aracaju MAGAZINE ANO XV - Nº 137 - 2010/11 - R$ 6,00 TURISMO agenteviaja.com Conheça Sergipe POSSE Marcelo Déda assume 2º mandato HISTÓRIA Ferrovias em Sergipe RÉVEILLON NA ORLA O sucesso se repete
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Nº
137 -
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TurIsMoagenteviaja.comConheça sergipe
PossE Marcelo Déda assume 2º mandato
HIsTórIAFerrovias em sergipe
révEIlloN NA orlA o sucesso se repete
S U M Á R I O
7 Panorama - Por Mel Almeida e Hugo Julião
16 Posse do governador Marcelo Déda
20 Por Aí - Por Marcelle Fonseca
22 Aracaju Magazine Indica - para ler
24 Aracaju Magazine Indica - para ouvir
26 Aracaju Magazine Indica - nas locadoras
28 Turismo - Sergipe é uma grande viagem
32 História - Ferrovias em Sergipe
40 Sebrae - Prêmio Mulher de Negócios
42 Negócios - Yázigi avança ainda mais
46 Evento - Réveillon na Orla
50 Evento - Réveillon Com Amor
56 Destaque - 2º Prêmio Setransp de Jornalismo
60 TB - Gente
62 Ensaio - Camilla Guimarães Militão
66 Evento - Uma joia de noite
69 Evento - Casamento Kívia e Marcos Serra
70 Evento - Casamento de David e Rachel
72 Moda Ela
73 Moda Ele
74 RG
76 Perfil - Sheila Vidal
78 Crônica - Adalberto Goulart
80 Gastronomia - Rodrigo Gama Goulart
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Capa Camilla Guimarães Militão
Foto: Studio Osmar
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PublisherHugo Julião
Editora-ChefeThaïs Bezerra
EditorTheo Alves
ComercialMel Almeida
ProduçãoJuliano AzumaMarcel Azuma
Diretor de ArteMarcos Ribas
FotógrafoAlexandre Ribas
RevisãoJuliano Azuma
ColaboradoresAdalberto Goulart, Allan Renato, Álvaro Villela, Amâncio Cardoso,
Anderson Adler, Benjamin Teixeira, Carlos França, Cláudio Nunes,
Francisco Carlos, Ilma Fontes, Jaime Santana Neto, Lindolfo Amaral, Lineu
Lins, Lúcio Telles, Luís Eduardo Costa, Marco Cavalcanti, Rodrigo Gama Goulart, Rosângela Dória,
Tanit Bezerra
Diretor de Relações InstitucionaisDiego da Costa
AdministraçãoAlcenira Andrade Barreto
Cristina Souza Arruda
ImpressãoGráfica Santa Marta
Jornalista ResponsávelThaïs Bezerra - DRT-SE 364.
Esta edição da revista ARACAJU Magazine é uma publicação da Cultura Editora e Gráfica Ltda-ME, CNPJ 01.101.741/0001-21, com sede à rua B, 37, Jardim Mar Azul, Farolândia, escritório comercial à rua Capitão Benedito Teófilo Otoni, 477, bairro 13 de julho, Aracaju/SE, e da Imagens Publicidade e Produções Ltda, CNPJ 08.533.141/0001-81, com sede à rua Dep. Carlos Correia, 402, sala 105, bairro Siqueira Campos, Aracaju/SE. Distribuição através de assinaturas e em bancas de Aracaju, Salvador e Brasília. Sugestões e cartas para a redação, enviar para endereço, fax ou e-mail acima. Não nos responsabilizamos por conceitos emitidos em artigos assinados. Nov/Dez/Jan.
Tiragem: 12.000 exemplaresISSN 1517-9036
Diretores Hugo JuliãoMel Almeida
aracajuMAGAZINE
EdItorIAl
Publisher Hugo Juliã[email protected]
Hugo Juliã[email protected]
Vamos começar falando de beleza e poesia, pois, como dizia Vinícius de Moraes, no poema receita de Mulher, “as muito feias que me perdo-em, mas beleza é fundamental”. Por isto, apresentamos na capa desta
edição uma morena cheia de graça, Camilla Guimarães Militão. Ela também está nas páginas da revista, em um lindo ensaio, cuja produção envolveu tho-maz Silva, a Maison Cherry e as lentes do talentoso osmar Matos.
Seguindo a trilha da poesia, o jornalista Amâncio Cardoso conta, em verso e prosa, a história das Ferrovias em Sergipe. Com direito ao relato da passagem do presidente Getúlio Vargas pela estação ferroviária de Aracaju, em 1933, du-rante a campanha para a presidência.
Eleito para o segundo mandato, o governador Marcelo déda, juntamente com o vice-governador, Jackson Barreto, foi empossado na Assembleia legislativa. depois, como não podia deixar de ser, discursou da sacada do Palácio-Museu olímpio Campos. A ArACAJU Magazine registrou para você.
Seguindo pela movimentada Aracaju, destes novos tempos, apresentamos a cobertura de eventos como a festa do réveillon na orla, organizada pela pre-feitura de Aracaju, e o réveillon Com Amor, festa que ficou para a história das viradas de fim de ano.
No campo da valorização profissional, registramos as iniciativas do Sindica-to das Empresas de transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Se-transp), que realizou a 2ª edição do Prêmio Setransp de Jornalismo; e do Se-brae – SE que, com o objetivo de valorizar o empreendedorismo de sergipanas, anunciou as vencedoras do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios Ciclo 2010.
A empresária Sheila Vidal, mulher guerreira, sempre inovando, está em Perfil. Ela também lançou, em sua loja Sheila Vidal Semi Joias, uma linha de óculos escuros para o verão 2011. Um luxo de modernidade e elegância.
temos ainda as nossas dicas. A começar pela receita saborosa do jovem chef rodrigo Gama Goulart, do restaurante Chateau Blanc: uma saladinha Crôu-tons. Seguimos com as páginas de Aracaju Indica para ler, ouvir e o que bus-car nas locadoras.
E vamos Por Ai, com a plugada sergipana Marcelle Fonseca, que estreia nova seção, com dicas de lugares badalados em São Paulo, ou, então, como relata a crônica do psicanalista Adalberto Goulart, vamos andar de táxi por Salvador.
Viajar é bom demais. E por Sergipe, você já viajou? Agora, você tem um parcei-ro que vai lhe ajudar, assim como aos turistas de outros estados, a conhecer o que é que a nossa terra tem: o site agenteviaja.com. Conheça.
o importante é não parar, deixar a vida fluir neste bom e poderoso ano que se inicia e que seja feliz para todos nós.
Boa leitura.
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Um sonho de décadas
A inauguração, em dezembro, da rodovia Vaca Serrada/Ni-terói (SE-179), com 32 km de
extensão, atende a uma antiga reivin-dicação da população do Alto Sertão sergipano. Um sonho de décadas, que foi concretizado. O custo da im-plantação, incluindo pavimentação e sinalização, totalizou R$ 17,6 mi-lhões. Trata-se de uma importante via de escoamento da produção agrícola da região. No povoado Niterói, uma balsa realiza a travessia para o muni-cípio alagoano de Pão de Açúcar.O governador Marcelo Déda ressaltou a importância da obra para a região. “Esta é uma das obras mais prome-tidas da história política de Sergipe. Há quase 50 anos que diversos gover-nantes prometeram e não realizaram essa rodovia.” Esta é segunda estrada que o Governo do Estado pavimenta em Porto da Folha. Em janeiro de
2010, foi inaugurada a rodovia que liga a sede do município ao Povoado Ilha do Ouro, com sete quilômetros de extensão. O investimento foi de mais de quatro milhões de reais. Convidado pelo governador, o prefei-to de Aracaju, que é natural de Pão de Açúcar, participou da inaugura-ção. Ele relembrou as dificuldades enfrentadas por quem precisava se deslocar de Pão de Açúcar para as cidades sergipanas, quando a estra-da apresentava péssimas condições de trafegabilidade. “Era a poeira no verão e lama no inverno. Só para ir de Niterói a Vaca Serrada levava-se mais de uma hora e meia, com muitos bu-racos e todo o desconforto.”.Já o secretário de Comunicação e Turismo de Pão de Açúcar, Hélio Fia-lho, que representava o prefeito, disse que era um momento histórico: “Sa-bemos que grande parte da produção
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Descerramento da placa
agrícola desta área é comercializada para Alagoas. Com esta iniciativa co-rajosa, o progresso que faltava agora chegou para beneficiar toda a região”. Também participaram da solenidade o deputado estadual Mardoqueu Bo-dano, os prefeitos de Canindé de São Francisco, Orlando Andrade, de Poço Redondo, Frei Enoque Salvador, de Monte Alegre, João Aragão, de Nossa Senhora dos Dores, Aldon Luís, secre-tários estaduais e municipais, verea-dores e outras autoridades.
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Artline na AlemanhaSempre buscando oferecer o melhor para os sergipa-
nos, a equipe da Artline esteve na Alemanha para parti-cipar da Orgatec/2010, a maior feira mundial de móveis para escritório. O evento reuniu os grandes lançamen-tos do setor e trouxe soluções criativas para ambientes empresariais. Muitas novidades foram apresentadas e, certamente, as tendências mundiais serão incorpora-das ao mobiliário corporativo da Artline.Equipe Artline visita Orgatec na Alemanha
Mari Cechinel, gerente de Marketing da Artline
Almoço com o senador ValadaresMuitos jornalistas se encontraram, mais uma vez, no des-
contraído e tradicional almoço, realizado anualmente no início do ano, na agradável residência do senador Valadares, na Atalaia Nova. Além da saborosa comida, o rega-bofe também foi recheado de muito conversa sobre política.
Senador Valadares, o secretário de Comunicação da Prefeitura de Aracaju, Marcos Cardoso, e sua esposa, Nadia Maria
O poeta Araripe Coutinho também marcou presença
Gilvan Manoel, Diógenes Brayner, Hugo Julião, Mel Almeida, Nadia Maria, Marcos Cardoso, Rísia Rodrigues e Adiberto Souza
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Café Del Mar aterrissa em AracajuDefinitivamente, Aracaju entrou para o circuito mundial da músi-
ca eletrônica. No próximo dia 11 de fevereiro, por exemplo, a capital sergipana vai receber o Café Del Mar, conhecido pelo seu requinte e qualidade. O evento, que terá como cenário o bar Parati, traz os DJs Hector Lopez, Deep Josh, Miss Klaus e os sergipanos Philipe Carnei-ro e 2HOT. Quem traz o Café Del Mar para Aracaju é a Open Eventos.
DJ Hector Lopez
Vaqueiros e aboiadoresA 1ª Cavalgada e Encontro de Aboiadores de Frei Paulo,
realizada no povoado de Alagadiço, em novembro, reuniu va-queiros e aboiadores de todo o estado. O evento foi idealizado e organizado pelos irmãos Edvaldo Barreto, mais conhecido como Negão, e Eduardo. O evento começou às cinco da ma-nhã, com uma salva de fogos. Uma grande cavalgada percor-reu as ruas do povoado e, no fim da tarde, todos se reuniram na praça principal para assistirem à disputa entre os aboiado-res. Depois da premiação, teve muita música, com shows que foram até de madrugada. Um sucesso!
Negão recebe o reconhecimento da comunidade pela organização do evento. O troféu foi entregue pelo empresário Vladimir Soares
Nova classificação hoteleiraHá um novo regulamento para avaliação e classificação do se-
tor hoteleiro no Brasil. A responsabilidade da implantação será do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade In-dustrial (Inmetro). O sistema de classificação foi construído após a análise de experiências em 24 países, além da participação de empresários, acadêmicos e da sociedade civil, inclusive no perío-do de consulta pública. O objetivo é auxiliar os turistas nas suas escolhas. A adesão, por parte dos estabelecimentos, é voluntária.
