUDANTE

Sexta-feira 25 dc Julho: Quandodesci ás fl lioras da mimlid. encon-trei o Jairo que vo cozinha prepa-rava o ca/é. As 7 horas Sérgio Brl-to, que hoje d diretor de dia, cha-mava a atenção de todos Os que ain-da sc encontraram dormindo paraque fossem tomar café, pois este se-ria seroido ati ás 8. Tendo toma-do mais cedo o ca/é, a turma âalimpeza já estaua em ação. O Nll-son varria os salões do andar tár*reo enquanto Pcárn Henrique cCury ((mpauam os aposentos do an-dar superior. O Joffo da Afata eomoii dc costume foi á nm buscar osjornais. Ao chegar /oi aluo de per-

ONDE OS MOÇOS TRABALHAM PELO TEATRO

CINEMAIVAN, O TERRÍVEL

Nelson Maciel Pinheiro, aluno daFaculdade de Direito, e Marllusalsde*. Queiroz, aluna do ConservatórioBrasileiro de Música, almoçam, na"ConccntraçSo do Teatro do Estu-dante", na TIJuca, num canto dosalSo onde se amontoam trajos develudo e seda, que pertencem aospríncipes, nbbrcs, herói.*) das poçasora ensaiadas. Hoje o programa évariado: Missa As 10; aula de Gesto

— Valusv VallcUok; auto uc rumoás 11,30 — Ntaa Verchlnlna; aluiu-ço — Ensaio toda tarde. A noite:Palestra e debates — Lulza BarretoLcltc, "Teatro para adolescentes","Escola Nacional de Arte Drama-tica", por José Carlos Lisboa" •—Aula de Caraterlzaçáo — José Jan-sen. A missa podem comparecer asfamílias dos "concentrados".

puntas: — Qua dtiim os jornais d»iiúj?" Nove horas. Aulas Ue Inplés.Teachers; Paula Limff • Jacy. Pas-cltoal foi á cidade: é dlu üa paga-mento no jeu Ministério. (Dizerque alguím como ele pode passar o«eu tempo de férias ajudando-nosl).Duque chegou ás 10 e subiu paraguardar cadernos e lluros. Ao vol-tar já estava Iniciada a aula de dan-ça. Assunto: Tango argentino. Du-que ensinou-nos udrios pasos Inl-_!ai_ para esta dança, Jiz exercidosao som do "Porcal". Deu-nos umadcmonslraçíío do tango, com todasas fantasias que ele tão bem sabecriar. Precisamente ás 11 horas ter-ninou sua auta. Fei então que Per-nambuco, antauel • dedicado , reu-niu-nos no salão a fim da exercitarconosco leitura e tom de voz. En-quanto liamos, Lals Pores — a me-nina ac voz bonita — Ia acompa-nhando e apontando os erros. Alui-fos colegas, ndo sei por que motiooficaram nervosos e atrapalhauam-sa*na leitura, Gonzalez cntilo ficou tãonervoso que "comeu" todns os "s"

— Pernambuco porém tratoude acalmit-los, Ao melei dia e meloum grito de Sérgio Brito: •— Almo-ço! "Refeição terminada o pesadelode lavar pratos, talheres. Fora: mil-sica. Debussy, Wagner, Beethoven.Alguém vai mudando os discos ecomentando. A voz vem atê d co-zinha. Lavar pratos assim ndo émáu, não? Quem são esses caualhcl-ros? Mais repórteres. Mais /otdpra-fos. E' tmt-vem deles. Outro e.rer-ciclo de leitura. Dirigido por Eu-penla Damasceno Vieira. As 15 ho-ras a leitura Interrompia. Inicia-seo trabalho dos ensaios. Quem estáno "Hamlet" sobe e vai para o sa-Ião de chão de Iadrilhos vermelhos.

A Castro" ê em baixo mesmo.Antipona" nos "Autos Sacramen-

tat»". (E' assim que se chama o sa-Ião onde estão alo-iadas as moças,com banheiro prdprio). Ensaio ml-nha pnrte en "Hamlet". Obrigado,dr. líarniíh, pela lição de bom gos-to que no." ilif todos os dias. Desço.Luba esta" magnl/lca em "Inês deCastro". (Francamente Luba uocéme comoveu e eu sal \iara não cho-rar. "Dcl com aquela mocinha p_-lida que nos vem visitar todos osdias, chorando com pena da Inésl.Sérgio Hamlet Cardoso, Luba Inéstíe Castro Carolina Antipona SotoMayor, Hemon Paula Lima, Per-nambuco Infante de OIluetra, sãoos Ciue fatalmente se descacarfip nanosso tcmnoradn. Aulas e mal» au-Ias. Descansamos pouco. Paschoalnos dá uma 'aula de mímica". Dl-jricil; mas bonito. E-rprcssões dc ale-

grla, espanto, trlsteja. "Jantar/".Corremoj pura o pdtuir. Fila. (E(u/ila disciplinada. Alguém can(a"dois a dois"). Dr. Hoffmann liar-nlsh /anta conosco. Mais insatos"Hamlet". "A Castro" a no quartodenominado "Antipona" Lals Perese João A-pusto copiam papéis dapeça grega. Ao sair deste quartopassei pelo "Elctra no Circo" e vtjgue seus ocupantes fizeram umanova ornamentajBo: capas tíe uclu-do pcias paredes, flores, milscaras.Scrd Influencia dos pássaros quevieram do "Além do Horizonte" epousaram no Circo? "Hamlet" estdsendo ensaiado. Ventura esplendidocomo Polônio. Até arranjou a vosdo velho! Em baixo um grupo, ll-vre de cnstilodores e da limpeza,dança. Nove horas! Inlcla-se o pro-grama do Instituto ilo Cinema Edu-cati.o. Alló, Cnrlitos! Bila noite,Parlst Bóa noite, Roma; Viajamoscom os olhos presos d tela. 10,30.Passagem das dwiies entre o dire-tor do dta de hoje e de amanhã.Subimos. Como é bonita a (íisclpll-na camarada desta casa e deste pru-po numeroso de moços. O diretoroeral não Internem, Somas nós, osestudantes que com cle^trabalha-mos, responsducls pelo bom anda-mento de aulas, coii/crenclas, en-saio». Todos jã estão recolhidos.Apenas a luz de uma Inmpííijjo jun-to ao colchão cm que durmo' "Vo-cê vai continuar escreuendo?" per-punta-me Paulo Vieira, o estudanteportuguês que está perdendo o seusotaque e ganhando o nosso. Alasvou apagar a lâmpada porque estatxipina de diário foi escrita. Ah, sepudesse ao envez de uma pagina dediário escrever um livro para con-tar aos outros o que nale o "teatroilo estudante" como idealismo, tra-balho, renúncia. Mas alguém escre-verá esse livro, Tenho certeza dis-so. — JOSÉ FRAGOSO DE OLI-VEIRA.

INSTITUTO INTERNACIONAL D_TEATRO

Paris, 28 (FP) — Será criado emParts, sob a égide da UNESCO, oInstituto Internacional de Teatro.

A scssSo Inaugural está marcadapara o dia 28 do corrente, sob tpresidência de Prlcstley • nla mes-ma estarSo presente*? altas persona-lidades lntelectvMs do mundo intel-ro, destacando-;; Aníbal Machado,do Brasil; Equlty, dos. Estados Uni-dos; Silvio Dsmlco, da Italin; Píer-re Almè Touchurd, Armand Sala-crou, Jean Renoir e Jules Romalns,da França.

IÍ^^ti_l)l_Ífll£IP^w©"U.ÂS ÍO:'R»M 0 LÀ-S' D ÍF E-RE N". &_S* PA RA -D 6 I ¦ S^

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S. PantaleSo é um dos quatorzeSantos auxiliares, honrado pelosmédicos como üm dos seus patro-nos,

Era ele um dos mais celebradosmédicos da Nicomódla e devido ássuas crenças religiosas praticavagratuitamente a sua clinica, inteira-mente devotado em minorar o so-frimento de seus semelhantes.

Sendo médico assistente do impe-rador, fot seduzido pelos prazeresda Corte, renegando então a sua fé.

Um sacerdote, entretanto, logrouconverté-lo novamente, relombran-do-lhe, o exemplo de sua piedosamSe, i

Renunciou então o Santo A vidamundana que levava (, distribuindoos bens que possuía pelos pobres,dedicou-se Inteiramente a socorreros enfermos mais necessitados,

O imperador Maximlano, sabendode sua conversSo, mandou prende-lo e marttrisá-lo, para que aposta-tasse.

3. PantaleSo foi estendido nobreum cavalete e torturado com tochasacesas, sendo confortado nesse tor-mento por uma aparlçSo da "NossoSenhor.

Seu suplício teve fim com um gol-pe de espada, segundo refere oMartirológio. Morreu a 27 de Julhode 305, aproximadamente.

Spu túmulo se encontrava prl-mltivamente em Constantinopla,achando-se hoje em S. Denla, pertode Paris e a cabeça em LISo.

Em Ravelo, naa imediações deAinalfl, conserva-se em uma am-pôla um pouco de seu sangue, quasa liqüefaz em determinadas épo-cas.

do Sagrado Coração de Jesus, ha-vendo a seguir festejos externos.

S. Camilo de Lelis — No santuA-rio de S. Camilo, á Estrada Velhoda TIJuca, será celebrada hoje, ás 9horas, missa, com bençüo ás crlan-ças e distribulçfio da cruz benta deB. Camilo, paneglrlco do santo pelopadre José Coelho de Alencar ebenção cncaurlstlca aos enfermos.

Festa de S. Maron — Foi transfe-rida para o próximo domingo, 3, afesta de SSo Maron, que costumaser celebrada a 31 de julho. Está'sendo realizada todas as noites, ás20,15 horas, a novena do Santo, comterço, pregaçAo e bençBo do Santls-slmo. Domingo próximo haverámissa ás 7, 8 e 10 horas,

Hora Santa — Reallta-se hoje, ás16 horas, no Santuário Nacional doCoraçSo Eucaristico dc Jesus (ma-triz de Santana), a celebração daHora Santa, pelas paróquias deCampo Grande e Guaratiba.

Festa de S. Cristóvão — Realiza-ee hoje, na matriz de S. Cristóvão,a festa desse Santo, padroeiro dosmotoristas. As 10,30 haverá missasolene, celebrado pelo vigário, mon-senhor Manoel Gomes, pregando o

SERÃO CONSTRUÍDOSESTALEIROS EM SANTOS

São Paulo, 26 (Asp.) — O sr.Calo Dias Batista, secretario daVlaçáo, declarou que na conferên-cia que mantlvera com o brl-gadeiro Armando Trompowskymlnlatro da Aeronáutica, este lheadiantara que transmitiu Instru-Qi.es ao Cotnandant» da 4* ZonaAérea, a fim de quo a base aéreade Santos fosee transferida p»raa Praia Grande, a fim de perml-tir a Instalação dos estaleiros*.m Santos.

padre Emanuel Monteiro. As Í0 ho-ras haverá "Te-Deum", bençíio doSantíssimo Sacramento, seguindo-selellfio de prendas em beneficio dòtemplo.

, Esportes entre q/nadores — O ser-viço desportivo da A. S, A,, farárealizar amanhü, ás 20 horas, umarèunlSo a fim de tratar de assuntosreferentes Ko I» torneio inicio devoleibol, que será realizado no pró-ximo dia 0 de agosto, na quadra damatriz de Nossa Senhora dos Nave*gontes — Bomsucesso. Solicita tam*bém das paróquias a remessa dasfichas dos amadores e das amado-ras, em virtude das inscrlçfles parao referido tomelo, encerrar-se a 30do corrente.

'(' a revolta dos sentidos e ndo.a razão Qti.o afasta de Deus o ado-lescente."

Santo AgosMnko

Santo» di ho/s — Constantino,Otocar, Aurélio, Sérgio, Mari» Ma-dalena, Natalia, Liliosa.

Santos de amanhi — Nalario, Cel-so, Vítor, Inoccndo, Acáclo, San-sjo, Eustáqulo, Peregrino.

Festa dt Santana — Reallza-se ho-jo, na matriz de Santana, a festada padroeira, havendo missa soleneáa 10 horas, com SermBo por mon-senhor Benedito Marinho < procla-sSo ás 10 horas. Ontem, a diretoriae oa funcionários da Casa da Moe-da, em regosijo á data, mandaramrezar, na praça Major Zeno, no in-terior daquela Instituição nacional,missa votlva em ação de graças isua podroelra. Celebrou-a o bispod. And nò, acolltádo pelo conegoHenrique MagalhSes. Falou i aren-te a mlsea o conego Henrique Ma-galhâes, qtl» historiou a IhstalaçJloda Casa da Moeda em todo o Bra-sil. até resumir-se numa só, — a ddRio de Janeiro, cuja padroeira èSantana. Estiveram presentes ao ato,além da diretoria e da família dosfuncionários dsquela Cas», repre-sentantes das altas autoridades dopais.

Paróquia de S. Sc. i_ti!o, da et- itnçffo de S. Lucas — Haverá hoje âa matriz as seguintes atos: missas «»ás 6, 7,39 e t.,30 horas, sendo esta ^vsolene, com a bençSo dos novos «1-¦a**. As 1« horas ¦ssirt * procissão^.

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II

Para se compreender bem, para »•tíiagiar nos interstícios de "Ivan, oTerrível", a concepção cinomutogrd-íira mais importante dos lilíimosdias, i Imprescindível vé-lo mais dcuma vez, com a pieocupaçilo cuida-dosa du descobrir-lhe os detalhesplásticos a as dcrluaçfles rítmicas,uris e outros ii« elaboração cxau.iti-vn, garantindo essa prcclsfio mate-miltica, essa rigl<l«z o, parado.xnl-mento, essa elasticidade, tdo bemexpressas por Elscnstcln, e tdo ca-ras a quem estuda e aprecia o es-tllo do cineasta russo, ji comparadoa Euripedès, o menos divino, o mali*humano dos trdglcos orefoi.

Moi, em "Ivan, o f-rrlvel", aspaixdte sdo menos timtias — noqut reside outra diferença, com"Encouragaao PotomMm" — per-perdem contacto com a alma hu-mana • ressoam tdo alta, Um talamplitude, que Elscnsícln seria me-lhor comparado a Eschllo, mais

canta lo /co lo mlsmo que In liello,que exalta lu /ü;tírii dc un parlaamlrajo&o, tanto comn In f.uoitu dasol de un mar en culmii o da untriga! do extensiva inaudita", Dirá-triz essa qui, o criador "A LinhaCoral" olvidou, em sua monogra/fasóbre Ivan, sublimando os cometa-res, numtt fuga propositada i rea-Ildniie prosiílcti a cotidiana. "Tm!oios nossos esforços — ê o,próprio cl-neasta quem nos diz — so eoncsit-íriirum mi objet.tiro de expor noauditório o monumental poderio doEstado russo. Foi por Iss.i que npre-.-.'uitt4ii.ni.. itj híibKüfôCJ táo grumti'3e os váun tão altos, c fizemos brl-lhar e clntilar brneurtos enquanto oImponente coro dc antigos motivosreligiosos ressoava com JOlOtlWa-dt".

Do inicio do filme, com a coroa-ção de Ivan — qua po.isiii um valorparticular, conto pvr/ciçdo dc "mou-tage" — ao fim, com a procissãoda suliliide.vvii, csbóro dc exércitoque levaria o Czar a Krnmlcs vltd-

Ivan no cerco de Kazanprandiloq:. inte e mais nobre queEuripedeí.

A epopéia russa, a vida da figuraque domina, na K.ussin, o séculoXVI, fem uma notável harmonia delinhae, *iíua->« cm plano olímpico.O comportamento de seus persone-gens é o comportamento dos heróisi dos deuses da mitologia helénica.Eisenstein chegou, guardadas todasas próporjdes, ao ponto atingido porftacine, na ressurreição da tragédiafroga.

Poeta trdgico e historiador, Eis-ensteln ndo se encanta pelo paté-tico, como outro poeta t historia-dor (e também historiador a seumodo; — Abel Gance, de "Napo-ledo", de "Baethouen", de "Lucre-cia Bórgla". Gance, ji houue efutmdissesse — t uma autoridade comoDelluc — tem tropismo positivo pelaênfase, i um émulo de D'Annunzlo.Elsenstein ndo vai a tanto, maisequilibrado e mais senhor dt si, oumelhor, absolutamente equilibrado,absolutamente consciente de todotos seus atos. Trdglcos ambos, am-bos historiadores, divergem princi-palmente nessa particularidade."Elsenstein ti et poeta de Ia rta-Hdad — diz Antônio dei Amo — que

rias e a derrotas também, tem-sea imprersiío da grandeza tlc umapeça trágica, nem mesmo faltandoo coro do antigo teatro grego, ComEijtensteln, o cinema atingiu o cll-ma dc um Eschllo ou um ShnUes-peare, de um Sófocles ou um Ra-elite.

A sobriedade na magnitude, c,porém, a mais atta conquista dnEUcnsfeln. Observem coma no pon-ro em que DcMillo se atiraria a cr-pansi.es máximas, a trurngens In-flnltai — o cerco de Kazan — Eis-cnstcln se mantém numa cruezadisciplinada, simétrica, o que tnii)e_nem tenha seduzido a Laurence Oti-vier, ao Iccar A tela, cm "Henru V",teu e de Shaltcspeare, a batalha deAglncourt. Kazan, no filma russo,equiuale is Termópilas, de Leóni-das; heróica e lacônica.

Substancial t consonante, verda-delra ilnfonla dt imagens, "Ivan, oTerrível" impõe aos nfio iniciadosnas leis móuels de estética um .il-lendo pltagdrico. E é com respeitoqut me Inclino ante o cantor da fl-gura enigmática e desconcertantequt fei do Volgn um rio russo.

Moniz Vianna

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NOS CINEMASCINELANDIÃmimiilio â, seasDei passatempo

Jornais * rarledafleeImpério — Anos dt ternuraMet-O-Paaee-o — Emoção secretaOdeon — A filha do corsário verdel'alaclo — Aladim • a prlnceaa

de Baffda,1'nthé — O feitiço da clg"anaPiam — O tempo n&o apag»Rex — Palxfiea turbulentasVitoria — Nunca mo dita adeusCENTROCtat-BAtlo — 1>. rua Madelelnt<;lueai* Arquuro verde. Jur.

nal» • variedade»Colonial — Es.» munóo 4 um

pandeirot». PeSro *— O qu» matou por

amor__dora_o — TentaçãoFlorlimo — Bra teu destinotiaarani — Fantasma por acasoIdeal —- Longe doa olhosIrl» — RafleslAwk — Renuncia d» amorMem de SA — O grando segredoMetrópole — Acordes do coracíoModerno — A valsa nasceu em

VienaOlimpln — Aventura» ilo Tom

SawlerParlalente — Chamat dt ódioPopular — Amlgoa da onçaPrimer — Chamas ds odloHnpnfcli-a — Chamas d» ódioH'o Braneo — Gaivota negraSfio Joté — A volta de Monte

CrlatoBAIRROS • SUBÚRBIOSAlpha — A fera humanaAmérlcn — Nunca me diga adeusAmericano — Dama de capa e

espadaApoio — Rainha do trópicoAüorla — O.tempb nâo apagaAr.nMn — Palafio em JogoBandeira — Acoríe» do coraç&oBtljn-Fler — Longe dos olhasSento Ribeiro — IntermenoBrn» de Plaa — Bst» mundo 6

um pandeiroCarioca — Aladim . a princesadt Btt*d_Catambl — A porta de ouroCellten — O «atranhoEdaon — Capltllo furtaEaiacio — Noite de farraFloretta — TangerFlnmJnente — Es.e mundo t um

pandeiroGloria — Eterno vagabundoGrajau — MargieGuanabara — Palitto doa fortesHaddock-Lobo — InterludioInnnemn — Tormento1*"»J* — A terra «oa homena

mauajovial — TormentoMt eaal — ConfissãoMatcote — InterludioaiaAnrstra — Era seu íestir.oge»e_ gg JW!*«_ da íswa' -v

Metro-Oopncnbann — EmOcSo se-crttaMetro-TIJaca — EmosEo eecretaModelo — Espelho d'almaModerno — CapitSo FurlaMonte Cattelo — Flor do pedraNnclonnl — Sfio Fraticluco de

AssisOllndn — O tempo nüo apagaQriente — Conflito sentimentalil'nlacIo-Vlto_ln — E6fo mundo

4 um pandeiroFnrnlso — Cala dp SoflrêPenhn — AmokPiedade — TentaçãoPlraJA — Palx&o em JogoPollteamn — ConfissíoProsre_«o — Acabaram-se as «n«

crenças .Qaintlno — Eram IrmUaRamo» — O prisioneiro da Ilha

doa TubarOeaRealengo — Tres desconhecidosRlnn — Aladim o a princesa de

BagdáBMu — O tempo nio apagaRosário — Maria CandeláriaRoxl — Nunca me diga adeusSanta Cecília — Uma noite *ra

CasablancaSanta Cru« — Oe super homeneSanta Helena — Um raoan do ou-

tro mundoSfio Crlstnvfto — IS rua Made-

lelnaSâo Lult — Nunca me diga

adeuaStnr — O tempo nâo apagaTljura — Precisam-ne maridosTodo» tm Santo* — CrepúsculoVai-Lobo — irresistível SalomóVelo — Cavaleiro por uma noiteVila Txnhcl — Paixío dos fortes)GOVERNADORItamar — Os amores de Suenn»NITERÓIÉden — Docas de Nova _or_Icarnl — Preclsam-ee marido»Imperial — O sorlla brancoOiIi_.ii — Houxjifiol mentirosoUlo Branco — Monslour Beaucal-

CAXIASCnxla» — Este inundo é nm pan-

deiroPETROPOLIScapitólio — Bu t o tr. SatãD. Pedro — Pongo, o gorlla bran-

coItnlpnva — O tesouro dae paro-IasPetropolU — Amor dt encomenda

TEATROSJoân Caetano — "Posso tntr»?

nesta marmita!*Regina — Ellsaneth de InglaterraRtral — Gostar... e fechar Oe

olhosGinástico — Deusa d« todos nó»Clorla — O Vavâ das viuvasiteiT.io — Que quo hâ com o ten

portSerrndor a Sa »u (i&leesse'

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DDIKTOR

M. PAULO FILHO

Redação e Oficinas — Av. Gome* Frelrs, 81/88.Correio da Manha

REDATOn-CHEFECOSTA REGO II IlIO DE JANEIRO, DOMINGO, 27 DE JULHO DE 1047

DIRBTÒRaOEHBNTB íi

MARIO ALVES ;|

Administração -- Av. Gomes BYelro, 81/83, ;|

O "BENELUX"O "Benelux", ou seja a União

econômica da Bélgica, da Neer-làndia e do Luxemburgo, quefez recentemente a sua apre-sentação oficial na Conferênciados paises europeus em Paris,não é unia improvisação: Játem uma história bastante mo-vlmentada.

Desde 1922 existe uma Uniãoaduaneira e

'monetária belgo-

luxemburguesit. Em 1930, exa-tamente um século depois da.separação definitiva da Bélgicac da Holanda, os dois países o,ademais, o Luxemburgo e ospaíses escandinavos, concluíamom Oslo um acordo pelo qunl.se comprometiam a não modi-ficar as suas tarifas aduaneirassem . consulta prévia. Esto"União de Oslo" que, na épo-ca, foi interpretada como iníciode um sistema de acordos co-mordais multilaterais, foi ain-da reforçada, dois anos maistarde, pelo Convênio de Ouchy,entre a Holanda e a Bélgica,que concordavam em baixar assuas tarifas, em 10% anual-mente, até que as taxas fossemreduzidas à metade. Mas asperturbações monetárias queafetaram também seriamente ocomércio dos dois países anula-ram praticamente o efeito des-ta política liberal.

Durante o exílio dos gover-nos da Holanda, da Bélgica e doLuxemburgo em Londres, o an-tlgo esquema foi reexaminado,em vista da politica de após-guerra. Em setembro de 1944foi assinado um acordo, com afinalidade de uma verdadeiraunião econômica, que devia serrealizada em etapas. Mas a si-tuaçâo em que os três paises seencontraram depois da liberta-ção foi bastante diferente, ecada um deles devia adotar me-didas de emergência, de acordocom as necessidades do mo-mento. Em particular, a políti-ca monetária tomou rumos di-versos. Enquanto a Bélgicapassou a uma deflação rigorosa,a Holanda limitou-se a umapolítica de transição, maissuave.

Não obstante, a idéia não foiabandonada, e em Julho de1946 foi criado em Bruxelas o"Secretariado Benelux", órgãotécnico sob a direção do eco-nomista holandês Jaspar. O en-cargo imediato deste Secreta-riado era a preparação de umatarifa comum da "União Bene-lux", que serviria de base paraa Conferência comercial atual-mente reunida em Genebra. Atarifa foi um compromisso en-tre as taxas mais elevadas daHolanda e ás mais baixas daUnião belgo-luxemburguesa.

Segundo a revista norte-ame-ricana ForeigJi Afíairs de julhode 1947, a próxima etapa seriaa supressão completa das bar-reiras aduaneiras entre a Ho-landa e a Bélgica. Tal passoexige naturalmente ampla coor-denação de toda a economia, dapolítica tributária, do sistemabancário, dos salários e de vá-rios outros elementos. Um pro-blema especial é a competiçãotradicional dos dois grandesportos, o de Antuérpia e o deRoterdão. Um e outro sofremainda graves reveses em conse-qüência da guerra, não sòmen-te pelas destrulçõcs como tam-bém pela extrema redução dotrafego no Reno. Parte impor-tante do comércio exterior daAlemanha, em particular docarvão, passava antes da guer-ra por estes dois portos, sobre-tudo o de Roterdão, Em geral,a reconstrução econômica daAlemanha é uma das grandespreocupações dos dois países,notadamente da Holanda, quemanteve sempre ligações co-merciais muito estreitas com oseu vizinho do este, tendo sidoa Alemanha seu principal ire-guês e fornecedor.

Todavia, os membros do "Be-nelux" não querem esperarpela solução deste problema eos resultados do plano Marshall,mas prevêem a unificação dasua tarifa,aduaneira já em finsdo ano corrente. Salvo impre-visto, a União entrará oficial-mente em vigor a partir de1948.

Trata-se, sem dúvida, de umacontecimento interessante parao comércio internacional. Ain-da que os membros da UniãoBenelux não figurem entre asgrandes potências, eles repre-sentam um fator importante nomercado mundial de váriasmatérias-primas e de muitosartigos manufaturados. A Holan-da com a União belgo-luxem-burguesa acusam atualmenteuma balança comercial muitodeficitária; até o primeiro tn-mestre deste ano as suas im-portações foram duas vezesmaiores que as exportações,embora estas últimas estives-sem em franco desenvolvimen-to. Em janeiro de 1947 as ex-portações da Holanda eleva-ram-se a 108 milhões de flo-rins, contra 18 milhões no mesr.mo periodo de 194B, e as daBélgica passaram de 1299 mi-Ihões de francos em fevereirode 1946 a 4379 milhões em íe-vereiro deste ano.

O comércio do Brasil com ospaises do Benelux acusa igual-mente grande surto. Nos pri-meiros quatro meses deste ano,as nossas trocas com a Holan-da e a União belgo-luxembur-guesa foram duas vezes maioresque no primeiro quadrimestrede 1946:

COMÉRCIO COM A HOLANDA

(Em mllhSes de cruztiros)

Jan.-abril Erport. Import.

Já não basta ás Américasa prescrição da guerra

A neutralidade é também condenada — afilrmao chanceler Raul Fernandes

Fala mio aos representante* daimprensa, estraturclra sobra aConferência Interamericana, a rea-lteur-se nceta capital, o chancelerRaul Fernandes, depois de enca-recer o Inferisse do Brasil pelo{••cito de tíio Importante reunião,disso:"A solidariedade Interamericana,com que aonhaTojm .oa pro-ho-mens da Independência destoa Re-ipúbllwis, Ja ipnasou do dominioteórico das declarações para. oterreno da rpiHtlca. (A conta*a-prova de nua vitalidade íol feita naUltima guerra, Trata-ee agora delhe dar nm caráter compromls-tõrio, de torníl-Ia efetiva e mill-tante, de dota-la de meios de ação,em termos de transforma-la nu-ma garantia de paz permanenteneste hemisfério. Jâ nio bosta asAméricas a prescrição da guerraoomo instrumento de política na-cional. Elas se prorpOem a ir âsderradeiros conseqüências do talpremissa e a proscrever tambéma neutralidade como norma deconduta em coso de guerra, OTratado de assistência mútua quea Conferência do Rio de Janeiroê chamada a estudar, e, comoesperamos todos, o assinará, tm-porá o todas as Repúblicos ame-rlcanos as mesmas obrigações emface da agressllo e, assim fazen-do, dará sentido real â politicadc solidariedade continental."

O chanceler acentuou aindamelhor essa nua. asserção acres-centondo:"Não creio arriscado prever asconseqnênclas futuras do Pactode assistência mútua que espera-mos assinar. A maior delas, eque cumpre assinalar desde Já,6 a que advirá do nosso exemplodc cooperação, do nosso espiritode unidade, do esplêndido con-tlngonte de força moral com queestaremos contribuindo para aorganização da paz permanenteentre as Nações.""O meu voto — frisou s. exa.— é para que o nosso exemplofrutiílque • moutros Quadrantes."

O Jornalista perguntou, então,ao sr. Raul Fernandes se o ob-Jetlvo da Conferência será ape*nas o de dar a. forma de Trata-do oo Ato de Chapultepec o se,no caso afirmativo, as suas con-seqüências militares serão deixa-das a cargo da futura Conferên-cia de Bogotá ou ee serio neces»sâda a convocação de uma Con-(Demência «lpecla.1 Csam. êsse olvjetivo. O chanceler brasileirocontestou prontamente:

"Com efeito, a Conferênciado Rio de Janeiro tem por obje-tivo o estudo e a eventual con-clusao de um Tratado destinado,como.reza uma recomendação daUnião Pan-Amerlcana, "a dorformo permanente aos princípiosIncorporados ao ato do Chopulte-pec". Trata-se de um ato eosenclalmente político. Ê de espe-rar-se, porém, que algumas de suasprovtoOes tornem necessária acriação ulterlor de um org&o nllitar, capaz de dar-lhe execuçãoprática. Esse aspecto do assun-to já é objeto de um dos tôplcos da afljenda da Conferência deBogotá."

A pergunta seguinte respondeu:"Estou convencido de que,

com as suas atividades limitadasao estudo de um Item único — a(tòlldarlcdade do Hemisfério — a,Conferência do Rio de Janeiro to-rá todas as probabilidades de le-¦vnir «ua tarefa a bom termo nomais curto espaço de tempo."

