PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO GABINETE DO PREFEITO Rua Cel. Alexandrino, 301 – Bosque Rio Branco – Acre – CEP 69.909-730 Tel.: +55 (68) 3211-2246 Email: [email protected]ZONEAMENTO ECONÔMICO, AMBIENTAL, SOCIAL E CULTURAL DE RIO BRANCO – ZEAS Projeto III BANCO DA AMAZÔNIA APTIDÃO AGRÍCOLA DOS SOLOS DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO-AC Dezembro 2009
Produtos do Convênio da PMRB com o Basa e a Fundação Bioma
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LISTA DE FIGURAS ..................................................................................... 3 LISTA DE TABELAS .................................................................................... 5 RESUMO ...................................................................................................... 6 1 INTRODUÇÃO GERAL ............................................................................. 8 2 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................ 10 2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ...................................... 10 2.2 PROSPECÇÃO DE DADOS E CARTOGRAFIA DOS SOLOS ............ 12 2.3 MÉTODOS DE ANÁLISES DE SOLOS ................................................ 14 2.4 CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS.............................................................. 15 2.5 ESTUDOS DE APTIDÃO AGRÍCOLA .................................................. 16 2.6 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA APTIDÃO NATURAL DAS TERRAS 16 2.7 ANÁLISE POR GEOPROCESSAMENTO DA APTIDÃO DO SOLO .... 18 3 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 21 CAPÍTULO 1 AVALIAÇÃO DA APTIDÃO NATURAL DAS TERRAS ......... 23 CAPÍTULO 2 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE MANDIOCA ... 21 CAPÍTULO 3 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE BANANA .......... 5 CAPÍTULO 4 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE MILHO ............. 8 CAPÍTULO 5 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE ARROZ .......... 18 CAPÍTULO 6 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE FEIJÃO .......... 25 CAPÍTULO 7 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE CANA-DE-AÇÚCAR. ................................................................................................... 33 CAPÍTULO 8 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE PUPUNHA ..... 41 CAPÍTULO 9 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE CITROS ......... 48 CAPÍTULO 10 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE MAMÃO ....... 58 CAPÍTULO 11 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE MARACUJÁ . 66 CAPÍTULO 12 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE CUPUAÇU ... 74 CAPÍTULO 13 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE MAMONA .... 83 CAPÍTULO 14 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE ABACAXI ..... 90 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 98
Figura 1. Localização do município de Rio Branco-Acre .................................... 9 Figura 2. Rede viária e hidrográfica permanente do município de Rio Branco-
AC, na escala 1:100.000. .............................................................................. 11 Figura 3. Fluxograma das etapas metodológicas da Análise por
Geoprocessamento da Aptidão Natural dos Solos para o Pólo Agroflorestal Geraldo Mesquita, no município de Rio Branco-AC. ..................................... 18
Figura 4. Mapa de solos com distribuição das ordens de solos (1º nível categórico) do município de Rio Branco-AC, na escala 1:100.000. .............. 22
Figura 5. Mapa de solos com distribuição das subordens de solos (2º nível categórico) do município de Rio Branco-AC, na escala 1:100.000. ................ 2
Figura 6. Perfil de Latossolo Vermelho descrito no município de Rio Branco-AC. ........................................................................................................................ 3
Figura 7. Perfil de Argissolo Vermelho-Amarelo descrito no município de Rio Branco-AC. ...................................................................................................... 5
Figura 8. Ambiente de descrição de perfil de Luvissolo Háplico Órtico, com cobertura vegetal de floresta aberta, descrito no município de Rio Branco-AC. ...................................................................................................................... 13
Figura 9. Perfil de Plintossolo Háplico descrito no município de Rio Branco-AC. ...................................................................................................................... 14
Figura 10. Perfil de Gleissolo Háplico descrito nas margens do igarapé Espalha no município de Rio Branco-AC. ................................................................... 16
Figura 11. Perfil de Neossolo Flúvico descrito nas margens do rio Acre no município de Rio Branco-AC. ........................................................................ 17
Figura 12. Porcentagens de área antropizada e floresta em relação à área do município de Rio Branco-AC. ........................................................................ 18
Figura 13. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de mandioca no município de Rio Branco-AC ........................................................................... 2
Figura 14. Classes de aptidão para a cultura de mandioca em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC. .................................................. 2
Figura 15. Mapa de aptidão natural dos solos para o cultivo de banana no município de Rio Branco-AC. .......................................................................... 2
Figura 16. Classes de aptidão para a cultura de banana em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC. .................................................. 3
Figura 17. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de milho no município de Rio Branco-AC. ........................................................................................ 11
Figura 18. Classes de aptidão para a cultura de milho em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC ................................................. 12
Figura 19. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de arroz no município de Rio Branco-AC ......................................................................................... 18
Figura 20. Classes de aptidão para a cultura de arroz em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC ................................................. 19
Figura 21. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de feijão no município de Rio Branco-AC ......................................................................................... 25
