AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM Componentes do Grupo: Alyne Pimentel; Caroline Tostes; Graça Oliveira; Gustavo Trindade; e Mônica Paes. Bibliografia: Piaget, Jean (1975) – A formação do Símbolo na Criança; Lyons, John (1989) – Linguagem e Linguística: Uma Introdução; Fiorin, José Luiz (2011) – Introdução a Linguística: I. Objetos Teóricos; e Martellota, Mario Eduardo(2011) – Manual de Linguística.
AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM. Componentes do Grupo: Alyne Pimentel; Caroline Tostes; Graça Oliveira; Gustavo Trindade; e Mônica Paes. Bibliografia: Piaget, Jean (1975) – A formação do Símbolo na Criança; Lyons, John (1989) – Linguagem e Linguística: Uma Introdução; - PowerPoint PPT Presentation
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
Componentes do Grupo: Alyne Pimentel;
Caroline Tostes;
Graça Oliveira;
Gustavo Trindade; e
Mônica Paes.
Bibliografia:
Piaget, Jean (1975) – A formação do Símbolo na Criança;
Lyons, John (1989) – Linguagem e Linguística: Uma Introdução;
Fiorin, José Luiz (2011) – Introdução a Linguística: I. Objetos Teóricos; e
Martellota, Mario Eduardo(2011) – Manual de Linguística.
Como aprendemos a falar? O adulto desempenha papel fundamental nesse processo? Existe uma Gramática Universal que norteia a aquisição das línguas?
Por que a terminologia aquisição é utilizada em vez de aprendizado?
Várias hipóteses tentam dar conta do processo de aquisição da linguagem.
Aquisição da Linguagem
Estrutura Silábica nos Processos de Aquisição
“A sílaba é uma divisão espontânea”, segundo Câmara (1976:43).
A estrutura de organização da sílaba permite-nos compreender as formas que os morfemas e as palavras assumem e desempenham importante papel nos processos fonológicos da língua. Spencer (1996:73)
As construções da sílaba em português: CV (básica), V, CCV, CVC, CVV.
Representação da Estrutura da Sílaba
Formação das estruturas nos processos do português brasileiro e europeu, segundo os
estudos de Freitas (1997) e Santos (1998,2001)
Inicia a aquisição da língua com a estrutura CV e logo depois V:
CV + CV = [‘ga-tu] – gato (1 ano e 5 meses),
V + CV = [é.si] – esse (1 ano e 6 meses)
A estrutura V em posição não inicial é evitada pelas crianças por um período, modificando-a para CV.
[Ko-‘le-lu] – coelho ( 2 anos e 3 meses).
As próximas estruturas a surgirem são: CVV e CVC
[mais] – mais (1 ano e 7 meses)
[por. ku] – porco (1 ano e 10 meses)
Obs: Na estrutura CVC , a C final pode ser omitida ou substituída, podendo, ainda, a criança acrescentar um V final e transformar a estrutura CVC em CV.CV, conforme abaixo:
[po-ku] – porco (1 ano e 7 meses)
[‘lu-zi] – luz (2 anos e 3 meses)
Aquisição da Linguagem
A última estrutura que surge é a CCV:
[is.’tre.la] – estrela (2 anos e 2 meses)
[plas.ti.ku] – plástico ( 2 anos e 3 meses)
“A sílaba, portanto, é encarada como uma forma primária de discurso, como um dos primeiros constituintes a serem adquiridos pelas crianças” (Freitas 2001)
Aquisição da Linguagem
A HIPÓTESE BEHAVIORISTA
Behaviorismo = Comportamentalismo: Surge em 1913, com o Manifesto Behaviorista de John B. Watson (1878-1958).
O objeto de estudo da Psicologia: comportamento, portanto, nem a psique, nem a consciência.
A partir da afirmativa acima, surge os estudos de Burrhus Frederic Skinner (1904-1990): a aprendizagem de uma língua se dava pela exposição ao meio e em decorrência da imitação e do reforço.