Seria Interessante ouvir e. opl-nllo do chanceTer brasileiro sobreas vantagens ou desvantagensacarretadas com o adiamento daConferência do Rio, diante do pa-noraina internacional. O íorna-listo íêz uma pergunta, nesse sen-tido, e o er. Raul Fernandes res-pondeu nos seguintes termos:

"O adiamento da Conferem*da, que deveria ter sido efetundaem outubro de 1945, trouxe van-tagens indiscutíveis. Por um la-do, permitiu que, com a intercor-rencia de dois anos, as chancela-rias americanos tivessem maistempo pare. estudar os projetos deTrotado propostos por oito da»Repúblicas deste Continente. Poroutro lado, em outubro de 1045,o mecanismo das NaçOes Unidasnão tinha ainda sido posto em mo-vimento, e a eficiência da Organl-"¦ação não fera ainda posta A pro-va. Hoje, decorridos dois anos,durante os quais as provisões daCarta foram analisados, esmiuça-das. Interpretadas e passaram pe-lo "test" de sua aplicação prütl-

PASTA DEHTIFRICIA

SS.WHIIEO DENTIFRICIO INDICADOPARA HIGIENE E CON5ER-

VACÃODOSDENTes/

ESPERADO EM CAMPOS 0PRESIDENTE DA REPÚBLICACampos. 26 (Asp.) — O pre-

sidente do Republico esta sendoesperado nesta cidade no proxl-mo dia 11 de agosto. Depois dereceber homenagens das classesconservadoras e do povo, seguirápara Itapcruna no dio 10.

ca em 'casos de espécie, u Repú-Micos americanas, ricas dessa ex-sessões secretas."peniênclo, poderão elaborar, como mínimo possível de Improvisa*flfto, o Pacto Interamericano deassistência mútuo, cuja economiafntlma deve ajustar-se, como sesabe, aos princípios • propósitosdns Noções Unidos."

A pergunta sêbre se a prúxl-ma Conferência estava "aberta",com o mtnlmo Indispensável dorestrições, aos Jornalistas em suassessões, o clianceler respondeunos seguintes termos:

"As sesnõps da Conferênciado Rio do Janeiro estarão natu-ralmente franqueadas e. represen-tante» da Imprensa, dovldamentecredenciados, salvo o caso em quose torne necoawlrlo a reunião desessões ecortas.

"Aliás — concluiu s. exa. —a ampla acolhida dispensada pelaConferência aos Jornalistas cor-responde, de um lado, ao espiritode franqueza que presidirá aosnossos debates e, por outro lado,os responsabilidades que cabemfl Imprensa, nesta hora em quoo mundo busca reconstnilr-scdentro dos (pTmcVpos da Demo-cracia."

Reiterando as afirmativas quefizera logo âs prlmeii-as perguntasdo jornalista, o chancelei- termlnou sua« declarações dizendo:

"Como membro da comunl»

dado americana • como pais quehospeda a Conferência, o BrasiltrttA duplamente Interessado noêxito do próxima reunião. Comtais títulos, nâo poupará esforçospara lograr o que estará, no pen-snimento de. todas as delegações,ou seja, uma perfeita harmoniade vistas em torno do nosso pro-põslto comum: — * conclusão deum Poeto de assistência mútuacontra atos de agressão a qual-quer República americana."

DR AUGUSTO LINHARESOUV1DUS - NAHIS « GAKOAN1AR MÉXICO 0B D" - Tel 22-0515

(0089)

Pela rejeição total do ante-projeto da Lei de SegurançaEntregue ontem ao presidente da U.D.N. orelatório da Comissão de Juristas encarregada

de examinar a matéria

FRENTE ELEITORAL DO P.S.D.E DA U. D. N. NO RIO

GRANDE DO SULPorto Alegre, 26 (Asp.) —

Possivelmente o P. S. D. e aU. D. N. formarão uma frenteeleitoral nos próximos pleitos mu-nlclpals. Ós entendimentos pre-liminares encontram-se em faseadiantada.

O eventual acordo gaúcho terácaracterísticas próprias, flrman-do-as em bases especiais, de apll-cação restrita ao âmbito estadual.

A comissão de juristas encar-regada pela comissão executivada U.D.N. de examinar o ante-projeto da nova Lei de Seguran-ça Nacional, encerrou, ontem,as 13 horas, os seus trabalhos,apresentando relatório sobre amatéria, elaborado pelo depu-tado Plinio Barreto e que estásubscrito pelos demais membrosda referida comissão, o senadorAloysio de Carvalho Filho e odeputado Gabriel Passos.

Ontem mesmo o relatório foientregue ao presidente da U.D. N... senador José Américo deAlmeida.

O relatório da comissão daU.D.N. afirma a necessidadedo Estado promulgar leis quedefendem a ordem constituída eas instituições democráticas. Oscrimes politicos contra a segu-rança do Estado sempre estive-ram presentes no Código Penalde 1890, e com esse Código aRepublica se defendeu de todosos atentados até 1930.

As leis de segurança nacional— prossegue o relatório — co-incidem no Brasil com a épocaem que o fenômeno politico re-vestiu características de fato in-ternacional, com repercussão deideologia e ação em todos ospaíses.

Passa a seguir a comentaras leis n. 38 e n. 136, de abril

SE TEM PRESSA, NÃO VÁ A RIO MUROE assim ninguém reclama, e sempre fiica parecendo

que se alguém reclamasse, aquilo tomaria jeito

de 1935, mostrando que ambaspuniam quem mudasse pormeios violentos a Constituição, oque nSo impediu que o própriopresidente da Republica elíml-nasse a ordem constitucional eabolisse o Poder Legislativo.

Aprecia, depois, o relatório alei de maio de 1938, que estabe-leceu a pena de morte paraquem atentasse contra a liber-dade e a vida do presidente daRepublica, o que não impediuque este, em outubro de 1945,fosse apeado do poder contra asua vontade.

Estes fatos históricos revelamque a repressão rigorosa dos erl-mes politicos não é um meio deque o Estado deve lançar mãop-ira melhor eficiência de suadefesa.

O relatório da comissão daU.D.N. acusa o ante-projetogovernamental de ser uma re-petição das leis anteriores, de-las guardando o mesmo sentidoditatorial, incompatível comuma lei decretada em regimedemocrático. A punição doscrimes políticos deve se fazercom a observância das garan-tias individuais consagradas naatual Constituição de modo queo Estado promova a sua defesanos limites estritos do nece«á-rio.

Após outras corsidp>'r>"">°-conclui o relatório pela rejeição j da. A esquerda de quem entra,

AUTONOMIA PARA 0 DEPARTAMENTODE HABITAÇÃO POPULAR

Importância do projeto apresentado pelo sr. CarlosLacerda, na Câmara Municipal

1948 ai 31947 Í76 49

COMÉRCIO COM UNIÃO BELGO-LUXEMBURG

Jan.-obrll Export. Import.

194» 133 251947 232 133

EISÉNHOWER EM INSPEÇÃONOALASKA

Washington, 26 (F. P.) — Ogeneral Dwlght Elsenhower, ohe-fo do Estado Maior geral do Exer'cito americano, deixara, Wash-Ington amanhã para uma viagemde Inspeção, de quarto semanas,pelo Alasl-a.

Elsenhower far-se-d. ocbmpa-nhor pelo general Alfred Grucn-ther, comandante adjunto do Co-lígio Nacional de Guerra, do ge-neral Henry Sayler, chefe do Ser-viço de Pesquisas em Matéria deBalística, do coronel Matobett,membro do Conselho de Mobiliza-

ção do Departamento da Guerrae do coronel J. Michaells, ndjun-to de Eisénhower.

No total, exportamos, pois,aos paises do Benelux, nos pri-meiros quatro meses dêste nno,.108 milhões de cruzeiros, e im-portaroo/ deles 198^milljpes. O

saldo de 310 milhões de cruzei-ros corresponde, se as trocascontinuarem na mesma escala,a quase um bilhão de cruzei-ros para o ano inteiro. Isto rs-presenta uma receita parti-cularmente interessante, não setratando de um saldo congela-do ou de vendas suplementa-res a crédito, mas de disponi-bilidades efetivas em divisa"?.Esperamos que a formação daUnião Benelux, a partir de1948, dê novo estímulo ao co-mercio com o Brasil.^.--..-

Noticiamos, em nossa edição dequinta-feira ultima, que o sr. Car-los Lacerda apresentou, na CâmaraMunicipal, um projeto de lei, ilan-do autonomia ao Departamento deHabitação Popular, criando o Fun-do para Construção Co Lar, uni-ficando oa serviços de asslB-têncla social e reabilitação das ia-velas e dando outras providencias.

Um dos aspectos mal» lmportan-tes desse projeto é assinalado noseu artigo primeiro, que define,pela primeira vez, o que vem aser "habitação popular", para osefeitos de Isenção de Impostos eoutros favores a serem concedidospela lei.

Transcrevemos o» pontos prlncl-pala do projeto do vereador ude-nista :

"Art. 1.» — Habitação popularpara os efeitos da presente lei, éaquela que se enquadra num dosseguintes casos:

a) Habitação de uma sala, umquarto, cozinha e banheiro, até omáximo de 42m2 de área construída;

b) Habitação de uma «ila, doisquartos, cozinha e banheiro, até omáximo de 50m2 de área construída;

c) Habitação de uma sala, tr?»quartos e demais dependências atéo máximo de 55m2.

Art. 2.° — Passa a ser autônomoe reorganizado dc acordo com apresente lei, o Departamento deHabitação Popular, diretamente su-bordlnado ao Prefeito do DistritoFederal.

Art. 3." — Serão as seguintes asfinalidades de funções do Departa-mento de Habitação Popular, alémdaquelas. Já definidas no seu re-gulamento atual, desde que não co-lidam com os objetivos aqui espe-clf Içados:

— Realizar os estudos estatlstl-cos, econômicos e financeiros, asInvestigações de caráter sociológico,especializado, notadamente, o censodas Favelas, por si ou em coopera-ção com outros serviços da Pre-feitura, entidades filantrópicas eculturais. Instituições federais eautárquicas congêneres, companhias,associações, etc., fundadas o que scvem a estabelecer com esse pro-pósito.

II — Empreender, por si ou pordelegação, a construção de habita»ções para aluguel a preço módico,ou venda nos casos tecnicamente in-dloados, KJe atfflrdo com projetosresultantes do estudo efetuado naconformidade do Item I deste art.

III — Organizar o cadastro dosterrenos mais Indicados para loca-1lização de núcleos residenciais, se-jar.i cies de propriedade da Pre»feitura, da União ou de particulares.

IV — Tendo em vista a necesst»dade da solução urbanística e nãodesordenada do problema da habl-tação cm planos de conjunto emvez de soluções Isoladas, promovera associação de todas as Instituiçõespublicas ou privadas, interessadasno problema, para maior rendi-mento do esforço despendido.

— Utilizar ou promover autilização dos terrenos disponíveisda Prefeitura para a execução dnsplanos de habitação popular porele adotados.

VI — Mediante acordo com aUnido, promover para o mesmofim a utilização dos terrenos demarinha, cuja urbanização ficará aseu cargo.

VH — Promover as desapropria-ções necessárias á execução do teuprograma habitacional, tendo emvista a conveniência urbanística dezoneamento e de proximidade oufacilidade de acesso aos locais detrabalho.

VIII — Organizar Planos de Fi-nanciamento para construções dotipo popular aqui definido, lnclu-slve por acordos com o Banco daPrefeitura.

IX — Promover, pelo Departa-mento de Assistência Social, dcacordo com a apuração do Censo,o ajustamento dos elementos nãoaproveitáveis na atividade econflml-ca e social da Cidade. Em conjuntocom os órgãos competentes, notada-mente a Secretaria de Agriculturada Prefeitura, providenciar a Ins-talação desses elementos em terrasdevolutas da zona rural do Distritoou dos Estados, mediante entendi-mento com os respectivos governose com o Ministério da Agricultura.

— Promover e patrocinar, porentendimento com as entidades ofi-ciais, autárquicas, profissionais, fl-lantróplcas e comerciais Idôneas,periodicamente, Congrss-ios sobreHabitação Popular, cnm a partlcl-pação de delegações de outros Es-tados e paises, devendo o primeiroCongresso realizar-se dentro doprazo máximo de 160 dijs apôs ainstalação do Departamento.

XI — Opinar sobre desapropria-ções e demolições que niio tenhamcomo fln.-ilid.irto imediata a construção de novas unidades resldenciais".

lar promoverá a desapropriaçãodesses terrenos, ou das áreas pró-xlmas mais indicadas, para a urba-nlzação de tais áreas e Imediataconstrução de unidades residenciaisque atendam ao padrão minimo deconforto e higiene, para aluguel apreços compatíveis com a capaclda-de de pagamento dos favclelrosdeslocados, tecnicamente determl-nada pelo referido censo".

Os artigos 8.° e 8.° visam estlmu-lar as Iniciativas particulares deconstrução de unidades de habita-ção popular, Isentando, por umperíodo de oito anos, de quaisquerImpostos, taxas ou emolumentos, ahabitação a aer construída de açor-do com o projeto.

COOPERATIVAS DB CONS».TRUÇÃO E MATERIAL

Pelo artigo oitavo, ficaria a Pre-feitura obrigada a estimular a or-ganização de cooperativas de cana-trução, determinando o dispositivoseguinte : '

"Art. fl.° — Fica o Prefeito auto-rlzado a Isentar de todos os lmpos-toa c taxas e estimular, por melode financiamento, a ser proposto,em cada caso, pelo Departamentode Habitação Popular, toda indus-trla estabelecida ou representadano Distrito Federal, dt caráter mer-cantil ou cooperativo, que sc des-tinem á produção, em grande escala,.de material a ser vendido a baixocusto para construção dè habitaçõespopulares.

Parágrafo unico — Para os efel-tos dos benefícios Indicados nesseartigo, considera-se material deconstrução de baixo custo aqueleentregue ao consumo a preço infe-rior, no minimo, a 20% do preçocorrente na praça, por contratoeom o Departamento rie HabitaçãoPopular, o qual fiscalizará a exe-cução do referido acordo, paraefeito da Isenção acima menclo-nada".

RECENSEAMKNTO DASFAVELAS

Após dispor sobre a organizaçãodo Departamento de Habitação Po-pular, para atender ás suas novasfinalidades, determina, o projeto,no artigo décimosexto:

St houvMS* intençSo de arrancarespanto do leitor, eu deixaria para jdizer no fim o que digo agora: aEitrada dt Ferro Kio D'Ouro, aindaà carvão, • aqui mesmo nesta cida-de. Fica a dois passos do centro, aliem SSo Cristóvão, pouco depois daFraca da Bandeira.

Dizendo isso logo de início, ficamelhor. Esla história realmente mui-to simples, podia o leitor pensarque ie passa na Mongólia. Mas '

com a máxima honestidade vou decoruíço avisando que í aqui, sim.

Nio têm visto essa multidão de jcaras de fome, de roupa amassada,

'¦

que de manhã • de tarde, apressa-damente anda atrás de condução,juntamente com a outra multidãosem cara de fome nem roupa amas-sada? Pois essa multidão primeira,quando não mora num morro qual-quer, na certa, se mete todos os diasnuma trem da Rio COuro.

A estação inicial dessa estrada sechama Francisco de Sa. É uma ca-sa velha, pequena e auja. Mas issonão faria mal, até certo ponto, seos trens andassem na hora. O malestá em que nem andam assim, comoainda ê, além de tudo, perigoso via-jar neles.

A tanga viagem devolta...

Eua Francisco d« Sá fica pertoda cancela de São Cristóvão, umpouco arredada da beira da calça-

total do ante-projeto, opinii:por que os crimes contra ;i - -rança do Estado e contrn •»deni político-social sejam defl-nidos e punidos em capítulospróprios, a serem incorporadosao Código Penal comum e aoCódigo Penal Militar, dentro doespiritlto cientifico e com asparticularidades de cada umdestes códigos.

BANCO UNO PIMENTELCONSULTEM NOSSAS TAXAS

"Será criado lmedltamente, noprazo máximo de vinte dias a con-tar da data da promulgação da presente lei um curso Intensivo deRecenseadores das Favelas, « fun-clonar no atual Departamento deAssistência Social.

§ l.o — Esse curso, aberto ao pu-blico. com caráter gratuito, desti-na-sé ao treinamento e capacitaçãode recenseadores para o Depara-mento de Habitação Popular, tendoa duração máxima de três meses.Inclusive trabalhos de campo.

5 2.o — Uma vez aprovados, oeacordo com Regulamento do curso,a aer elaborado pela direção doDepartamento de Assistência So-ciai, serão os Recenseadores, cmnumero compatível com a urgênciada pesquisa, contratados para oCenso das Favelas, a c-irgo do Be-partamento de Habitação Popular

i 3.° — Para direção e or'entaçãodesse curso, poderá o Prefeito con-tratar, imediatamente, um ou maistécnicos do notório valor e repu-tação firmada, nacionais ou estian-geiros".FUNDO PARA A CONSTRUÇÃO

DO LAR

"Art. 19 — 0 Fundo para Cons-trução do Lar será constituído dosseguintes recursos :

I — reversão, em seu favor de70% da arrecadação, do DistritoFederal, da contribuição obrigatóriade 1% sobre as transações imobi-llárlas a que se refere o art. 3.°do decreto-lei n. 9.1T1 de 6-9-46.por acordo com a Fundação daCasa Popular, a exemplo dos quetêm sido celebrados entre essa ins-titulção e os Estados;

n — Pela arrecadação de umataxa, cobrada no ato do licencia-mento da construção, sobre as edi-flcaçõcs excedentes da área mínimade habitação definida no art, l.o daprr?sente let;

in — Pela arrecadação de umataxa sobre o valor locatlvo «nualde habitações ou locais de comércio.Igual ou superior a 20 mil cruzeirospor unidade.

Art. 20 — A taxa a que se refereo Item II do art. anterior será deCr$ 15,00 por m2 excedente ao totalde área construída, segundo os pa-drões de habitação popular defini-dos no art. l.e.

Art. 21 — A taxa a que se refereo item III do art. 20 obedecerá áseguinte tabela:

ACORDO POLÍTICO NAPARAÍBA

João Pessoa, 26 (Asp.) —Corre com Insistência que Jâ te-ria sido concluído um acOrdo en-tre a ala da U. D. N. lideradapelo senador José Américo, e o

de quem vem da rua, fica a bilheteria. Nela, há passagem para doispreços: 8o e 40 centavos. Dizemque a mais cara 6 de primeira cias-se, e a outra, de segunda. Agora,como i que ae faa a distinção dasclasses, li no trem, não pensem queé fácil dizer. Todos os bancos sãode pau, todos são igualmente sujos,os passageiros empatados na mesmapobreza. É difícil como o diabocompreender a separação feita —mas ela existe.

Outra coisa que t bom ir adlan-tando: milhares de trabalhadores,exatamente os de mais humilde pro-fissão, diariamente se servem da-quela estrada. Ai por 6 horas damanhã, as traquitanas despejam oscaras tristes, para apanhá-los nova-mente de tarde, ai pelas 4.

Nessa volta à casa, toda aquelagente é largada na Praça da Ban-deira. Havia um ônibus, o 72, La-pa-Francisco de Sá. Coisa de nnsmeses, foi tirado da linha, aem mais

sentiuví jv.11; nuici'vi-1 v - , -- .. - V,*—»P. S. D., relativa a eleição de nem menos. Até que èle dava uomvlce-governador e dos prefeitos.' jeito na vida daquele pessoal, pois

NO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

Ordenada a entrega de diplomas aos eleitos noRio Grande do Norte — Embargos de declara-

ção ao acórdão que cassou o mandato dosenador Euclides Vieira

Taxa anual Valor locatlvo anual

Crt 100 00 CrJ 20.000,00 a 30.000,003O000 30.000,10 « 40.000,00400'00 40.000,10 a 30.000,00

l.OOO'00 50.000,10 a 60.000,001.500JK) 60.000,10 a 70.000,002.000.00 70.000,10 a 80.000,003.000 00 ro.000,10 a 100.000,00S.000]oo 100.000,10 em diante."

O Fundo para Construção do Lar,segundo o artigo 23, será aplicadopela direção do Departamento deHabitação Popular, de acordo como plano financeiro sujeito i apro-

vação da Câmara dos Vereadores.A' verba de Instalação dos servi-ços do D.H.P., o artigo 24 lncor-porá o crédito previsto para oatual Departamento.

A DESTRUIÇÃO DE FAVELAS

Determina o artigo 4.°:"Art. 4.0 — Nos casos em que oCenso ccor.ômico-social dos seushabitantes demonstrarei!, a incon-veniência da remoção de partedesses habitantes e destruíções dosnúcleos dc favelas existentes, o

. Departamento de Habitação Popu-

PROIBIDAS AS IRRADIAÇÕESDE DEBATES PARLAMENTARES

O Ministro ó> Estado <la Via-ç6o e Obras Publicas baixou a se-guinte portaria :"Considerando que o serviço deradlofusão é «ervtço publico, as-§Im considerado pela ConstituiçãoFedoral art. S, n. XII;

Considerando que tal serviçotem, a par de finalidades recrea-iivas escopo cultural e do edu-cação do povo;

Considerando que esse serviço,mesmo concedido, não perde o seucaráter de serviço publico;

Considerando que ao poder con-cedente é licito baixar normaspara que esse serviço preencha asua destinação;

Considerando que a pratica deIrradiação do debates parlamenta-res não consulta iu altas flnall-dades do serviço radiofônico, de-vido ft paixão partidária a queesses debates ficam sujeitos:

Resolve: proibir as empresasradlofuaoras de irradiarem deba-tes parlamentares, salvo dtecur-sos de homenagens â requisiçãodns mesmas.

ELEIÇÕES SUPLEMENTARESHOJE NO RIO GRANDE DO

NORTEA*o<of, 26 (Asp.) — Em 331

secções eleitorais, distribuídas poroito zonas situadas prlncipalmen-te no oeste, serão realizadas,amanhã, eleiçtlce suplementarespara a renovação de quasi 10.000votos anulados por diferentes mo-tlvos. predominantemente porcoação e fraude. Nesta capita! I Rovèvno propí«s ao? padres sale-íerão realizadas eleições em três j slanoa se Incumbí.-em do atualeeccBes avjr.a-i. O pleito atin- Colégio EMadu.il e da preserva-gira os municipicrã ds Mosíorfl. j çSjq 609 menores «b^ndonadoí:ApodI, Carubas, Patfl, SSo Ml-1 me-Hante o pagamento anual pe-ISUfl • Páu dos Farra». -

TERMINADA A VOTAÇÃO DOPROIETO CONSTITUCIONAL

SuJ-u-idOi', 20 (Aisp.) — Tsrr.il-nou, a votação do projeto daConstituição, devendo, agora, re-ceber as últimas dermãos para asua promulgação no próximo dia30.

CONFERENOIAHAM COM OGOATE-RNADOR

SaH-oiior. 26 (.Correio da Manhã)•— O presidente da Assembléia

e os líderes de vários partidos es-tiveram em conferência, com ogovernador Octavio Mangabeira,tratando dos últimos retoques naConstituição. Ponton fundamen-tais foram aprovados, entre osquais a entrega da administraçãoda Educação e da Assistência SO'nlal a conselhos autônomos. Nãotendo o governador expedido ne-nhum decreto-lei, íoram Incluídasnas Distiosiçoe* Transitórias asn.utoriza<;ilcs para a emlssíão deapfl4*lces garantidas pelo FundoHodovlârlo, destinadas a desenvol-ver as rodovias e outro emprês-timo para aparelhar a navega-ção bahiana, a reorganização com-pleta. dos serviçoe de ftfrua e es-gotog da capital e adquirir má-quinas agrícolas, além de outrasnpUcaçOes atmentea a expansãoeconOmtca.

Vai entrar em execução o pia-no de assistência social, conuls-tindo principalmente na amplia-ção dos Institutos particulares quejl demonstraram eua eficiênciaem melhores condlçOes que os es-tibeleclmentos oficiais. Awlm o

O "Impasse" surgido na fasofinal do pleito do Rio Orande do•Norte teve, ontem, finalmente,o seu desfecho, no Tribunal Su-perior Eleitoral, quo reall"|ou umasessão extraordinária especial-mente para fazer o ultimo exa-me da questão. Tratava-ee deeaber se deveriam ou nâo sor dl-plomados os candidatos eleitos —o governador José Varela, um se-nador e oa deputados estaduaisdo P. S. D. e das OposlçBes Co-ligadas — em face das Informa-cCea contraditórias prestadas pelopresidente do'Tribunal Regional,desembargador Regulo Tinoco,pelo procurador-geral do Estadoe pelas duas facções políticas.

Os debates foram reabertos peloprofessor Sá, Filho, que havia pe-dido vista dos autos, na sessãoanterior. Após a leitura de atase documentos referentes á contro-vertida questão da proclamacâofrisou esse magistrado que o Trl-bunal Regional havia deliberadosuspender a entrega dos diplomasficando d espera de que o TS Eee manifestasse sObre a Influên-cia que teria, nesse ato, o grupode recursos que ainda estão pen-dentes de julgamento. No seuentender, entrotanto, a questãoera simples e cabia ao T.R.E..tão somente, cumprir a lei. que6 clara nesse particular. Votounesse eentldo.

Ocuparam, mala uma vez, atribuna, o deputado Café Filho,que falou pelas Oposlçóes Coliga-das; e o senador Dario Cardoso,representando o P.S.D. Tambémusou da palavra o procurador ge-ral da Republica, sr. TemlstoclesCavalcanti, prestando esclareci-mentos a respeito da atuação doMinistério Publico, passando aproferir o seu voto o ministroRocha l/tgôa. Afirmou que ha-•«Ia defeito de forma na procla-msção dos candldatoa, mas que.uma vez tomada pelo Regional adecisão proclamatória, esta só»mente poderia ser Impugnadaatravés de recurso* Interpostospelos interessados e ntto por Jul-zes do próprio Tribunal. E lem'brou que a clocac&o dos candi»datos eleitos não mais poderiaser alterada, devendo, pois, serfeita a expedição imediata dos dt-plomoa. No mesmo sentido, votouo desembargador José Antôniobrou que a colocação dos candi-em discussão era perfeitamenteigual ao que se ventilou, quandoda proclamacâo do presidente daRepublica, ora em exercício.

O sr. Machado Guimarães ma-nlfestou-se de modo diverso: en-tendia que devia ser concedido aoTribunal Regional um prazo decinco dias. a fim de que se proredeeee a nova proclamacâo. queficasse a salvo de duvidas de ambas as partes.

Tendo deixado de votar os ml-nistros Ribeiro da Costa • CunhaMelo, este considerando-se lm-pedido em virtude da viagemquo fez ao Rio Grande do Nor-te quando procurador da Repúbll-ca. decidiu o Tribunal ordenar soT.R.E. daquele Estado a expe-dicão Imediata dos diplomas atodos os eleitos.

confrontam o caso do senadorEuclides Vieira cbm os recentesjulgados de Minas Gerais e doParaná, em que o Partido Re-publlcono pedia a anulação totaldo pleito. Nesse confronto 6 de-monstrada a contradição exis-tente entre as resoluções tomadaspela alta Corte de Justiça parao primeiro caso em relação aosoutros. Assim é que, quanto aocaso do sr. Euclides Vieira o Trl-bunal resolvia pela nulidade dopleno direito, com relação ao re-glstro de candidatos e diretóriose tomava resolução oposta aos de-mais casos.

Baseando-se nestes preceitosque firmaram Jurisprudência, oarequerentes pedem o redesconhecimento da validade da eleição dosenador paulista.

Esses embargos foram dletrl-Jjuldos ao ministro Rocha Lagoa,que os mandou apensar ao pro-cesso de origem, para oportunaApreciação.

AINDA A CONSTITUIÇÃO DORIO GRANDE DO SUL,

Olhem bem esta foto mas olhem mesmo. Examinem cada passageirode alto a baixo. E' assim que eles viajam. A coisa mais natural quspode acontecer àquele de. tamanco, pisando o engate quase sempreacontece: ele escorrega e o resto vem no "dia policial" de todos os JornaisAgora posição boa para arrancar a vida é o do menino pendurado nasargolas — ele soube escolher. Milhares, muitos milhares de trabalhadores,exatamente os mais pobres, sc arriscam duas vezes por dia, nesse Ida cvolta, em companhia da morte. '

deixava todo mundo bem na porta^ o calhambeque, no aeu^ saculcje, vi-nha descaradamente para, nâfl par»,pára, não-pára...

Até que parou mesmo. Parou tdeu um suspiro descansado e alto.E nessa altura iá estava cheio alio tope. Tudo muito liem socado ládentro. Gente mclirla em todos o!cantos. Mas isso não quer ili«rque não entrasse mai» e mais ii*.guém, pedindo um ieitinho no cor-po, quando nâo pedia nada. e tulrnmesmo ia entrando.

Sabem que iá passa de 20 liot,»!,e que o i7-«-tanto acabou de «lie-gar, mas fiquem sabendo ni-ora qutnem por isso quem quer que sej»aqui se apressa. E como todo in.in-do i de casa, ninguém parece ie in*comodar — a irresponsabilidadeamanhou passageiros e funcionário*para êsse estranho entendimento.Bem meia hora já passou, sequerum sinal de saida foi darlo pui ™*quanto. A conversa dentro do Iremcontinua sobre tudo, ocasicnalracntt•fibre o atraso.

Um estrondo desgraçado mexeu otrem todo. Gritaram aqui que a b>cha já encostou — a bichn é a má-quina. E tocaram a conversar nova-mente, sem ligar a nada. Mas opi-ra mesmo passou um daqueles ocu-pante» daquela sala-poeira, passoucapengando, e levava na mão urapapel. Aquele papel i a licença pa*ra o trem sair. O homem, comaquela idéia de mandar o trem em-bora, ia ouvindo: "Não há press,i.moço!" — gritava um. "Ainds ícedo!" — era a voz de outro. 0homem lt rindo, cumprimentandotoda gente, capengando e assuando onarii na manga do uniforme — láIa ele soltar o trem.

Instantes depois, voltou. Novaspiadas — muitas, êle fês que náoouvia — mas quem foi que disseque o trem vai sair. O que lis íque o maquinista recebeu a licença,mas teve que acabar o caso quo ei-tava contando. Só depois, então, fo!qne subiu para manobrar as sta-vincas.

Agora, nm apito rouco, qne •*pode eom propriedade chamar delúgubre, e para dar maior efcltupodemos dizer ainda: soou na cr;curidão. O maquinista den ura atélogo ao chaveiro, ao soldado, àspessoas que ficavam. Explicou aiu-da nm ponto mal explicado da con*versa, e »6 então o 17.39, &s K't'pouco, «alu solavancando... —D. C.

A secção gaúcha do P.S.D.,deu entrada, ontem, na secreta-ria do T.S.E., a uma represen-tação, solicitando a Interpretaçãodaquela corte para os dlsposltl-vos da Constituição Federal quedefiniu as lnelegibllidades. Tra-ta-ae de um novo "Impasse" sur-gldo na. aplicação da carta cons-tltuclonal do Rio Grande do Sul,que faz prevalecer, para a eleiçãode prefeito e vlce-prefelto, oprazo de dezoito meses, quandoa Constituição da Republica da-termina, no seu artigo 139, que osprefeitos devem afastar-se docargo apenas seis meses antes dopleito.

A representação <o P.S.D.,foi distribuída, ontem mesmo, aoministro Ribeiro da Costa.

da estação. O fato é que tiraramo 7a. E hoje não há outro reme-dio. É pegar mesmo o bonde esaltar longe, lá na Praça. Metendoo pé, faz-se aquele pedaço em 10minutos.