Figura 22. Classes de aptidão para a cultura de feijão em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC ................................................. 26
Figura 23. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de cana-de-açúcar no município de Rio Branco-AC ......................................................................... 32
Figura 24. Classes de aptidão para a cultura de cana-de-açúcar em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC. ........................................ 33
Figura 25. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de pupunha no município de Rio Branco-AC ......................................................................... 39
Figura 26. Classes de aptidão para a cultura de pupunha em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC. ................................................ 40
Figura 27. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de citros no município de Rio Branco-AC. ........................................................................................ 46
Figura 28. Classes de aptidão para a cultura de citros em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC ................................................. 47
Figura 29. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de mamão no município de Rio Branco-AC ......................................................................... 54
Figura 30. Classes de aptidão para a cultura de mamão em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC ................................................. 55
Figura 31. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de maracujá no município de Rio Branco-AC ......................................................................... 62
Figura 32. Classes de aptidão para a cultura de maracujá em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC ................................................. 63
Figura 33. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de cupuaçu no município de Rio Branco-AC. ........................................................................ 69
Figura 34. Classes de aptidão para a cultura de cupuaçu em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC. ................................................ 70
Figura 35. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de mamona no município de Rio Branco-AC ......................................................................... 77
Figura 36. Classes de aptidão para a cultura de mamona em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC. ................................................ 78
Figura 37. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de abacaxi no município de Rio Branco-AC. ........................................................................ 84
Figura 38. Classes de aptidão para a cultura de abacaxi em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC ................................................. 85
Tabela 1. Unidades de mapeamento de solos (UM) do município de Rio
Branco-AC, na escala de 1:100.000. ............................................................... 2 Tabela 2. Dados analíticos dos solos das respectivas unidades de mapeamento
do município de Rio Branco-AC. ..................................................................... 2 Tabela 3. Práticas de caráter edáfico. ................................................................ 6 Tabela 4. Práticas de caráter vegetativo ............................................................ 7 Tabela 5. Práticas de caráter mecânico. ............................................................ 8 Tabela 6. Características morfológicas, químicas e físicas do solo e sua aptidão
para o cultivo de mandioca ............................................................................ 20 Tabela 7. Características morfológicas, químicas e físicas do solo e sua aptidão
para o cultivo de banana ................................................................................. 6 Tabela 8. Características morfológicas, químicas e físicas do solo e sua aptidão
para o cultivo de milho..................................................................................... 8 Tabela 9. Características morfológicas, químicas e físicas do solo e sua aptidão
para o cultivo de arroz ................................................................................... 15 Tabela 10. Características morfológicas, químicas e físicas do solo e sua
aptidão para o cultivo de feijão. ..................................................................... 23 Tabela 11. Características morfológicas, químicas e físicas do solo e sua
aptidão para o cultivo de cana-de-açúcar...................................................... 30 Tabela 12. Características morfológicas, químicas e físicas do solo e sua
aptidão para o cultivo de pupunha. ............................................................... 37 Tabela 13. Características morfológicas, químicas e físicas do solo e sua
aptidão para o cultivo de citros ...................................................................... 44 Tabela 14. Características morfológicas, químicas e físicas do solo e sua
aptidão para o cultivo de mamão .................................................................. 51 Tabela 15. Características morfológicas, químicas e físicas do solo e sua
aptidão para o cultivo de maracujá ................................................................ 59 Tabela 16. Características morfológicas, químicas e físicas do solo e sua
aptidão para o cultivo de cupuaçu. ................................................................ 67 Tabela 17. Características morfológicas, químicas e físicas do solo e sua
aptidão para o cultivo de mamona. ............................................................... 74 Tabela 18. Características morfológicas, químicas e físicas do solo e sua
aptidão para o cultivo de abacaxi .................................................................. 81
ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Acre. Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre Fase II: documento síntese – Escala 1:250.000. Rio Branco: SEMA,
2006. 356 p. ACRE. Governo do Estado do Acre. Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Acre. Zoneamento Ecológico-Econômico: aspectos sócio-econômicos e ocupação territorial. Documento Final. Rio Branco: SECTMA, 2000. v. II. 313 p. BRASIL. Ministerio do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução CONAMA n. 303, de 20 de março de 2002. Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 90, p. 68, 13 mai. 2002. BOUMA, J. Land evaluation for Landscape units. In: Handbook of Soil Science. Washington: CRC, 1999. p. 393-412.