Experiências com animais: podem ser ensinados, desde que recebem recompensas ou castigos adequados. Crianças aprendem da mesma forma, ou seja, por condicionamento, assim como qualquer outro animal.
Exemplo:
Estímulo: sede > resposta: “aga” (água) > reforço: mãe oferece água para a criança
Linguagem adquirida: Portanto, os pais e professores desempenham papel importante no processo.
Crítica de Chomsky: a aquisição da linguagem não poder ser apenas produto de observação e repetição da fala dos pais ou professores, mas sim das estruturas da mente que permitem o surgimento espontâneo da fala e a produção criativa de expressões nunca ouvidas ou repetidas anteriormente.
Behaviorismo
INATISMOChomsky(1965) – Todo indivíduo já nasce
com uma capacidade inata (competência) e depois, com o contato com uma determinada língua, desenvolve um desempenho ou performance linguística.
Há uma Gramática Universal (G.U.).
Pinker(1994) Pessoas com atrasos ou problemas mentais não necessariamente têm problemas linguísticos.
Afasia (Broca e Wernicke); Área cerebral atingida.
Chomsky (1965)
Inatismo
Chomsky e Todos os GerativistasPrincípios e Parâmetros
Princípios – Estrutura comum à todas as línguas (G.U.).Parâmetros – Variações possíveis que a Língua pode ter.
Vamos às seguintes sentenças:
ESTÁ CHOVENDO. / IT’S RAINING.
O Parâmetro para a sentença específica na língua portuguesa seria: o sujeito pode ser omitido.
Já o parâmetro para a mesma sentença, só que na língua inglesa seria: o sujeito deve ser sempre preenchido.
HIPÓTESE MATURACIONAL
Radford (1993) – Existem diferentes fases para a aquisição da linguagem. Há uma maturação de uma para outra.
Fase pré-linguística – 0 a 12 meses;Fase de uma só palavra – 12 a 18 meses;Fase multivocabular inicial ou lexical – 18 a 24 meses;Fase multivocabular tardia ou funcional – 24 a 30 meses.
Lightfoot( 1989) - Os dados desencadeadores do processo maturacional seriam o que provocaria a passagem, isto é, a transformação da G.U. para a gramática da língua ser aprendida.
Yams (1986) – Hipótese da Competência Plena/Total
Todos os princípios estão disponíveis desde o início e se os parâmetros não são fixados imediatamente, é porque há dificuldade em sua determinação.
Pinker (1984) – Hipótese da Aprendizagem Lexical
Embora todos os princípios estejam disponíveis, o desenvolvimento sintático é guiado pela aprendizagem de novos itens lexicais e morfológicos.
Hipótese Maturacional
COGNITIVISMO CONSTRUTIVISTADesenvolvimento da Inteligência e Construção do Conhecimento
Esta proposta teórica, que vincula a linguagem à cognição, foi desenvolvida a partir dos estudos de Jean Piaget.
Jean Piaget (1896 – 1980)Cientista suíço, psicólogo, filósofo e biólogo
Ele passou grande parte de sua carreira interagindo com crianças e estudando seu processo de raciocínio para entender a maneira de pensar da criança e sua estrutura mental. Passou a combinar a psicologia experimental, que é um estudo formal e sistemático, com métodos informais de psicologia: entrevistas, conversas e análises pacientes.
(1896 – 1980)
Cognitivismo Construtivista
• Seu interesse foi em compreender como se desenvolve a inteligência humana. Entre muitos estudos e pesquisas, ficou a ideia do sujeito epistêmico, que resume-se no conceito também chamado de sujeito cognoscente ou do conhecimento.
• Para Piaget a aquisição da linguagem é consequência da atividade construtiva do sujeito, a partir das relações interativas entre a criança e o ambiente.
• A explicação das origens da linguagem e do pensamento é buscada na interiorização do esquematismo sensório-motor da criança.