De 4 horas até às 8 dt noite, gen-te que nem formiga barafusta pordebaixo dt ponte, que foi inaugu-rada há muitos anos, no dit emque o engenheiro-construtor se ma-tou por causa dela, temente de quearriasse. Milhares, muitos milharesde operários de fábrica, pedreiros,estivadores, carpinteiros, essa massaenorme que a gente vê sempre amvsiua hora do dia, espalhada pelocentro, aquela hora da tarde, ateparece que combinou se reunir alí^

Quase todos têm passagem jácomprada, quase todos compram lo-go uma assinatura para o mês to-do. Quem trabalha à noite, como oscondutores, compra a pasagem nahora, se não sái perdendo no fimdas contas,

Mas há também ts Itvadelras,que são multas e barulhentas, com-prando passagem na hora, e que-brando a rotina dt paisagem, mui-tas vezes para melhor, pois nem 13-das são pretas velhas t etneadat.

Que i um trem nehorário-

Pastando t roleta, t gente *» vinumt áret cimentada, tendo i es-querda um balcão vendendo tudo:caldo de cana; café, doce, salame,queijo, coctda, tndo. Do outro lt-do, estão umas salas empoeiradu,onde umas cadeirts • mesa» em-poeiradas também, aceitam o traba-lho de nnt desalentados funciona-rios, que não 'desmentem quem dis*ser que ali é tudo snjeirt.

Se para frente i que vtmot tn-dando, de repente, numa faixa demau-cheiro i que se cai. Nessaho-rt de movimento, quando a multidãoé mais unida, nitidamente se vê tentrada tpressadt de uns homentpelt falxt do mau-cheiro adentro —depois voltam mais devtgtr.

Outro» balcões vendendo tudo en-contramos, tntes de chegar i platt-forma. E depois deles, vemo* numposte uma tabuleta, dizendo a quehoras sai o trem. Quem não estáacostumado é capaz de acreditar noque diz aquela placa. Mas o» dolugar sabem que o melhor é nãodar atenção t ela. As 19 horas,pol* exemplo, ela marca t saída do18.31, quando não é t do 17.39que está marcando. Alguém me ex-plicov que i assim mesmo. Aquiloquer dizer que às 19 horas o 17-39ainda não saiu. Como o 17-39 s*'sempre nt hora do iq.ia, quem nãosabe fica »em compreender aquelahisttjria.

E nesse dit, sem ser por tcasonem por coincidência, os trens esta»vam como sempre estão: atrasado».Jogada nt plataforma, t lotação dedois se sacudia toda, era um tal deesticar pescoço, de ver se êle ji vi-nha, que não acabava mais.

Quem não tem nada teme temfo

Chiando, finalmente, o bruteapontou na curva. E veio comocriança que sabe que vai apanhar.Foi aquela corrida maluca. Sá vigente se despencar da plataforma,

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"Sejamos impiedososcom os nossos inimigos"

Natal, 26 (Asp.) — Em suaordem do dia, baixada a propú-sito do compromisso dos novosconscritos do Exército, o gene-ral Lima Brayner declarou o se-guinte:

"Não Importa a felonia e atraição de qualquer inimigo duPátria, interno ou externo. Nãoimporta o punhal erguido nasombra pelos traidores que se

cair na linb», e sair correndo — coloquem ao serviço do jugo es-que avanço!

Marmitas, embrulhos, tamancos,jogavam antes de jogar o corpo pe*Ia janela. Metiam-se pelos engates.Nem saia quem estava dentro, nem«ntravt quem estava fora. Era nmbolo difícil de se desembaraçar. £

0 CASO DA CASSAÇÃO DOS MANDATOSDOS REPRESENTANTES COMUNISTAS

Amanhã, volta à ordem do dia na Câmara dosDeputados a questão, que sofrerá

um adiamentoDesde a consulta que o P. S.

D. dirigiu ao Superior TribunalEleitoral sobre a maneira depreencher as vagas na Câmarados Deputados, as quais o men-cionado partido considera exis-tentes, com o julgamento domesmo Tribunal, cassando o re-gisto do Partido Comunista,vem o assunto relativo á cassa-ção dos mandatos sendo motivode vivos debates nessa Casa doCongresso.

O Partido Comunista formu-lou um requerimento, com ofim de provocar o pronuncia-mento da Câmara, a respeito da

mara dos Deputados, que re-tem, há meses, projetos relacio-nados com a Justiça do Traba-lho e outros, de caráter obriga-tório, por versarem medidas re-gulamentadoras de preceitosconstitucionais, e que prende, demodo ainda mais inexplicável,projetos para resolver o ingenteproblema do inquilinato, apre-sentados o ano passado — aosurgir o requerimento da ban-cada comunista sobre a cassaçãodos mandatos, ofereceu parecerdentro de 24 horas.

Veio assim, quase que instan-taneamente, o requerimento doscomunistas para o plenário daCâmara, onde passou a ser dis-cutido pelos mais festejados ju-ristas do Congresso. O s». JoãoMangabeira pronunciou um dis-curso, no qual estudou minucio-samente a questão, entendendoque o Tribunal deveria rejeitar"in limlne" a petição do P. S.D. e não proceder} como o fez,designando relator, para pro-

mo Tribunal que lhe cassou o dl- tieianto, eatimanam, e nesss nunciar-se sobre o caso. Emploma de senador pelo Estado sentido ja se declararam, que, seguida, o sr. Honono Monteirode Rão Paulo. ¦ em primeiro lugar, fosse .torna- apresentou longo estudo, em

Em suas longas raz5es, aque-| da publica a opimão do_órgão _da [ três discursos, dos quais o ulti-mo pronunciado na sessão dennte-ontem, e no qual apreciou,principalmente, as três causas

questão. Há correntes que preA CASSAÇÃO DcrivrANDATO DO: tendem que êsse pronunciamen-senador euclides VIEIRA; to anteceda á decisão que o Tri-

! bunal terá de tomar. Por outroPor intermédio de sêua advo- \-dr\0l certas providências, apa-

gados. sra. Oswaldo Aranha e rentemente protelatórias, doNehemias Gueiros, o senhor Eu- Tribunal Eleitoral, levam algunsacreditar que as mesmas obeclidea Vieira deu entrada ás ultl-

SS?. Tlâ^tVLZ l^^^^î^^ |^lI^?-7pelição'doT' SSuperior Eleitoral, dos embargosde declaração ao aC'5rdão do mos-

a manifestação do Poder Legis-1- tivo. Outras correntes, en-

Justiça Eleitoral, que é o poder. , do Paulo Lauro, que representa competente, no entender delas.

, 'fei --«tipeçttva vesfye, orc^mwtjrta. o Partido Soelal ftÊ**"*^! A OwúmSo d* Justiça da Ca-

trangeiro para ferir a Pátria, atroco do dinheiro infame, comooutros tantos judas contempora-neos. O vosso juramento valepor todas as respostas. O Brasilresistirá a tudo e viverá feliz,para maor orgulho de nossageração, porque na firmeza devossas palavras encontramos afiel reprodução dò juramentoque, um dia, todos nós fizemosperante o altar da Pátria. Este-jamos atentos para a defesa donosso patrimônio. Sejamos lm-piedosos com os nossos inimi-gos."

de perda de mandato tais como:a cassação, a cessação e a ex-tlnção.

O requerimento em apreçoconstava da ordem do dia dasessão de segunda-feira ultima,já em fase de votação, quando osr. Barreto Pinto apresentouum requerimento para ser o as-sunto adiado pelo espaço dequatro sessões. O requerimentofoi aceito por todos os grupos,tendo o sr. Prado Kelly para es-clarecimento dos interessados,dirigido uma consulta &¦ Mesa,a fim de ficar certo o dia emque o requerimento voltaria »ordem dos trabalhos. Sendo essessões, compreendidas no adia-mento, as relativas aos dias deterça, quarta, quinta e sexta-feiras, e sendo o sábado dia defolga no Congresso, o presiden-te, de acordo com o pensamentodo lider da U.D.N., notificou atodos que o reinicio da votaçãodo requerimento comunista se*ria a segunda-feira imediata, ouseja amanhã.

Amanhã, pois, o reqcerimen-to, que tanto empolgou os ani-mos na Câmara dos Deputados,volta ao cartaz, e, desta ver,com o ambiente um pouco maisconvulío, mercê da lei de segu-rança, que agitou os trabalhosda Câmara, enquanto transcor-ria o tempo do adiamento d"caso da cassação dos mandato

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2.° SEÇÃO Correio da* ManhãKua Gonçalves Ulab, 5 - RIO UE JANiilUU - Av. Gomei. Prelre, 81/83.

CHEGOU-NOS

agora de Lisboaum dus mula aérioi estudoscrlllc oa que Ji se publicaram

«m português: a Introdução ao es.tudo Ua novela cnmlllmiu tose dodoutoramento apresentada A Faoül.dade de Lotrn» daquela cldado pelojr, Jacinto do Prado Coollio. Aobra de Camilo Cnalclo Branco 6 alestudada mlnuolosnmonto, cm suasorigens, sua cslrutiira o tou lon-tido, e (.San minúcia, na parle cmque trata de cada livro cm par-tlcular, resumlndo-lho o entrechotilvez seja • único aenüo de unitrabalho «m que t» revelam umarudlto • um escritor — personn.jens qu» nem sempre andam Jun.tas. Para quem, como eu, nüo mor-rt d» amores por Camilo, sem dú-vida em parte por haver sido obri-gada a lé-!o com um Intoi-ésse me.lamente fllológlco, o que sobretudoseduz neste ensaio suo os capítulosma Is gerais, os que traçam o pano.rama dn cultura lusa no inicio doi<culo passado, ou focalizam pro.

cepçfi o de Thlbaudct do "romanp.usU", que faz aua para a novola;"IaO roman passlf no orée le prln-clpe do sun ordre. II le reçolt toutfali do Ia rénlité, do Ia vle. II prendcomme son un'.tó slmplcmcnt l'u-nité U'une extatonce luimalno qu'llraconte, ot qut lui fnit un centre"Como quase «empre; senão sem-

pl'0, om critica, é ncc.ssárlo proce-«er aqui por npioximiiçfi os nAo es-quceendo que, como avisa ó sr. Ja-Cinto do Prado Coelho, "novela eromance são limites para que asobras tondem e de que ilcam malaou menos longe. Há novelas comaspectos comuna nn romance: e hAobras situadas na zona IntermcdIA-rln . Assim Sondo como os distin-gulr?

Quer me parecur um elementomulto clnrlllcador o do emprego dotempo: enquanto o romance apre-senta fatos e criaturas que vão evo.lulndo sob 03 olhos do leitor, e per.manocem nAo rnro incompletos anovela reconstitui acontecimentos

Isso que o sr. Jacinto do PradoCoelho chamou de llnoar uma e deredondo o outro. Dentro do ro.mance A Ilustre casa de Itamlros,há a novela histórico de Tructc.zindo llainin:,.

O critico mexicano Xavier dc VI.laurrutla, cm nrllgo sôliro o roman-clsla Mariano Az nela, £az, entreoutras anotações sobre o tema quenus Interowa, esta elucidativa com-paraçAo: "O romancista nus faz'assistir A vida — ou no fragmentodo vida quo escolheu — como auma representaçAo teatral cujaspersonagens nAo estAo terminadas,antea vivem diante de nós, Impro.vlsando.se... Um escritor que, de-pois dc assistir a essa represen-(ação, a recordasse em ordem 11.mltada c prccitabolcclda, consci-

ente ou inconscientemente Incom-pleta, nAo faria um romance, masuma novela".

C LA UNA ACADEMIA

DEFRANCESA

AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT

SO'

agora foi-me possível ler osdiscursos pronunciados naAcademia Francesa por Fran-

çois Maurlac c Paul Cluadel, na rc-cepção deste ultimo, que teve lugarhá alguns míses atrás (14 de marçodc 1017). Essas orações acadêmicasfogem multo do tom convencionalTendo, pois, mais do que tratar, da monotonia do gênero em quef,•,._,!___ dc'maneira mais ml- é de regra dizer-se apenas o quee fazendo

cuclosa, nio será o romance forço

ROMANCE E NOVELAblímas de composição literária. As.sim t que me pareceram excelen-te», e .gostaria de quo as houvessedesenvolvido mais, as distinções es.tabelecldas p*Io autor entro ru-mance e novela.

Com a importância crescente daflcçío, essas diferenças, que multalente classificará do bizantinas, sãode grande utilidade — menos, éverdade, para os criadores do quopsra os críticos. A confusAo come.ça pela nomenclatura: o que nóschamamos de romance è "novel"para os povos do língua Inglesa"novela" para os quo falam espa.nliul; os franceses, embora possuamcomo nós, "roman" e "nouvelle"'aplicam mais freqüentemente aoscontos esta última designação, tan-

LÚCIA MIGUEL PEREIRAíá passados e acabados, conferindopor isso aos protagonistas feições aatitudes definitivas. O quo implicaa natureza mais psicológica do pri.meiro, mais narradora da segunda.Lá os sucessos de algum'modo seprendem ás criaturas, aqui as do-minam. Contado embora ao jeitode momóras, o Dom Cnsmurro éromance, Já que todo o seu interês-

se Incido nos caracteres do heróique se formam e se transformam ánossa vista; e Inocência, com assuas figuras condicionadas pela tra-gédla que as esmaga, é, segundo meparece, Indiscutivelmente uma no-vela.

Outra característica será a do mó-tood de construção: a novela se de-

to que Gide se viu na contlngên- «enrola num único sentido e o rocia de denominar "récits" os seuslivros que não Julgou propriamen.t» romances, os que aqui seriamnovelas. Como, na tradução, a pa-lavra que logo ocorre é a mnls se-melhante, a balbúrdia se tornoucompleta.

E, entretanto, ainda prevalecen-do o volho critério quantitativo éconveniente que cada tipo de ficçãopossa ter seu nome. Quando Fors-ter diz que é romance toda obrade lmaglnaçAo, «m prosa, de maisde 50.000 palavras, arrisca deixar defora livros que, sem atingir taisproporções, ultrapassam todavia asdo conto. Lcmbro( ao acaso quedevem estar nessas condições Lebal du comtc d'Orgel, de RaymondRadiguet, tão elogiado em Françadepois da outra guerra, e a Sym-phonle Pnstorale de Gide. Quo se-râo para Forster? Não os podendoencaixar nas "short storles", só lherestaria rotulá-los de "novelettes".dlmlnuitivo adotado por alguns cri-ticos modernos, e que sugere umallgeireza em muitos casos lnconve-niente. Mas deixemos que os ingle-tes resolvam as suas dificuldades,mencionadas apenas para mostrarcomo é perigoso fazer critica íemuir.a terminologia adequada.

Voltando á nossa língua, vemosque o sr. Jacinto do Prado Coelhon5o considera Camilo Castelo Bran-eo romancista, e sim novelista.Porque? Não por serem mais oumenos extensos os seus livros, maspor lhe parecerem típicos do queentende como novela os seguintestraços de sua obra: "a pobreza dasdescrições, o vêr geralmente de fó.ra as personagens, a carência doanálise psicológica sutil, a falta du-ma atmosfera social, o predomíniodi ação exterior, a predileção pe-Ias situações patéticas e pelos ca-racteres de exceção (temperamen-toa impulsivos, capazes- de heróis-mo ou no declive da perversidade oda loucura), a "derivação concisa"da narrativa para os momentosculminantes, a vibração lírica, osconsiderandos marginais, as Intro-ducões e os epílogos, os própriosrasgos peculiares do estilo".

A despeito de Be ter Imposto fiminha admiração o critico da In-troduçáo ao estudo da novela cn-mlllann, e de lhe aceitar em regraaa opiniões, não posso deixar defazer aqui alguns reparos. Não te-nho certeza de que pertençam pri-vatlvamente á novela todos os tra-ços acima apontados; se tal se dér,deixarão de ser consideradas to-mances obras-primas do gênero,como a maioria dos romances deDostoiewskl, com a sua "predlle.tâo pelas situações patéticas e pe.los caracteres de exceção" e o JcnnBarols de Roger Martin du Gard, noqual só não se nota "a pobreza dasdescrições" por não possuir descri-çSo algumas: « "a vibração lírica"nio será comum a romancista enovelista?

Noutros pontos, porém, são maisconcisas, e talvez por isso mesmomais definidoras, as distinções; é oQue se verifica quando o autorobserva que o romance é "maiscriador, mais construído, mais re.dondo (enquanto a novela é linear)e convidando mais á contemplaçãodo acontecer e ao Interesse pelasPersonagens em si mesmas", ouquando cita em seu apoio a con.

manei se esgalha,se em ramificações.

multiplicando.Creio ser por

samente mais longo do que a nove.Ia, o nAo so Justificará assim, porcoincidir com o qualitativo, o cri-tério quantitativo? Nesse caso se.riam ociosas todas as demais dls.tinções, e a razão estaria com quemas considera pura blzantinice. Defato, para ficarmos com a concep.ção de Forster, embora não lherespeitando as cifras a unidade decomparação — Já que não estamoshabituados a avaliar os livros pelonúmero de palavras que contêm —podemos talvez dizer que qualquerobra de ficção em proca do maisde quatrocentas páginas é indis.cutlvelmente romance, como é cia.ramente novela toda aquela que,não atingindo trezentas, exceda en-tretanto os limites do conto. Masas intermediárias, como as dlferen.çar senão pelo seu conteúdo?

todo o mundo espera seja dito oupouco mais. Claudel, no agradecera sua eleição, manteve-se Justamen.to sóbrio, pois de certo não esque-cera a Injustiça de Já ter sido umavêz candidato vencido por um ei.critor secundário como Claude Farrère,

A oração claudeliana é um verda-deiro poema, construído com a mes-ma força, com a mesma eloquên-cia, com a mesma substancial c in-confundivel veemência quo fez doautor de "Corona BencnlgnltatcsAnnl Del" senão o maior poeta doseu pais destes últimos clncoentaanosf e êle o seria sem a presençade Charles Péguy) pelo menos umadas mais altas e singulares vozesda poesia francesa.

Absorvido, vivendo sempre a suafé como um verdadeiro possuído, odiscurso de Claudel é uma afirma-ção do seu perene e duplo amor:amor A Igreja Católica c amor Aterra dc França, á terra cristã, áterra católica de França.

•V *t» *V

Na qualidade de sucessor do seuamigo Louis Gillct, admirável figu-

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ra de humanista, Claudel Inicia tuaspalavras acadêmicas tomando comomotivo central — como eixo do seudlscurso-poema a História artísticados frades mcndlcantes, uma dnsobras iniciais de Gillct, em que êsternínlsta o critico estuda c flxn ta.pectos do movimento que, sob oImpulso dessas duas grandes almas— São Francisco e SAo Domingosno século XIII, trouxe uma novaconcepção da vida religiosa, um mo-vimento mais violento, uma espéciede onda forte e pura de Fé na Eu-ropa.

Mergulhando nesse mundo longln.quo e voltado para a História queêle, Claudel, denomina de sonholmoblllsado — sente-se que o gran-de poeta encontrou realmente a suaprópria atmosfera, a atmosfera daunidade da afirmação isenta, enfima própria amblêncla criadora clau-deliana.

Toda a oração de Claudel respirae encarna o espirito da Igreja viva,da Igreja militante, da Igreja abra-sada pelo desejo de conquista, daIgreja certa dc si mesma, do seudireito de domínio pelo Amor, daIgreja que encontrou na França, naalma Francesa uma terra propicia,preparada e sequlosa de fecundaçãoardendo no desejo de deixar-se pc!netrar pelas raízes místicas e frutl.ficar em Deus.

Tratando desse desabrochar reli-gloso, dessa antiga idade religiosa,que deu á Europa uma economia decrença que ainda não se extinguiu,que os longos séculos de descrençanão eágotaram de todo, o autor doTeto d*Or nos fala, naturalmente,de si mesmo, do sentido da suapresença na literatura, dando-nos,por assim dizer, uma fisionomia dasua própria voz.

Claudel é um militante, uma almamergulhada na Fé; a Fé é um riocm que êle se banha, em que asua natureza se abre numa plenltu.de perfeita. "Je suis l'hõte de cefleuve ininterrompu" escreve o pró.¦ prlo poeta na "La cantate á troisvolx". ,

Não hA em Claudel espaço para aInquietação, para a duvida, parans angustias, incertezas e hesitações.Tudo nele obedece a um só impulso

a uma só direção — que é a fusãocom o Creador, que é a integraçãono Sol do amor de Deus.

E" estranho como êsse homem,misturado com o mundo, diplomataque percorreu os quatro cantos daterra, participando da vida de nu-merosas sociedades — tenha se con-servado tão intima e profundamenteligado á Graça, á Inucêucia, desdeo dia de sua conversão até hoje,desde êsse dia de Natal de 18B6Jcm que subitamente êle se sentiutocado pelo Acontecimento até ashoras presentes em que esse Acon-tecimento se renova e habita inal-teravelmente sua vida e a aquecee ilumina.

*j* *r *V

O discurso de Claudel, sendo umhino a Deus, não deixa, porém, deobedecer ás leis acadêmicas queprescrevem ao recipiendário o elo-glo do seu' antecessor. Êsse elogiofoi feito sem usura, antes sob o lm-pulso de um forte sentimento degratidão, pois seu Louis Gillet eraum cloudeliano inea-cedioe!. Duran-te a ocupação, Gillet (que teve ati-tude exemplar diante do inimigo),encerrou sua vida de homem de le-trás estudando nas ultimas confe-

rências que pronunciou, as figurasde Claudel e Péguy.

*V '. *v *v

A Academia Francesa ouviu, poismn grande discurso de agradeci-monto — em que nAo faltou slquera emoção e o olhar pousado sobroos caminhos percoridos, O Poetavoltou-se para o seu mundo emfuga, com uma espécie de ternuraque não lho é comum. E, emboraferoz sempre com os que não estãono coração da Graça, com os quodesertam, com os que mllitam dooutro lado, desta vez, Claudel abreuma exceção mesmo para KomalnRolland, cujo nome cita, mais deuma vez, com admiração afetuosa.

E' quo o sentimento de geraçãopossue o discurso de Claudel e, porisso, não deixa êle de evocar, tam-bom, o seu verdadeiro tempo, êsse1900 — êsse mundo que palpitavana confusa intuição da época trAgi-ca que estava se aproximando maise mais. E' o mundo de Proust, semduvida, de Proust, que Claudel nãoparece amar ou, pelo menos, cmquem não parece reconhecer a ex-trema seriedade de denunciante; éo mundo dos amores de Swann eCharlus, do extremo requinto do

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DOMINGO 127 do Julho do 1017 |

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mundonlsmo, da vida social atlngtn.do quase á morbidez — mas é, tam.bem, pelo menos no quo concerneA França, o mundo da Inquieta pro-cura dc um destino, de um horizonteesnirltuni — # o mundo que deuas letras francesas a sua ultimagrande gernçAo, os seus uitlmotgrandes espíritos. E' para êssemundo que o velho Claudel, (queou tive ainda a felicidade de' tocaie conhecer, com o aeu ar obstinadoe rústico apesar da longa existên-cia diplomática), é para êsse mundoque Claudel acena, finalizando a suaoração, num adeus que não se con.fessa.

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A resposta ^dc Françols Maurlacnão dimlnue a altura a que Claudelelevou a sua festa acadêmica. E'um católico qtie fala a outro ca-tóllco. Mas, como são opostos êssesdois homens I Como são mesmo con.tradltórlosl Entre Maurlac e Clau.dei, que oposição di naturezas!Maurlac é tão malicioso quantoClaudel é Inocente. O romancista éo outro lado do poeta. A sua natu-reza esta penetrada por todas as so-

(Concluo na 2.a pág.)

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Desenho de Noemia

A RUSSIA E O SOCIALISMOSTALINE E A REVOLUÇÃO DE 1917

EDMUNDO MONIZ

QUANDO

Lenine, em 16 deabril de 1917, vindo da Suiça,depois de dez anos de exílio,,

chegou a Finlândia, vários de seusamigos e partidários, entre elesKamcnev e Staline, foram rece-bê-lo na estação de Byelo-Ostrova fim de o acompanhar até Petro-grado onde era festivamente espe-rado por milhares de operários,soldados e marinheiros. Com a vi-tórla da revolução de fevereiro, quepôs abaixo o tzarismo, Lenine com-preendeu a necessidade imediata deregressar á Russia e assumir o co-iando dc seu partido para con-

duzi-lo ao poder. Para a realiza-ção de tal objetivo, entrou em en-tendimento com o governo alemãoque o permitiu atravessar o seuterritório já que as nações aliadasse recusavam a visar-lhe o passa-porte. Conta Raskolnlkpv, que mala delegação bolchevlque entrou novagão, sentando-se em torno deLenine, este dirigindo-se a Kame-nov interrogou duramente: "Quediabo estão vocês escrevendo naPravda? Vi alguns números... Vo-cês endoideceram". Cabia, comefeito, a Kamenev a responsabili-dade teórica da linha política doJornal, pois conjuntamente comStaline e Muranov, havia se apode-rado da direção assim que os trêschegaram da Sibéria onde se acha-vam desterrados. No artigo em quase expunha a diretriz aa nova dire-ção, eles diziam que os bolchevi-quês apoiariam decididamente oGoverno Provisório "na medida emque o mesmo lutasse contra a rea-ção e a contra-revolução" e, noterreno internacional, se declara-vam favoráveis á guerra enquantoo exército alemão obedecesse ao

Kalser, aconselhando o soldadorusso a permanecer firmemente em ¦seu posto "respondendo as balascom as balas e os obuses com osobuses". Nos meios operários, aposição da Pravda, orientada porKamenev, Staline, Muranov, cau-sou uma profunda decepção."Quando este numero apareceu nasfábricas, diz Schllapnikov, houveuma completa perplexidade nosânimos dos filiados e simpatizantesde nosso partido e uma grandealegria para os nossos adversa-rios... Nos subúrbios, a Indignaçãoera imensa e quando os operáriosse Inteiraram de que se haviamapoderado da Pravda três compa-nhelros vindos da Sibéria, antigosredatores do periódico, exigiram asua exclusão do Partido". Esta atl-tudo da Pravda era diametralmenteoposta a de Lenine, que vinha ardo-rosamente combatendo o social-patriotismo dos principais lideres daII Internacional, .opondo, á palavrade ordem da "defesa nacional" o

. Internaclonalismo revolucionário.Ao chegar em Petrogrado, em

porcas palavras, ante a multidãoque o ovacionava, logo após o dis-curso de Teheidse, que falava emnome do Sovlet daquela cidade,Lenine definiu a sua posição poli-tica inteiramente diversa da quevinha sustentada por Kamenev eStaline. "Sinto-me feliz, dizia ele,a saudar em vós a revolução triun-fante, porque, sois a vanguarda doexército proletário Internacional...Não está longe o dia em que, res-pondendo ao apelo de nosso cama-rada Karl Liebknecht os povosvoltarão as armas contra os seu?exploradores capitalistas... A re-voluçâo, que vós -fizestes Iniciou

NEOMISTICISMOna Literatura Brasileiran

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"Churchyard Tree", quadro de Humphrey Spender, um dos mais expressivos pinto-res ingleses contemporâneos. Este quadro foi exibido em Londres, em recente exposição.Humphrey Spender p irmão do conhecido po eta Stephen Spender, famoso lider da poesiamoderna inglesa, ao lado de Auden e C. D. Lewis.

A pittíura de Humphrey Spender é como êle próprio afirma, para seu prazer pessoale de ninguém mais. Como seu irmão, o poe ta, é de uma independência total de atitudes.

romance com que o sr.Adonias Kilho estréia nas

^^ letra: de ficção, Os Ser-vos da Morte, d.í-me opor-Umidade de '.egistar a ocorrên-cia no Brasil da mesma onde de neo-misticismo qr.e nos últimos nnos vemcaracterizando as literaturas france-sa e de língua saxònica e que re-presenta, segundo o 6r. Maurois, osprimeiros >sin tomas de um "mal-do-século", o que concorda com o diag-nústico "romantismo do século vin-te", do crítico francês André Rous-scatix. A uma euforia daquilo quecom certa dose de "naiveté" cha-mantos no Brasil "romance social",isto é, o romance documentário, des-ligado de sérios compromissos psi-cológicos, visando, antes retratar aspeculiaridades de uma sociedade, deuma região ou de um grupo, su-

WILSON MARTINScede aj.ora o "romance "psicológi-co", densamente carregado não eódos conflitos dc consciência, que àprimeira vista o definem, mas, no-tadamente, de uma infiltração acen-tuada e caracterizadora de sinaismisticos ou sobrenaturais.

Duas obras de ficção, surgidas apequeno intervalo uma da outra,servem-nos de magnífico exemplopara essas afirmativas: a excelentenovela do sr. Reinaldo ^foura, "Umrosto noturno", que repete mais vi-va e mais arrojadamente as son-dagens em profundidade que já ti-nha experimentado em "Intervalo

passional" (e que anda surpreen-dem,. partidas de um poeta sírnbo-lista, de um discípulo dessa corren-le poética eminentemente mística e"espiritual), e o presente romancedo sr. Adonias Filho, onde tão be-

AINDA A FALSIFICAÇÃO DA CULTURAFIDELINO DE FIGUEIREDO

ALEM

da falsificação organizada oficialmente nospaines antidemocráticos; há pequenas falsificaçõesda cultura, de especulação Industrial, com que se

finge cumprir a nobre tarefa da difusão da cultura;e há também equívocos de boa fé, fundados no mo-áemo conceito da vida multltudlnárla e vertiginosa.Mas o resultado é sempre nocivo á própria cultura quese pretende servir.

Se mesmo a técnica, por séria e segura que ela'eja, enquanto só técnica, desacompanhada da ciênciaPura, pode conduzir á estagnação do pensamento, a cul-'ura falsificada mais diretamente levará á morte daverdadeira cultura. Quando sc serve á massa, cm seusubterrâneo, uma lambugcm Imitativa da nl cultura,ew vez de erguer essa massa á altura da real ciência• da real arte, por gradaçôcs ascenslvai. da educação,•ríbalha-se pela morte lenta do que se quer popula-mat e é Impopularlzável fora da sua complexidade eintegridade. Essa cultura falsificada é como um pudimaliciante por sua côr e seu aroma, parecido com osios anúncios da» Ilustrações americanas, mas condi-meutado com venenos lentos. E por vezes o cozinheiroHbla muito dos segredos da toxlcologla...

•Mais ainda. Nessa falsificação há um postulado lm-PUtlto de caráter letal.

8' o seguinte: o homem chegou ao fim da sua ta-"Ia de elaborar cultura nova, sabe lemais ou sabe™Jo que precisa; administremos, guizemos dc maneirasvirias c engenhosas, exploremos o patrimônio que cn-'entramos — como tripudiam os herdeiros ricos, goza-1'res imprudentes a caminhar dia a dia para a mi-«ria negra.

Algumas vezes, essa falsificação é coisa de boa fé,erahora deite raizes na Ilegítima Identificação com os••Pectos negativos da massa a que se dirige e numa«rta concepçãc do dever de divulgar a cultura. Pen-uv» de boa fé Stcfan Zweig ao propor a um editor1 reimpressão das obras primas da literatura universal,"liiadas dc todo o supérfluo e simplificadas em argu-"lentos. Ora, essas obras dc Homero e Virgílio. Danlc'Camões, Shakespean c Cervantcs não têm nada su-Mrlluo, porque representam a totalidade de um gran-** mundo de emoção c pensamento, cujo conteúdo tem'fado séculos a descobrir. Ou as possuímos tais comono-l>s legaram os seus criadores ou nos resignamos ás"'lua imptissibinüiidrã. Só sentidas no seu todo c na«U protundldadc. elas sio o <•••- 'So e xv* JSo o que(o "Jra dar.