A nova classificação traz novidades na tipologia, dividida em sete categorias: hotel, hotel fazenda, hotel-histórico, pousadas, flats, resorts e cama e café (hospedagem domiciliar). A identifi-cação será por estrelas, de uma a cinco, e deverá atender a itens obrigatórios e eletivos (flexíveis). Este sistema foi extinto em 1997. Agora, ele será aplicado inclusive às pousadas. Hoje, no Brasil, existem cerca de 15 mil meios de hospedagem, dos quais apenas sete mil são cadastrados.
Edifício Sede do Inmetro, bairro do Rio Comprido, no Rio de Janeiro (RJ)
Lavagem a Seco ou a ÁguaQualidade, Rapidez e Economia
Para seu maior conforto, utilize nosso DELIVERY
Shopping JardinsFone: (79) 3217-4524
Barão de Maruim, Nº 719Fone: (79) 3214-3249
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O BoticárioNovas fragrâncias da linha Acqua
Com a chegada do verão, nada melhor do que sair do banho e garantir a sensação de frescor por mais tempo. Foi pensando nisso que o Boticário lançou duas novas fragrâncias da linha Acqua: Musk e Fres-cor das Folhas. As novidades também ganham ver-são em sabonete, em edição limitada. Acqua Musk é uma fragrância confortável, que une a suavidade de
notas florais com a delicadeza de sofisticadas notas de musk. Já Acqua Frescor das Folhas é vibrante e energé-tica, trazendo todo o frescor natural das folhas manjeri-cão, cipreste, alecrim e patchouli, encorpadas com floral fresco e notas amadeiradas de fundo. A partir de agora, a linha será composta por 13 fragrâncias, que permitem várias aplicações ao longo do dia e são uma ótima alter-nativa para toda a família.
Cordel EncantadoSergipe será locação para as
gravações da próxima novela das seis da Rede Globo, chamada Cordel Encantado, com a partici-pação dos atores Cauã Reymond, Bianca Bin, Carmo Dalla Vechia, Bruno Gagliasso, Sheron Mene-zes, Nathália Dill, dentre outros. As locações serão na região de Canindé do São Francisco. Antes, na fase inicial, as gravações te-rão como cenários um castelo do Vale do Loire, na França. Há pou-cas informações sobre o roteiro, mas, com certeza, o Cangaço es-tará presente.
Esta vitória foi o resultado de um longo processo, iniciado du-rante a realização do Congresso da ABAV/2010, no Rio de Janei-ro, por Caroline Portugal e José Roberto, respectivamente direto-
ra de marketing e presidente da Emsetur. Depois, houve também o envolvimento da Prefeitura de Canindé do São Francisco, atra-vés da secretária de Turismo, Sil-vinha Oliveira.
As gravações devem começar em março e a estréia está prevista para abril. É uma grande conquista para o turismo sergipano. Afinal, novela é um dos principais meios utilizados para ações de merchan-dising no Brasil. Por causa de sua grande audiência, alavanca qualquer produto, desde que ele tenha substância. A propósito: to-dos os agentes envolvidos com o setor turístico do estado, públicos e privados, têm que estar atentos e preparados para os resultados que virão, por conta dessa grande exposição de uma das mais belas regiões de Sergipe.Pôr do Sol na Rota do Sertão
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A SOCIEDADE SERGIPANA SE ENCONTRA AQUI
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Elas podem não ser celebridades quando entram no estúdio de Ana Ribas. Porém, depois de cliques
personalizados, para um ensaio especial, suas fotos podem ir até para capa de revis-ta. Esta é a especialidade do estúdio: foto-grafar mulheres comuns, com suas quali-dades e defeitos, e deixá-las incrivelmente sensuais. Para quê? Para elas mesmas, para presentear a pessoa amada, para marcar presença na sala de suas casas... O motivo não importa. O que vale mesmo é entrar na brincadeira e sair de lá com a autoestima nas nuvens. Em sua imensa maioria, elas fazem as fotos para presen-tear os maridos ou namorados, geralmen-te em dias especiais, como casamento ou datas comemorativas. Outras fazem para guardar de lembrança, como algo espe-cial, que vai durar para sempre. Quer ten-tar? Entre em contato pelo fone: 9976-7431, pelo Orkut: [email protected] ou pelo MSN: [email protected].
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Autoestima nas nuvens
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Marcelo Déda
o dia 1º de janeiro, no plenário da Assembleia Legislativa, o governa-dor Marcelo Déda, eleito para um segundo mandato, foi empossado pela presidente da Casa, deputada Angélica Guimarães, juntamente com o vice-governador, Jackson Barreto. segundo o governador “a única razão de um político que tem
uma referência ideológica concor-rer a uma reeleição, é a vontade de fazer melhor, no segundo governo, do que fez no primeiro. se não hou-ver essa vontade e esse desejo, a reeleição fica sendo apenas um ato de vaidade. e não é isso que eu vejo na política. A política não é um instrumento para massagear
o ego, é uma ferramenta para fazer bem ao povo”. Já o vice-governa-dor realçou o compromisso de fa-zer do seu mandato a continuidade de seu trabalho em favor dos mais pobres: “esse é o meu grande pro-jeto: cuidar dos mais carentes.”
o governador também enfatizou a complexidade e as dificuldades,
Reeleito, o governador toma posse para exercer o seu segundo mandato
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Ao lado da presidente da Assembleia, Angélica Guimarães, e do vice-governador, Jackson Barreto
Com o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira
de acordo com ele, inexoráveis, de se produzir mudanças na qualida-de da gestão, nas práticas admi-nistrativas e no conteúdo das polí-ticas públicas a serem executadas. “Não fez parte do meu programa construir um novo Éden, transfor-mando o estado num paraíso na Terra. o compromisso mudancis-ta que trouxe ao governo, se sus-tentou num programa racional, comprometido com inclusão pelo Direito, pela renda e lastreado no planejamento participativo”. ele citou, como parte dos resultados alcançados com este processo, a recuperação da regularidade fiscal do estado e da saúde financeira do Banese; o pagamento do piso nacional do magistério; e os inves-timentos em segurança pública, que alcançaram volumes jamais vistos em sergipe. Além disso, ele relacionou as áreas de saúde, educação, segurança e Desenvol-vimento social como prioritárias:
“sem prejuízo de aumentar os investimentos nas outras áreas, melhorar a qualidade e universa-lizar o acesso às políticas sociais, será uma obsessão do meu novo governo”, observou.
Na área de saúde ele citou a
Assinando o termo de posse
construção, reforma e ampliação de catorze hospitais, com inves-timentos de 300 milhões de reais nesta nova rede; a criação das fundações, a fim de se ter um novo referencial de gestão; e a institu-cionalização das relações com os gestores municipais, que ajudou a consolidar a estrutura do sUs no
Durante a execução do Hino Nacional
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estado. ele afirmou que, assim que for plenamente implantada, a rede hospitalar vai reduzir a superlota-ção do Huse e aumentar a resolu-tividade das unidades do interior. Na segurança, o objetivo é reduzir os indicadores de violência. para isso, continuará investindo em tec-nologia, armas e equipamentos,
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em concursos para ampliar o con-tingente das polícias civil e militar, fortalecendo suas presenças no in-terior, e na polícia técnica.
A qualidade é a meta na educa-ção. Isto deverá ser feito através da introdução de mudanças peda-gógicas e de gestão, visando recu-perar o prestígio do ensino público estadual. Além disso, outro objetivo será a expansão e consolidação da rede estadual de ensino profissio-nalizante: “Nossa meta é termos, em 2014, treze escolas técnicas es-taduais em funcionamento, na ca-pital e no interior de sergipe”. Na área social, a ampliação do progra-ma Mão Amiga e a expansão das parcerias com Governo Federal, em programas como o de aquisição de alimentos e o Bolsa Família, serão os carros-chefe.
Familiares, amigos e autorida-des de diversas instituições pres-tigiaram a solenidade de posse do governador. entre eles estavam a primeira-dama do estado, eliane
Com o filho Mateus
Aquino; o prefeito de Aracaju, edvaldo Nogueira; o presidente do Tribunal Re-gional eleitoral, desembargador Luiz Mendonça; o presidente do Ministério público do estado, orlando Rochadel; o presidente do Tribunal de Contas do estado (TCe), conselheiro Reinaldo Moura; o vice-presidente do Tribunal de Justiça do estado, desembargador Cezário siqueira Neto; além de vários deputados estaduais, secretários de es-tado, vereadores e prefeitos de municí-pios do interior sergipano.
Na sacada do Palácio-Museu Olimpio Campos, com o vice-governador, Jackson Barreto, e a primeira-dama, Eliane Aquino
A missa realizada na Catedral Metropolitana reuniu personalidades de todas as áreas
Dom José Palmeira Lessa
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Galeria Vermelho A Galeria vermelho é um lugar que faz bem aos olhos.
Gosto do ar despretensioso das exposições de artis-tas consagrados, dos novos e do público que faz jus ao ambiente. Uma visita ao local é, no mínimo, prazerosa e sempre muito enriquecedora. Além disso, rende mesa boa no Restaurante Sal, que também fica por ali.
Serviço: Rua Minas Gerais, 350 - ConsolaçãoTelefone: 11 3138-1520www.galeriavermelho.com.br
Lorena 1989Para bons drinks, comidas e companhias, meu hot
spot em São Paulo é o Lorena 1989. A obrigação é curtir a sua mesa amiga, a música, o staff, o prato do dia... A dificuldade é levantar da mesa e ir embora.
Serviço: Rua Alameda Lorena, 1989 - JardinsTelefone: 11 3081-2966www.lorena1989.com.br
POR AI partir desta edição, nossos amigos/colaboradores vão sugerir o que fazer e aonde ir em diversos lugares do globo.
Para estrear esta recém-nascida seção, Marcelle Fonseca, sergipana que há cinco anos mora em São Paulo, nos indicou alguns dos lugares que mais freqüenta na capital paulista.vai pras bandas de lá?! Leva a Aracaju Magazine em sua bagagem de mão que você não vai se arrepender!
Praça do Pôr do SolA Praça do Pôr do Sol é o meu lugar de paz e guerra.
Corro para conseguir acompanhar o sol se pondo em película e iluminação sépia e vou embora satisfeita.
Serviço: Rua Harmonia, 10 - PinheirosTelefone: 11 8218-9185
Bar Secreto Se o seu último desejo for sentar-se, aproveite o âni-
mo e corra até o Bar Sem nome. Lá você vai presenciar noites históricas! o Bar tem identidade e público cativo, combo certo pra uma balada criativa e de sucesso.
Serviço: Rua Álvaro Anes, 97 - Pinheiroswww.sitedobar.com
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ARACAJU MAGAZINE e indicam para ler...
A revolta de Atlas - Ayn RandTradução: Paulo Henrique BrittoNa mitologia grega, o titã Atlas recebe de Zeus o castigo eterno de carregar nos ombros o peso dos céus. Neste romance de Ayn Rand, os pensadores, os inovadores e os indivíduos criativos suportam o peso de um mundo decadente enquanto são explorados por parasitas que não reconhecem o valor do trabalho e da produtividade e que se valem da corrupção, da mediocridade e da burocracia para impedir o progresso individual e da sociedade. Mas até quando eles vão aguentar? A revolta de Atlas está dividido em 3 volumes de 352, 384 e 496 páginas.