A IDEIA DE CONSTRUÇÃO
• Para Piaget a inteligência é formada por estruturas próprias, estruturas de conhecimento. Constituídas no decorrer das interações, as estruturas cognitivas evoluem mediante a influência recíproca de fatores externos, do meio, e de fatores internos, próprios da organização intelectual.
• Em síntese, a ideia de construção é, portanto, a de consequência natural das interações mencionadas. O conhecimento não progride mediante simples recordações de informações dadas. Pelo contrário, principia nas trocas que o sujeito tem com o mundo.
PENSAMENTO E LINGUAGEM
• Piaget realizou pesquisas psicogenéticas sobre as origens e a estruturação progressiva do conhecimento e, nesse sentido, investigar o papel da lógica e da linguagem.
• Nos primeiros estudos sobre o desenvolvimento do pensamento e da linguagem da criança, Piaget destaca a passagem do egocentrismo infantil para a objetividade e para o pensamento lógico que, segundo ele, está estreitamente relacionada à linguagem socializada.
• O nascimento da imagem, para Piaget, está atrelado ao nascimento do pensamento enquanto coordenação interna de esquemas, de tal maneira que até mesmo o desenvolvimento futuro de cada um desses dois elementos depende das relações recíprocas e insolúveis: o pensamento é fonte de mobilidade e de transformação e a imagem é fonte de figuração simbólica.
• A linguagem enquanto sistema de signos, implica significantes (gestos ou palavras articuladas) que se reportam a objetos mediados por conceitos ou “pré-conceitos”.
OS PRIMEIROS ESQUEMAS VERBAIS
• Na pesquisa sobre transição dos esquemas sensório-motores para os esquemas conceptuais, Piaget mostra que os primeiros esquemas verbais da criança refletem o uso da linguagem.
Esquemas verbais pré-conceitos conceitos
Semi-signos Signos verdadeiros
Imagens estáticas Imagens dinâmicas
INTERACIONISMO SOCIAL
Vygotsky (1996) – Desenvolvimento da linguagem e do pensamento com base na interação entre os indivíduos.
Atividades compartilhadas ajudam as crianças a internalizar os modos de pensamento e comportamento de suas sociedades e a torná-los seus.
Conceito de andaime: Apoio temporário que os pais e outros sujeitos dão a criança para realizar uma tarefa que ela ainda não realiza sozinha.
Processo de imitação → aprendizagem colaborativa.
Na aquisição de linguagem...
Fase pré-verbal – ligada à inteligência práticaFase pré-intelectual da fala – relacionada ao
balbucio e ao choro.
Aos 2 anos, a fala e o pensamento se unem e a fala passa a servir ao intelecto.
Fala egocêntrica como instrumento para planejar e encontrar soluções.
A fala seria internalizada à medida que a criança cresce; Troca comunicativa entre criança e adulto desenvolve a linguagem e o pensamento.
Interacionismo Social
Para Saussure, em uma de suas dicotomias, Lingua x Fala:
Língua = social
produto social depositado no cérebro de cada um
Fala = individual
expressada a partir de mecanismos psicofísicos
Interacionismo Social
Visão Sociocognitivista
Une a base social, interacional e cognitiva.
O homem como detentor exclusivo da linguagem?
Habilidades cognitivas que caracterizam os humanos modernos.
Aprendizado cultural – devido a habilidade dos indivíduos compreenderem seus semelhantes como seres iguais.
Aprender com e através de outra pessoa.
Como a criança aprende socialmente?
No que se refere a aquisição de linguagem, a criança por volta dos 9 meses desenvolve a habilidade de compreender outras pessoas, porque nessa fase ela começa a interagir com outras pessoas de vários modos.
Como podemos ver, os linguistas dão diferentes respostas às perguntas sobre aquisição de linguagem Porém ainda não conseguiram desvendar por completo esses segredos.