De boa fé também andaria aquele prior de umacldadezlnha do Estado de São Paulo, que simulava con-certos de carrllhõcs, com discos de um gramofone rs-condido por detrás do altar-mór e com alto-falantesnas torres da Igreja. Este sacerdote amava a arte cqueria bem ao seu povo, mas representava uma co-média Involuntária, Impregnada de maus ensinamentos.Deveria dar audições na sua sacrlstla. mas não desis.tlr de dcsobrlr um sinciro ou "carilloncur" que viessea tornar-se um musico original, certamente não logoum Bach, mas um gula da expressão artistica da féreligiosa dos paroquianos.

De boa fé certamente procedem os professores quesimplificam on "facilitam" — é a designação preferida— a musica mais alta, pnra a pôr an alcance dos ln-clplcntcs marteladores do teclado e raspadores das cor-das do violino e do violoncelo, Bach e Mozart paratodos. A êste respeito escrevei o professor João C.Caldeira Filho, no "Estado dc São Paulo", de 1 dcdezembro de 1945, um artigo de verdadeiro critico e de-fensor da cultura musical, que é um brado eloqüentepela santidade Inviolável do pensamento artístico. .Veioque só pela musica, pela poesia e pela matemática,o homem poderá alguma vez atingir o absoluto daexpressão das suas intulçõcs profundas. Dizem ou-trns que também o amor leva ao absoluto. Eu prefe-riria dizer que a exaltação amorosa estimula a ex-pressão por um daqueles meios. Como se pode "facill-tar" para pôr ao nivel dus dedos perros ou inábeisde tocador incipiente o absoluto que entreviram e ex-pressaram um Beethoven ou um Líszt, sc as própriasdificuldades executivas da su . linguagem sonora re-prrsentam os momentos mais altos da rebusca do quetinham no funde úc si, para o primeiro plano da ex-pressão? Tudo que se podia popularizar nessas obrasimortais, já está popularizado por eles mesmos, porqueos artistas obedeceram a um imperativo de comunica-ção do que haviam apreendido na vida e no universo.Se ainda hoje c um mistério a rerepção da arte na nos-Fa sensibilidade Individual, se hã recantos de grandesobras ainda ma! devassados sobre o que encerram, co-mo podemos reduzir uma grande obra ? pobreza deuma canção de bonita frase e sedutora cadência? Amusica e a poesia não se limitam á invenção de bo-nitas frases, são coisas muito mais alias e ricas: nãopodem descer até j 6s; nós todo; c que temos de subiràqueles cumes deslumbrantes. E essa é precisamentea sua Influência melhor, A m>i*sb<<e do pensamento

e da arte é a unlca majestade que so não Inclina, semperder prestigio.

De boa fé procedem também, obedecem mesmo ainjunções legais, ps prolessôres que ensinam literaturapor seletas ou antologias. Multo mais se aproveita coma longa meditação cm torno de uma só obra, integra-mente c profundamente lida que nos desfile apressadode autores apenas representados pelas "melhores pàgl-nas". Quem aprende literatura, deve educar-se mais doque instrulr-sc. E o contacto, Irmão pela intimidade,com um grande espirito é o meio mclhqr de achar ónosso caminho. Não há "páginas melhores" em lite-¦¦atura, porque" a arte literária não é o acabamento,a perfeição, é coisa bem maior, coisa que se podesurpreender na leitura profunda de uma sô obra enunca se verá na corrida leitura de uma seleta. Paraa aprendizagem da arte dc n-diglr num idioma, essesbons trechos sâo exemplos utlllssimos, porque são demestres; mas literatura é criação de suprarrealidades,não mcstrla no dizer.

De boa fé andavam ou andam, porque o costumesubsiste, aqueles pedagogos quo encetavam o esludodo piano por trechos extraidos de J. S. Bach e o es-tudo da literatura pela leitura dos "Lusíadas", ex-purgados do que antecipava aos educandos conheci-mentos sobre a realidade sexual da vida, certos eplsó-dlos e o canto nono, com as frescuras da Ilha Namora-da. De boa fé, boa fé Ignara, procedeu aquela freira dcAlcohaça que vestiu uns calções pndlcns á imagem dnMártir São Sebastião assetcailo contra uma figueira. Amesma boa fé e a mesma Ignorância ditaram a deli-beração daquele arcebispo dc Santiago de Compostellaque mandou rebater os selos tumldos de certa santado Pórtico da Glória da basílica célebre.

E' necessário não confundir arte com moral. Oscar«'ildc escreveu certeiros conceitos sobre êste pontomas drsautoriznu-os com paradoxos e com o desgraça-do desfecho da sua vida. E' necessário não subor-dlnar a arte e o pensamento ás necessidades e aosexpedientes da pedagogia E mais ainda é urgente nâo•infundir descida caridosa até aos humildes ou pobresde espirito dos evangelhos com falsificação do que temde esperar madurez e esforço para ser atingido.

A má ré é que tem dc ser perseguida por umadelcaa critica e especializada, que esclareça os esplri- / dâ Mszt no seu "1.1 ebestraumtoi, e por uma proteção legiil ás obras de arte. Conta quele Imenso mundo, imensoD. Juan Manuel, no seu "Conde Lucanor", que um fl-Salgo, feliz criador dc uma canção que se populariza-ta, passando pela vicia de um odtetru • ouvindo-a »"-

toar a sua canção estropladamentc, Irrompeu pela Iojé-ca e, cm cólera de autor traído no seu pensamento ouna sua Intenção artística, furou, um a um, todos osòdres do homem, Este Ignorado odreiro da cidadczlnhacastelhana foi a primeira vitima do despertar da cons-ciência da propriedade Intelectual. Mas os artistas delioje não têm espada á cinta; e o perigoso uso de cadaum fazer justiça por suas mãos passou.

Se não fôsse assim, todos os autores invadiriam asemissoras que se permitem transpor para foxs e váriasformas americanas os concertos de Tchalkowsky e asrapsódias de Llszt.

Alas há também casos em que a vitima se põe doacordo com os falsificadores. E' o caso daqueles au-tores pouco preocupados com a defesa da autenticl-dade de suas obras, qu... permitem as condensações de-Ias em pequenas revistas para leitores apressados, quosabem antes quantos minutos gastam na leitura dessascondensações autorizadas. Ultimamente essa forma au-torlzada de condensação subiu engenhosamente parauma Ilusão de autenticidade: a obra de êxito que oleitor apresnado logo quer conhecer, é-lhe fornecida emresumos ou abreviações feitas com as próprias pala-vras do autor. E' o caso da revista "Omnlbook", umagrande organização editorial á procura de assunto. De-pois disto, o que é legitimo é esperar que os autorespassem a escrever logo naquela forma condensada dosimples argumento as suas obras e renunciem a todasas conquistas da composição literária, a todo» refina-mentos da expressão individual e a todas as análisesda vida apressada, mas feita por eles sem pressa. Es-tas abreviações autorizadas trazem-me â lembrançaaquelas epístolas escritas nos crgastulos pelos prlsionei-ros politicos do absoltitlsmo, com letras e palavrasrecortadas dos livros: não diziam o que multo queriamdizer, mas só o pouco permitido pelo farrapo dc papel.Estavam mais próximos da sinceridade aqueles que es-crevlam menos, mas com o próprio sangue das suasveias, porque a autêntica obra de arte é sempre es-crita com o sangue deixado pelo caminho — quandoo artista não é um Industrial da emoção, mas um ho-mem que se confessa c faz confessar os outros em lln-suagem Insuperavelmcnte expressiva. Pode-se alteraralguma coisa na expressai» do éxtaso amoroso, que nos

ou na expressão da-revolto e ainda não

dominado totalmente, que se contém nas sinfonia» de

íônclue oa 2.* pá*.).

Ias qualidades e tantos sinais in-cuiifundívcis de permanência se mis-turam com'alguns defeitos de técni-ca facilmente reparáveis para quemdispõe de tantos recursos.

E verdade que recursos mais pro-priamente intelectuais do que de vo-.cação romanesca, criando uma in-cógnita que só no futuro poderá re-solver definitivamente. Quem sabe,até, se o conhecimento que o sr.Adonias Filho demonstra possuir daarquitetura rumauesca não o leva auma espécie de virtuosismo, não oobrigou a construir o romance de-masiadamente literário, onde apreocupação de se manter no nivelde superior qualidade perturba emalguma coisa a espontaneidade daobra-de-arte.

Essa preocupação é visível pria-cipalmente na feitura dos diálogos,todos eles demasiadamente "literá-rios", demasiadamente distanciadosda naturalidade da conversação emgeral e da conversação que se supõenos personagens, em particular.

Repetindo o ambiente pesado emisterioso "Wut.ering Heights", o\sr. Adonias Filho desenvolve umadialogação que pertence a seres decondição social e cultural superior àdas suns criações, e dessa forma nn-gina um defeito dissociador na obra,prejudica fundamentalmente a uni-dade que deve existir, no romance,entre o personagem e o seu modode expressão. Coisa tanto mais iá-cil de evitar quando se sabe que,embora Os Servos da Morte se pas-se no meio cacaociro da Uahia, nãotem verdadeiramente, nenhum com-promisso regional, nem sendo a côrlocal de valor sensível na história:esta poder-se-ia desenvolver indife-rcníemcnte no outro ambiente e sóganharia se a vivessem personagensde uma situação intelectual e socialmais elevada. Há uma disjunção en-tre aquilo que o romance represen-ta e os intérpretes que o vivem; háum desnível entre a alta qualidadedo livro com relação à baixa cate-goria dos heróis. Criando figurasde um atrasado meio rural brasiiei-ro, ainda por cima desligadas com-pletamente de tudo aquilo que nomundo representa polimento e cul-tura, parece-me que o sr. AdoniasFilho deu-lhes, não uma capacidadeexagerada de conflitos psicológicos(que; afinal se ..dmitem igualmentepossíveis para todos os homens),mas uma impossível facilidade de"exprimi-los" logicamente no diálo-ro ou no monólogo, o que já é deaceitação _ bastante problemática.Pois é sabido que o mesmo para pes-soas de elevada "rang" cultural esocial certos estados de consciênciasuo dificilmente "realizáveis"

pelaconfissão a si mesmo ou a ouirein,e permanecem o mais das vezes naindistinta nebulosa interior, sem pos-sibilidade de tradução consciente.De resto, raramente se consegue esseexame lógico dos fenômenos anter:o-

(Conclue na 2.* náe.'»

uma nova era. Viva a revoluçãosocialista universal!"

Mais tarde, neste mesmo dia,Lenine expôs os seus pontos devista, combatendo energicamente atática dos dirigentes da facção boi-chcvique, mostrando a impossiblli-dade de colaborar com o GovernoProvisório, e muito menos aindade apoiar a guerra lmperlallsta."Não nos Interessa a republicaparlamentar, a democracia bur-guesal — dizia Lenine — Não nosinteressa nenhum outro governo anão ser o dos Sovlets de deputadosobreiros, soldados e camponeses".Sukahnov, que estava presente emqualidade de convidado, pois nãoera bolchevlque, conta a extraordl-nárla Impressão que lhe causaramas palavras de Lenine: "NSo moesquecerei nunca daquele discursoparecido a um trovão que me co-moveu e assombrou, e não só amim, herege, que havia entradoali Bem direito a entrar, mas a to-dos os correligionários. Posso aflr-mar que ninguém esperava nadaparecido. Dlr-se-la que haviam sal-do de sua toca todas as forças ele-mentares e que o espirito da des-truição, derrubando as fronteirasdas duvidas, das dificuldades, doscálculos, descia sobre a sala daKcheslnskaya, por cima das cabe-ças dos discípulos enfeitlçados". ESukhanov conclui: "Sal á rua coma sensação de que me haviam gol-poado a cabeça com uma barra deferro".

Mas a direção bolchevlque B5o sedeixou vencer pelos argumentos deLenine. Reagiu tremendamentecontra a linha que ele apresentavae defondia com ardor e lntransi-gfincia. Quando Lenine, depois deter levado ao conhecimento do Par-tido as suas famosas teses de abril,publicou-as na Pravda, determinouuma forte reação interna, pois nodia seguinte a redação deste jomalpublicava uma nota explicativa naqual dizia que as referidas tesesrepresentavam apenas o pensa-mento Individual de seu autor e nãodo órgão que dera a sua publlclda-de. Kamenev e Staline permane-clant firmes em sua posição ante-rior, rejeitando duramente a linhade Lenine. Só algum tempo depois,pela pressão das massas, é que seviram na contingência de capitulare reconhecer o erro que pratica-vam.

Neste período, não foi este ounlco erro cometido. Um outroainda mais grave registrar-se-lapouco depois, um erro sem Justlfi-cativa nem perdão que significaria,provavelmente, a vitória da contra-revolução e o aniquilamento dopróprio bolchevlsmo. Lenine, den-tro de seu partido, teve que seemprender numa luta tenaz paraconvencer a direção que os bolche-vlquos poderiam se apossar do go-verno e conservá-lo para iniciarema revolução socialista. > "O frutoestá maduro', dizia êle, e logoacrescentava: "Nestas condições,esperar é um crime". "Não tomaro' poder agora, esperar, tagarelarno Comitê Central Executivo, 11-mltar-se a combater pelo órgão (doSovlet), pelo congresso, é perder arevolução". Há um momento emque Lenine chegou a perder a pa-ciência em face da relutância ieseus companheiros e das diíiculda-des que lhe eram criadas pelosmesmos. Foi até ao ponto de pe-dir demissão do órgão dirigente dopartido por meio de uma carta fa-mesa: "Vendo que o CC deixou semresposta as minhas criticas a esserespeito (quanto ao não aproveita-mento da situação para tomada dopoder) .. vendo que o órgão cen-trai do Partido suprime em meusartigos as passagens sobre os cia-morosos erros dos bolcheviqucs...eu sou obrigado a ver al uma alu-não "discreta" á ausência mesmorie todo desejo dc discutir a quês-tão, sou obrigado a perceber umaalusão "discreta" á rolha e ao con-vite de me retirar. Sou assim cons-trangído a pedir minha retirada doCC, o que faço reservando-me a li-berdade de agitação nas fileiras ono congresso do Partido. Minhaconvicção profunda é de que... s»deixar passar o momento atual, nósperdemos a revolução". Kamenev eStrllne não pensavam desta forma.Mas a razão, conforme a históriacomprovou, estava do lado de Le-nine.

John Reed. que foi uma teste-muniu de vista, escreveu nos Dezdias que abalaram o mundo: "Entnos Intelectuais do Partido só Leninre Trotsky eram favoráveis á insurreição". Na primeira votação dodia 23 de outubro (novo calendário)Lenine e Trotsky foram derrotadosnor uma grande maioria. "Levan-tou-se, então, um trabalhador deispecto duro, terrivelmente indip-wdo, furibundo: — "Falo em nomrios proletários de Petrogrado -isse brutalmente — Nós orno:Jela insurreição. Vocês façam riue bem entenderem. Mas eu o;^revino: se deixarem destruir o.-íovieís, vocês morrerão para nós".Alguns soldados o apoiaram. Aquestão foi novamente posta emvotação... E-venceu!..."

Quem conhsc» « vciaõcir» his-

tórla da revolução russa e não ahistória cinicamente falsificada peloaparelho de propaganda totalitáriada burocracia stalinista, sabe per-feitamente que um dos 'atoresprincipais do sucesso da revoluçãode outubro foi a Identidade daação e de ponto de vistas entãoexistentes entre Lenine e Trotsky.Staline, nesta época, desempenhouum papel secundário se não pre-Judicial, pois as poucas vezes quese manifestou agiu de um modonegativo aos interesses da revolu-ção e do partido.

Aliás, Staline, até a data de hoje,permanece fiel ao que era de fatoem 1917, quando se opunha á lnsur-

(Conclue na 3,a pág.)

ÀMARGEMda Comédia

Humana

O quase-adultério, assuntobalzaquiano

PAULO RÓNAI

N O prefácio que prectde aprimeira eáicao de Uma PI-lha de Eva (am francês

Une Filie d'Evo) Baleao resumeassim o sentido desta obra:"Uma Filha de Eva oaid dea-tlnadíj a pintar uma situas/Io naqual se encontrai), algumas mu-lheres, empurradas a uma poi-x .o flícffa por uma multidlo decircunstâncias mais ou mmnsatenuantes, mas que, ndo «o ven-do muito gravemente comprome-tidas, sflo bnstanfo sibias paroiiolínr & vida conjugai. As In-felicidades da paixão ensinaram-ilies as doçuras de um casamen-to felit."

Em seguida, parece-lhe neces-sdrio responder aos leitores que,quando da publicação anteriorem jornal, não adiaram o des-fecho suficientemente trágico. Ocaráter "inocente de Uma Filhade Eva, «oflumío explica Bahao,deve-se ao fato de ela faxer par-te das Cenas da Vida Privada,"q«o íiflo permitam nenhuma dasviolências ou Jos tempero» pf-cantes que admite uma Cena daVida Parisiense". Díais uma vei,êle procura justificar assim assuodivlsílfls ilo sua Comédia Hu-mana e demonstrar que a cadauma delas corresponde um tipodiverso do romance. Basta, po-rém, lembrarmo-nos áa Vendetaoti das Memórias de Duas JovensEsposas, para vermos que o trá-gico não está, absolutamente,excluído das Cenas da Vida Pri-vada.

Dn qualquer maneira, o fim doUma Filha de Eva podia sertriste ou feliz, sem contradiçãopara o romance. Um concursode circunstâncias — o fastio deuma felicidade sem tempestades,a sâde de poesia, o a pareci?/ itm-to do um sedutor no momentooporíHtiOj as tiiiripas das "ami-gas" — letiam a condessa Félix deVanâenesse â beira ão adultério.Àti lá, tudo decorre segundo atleis de uma lógica fatal; mas,uma vez chegada a Tierotna aessa encruzilhada, sua atitudefica dependendo de qualquer In-cidente insignificante. Ê esla aparle deixada pelo romancistaao acaso, ou, melhor, aos acasos,pois nesta obra, como em muitasoutras (Uma Estréia na Vida,por exemplo) há vários acasoslutando em volta de uma perso-nagem, e quo cm grande partedecorrem dc seus temperamentose antecedentes.

O principal interesso do ro-mance talvez seja devido á ha-bilidado com que Balzac condiu,a sua heroina ao longo do pre-cipicio, mantendo até o fim aatmosfera do perigo. Repare-setambên na diversidado de as-prelos que o drama oferece con-s,..crado do ponto de vista deum ou de outro protagonista.Uma Filha de Eva m!o ê menoso romance, do Raul Nathan quoo de Angélica filaria de- Vande-nesse; se para a segunda rescr-va uma conclusão feliz, envolrspara o primeiro uma tragédiaatroz. A habilidade de Balzaoconsiste em interessar os leito-res em medida igual no rfcalinode seus protagonistas, o que per-mite a adoção destes pontos devista sucessivos e antagônicos.Por muito que se goste da Con-dessa de Vandcnesse, na sua cri-so matrimonial fica-se ao ladodo marido; embora se desprezea Raul Nathan,- toma-se partidopor êle nn pcrscí7uifío que lhemu-.-c du Tlllct.

Vma Filha de Eva ê bomexemplo de como uma obra daComídia Humana alarga asperspectiva* de nutra jd lida. Arfi!3C!is_o entro o conda às

(Conclue na 3.* pág.)

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CRÔNICA CIENTIFICA

REMÉDIOS SiMPtES

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1. — FATORES DA CIVI-IAZAÇAO

Um dos progressos da medicinamoderna velo da quimioterapia ea-pacifica — ou seja a aplicação, bemorientada, de agentes de ordem qui-mica no tratamento das doenças.

As sulfns deram ao seu descobri-dor um prímlò Nobel: tlltlmamen-te, como se sabe, outro prêmio Nn-liei foi conferido ao autor da penl-rlllna, rctnídlo que trouxe o advcn-to de unia novn era para a searaile Hlpócrates, como recurso fomda esfera das vacinas e soros, tira-do de seres vivos (mlco-bscterlas)que se opSom ao desenvolvimentodo grando numero de germes pato-cínicos, de sorte a operar curas rá-pldas em enfermidades considera-das, até então, de curso longo nnorganismo.

A Importância de tais medlcamen-tns fis com que hoje sejam eles ti-dos por fatOrea da civilização.(Oscar Clark.)

2 — Aí DOBNÍAB BANAJB.

Mas sempre houve — e hA dehaver — as doenças banais, queaparecem todo dia, em toda parte,curando por si mesmas, ã revelia dequalquer terapêutica. (Ou não êmais assim?)

As febres eruptlvas da Infância,por exemplo, estão nestes casos: sa-ranrpo, rub.ola, quarta moléstia,catapóra (varlccla). Seu tratamen-to nunca teve segredos. Termlnndoo ciclo evolutivo do mal, o paclen-te entra cm convalescença natural-mente, bastando para fortificar oorganismo, vitima do ataque môr-bldo, a alimentação rccnnslltulntcconhecida dc todos e algum tônicojn consagrado pela experiência dosBéculos cm fora.

Do mesmo modo, outras lnfectuo-patins próprias da criança — e queiiflo raro atacam o adulto —, comoa cachumba (parotidite epIdOmlca),a gripe comum e as suas anginas,não necessitam, para Irem a fio decura, senão dos medicamentos Jámulto conhecidos, ao lado da obser*vAncla dos culdndos higiênicos pos-tos em prática pelos espíritos cultosdo todoa os tempos.

3. — REMÉDIOS INTEMPESTIVOS

Nessas cnndlçlies, tratar pela pe-nlcillna um caso desses, que oa.co-nlieclmentos caseiros resolveriam acontento, parece uma lmproprleda-ile manifesta. Deixemos a portento-pa droga de Fleming para quan-do ela tiver sua heróica Indicação.' Quanto às sulfas, o reparo precisaser mais enérgico, pois valem elassubstâncias tóxicas multo ativas, po-dendo trazer para o organismodoente, sobretudo no mundo tnfan-til, conseqüências desastrosas. Nãoforam, feitas para tratar doençasque se curam geralmente por al.

O mesmo se deve dizer do abusono emprego de hormônios dos prln-clpnis glândulas endocrlnlcas, bemcoino das vitaminas dadas nos ser-viços médicos com um exagero fia-crante das suas Indicações. As ve-zes, na clinica, vemos pobres che-

MODAS FEMININASNovidades em sapatos — O ves.t/c/p de cetim

volta ao cartazfe» de família que empenham até.roupas nas essas que emprestsm dl-nheiro, para comprar nas farmácias,por alto preço, preparados e Inje-çóe» perfeitamente dispensáveis.

< - A FARMÁCIA DE CASA

O fato é que, para as referidosenfermidades, benignos por sua na-turezu, sempre existiu em todos oslares uma farmácia multo bem equl-pada apesar da sua simplicidade,paru atender aos sintomas que alar-ninni o melo doméstico: a febre, adór dc garganta, aa desordens di-geatlvas — tudo transitório, semmaiores conseqüências, O chá de na-buguclro, as compressas e cataplas-mas quentes, os purgatlvos e gar-garejos, tudo Isso Inocente e' viade regra eficaz, atendiam perfeita-mente ao tratamento em questão.A dieta, o resguardo no leito; Oescalda-pés, o leite fervido com ca-nela e açúcar, completavam os re-cursos terapêuticos com que, den-tro de poucos dias, quem estavadoente ficava Inteiramente bom,

«. — as «AauumAs-

Mais ainda: não eram raros, nonosso meio, os partidários da medi-elna homeopática. Multas senhorastinham, como um alcorSo, um livrode conselhos hanemanlanos, cujosensinamentos lhes serviam para daraos filhos o primeiro socorro de or-dem médica, antes de ser chamadoo facultativo de casa. Pequenos vi-dros contendo o quo os alopataschamavam de "agulnhn.," Integravama botlca do lar, Pois as curas con-tlnuavam a realizar-se por êsse mo-do barato e singelo, sem a barulha*da, nem o dlspêndio, da grande me-dlclna dos togados,

6. - Vil A PEROÜUTA

Já agora, quero fazer uma .per-gunta:

— Toda aquela gente antiga, dotempo em que não havia penicilinanem sulfamidas, não teria tido grl-pes, sarampos, cachumbas c outrosachaques mais da classe das enfer-mldadcs cíclicas benignas? E essagento toda teve outrora um trata*mento mal feito, do que lhe re-sultaram graves conseqüências maistarde?

Tenham paciência os meus llus-tres colegas que, poi- dá cá aquelapalha, receitam as drogas moder-nas e caríssimas que enchem as pra-telelras das farmácias: lineo nullanihabet equitatem... Isso não estádireito, não é Justo, não suportaa mais leve critica. Ê preciso fa-zer uma revisão no modo de trataros doentes da presente época comos medicamentos modernos, a fimde que, contra tudo o que se deviaesperar, esses • mesmos medlcamen-tos não venham , acabar como fa-tôrcs contra a civilização.

FLORIANO DE LEMOS

Enquanto a cabeça se acomoda eacaba até por se habituar com a au.sêncla do chapéu, os pés — frágeispés femininos — atairadiados nochão nas longas filas de espera,exigem um conforto que deve pas.sar antes de qualquer fantasia, Fo-ram (les, coitados, ns primeiras vi.tlmits da pcnurln de condução quecomo a inflação, vai para -ioseo- malsc eternizando.

A necessidade dc solucionar, qproblema a despeito da escassez dcmaterial então existente, foi talveza causa principal que, durante aguerra, fez surgir esse sapato feio,apoiado sobre uma alta plataformade cortlça ou de madeira coberta,— a que chamamos Anubella — des.cendente provável do antigo cotur-no grego de sola cspesslsslma. Se,por um lado, tala sapatos carecemde estética, por outro oferecem con-forto c estabilidade, razão pela qualmultas mulheres mais sensíveis á'comodidade do que á elegância aeles continuam fieis c nem queremouvir falar nos modelos delicados,de sola fina. e salto alto, que aModa este ano começa a lançar.

tido, formando um conjunto'agra-davcl e elegante.

A moda dos sapatos de Unho —ou em fazenda condizente com ovestido —' será certamente ' multobem recebida por nós; nãu somentenos proporcionu rft ca Içados nddqúfl-dos no-clima, iria- também daráoportunidade aos nossos íncstlcs-sii-pateiros de dcinon-tritroiii quantosuo exímios em sua arte'. Visto' co-mo o-linlio cm-todos os tons de cin.za (multas vezes duas tonalidadesreunidas no mesmo vestido) seráuni dos "hlts" do verfio dc 1.47-48,teremos -novomonte ossos sapatoscinzentos que tanto asscnt_.il á per-nn queimadaade sol:' - '

A fimde acompanhara o renasci-mento da Moda os sapateiros voltama trabalhar.,com peles macias, cataniúrças dé tons claros, pcl.icgs lus-trosas, tecidos, sedas, lamés e atò'rendas. 'Conservando aproximada-mente o mesmo'volume, tíabem dara linha elegante' c alongada ao sa-pato fechado, para a rua, a orlgl-nalidade á sandália dc lhas entre-laçadas sobre o pé, o conforto e aestabilidade ao sapato esportivo,

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P. S. A/anso Siha — Aquele ma-rido não teve razão alguma. A mu-lher é Inocente. O que êle devia eraler os bons livros de medicina-legal. — F. L.

CIRURGIA PLÁSTICAPELE CABELO PELOS - VERRUGAS DO ROSTO

DR. CARLOS ALBERTO DE SOUSARua Senador Dantas, 4_ ¦ apt.» 801 - T. «---Bl, de i às 6 hs.

O EMIR E OS ESPELHOSO Emir Abdullah que conduz os

destinos da Transjordania, estreitafaixa de terra a leste da Palestina,conseguiu recentemente obter dogoverno britânico "plena indepen-delicia" para seu pais. Foi, por.esse motivo, elevado a Rei, reall-zando-se uma cerimonia espeta-cular, assistida por inúmeros dig-natáríos do novo Reino.

Abdullah, apelidado "o sábio doDeserto", tem 36 esposas, das quais

. a predileta é Leilah, mulher de,80 anos feitos, mãe de seus doisfilhos bem-amados Tallal e Nehlf.Leilah nunca foi bonita, nem mes-mc na mocidade, mas em compen-cação é inteligente e sagaz e sem-

. pie deu bons conselhos a Abdul-Icll, principalmente nos dias dlfi-

¦ ceia, em que este se via a braços- com o serio problema de lmpôr a

paz entre seus belicosos súditos.Nessa época, havia íle encarre-

gado sua famosa "patrulha do de-serto" de persuadir alguns chefesde tribo para entrarem em umacordo geral. A missão pacificado-ra fracassou e a patrulha regres-sou sem nada conseguir.

R e v e 1 a n do-se Inesperadamentepsicólogo, Abdullah resolveu tentaro que ele chama o "truque dos es-pellios".

Mandando convidar um dos che-ícs recalcitrantes a comparecer pes-

. scalmente ao palácio, íé-lo introdu-z'.r em um salão todo forrado desitos espelhos. Os espelhos, dequalquer espécie, são uma rarida-de naquelas paragens e o chefe,espantado, Instantaneamente entre-gou-se ao prazer de contemplar suaimagem diversas vezes reproduzida.Deixando passar uma meia-hora. afim de que seu hospede pudessesaciar sua vaidade, o Emir mandouconduzi-lo a outra sala, onde exls-liam grandes espelhos concavos eçonvexos, que desfiguram e tor*liam Irreconhecível qualquer lma*giam. Esse era o truque.

Vendo-se reduzido a uma figuratão grotesca, o chefe rebelde per-deu a convicção de sua Importan-ria. Tojnou-se modesto, cordato e

¦ Abdullah conseguiu firmar o acór-do desejado.

CLINICA DE CRIANÇAS DODr. EDUARDO MORGADO

Regime Allmcntnr — Banhos deLuz — Slfllls, Eczemas, Diária-mente ná» D ás 11 lis. Av. N.S. Copacabana n" 945 sala 102Tel.: .7-4604 Ed. ROXY Dás ISas IS lir. U. Adolfo Bergamlnl.64 sob Te): 2.-6722. Res. Tel:..20-3SS0. (4806)

ACONTECE CADA UMA...Paia aumentar o numero de ca-

Aan.en.os — cujo índice vem bai-_.ando sensivelmente "-— o ministroEgípcio dos Negócios Sociais resol-veu ordenar que a todos recem-ca-ridos fossem oferecidos pelo gover-ro um vestido de noiva e um ternonovo.

Será o suficiente para animar osJovens a troc-tr a vida de solteiro— a bôa — pela de casado?...

Gente malcriada e topetuda existetm tod.i parte.

Em Londres, uma certa senhoraRose Wood, mulher madura e de-cidida, remeteu sumariamente pelocorreio ao ministro da Economiaeua ração semanal dc 60 gramas defcncon c 30 de gordura, acompanha-<-a das seguintes palavras:

— "Devolvo-lhe esta ração porconsiderá-la um insulto. Pode tor-1 ar a ...ar rom eb ou exportá-lapaia onde qu-zer. Porque ao mes-mo tempo não se exporta a si mes-mo? Seria uma limpeza..."