A Passagem - Justin CroninTradução: Ivanir Calado‘A Passagem’ é um suspense sobre a luta humana diante de uma catástrofe sem precedentes. Da destruição da sociedade que conhecemos aos esforços de reconstruí-la na nova ordem que se instaura, do confronto entre o bem e o mal ao questionamento interno de cada personagem, pessoas comuns são levadas a feitos extraordinários, enfrentando seus maiores medos em um mundo que recende a morte.
O que se passa na cabeça dos cachorros Malcolm Gladwell - Tradução: Ivo Korytowski
‘O que se passa na cabeça dos cachorros’ reúne artigos publicados desde 1996 na coluna do autor na revista The New Yorker. No livro, Gladwell investiga as
razões por trás de enigmas e mistérios, como por que John Kennedy Jr. perdeu o controle do seu jatinho, como o governo Bush foi induzido a acreditar que Saddam Hussein escondia armas de destruição em massa ou por que é certo que ocorram
outros acidentes espaciais graves como o do Challenger. O mexicano César Millan, apresentador do programa de TV ‘O encantador de cães’, é o destaque do artigo que dá nome ao livro. Ele consegue acalmar o mais feroz e agitado animal com um toque das mãos. O que Millan pensa ao fazer isso? Mas a questão que será
desvendada vai além - o que o cachorro pensa quando interage com Millan? Além de estudar casos célebres, Gladwell também disseca situações envolvendo pessoas
que não são famosas nem poderosas, como as redatoras de comerciais da L’Oréal e da Clairol, que mudaram a história da mulher no século XX, e o investidor que faz
fortuna apostando na inevitabilidade do desastre.
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ARACAJU MAGAZINE indica
FlamingoDepois de três bem-sucedidos CDs à frente do grupo The Killers, Brandon Flowers estréia sua carreira solo
homenageando Las Vegas, sua terra natal, com o efervescente Flamingo. Logo na primeira faixa, intitulada “Welcome to
Fabulous Las Vegas”, o músico já deixa claro toda a proposta do álbum. Flowers continua com a pegada tão característica
da banda que o lançou, mas flerta com outros ritmos, como o country e o gospel. Destaque para a vibração oitentista da faixa
“Was It Something I Said?”.
Muito PoucoForam seis anos sem lançar nenhum disco, mas valeu à pena esperar! Moska reaparece com o recheado Muito Pouco, um álbum duplo com nove faixas em cada CD. Em sua nova empreitada, o compositor revela criações guardadas durante o período em que sumiu do mercado fonográfico. Tem música instrumental, pop dançante e baladas românticas. Participaram de Muito Pouco alguns nomes ilustres, como Bajofondo Tango Club, Kevin Johansen, Maria Gadú e Zélia Duncan. Destaque para a faixa “O Tom do Amor”!
PARA OUVIR...
Sea of Cowards O Dead Weather volta esfuziante depois de Horehound, álbum de estreia do grupo liderado pelo músico Jack White. Agora, a
gangue está ainda mais enraivada, com guitarras sangrando blues e uma atmosfera pra lá de soturna. Em Sea of Cowards,
White deixa um pouco a bateria de lado e ataca nos vocais. Destaque para a faixa de abertura “Blue Blood Blues” e para a
esquisitona “Looking at the Invisible Man”.
Marcelo D2 Canta Bezerra da SilvaMarcelo D2 Canta Bezerra da Silva sai cinco anos após a morte do cantor pernambucano. A ideia surgiu ainda no velório do sambista. Apesar de temeroso, já que ele próprio admite não ter o canto como destaque em sua trajetória, D2 resolveu dar a cara a tapa e homenagear seu ídolo. Neste trabalho, sai a figura do DJ e entra um grupo de samba. A produção do disco é assinada pelo experiente Leandro Sapucahy, que também dá uma força nos pandeiros, cuícas, ganzás e otras cositas más. Não espere versões diferentes ou surpresas em relação às músicas originais, D2 apenas pegou toda a obra de Bezerra da Silva e escolheu as faixas por afinidade.
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ARACAJU MAGAZINE indica
Nova York, Eu Te AmoNova York, Eu Te Amo é o segundo do projeto ‘’Cities Of Love’’ (Cidades do Amor, em tradução livre), que teve início com Paris, Eu te Amo (2006).
O filme traz doze histórias de amor, em formatos de curtas-metragens e ambientadas na cidade de Nova York. Cada curta tem direção e
roteiro próprio, mas diferentemente da versão francesa do projeto, apresenta uma novidade interessante: o diretor Randy Balsmeyer ficou encarregado de dirigir e escrever cenas de transição, que se encaixam
entre um curta e outro.
Caro FrancisDocumentário sobre Paulo Francis, que, com sua irreverência, transformou o jornalismo brasileiro. À sua maneira, denunciou todos os dias a impossibilidade de existência de vida inteligente no pensamento dominante, não importa que pensamento fosse dominante no momento. Para seus amigos, porém, Francis foi apenas um ser humano cuja dedicação e generosidade o tornavam especial. Caro Francis é justamente e pequena história de um homem que se tornou público, contada pelo filtro das amizades que cultivou.
NAS LOCADORAS...
Tragam-me a Cabeça de Alfredo GarciaCom direção de Sam Peckinpah, Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia narra a história de um homem que engravidou a filha de um poderoso e
brutal latifundiário (Emilio Fernandez). O chefão promete uma recompensa de 1 milhão de dólares a quem lhe trouxer sua cabeça. Na busca, dois
capangas chegam a Bennie (Warren Oates), que conhece e detesta Garcia por disputar com ele o amor de uma prostituta, Elita (Isela Vega). A partir
daí, a trama fica ainda mais interessante, prendendo o espectador com os altos e baixos de um roteiro extremamente audacioso.
400 contra 1Nos anos 70, um grupo de presos une-se pelos direitos e ideais coletivos. William (Daniel de Oliveira) é um dos protagonistas dessa organização. Sua trajetória é de fundamental importância para compreender os primórdios do contexto da atual violência urbana. Conflitos, fugas, assaltos, uma batalha violenta e uma história de amor fazem parte de sua vida nesse filme eletrizante. Com direção de Caco Souza, o longa ainda traz no elenco os atores Daniela Escobar, Negra Li, Jonathan Azevedo, Jefferson Brasil, Rodrigo Brassoloto, William Jonser e Lui Mendes.
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Sergipe é uma grande viagemergipe ganhou no dia 25 de no-vembro um novo e criativo es-paço na internet: o blog www.agenteviaja.com. Criado pela publicitária Carol Portugal e os jornalistas Kadydja Albuquer-que e Rodrigo Rocha, amigos de mais de uma década, o espaço tem conquistado cada vez mais
leitores graças à leveza, qualida-de, credibilidade e diversidade de textos e imagens.
Com maior foco em Sergipe, o blog busca apresentar o esta-do de um modo descontraído e informativo, privilegiando aspec-tos inexplorados de cada lugar, da cultura e de gente simples
E a galera do agenteviaja.com mostra por quêque faz a diferença. “o que nós queremos é mostrar que Sergipe tem, sim, muito a oferecer não só aos sergipanos, mas às pessoas de todo o mundo”, afirma a baia-na de nascimento e sergipana por escolha, Carol Portugal.
Gente, sabores e pontos de vi-sitação, aqui e no mundo, garan-
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Através do blog, sergipanos e turistas podem conhecer mais sobre as maravilhas da capital sergipana, como a Orla do Pôr-do-Sol
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tem a certeza de boas viagens. nas primeiras postagens há in-
formações sobre locais como a Ilha do ouro, a 180 km de Aracaju, um perfil com a figura folclórica de dona nadi, do povoado Mussuca, os doces de Dona nena, em nossa Senhora da Glória, e muitos outros assuntos.
“Quando pensamos no nome ‘a gente viaja’, quisemos deixar im-plícito que a viagem não é apenas física no sentido de ir ao local, mas de viajar também pelas histórias de vida, pelas imagens. nós apren-demos muito a cada viagem e, por isso, queremos dividir isso com as pessoas”, explica Rodrigo Rocha.
o blog também dá espaço para que os internautas compartilhem suas experiências e mandem tex-tos e fotos recomendando viagens a lugares aonde tenham ido. “Que-remos dialogar e, já na primeira semana, ficamos surpresos com a receptividade e o desejo que as pessoas manifestaram de mostrar suas histórias. o blog não pode ser feito apenas dos nossos relatos. É preciso dar espaço para que todo mundo participe e a troca se esta-
Cultura também é tema no A gente viaja, que traz uma bela galeria com a festa de Lambe-Sujos x Caboclinhos em Laranjeiras
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Kadydja Albuquerque, Caroline Portugal e Rodrigo Rocha em missão na Ilha do Ouro
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Além de destinos turísticos, o blog traz curiosidades sobre a culinária sergipana
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beleça de verdade”, finaliza Kadydja Albuquerque. Segundo os blogueiros, novos recursos serão incorpo-
rados ao blog como um playlist com músicas sergipanas e outras ferramentas de compartilhamento para tornar o espaço cada vez mais funcional. É Sergipe sendo cada vez mais divulgado para o Brasil e o mundo. A gente viaja com eles e aprova essa ideia. Acesse www.agenteviaja.com e siga no twitter@agenteviaja.
A jornalista Kadydja Albuquerque na travessia do Velho Chico em busca de belas imagens
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Umas das primeiras viagens do trio foi para a Ilha do Ouro, um paraíso em pleno sertão sergipano
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Rodrigo Rocha e Caroline Portugal fotografados por Kadydja Albuquerque durante passeio pelo sertão sergipano
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Ferrovias em Sergipe: Nota Histórica
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a segunda metade do século XiX até mea-dos do século XX, o trem foi um dos principais meios de
transporte no Bra-sil. antes das rodovias
asfaltadas, reinava estrada afora potentes e memoráveis locomo-tivas.
assim, o tempo das ferrovias deixou marcas no imaginário co-letivo. Prova disso é o uso do reló-gio da estação de trem como refe-rência de pontualidade no saber popular; a exemplo da seguinte comparação colhida da boca dos sergipanos e anotada por Carva-lho Déda (1898-1968) em precioso trabalho editado em 1967: “Certo como relógio de estrada de ferro”. os relógios das estações eram geralmente pontuais, e muitos re-gulavam por eles seus afazeres. Eis ainda outro provérbio popular que alude às ferrovias e também registrado por Carvalho Déda: “o trem apita é na curva”. o sentido dessa expressão é de que precisa-mos nos prevenir diante de uma situação de iminente perigo ou gravidade. Como indicam os dois adágios, os trens atravessaram o imaginário dos sergipanos.
ademais, acreditava-se que a chegada de linhas férreas nal-guma cidadela significava um futuro promissor. Por conta disso, planejou-se trazer ferrovias para
Sergipe no século XiX. Desse modo, desde 1872 que havia um projeto de estrada de ferro de aracaju a Simão Dias, com um ramal para Capela. E ainda anos depois, em 1881, o experiente en-genheiro mato-grossense Fran-cisco antônio Pimenta Bueno (1836-1888) elaborou relatório so-bre os traçados mais convenien-tes para construção de caminhos de ferro na província, a pedido do Ministério de obras Públicas, para alavancar nossa economia cujas estradas de terra e precá-rios portos fluviais dificultavam o escoamento da produção. Dessa maneira, a chegada das vias fér-reas em Sergipe, anos depois, trouxe novas perspectivas a seus moradores e modificou o cotidia-no das povoações. Noticiemos,
então, a presença do complexo ferroviário na história sergipana do século XX.