CARMO, L. F. Z. Agricultura Urbana na Cidade de Rio Branco, Acre:
caracterização, espacialização e gestão. 2006. 115 f. Dissertação (Mestrado em Solos) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. 2006. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisas de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2. ed. Brasília: Embrapa. Produção de Informação;
Rio de Janeiro: Embrapa Solos. 2006. 306 p. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília: Embrapa Produção de Informação; Rio de
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GUERRA, A. T. Estudo Geográfico do Território do Acre. Rio de Janeiro: IBGE, 1955.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas das Populações Residentes em 2006. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. 119 p. MUNSEL COLOR COMPANY, Munsell soil color charts. New York, 2000. RAMALHO FILHO, A.; BEEK, K. J. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras. 3. ed. rev. Rio de Janeiro: MAARA/EMBRAPA-CNPS, 1995. 65 p.
(Série Documentos-Embrapa). RESENDE, M.; CURI, N.; REZENDE, S. B.; CORRÊA, G. F. Pedologia: base para distinção de ambientes. 4 ed. Viçosa, MG: NEPUT, 2002. 338 p. RESENDE, M.; REZENDE, S. B. de. Levantamento de solos: uma estratificação de ambientes. Informativo Agropecuário, [s.l.], v. 105, n. 9, p. 3-25, 1983. RIO BRANCO. Prefeitura Municipal de Rio Branco. Decreto n. 1.076, de 10 de março de 2006. Institui o Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural de Rio Branco (ZEAS). Diário Oficial [do] Estado do Acre, Rio Branco, AC, n.
9.257, p. 5, 14 mar. 2006a. RIO BRANCO. Prefeitura Municipal de Rio Branco. Diagnóstico dos Tipos de Uso Atual da Terra do município de Rio Branco/AC, na escala de 1:100.000. Rio Branco: PMRB, 2006b. 49 p. SANTANA, D. P. A importância da classificação de solos e do meio ambiente na transferência de tecnologia. Informativo Agropecuário, [s.l.], v. 105, n. 9, p.
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RUve Neossolo Flúvico Ta Eutrófico típico + Gleissolo Háplico Ta Eutrófico
4.594.40 0.54
Total 844.684.72 100
*A área foi calculada pelo Sistema de Informações Geográficas ArcGIS 9.2 e considera-se os limites naturais com Sena Madureira, o que não está contemplado na área oficial do município, citada anteriormente.