NOBREZAAlguém perguntou a Thlere, que

recebera o titulo de Conde, por quemotivo seu brazão nfio se encontra-va gravado na portinhola de suacarruagem.

*_ "Muito simples. E' que'minhascarruagens são... mais antigas doque minha nobreza", respondeu oestadista com um sorisso irônico.

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WSÈmjêL . 'mkiÊÊÊmj ^Hiliia^Hî^l _I_í$(1_ÍmIWm mfkf- )" _¦ ^FB3_ff___ _E-* * ______!.iBWffl ___wSSB_ ?&$$?&

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O sapato de fabricação brasileiragoza, com justa razão, da fama deser senão o melhor, pelo menosdentre os melhores do mundo. TUvemos ainda ocasião de o constatarquando dos espetáculos da Compa-nhia Francesa cuja temporada foirecém-encerrada,

Em geral, o Interesse que taisCompanhias costumam despertarentre o publico feminino (fazendo,se evidentemente honrosas exce-ções) não é totalmente de ordemcultural; a curiosidade de vêr mo-delos de Paris exibidos em cenapor artistas parisienses é um fatorde suma importância. Este ano, po-róm, muita gente deve ter ficadodecepcionada, pois era na sala e nãono palco que sc encontravam. astollettes mais bonitas... Quanto aossapatos, salvo alguns de Marie Bell;eram quase todos vulgares e ategrosseiros, não parecendo vindos deParis mas provenientes dessas sa-patarias populares que os espalhamá profusão pelas vitrines e pelasportas, atravancando a passagem!

Em "Le Secrct", Marie Bell apre-sentou a toilctte talvez mais chioda temporada, embora se tratassede uma modalidade de negligé deverão — cm shantung azul estam-pado de grandes motivos brancos, ovestido comprido, tendido na fren-le, tinha como complemento um bo.lero enfeitado, como a saia, comtiras de shantung branco; os sapa-tos, como muitos que este anoacompanharão as tollettes de verão,eram feitos no mesmo tecido do ves-

dò elegantíssimo Hotel Kitz, na Pia-ce Vendome em Paris, acaba deacionar o escritor americano LouisBromíicld, exigindo 400.000 dólaresde indenização por "violaçáo de suaintimidade." ,

Em um de seus romances maisconhecidos — "What becameof AnnaBolton?" — Bromfield descreveudetalhadamente o Rltz e sua pro-prietaria, revelando até minúciasda vida privada dessa senhora.

Dr. PORELI -Consultor jurídico de grandes

firmas, atende também a H. (ioPaBselo Õ6 s. "92 — F. 42-34.G9 —das 0 ás 10 e das 16 As 16 — Desquites — Anulas.es — Inventarios. (21908)

V_-<*•""•» M_.ri» n'*T- oroorÍ*UrU

Confraternizar depois da guerra6, por cerlo, um gesto humanitá-rio... dentro de determinados li-mites, concluem os russos.

Qualquer conlraternização entreum soldado dc Exercito Vermelhoe uma alemã pôde acarretar as maisseveras sanções. Todo russo que pc-dir permissão para desposar uma' grelel.cn", será imediatamente cn-caminhado a um psiquiatra e, eraseguida enviado dc volta á Rússiaficando assim anulado por comple-ío o projeto dc casamento.

Ultimamente, porem, nota-se umdeclínio nas rolaçõc.? sentimentaisrusso-alemãf, depois que os solda-003 soviéticos foram autorizados amandar vir a familia para a Aic-manha.

Nos salões do ..tudio do grandefotógrafo Don Olivier, em São Fran-cisco, nos Estados Unidos, 125 mo.delos reuniram-se para deliberarsobre assuntos relativos ao mítler.

Tratava-se de apurar se a horacomeçava a ser contada desde o co-meço do deshabUlngc ou a partirdo inicio da pose propriamente di-ta. Finalmente, ficou resolvido queo preço minimo da pese em nú se-rin de 3'tfl francos a hora e d". 250francos pela pose vestida. Uma ta-xa suplementar de 33 francos seriaobrigatória para toda dos. em salania* ~a*uecida. .

quase sempre em pecan legitimo,guarnecldo de grossos pospoistos.Anunciam os figurinos algumas fan-taslas lmpr.evl.tas; confessamos, po.rém, nossa preferência pelos mo-delos sóbrios, cm que a qualidadedo material e a perfeição da mãode obra dispensam esforços de lma-ginaçãó. nem sempre felizes.

Tempo houve — Iii alguns anos— o tailleur dc cetim preto era decerto modo. indispensável ao guar-da-roupa da mulher elegante. Ern,o traje padrão para qualquer reu-nlão depois das cinco. Por fim,foi considerado vistoso demais pa.ra a luz do dia, passando a 'ser demáu gosto. Um capricho como ou-tro qualquer.

Eis que a Moda, cm seu eternovai-vem, acaba de reabilitar o usodo cetim para a tarde, não sómen-te em preto, colno também em mar-Von. "pomba rola" e cinza chum-bo. Ilustrando a crônica de hoje te-mos um vestido cm cetim "tarta-ruga", trazendo om suas linhas asprincipais 'características da modaatual e, ao mesmo tempo, reminis-cêncías das toilettes de 1912.

Sobro a saia, mais comprida, des-ce uma túnica que chega até osjoelhos, alongando mais ainda a si-Ihucta. Em se tratando de tecidopor si mesmo vistoso, a blusa épropositadamente simples,' tendocomd unlco ornamento os botões debijouteria fina, Boina de feltro mar-ron e longas luvas de camurça damesma côr.

K

' Bi.ASC.AN 2024

CLÂUDEL, NA ACA-DEMIA FRANCESA

(Conclusão da l.a pág.)

duções por todos os acres perfumesdo pecado. Em lugar de receber,apenas, o sol de Deus, Mauriac aco-lhe no'seu espirito uma volutuosida-de de origem estranha. Entre as se-duções mais suspeitas e a Provi-dência, hesita e se perturba o cria-dor dc tantas personagens som-brias que o demônio arrasta peloscabelos, que os amores mais doen-tios dominam e subjugam. Claudelnão conheceu, pelo menos, desde ahora cm que Deus se apossou dasua alma, até hoje, esses desertosde nmor, por onde Mauriac se ar-rastou, muitas vezes dolorosamentee outras, com uma espécie dc ale-grla c de intimidade com o mal.

Saudando o maior poeta vivo deseu pais, que a Academia Francesarecebia tão tarde, já no fim do cre-pusculo e octogenário que a Aca-demia só aceitava coberto de glóriasc a quem nenhum lustre acrescen-tava — François Mauriac soube en-contrar as palavras mais justas,mais tocantes — as velhas palavrasardentes dos homens da sua gcraç3opara quem Claudel foi uma presen-ça. incomparavel, um acontecimentoúnico.*

O autor 'de "Le Désert de

"Amour", entre outras coisas, lem-bra o que deve Claudel e Rlmbaud,êsse vidente, uma das grandes in-fluênclas da poética claudellana eum elemento preponderante mesmona conversão c na iluminação mis-tica de Claudel.

Sôa estranhamente a citação re-verente de nomes como Rimbaude Péguy — na velha casa de Rlche-lieu. Rlmbaud, um vagabundo, umerradio, um maldito, cm revoltacontra a sociedade, não obteria já-mais uin sinal dos senhores acadê-micos um movimento' de atenção,slquer c, no entanto, apurece agoracomo o mestre de um mestre; Quan-to a Péguy - cuja grandeia começaa so aclarar, pouco a pouco e queserá para a França o grande 'oetarepresentativo, o mesmo que Danteé para a Itália, Péguy, em vida, nãoalcançou siquer o prêmio literárioque disputou e teria sido a sua sal-vaçãp. no desconhecimento atroz e

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A pele do rosto 6 cheia de gian-dulas que produzem uma gordu-ra multo untuósa e brilhante.Essa gordura fica retida no inte-rior dos poros e forma ali umamassa, que é o cravo. A poeiradas ruas, o ruugo e o pô de arroz. aderem A cftbcqa tio cra"0que nperece no rosto como umpequeno ponto preto. Pode-seextrair os cravos com o» dedos,mas há o perigo do ferir o rostoe da formarem-se csaplnhas. umelhor processo para os eliminaré o uso diário dc Leite de Lano-Una do Dr. Denrlk, que vai die-solvendo todoa os cravos aos pou-cos e os faz desaparecer comple-tamente, ao mesmo tempo que

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va solução, I: de Sydney Lem -n-contrel-u num comentário dc E TBarco, com esto outro exemplo m-teressante dc "squcczc" Inversa.

Eis a dlstrlbiaViV. neral;

NORTE** 9 3SA 8 3n 5 i 24' J 9 8

OÊSTB ÊSTE<*10 86 __i>ÕJ7_<2?_ Q 6 5 * Q?10 9 7OB 07 3*W - 32 4»Q 7 6 5

SUL? K 5 2OJ 2OAg.,.096

ficando Sul responsável pelo peque-noslam ein Ouros.

Oeste saiu com o Rei de Copas, oMorto cedeu. Êste descartou o 7 eSul deixou cair o 2; Oeste voltouem trunfos e o carteador examinoua possibilidade dc cumprir o con-trato.

O raciocínio foi bem levado. Aqueda do 1 de Copas não poderiacorresponder á preparação de umachamada, do tipo eco: Éstc deviater 10—D (com o 8 na mesa), o quedeixava ao parceiro cinco cartas deRei — Dama. Desde que o ultimonão interferira no leilão indicandoo naipe a sua mão nada mais ti.nha; logo a Dama e o Valete de Es.padas e a Dama de Paus estavamcom Êste.

Ora, a dcclma-segunda vaza ne-cessaria só poderia ser obtida pordupla "squeeze"; e. para tanto, sc-ria preciso que a carta firme dcPaus estivesse com Oeste e a cartafirme de Copas com Êste, em de.sncordo com a previsão feita. Masainda haveria uma oportunidade fa-voravel: era dc que assim so veri-ficasse com os 10, Isto é, o 10 dcPaus com Oeste c o 10 de Copascom Êste e que tais cartas fossempromovidas a ganhadoras.

Ele colocou o Valete de Copasna mesa: Oeste cobriu com a Dama,o Morto fez o Az, e Êste serviu o0. O carteador puxou o Valete dcPaus: Êste entrou com a Dama, e oRei ganhou. Nessas duas jogadas,Sul inverterá as mãos e trocaraas posições das cartas altas daque.les naipes I...

Continuando, bateu o Az de Pause correu quatro trunfos, chegandoa esta sltu-çãp:

das, admite a situação favoráveli.-oiií aa Oin-ais ua mão de Êste. As-:i|in, faz o Az a u Rei dc Ouros, ccorta Espadas, eliminando o naipetio adversário, Depois da nonu vaza,na curtas esiãio rc.artldas desta nin.nolrai

H0RT3

O-

OfiSTF-»10o-

J 10 9

5 *ÉSTE**-Cp-OQ „•1-Q7 6

¦mu**.

SOL<_>-C?2O 10•|»K8

A balida do- ultimo trunfo pro.voca a dupla "squeeze", como éfacll verificar.

dfclnia-tercelra, |og« parazc "

Assim, ganha n saída com o Heiae Paus, baldando o 2 dc Ouros.Bntc trunfos duas vezes c .cruc pa.ra a inflo em corte. Joga Espadaitrês vezes, baldando do Morto nomesmo naipe que Oeste: de maneiraque. provavelmente, ambos íiciuncom cnrla seca cm Copas ou cmOuros. Que seja cm Copa.*, porexemplai Sul, então, continua parao Az dc Copas; faz o Az da* Pausbaldando o 3 de Ouros; c voltaa Jmão cortando Paus.

Depois da décimaestas cartas:

NORTE<_>-Q?-? A 9*?' ÉSTR

_*-CPK•OQ 10Aa -

«am

Qucstlo 00: —nerav.l. O leilão

NORTE1*

* *Y*Nenhum lado vul-

3Cp

ÊSTBPasadPassoPasso

S-Jj

1»UBSTBPassoPassoPasso

OESTE__•-O-<>K J«Sr J

t-ffL? 5C?5O*•_•-

Passo Passo Passo

A distribuição geral é a seguin.

r» £

no abandono que. foi a sua vida.Mas què Importam essas prefèrên-eias'de homens,.esses fayàres, .essasinjustiças,, se í invariável'e'certarevisão de valores, o movimento de'recuperação e fixação, dos verdadei-ros, dos autênticos, dos que emer-gem da noite do olvido e se revelam,nos céos do tempo, como estrelas?

NORTE_> A 9

<?8O-? 9

OESTE ÉSTE*_»10 86 *_>QJ7Ç> Q3 10

4-10 4._,BUL*K52O-09*--

A jogada do 9 de Ouros comple-tou o "golpe": qualquer balda, deOeste e Êste, firmaria mais umacarta, no Morto ou na mão, con-forme aconteceu,

Outro exemplo curioso de "squee-ze" dupla está em uma das mãosolímpicas de 1932:

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Oòstc sal com a Dama de Paus.Qual o desenvolvimento do carteiopara que Sul possa cumprir o con-trato, dc "7 Espadas"?

Resposta: — Sul conta doze va-zas, pelas cabeças: para conseguir a

A batida áo ultimo tiunfo pro.voca a "squeeze". Oeste deve guar.dar o Valete dc Paus: balda Ouros;o 7 de Paus da mesa será baldado.E a balda dc Êste, qualquer queseja, firmará ou o 3 de Copas ou o9 dc Ouros. fornecendo a vaza adi.cional procurada.

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Questáo 91:

BORTE ,•*-C?A 4OQ J 3-Jt J 6 4

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SULí»8 5' C?J 8O-¦3?9 5

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Trunfos: Paus. Sul tem a .n5o. e,como Declarante, deve fazer seisvazas.

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Sul tem o contrato em "6 Copas";e Oeste sal com a Dama de Espadas.O Declarante ganha com o Rei damesa e logo "passa" cm trunfos,perdendo para o Rei de Oeste; quevolta a atacar em Espadas para oAz do Morto. Sui procura jogar pa-ra "squeeze": bate os trunfos, re-servando a entrada em Paus. Sa-

COMÍCIO no madson square garden(Conclusão na últ pá}_.)

foi feito o mais completo silêncio; subiram aò tabla-do, c aproximavam-se do plano, Paul Robcnson e seuacompauhador. O ..ladson Squarc Garden ficou na pc-numbra. Apenas os holofotes lançavam seus Jatos deluz sobre o .cantor c o pianista. Soaram os primeirosacorde» c a voz de Paul Robenson, a principio gravemas suave, cresceu em todo seu esplendor, causandonns espectadores uma estranha sensação de enlevo,'respeito e admiração.

Após Paul Robcnson, vieram outros artistas, no-rém o Interesse da assistência não era o mesmo. Jáouviam-sr murmúrios quando novamente as luzes doMadson Squarc Garden se apagaram e os holofotes Ilu-minaran. a figura de um homem dc estatura media-na, cabelos de um tom castanho grisalho, que 6e en-caminhava para o tablado. Os aplausos irromperam cfoi enlSo que verifiquei que aquele homem era' Hen-ry Wallacc, *

O orador, com simplicidade c sinceridade, prendiaa atenção de todos, até mesmo de seus adversários,porque o assunto a que se referia, era o da vantagemde uma paz duradoura, dificil de ser conseguida \cmmeio aos complicados caminhos desse abismo que é apolitica internacional e que se pode transformar, rc-prntinamente, no ti- condutor do circuito que nosameaça.

O discurso não lol longo e terminou sob novqsaplausos. Depois, outros oradores vieram. Os assuntosdebatidos eram mais ou menos os mesmos; todos pro-curavam condensar e pôr tm evidência os crandesacontecimentos da política interna e externa e quevem demarcando os limites da época pTesente, quando•» muDiin »* contorce «!»•¦¦>•- nas co»"u,«Be6 dan dores

de uma giicrra recente etrôpcgo caminho em-buscadc umá solução para os graves, problemas do mo-

mento.' '¦* i . •* : -' Deixamos o Madson Squáfe Garden quando Oaul-I-

p.o orador, subiu .ao' tablado',; Quando chegamos lá fora,violento temporal dcsAbara sobre Nova York e raios. relâmpagos coloriam os céus acompanhados de vIotIcnVos estrondos, lira como sc Marte protestasse .»•loi-osártiénte contra |os òbjttlvns pacifistas dos õrgá-nizadrires do" ''racetins",.- ¦ .

AINDA A FALSIFICAÇÃODA CULTURA

(Conclusão da 1.*.pág.)

Beethoven e nalgunsf dos seus concertos imortais? Aprimeira condição para gozar a plenitude de uma obrade arte f a plenitude dá vída é « certeza da sua au-tenticidade. - ¦..-.¦ _;'-\.:"; • *

¦Teriam essa certeza de autenticidade da expressãoartistica da sua fé, pelo órgão e pelos carrilhões, oi-paroquianos que ouviam nair pela torre sem sinos oraspar de um disco de gramofone oculto por detrásdn altar-mór da sua Igrrjlnha sertaneja?

Essa arte falsificada, essa cultuta sem autentlcl-dade nivela por baixo e cria nas almas uma ilusãode saber e de cultura, um contentamt ato análogo aodo selvagem, que falando ao telefone c guiando umautomóvel, crê. que de um saltn venceu a distancia quevif do sertão espesso aos ar canos do universo e'â•Intimidade do

"cérebro da nm Platão on de um Neirton.

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• . Fone: 22-1701' (3.30.,

VARIEDADÍS(Conclusão da últ. pág.)

mento que ê o primeiro degrau dojuízo, e êõ tenha tornado surdo -ccego. Aj conseqüências são hojepalpáveis. Hd m"'.to enfabo.ou oserpente o seu jogo com o homem;raramente, porém, tere ínníns pro-bablliindcs de vencer.

A História, não como matéria ina-nlmada, mas como evocação cari-nhosa do., pausado ou recordaçãoativai Uma forma da experiência.Quem mergulha em épocas ou vidasdo passado, não raro se Identificacom elas. Cria a si próprio umamemória mais iuradoura. Cumpre,entretanto, estarmos dispostos a so-frer a influência dessas forças, semnos anularmos nelas. Só ao apelodo amor se abre o mundo espiritualdos que nos precederam. Só como auxilio dos espíritos que evoca,escapar*» a prisão do Eu.

(Tudução áa M-»--na a_-._rl.)

Neo-histicismo naliteratura brasileira

(Conclusão da últ. pág.)

res sem cair no equívoco terreno li-arário, por Í6so mesmo pouco sln-ecro e da! pouco natural. Qu.ndonão se realiza a queda dos abismostraiçoeiros e viscoentos do ridículo,assassino impiedoso da obra-de-arle.

¦Sc isso acontece, então, com ospersonagens categorizados, como oearistocratas demorgam ou Wiisleji,por exemplo, isto é. se mesmo êssespersonagens para manterem verossi-milhança devem evitar a facilidadeexagerada no traduzir a sua vida in-lerior, muito maior são as dificul-dades e os cuidados do romancistague, como o sr. Adornas Filho, dis-põem-se a movimentar rústicos cam-poneses, mais ou menos alienados noduplo sentido da palavra: afastadosda normalidade por um traço deloucura, e do mundo por uma pa-rede dc isolamento.

É, de fato, o defeito maior desteromance: a dialogação que sc man-léni ininterruptamente a uma altu-ra que os personagens, pelo que nossugere e nos expressa o autor, nãopodem alcançar, e também a sua ân-sia de dizer tudo, de exprimir com-plclamehte aquilo que deveria antes.-i-Senr ou permitir ao leitor quecompletasse. Os menores atos dosheróis são logicamente descritos pc-Io sr. Adonias Fillio, do mesmo mo-do porque os seus menores sentimen-tos encontram tradução exageradamente literária.

O sr. Adonias filho parece, as-sim.-ter construído o seu livro comum excesso de espírito critico, :om•— .-.«Jado ejtrem. de análise, qae eo« ma consfucão d.

"nm

vicia irremediavelmente a ficção:que irremediavelmente vicia o es-ôr-ço criador, obra de aglutinação ede síntese, que não descreve mas su*gere e que com a própria vida, deyeconstituir "um mistério". Mistériocuja solução nasce naturalmente dodesenvolvimento da narrativa e nãodos esforços vigilantes do autor;que pode mesmo- deixar de ser inte-gralmcnte solucionado, como nos ro-mances de Mauriac, e que, nessescasos, ainda mais se aproxima davida real, que o romance ambicionaser uma transcrição literária.

Apesar desse- fundo defeito, po-rém, parece-me que o trabalho dosr. Adonias Filho possui qualidadesbastante apreciáveis, não sá comoobra-de-arte como por constituir urados primeiros sinais de um novo einteressante período na literaturabrasileira.

É o desse -mergulho arrojado nosmeandros mais escuse, da psicolo-gia humana, nâo recuando nem dian*te de um compromisso sério com omisticismo nem diante do perigoainda maior e mais delicado do fan-tástico. De fato, toda a extruturade Os Servos tia Morte repousa sô-bre uma base de fantástico que oautor necessita revestir com taisaparências de possibilidade on deverossimilhança que sejam aceitaspelo leitor, sob pena de esboçar-setodo o romance.

Porque estes dependem menos daanormalidade psicológica dos perso-nagens, já por si suficiente paracriar-lhe uma atmosfera pavorosadc inquietude, do que da maldiçãoque pesa sóbre a casa. da intiomis-são do sobrenatural, agravando aalienação e a maldade inconscientedos heróis. Dai a necessidade depermitir uma estranha promisa-uida-de do sobrenatural com a natureza(neo-misticismo que caracteriia nomomento as grandes literaturas mun-diais, repetindo fenômeno idêntico dehá ido anos) e a imposição de su-gerir continuamente a anormalidadeque a normalidade dos personagensrepresenta. Digamos desde logo queo sr. Adonias Filho conseguiu ven-cer de uma maneira geral as pnn*cipais dificuldades e aue o fa/endona sua primeira obra adquire in-discutível merecimento cm nossa li-teratura.'

Talveu tenha sido essa injunçãopuramente intelectual de "segur.r"o romance, além das inclinações deum temperamento que até agoraexercitara somente nas suas qualida-des críticas, que deram a "Os Servosda Morte o caráter excessivamenteliterário que lhe assinarei.

. E que se manifesta também nasidéias que o autor movimenta, lem*brando, se não uma influência pe-lo menos uma familiaridade comDostoievski, de quem o sr. AdoniasFilho repele as concepções, entre ou-tras, da expiação como requisito in*dispensável do perdão e do crimecomo prova suprema da liberdadeindividual. Notandose, ainda, queneste livro a morte pouco represen-ta como libertação, antes constitui olimite que o autor evita invadir, cm-hora não fuja ao risco dc trazer, asua influência para o'mundo dosvivos. Influências que permanecem,aüás, mais como elemento da vidainterior dos personagens, do que co-mo manifestação concreta dum espi-ritismo que seria gtos-sciro e des-prezívcl. Assim, um ruido noturnode unhas nas portas da casa, sabe-se mais tarde que não é uma fanta*-magória mas o velho Anselmo qurprocura comunicar-se com o filho.

Mas, para os efeitos do romance,c aqui está a felicidade com queagiu o autor, ésses ruídos valem co-mo manifestação sobrenatural e dãoao livro a pesada atmosfera de des-conhecido e de mistério de tão exce-lentes resultados romanescos.

Detalha interessante a assinalar éo _ caráter perfeitamente autônomodcüsc misticismo e dessas incursõesno sobrenatural com relação aosentimento religioso propriamentedHo. Nenhum sinal, no romancedesse escritor católico, dá existên-cia do catolicismo nenhuma intro-mis.ão de seus sentimentos religio-

romance

DEDICATÓRIA IMPREVISTA"Meu Pai me disse"..., cujo au-

tor, Elllot Roosevelt, é filho do Pre-sidente Roosevelt, não é apenas umlivro que encerra documentos his-toricos muito preciosos, mas tam.bem um conjunto de anedotas eepisódios interessantes, como o queabaixo segue:

Durante a Conferência de Cs-sáblanca, em 1943 Franklln Roosc-velt esteve hospedado em um pala.cete cuja proprietária fora obrigadaa se ausentar a fim de permitir queo Presidente ali se avistasse comChurchlll, De Gaulc, Eisenhower,ete.

Certo dia, esmiuçando a blbliote-ca, Elllot descobriu uma biografiade seu Pai escrita por André Mau.rols. Tomando o livro o Presidenteescreveu na primeira pagina umsbelíssima dedicatória á sua antl.triã... Involuntária. Depois, disseao filho:

"Torna a colocar o livro *mseu lugar. Aposto que nunca maisela o abrirá. E é penal Daria tudopara- ver a cara que faria quandodeparasse com Isto..."

Que fim teria levado o preciosoautógrafo?

que movimenta e que depende do so-brenatural. Pelo contrário, até: n5oestá longe de merecer a desaprova*ção da igreja essa idéia de ódiosque permanecem além da morte eque se cumprem na terra atravésdela. E se se pode dizer que o sr.Adonias Filho movimenta o proble*ma do bem e do mal, não deixa dsser muito indiretamente e colocadode tal maneira que essas noções per*dem completamente o significadoético: seus personagens estão alemdo bem e do mal, desde que agemquase despercebidos de motivação oude conseqüências éticas para os «eu»atos. É essa a atitude de superio-ridade, que não é estranho, comosabemos, a uma atitude de indife-rença ou de hostilidade para comos princípios éticos, ainda mais um»vej comprovam o desligamento ab-soluto que existe entre a religião doromancista- e o caráter nco-míslicodo romance. Os personagens dc OsServos da Morte, em que pesem tosuas taras e a sua alienação, teadoconsciência moral, embora remols,cometem o mal, vivem nele c P'rêle, numa espécie de fatalidade aomesmo tempo física e psicológica deque sabem não poder se livrar. Ora,se todo o romance deve ler uma mo*ral, como pretendia Mauric Barin;,então somos obrigados a convir qu»a moral do livro do sr. Adonias Fi*lho é a da inexistência do mal dian-to do determinismo de tipos psicolo*gicos ou hereditários anormais. Dei*sa forma desaparece, pelo menosquando ocorrem as circunstâncias i]U«caracterizam os personagens ^ desseromance, ou livre-arbílrio, princípioque necessitamos admitir se quiser'mos conuordar cm que existe a -11'tinção entre o mal e o bem.

Nós sabemos onde pode cond-Wessa discussão, e se a indico a pro*pósito do sr. Adonias Filho é por-que cia nos é imposta naturalmcnt.à vista dos dados com que nos apre'senta o seu livro. E principalmentepara melhor firmar a distinção <"'tre religião e misticismo, neste Pa"em que as maiores discussões sc •<¦-*cem cm redor das aparências.

E sobre o ponto de vista estril»"mente literário, porém. Os Servos itMcrle não oferece a mesma c*P,c,dade de açfto que as suas idéias. A"realizarão", como vimos, não cot*responde à altitude em que o sntorsc colocou e dessa forma cTiegí-l"ao curioso resultado de um romsn"ce que é realmente menos importam'te aue os seus temas. ¦

Falta-lhe em interesse romsneK?o que lhe cobra em interesse P"r"'mente intelectual. Tem literatura at*mais e vida de r-enos a— o oue qcerdizer que não ostenta o ide- "eequilibrio entre uma e outra n»emarca 05 roman.-es que permanecem-1Mas assim mesmo sugere, no ¦"•'sil, aquilo que se pode, aquilo qMse deve fazer — o nar U -ons-t"mérito não pequeno

f»^--".j-i*-«**T*-í'-*.'< v --¦ i •¦ f- #r*#*,*i*#?in(; +mr*mmis*immmmft/iam

CORREIO DA MANHA -- Domingo, 27 <le Julho dc 1047

AGRICULTURAH. PE CASTRO FIGUEIREDO

Ouro l'reto. Escreve-noB:Tenho alguim bulbos do tulljum

por Ibjo reaolvl escrever paraaaber qual o tratamento quo devodnr a '.ra» flore»,

Desejo anbor como devem aerplantadas, qual espécie do torruconvém a «nãos bulbon, Ko prccl-ta. <1» adubos «speclnls para elasílorescercm e quantas vozos porsemana devemos rog*A-la. Desejotambém saber em que epoca do»no elas florescem o se demorammulto a brotarem.

RESPOSTA — fi uma plantaqu» nlo tem adaptado ás nossasatuaçOes climáticas sendo assimpouco cultivada. A tullpa profereterra onde predomina maior pro-porção de areia, porom mibutnn-alosa, rica em húmus e bom dre-nada. Aprecia o estrumo de cur-ral bem curtido, nilo devendo estoficar em contato com os bulbor..Para Isso abrem-so nos canteiro»valetas longitudinal», do roBUlnrprofundidade, nl depositando anecessária quantidade de estrumequ» será ligeiramente revolvido,cobrindo depois a valeta do formaque essa cobertura nflo seja ln-ferlor a 10 cm. do altura. Em-terram-se depois os bulbos a 8cms. da profundidade e a 12 cms.de distancia. Abre-se, cm seguidanova valeta, seguindo a mesmaprática. Idêntica precaução deveser tomada com a cultura nosvasos. As tulipas podom perma-neoer no mesmo local 3—< anos.dendê qu» "• torra lhes avela favo-ravel. Propagam-se pola divisãods bulbos, ou pelos biilblnhos que¦unrem ao redor dos bulbos ve-lhos; mas as plantasa quo surgemdesses bulblnhos levam 2—3 anospira. florescer. A cultura da tu-llpa, cuja plantação pode ser fei-ta rios meses de ngoato-setcmbri,« mrilto semelhante á do» Jacln-tos, com a, diferença que os seusbulbos podem permanecer enter*raooa, como acima dissemos, oquè nflo sucede eom os últimos.

A.Sf. B<A SELVA. Escreve-nosSendo assinante deste jornal.'

solicito a flncia de lnformar-mextsn método eficiente para comba*tér o "Tingltldeo" do tomatelro.

No Ministério da Agricultura'deram-se uma formula com sulfato dt nicotina e sabflo, porém,aquele produto desapareceu docomércio, «endo portanto lmpossl-vel adquiri-lo. Qual a formula In-dlcada para um combate eficien*te?

RESPOSTA —• No caso Indica-do acreditamos que poderá usara seguinte fórmula: extrato defumo 3 a 3 litros; sabflo mole 2a 3H k. e água 100 litros. Dis-solve-s» primeiramente o sabflonum pouco dágua quo so piie aferver, depois Junla-se o extrato.O extrato d© fumo é preparado,fervendo*se o fumo de rolo pica-1 do na água, regulando 10 k. defumo para 3 dágua. Toda a nlco-tina ficará no liquido .

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velha, dos pneumátlcos e câmarasde ar inúteis.

1) Pode ser feita uma espéciede regeneração da borracha?

No caso afirmativo, qual o pro-cesso operatoriõ empregado paraseparação dos corpos que foramagregndos( cimento, enxofre etc)na confecçÉto do» pneumáticos

S) Pode-se conseguir uma comofluliliflraça» da borracha dospneus velhos, do maneira a tor-na-la aproveitável a certas apli-carçOflA?

No caao afirmativo, qua o modode operar para fluldiflcá-la?