Em 1903, o então deputado fe-deral sergipano rodrigues Dória (1859-1938) apresenta projeto de implantação de estrada de ferro da Bahia até Propriá, com ramal por Simão Dias, pois ele tencio-nava abranger os vales agropecu-ários, alegando que a deficiência de escoamento dos gêneros pro-duzidos em Sergipe seria sanada. Dois anos depois, 1905, o gover-no federal autoriza obras para iniciar o tempo das ferrovias em Sergipe, excluindo porém o ra-mal de Simão Dias. Houve festa para lançamento dos estudos de-finitivos ocorrida em Laranjeiras, importante centro econômico e político do estado. a solenidade
* Por amâncio Cardoso
Laranjeiras Nnonnonon onon ononnonononon
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Ferrovias em Sergipe: Nota Histórica
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foi pomposa, conforme testemu-nha ocular e pároco da cidade Fi-ladelfo Jônatas de oliveira (1879-1972).
os estudos se encerram em 1906, contudo só em 1908 iniciam-se as obras do primeiro trecho, entrando pela fronteira da Bahia, seguindo por tomar do geru até aracaju. No entanto, somente em maio de 1913, ele é inaugurado. Já o segundo trecho, entre araca-ju e rosário, passando por Laran-jeiras começa a operar em março de 1914. E o terceiro, de rosário a Propriá, inaugura-se em agosto de 1915. todo este percurso foi denominado “timbó-Propriá”. São cerca de 300 Km de ferrovias compostas, do sul ao norte, por 25 estações: 1º trecho- tomar do geru; itabaianinha; Pedrinhas; Boquim; riachão; Salgado; ita-poranga; Escurial; rita Cassete; São Cristóvão; tebaida; aracaju. 2º trecho- Socorro; Laranjeiras; riachuelo; Caitetu; Maruim; ro-sário. 3º trecho- Carmo; Japaratu-ba; Murta; Capela; Japaratubinha; Batinga e Propriá. todas essas estações e pontos interligavam
o Estado tanto social quanto eco-nomicamente. Com elas, houve um intenso aumento no comércio de mercadorias, assim como uma diminuição na distância entre pa-rentes, amigos e clientes.
Uma das principais estações do trecho inicial é a de Boquim. Nela, houve relativo progresso econômico com a presença da ferrovia até meados do século. Nisso acreditavam os técnicos do instituto Brasileiro de geografia e Estatística (iBgE). Segundo eles, a chegada dos caminhos de fer-ro em Boquim modificou não só a economia local como também “requintou” os hábitos da popu-lação. a gare passou a ser pon-to de freqüência indispensável pela sociedade local, na espera da passagem dos “trens de ho-rário”. a bem da verdade, se a ferrovia não requintou hábitos, como diziam os técnicos do insti-tuto, ao menos possibilitou novas relações, novos usos e costumes. além disso, os trens de Boquim passaram a escoar gêneros ali-mentícios produzidos em Lagar-to, riachão e outras povoações, o
que movimentou sensivelmente a economia do lugar, reforçando a afirmação dos técnicos do iBgE.
talvez, uma das maiores ho-menagens à presença ferroviária na cidade da laranja tenha sido feita pelo famoso escritor baia-no Jorge amado (1912-2001), demonstrando a importância da via férrea no município. Em seu romance “tereza Batista Cansa-da de guerra”, de 1972, há um capítulo inteiro que se passa em Boquim. ali, a personagem que dá título ao livro chega e parte de trem, vivendo dias trágicos, pois o município enfrenta uma grave epidemia de varíola que tereza, então amásia do diretor do posto de saúde, ajuda a debelar. Con-tudo, além da sensual morena, a epidemia também chegou na pe-quena cidade do centro-sul ser-gipano pelos trilhos, através dos tripulantes da locomotiva. assim, a bexiga “desceu em Boquim. (...), inoculou-se no foguista [que cuida da fornalha] e no maquinis-ta [condutor da locomotiva], mas o fez devagar, dando-lhes tempo para morrer na Bahia, (...)”. Vê-se
Boquim nonnonon onon ononononon nonon onnononon nononono nonononno onono nononononnononnon
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que a trama do capítulo tem na estação boquinense palco de um roteiro trágico-erótico numa das obras-primas da literatura moder-na brasileira.
recentemente, em 2009, a pre-feitura e o iPHaN restauraram parte do patrimônio ferroviário de Boquim, satisfazendo desejo da população para que os bens edifi-cados (estação; plataforma; caixa d`água; casa de operários; praças e ruas adjacentes) fossem revita-lizados. aliás, a linha arquitetôni-ca da sua estação foge ao padrão da época; tem traços modernis-tas, inaugurada em 1948, quando substituiu a antiga. Desde então, muitos moradores, quando crian-ça, ali brincaram; já adultos, tra-balharam e viajaram. Portanto, o patrimônio ferroviário de Boquim é prenhe de valor arquitetônico e de memórias significativas. Urgia restauração!
outra importante estação do primeiro trecho é São Cristóvão. a chegada da via férrea desper-tou a esperança de progresso no local. alguns contemporâneos consideravam o funcionamento da via férrea, 1913, e da fábrica de tecidos, 1914, “como os dois mais eficazes veículos da ressurreição da mais velha cidade de Sergipe”. a partir de então, os costumes da população também são mudados. Um exemplo significativo é o do general José de Siqueira Mene-zes (1852-1931), que governou o Estado entre 1911 e 1914, ou seja, durante a instalação das ferrovias sergipanas. a partir de então, ele vinha de trem regularmente de São Cristóvão a aracaju para os devidos despachos no Palácio e
retornava para a estação da velha cidade onde nascera.
a mais importante estação do trecho inicial era a de aracaju, porque ligava as linhas do sul com as do norte e tinha maior movimento. Ela se localizava pró-xima aos mercados municipais no centro e funcionou de 1913 a 1950. Um episódio memorável na antiga estação de aracaju foi a visita do presidente da república getúlio Vargas (1882-1954) em 30 de agosto de 1933. Ele e sua comi-tiva seguiram até Propriá no dia seguinte. a viagem pelo Nordes-te fazia parte da campanha em busca de votos em apoio à cons-tituinte que elaboraria a Carta de 1934, prolongando seu mandato. Na despedida, a banda de músi-ca tocou durante o embarque na antiga estação e “sob palmas e
vivas o comboio especial partiu”. Em 1948, o cronista Mário Ca-
bral (1914-2009) escreveu sobre as más condições dessa primeira estação aracajuana. Ele a clas-sificou de “pardieiro”, em alu-são às condições de “descaso e desmazelo”. Quanto à segunda estação, ainda em construção à
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São Cristóvão nonnonon onon ononononon nonon onnononon nononono n
“desceu em Boquim. (...), inoculou-se no foguista [que cuida da fornalha] e no ma-quinista [condutor da locomotiva], mas o fez devagar, dando-lhes tempo para morrer na Bahia, (...)”.
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época do testemunho do autor, pois foi inaugurada no final de 1950, no bairro Siqueira Campos, embora Cabral reconhecesse sua grande dimensão arquitetônica, ele reclama dos desgastes dos trilhos; da falta de força das lo-comotivas para subirem ladeiras; dos atrasos e da superlotação dos vagões. Eram comuns notas nos jornais cobrando da empre-sa administradora do primeiro trecho, a Chèmins de Fer, maior respeito aos passageiros por con-ta de descarrilamentos; da falta de manutenção dos trilhos; dos atrasos; das paradas por falta de combustível; do mau atendimen-to dos funcionários; do maquiná-rio envelhecido e do excesso de
lotação. Entretanto, em 1949, o corde-
lista alagoano rodolfo Coelho Cavalcante (1919-1986), em seu “aBC de aracaju”, escreveu ver-sos elogiosos relativos às esta-ções da capital. Num passo do poema, ele anota: “Estação da via Férrea/ Fica defronte do merca-do/ outro prédio formosíssimo/ Está sendo edificado/ No bairro das oficinas/ E mais obras purpu-rinas/ De um progresso elevado”. Neste trecho, o versejador tam-bém alude à mudança da antiga estação do mercado para o novo prédio inaugurado em 1950, no Bairro Siqueira Campos, na atual praça dos Expedicionários, onde se localizavam as oficinas das
locomotivas que davam nome à área. Contudo, ao contrário de Mario Cabral, o autor alia pro-gresso e modernidade à constru-ção da nova estação, pensamen-to comum no auge dos tempos da ferrovia; era o que vislumbrava o espírito da época.
a antiga estação de trem de aracaju também foi homenagea-da pelo poeta Jacintho de Figuei-redo e pelo memorialista Murillo Melins. o primeiro escreveu o poema “Estrada de Ferro” em sua obra “Motivos de aracaju”, de 1957. os versos se referem, com saudosismo, ao fechamento da
A estação de Aracaju, em foto publicada na Revista Illustração Brasileira de 2/6/1923
“Estação da via Férrea/ Fica defronte do mer-cado/ Outro prédio for-mosíssimo/ Está sendo edificado/ No bairro das Oficinas/ E mais obras purpurinas/ De um progresso elevado”
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Pátio da estação em 09/2005. Foto Elias Vieira
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estação próxima aos mercados. Numa das estrofes, lamenta: “Não mais aquela ocasional poe-sia,/ tão expressiva aos olhos da cidade:/ a chegada do trem, - que era alegria .../ a partida do trem, - que era saudade ...”. a velha es-tação fora demolida após desati-vação em setembro de 1950.
Quanto a Melins, ele também rememora, saudoso, a primeira estação da capital quando “a ve-lha locomotiva movida à lenha, balançando nos trilhos, apitan-do insistentemente” chamava a atenção dos distraídos. Ele re-lembra ainda tipos populares que trabalhavam na velha gare da capital; tais como os carregado-res de mala “Preguinho, o Mudo, Erasmo, Lafaiete e alemão” que disputavam a preferência dos passageiros”.
Para o pesquisador Silvério Fontes (1925-2005), a inaugura-ção da estrada de ferro em ara-caju foi o acontecimento mais importante da capital, ao centrali-zar as atividades regionais sergi-panas entre 1930 e 1950. Porém, complementa professor Silvério,
a ferrovia perdeu importância de-vido ao equipamento deficiente. tal denúncia passou a ser gene-ralizada, com o acréscimo de que os materiais rodantes mais novos eram enviados para as cidades da Bahia, onde se localizava a sede da empresa administradora.
o segundo trecho das linhas férreas em Sergipe passa a fun-cionar em 1914. Nele, continua-ram as reclamações de deficiên-cia no serviço sem providências da empresa responsável. Desse modo, num dia de intenso movi-mento de passageiros, aconteceu o grave acidente ferroviário de 18 de março de 1946, entre Laranjei-ras e riachuelo, próximo ao enge-nho Pedrinhas. os vagões tinham saído superlotados de aracaju em direção ao ramal de Capela. E as-sim ocorreu: por volta das 19 ho-ras, uma composição descarrilou, provocando o luto de várias famí-lias. o número de mortos chegou a mais de sessenta, conforme o Diário de Sergipe. Mas a impre-cisão era evidente, pois muitos corpos foram enterrados sem au-torização da polícia legista, que
mesmo após 24 horas não havia comparecido ao local do aciden-te. Segundo a imprensa da épo-ca, os administradores da Viação Férrea Federal Leste Brasileiro mantinham “um antigo desprezo pelos interesses coletivos”, com material rodante imprestável. Por isso, diziam os periódicos, a tra-
A estação de Capela em 2002. Reproduzido do livro Lampião e a Maria Fumaça, de A. A. Araújo e L .R. Bonfim
“O trem subindo can-sado/ Chega por fim ao planalto/ E passa a cor-rer feliz/ (...)/ Ao rom-per os povoados/ Que cercam firme a cidade/ Meu coração se com-prime/ Com uma louca alegria/ (...)/ O trenzi-nho dobra a curva/ Ao longe avisto a estação”
De acordo com os guias de horários, os trens de passageiros pararam nesta estação de 1915 a 1964.Veja aqui horários em 1964
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gédia era previsível. ainda hoje, os serviços de transporte público no Brasil merecem melhor plane-jamento e fiscalização do poder público, para que não ocorram fa-talidades ou má prestação de ser-viço a uma população que paga impostos abusivos.