Quais os corpos quimlco» que se«mpregam como nolventen da bor-raoha para levA-ln a este estadode fluldlílcaçflo? Sito empresadosá frio ou á quente? Quais as (lo-«agrem a empregar? Como se pro-cessa?

RFÍSPOSTA — Confiamos a res-posta da primeira parte de suncarta a um dos nossos Héenicos oesperamos publicá-la oportma-mente.

Relativamente á segunda parteda consulta c acima transcrita po-demos Informar: 1 — Pode. Sãovários o» processos, entre osquais os seguintes: Fervem-se prl-meiro os resíduos, para limpá-losperfeitamente e pnra eliminar oenxofre livre. Depois passam-seoa mesmos em cilindros o pulveri-sam-se em mós de esmeril. Per-ve-se depois em solução de sodacáustica, ou em acldo sulfuricoou clorídrico e so submetem du*rante 24 horas A açílo de vapor aquatro atmosferas de pressão.Outra. Deixa-se a borracha, empequenos padnços em uma caldei*ra de vapor (com válvula de ee-gurança) Juntando-se quatro oucinco vestes seu peso de sulfuretode carbono. Fecha-se bem a cal-<1eira e posta etn banho-maria, oumelhor ainda, aquecida com umaserpentina Interior, se mantém du-rante uma hora á temperatura daebulição da água. Deste moiindissolve-se toda a borracha. Pelomau cheiro do sulfureto de carhu-no, de ser multo Inflamavel e for-laiar com o ar uni composto ex-plosivo esta operação deve seifeita ao ar livre, com vapor da-sua, como agente de aquectmen-to. Outra. Pulverizam-so os re-siduos de borracha vulcantzada emlstura-a com uma solução desulfureto de cálcio fl alcatrSo.Aquece-se esta mistura durante24 a SO horas em um recipientefechado para dissolver o enxofre,e depois se distlla o alcatr/lo abaixa pressão. Agita-se bem amassa resultante e lava-se comitrua quente.

Para dissolver borracha velhacorta-Se esta em pedaços multofinos, t depois se aquece, sob bai-xa pressão, durante várias horas,com unia solução concentrada dosoda cáustica; deste modo toda aparte de tecido, pintura etc. seflecompOe nemos borracha. Lava-se os ta massa muitas veie» comairua parn tirar todo o alcall, ob-tendo-s» borracha pura.

3NRA. LIA MAIA. Itablra. Es-crave-nos:

Possuindo em minha horta umcanteiro de morangos, desejavafazer galía deBsa fruta, mas nãoconsigo conservá-la nos vidros,«cm qu§ ess© doce fique iriofad.)«Pôs uns 20 dias ou um mês.

Desejava quo esse abalisad"suplemento me ensinasse o se-R'ilnte:

l" — Como conservar a gelía deun ano para outro.

2° — O modo correto de fazer a

gelôla; e 3» — Como devo evitarque alguns morangos fiquem coma extremidade apodrecida, quandoficam maduros?

RESPOSTA — 1» Pondo em vi-dros ou latas porfo/tamente este-rlllzadas. submotendo-as ao pro-cesso Appert. 2° Extraímos do li-vro de D. Lúcia Santos, "Fruta.-de doce e doces de fritas" a se-guinte receita: "4 xícaras de cal*do de morango, 8 xícaras de açu-car cristalizado; 2 colheres das de.sopa de caldo de União, 1 vidro da.pectlna liquida, rara preparar ocaldo, amassar os morangos, quedevem ser bem maduros, limpose lavados. Espremer num panopara tirar todo o caldo. AJuntaro suco de um limito medlo. Mis*turar o caldo e o açúcar numapanela grande, deixando fervei*cm fogo forte, adicionando Imi-diatamonte a pectina liquida, me-xendo sempre. Rotirar do fogo,virar a espuma, despejar nos vi-dros e cobrir com papel parati-nado.

Ko preparo de uma geléia devo-se observar diversa» condições:o açúcar deve ser completamentodissolvido no suco antes queponha a ferver; a geléia deve«er cozida depressa, com bastante fogo, e espumada diversas vezes, lavando-se a ospumadel.***com água quente, cada vez depois.de usada. Nào se deve descuidarem tomar o ponto da geléia, a fimde se retirar a panela do fogo emtempo, para quo a geléia não per-ca, pelo excesso de acçfio a suaação, a sua consistência gelatino-sa, a sua cor e o seu eosto. Osvidros de geléia devem ser fecha-lios depois que esfriam completa-mente e quando o seu conteúdo ti-ver tomado a consistência gela-tinosa. 3" A solução e a de apro-veltâ-las antes que so estraguem.Conscrvando-as na geladeira pu*dera retardar o apodrecimento dafruta.

sementêsTe capimGordura ROxo, Cabelo de Ne*

gro Jaraguá e CÒlonião, limpa» egarantidas á venda na SociedadeAnônima "Henrique Surerus" —Juiz do Fora. /

FRANCISCO RODRIGUiES.Campos. Escreve-nos:Estando interessado na planta-

ção de "Mnmona" e fabricação de"Oleo lubrificante", rogo a V.S.a fineza de informar-me o seguiu-te:

1") — Qual a espécie dè mamo-na aconselhável e ondo possoobter as sementes,

2°) — Quando e como deve serplantada.

H°) — Qual o rendimento apro-limado por hectare/ano.

4". — Qual o maqulnlsmo ne-cessíirio para a extração e prepa-ro do oleo lubrificante "Neutro"tpara 500 litros em 12 horas).

fa") — Quo firma, no Brasil,fornece essa aparelhagem.

6") — Existe algum livro espe-cializadn em português ou fran-cês, sobre este ramo de indus-trla?

RESPOSTA — 1» Pela falta deseleção, pela notável variabilidadeqne oferece e«ta planta quandomuda de meio, pela facilidadecom qiie se híbrida, lia, entre nós,uma grande confusão a respeitedas variedades desta planta. Ditlnüo haver segurança em aconse*lhar esta ou aquela variedade, pa-ra esta ou aquela região, masapenas tipos.

Todavia, as sementes a empre-gar devem de ser das variedadesdeporto môdio, que nao sendo asmais produtivas, nem as de maio-res cachos, silo porem, as maisricas em óleo. As sementes podem ser adquiridas nesta capitalna casa Artur Viana & Cia. Ltda.(ver nossos animais) 3° Com assementes de nlto poder germina ti-vos, nao convém empregar maisdo 3.sementes em cada cova, e aaprofundidade média de 5 cent.Cobrem-se em seguida, as sêmen-tes com torra fina, sem torrões.Para *as variedades de grandeporte, a distancia devo ser de 3metros entre as linhas e entre ascovas de uma mesma linha. Comas variedades de porte médio, ge-ralmente preferidas, usam-se nsdistancias dc linTO a 2 m. cm to-das os sentidos. 3*» Pode atingi"em media de 2.000 e 2.500 tora"*-ladns. Convém entretanto notarque com a mamonelrn acontecenaturalmente o que 'c dá com to-das as outras culturas de plan-ta-* industriais: — varia extraor-diriárlamente a produção por uni-

VACINAS C/CARBUNCULO SINTOMÁTICO E HEMATICOVACINA E SORO C/PNEU MO-ENTERITE BEZERROSSORO ANTI-AFFT0SO

VITAL BRAZILProdutos que se impõem pela reconhecida eficiência

Peça informações nos seguintes endereçosmo r-c inicnn (Rua Senador Dantas n| 20-AKIO DE JANEIRO (Rua A;arquês de Abrantes n. 18BELO HORIZONTE - Av. Santos Dumont n. 415

dade superfície, de conformldanecom o clima, o terreno, o trata-mento, a variedade e outras nun-tas causa» qua atolam o rendi-mento. 4° A aparelhagem demaquinas e accessorios para umufabrica de óleo do riclno que tra-balhe 400 quilos do sementes em8 horas de serviço, deve ser a se-guinte: 1 esmager do sementes,com cilindro de S" S", munido dealimeutador automático; 1 aque*cedor n vapor; l prensa hldrualicapara pressão de 1.750 quilos porpolegada quadrada; 1 bomba depis tão duplo, de curso completocom reservatório dágua e engrt--nagens angulares para ligar aprensa com a bomba e o aquece-dor; 1 maquina » vapor tipo ver-tical para acionar o maqulnlsmoacima; 1 fogo de acessórios (sacosde lã. linli", etc» para trabalhai'com a prensa; 1 maquina auxiliarpara esmagar, com rodas de gal-gar. Ksse material, acreditam".-*nflo poderá ser adquirido por me-nos (te Cr$ 20.0H0. r," Escreva aJ. Martins & Cia. l.tda.. Catx.iPostal, 31.13, Si\o Paulo; IndustrialOrisantl & Cia. Ltda. rua dr.Inácio Araujo, 1.09, também em i*.*Flilllo* (io. Alem ilo iilBiiniiis PU-bllcaoòes, editadas pelo Ministérioda Agricultura, poderá consultar:T,e Ricin, Dubard, Murcel* e.Çlber-hnralt, Ph.; Notas sobre a liialus-tria de fileos vegetais no Brasildo professor .1. Butlno de Carvn-lho; A mainonn sob o tríplice as*pecto cultural, Industrial e econo-mico, por Diva do Carvalho Faria;Mamona, a haga que vale ouropelo professor Pimentel Gonins.etc.

guida se passam as penas no baia-se uma massa granudosa decaseina coagulada, alva e exces-steamente Ácida. Para se tornarneutra a massa, cumpre soibmetfi*la e sucessivas e longas lava-gens e até, se possível for, deita-la durante 12 horas sob a ação deuma corrente dágua fria, poiavel.

Quando jfrenta da reação acid-ipelo papel de tournasol, leva-seentão a um tacho e a banho-ma-ria e sob a aç,ito dp calor, vai-sjdesdobrando com üm pouco dsleite magro e .fresco, at(* qne ela.so torne umn massa compacta,homogênea quando cutüo se prin-oIpia a juntar o c*énie fre:*co etermlna-se a operação colocandose a massa, ainda quente, nas for-mas. Conhece-se tjue os requel'jOes estilo prontos, quando a mas-sa tende a des/agregar-se do fundodo tacho. Nflo se pode precisar :iquantidade do leite e do creme ao juntar k massa, porque isto de-pende da quantidade desta ulti-ma. O ntflfo per&gue estes rn*queijões, por isso aconsei ha -h***»envolvê-las em uni pano limpo epasfá-los através dágua em i>bnlíçfin- durante apenas um minuto2" COtllleeeH109 a seguinte fCWttiH-ln de uma pasta: Oleo de es,iece*rina, 1 p. silicato de aluinlna, L de ti p" de tripoli. Pode-se Igiialmente 'impar com uma soiuçflo

nho tinto, composto segundo a.oor que so deseja.

Para tingir dn preto iiiiinium-ne as penas dois ou tres dias einum banho, quente a principio dtpao campeclie e acetato de ferro,na proporção do 8 partes du prl*melro para uma parte do segun*do. Para tingir de a«ul conser*vum-so an penas dois ou tres dlaanum banho, quente u principio,de anil. Para amarelo dil-se aprincipio um banho mordenta deanimem e depois outra de cur-cuma ou falde. Mlsturnndo-se es-tos dois últimos obtem-se dlfe*rontes tons amarelos,

JOAQUIM JOSÔ DA SILVA.Mesquita. Escreve-nos:

Minha senhora dedica-se a f.t-zer bonecas do pano o queria «!*agora, fabrcd-las de massa.

Como devora faier a forma:Ondo poderei obtí-la? A formasord de madeira ou de palha?

RESPOSTA — A forma podesor obtida, cobrlndo-so o modelo,que podo sor de uma boneca dèmassa, vidro, etc com uma mas-sa composta de geso do estucadore ftgua, iipllcaiido-se no modelouma camada de azeite para evitara aderência da massa. Obtido omolde, passa-se igualmente azeiteno mesmo dspejnndo-se a pautada qual o ronsulente JA possui aformula.

PUBLICAÇÕES RECEBIDASChncnrns e (liiintnln: _ Rece-bomos o numero de 15 de Julho

da revista agrícola brasileira"Chácaras o Quintais". Aprosen-ta 134 paginas Ilustradas tam-bém em cores, com texto variadoe Interessante. Com o presontenumero. "Chácaras e Quintais"entra no seu 70° volume semei-trai, o que significa quo publicou,nestes 38 anos completos, mais de00.000 paginas de matéria util atodos os que labutam no campo eaos que se Interessam por assun-tos rurais, clonnlas naturais e In-dustrla agrícolas. Cumprimenta-mos cordialmente a velha e betnfeita publicacHo, pela Mia glorio-sa jornada e pelo benemérito pro-grama tragado e que vem cum»prlndo galhardamente sem medirsacrifícios, pelo Ideal dum BraRlleconomicamente forte.

Ao registrarmos o aparoclmen-to do fasclculo dessa magníficarevista nao podemos deixar de fe-licitar o seu digno e operoso dl-retor snr. conde Amadeu A. Bar*bicillnl pela alta e merecida dia-tlnqilo com que acaba de ser dis-tlnguldo pela Socledado Nacionalde Agricultura, concedêndo-lhe,como prêmio dos grandes serviçosprestados durante mais de 8Sanos, à lavoura o a crlacilo dopai», por Intermédio da mesma re-vista, a medalha do prata come-morativa do cincoentcnárlo d»referida sociedade.

Tio significativa dlstliic&o pol*parte da veterana Socedade, lm-porta em reconheceu quSo valiosatem sido a contribuição da revls-ta nos meios agro-pocu.trlos e re-presenta. por esta forma, um jus*to galardíío ao 8-eu indiscutívelprestigio.

\ocIien prAtIcnn de enxertfn —A veterana revista agrícola bra-sileira "Chácaras e Quintais",acaba de editar um dos seu» fo-llietos de propaganda agrícola popular, dedicado ao assunto quenplgrafa esta Unhas e constltuin-do o n° 34 da vitoriosa seria"Vamos para o campo!"

fi a enxertia a ciência de cen-tupllcar os resultados» da agricul-tura pois por melo dele as nossasplantas, especlalmento as que nosfornecem frutas adeantarfio, me-lhorarao e aumentarão a sua pro-dução.

O folheto onslna praticamente,como, onde e,quando devemos en-xertar; é seu autor o eng* Agi"Geraldo Goulart da Silveira pro-fessor da Escola Pratica de Hor-ticultura da antiga e prestigiadaSociedade Nacional de Agrlcultura dn JUo de Janeiro."CURSO DE FRUTICÜTrüRA~

Terão Inicio domingo, 8 deagosto, as aulas do Curso de Ex-tensüo de Fruticultura, grupo II.da Diretoria dos Cursos dc Aper-fòlfioamento, Especialização a Ex-tensão da Universidade Ilural.

O curso inteiramente gratuito,terá a duração de 20 domingos,sendo aulas ministradas das 8,00as 11.00 horas, na Escola, deHorticultura Wenceslau Belo.Acham-se abertas, desde 3a, iVsmatrículas que podem ser feita**-na Sociedade .Nacional do Agricul-tura, Avenida Franklin Roose-velt, US—ti» — Esplanada e nuEscola de Horticultura Wenees-lan Bcllo, Caminho Maria Angu4S0 — Penha das 11.00 As 17.(10horas.

ANTÔNIO NABUCO. Novalfeua*çú. Escreve-nos:

Como nssiduo leitor do "Corremda Manha", nnlmei-me a fazeihoje uma consulta ao CorreioAgrícola por cuja reposta meconfesso antecipadamente grato.

RESPOSTA — O processo mais*simples para obtenção de marga*rina é o que so consegue derre-tendo o cebo dos bovinos adicio-nundo-se água e carbonato de sodlo cristalizado. Para cada 800partes de cebo ou gordura, empre-gam-se 100 partes dágua e um.iparte de carbono. Aquece-se mo-'deradamente tira-se a espuma ipassa-se por nm coadnr.

Tféófcttüuki pano, Vicm

F0RRAGENS

DIVERSOS ASSUNTOSMARIO GREGO (?) Corumbá.

Escreve-nos:liais uma vez venho apelar

pnra a vossa util secção, a fimdo me Informar pelas colunasdesse Jornal, a formula e utensi-lios usados para encher a gá» ba*Ides de borracha.

RESPOSTA — Emprega-se umgás leve, hidrogênio, Injetado porpressão e na quantidade sufic.len-te, de acordo com a capacidade doenvòlurro.

W. BRASILEIRA SE MECANIZAÇÃOAGRÍCOLA

Tenuis o prazer de comunicar aos nessos acionistas e aos agricul-lores cm cera! da Distrito Federal c mu:iicipios vizinhos a inauguraçãodo nosao armaiem em Campo Grande, á rua Ferreira Bnr*rcs n, *!6-b,"e próximo dia 3 de agosto, ís 15 horas, ri-n-io a Companhia ini:lará> -onrruização d« seu progr:*ma de atlt lilades, nue objetivarão pos-*¦'*'=" .ios lavradores a mecanização de su?s lavouras.

rica- já aceltaremoí i-oníratrs para preparo de solo. limpeza eplantio Ce iaraiTals e ouír^w culturas.

•""¦IENTACÃ0 TÉCNICA SOS,A DIREÇÃO DODR.JJOSÉ EURICO DIAS MARTINS

A DIRETORIA.

Es-.J. S1LVANO. Carangola.creve-nos:

Solicito-lhe a fineza de Infor-mar-mo polo Correio da Manhã,onde quo posso encontrar um ina-nual prático e Ilustrado, sobreonrpintarla e marcenaria, o eepossível preço; em portuguís; emque casa no Hlo de Janeiro pode-rei encontrar as drogas para fa-brlcar 03 fósforos ditos amerlea-nos?

RESPOSTA — E possível queencontre no "Ao Livro Técnico"avenida Rio Branco n. 120, loja16, os livros que deseja sobre car-pintaria mas em espanhol. Emportuguês, julgamos nílo existirqualquer trabalho publicado, so-bre esta arte.

Os produtos químicos podemser encontrados naa boas drogalias desta capital.

J. GOMES. Rio. E*creve-nos:Sendo leitor assíduo desta se-

Çâo e dela tendo tirado muito pro-vel to \ulLo novamente pedir o fa-vnr. Como tíncrlr pena* de ave?,cm Kcral principalmente pretas,em modo caseiro.

'"" -S-- —í

ACIONADAS A MAOOU A MOIOR

wtúÊ\ DESCDESCONTOS PARA

REVENDEDORES

PEÇAM CATÁLOGOS

DEPARTAMENTO AfeRlCQLA

MESBLARUA EVARISTO DA VEIGA, 65/67

¦¦miium»!***1 itiniiibii iiiii¦¦¦ii»iiii-niTri«»*B3Hl»aM—mBa——nBaBB*eNO-SEED

(HORMÔNIO PABA TOMATES)Com a aplicação desse fertilizante consegne-se:

a) aumentar a produção em 40%;b) Tomates mais doce, mais pesados e de maior aceitação;O TOMATES SEM SEMENTES.

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DA AGRICULTURA

A RIBOFLAVINA

RESPOSTA — Antes de tingiras penas t? necessário defcengra-xfHasi o que se consegue conser-vando-as em Água quente â que soJunta um alcall, tal como o car-

(3T243*. boné.to de aodlo ou amonlo.-Bm >•-

O clichê, que nos mostra a sfl-ciência do emprego da Riboflavi-na no caso de paralisia das aveselucida o artigo que, com o tltu-lo acima, publicamos na nossaedição de 13 do corrente.

Devemos essa publicação i gen-tiieza do sr. Richard II. Bail-ey,de Nova Tork, que distinguindo'esta seção com o referido «ttlgoprestou Ineravelraente aos nosso:

leitores uma Informação cuja uti-lldade prática nüo pode deixar de.ser encarecida.

Ela representa, por outro lado,u testemunho de que, mesmo noestrangeiro, a secção agrícola do"Correio da Manhã" ê lida, tendomerecido, como no caso presente,a atenção de téculcos * um*.dlitmgüo para est» jornal alta*mente ilrnlíleati*--,.

ANTOLOGIA DECONTOS

(Conclusno da úlL pág.)Io btm mil reiadn, ic deu o nossoinmi maravilhoso Natal. FÀri «n.graçado: ssslm que me lembrara deque finalmente la fazer mamãe co*mer pe J, não fizera outra col.inaqueles dias que pensar nela, sen.tlr ternura por ela amar minhavelhinha adorada, s meus manostambém, estavam no mesmo ritmoviolento de amor, todos dominadospela felicidade nova que o peru vi.nha Imprimindo na família. De mo.do que, ainda disfarçando as coisasdeixei multo sossegado que mamão'cortasse todo o peito do peru. Ummomento aliás, ela parou, feito fa.tias um dos lados do peito da ove,nlo resistindo aquclss leis de eco.nomla que sempre a tinham «ntor-peotdo numa quase pobreza sem ra.zão.

Não senhora, corte inteiro! aòeu como tudo lssol

Era mentira. O amor familiar es.tava por tal fôrma Incandescenteem mim, que atí era capaz de co-mer pouco, sò pra que os outrosquatro comessem demsls. E o dln.pssão dos outros era o mesmo.Aquèlo peru comido a sós, redes.cobria em cada um o que ¦ quotl-dianidr.de abafara por completoamor, paixão de mãe, palxlo de fi-lhos. Deus ma perdfle mas estoupensando em Jesus... Naquela casade burgueses bem modestos, estavase realizando um milagre digno doNatal de um Deus. O peito do pe-rú ficou inteiramente reduzido a fa.tias amplas.

Eu que sirvo I—"E* louco, mesmo I" pois por

quo havia de servir, te sempre ma.mãe servira naquela casal Entrerisos, os- grandes pratos cheios fo-ram passados pra mim e princi-piei uma distribuição heróica, en.quanto mandava meu mano servir« cerveja. Tomei conta logo dumpedaço admirável da "casca", cheiode gordura e puz no prato. E depoisvsstas fatias brancas. A voz seve.rizada de mamãe cortou o espaçoangustiado com que todos aspiravampela sua parte no peru:

— Se lembre de seus manosJucal

Quando que ela havia de lmagl.nar, a pobre! que aquele era oprato dela, da mãe, da minha ami-ga maltratada, que sabia da Rosequa sabia meus crimes e que eu solembrava de comunicar o que fa.zla sofrer! O prato ficou sublime.

Mamãe, este é o da senhora INãol não passe nãol

Foi quando ela não pôde mais comtanta comoção e principiou cho-rando. Minha tia também, logo per.cebendo que o novo prato sublimeseria o dela, entrou no refrão daslágrimas. E minha Irmã, que já.mais viu'lágrimas sem abrir a tor.nclrinha também, tinha dezenoveanos... Diabo de família besta quevia peru e choravaI coisas assim.Todos se esforçavam por sorrir, masagora é que a alegria se tornaraimpossível. E' que o pranto evo-cara por associação a imagem in-desejável de meu pai morto, Meupai, com sua figura cinzenta, vinhapra sempre estragar nosso Natal,fiquei danado.

Bom, principiou-se a comer emsilêncio, lutuosos, e o psrú estavaperfeito. A carne mansa, de umtecido muito tênue boiava faguei-ra entre os sabores das farofas edo presunto, da vez em quando fe-rida, inquietada e redesejada, pelaintervenção mais violenta da amei-xa preta e o estorvo petulante dospedacinhos de noz, Mas papal sen.tado ali, gigantesco, Incompleto,uma censura, uma chaga, uma ln-capacidade. E o peru, estava tãogostoso, mamãe por fim sabendo queperu era manjar mesmo digno doJesusinho nascido.

Principiou uma luta baixa entreo peru e o vulto de papai. ImagI-nel que gabar o peru era*fortale-cê-lo na luta, e, está claro, eu to-mara decididamente o partido doperu. Mas os defuntos têm meiosvisguentos, muito hipócritas devencer: nem bem gabei o peru quea Imagem de papai cresceu vlto-riosa, insuportavelmente obstrui,dora,

Só falta seu pai...Eu nem comia,'nem podia mais

gostar daquele peru perfeito, tantoque me interessava aquela luta en-Ire os dois mortos, Choguel a odiarpapai. E nem sei que inspiração ge-nia!, de repente me tornou hlpó-erita e político. Naquele Instanteque hoje me parece decisivo darossa ffjmliia, tomei aparentemen.te o partido de meu pai. Fingi,triste:

E' mesmo... Mas papai, quequeria tanto bem a gente, que mor.Teu de tanto trabalhar pra nós,papal lá no réu'há de estar con-tente... (hesitei, mas resolvi nãomencionar mais o peru) contente devêr nós todos reunidos eni faml-lia.

È todos principiaram muito cal-mos, falando de papai. A imagemdele foi diminuindo, diminuindo evirou uma estrelinha brilhante docéu. Agora todos comiam o perucom sensualidade, porque papal ffl-ra muito bom, sempre se saerlfl-rara tanto por nós, fora um santoque "vocês, meus filhos, nunca po-darão pagar o aue devem a seupai", um santo. Papai virará san-to, uma contemplação agradável,uma lnestorvave! estrelinha do céuNão prejudicava mais ninguém,puro objetivo de contemplação sua-ve. O único morto ali era o pe.ni, dominador, completamente vi-torloso.

Minha mãe, minha tia, nós, todosalagados de felicidade, ia escrever"felicidade gustativa", mas não erasó Isso não.* Era uma felicidademaiúscula, um amor de todos, umesquecimento de outros parasntes-cos dlstraldores do grande amor fa-mlllar. E foi, sei que foi aquele perucomido no recesso da família, o Ini-cio de um amor novo, reacomodadomsls completo, mais rico «¦> Inven-tivo, mais complacente e cuidadosod» si. Nasceu da então uma fell.cidade familiar pra nós que, não souexclusivista, alguns a terão assimgrande, porém mais Intensa que anosra me é impossível conceber.

Mamüe comeu tanto peru que ummomento Imaginei, aquilo podia lhefazer mal. Mas logo pensei: ah, quefacal mesmo que «la morra, maspelo menos que uma vez na vidacoma perd de verdade!

A tamanha falta de egoísmo metrsnspôrtara o nosso Infinito amor...Depois vieram umas uvas leves euns doces, que li na minha terralevam o nom», de "bem-easados".Mas nem mesmo est» nome perigo-so se associou á lembrança de meupai, que o peru Jâ convertera emdignidade, em coisa certa, em cul-to puro de contemplação.

Levantamos. Eram quase duas ho-ras, todo* alegres, bambendos porduas garrafas de cerveja. Tod-"=Iam deitar, dormir ou mexer nacama, pouco imoorta. porque é bomuma insínia feliz. Ó diabo é quea Rose, católica, antes de ser Rose.prometera me esperar com umachampanha. Pra poder sair. menti,falei que Ia a uma festa de ami-go, beijei mimãe e pisquei praela. modo de contar onde í ou»la a fazí-la sofrer seu bocado.As outras duas mulherts beijei «emplsrar. E agora, Rose!...

(Selaeão cia Maria Julieta Drum.IfMBd 4a Aníraía).

(CotM-liisão (lo últ pág.)

podem falar, talando do que viram ou do que souberam com uma cer*teta mais ou menos convincentes. Ji so loi o tempo em que a chefiadas repreientaçòcs diplomática» era dada a nobres de raça, mas estu-pldos de espirito Nesse tempo, um conde de Snlnt Slmiin, par exem-pio, constituía fenômeno. K o embaixador de Ltils XIV junto i Cortedos reis de Espanha - 1731 - era mais um urdldnr liablllsslmo deIntrigas do que um narrador desapaixonado, sem embargo de suas "Me-môrlas" valerem como um dos mais belos trabalho» literários da França.

Hoje, quase que 6 o coroamento da carreira de um embaixador o es*crever as suas rcmlnlscCnclas Assim o entendeu e fêz o sr. Carlton JU. Ilayes, que de 191i! a 1045 dirigiu a Embaixada das Estados Unidosem Madrld Foi esse o. mais terrível pcrlndn pnra ns norte-americanosem luta contra i. nazl-fanclsmn, obrigados a uma vigilância constantee Inteligente dentro de um pais neutro, mas rnjn envírnn se ImaginavaInclinado para a órbita do Eixo

O sr. Ilayes nãn é diplomata de oficio. E* prolcssor de História naUniversidade da Coíumbia. Profundo conhecedor da vida política daEuropa, católico fichado, cnm uma formação llberal-democrátlcn rlgorosamento definida, foi uma surpresa para êle quando o presidente Roose-velt o Indicou pnra tão alto, quanto iliricll posto Que se conduziu d»maneira a corresponder plenamente á confiança nele depositada, dl-lno próprio Departamento du Estado em Washington, com o» elogios dl.vulgadns para lha agradecer a cooperação prestada Deixando o cargo,o professor retornou á cátedra mais prestigiado do que quando delase afastou

O livro do sr. Ilayes chama-se "Witrtliue Mlsslun in Spain" Livrosóbrio, de sinceridade e probidade Ve-sc, através de sua» páginas, queo povo espanhol, dentro da mentalidade Imposta, simpatizava com a cau-sa dos Aliados. Exceção da Falange, partido do poder, do sr. SerranoSufier a de poucos mais homens de mando e responsabilidades, a opiniãonacional era pela destruição do nazl-fasclamo. O próprio general Franconão pareceu ao sr. Ilayes uni Interessado na vitória de Hltler e Musso-Uni. Sempre supôs êle que o "Caudilho" transigia com a arrogância dnEixo para conservar a Espanha livre de qualquer ameaça de Invasãoa ocupação. Ea prova disso, teve quando, demitido o sr Serrano Suflero conda de Jordana, seu substituto, se mostrou um discreto, porém In-flexível amigo dos Estados Unidos a da Inglaterra. O drama do êxododos refugiados franceses para o Marrocos acabou por persuadi-lo de quoos espanhóis não ajudariam aos alemães e Italianos. Portugal graça»a ação dns srs. Salazar a Thcntonlo Pereira, êste embaixador pórtuguêiiem Madrld, teve nessa ação penosa um papel Importante e decisivo,O» refugiados, com as facilidades do conde de Jordana, que não logra-ram sair por Glbraltãr ou Cadlz, embarcavam por terra atravessandoas fronteiras lusas a ganhando a África por Lisboa a Setúbal. O sr.Salazar fêz questão, apenas, do governo de Washington, lhe solicitar dl-retamente a permissão que os embaixadores Hayc», Pereira e Rlsli, êstenorte-americano acreditado em Lisboa, encaminhavam.

Um livro Interessante e ilustrativo o "Wartlmc Mlsslon In Spain".O atual embaixador do Espanha no Rio de Janeiro, cnnde de Casas Roja,teve a gentileza de nferecer um exemplar ao "Correio da Manhã".

Perfil de João Pinheiro

O ultimo livro publicado pelo sr. Pedro Rache, escritor de trabalhoscientíficos, mas que agora se estréia como criticn-blógrafo, êle o deno-minou "nomen» de Minas", Prefácio do acadêmico Affonso PennaJúnior.

O autor passa em revista algumas das principais figuras da políticamineira no melo século de vida republicana. Mas a todos na. evocaçãodo sr. Rache, sobreleva João Pinheiro, de quem êle conta como o conhe-ceu a como com fe tratou, sendo o estadista presidente do Estado e oautor n Inspetor ali dn Serviço do Povoamento.