Porém, o referido desastre não apagou a saudade do vai-e-vem da estação de Laranjeiras, confor-me testemunha o poeta riachue-lense João Silva Franco - o popu-lar João Sapateiro (1918-2008) -, autor do poema “Marasmo”, de 1974, em que registra a impor-tância do trem na vida da atenas Sergipense, onde morou até mor-rer. tome-se o trecho em que o poeta Sapateiro revela a tristeza de viver sem o alarido da estação laranjeirense: “a estação cheia de vida/ Hoje vive entristecida/ Sem pregão, sem poesia;/ (...)/ o com-boio serpeante,/ Barulhento e tre-pidante,/ Nunca mais apareceu;/ E a velha estação da Leste/ Hoje de luto se veste,/ Porque o trem pereceu!”. Com o fim das via-
gens pelas ferrovias sergipanas em 1977, as cidades servidas por elas coincidentemente se estag-naram; ou ao menos perderam a vivacidade de outrora.
outra estação do segundo tre-cho era a de Capela. Ela era estra-tégica, pois era o único tronco de interiorização das ferrovias para escoar os gêneros do agreste-ser-tão sergipano. a estação ligava-se por um ramal que partia do po-
O presidente Garrastazu Médici
voado Murta. a chegada do trem em Capela, partindo de Salvador e percorrendo desde o sul de Ser-gipe, foi documentada no poema “itinerário de Viagem” escrito pelo magistrado Manoel Cabral Machado (1916-2009). Ele des-creve, com nostalgia, o pitoresco das estações que impressiona-ram o então estudante de Direito; cujo percurso era feito por quatro vezes ao ano, entre 1936 e 1942, para rever a família, os amigos e a “doce amada”. Dessa maneira, ele recorda a chegada ansiosa na Princesa dos tabuleiros. ouça-mo-lo: “o trem subindo cansado/ Chega por fim ao planalto/ E pas-sa a correr feliz/ (...)/ ao romper os povoados/ Que cercam firme a cidade/ Meu coração se compri-me/ Com uma louca alegria/ (...)/ o trenzinho dobra a curva/ ao longe avisto a estação”.
Já o terceiro trecho, ele funcio-na a partir de 1915. Uma de suas estações que merece destaque é a de Propriá. a estação propriaen-se, a 110 Km de aracaju, atende
Barco que conduzia pessoas e cargas rio abaixo a Penedo, em Alagoas, em 1922 (Revista Illustração Brasileira, setembro de 1922)
A estação de Propriá ainda funcionava por volta de 1972, antes da conclusão e entrega da ponte sobre o São Francisco. (Geografia Ilustrada, 1975)
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também ao movimentado comér-cio ribeirinho, ligando a região sanfranciscana com o restante do Estado.
a estação ribeirinha tornou-se ponto estratégico. Ela se situa no extremo norte, ligando o estado com os ramais setentrionais de alagoas e Pernambuco, sobretu-do a partir de um evento memorá-vel na história dos transportes em Sergipe: a inauguração da ponte rodo-ferroviária sobre o rio São Francisco em dezembro de 1972. Ela foi o marco de dois fatos com sentidos opostos. De um lado, via-se o vigor das rodovias asfal-tadas em crescente proliferação; de outro, iniciava-se uma etapa de recuperação das então deca-dentes ferrovias, sobretudo para transporte de mercadorias.
Para inaugurar esta importante ponte, fez-se presente o ministro dos transportes (coronel Mário andreazza); o comandante da iV região Militar do Exército (gene-ral Valter Menezes Paes); os gover-nadores dos estados de alagoas e Sergipe (engenheiro Paulo Bar-reto de Menezes) e outras autori-dades. afinal, a ponte de Propriá inseria-se no sistema nacional de transporte executado pelo gover-no militar, na gestão do presiden-te garrastazu Médici (1905-1985), caracterizado por investimentos de grandes obras com vistas à se-gurança e à integração nacionais. Foram desse período, por exem-plo, a ponte rio-Niterói (1974) e a rodovia transamazônica (1972). Nesse contexto, o trem que abriu o tráfego sobre o São Francisco foi denominado de “trem da in-tegração Nacional”, pois a rede
A estação de Propriá ainda funcionava por volta de 1972, antes da conclu-são e entrega da ponte sobre o São Francisco. (Geografia Ilustrada, 1975)
Ferroviária Federal, substituta da Leste Brasileiro, ligaria as regi-ões Nordeste, Sudeste e Sul com uma linha regular desde recife, passando por Propriá, até Porto alegre, levando principalmente alimentos e depois minérios, para alavancar o que se denominou de “milagre econômico” opera-do pelo governo Médici, de 1969 a 1974. Desde então os trens de passageiros em Sergipe seriam substituídos por trens de carga, até a paralisação de toda a rede no estado em 2007.
Mesmo após vários anos do fim das viagens nos trens, ainda hoje muitos sentem saudade dos tem-pos em que o apito da locomotiva marcava as horas; os comboios estacionavam a trazer novidades; os ambulantes ofereciam quin-quilharias nas gares; os lenços acenavam; enfim, vidas pulsavam no lufa-lufa das estações.
atualmente, grande parcela da cultura material ferroviária jaz abandonada pela falta de inte-resse da gestão pública e de in-vestimentos da iniciativa privada. aqueles que viveram “o tempo das estações”, hoje vergam sob o
peso da saudade; e o patrimônio ferroviário sergipano, por onde passava a rede timbó-Propriá, ora sucumbe sob os estragos im-perdoáveis do tempo.
ao presenciarmos a situação de abandono em que ainda se encontra nosso patrimônio fer-roviário e após conhecermos sua importância histórico-cultural, clamamos para que esses bens sejam revitalizados. Se não para servirem como meio alternati-vo de transporte de passageiros e carga, que sejam emprega-dos para demandas do turismo; como ocorrem nos países de-senvolvidos. reclama esta invo-cação, por exemplo, as estações ainda conservadas de aracaju, itabaianinha, Salgado, São Cris-tóvão, itaporanga, Nossa Senho-ra do Socorro, Murta (em Capela), Laranjeiras, riachuelo e Propriá, cujas comunidades em seu en-torno merecem projetos que lhes dêem melhores e mais rentáveis usos, além de um reencontro, por direito, com suas memórias.
* Historiador, professor do iFS e sócio do iHgSE. ([email protected])
sebrae
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Prêmio Mulher de Negócios
uas histórias de vida diferentes, mas marcadas por uma mesma característica: a força do empre-endedorismo. assim podem ser definidas as trajetórias de Jucile-ne santana dos santos e Patrícia euzébio ribeiro, vencedoras de mais uma edição do Prêmio se-brae Mulher de Negócios Ciclo 2010. a entrega dos prêmios foi realizada no dia 16 de dezembro, no Hotel aquárius.
Jucilene, premiada na catego-ria Negócios Coletivos, é presi-dente da associação brejogran-dense de Criadores de abelhas e artesãos (abeca), localizada no povoado brejão dos Negros, mu-nicípio de brejo Grande. Lá, a pro-fessora, após analisar o cenário de pobreza em que viviam vários de seus conterrâneos e a falta de perspectiva para os jovens da re-gião, reuniu um grupo de pessoas
e decidiu dedicar-se à apicultura. Com apoio do sebrae e de outras instituições parceiras, o grupo passou a investir na produção de pólen apícola e viu o negócio prosperar.
No inicio das atividades os en-xames de abelhas garantiam ape-nas 5 kg de pólen por semana, mas atualmente a produção che-ga a 100 kg no mesmo período de tempo. a mercadoria passou
Jucilene Santana e Patrícia Euzébio Ribeiro, vencedoras do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios Ciclo 2010
solenidade também marcou a entrega dos prêmios MPe brasil e PeXse a empresas do estado
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Mor
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Um incentivo ao empreendedorismo da mulher sergipana
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a ser comercializada em feiras e passou a despertar a atenção de moradores de diversos estados. Hoje, o produto fabricado pelas abelhas de brejão dos Negros é comercializado em são Paulo, rio de Janeiro, espírito santo, brasília e futuramente chegará à alemanha
“Muitos jovens deixavam o povoado quando concluíam o ensino médio, porque não havia aqui nenhuma perspectiva para melhorar de vida. Com o pólen, esse cenário começou a mudar. Hoje, eles expressam a vontade de também serem criadores de abelhas”, explica Jucilene.
De estagiária à empresáriaJá Patrícia ribeiro, vencedora
na categoria Pequenos Negó-cios, recebeu o reconhecimento por conta da sua trajetória em-preendedora. “aos 17, comecei a trabalhar como estagiária em uma empresa de minha família
e fui melhorando de função ao longo dos anos. resolvi prestar vestibular para a área de Turismo e logo depois fui contratada por uma empresa do setor hoteleiro. após realizar um bom trabalho, decidi abrir o meu próprio negó-cio, ligado à área de eventos. Foi aí que surgiu a Perfil Produções em eventos Ltda”.
O prêmio Mulher de Negócios destaca o trabalho realizado por personalidades em suas áreas de atuação. realizada desde 2006, em sergipe, a homenagem é co-ordenada por uma equipe de téc-nicos do sebrae, que avalia um texto escrito por cada uma das candidatas ao título. após a pri-meira etapa de análise, as sele-cionadas recebem uma visita de uma equipe de avaliadores para conhecer in loco a veracidade dos relatos. em seguida, um júri deci-de quem serão as vencedoras.
as premiadas, além de um tro-féu, recebem como presente o
Prêmios MPE e PEXSE Na mesma solenidade, tam-
bém foram anunciados os ven-cedores dos prêmios de Compe-titividade para Micro e Pequenas empresas, o MPe brasil, e do Prêmio de excelência sergipe (PeXse). O primeiro busca reco-nhecer o trabalho desenvolvido por micro e pequenas empresas na promoção do aumento da qualidade, da produtividade e da competitividade. Já o segun-do, valoriza, com base nos Cri-térios de excelência do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), o trabalho desempenhado pelas
direito de participar de qualquer capacitação oferecida pelo se-brae e do seminário de excelên-cia de Qualidade, a ser realizado em brasília em 2011. além disso, também estão aptas a participar da etapa regional da premiação. Caso sejam vencedoras, dispu-tam o título nacional e recebem como prêmio uma viagem para a Itália. em 2009, a sergipana Ivana Torres, da Constat Gestão de saú-de, foi a campeã nacional na ca-tegoria Pequenos Negócios, por conta de seu trabalho de atendi-mento médico domiciliar.
Para a gestora do Mulher de Negócios, em sergipe, aldeci andrade, a premiação funciona como um incentivo ao empreen-dedorismo. “Queremos sempre destacar o trabalho de pessoas que se empenham para ter suces-so em seus negócios. as histórias de vida dessas pessoas merecem ser destacadas e seguidas por vá-rias outras mulheres”.
Organizações Públicas, Privadas e do Terceiro setor em sergipe para disseminar e promover a excelên-cia da sua gestão.
Foram premiados, no MPe bra-sil, a rezende auto Peças Ltda e eaut Comércio de Material elétri-co e serviços Ltda, na categoria Comércio; CPF Comercial de Pa-rafusos e Ferragens Ltda, como Indústria; Tecned – Tecnologias educacionais Ltda, em educação; e Turise agência de Viagens, na categoria Turismo.
Já no PeXse foram contempla-dos a estado da arte Treinamento e Consultoria Ltda e bahiana Dis-
tribuidora de Gás Ltda - Ultragás (diploma de honra ao mérito pela pontuação obtida na avaliação), Única Unidade de Informação, Pesquisa e Consultoria (Placa de bronze) e energisa sergipe Distribuidora de energia s/a (Troféu bronze).
Os dois prêmios são oferecidos pelo Movimento Competitivo de sergipe (MCs), Fundação Nacio-nal de Qualidade (FNQ), sebrae, Gerdau, Movimento brasil Com-petitivo, secretaria de estado do Desenvolvimento econômico, da Ciência e Tecnologia e do Turis-mo (sedetec) e Petrobras.
evento
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A
Yázigi avança ainda mais
rede Yázigi Internexus, uma das mais respeitadas no segmento de escolas de idiomas do Brasil, passou a fazer parte de uma hol-ding controlada pelo Grupo Multi e Banco Itaú. A mudança, conso-lidada no dia 19 de novembro de 2010, não acarretará em qualquer alteração no método de ensino e aprendizagem da instituição.
“Do ponto de vista das opera-ções da marca Yázigi, nada muda com essa transação. ou seja,
Rede de escolas de idiomas passa a ser controlada pelo Grupo Multi e Banco Itaú
neGócIos
Yázigi - 13 de Julho
Yázigi - Bairro Jardins
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Antelmo Almeida, diretor do Yázigi - Sergipe
a marca, as aulas, o método, o material didático, as equipes de professores, orientadores peda-gógicos e diretores continuam as mesmas, com a mesma qualida-de de sempre”, afirma Antelmo Almeida, proprietário da franquia Yázigi em Aracaju.
Além do Yázigi, a holding ainda traz mais oito marcas sob a sua tutela: skill, Alps, Wizard e Qua-trum em franquias de idiomas; Microlins, People, Bit company e sos computadores em fran-quias de cursos profissionalizan-tes. com todos esses investimen-tos, o Grupo Multi encerrou o ano de 2010 com faturamento de 2,3 bilhões e 3.520 escolas, espalha-
das no Brasil, nos eUA, na Ásia, na África, na europa e na Améri-ca Latina.
“vejo de forma altamente po-sitiva a integração do Yázigi ao Itaú e ao Grupo Multi. Haverá um grande reforço no marketing em nível Brasil, e teremos vastos re-cursos para implementar novas ações em termos pedagógicos e mercadológicos. Para o Yázigi Aracaju, será mais um estímulo financeiro para que possamos nos fortalecer e crescer ainda mais no mercado sergipano”, conclui Antelmo, também um dos membros que compõem o conselho nacional de Franquea-dos da Rede Yázigi.
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Réveillon na Orla
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Réveillon na Orla
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A festa de Réveillon organiza-da pela Prefeitura de Aracaju na Orla de Atalaia já faz parte
da tradição de fim de ano na cidade. Num clima de confraternização, cen-tenas de famílias se reuniram à bei-ra mar, aproveitando a tranquilidade da festa e a animação dos shows de Diogo Nogueira, Margareth Menezes e da banda sergipana A Fábrica.
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O cantor Diogo Nogueira
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Para que todos pudessem as-sistir às apresentações, a PMA montou o Camarote da Acessibi-lidade, dotado de rampa e altura que permitiu que pessoas com necessidades especiais pudes-sem observar a tudo sem passar por transtornos ou constrangi-mentos.
Na hora da virada, a queima de fogos iluminou o céu com casca-tas coloridas, o que atraiu o olhar do público durante os 15 minutos de duração. Muita gente aprovei-tou a proximidade com o mar para pular sete ondas, que segundo a superstição atrai boa sorte para o novo ano.
Margareth Menezes
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Estrutura Para atender às expectativas da popula-
ção que, a cada ano, comparece em maior número ao evento, foi montada uma mega estrutura com dois palcos com 14m x 14m cada, para apresentação dos artistas. Além disto, criou-se um palco alternativo dedica-do à música eletrônica, a Tenda Mix. Para as pessoas que estavam mais distantes do palco, foram colocados telões em locais es-tratégicos.
A segurança foi garantida pelos 100 ho-mens da Guarda Municipal e 350 da Polícia Militar e Civil, que estiveram presentes du-rante todo o evento. O local da festa foi mo-nitorado por 12 câmeras fixas e duas mó-veis. Esteve presente também uma equipe formada por 20 homens do Corpo de Bom-beiros que permaneceu a postos durante toda a madrugada.
Médicos, enfermeiros e auxiliares do Ser-viço Médico de Urgência (Samu) ficaram de plantão, atendendo àqueles que neces-sitaram de auxílio médico. O evento contou ainda com representantes da Vigilância Sa-nitária e do Conselho Tutelar.
Telões facilitaram a visão do show
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C om muito charme, personalidade e uma mega-produção, o Com Amor Beach Bar recebeu mais de 3 mil pessoas para celebrar a che-gada do novo Ano. Além da lin-díssima decoração e do cardápio de comidas e bebidas impecável, o público curtiu toda boa energia das bandas Cheiro de Amor e Chi-
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ca Fé, e do DJ Rafael Assad, que mandou bem com as suas pick-ups na super tenda eletrônica, montada na frente do palco. Aliás, a originalidade não parou por aí. A tradicional queima de fogos na beira da praia foi também o ponto alto para que a festa fosse, ainda, mais memorável. Muitos vips de
nossa cidade estiveram presentes e curtiram tudo até o dia amanhe-cer. toda organização foi realiza-da pelo Augustu’s, que, inclusive, está de parabéns pela festa ma-ravilhosa. Para quem perdeu, no próximo ano tem mais novidades. Confira a cobertura nas lentes de Latino e Barreto.
Alto astral, gastronomia de primeira e gente bonita foram os tons da festa
Ficou na história
aracaju MAGAZINE • 137 5151aracaju MAGAZINE • 137
Susana Azevedo e Joel Freitas
Mel Almeida, Fabiano e Raquel Oliveira, e TB
Valadares Filho, Suerda Barreto e Fabiano Oliveira
Madalena Sá, Edvaldo Nogueira, Danusa Silva e Cristiano Andrade
Dinho Santana, Tereza Franco e Rafaela Vieira
Belivaldo Chagas, Elber Filho e o senador Valadares
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Gilson Figueiredo, Hugo Julião e o deputado Federal Otavio Leite (PSDB/RJ) Paula Gomide e Yuri Rocha
Fátima Duarte, Erick Ricarte e Waleska BritoO ex-jogador do Fluminense, Washington, e Fabiano Oliveira
Sacuntala Guimarães e Luís Sérgio
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Hulda Maria, Adelaide e Laércio Oliveira, e Lauro Menezes
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Non nonononononnononono nononon onnononCláudio e Cintia Tourinho, Milton e Sônia Andrade, Sylvia
e Hugo Gurgel
Luciano Bispo e Roseli Andrade
Eliane Rocha, Elber Batalha Filho, Robson Millet e Luciana Valadares
Maurício Carvalho, Hermano Marinho e Marco Oliva
Marluce e Cezar Britto
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Sukita e Silvany
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Frank Vieira e Fernanda LimaAdierson e Rejane Monteiro
Fábio Ribas e Tininha
Carlos Augusto Nascimento e Marília Menezes
Luciano Cursino, Valéria, Renato, Osanilde Oliveira, Jéssica e Odenilton Menezes
Wanderlan Júnior e Bianca Andrade
Rua Campo do Brito, 122 (próximo à Deso) - Encomendas pelo telefone: 3211-5857
FESTIVAL DE SOPAS - ALMOÇO EXECUTIVO - CAFÉ DA MANHÃPÃES - DOCES - FRIOS - SALGADOS - TORTAS
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Na noite do dia 6 de dezembro, o sin-dicato das empresas de transporte de Passageiros do Município de aracaju - setransp - realizou, no es-paço sobre as Ondas, a solenidade de premiação dos contemplados no 2° Prêmio setransp de Jornalismo.
O evento, que visa estimular o debate e a reflexão sobre temas que envolvem o transporte público,
premiou talentos da imprensa ser-gipana nas categorias mídia eletrô-nica - site-jornalístico, televisão e rádio reportagem; e mídia impres-sa - reportagem e fotografia.
O Prêmio setransp de Jornalis-mo também destaca personalida-des que dedicaram suas vidas à construção e a consolidação do transporte público em sergipe.
esse ano, o evento homenageou o empresário antônio Monteiro da silva, precursor da Viação Progres-so em aracaju.
Concorrentesessa edição, contou com a par-
ticipação de 38 jornalistas e 53 trabalhos com o tema ‘Mobilidade urbana: soluções e riscos de não
O homenageado do evento, empresário Antônio Monteiro da Silva, entre Adierson Carneiro Monteiro e Lauro Antônio Menezes, respectivamente diretor-presidente e diretor financeiro do Setransp
2º Prêmio setranspde Jornalismouma suntuosa festa para homenagear a imprensa sergipana
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priorizá-la’. todos foram avaliados por uma comissão formada por sete jurados, distribuídos por cate-gorias específicas.
as categorias mídia impressa / fotografia, mídia eletrônica / repor-tagem televisiva e mídia eletrônica / rádio-reportagem foram analisa-das por Lúcio telles, repórter-fo-tográfico; pelo Major Paulo César Paiva, diretor de trânsito da supe-rintendência Municipal de trans-porte e trânsito (sMtt); e por Ha-roldo quintino, administrador que atua no ramo da publicidade e da produção de eventos através da 9 Idéia Publicidade.
Os jurados da categoria mídia impressa / reportagem foram o po-eta e jornalista araripe Coutinho e o advogado José antônio Ferreira. Na categoria mídia eletrônica / site jornalístico, os jurados foram Francisco dantas, presidente do detran, e Osvaldo Nascimento, su-perintendente da sMtt. Para ele-ger os vencedores, a comissão uti-lizou como critérios de avaliação a fidelidade ao tema, a pesquisa, a correção, a qualidade e a origina-lidade do texto.
A familia do homenageado
O superintendente do Setransp, José Carlos Amâncio, e sua esposa, Leninha, abraçam o homenageado
O homengeado, entre o empresário Joel Freitas e a deputada Estadual Susana Azevedo
Antônio Monteiro, entre o deputado Federal Albando Franco e a vereadora Miriam Ribeiro
O deputado Estadual Zeca da Silva prestigiou o evento
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PREMIADOSConfira lista dos contemplados
com prêmios de R$ 3 mil, R$ 1.500 e
R$ 1.000, para o 1º, 2º e 3º lugares,
respectivamente.