O »r. Pedro Rache tem nma admiração comovida não só por JoãoPinheiro, como pela obra de governo que êste realizou. Deve, sem du-vida, faltar-lhe a isenção ou a serenidade de animo para distinguirtodos os atos dêsse administrador, a quem Minas deve serviços assina-lados, embora hoje muitos mineiros o tenham um pouco esquecido.A beleza do livro está na reparação de justiça a que se propãe. E osr. Rache, com os recursos de seu talento, saiu-se da tarefa com In-dlscutivel brilho.

Em "Homens dc .Minas", João Pinheiro aparece, ora com a slmpll-cidade de seus hábitos rústicos, ora filósofo e psicólogo qeu conheciabem o melo em que se movia, ora humorista, ora satírico, Impiedoso« cruel até para com os íntimos. Não raro, seguindo-se atento os epi-sódlos da que nos di conta o escritor, episódios que testemunhou oestadista surge áspero e desconcertante, falando aos mais graduado»de seus auxiliares da administração como se falasse aos seus empregadosda fazenda ou da cerâmica de Caeté. O sr. Pedro Rache procura Ju»-tlflcar a franqueza do estadista, gabando-lhe os modos corretos e sin-ceros. Mas nem sempre o leitor o acompanha aos louvores, preferindover vulgaridades de modos onde o crltlco-biógrafo vê superioridadede maneiras.

De qualquer sorte, porém, o livro é bem escrito, cheio de slngularl-dades e de narrativas curiosas. Olhado i distancia quase melo séculodecorridos depois de sua mnrte, o vulto de João Pinheiro cresce nessetrabalho em que n sr. Pedro Rache confirma a sua Inteligência a adevoção á memória de um grande amigo.

À MARGEM DA COMÉDIAHUMANA

Qranvllla e aua esposa devota*contada em bina Dupla Familia,reveste-ta de cores mala tom-brios ao serinoa admitidos a con-femplnr um dos seus resultados:a desprevetiQâo com que as duasfilhas do oasal, tolhidas pelaeducado rigorosa que lhes ad-mi/lisírou a mãe, afrontam os le-.níveis perigos da vida de socie-dade. Por sua vez, Uma Filhade Eva ê como que esclarecidapor outro romance, O Lírio doVale, — isto protótipo do ro-rance do quase-adultirio, reali-tado com arte extrema ,— emquo se vê o Conde félix de Van-denesse adquirir nos sofrimentosdn paixão a compreensiva sabe-doria com quo encararia o qua-se-adultério da esposa.

O presente romance completaadmiràvelmente o curioso pano-rama da alta sociedade parisien-se, ji entrevista em "Ao Chat-qul-pelote" e, sobretudo, em"Modesta MIgnon". revelando osnunierosos pontos de contactodeste meio social com o demi-monde dos jornalistas, dos ato-res, das raparigas. Balzac foi oprimeiro que aplicou ao roman-ae a lei dns vascu comunicantesda sociedade. Dramas de amorpassam a ser resolvidos nos ban-cos; debatem-se assuntos pollti-cos nos boudolrs dna eortetas;iniciam-se transações comerciaisnoa saram da aristocracia — etoda esla confusão marca o fimda incmnunicabilldade das cias-ses sociais, A sur luti não ces-sou; pelo contrário. Fere-se, po-rém, em novos cenários e comnovas armo», umn das quais ojornalismo, cujo enorme alcanceBalzao tio perfeitamente adiri-tf hou, prevendo também 0.1 {mi-•meios abusos* e deformações aqua se ia i.estar.

Entre as personagens estran-íieiras áa Comédia Humana, ospolacos ocupam lugar de relevo.Ê natural que os compatriotas áam-ilíier cnm quem durante tan-tos anos te correspondera, «uefoi tua noiva secreta desde 1833e com quem finalmente casoupoucos meses antes de morrer,tenham despertado o interessede Balzac. Além disto, eram osfilhos de uma nacáo famosa por«ua sorte infeliz, particularmen-ta queridos pelos romdnfico».Paris, centro da emigração pola-ca, ahrigava nesse tempo repre-sentantes realmente notdveis daPolônia, — músicos, escritores,sábios — e também aventurei-rot, aristocratas pródigos e men-digos famintos. Balzao dava-secom Chopin, encontrava Miczkie-tales, aproximava o dr. IVrotu-fei, mistura de sábio e aventurei-ro, aem falar doa parentes iacondessa llanska, cuja extensafamília sempre tinha represen-tantes em Parla. Assim, pois, oquadro que, no preâmbulo deA Falsa Amante (em francês:La Fausse Maltresse), o escrl-tor trata da emigração polone-aa de então, é uma resultantede experiências pessoais; o oConde idão Laginski parece en-

(Conclusão da 1.* pág.)camar bem certo tipo da ricosaristocratas poloneses que, impe-didos de tomar parte na vida pú-bllca de seu pais, se atiravam, ddissipacão e aos prazeres. (1)Sou amiso, Tadeu Paz, êste ha-rói da abnegação e do sacrifício,— que não somente reprime opróprio amor péia esposa doamigo* como também segura aesta à beira do adultério —,tem os traços menos bem áese-nhados por estarem super-ldeali-zados; para ornar verossímil asua, abnegação sóbrehumana, oescritor, sente a necessidade demesclar em suas veias sangueitaliano e sangue polaco, isto é,de duas raças que na concepçãornmántica passavam como protó-tipos de idealismo e de paixão.

A figura áêsse amante gênero-so e desesperado foi em parteinspirada por certo Jonde TadeuWj/lesus/íi, primo de EvellneHanska e, antes mesmo do ca-samento, seu primeiro amor. Ndopodendo desposar a prima rica,éle tê-la-ia adorado a distânciasilenciosamente, , ndo sd depoisde casada, como também após ocomeço do idllio com Balzao.Rival feliz, este lhe consagroupelo menos este retrato idealiza-do, guardando-lhe até c nome,Ko momento da morte de Wy-lezuski, pouco depois da publica-Cdo de A Falsa Amante, o pró-prio romancista lembrava àamante essa identificação, queera um segredo dos interessa-dos. (2)

Ao tempo da publicação des-ta novela, o escritor queixava-se da dificuldade extraordináriado assunto. (3) Embora não es-peciflque a natureza da dificui-dade, a leilura da novela a tn-dica, pois o autor nâo conseguiuvencê-la. Parece que o próprioBalztic achava o devotamento deseu herói um pouco exagerado.Sle fal um dos maiores, falveso maior pintor das deformaçõescausadas no hom a pelo crimo,pelo vicio, pelo instinto; auaapersonagens preferida.- são per-vertidos monstruosos em quema deformação vai ao extremo li-mite, mas que nunca deixam deaer convincentes e obedecem Alógica do mecanismo das pai-xóes. Jfus, quando pretende re-tratar "uma dessas ações subli-mes, menos raras do aue acre-ditam os detratores dos tempospresentes e que... comu as be-Ias pérolas estdo ocultas dentrode grosseiras onchas", nflo che-ga mais a nns persuadir, A"mistificação sublime" com quePat pretende esconder o eeuomor d esposa do amigo, ê, aomesmo tempo, engenhosa e in-

aua demais. O herói vale-sede requintea incríveis e de tru-quea inaulsos pi j. praticar obem. Se a virtude necessária-mente fosse tão complicada,quem não preferiria o vicio/

(1) — Korwln - Plotrowskn.L'Biratijère, p. 168-172.

(2) — Lettres A VElrangêre,carta de 11.X.1844.

(3) — Ibidem, carta d» 20.XII.1342.

REPATR1AÇÃ0 DE CÃESLondres (B. N. S.) — Ligado á

chefia da Policia da RAF na Ale-manha ha um acampamento detransito de uma espécie pouco co-mum. Destina-se esse acampamen.to aos cães policiais da RAF naAlemanha e para centenas dessesanimais o acampamento constlul umpasso em sua viagem de repatria-ção. O acampamento está situado emBuckerburg e por ele pairam inu-meros cies que prestaram valiososaarviçaos de guma. Alguna pert*n-¦oam i própria HAT. maa a maioria

foi cedida apelos seus proprietários.Todos foram treinados em Staver-ten, Gloucestershire, e muitos de.les foram reemprestados ás forçasamericanas na Grã-Bretanha.

A primeira condição -*ara um cãopolicial è ser obediente. Em se-guida aprende a procurar e a en-contrar pessoas e objetos. Depoisaprende a morder mas de manei-ra a ferir apenas o braço direitodo perseguido. Os cães são geral-mente utilizados para escolta e pa-trulha e pode prestar-lhe grandesservlay>s.

-Depois do Dia D muitos cies fo-

A RÚSSIA E OSOCIALISMO

(Conclusão dn 1." pág,)reição C apregoava o npólo ao Uo-vêrno Provisório e á continuaçãoda Rússia na guerra, sob os funda-mentos multo mnl dlsfarçndon daum reles nacionalismo. Stallnecurvou-se ante Lenlne para me-lhor combatê-lo, pois dentro doPartido assumiu o comando dareação uurocrátlcn. Duranle aguerra civil, criou todas as dltl*cuidados que póilo á política ml-Utar dc Trotsky graças a quemse organizou o Exército Vermelho,consolldnndo-sc definitivamente opoder soviético. Km todas as oca-Hlões. que o nome dc Stallne apa-rece é sempre liderando a facçãoque se opóe A hon marcha da re-volução socialista. Inicialmente,Staline não agia nem podia agircomo hoje, isto é, com (irmeza edesassombro em seu propósito nltl-damente contra revolucionário. Agiacom habilidade, mentindo, enga-nando, mistlficandn. Quando Zino-viev Insistiu para que elo fossaelevado ao poslo de Secretário Ge-ral do Partido Lenlne advertia:"Cuidado com êste cozinheiro quasò prepara pratos indigestos". Istoera o prenuncie dns frases finaisde seu futuro testamento, qunndodefiniu Stallne de brutal e desleal,pedindo que o afastasse do Secre*tarlado. Neste tempo, Zlnovlevsubestimava a capacidade politicade Staline, mas Lenlne, que mui*tas vezes se utilizou de seus ser-viços, conhecia a massa de que erafeito este rude georglano, astuto,obstinado, paciente, Intrigante, des*tltuldo de convicção politica e dasenso moral, que punha acima dstudo uma desmedida ambição.Quando se discutiu a questão daanacionalidades, Lenlne, apesar <Isgravemente enfermo, se havia pre-parado para uma ofensiva decisivacontra Stallne, no XII Congresso.Nesta época, Stalino se opunha apolítica de Lenlne de um modoclaro e categórico, como se podaverificar numa de suas cartas dasetembro de 1922. Três meses de-pois, Lenlne dizia textualmente:"E' evidente que se deve responsa-blllzar politicamente Stallne aDzerjinsky por toda esta campa-nha de verdadeiro nacionalismorusso". Por esla ocasião, escreveua Trotsky pedindo que o mesmoIntervlesse a favor do "caso geor-giano" que seria discutido no Co-mlté Central do Partido: "Estaquestão, insistia Len*ne, está nestamomento exposta As "perseguições"dc Staline e Dzerjinsky em cujaImparcialidade não posso fiar-me".A história mostra de um modo elo-quente que sempre nos momentosmais difíceis, a posição de Stallne,quando não era dubla e indecisa,não coincidia com a de Lenlne ade Trotsky, os dois maiores lnter-pretes, sem duvida, do pensamentorevolucionário do socialismo clen«tlflco. Não foi sem razão que, apóaa morte de Lenlne, ele se colocouna vanguarda da burocracia paracombater Trotsky e destrui-lo poli-tlcamente.

A luta contra Trotsky Já se esbo-cara em vida de Lenlne. Mas istaluta estendla-se até o próprio Le-nine. Este morreu Inimigo pessoalde Stallne. Mas esta Inimizade, éclaro, tinha uma base estritamentepolítica. Krupskala, viuva de Le-nln», declaro.u em certa ocasiãoque, sa o mesmo vivesse, Stalin»Jã o teria encarcerado. Isto, nofundo, queria apenas dizer que aluta contra Trotsky era um pro.longamonto natural da luta contraLenlne.

Lenlne, durante algum tempo,Julgou que tinha a força necessáriapara anular politicamente Stalin»assim que desejasse. Dal o fatode ter adiado a luta peln derrubadado Secretário Geral. Embora farde,houve um momento que ele com»prasendeu a necessidade de agir comrapidez* e precisão. A força d» Sta-Une la além do que ele próprioImaginara. Piara destrui-lo, feriaque travar uma luta de vida * damorte com a burocracia que Jâ to-mava proporçfles gigantescas.

Numa ocasião em que Trotsky iaqueixava da burocracia, Lenlne re»püeou com sua vivacidade de aem-pre:"— Ma» por que você nlo dá 8tombo no aparelho "

Trotsky mostrou então que •Impecllho não estava apenas naburocracia do Estado, mas tambémna burocracia do Partido a que onò de todas as dificuldades estavana fusão dos dois aparelhos e nacumplicidade reciproca dos grupo»Influentes que Iam se formando emtomo dos secretários do Partido.

Lenlne ouviu com extrema aten,»ção as palavras de Trotsky. E de»pois de um pequeno silêncio dameditação, pondo de parte as for-mas convencionais das conversa-çòes políticas, exprlmlu-ie de un»modo claro e espontâneo, em quahavia qualquer coisa de grave:"— Do modo que você propSaIniciar a luta não sô contra a bu-rocracla do Estado, mas tambémcontra a Comissão de Organlzaçíi)em particular?"

Trotsky pfls-se a rir. Na Comlisãijde Organização, era onde resfdla aforça política de Staline.

"— Pode ser" — respondeu."— Pois bem — continuou Le-nine — proponho-lhe a formaçíode um bloco contra a burocraciaem geral e contra a Comissão emparticular".

"*— Nada mais honroso do quaformar um bloco honesto eom umapessoa honesta" — retrucou Tro-tsky.

Nesta conversa está a origem daluta surda a enérgica que, no llmda vida, Lenlne moveu contra Sta-Une, luta esta que foi ao rompi-mento das relaçóes pessoais bemcomo ás severas advertências dc»P. S. de seu testamento político*Foi a morte ds Lenlnt qus d«" ivitória a Staline.

Desde a aurora da revolução quajá havia nas atitudes da Stallne ogerme do oportunismo e da tralçíaiá causa socialista. Ninguém melliínIndicado do que ale para liderar aburocracia oontra-revoluclnnárla edar o golpe de morte não só'noPartido de Lenlne como nas prtó-cit-ais conquistas da revolução daoutubro.

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rENHO

úm amigo, min literato,,mas pai do literato. £ o dosem-bargador Xavier Acl6H, presi-dento do Tribunal do Apclacflo, das

Alagoas. Ai vetes, depois tio cum-j>rim«nfar-nos, êlo «os percunla ie>id novidades e, anto a nossa nn-nativa, comenta: "Pas de nouvollei,bomtes nouvelles". . Conta-sa que,em certa ocasião, saudando o romnti-cisto OraciJInuo Ramos, o desem-bargador não se Hmlíou a empregaro. atfdfflo francos, mas o tradutslu.No tempo em que seu filho, BrcnòAclôU, sr. iulclaua nas letras, o de-eombargador sa viu obrigado a au-

O ÚTILde cada um

LEDO IVO

que o seu aulomórcl, sobro ser coi-ea rodanto, è coisa canora, nele só

montar a mesada com que o iusa podendo scníar-so o seu dono, poistentava no Rcoífo. Era quo o jovem escritor, estudante de mediei-na, todos os meses acrescentava alista das despesas rotineiras umabpstanle estranha, e quo rezava nu-alm: despesos com Jean Cocteau —B00 mil réis. '.

os elomala lugares andam constan-temente ocupados pelos quo cantammaa nâo escrevem. Já o meu aml-go José Conde prefere estudar ospássaros a dar-lhes alplste. O poe-ta Murilo Mendes gasta o que teme o que nâo tem com a miislca.

O desembargador velo a mim, um Jorge de Lima, dedicando-se à pin-dia, e sem poder conter a estranhe-aa que o dominava me tjisso:'— O Brcito, con» ésse tal de Coc-teau, estd mo saindo muito caro.

Expltquel-lhe qua Cocleau. repre-sentava simbolicamente, a despesa dorepresentação de um. estudante quoee aueniuraua pelos domínios da II-tvratura.

Nem 16 de Cocteau vivia o futuroautor de "Joio Urso" naqueles beloso' arátsntes tempos do Recife; viviatambém de outros autores, e do ou-tros livros, que justificavam plena-tiienfe o numonto -Judlclosamentsfeito pelo .'desembargador em tua«lesada.

•Ora, se & falta de noticias, cor-respondem bons noticias, necessária-«noníe à falta do assuntos correspon-dem excelentes assuntos. Dlr-se-iaque raisíem, prontos para cair nosdóceis despenhadeiros da crônica, os«tais bolos corpos. Algo os susten-tn na plataforma do abismo. Mu-dando de imaajom, poderíamos evo-car arquipélagos; r:itltas ilhas, masnenhum continente para flaranflr odesenvolvimento linear áo comen-tárlo

tura, foi criticado acerbamentotanto pelos literatos como pelospintores, sendo preciso quo o crltl-eo Álvaro Lins ornamentasse umadas salas do sou apartamento comum dos quadras do poeta para quoesto visse ds suas teias surpreen-dcnteme.nto valorizadas, o comecas-S3 a ser Importunado por pessoasantes descrentes de sua arte picló-rica.

São manias que nâo incomodam.O mesmo não se pode disser da depassar telegrama tle aniversirio.Graças a esta, muita gente tem su-bido na vida, o nüo só o Departa-monto do Correios e Telégrafos tomlucrado.

Ainda existo um velho literatoque, no começo do século, tinha umamania quo depois se revelou ospan-tosamente lucrativa, a de comprarterras na então, despovoada e des-maiamisüda Copacabana. Veio oprogresso, vieram as primeiras cons-frucões. Alguns terrenos baldiosguardaram durante anos o segredode sua desolação, até que o seudono se pronunciasse, construindo

tte arma omprngmtu po oulro illc-rato, bem mais velho, a quem osfadot, ofereceram fortuna, nome tlu •imi, um uiiloèrso do condecorações,cargos o hrncmcrõncttis. Conla-suqua, indo éle em certa niantid pelaAvenida ciii companhia de algunsamigos notáveis, parou repentina-mente a /of beijar a tudo do duasvelbaOí senboras que, belas a ricascm outros tempos, oram agora feiase pobres. Depois do saiidi-las, oIlustro vardo ciitaboíou uma grado-sa conversa, evocando-thes as coisasque a gripo espanhola varrera eomo sen fcrrlre! cortejo do cadáveres,e certos chis em Botafogo, em11103, quando o Machado ainda eravivo. A seguir, perguntou-lhes paiosnetos tio juquinha, que representarao Brasil na Kiissla antes da guerrada Criméia, pelo Aníonlco, quo to-ria feito uma carreira brilhante tiaalta administração, se a morte nãoo tivesse ceifado no amanhecer doséculo, o pela Qultéria, dona dosolhos moiirlscos mais encantadoresdn fim do Império.

Contentes u deslumbradas, as ve-IhOthas d" fltitfflfj nobn.sn, mimadasagora A miséria das filas do ônibus '

e das mais espantosas necessidadesmateriais, só faziam sorrir. Duran-te semanas, iriam relombar aqueleencontro, iria sorrir. Ao despedir-so, novos beijos nas mdos enruffa-das que, em sua juventude, suscl-taram decerto os mais comoventessonhos de amor.

O varão do Plutarco continuou aandar com os seus ilustres amigos,e como um déatca o censurasse pordedicar tanto tempo a duas velho-tas inexpressivas, ôle disse, com asua cxperiíncia e sua vot dlscur-eiva:

— Multa gente, no Kio do Janei-ro, costa de mim, pensa em mime mo admira. Hi sessenta anos queprocedo dessa maneira, e os resul-tados compre foram excelentes,,. •

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SSSSSií?^ a<? a', ."¦¦7t!l4mWVMÊmkmmm^

"Winter Stream", quadro de Miclmc! Ayr ton, um dos mais expressivos pintores ingle-ses contemporâneos, exposto em Londres êste ano, numa grande mostra de arte. Mic/iaelAyrton nasceu em Londres, em 1921. Após seus estudos, uiajou fodo a Buropa, sendo co-IWdo pela guerra, em Paris, onde estudava, ingressou na R.A.F. e após o seu desliga-mento, passou a professor de cenografia na "London Country Council Art School". Em1012 concluiu para John Gieloud os cenários para "Mncbeth". Ingressou no jornalismo, ehoje é critico de arte do "Spectator". Sua reputação é mundial, e sua arte uma dasmais belas e espressiuas do mundo contemporâneo.

Já desenhou cenários para o Couent Gar den e as melhores produções teatrais inglesas.

Um ios melhores assuntos, para itélcs grandes edifícios de aparta-quem os nio tem, é a averiguação mentos. Dessa incursflo aos domi-meticulosa das manias quo perse- «ios imobiliários, muito mais lucra-guem o caracfcrteam todos nós, lite- tlva que as feitas, em chalupa, nosratos, uma vei que nós também to- mares da criaçio Intelectual, ficou-mos seres humanos. lhe «"» complexo. Dlícm quo hoje

No terreno político, as mania» tio em dia sal de casa ao amanhecermais tumultuosas, ji estando esta- e começa a visitar as construções dabelecldo o principio lúdico de que, cidade, deslumbrando-se com o cân-felii nas urnas, in/clle no Senado. tico rude áa faina operária e o

Somos suplnamento menos bélicos, movimento dos tijolos, do cimento eUm velho poeta, por exemplo, dedi- das picaretas,ca-se a criar passarinhos, o dizem A manta da delicadeza foi a gran-

\yy}, - . 0..*C!>Cw*#V\\* ...» a s aaa »>

SOLILOQUIOS

O PERLf DE NATALLVICTOR WITTKOWSKI

MÁRIO DE ANDRADE

a,._Mu „......-.. _ -.- conquista contra o ambiente faml. pre me divinlzaram a vida. Era

O milia depois da morte de m_u Hor. Desdo codlnho, desde os tem- sempre aquilo: vinha aniversário

pai 'acontecida

cinco meses ^-^^^^^'«S!'? ..Ji^l^l^T^^Z

nosso primeiro Natal de fa-

¦-'¦'m^W."*.•''Ji'¦¦•• '¦'• ¦ ' ¦ ' ^\'"-"' """^ "VVíf';"'' '''.'3

^yÍ'J:-'Ji'v: ki'y x "'¦]Jy "yJJJi ''V Si\ ]«;&W:fí!;::&&ik'J^

SÊKkJkyykMkjyjyjkkJükkJkjyky¦a|Í§j|Íf|ÍaaSaW^

OS PÁSSAROS — desenho cara "ballet", feito

pelo artista' Chiang Yee

paiantes foi de conseqüências dcclsl.vas para a felicidade familiar. Nóssempre foramos familiarmente fe-lizes, nesse sentido muito abstratoda felicidade: gente honesta, semcrimes, lar sem brigas internas nomgraves dificuldades econômicas.Mas, devido principalmente á na-tureza cinzenta de meu palt ser

• dcíprovldo de qualquer lirismo, du-ma exemplaridado Incapaz, acol-choado no medíocre, sempre noaíaltara aquele aproveitamento davida, aquele gosto pelas felicidadesmateriais, um vinho bom, uma es-taçfio de águas, aquisição de gela-deira, coisas assim. Meu pai forade um bom errado, quase dramáticoo puro sangue dos desmancha-pra.zeres.

Morreu meu pai, sentimos multo,etc. Quando chegamos nas proximl.dades do Natal, eu já estava quenão podia mais pra afastar aque.ia memória obstruente do mor-to, que parecia ter sistematizadopra sempre a obrigação' de umalembrança dolorosa cm cada almo-ço, em cada gesto mínimo da faml-lia, Uma vez que eu sugerira amamãe a ldóla dela ir vêr umo fl-ta no cinema, o que resultou foramlágrimas. Onde se viu ir ao cl-nema, de luto pesado! A dor Jáestava send cultivada pelaas apa-réncias, e eu,' que sempre gostaraapenas regularmente de meu pai,mais por Instinto de filho que porespontaneidade de amor, me via aponto de aborrecer o bom do morto.

Foi decerto por Isto que me nas-ceu esta sim, espontaneamente, aIdéia de fazer uma das minhas "Iou.curas". Essa fora aliás, e desdemuito cedo a minha esplêndida

regularmente uma reprovação to- naquela casa. Peru era prato dedos os anos; desde o beijo ás es- festa: uma imundice de parentescondidas, numa prima, aos dez anos. Já preparados pela tradição, inva-descoberto por Tia Velha, uma de- diam a casa por causa do peru, dastestável de tia; e principalmente empadinhas o dos doces. Minhasdesde as lições que dei ou recebi, três mães, três dias antes já nãonão sei duma criada de parentes: sabiam da vida senão trabalhar,eu consegui no reformatórlo do lare na vasta parentagem, a famaconciliatória de "loudo". "E' doido,coitado! " falavam. Meus pais fa-lavam com certa tristeza condes-cendente, o resto da parentagem

trabalhar no, preparo do docesfrios finíssimos de bem feitos, aparentagem devorava tudo e aindalevava embrulhinhos prós que nãotinham podido vir. As minhas trêsmães mal podiam do exaustas. Do

buscando exemplo para os filhos e peru, só no enterro dos ossos, noprovavelmente com aquele prazer dia seguinte, é que mamãe com tidos que se convencem de algumasuperioridade. NSo tinham doidosentre os filhos. Pois foi o que mesalvou, essa fama. Klz tudo o quoa vida me apresentou e o meu serexigia para se realizar com inte-grldade. E me deixaram fazer tudo,porque eu era doido, coitado. Re-sultou disso uma existência sem

tia inda provavam um naco de per-na, vago, escuro, perdido no arrozalvo. E Isso mesmo era mamãequem servia, catava tudo pro velhoe prós filhos. Na verdade ninguém'sabia de fato o que era peru emnossa casa, peru resto ds festa.

Nüo, não se convidava ninguémera um peru pra nós, cinco pessoas.

complexos, de que não posso me E havia de ser com duas farofas, aqueixar um nada

Era costume sempre, na fanilliaa cela de Natal. Cela reles. Já seImagina: ceia tipo meu pai, casta-nhas, figos, passas, depois da Mis-sa do Galo.' Empanturrados deamêndoas e nozes (quanto discuti-mos os três manos por causa doquebra-nozes...), empanturrados decastanhas e monotonias, a gente seabraçava e Ia pra cama: Foi lem-brando isso que arrebentei com umadas minhas "loucuras"

gorda com os miúdos, e a seca, dou-radinha, com bastante manteiga.Queria o papo recheado só com afarofa gorda, cm quo havíamos doajuntar ameixa preta, nozes c umcálice de Xerez, como aprenderana casa da Hose, multo minha com.panhelra. Está claro que omiti ondeaprendera a receita, mas todos des*confiaram. E ficaram logo naquelear. de incenso assoprado, se não se-ria tentação do Dianho aproveitaireceita tão gostosa. E cerveja bem

I o livro de Zwelg sêbre o Bra-sil, a obra que' obteve aqui ta-manho êxito e amanha estará

esquecida. Estou multo longe de aconsiderar boa. Quem vive nestepais há mais tempo, há de sorrirda Ingenuidade de certas declara-ções dc Zwelg. Contudo, não doumuita importância a essas peque-nas falhas, por mais que elas meirritem. O que me causa uma im-pressão penosa éô propósito ilo au.tor de ver tudo positivamente ou,para me nervlr duma expressão deKilke, de "glorlflcar" tudo. E' pos-sivel que Zwelg não tivesse cons-cientemente êsse intuito. Seria en-tão uma intenção inconsciente —quão indefinidos são os nossos vo-cábulos! — Mas o propósito existeIncontcstavclmentc. São as lente»cõr de rosa, através das quais o es-critor vê e quer ver tudo. Pelo queme concerne, sou antes partidárioda observação a olho nu, o que nãoquer dizer que aceite o realismoprimitivo e horrível de certos livrosde viagem. Microscópios e telescó-pios deformam para a minha infe-liz geração, a visão nítida do mun-do. O meu modo de ver aconse-lha-mc a pairar entre ênses dois ex-tremos, o que é cm verdade empresaárdua e arriscada. Duvido até deque preste serviço aos brasileirosum livro qu* tanto se nistenhn tjotoda critica. Elea o leito como setoma um cocktail, gabando-lhc ogosto a cBquocentlo-o lopo. Mas oesquecimento é estéril, t a morte.E' justo que a critica lhes «õe co-mo injuria pessoal, quando se tra-ta da critica desenfreada que, atra-vés de certa imprensa corrupta doscinco continentes, injeta a sua

NOTÍCIA DE IM> VELHO RIO

JOSÉ CONDE

OS

velhos rloa possuem para mim o mesmoencanto dos velhos livros de viagens. Con-tenipln'ido-us 6 como se lísso desbotadas

p<l.;lnns de alguma narrativa escrita por Salntlllinlrc ou Mftíílmlllano, príncipe de Wled Neu-wled: paisagens o episódio» que outros viveramuni illn: ii pcrniininnti* hlHtúrla do homem crian-do um pequeno inundo num pedaço dc terra,nele lutnndo e vivendo, sonhando o sofrendopara, no fim de tudo, acabar onde todos acabamIrreinedlavelinehle.

Por Isso mesmo nino os velhos rios brasilei-loiros. Sejam nquêles cujus águas volumosas fo-ram vencidas pelos bandeirantes ou, os rios me-nores, os que foram, sogundo Gilberto Froyro,"colaboradores valiosos, regulares. sem as Inter-mltGnclas nein os transbordnmentos dos grandes,na organização dn nossa economia agrária e dasociedade escravocrata que A sun sombra se de-«envolveu;" Os rios don engenhos, dos escravos,das barcaças transportando açúcar, vorando ma-tas e céus. t

Umas férias passadas ás margens do Paraíba,na zona da mata mineira, assinalaram o meu prl-melro contato com essa velha corrente d'água queassistiu o desabrochar de umn sólida civiliza-ção dc senhores rurais; de espaçosos solarçs cr-guldos cm meio de cafezals e canaviais.

Ora estreito, rodopiando sObre corflna e llho-las que unscein no seu leito como exóticas fio-res;. nlargando-se outras vezes, desenhando cur-vas, atlraiido-se mata a dentro cm seguida. Man-so o claro compondo o colorido da paisagem ru-ral, Noutras épocas, todavia, gemendo como umanimal ferido ao soprar dos tempestuosos ventosdo verão, subitamente encrespado, Invadindo la-vouras e pastos, avançando Implacável pnra nsruas de uma cidade qualquer e zombando da ne-gurança dns pontes de cimento e das casas detijolos. As febres segulndo-lhe o rastro.

tOutro dia o meu amigo Aurélio Buarque d»

Hollanda me emprestou o livro de Alberto Lanic-go Filho, publicado em 1934, A Planície do Solare da Senzala. Pode-se dizer desse escritor o queJoaquim Nabuco disse de Euclldes da Cunha:que escreve com cipó. Mas, com que segurançao autor fnz ressurgir de ruínas tQdo o esplendorda sociedade fluminense formada no vale do Pa-ralba. na região da planície camplsta. Hlsto-liador e homem de ciência, sobretudo artista,amando apalxonadamento cada palmo de terrabanhado por aquele rio, o sr, Alberto LamegoFilho apresenta-nos num volume de pouco menosde duzentas páginas, um trabalho que vale poruma biografia do próprio Paraíba: suas lendas,suas florestas, sua fauna e sua flora, as noitesna planície com os pauis Iluminados, o órgSodos carros de bois arrastando-se pelas estradas,a saparla enchendo de gritos as, sombras noscharcos; os antigos solares reduzidos a escom-bros, voltados para as senzalas e para os cam-pos onde outrora dançavam os canaviais.