Mídia eletrônica / televisão
3° lugar: “Ciclovia / Integração modal” tV Canção Nova - Rosalvo Nogueira
2° lugar: “transporte coletivo / Prioridades” tV Canção Nova - Rosalvo Nogueira
1° lugar: “diminuição da mobilidade no trânsito de aracaju aumenta o stress urbano” / tV Cidade - Rafael Reis
Mídia eletrônica / rádio reportagemNessa categoria, devido a um entendimento dos jurados, baseado no regulamento, apenas foram premiados o 1º e o 2 º lugar
2° lugar: “Mobilidade: de bicicleta na capital sergipana e os obstáculos da locomoção” / Rádio Cultura - Ceiça dias
1° lugar: “Custo-transporte, como resolver” 930 aM - Gabriel damásio Mídia eletrônica / site jornalístico
3° lugar: “Os desafios do portador de sobrepeso no transporte” / emsergipe.com Fredson Navarro
2° lugar: “sem prioridades, transporte coletivo agoniza em meio a trânsito caótico” Cinformonline - suzy Guimarães
1° lugar: “transporte público precisa de passagem em aracaju” / Cinformonline Wellington Barbosa Mídia impressa / reportagem
3° lugar: “203 mil veículos trafegam por mês na capital” / Jornal da Cidade - Célia Menezes
2° lugar: “aracaju ainda não é acessível para todos” / Jornal da Cidade - Najara Lima
1° lugar: “Mobilidade urbana de aracaju exige educação de pedestre a governante” Jornal Cinform - Niúra Belfort Mídia impressa / fotografia
3° lugar: “Mobilidade urbana de aracaju exige educação de Pedestre a governantes” Jornal Cinform - Marcele Cristinne
2° lugar: “Gerenciamento para o futuro”Jornal Gazeta New - José edson
1° lugar: “O vai e vem no dia da eleição”Jornal da Cidade - Jadilson simões
A premiada equipe do Cinform
Jornalistas contemplados
Grupo de empresários de Maceió veio prestigiar o evento
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gente Por thaïs Bezerra
a agenda social e empresa-rial - sociedade sergipana, edição 2011, uma parceria
com a editora eBge, superou todas as expectativas em participação de anunciantes. assim também foi a noite de seu lançamento no salão Camp Perrin, do grupo haiti. ho-mens e mulheres elegantes, repre-sentantes dos diversos segmentos
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Durante o discurso no belo e elegante salão de festas Camp Perrin
agenda empresarial tB 2011da administração pública e da ini-ciativa privada, estiveram presentes e transformaram, mais uma vez, o lançamento da agenda numa noite especial. a presença do DJ Cafu, da cantora Maysa reis e o desfile da Iódice elevaram ainda mais o tom da festa. tB registra a participação dos colabores e agradece a todos os anunciantes.
A proprietária do Jornal da Cidade, Tereza Franco, e o diretor administrativo, Ademir da Conceição
O empresário Marcos Franco, do JC, e a bela esposa Fernanda Franco, proprietária da loja Iódice em Aracaju
Robson Toscano, da editora EBGE, diretor responsável pela edição da Agenda
A bufeteira Acácia Barbosa foi a responsável pelos deliciosos saboresda noite
A cantora Maysa Reis brilhou no palco da festa
DJ Cafu, como sempre, arrasou
Nicélia Santana, impecável no cerimonial e a organização do evento
A mana Tamar Bezerra, responsável pela produção da Agenda, ao lado das irmãs Tânia e Tanit
Exemplares da Agenda Empresarial 2011
Desfile da Iódice
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Guimarães Militão
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Local de nascimento: Aracaju Idade: 20 anosSigno: EscorpiãoEstudo: Superior incompleto (cursando bacharelado em Física na UFS e Publicidade, na Unit, ainda neste primeiro semestre)Profissão: Modelo
Qual a sua ocupação favorita?Fazer fotos...baladas...
Seu sonho mais louco...Ser famosa
Quem você gostaria de ter sido em outra vida?Fernanda Lima
Qual o lugar que gostaria de conhecer?Veneza
Um objeto do desejo...Ser bem sucedida
Qual o seu maior medo?Não alcançar meus sonhos
Um presente...O meu pai
Na pele de quem você gostaria de passar um dia?De uma médica
Ambição de infância... Fama
Qual o seu bem mais precioso?Minha inteligência
O que está lendo agora?Ágape de Pe. Marcelo Rossi
O que você mais valoriza nos amigos?Cumplicidade
Sua maior extravagância...Querer aparecer em tudo
O que uma pessoa precisa ter para ser interessante para você?Respeito e caráter
Como gosta de relaxar...Em um fim de semana no Pontal do Peba (AL), meu paraíso
Seu lema...Ser feliz sempre
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Cabelo e maquiagem: By ThomazProdução: Maison CherryFotos: Studio Osmar
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CUma joia de noiteom muita sofisticação e elegância, a antenada Sheila vidal lançou mais uma novidade: uma linha de óculos escuros para o verão 2011. As pe-ças, com excelente acabamento e diversos modelos, trazem a marca da modernidade e do bom gosto, características de Sheila. tudo den-tro do único propósito de atender à mulher que gosta de ter acessórios variados, com preços acessíveis e qualidade comprovada. A linha de óculos vem completar o mix de pro-dutos que a loja Sheila vidal Semi Joias oferece. o lançamento foi re-alizado na sede da loja, no Comple-xo 13 de Julho, numa noite de alto astral, com a presença de convida-dos especiais, recebidos, de forma muito carinhosa, pelas irmãs Bruna e Sheila vidal.
Sheila Vidal e Patrícia Aguiar
Sheila Vidal, Maria Clara Andrade e Bruna Vidal
Kátia Andrade e Sheila Vidal
Bruna Vidal, Hugo Julião e Sheila Vidal
Edivan, Libele Maugueira e Sheila Vidal Grasielle Osório, Sheila Vidal e Rui Pithon
Sheila Vidal, Guelbora Lima e Bruna VidalSheila Vidal e Sônia Mara
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Raquel Aragão Maria Clara Andrade, Mirian Andrade Vidal e Alisson Faro
Marta Albuquerque, Guelbora Lima e Sônia Mara
Raquel Aragão, Hugo Julião e Ninha
Guelbora Lima e Ana Passos
Sheila Vidal e Meire Mittaraquis
FeizokaMeninas da Cristal
DJ Virgílio, manteve o auto astral
Kátia Guimarães, Lidiane Guimarães e Sheila Vidal Ana BotoGilma Oliveira, Sheila Vidal e Juliana Oliveira
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no dia 06 de novembro, os jovens Kívia Serra e Marcos Serra subiram ao altar. na Catedral Metropolitana, muitos familiares, amigos e convidaddos prestigia-
ram o enlace. os noivos são filhos de Josué Reis Silva e Ma-ria José Cardoso Silva e João Alberto nunes Silveira e Maria Lemos Serra Silveira, respectivamente. Após a Cerimônia, os pais e noivos receberam os convidados para uma elegante recepção que aconteceu no Spaço nobre.A foto no altar, após o sim
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o casamento de Kívia Serra e Marcos Serra
A chegada da noiva à igreja Alinne Cardoso Silva e Fábio SerraO brinde dos noivos A noiva e o o seu lindo
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Pais da noiva, Josué Reis Silva e Maria José Cardoso Silva
Pais do noivo, João Alberto Nunes Silveira e Maria Lemos Serra Silveira
Os noivos com as damas de honra
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no dia 10 de dezembro, na Igreja do evangelho Quadran-gular Jardins, foi celebrado o casamento de Rachel vasconcelos e David da Costa. A cerimônia foi dirigida
pelo pastor Fábio, com a presença da orquestra do maestro Rivaldo Dantas. o cerimonial foi de Aninha Souza, com deco-ração de Gil Apolinário. A noiva usou vestido da La novia (Sal-vador-BA) e foi produzida por Beto Jô e Cacau. Após a emocio-nante cerimônia, houve uma recepção no Spaço nobre, com buffet de David Britto e música do DJ Cafu. Durante a festa, o ator Daniel Cabral, irmão do noivo, prestou uma homenagem ao casal cantando a música Endless Love, um must. Confira nas fotos de Juliano oliveira.
o casamento de David e Rachel
O noivo e a mãe, Edla da Costa
Rachel Vasconcelos e o pai, Alcindo Siqueira
Com os avós dos noivos, Zélia Vasconcelos e Heráclito Vasconcelos, Luis Tarcísio e
Conceição
Trocando as alianças
Cerimônia religiosa celebrada pelo Pastor Fábio
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Com a daminha e os pajens, João Gabriel, Mariana e Gabriel
Com Maria Inês e Alberto Crispim, Léa e Netônio Machado
Com os pais, Ana Angélica e Alcindo, Edla e Itamar da Costa
Com Silvana e André Leal, Adelaide Azuma e o primo do noivo, Andrei da Costa
Com os irmãos e as tias da noiva, Guilherme Vasconcelos, Elianne, Fábio Viegas e Marta; e com a prima, os irmãos e cunhada do noivo, Aninha, Daniel, Karine e Diego
Com os tios do noivo, Rui, Betânia, Antônio e Hugo Julião
Com os primos e irmãos do noivo
Com as amigas da noiva. Mayara, Luisa, Marina, Andréa e AluanaCom as tias da noiva Elianne e Marta,
a mãe (Ana Angélica) e a avó (Zélia)
aracaju MAGAZINE • 137 71Amigos de Brasília, onde os noivos irão
morar, também estiveram presentes
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Sabrina Sato
Carey Mulligan Dita Von Teese Grazi Massafera
Vestido Toule para Heaven
Para elas
Tem que ter, tem que ter...Não dá para escapar, toda mulher tem que ter alguma peça de renda em seu guarda-roupa. dos vestidos de noite a uma simples camiseta, a renda acrescenta um “q” de elegância a qualquer look. mas, cuidado com os excessos! afinal de contas, você não vai que-rer sair por aí igual a uma vovozinha, né?!
Renda-se!
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Zac Efron
Para eles
Imbatível!Entra estação, sai estação e o xadrez continua firme e forte no guarda-roupa masculino. ou seja, um bom investimento para os rapazes ava-rentos! Com uma mesma camisa xadrez, por exemplo, você consegue montar um look despojado ou, a depender da ocasião, caprichar mais e garantir um visual sofisticado.
Pharrell Williams
Camisa Stone Bonker para Heaven
Jake Gyllenhaal
Colin Farrell
o xadrez nosso de cada dia...
Felipe Solari
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osso rg da vez foge um pouco da proposta inicial desta seção: a de servir como vitrine para talentosos profissionais de Sergipe. Apesar disso, o motivo é válido! Aprovei-tamos a passagem relâmpago da DJ Vivi Seixas por Aracaju, duran-te sua participação na festa Black Diamond, para arrancar-lhe algu-mas confissões. Filha caçula do músico baiano raul Seixas, a moça não hesitou em abrir o verbo e falar sobre o seu célebre pai. Nem preci-sa dizer que esse papo deu muito pano pra manga. Só temos a agra-decer à dupla Humberto Macedo e Ádamo Lima por nos possibilitar esse encontro, cujo resultado você confere agora.
Nascida em São Paulo e radica-da no rio de Janeiro, Vivi Seixas não teve uma infância das mais comuns. Desde criança, sempre conviveu com a responsabilidade de ser filha de um gênio. Hoje, já adulta e mais confiante, ela diz não se abalar muito com as críticas mais ferozes. “Os fãs do meu pai me cobram muito e esperam que eu seja tão incrível como ele foi. Al-guns gostam do que eu faço, mas outros simplesmente não admitem que eu não seja uma roqueira. Já chegaram a me recriminar por eu
ser DJ, chegaram a dizer que eu era uma decepção. Levo tudo numa boa, isso é conseqüência do suces-so que o meu pai faz até hoje”.
Para Vivi Seixas, apesar de ter a música em seu gene, a idéia de se tornar DJ veio de uma forma nada convencional. “Lá em 2004, eu so-nhei que estava tocando em uma festa. Como o meu namorado da época era DJ, comentei com ele sobre esse sonho. Ele me incen-tivou e disse para eu tentar, foi aí que eu comecei. É claro que eu contei com a ajuda de muita gente, de amigos pacientes e maravilho-sos que já trabalhavam no meio. Sou muito grata a todos que, dire-ta ou indiretamente, contribuíram para a minha carreira”.