A sociedade fluminense — apoiada no lati-fúndlo, sustentada pelas mãos c pelos pés dosnegros escravos — caracterizou-se por um faus-to que até certo ponto sobrepujou a pernambu-cana, a paulista e a mineira. Seus tipos maisrepresentativos, os Itaborahy. os Uruguay. osMacedo Soares foram, nas palavras de OliveiraViana, "mais finos, mais polidos, mas soclalmen-te cultos pela proximidade, convívio e hegemo-nla da corte, cuja ação como que os absorve edespersonaliza".

Abolido a escravatura, o esfacelamento quese seguiu foi do conaonUénOln» dramáticas, Ar-nilunri.ui-so ns grandes proprlodndcai despovoa..Ias tiniram n» lavoura». Ií o esplendor de umavida quo primava pelas bons mnnelrns foi Ímpia-cítvelnientc destruído.

Dessas rulnua levantou o nr. Alberto L»mc.go Fllhó as páglnns dn seu mimnlflrn hvro:mistura tlq evoouQtto t história estudada mis ar.qulvoij dc rttingrnfln c tolKInrc. ile nnlropnlo.gin o mesmo do critica polltlcn, Autêntica bln.grafia do Paraíba ("n rln parodlslnco" - M.;:uniln Albifirtri Railiteli eltaido por Gilberto -"Rufrntoi dnij «eiisnliui o >rn Taliliatí pm metrô,pole"), rixodii nn soberba clvlllziiç.lo i|a) ja.'.CU|0passado e na Irlsle renPrtulln dns nossos dins,

9Tive oportunidade dn visitar umn dessas (a.

zendns hojo abandonadas. Esburacado, ferido nosseus alicerces, » solar não diferia cm nndo dostrapos de gente que vi perumbulandn pelos ca-mlnhos que Inm ncnbnr nas plantações tortura-dns pclns quelmndns do acosto. E. no entanto,conservnvn nlndn n mesmn Importurbabllldade efnlnn grandeza dcssn.i velhos damas qii" nfln ipin.rnm nccltnr a decadência de suns antigos fnmlllnsde poderosos do Império. Escndus em caracol,restos de cadeiras e dc mnrquosns de jacarandá,a tristeza, como n pó. aRnrrndn cm oarin cotia,

.— Venhn comigo — me disse João Luis doFarln. conhecedor de tftdns ns histórias do solar.

Subimos. Deparamos nn primeiro pavimentoum espaçoso quarto, o único comletamente mobi-lado, com sua coma artisticamente trnbolhidn,ainda um quadro á óleo suspenso dn pnr»ile úmida.

— Esto aposento — mn disse o amigo — Ja.mais foi tocado depois que morreu á úr.lca moçoda casa...

Cena autêntica dc romonco folhetim! E toda-via aem nenhum loque de flcçílo. Absolutfimon-te real.

Na antiga senzala vimos restos dc um tron-co, uma ou outra algema de ferro, um nesro vo-Iho com mais de noventa nnos, que me dou umatabaque feito de tronco de árvore. Ofereci assoInstrumento, mnis tarde, ao professor ArlurRamos.

Ao cair dn noite. Já no automóvel poro avoltn, assistimos a um espetáculo deveras estra-nho. Os mulatos e negros doentpí e abondonn-dos. netos ou bisnetos dos escravos que não lar-garam ns plantnçflea an vir a abolição, estavamreunidos no t,errclro — ern noite de lua cheio— e cantavam no ritmo de tambores unia contigo,da qual recordo Cate trecho:

Calango tangoDo calango daleráMinha gente venha TêMeu gogó como é que s'tá.

Dlr-se-la que recuávamos no tompo. Ao con-tornarmos a curva da estrada do velho cofczol,voltando os olhos, de certo verlnmos n pntnmorda casa-grande iluminado com lampefies de azei-te de peixe; pálidas slnhàzlnhns espiando a noi-te misteriosa — c os escravos de peitos nús gin-gando em torno da fogueira como fantasmasmedonhos.

A história do Paraíba é dc uma maneira ge-ral Idêntica a de outros rios em cujas margensplantaram os homens uma sociedade escravo-crata com .casns, capelas e engenhos, esses, osrios que eu relembro .nesta breve nota: desde ospequenos, os anônimos, aos que concorreram deuma forma mais eficiente para o desenvolvimentoda nossa vida como sociedade. O Tracunhaemdo romance de Mario Sette. O Una. O Ipojuca.Ou os rios sem rumor, "de cursos desconhecido.»— nos versos do poeta — oa rios empurrados esufocados entre paredões e lages que Jazem comolasras de eternidade." .

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— Bom, no Natal quero comer gelada, eu garantia quase gritando, peconha em tantos cérebros. NãoTf.' na-rtn nua nnm mpim "ffrtstos". 1Ã há. porém, quem não admita nueperu

Houve um desses espantos queninguém não imagina. Logo minhatia soltelrona e santa, que moravaconosco advertiu que não podíamosconvidar ninguém por cousa doluto

COMÍCIO nomadsonSQUARE GARDEN

É' certo que com meus "gostos", jábastante afinados fora do lar, penseiprimeiro num vinho bom, comple-tamente francês.. aMas a ternura pormamãe venceu o doido, mamãe ado-rava cerveja.

Quando acabei meus projetos, no-

ELZA SOARES RIBEIROKA noite quando o trem diminuiu sua marcha e

E vagarosamente começou a mover-se por entre um

emaranhado de vigas de ferro, dispostas de tal ma-nelra que davam a impressão do esqueleto de uma ba-leia montado numa sala de museu.

Percebi logo que estávamos em plena Nova Vork,pois aquelas viga» Já me eram familiares. Então, comoque se antecipando a meus pensamentos, o chefe iletrem anunciou a próxima parada — "Grand CentralStation".

Os passageiros começaram a movlmcntar-se, diri-Cindo-se para as portas que davam acesso is plata-formas, procurando uma fácil localização para umasaida estratégica, «em empurrões, pisadas, arranhões•ou outros acidentes. Entrei na fila e, carregando minhabagagem — uma maleta de couro e uma bolsa do lonaa- aguardei automaticamente a minha vez de pisara plataforma

mlar.ha teoria de doido, coitado, nãoperdi a ocasião. Me deu- de sope.tão uma ternura imensa por mamãe

tos e falando alto. Dc acordo com o que dizem os "yan-fcees" — "tudo pode acontecer em Nova Yorlt" —nio me surpreendi ao encontrar no grupo um amigo _ chileno, fotógrafo das Nações Unidas e aquele brasilei- è"tltlã,

"minhas duas mães, três com

ro, estudante de química, que' não fazia outra coisa minna [rma M três mães que sem-senão chorar as saudades que tinha das garotas de Co- 'pacabana. Eles também notaram a minha presença e,ainda agindo sul-amcricanamcnte, notaram-na comgestos mais largos e as vozes mais altas.

Cerca de vinte minutos dc palestra feita de per-guntas sobre o que cu estava fazendo, o que acha-va dé Nova Vork, quantas viagens empreendera, e omeu amigo chileno Interrompeu a conversa dizendo:"Vamos para o "meeting" ou então não encontraremoslugar." Flz-lhcs ver que cu nada sabia de "mcetlngs",

que estava chegando naquele momento e que trazia co-mlgo a minha bagagem.

Porém, desta vez, eles agiram norte-americana-mente levaram as minhas maletas para "a caixa do

Mas quem falou de convidar tel bem, todos estavam feliclssl.alguémI essa mania... Qurado mos, num desejo danado de. fazerque a gente já comeu peru em nos- aquela loucura em que eu estou-sa vidal Peru aqui em casa é prato rara. Bem que sabiam, era iou-de festa, vem toda essa parentada cura sim, mas todos se faziam Ima-do diabo... ginar que eu sozinho, é que estava

Meu filho, não fale assim,,. imaginando muito aquilo e haviaPois falo, prontol jeito fácil de empurrarem pra cl-

E descarreguei minha gelada in- ma de mim a... culpa de seus de-diferença, pela nosso| parentagem sejos enormes. Sorriam se entre,infinita, diz — que vinda de ban. olhando, tímidos como pombas des-delrantcs, que bem me Importai Era garradas, até que minha irmã re-mesmo o momento pra desenvolver solveu o consentimento geral:

¦ E' louco mesmoI..

haja nma critica construtiva. Umlivro sôbrc o BrastI, que aliasse ivisão real dax coisas essa criticaconstrutiva, como eu a encaro eprezo, um livro assim seria hojeum feito digno de nota. Não vejo,porém, quem a poderia escrever.E, se fosse escrito, a maioria oreputaria abominável; a imprensamanteria sobre êie um silêncio demorte; só uma fraeSo Impotente deeruditos poderia saboreá-lo e tirarproveito ilêle.

Encarar a ciência como aío dercvelacdo^ Isto ê como uma arte, êna minha opinido, um conceito mui-to mais produtivo e adequado ao

Comprou-se o peru, fez-se o peru, ftomem do que o conceito da con-quista, culpado de tamanha parte áanossa misária Tioriierna.

etc. E depois de uma Missa do Ga-

(Conclue na 3.a pág.)

af» W? ' I 'À ¥ íÃ'fW': '*lüf t 2 .'/ M i I. íá V JA W

De todos os fronts

O movimento literário no Reclf».atravessa uma f,ase de fértil atlvi-dàde. "Nordeste" — o magnificomensárlo de cultura dirigido porEsmaragdo Marroquino, tendo comoredator chefe Aderbal Jurema —reúne um apreciável grupo de jo-vens ensaístas, poetas e fiecionistaspernambucanos. Hermlllo Borba Fl-lho, Maurtlto Bruno, Tomiis Selxas,Sócrates de Carvalho e Nery daFonseca, para citarmos apenas al-guns nomes, são. escritores que jáse Impuseram no cenário lntelec-tual daquele Estado. Ainda de "Nor-deste" partiu Iniciativa de um gran-de concurso de romances, ao qual

Aderbal Jurema poderão coiicorrer escritores nasci-dos ou residentes na regl&o com-

preendlda entre os Estados do Maranhão e de Ala-goas, região que será tombem o cenário do livro. Oconcurso estará aberto até o fim do ano, encerrando-se no dia 31 de dezembro o praio para recepção dosoriginais.

# Outras notas de Penambuco: o sociólogo GUber-to Freyre, atunlmente no Recife, enviará ao editorainda êste mês, os originais do seu novo livro Inglesesdo Brasil, e está concluindo Ordem e Progresso, ter-ceiro volume da série Iniciada com Casa Orando e Ben-zala; Aderbal Jurema está colhendo material e fazen-do estudos para escrever um livro sêbre Castro Alves.O trabalho será dividido em duas parta: na primei-

, ra estudará o jovem ensaísta a figura do homem, ena segunda a poesia do,autor de "Navio Negrelro".

Liuros do autores nacionais, ago-ÜHI ra vrogramados: de Sérgio Buarque^jiÇ rto Holanda, Dà Escravidão ao tra-

!™| bnlho livre; de Alice Canabrava, AHistória do Açúcar: áe Nice LecocqMuller. Sitios e Sitiantes. Anuncia-

$È®i ?f so o lançament. do ttmr biografiaH do Cariai àserita pelo sr. E. Vi-

lhena de Moraes,

Hermlllo Borba Filho, a maia¥ íüi'í'í'"'' - "'''-'"$1 'ovem ettréia de teatrólogo pernam-'H.eano, velo ao Rio paro assistir o^^^^reí lançamento de sun peça asiectra noS. B. de Holanda Circo que, segundo Pascoal Carlos

Magno, é qualquer coisa dc revolu-cionário no moderno teatro hrasllelro.

Últimos lançamentosV

0 O OITAVO PECADO, romance de Emi BulhõesCarvalho da Fonseca. A Academia Brasileira de Lo-trás conferiu dois prêmios à autora om 1016, o prê-mio Afonso Arinos ao Uvro de contos, ainda Inédito,f/o silêncio da casa grande, e o prêmio Coelho Netoao presente romance, agora editado pela Cruzeiro.

LOURAS DO SUL MORENAS DO NORTE, é oíltiíío do mais recente romance áo sr. Raul de Ate-vedo, nome bastante conhecido através áe outros II-vros e áe colaborações para a nossa imprensa. 0 ar.Bani áe Azevcão — áisse Fernando de Azevedo —"é um espirito fino, uibraiU e culto, a que decem nos-sas letras, estudos e crônicas, áo graciosa leveza o tlepenetração delicada. E è um romancista."

"Louras áo Sul e ^foreiias áo Norto" é um rs-mance ão costumes cariocas. Alguns dos mais tugei-tlvos aspectos áa vida do Rio sâo nélo tratados combom gosto e segurança nas observações.

A INSTRUÇÃO MILITAR OBRIGATÓRIA, pelotenente-coronel M. Poppe de Figueiredo. Esta obrafoi aprovada pelo Estado-Malor do Exército Nacionalo suas regras mereceram do general T. Alencar Ara-ripe, que a prefoclou a seguinte aprovação: "As Idéiasdo livro giram em torno da lâéia-mater — aprendi-zagem objetiva, aplicação Integral da Pedagogia Mo-derna e da Didática correspondente."

Notícias literárias inglesas

wÊ&fí %.a.~.y-

p0SmÈikíWèÍ:^ÊÊ

• O professor VM. C. Bradbrook escreveu para aeditora Chatto & Wlndus, um excelente estudo ti-

.bre Ibsen — The Norwoglan — A JJeuoIuiíon; umaanálise segura e Inteligente sobre todos os aspoctoida vida e da* obra do autor da Casa das Bonecas.esse livro foi escrito b. base de uma nova concepçãoda obra de Ibsen, hoje aob o crivo do novas Inter-pretações apoiadas em aspectos patrióticos, morais,políticos e até mesmo de caráter geográfico.

9 Sacheverell Sitwell é considerado como uma itumaiores autoridades em assuntos artísticos na ínjlo-terra. Especialista na crlticwão "barroco", tom emi-

. to vários trabalhos sobre o assunto. Seu último livro— The Ônnters and the Hunted (edição MirenilHiin)é, porém, alguma coisa ãe revolucionirio o ie dl/e-rente. Trata-se ãe uma rcuiuescôncia do mundo tiaarte pura, na paz. Mr. SUwcll empreenâcu uma via-gem ão hoje para o otiíem, a reucr cm seu livro taartes da paz, desde as épocas ãe Bizincio, até os nos-sos dias. Uvro em quo os capítulos se sucedem comoum caleidoscópio, cottsfifui um autêntico cjíuiio arlls-tico histórico rte vários momentos das realizaçõesdo homem.Concurso de romances

quando dei por mim, ji «tav»«o'»•*»««' *«» w~'iii"a

"íoMa,~cuj"o«Tcabelos calam «obre os olhos,

• a "Grand Central" se me deparava em seu gigan- .íar , umn nua, i j_ „-.,.„„ „ „„„,„„!,„ ,„,_'tesco emaranhado do Unhas, máquinas e homens, tudoi» movimentando sob um Intenso fundo musical produ-azldo pelos ruidos mais estranhos e variados, ondo ha-¦via de mistura o apito das locomotivas, o chiar dasioda» em movimento, o arfar das caldeiras, a voz rourquenha do "speaker" anunciando a entrada e salda detrens, os gritos estridentes dos jornaleiros apregoan-do os ultimo» acontecimentos políticos ou algum terri-flcante crime ocorrido em Chicago, o ranger dos por-toes que se abrem para as diversas plataformas e o

1 Verônica Lake, e que não resistiu á solicitação fel-ta, em péssimo inglês, pelo estudante de quimica.

A conta foi paga, as maletas guardadas e empoucos minutos estávamos no "subway" que nos con-duzlria á 8» Avenida. Então, cu soube direito os no-mes dos nossos outros companheiros, um médico deGuatemala e uma "moreninha" dc Porto Rico e tiveas primeiras noções do que seria o "meeting".

O chileno me explicou que Henry Wallace era oprincipal orador e que Íamos assistir a um comicio sul-

seco murmúrio das pessoas aguardando embarque ou generis, porque além rtos discursos políticos haveria

ee despedindo dos amigos. nm "show" onde Paul Robeftson e outros artistas fa-. . -ii .,.....,. ™,o monos apareceriam. Acrescentou ainda que por todo

' mi° fi?-*: âenrcr.raTm. p"recíaTfÔren

S espeüculo, cada um de nós pagaria apenas a lm-naquele dia, a "Grand Central »J«$ KE*»' portanlca de sessenta centavos correspondentes ao lnmaior, mais barulhenta e mais colorida no esplendor p»"<"">» _ t , _ __,_ _,„„,_ „,„,,„ „a„ „„,de suas luzes e de seus anúncios luminosos, o que medeixou um pouco atordoada. Sal caminhando a, esmo,llvrando-me Instlntiviimente dos empurrões dos retar-datirlos que corriam na expectativa de que o portãode, sua plataforma de embarque ainda eftlvcsse aber-ta Enquanto caminhava, procurava o motivo daquelaentrMha reação surgida inesperadamente e que medominou.. Porém, pouco a pouco, tudo se foi coor-denando. O trem em que eu chegara de Schcnectady,cidade que fica há umas três horas e meia dc Nova.York, no caminho que vai para Nlagara Falls. A vla>

gresso nas galerias, pois Já era muito tarde para quese conseguisse uma boa colocação no andar térreo do"stadlum" mesmo porque as melhores localizações ne-ccssltnvam de prévia reserva c custavam de cinco dó-lares a um dólar e vinte centavos. .

Isto me fez pensar no que aconteceria se organl-zassemos, aqui, um comicio nexsas bases. Naturalmenteque muitos políticos acabariam falando sozinhos e mui-ta gente perderia a mania de tomar a atenção do povocom discursos. O publico passaria a selecionar seusoradores e as "manifestações espontânea»" ficariam aln-

¦em não fora multo agradável devido ao Intenso calor da mais dispendiosas...« i forte e bilxa pressão atmosférica que trazia Era a primeira oportunidade que se me oferecia,

Conceito e técnica da Chefia

UM

livro que nada tem de literatura, mas que é de uma extraordl-nárla atração para quem o lê, pois instrui e orienta o leitor numdos mais delicados problemas da vida moderna, é o caso do sr. Wagner '

Estelita Campos, professor e técnico de Administração, ex-aluno da Ame-rlcan Unlverslty, de Washington. O autor denomlnou-o "Chefia". Eera quase 300 páginas escritas com sabedoria, simplicidade e correção deestilo, mostra o que deve ser, nos países de hoje bem organizados, o sen-tido verdadeiro da maneira de gerir ou superintender os serviços, sejamos políticos, sejam os particulares, incluindo-se na compreensão aquele»que se entendem com os de economia mista e para-estatal.

No gênero, "Chefia, sua técnica e seus problemas", t, a rigor, o,primeiro trabalho, entre nós, dc quem tem, como o professor EstelitaCampos, autoridade para divulgar, slstcmatlzadamente, os aspectos fun-damentals da questão. Na bibliografia brasileira, o assunto tem sido atéagora colocado em plano secundário. Prova Isso o fato dos estudiosospatrícios, sempre que o abordam, em conferência» ou relatórios, recor-rerem, de preferência, á vulgarização estrangeira, notadamente a quenos chega Importada dos Estados Unidos. O autor, que lá esteve e seaperfeiçoou, pôde realizar um belo, erudito e proveitoso trabalho.

Como bem disse no prefácio do Uvro o professor E. Mira y Lopez,dos tres grandes meios que permitem a lnflyência interpessoal direta— "persuasão", "sugestão" e "coação" — o chefe utiliza usualmente oprimeiro, ocasionalmente o segundo e, excepcionalmente o terceiro.No serviço publico civil brasileiro, o mau chefe só recorre ao ultimodesses meios. Para êie, a administração é uma espécie de condomínio,Julga-se um condômino. Se, então, a política o anima e ampara, tornan-do-o, hão raro, um irresponsável, o seu poder, então, extravasa. Supõe-se Senhor absoluto. Por via de regra, no complexo desse mau chefe, apreaunção ou a vaidade toma a forma de amor próprio. Dal, ir aos ex-tremos do arbítrio ou da violência. E' um erro de visão, em que èle In-clde quase que instintivamente. Manda para ser obedecido. Ainda quede seu mandonlsmo, á margem das leis e dos regulamentos, só resulte oprejuízo da coletividade. Diferente da Inglaterra ou dos Estados Unidos,onde o chefe de serviço está á disposição do publico, no Brasil o pu-

ameaça de violento temporal para algumas horas mais naqueles quatro meses dc Estados Unidos, de assistir bUco . que M __ __ re.lgnâr & COndiçSo de ficar na'sua dependência,..a. a um "meeting" político. A idléa era excitante e agra- _„„„. _„. =, _,..._ a. ,.,,„-.a,*,., ,.,„ i a, -nrenncln nnn ,tarde.

Em Schenectady eu visitara a "International Gene-ril Eletric", com seus trinta mil empregados e, emface daquela cidade — monumento da indústria —sentia-me como alguém que houvesse percorrido umlongo labirinto, cuja entrada conduz a um recinto onde

a um "meeting" poUtico.dável apesar dc eu me «entlr fatlgada após uma via-gem longa, sob Intenso calor. *

Descemos do "subway", andamos um pequeno tre-cho da 8" Avenida e chegamos ao Madson Square Gar-den. Apesar de um pouco atrasados, conseguimos um

Quanto mais êie se reveste de "atorldade", Isto é de encenação, que écoisa diversa de "autoridade", menos se democratiza. Não progride. Rc-gride. Consequentemente, o governo não conta com êie para aperfeiçoara máquina administrativa.

O professor EsteUta Campou ensina como se bá de praticar a moder-na e compreensível chefia. O seu livro é de incontestável utilidade.

A cruz, como alavanca de cujosbraços pendem, oscilando no ar,dois pratos; um deles chama-se"Aquém"; o outro, "Além". Umunlco ser logrou manter-se emequilíbrio dois milênios. "Locus ho-mlnis cruxlfixus est".

A história comum da literaturasó convém aos espíritos mesqul-nhos ou medíocres; justamente co-mo diz o termo: a literatos. De-gradamo-nos, empregando-a parafenômenos excepcionais. Ver o mo-numental em miniatura satisfazaqueles a quem se adapta. E' umpecado contra o espirito e o gênio."Fl donc"!

Uma espécie de torpor oprimo ahumanidade. Os homens sentem-seameaçados pelo monstro cada vezmais próximo o nto iém animo pa-

ira despertar. Ê um gênero humanocobarde e deplorável, a esperálçar'tempo precioso com joguetes tais co-mo concepções áo universo e ciên-cias, com hipóteses e teorias, campsicologia e sociologia. Reza o mitoque, morãenáo a maçi, Aáão per-deu o paraíso, adquiriu a faculda-

¦de de discernir e, graças ao ãiscer-nlmento, o pursalórlo da ferra queê o seu habitat. Todavia, em ves

- de aproveitar a ciência áo Bem e doMal — como parece pueril, ao pé áomito da Gênese o "Além do Bem edo Mal" de Nictzsche! — para sopurificar e tornar-se novamente dia-na do paraíso perdido, a eemeníode Adão, a essa ciência divina, rjuea sabedoria, preferiu a erudiçãocientifica humana. A ciência dos ho-viens perverteu-se, porque deí.rouds adorar o dispensador dessa gra-ca, para venerar a teira, teu habl-tat e purgatório que, no entanto.

9 O escritor francês Georges Duhamel, que ora vi-sita o Brasil, esteve esta semana em Belo fíortroníoe Ouro Preto, No correr dos próximos dias deverávisiiar Sio Paulo e Pório álepi-e.

Letras acadêmicas

Como temos anunciado, são lnú-meros os livros de acadêmicos pro-gramados para breve. Aos títulosaqui já noticiados podemos acres-centar ainda os seguintes: "ObrasCompletas" do poeta Guilherme doAlmeida, num só volume de 700 pá-glnas, contendo por outro lado qua-tro livros inéditos: Na Ciáaáe daNêvoa, Schehcrazaáa, O Festim e1032. O sr. Luís Edmundo está es-crovendo a biografia de José Muu-iicio, e o sr. Jorge de Taunay,a biografia do Visconde áo Taunay.De Pedro Calmon sairá na próximasemana A Bala de ouro. Informa-

Guilh. de Almeida se ainda que ésse escritor preparano momento um estudo sóbre Dom

Pedro II.

Antônio Botto vem para o Brasil

A correspondente $e um vespertino carioca em Lis-boa, informa que o maior poeta português vivo, An-tônio Botto, vem para o Brasil na próxima semana eque aqui ficará para sempre. Em Portugal — áiz opoeta — não hi "um grito, um ponta-pê, um berro, umamúsica (fiscordaute, Um passam áifcrente, só canárias.Até na poesia todos sâo canários. Desapareceram osrouxinóis, os próprios candrios sâo desafinados..."

Noutro trecho da sua entrevista declarou AntônioBoiío:

"— Sinto vm amor pelo Brasil, amor que é feitoáe IntuiçCo, que ê um sonho que anda á roda de umalinda realidade."

Conforme noticiamos meses atrás, a Editora Cru-zelro Instituiu um grando concurso de romances comprêmios no valor de cem mil cruzeiros. O prazo de-terminado porá a entrega dos originais seria em 31de agosto próximo. Surgiram entretanto vários pedi-dos de concorrentes para que o mesmo fôsse dilata-do. O assunto foi examinado detldnmente pelos dire-tores daquele editora e agora podemos Informar, emprimeira mão, que de fato aquele prazo será prorro-Sado. Dessa forma os originais serão recebidos atéo dia 31 de outubro de 1917. Pelo menos osto foi aInformação que recebemos do sr. Frederico Chateau-brland, um dos organizadores do referido concurioe diretor da Cruzeiro?

Antologia

¦ão revelados e interpretados acontecimentos sociais de bom lugar, quase na abóboda do anfiteatro, o que nos .Merece ser lido, porque o Inspirou o idealismo dc um competente cheio existe por virtude dum ato de crianossos tempos que, muitas vezes, Julgamos inexplicaveis.

Foi sob essa Impressão que cheguei á saida da"Grand Central" que dá para a Bua 42. O calor eraInsuportável, o que me levou a procurar um lugaronde pudesse repousar da temperatura e matar a sede.NSo havia andado multo quando um sugestivo letreiromostrou-me que eu havia chegado ao local desejado.

Sentei-me a uma mesinha, num dos ângulos do pe

dava uma esplêndida visibilidade do conjunto. OMadson Square Gardcn estava repleto. O "»how" Jáhavia começado. O primeiro numero representado diziarespeito ao problema racial e ás provações dos negrosdo Tenessce Quando terminou esta apresentação, o"speaker" leu uma mensagem de protesto ao linchamen-to de dois negros em Geórgia e o "show" prosseguiu,com numero» humorísticos Inspirados na elevação docusto oa vida c na administração de Mr. Dewey

tanto de saber quanto de amor ao seu pafs. fio áo Criador. A ciência humana,com íjfue o homem .;e declarou au-tõnomo, provoca hoje a ruína dohomem e da humanidade. Afigura-sc-me tremenda ironia do iiesiir •

Nenhuma guerra, como a segunda mundial, tem merecido tantos U- que, ao termo áos séculos, o homem

Os depoimentos sobre a guerra

queno bar e ainda não hsvl.. feito meu pedi' i ao gar- eovernador republicano de Nova York. Em seguidacon. quando reparei q-e um grupo dc p_woi« conver-«vim no» raoliei su»-ame lcanos, aze-do largos res- ILoncme "» l.- pâg.J

vros de recordações. São episódios, confissões e documentações que aIlustram, preparando, para os futuro» historiadores, caminhos fáceis deserem percorridos e pesquisados. Em grande parte, o testemunho é devidon alguns embaixadores que, no conflito, se viram envolvidos e que dfle

ÍConclue na 3.* pág.)

haja perdido a ciência que emanouda sabedoria original — "Eriíis si-cur Deus., «cientes bonum et malum"("Senta romo Deus, e distinguirds obem do mal") — islo i, o áiscsrnl-

(Conclue na 2,a pág.)

Traduções anunciadas

O Instituto Progresso Industrial Informa que lan-çari no discurso áCslo ano as seguintes obras ds an-(ores áe várias nacionalidades: Eucnizilhad i dos rc-heldes, romance do americano John Stcibeck, ua tra-áuçio de José Geraldo Vieira; Trevas ao meio-dia.romance do hiiujaro Arlhur Koesller, na íraducdo deCliuáio Abramo; Adrleune Mésurat, romance áo fran-c(s Julien Green, na traáuçiò áe Almeida Salles; Ascidades e os anos, romance do russo Constantino Fe-din, na tradução áe Sumbcrlo ichoenfeli: o Augustoáa Sousa.

Antônio P.angel Bandeira um dolnomes maia expressivos da nova age*ração de' poetas brasileiros, nasceuem Pernambuco. Estreou em 1942. noP.ecife, com a plaquete MctíítaçCci

sóbre o Sentiáo Metafísico da Ull-tória. Mos a sua estn-la como poelaso deu" no Rio, om 1916, com umcaderno de Poesias. O poema de An-tônlo Rangel Bandeira que sc se-sue, Tem picáarlo io mim, iol tx-trãido daquele livro.

Deixei cm tiA. R, Bandeira As marcas do meu desespíro pojl»

Tem piedade de i.ilm.Desequilibrado louco degredado e Impiiio

, Oh quanto Indigno cu sou rio íi. *Cresce sóbre mim a drvorc da vidaE faz-me calmo o lonaeDêsto delírio.Pousa serenamente as tiias nulos no meu peiloE vela por mimAtê quo a noite passe.

Morre um critico na provínciaFaleceu na Bahia o escritor Carlos Cliiaccmo. qui

por muitos anos foi o crítico literário d'A Tarde. P'lssua atividade e sensibilidade, marcou na vida umexemplo de animador literário, reunindo cm torno Jesl artistas e escritores da Cidade do Salvador, onde«empre habitou. Criou e presidiu ali a ,41a das tetra»e das Artes, que alóm de sugestivos salões de pintura,anualmente realizados na Biblioteca Pública. órganlsoUc Imprimiu numerosas ploqueles com material biogra-fico, Iconográfico e critico rlgorosnniente original sô"bre grandes figuras da cultura e dn .iteraturo brasilei-ra. entre os quais Rui Barbaasa e Castro Alves. íorfnalista è poeta, alím de crítico, o nome Ue CarlosChiacchio teve sempre ressonância em todo o pais. Q"eneste momento, através a imprensa e as academias deletras de todos os aSstados. c atravós o própria Acade-mia Brasileira de Letras, presta homenagens à sua n:e-mórla.

O Para remessa de livros: Toneleros. 331 — apto. !»¦

ARGENTINA E BRASIL OS MEDIADORES GOMO MEU PAI ...

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