Durante o nosso bate-papo, vira e mexe o nome raul Seixas en-trava em pauta. Mesmo sabendo que o tema da entrevista não era sobre o seu pai, mas sim sobre a sua carreira, Vivi, muito simpática e educadamente, não se incomo-dou e falou tudo o que lhe veio à mente. “Do mesmo jeito que me abre portas, ser filha de quem eu sou também é um peso enorme. Sempre que eu estou tocando, por exemplo, um ou outro grita aque-le bom e velho ‘toca raul’. É claro
que eu toco, tenho alguns remixes que sempre levo comigo”.
Apaixonada por pimenta e pela música de Luiz gonzaga, a DJ Vivi Seixas considera a sua música fe-liz, pra cima e pouco comercial. Na pista, seus estilos preferidos são Funky & Tech House, nada muito bate-estaca. “Minha setlist (o re-pertório de um DJ) é diferente em cada festa, você nunca sabe o pu-blico que vai encontrar. Às vezes, na hora mesmo, eu percebo que as pessoas estão paradas, desanima-das... Então, para esses momen-tos meio inesperados, eu sempre tenho uma carta na manga. Além disso, procuro sorrir o tempo todo. Não sou daquele tipo de DJ que abaixa a cabeça e se esconde atrás dos óculos escuros”.
Para o futuro, Vivi comenta sorri-dente sobre um projeto que já está pronto, mas que só vai ser lançado no próximo ano. “É um CD em tri-buto ao meu pai, com versões mais modernas para alguns clássicos dele. Para este trabalho, em parce-ria com a Warner, eu mantive as le-tras e a identidade do raul Seixas, mas repaginei as bases musicais. Tem drum’nbass, blues e até uma versão censurada de ‘Como vovó já dizia’”.
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perfil
Descendente de espanhóis, desde criança a empresária Sheila Vidal demonstrava um aguçado tino para os negócios.
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pesar de a sua paixão sempre ter sido a área de saúde, acabou descobrindo que o comér-cio era o seu lugar. Não obstante a simplici-dade na qual foi criada, a baiana de sorriso largo diz que sempre teve bom gosto. Quando o assunto é consumismo, ela não se envergonha em assumir que adora comprar. Talvez, por isso, ela tenha se tornado espe-cialista em receber bem os clientes. “Sem-pre procurei individualizar o atendimento, cada pessoa tem a sua necessidade. Seja um cafezinho, uma revista ou até uma taça de prosecco... O consumidor gosta de ser bem recebido”.Há pouco mais de um ano com a sua própria loja de semi joias, ela já comemora a boa fase como empresária. “passei por momentos di-fíceis, mas nunca desisti. Já tive uma loja as-saltada e perdi quase tudo, tive que começar do zero. eu sou assim, corro atrás dos meus objetivos para depois colher os louros”.Na Sheila Vidal Semi Joias, localizada no Complexo 13 de julho, a empresária criou
um espaço do jeito que sempre sonhou: elegante e extremamente aconchegante. lá, além das suas famosas semi joias, Shei-la também oferece uma linha de óculos de sol que traz o seu nome. “Como eu disse anteriormente, gosto do que é bom, do que tem qualidade. Descobri as semi joias ainda como cliente. Depois, resolvi experimentar e vender as peças em minha própria casa ou visitando as pessoas em domicílio. Tive uma boa aceitação e percebi que era um bom segmento para investir. Hoje, tenho a minha própria loja”.elegante, sem ser intransigente, Sheila vem conquistando a todos com a sua tranqüilida-de e bom senso. para ela, por exemplo, não existem funcionários, mas sim colaborado-res. Todos que a cercam conhecem o seu profissionalismo sagaz, digno dos grandes líderes. “A minha equipe é a minha família. Nós dividimos tudo, o ônus e o bônus. Não consigo visualizar outra maneira de traba-lhar, é assim que eu sou”.
Sheila Vidal empreendedorismo com elegância
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na Bahia pode, só na Bahiaeste nosso dia-a-dia tão corrido em que não se tem tempo ou paciên-cia para quase nada, deixamos de observar coisas muito interessan-tes. Em geral as mais simples são as mais interessantes pela própria complexidade que é intrínseca das coisas simples. Parece um pa-radoxo, mas não é. Observe.
Táxi então é muito curioso. Você entra num carro que não é seu, parece que é de todo mundo, mas também não é. Parece que é de quem chegar primeiro, sobretudo em dia de chuva, mas também não é. Táxi tem dono. É quase como se você estivesse entrando na casa do dono da casa, na intimidade do seu lar. O cheiro, a arrumação, os apetrechos, os adesivos, as coisas
pessoais do motorista, garrafa de água ou chá (se for chinês é chá), chaveiros, balas, cigarros, car-tões, revistas e jornais, seu time de futebol, suas paixões, seus problemas, a estação de rádio. Ta-xista não ouve cD, só rádio, e de preferência aM, com os boletins policiais. Porque será que gostam tanto dos boletins policiais? isso daria uma tese e não temos espa-ço nesta página para tanto. Deixa prá lá, depois eu conto.
Da mesma forma você adentra aquele recinto com tudo que é seu: seu cheiro, sua personali-dade, seus pertences, paixões e problemas. Às vezes, após algum tempo de tanta intimidade, nunca mais a dupla se reencontra, como
aconteceu comigo certa vez em Londres. Em Maresfield Gardens, saindo da casa de Freud, após ter fotografado cada detalhe da emo-cionante visita, chamei um táxi. “To the Hyde Park, please”, eu dis-se. “Yeah, man”, ele respondeu. E após deixar algumas libras, nunca mais recuperei a minha máquina fotográfica, nem jamais reencon-trei o jamaicano sorridente que dirigia o táxi. Mas afinal, para que servem as retinas? consolei-me.
Um conselho, falando sério: se você for psicanalista como eu, ja-mais revele a sua profissão a um motorista de táxi! nem mesmo se estiver saindo da casa de Freud em Maresfield Gardens com uma câmera fotográfica na mão! Eles
* Por adalberto Goulart
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são terríveis, implacáveis. Existem aqueles que acham
que você é um concorrente. Sim, porque alguns motoristas de táxi se sentem um pouco psicanalis-tas, querem saber da sua vida, interpretar as suas angústias... Mas estes não são os piores, você pode fingir que lê alguma coisa, ou ficar mexendo no celular ou simplesmente fazer cara de pou-cos amigos, não demora e ele há de entender. Mas existem aqueles que se colocam na situação exata-mente oposta, estes são terríveis! Se você disser que é analista, eles vão querer saber o que é isso. E se você cair na tentação de explicar, aí não tem jeito, já foi. Eles vão querer fazer uma análise comple-ta durante a corrida. contam so-nhos, experiências amorosas, re-lacionamento com os filhos, com a sogra, o escambau! E acabou-se o seu sossego num momento in-trospectivo de observar a cidade. E no final da análise, digo, da corrida, você ainda tem que pa-gar! na pior das hipóteses seria mais justo dizer: estamos quites. E pronto. Mas seria um escândalo e eles jamais entenderiam. Para
evitar escândalos, melhor ficar no prejuízo. Mas para evitar prejuízos e aporrinhações, meu conselho é ficar calado, fazer cara de poucos amigos e jamais revelar que é um psicanalista.
Dia desses, em Salvador, preci-sei de um táxi. como havia uma fila entendi que o carro da vez se-ria o primeiro. Pense no Parangolé ao vivo dentro de um! Quando me aproximei, esperando encontrar um rapaz sarado de camiseta re-gata, me surpreendi com um se-nhor negro já grisalho e sério. não combinava. Fiquei com a sensa-ção de que havia estragado a fes-ta, a feijoada. Ele desligou o som, para meu alívio e não disse uma palavra. Então falei: rua das Pitan-gueiras, Matatu de Brotas. Ele não disse nem que sim, nem que não. Ligou o carro e partiu comigo den-tro. Pensei: hoje vai ser tranqüilo, nem concorrente, nem paciente. Mas depois de um tempo em si-lêncio, com um feixe de fitinhas do Bonfim e colares de contas pendurados no retrovisor quase a espanar meu rosto, tentei puxar algum assunto. Disse: rua das Pi-tangueiras, 90. E ele permaneceu
impávido. Então tá, não quer falar, não fala.
num determinado ponto ele pa-rou para pedir informação: “ô pre-to, onde fica a rua das Pitanguei-ras?” Vai dar problema, pensei. Mas o sujeito informou direitinho, na maior simpatia. ah, se fosse eu a perguntar... Sim, porque não se pode mais dizer que preto é preto, nem mesmo no Sítio do Picapau amarelo! É crime. inafiançável. Mas afinal, sorria, estamos na Bahia! E na Bahia pode. Só na Bahia.
chegamos à rua e ele começou a se sentir um pouco perdido com os números das casas embaralha-dos. resolvi facilitar: “nesta rua não há uma seqüência nos núme-ros”, disse eu. E ele então falou: “Mas é deste lado.” “É do outro”, eu disse. E ele repetiu: “não, é deste.” confesso que comecei a me irritar um pouco com a tei-mosia e arrogância do Senhor Pa-rangolé. “É do outro lado”, insisti. Ele por sua vez também insistiu. até que avistei o local para onde ia: “Eu não disse que era do outro lado e que nesta rua não há seqü-ência de números?” Bicho teimo-so, não disse nada, apenas o pre-ço da corrida. Eu quase perguntei se sem Parangolé teria desconto. Mas achei que iria render conver-sa com quem não estava a fim. Tá bom, tá bom, pode voltar prá sua feijoada com Parangolé. E descul-pe alguma coisa.
Moral da história: a Bahia é como qualquer lugar do mundo, tem coisas que pode e outras que não pode.
* Médico Psiquiatra e Psicanalista da international Psychoanalytical association
CINEMA
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H*por rodrIgo gAMA goulArt
gAstroNoMIA
oje em dia não procuramos mais apenas nos alimentar. A tendên-cia atual é buscar uma alimenta-ção cada vez mais saudável, onde a estética e o sabor são também fundamentais. ou seja, os pratos devem reunir saúde, beleza e sa-bor, o que, já há algum tempo, são
a grande pedida. Folhas, fibras, cereais e peixes (que contém o tão famoso e indispensável ômega 3) devem compor a mesa. p a r a esta edição da Aracaju Magazine resolvi ser mais direto, sem muitas delongas. Escolhi apresentar aos leitores um prato bastante saudá-
vel, saboroso, leve, adequado ao nosso verão nordestino, quando o sol nos mostra toda a sua força e encantadora beleza. trata-se de uma saladinha Crôutons, à moda francesa, excelente para um lan-che leve ou mesmo como entrada para a refeição principal.
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Modo de preparo:
disponha as folhas previamente lavadas num prato. Num refratário, junte o molho de mostarda, o azeite extra virgem, o parmesão, o suco do limão, o sal, a pimenta e misture bem. ponha a solução em cima das folhas. para fazer os Crôutons é bem simples. Corte um pão de sua preferência em cubinhos, leve a uma frigideira untada com azeite extra virgem e deixe dourar uniformemente. Coloque sob o prato, decore e sirva.
para acompanhar, um bom vinho branco. Minha dica é o dádivas Chardonnay lidio Carraro, que traz aroma e toques de abacaxi no sabor, acidez e corpo perfeitos!
Bon Appétit!
Rodrigo Gama GoulartRestauranteur
ChefRodrigo Gama
200 gramas de folhas diversas (Alface Crespa, Alface Roxa, Rúcula, Agrião e Espinafre)50 gramas de Molho de Mostarda3 colheres de Azeite Extra Virgem30 gramas de Parmesão em lascasSuco extraído de 1 limãoCrôutonsSal e Pimenta do Reino Branca a gosto
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