LVd1 145,00 Bem drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média LVd2 145,00 Bem drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média LVd3 145,00 Bem drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média
PVd1 106,00 Bem a moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média
PVd2 76,00 Moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa
PVd3 95,00 Bem a moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa
PVd4 124,00 Bem drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média
PVd5 115,00 Bem drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAa1 82,00 Moderadamente drenado Ondulado Não pedregoso Média PVAa2 70,90 Moderadamente a Imperfeitamente
drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa
PVAa3 103,00 Moderadamente drenado Plano Não pedregoso Média PVAa4 84,00 Moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAa5 86,50 Moderadamente a Imperfeitamente
drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa
PVAa6 105,00 Moderadamente drenado Plano a ondulado Não pedregoso Média PVAa7 89,00 Moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAa8 91,50 Moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAa9 60,00 Moderadamente drenado Suave ondulado Não pedregoso Média PVAa1
0 66,50 Moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média
PVAal1 38,50 Moderadamente a Imperfeitamente drenado
Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa PVAal2 43,80 Moderadamente drenado Suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa PVAal3 40,00 Imperfeitamente drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média PVAal4 44,00 Moderadamente drenado Suave ondulado Não pedregoso Média PVAal5 43,40 Imperfeitamente drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa PVAal6 42,70 Imperfeitamente drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa
PVAal7 36,40 Imperfeitamente drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média PVAal8 38,50 Imperfeitamente drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa PVAal9 44,10 Imperfeitamente drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa PVAd1 68,00 Bem drenado Ondulado Não pedregoso Média PVAd2 58,50 Bem a Moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média
Tabela 2. Dados analíticos dos solos das respectivas unidades de mapeamento do município de Rio Branco-AC. continuação...
PVAd3 56,50 Bem a Moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAd4 67,60 Bem drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAd5 64,10 Bem a Moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAd6 56,00 Moderadamente a mal drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa PVAd7 65,00 Moderadamente drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média PVAd8 56,00 Moderadamente a imperfeitamante
drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa
PVAd9 82,00 Bem drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAd10 53,50 Moderadamente a imperfeitamante
drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média
PVAd11 48,50 Moderadamente a mal drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa PVAd12 46,90 Moderadamente a imperfeitamante
drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média
PVAd13 55,00 Moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAd14 108,00 Bem a moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAd15 100,20 Bem a moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAd16 98,00 Bem a moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAd17 92,10 Bem a moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAvd1 61,50 Bem a moderadamente drenado Ondulado Não pedregoso Média PVAvd2 58,50 Bem a moderadamente drenado Ondulado Não pedregoso Média PVAvd3 82,50 Moderadamente drenado Suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa PVAvd4 58,00 Moderadamente a imperfeitamente
drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa
PVAvd5 56,00 Moderadamente a imperfeitamente drenado
Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa PVAvd6 65,00 Moderadamente drenado Ondulado Não pedregoso Média PVAvd7 105,00 Moderadamente drenado Suave ondulado Não pedregoso Argilosa PVAvd8 91,50 Bem a moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa PVAvd9 57,90 Moderadamente a imperfeitamente
drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média
PVAvd10 58,60 Moderadamente a imperfeitamente drenado
Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAvd11 59,90 Moderadamente a imperfeitamente
drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média
PVAvd12 70,00 Moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa PVAvd13 77,00 Moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa PVAvd14 65,30 Moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média
Tabela 2. Dados analíticos dos solos das respectivas unidades de mapeamento do município de Rio Branco-AC. continuação...
PVAvd15 53,90 Moderadamente a imperfeitamente drenado
Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média PVAvd16 65,00 Moderadamente drenado Ondulado Não pedregoso Média PVAvd17 70,00 Bem drenado Ondulado Não pedregoso Média
PAd 35,60 Moderadamente a imperfeitamente drenado
Plano a suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa TX 71,50 Bem a imperfeitamente drenado Suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa
TXo1 68,50 Bem a Moderadamente drenado Suave ondulado Não pedregoso Média TXo2 69,30 Bem a imperfeitamente drenado Suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa TXo3 70,00 Bem a imperfeitamente drenado Suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa FXd1 35,00 Mal drenado Plano Não pedregoso Argilosa FXd2 37,10 Moderadamente a mal drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa FXd3 33,50 Mal a imperfeitamente drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Argilosa FXd4 42,60 Mal drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa FXd5 35,10 Mal drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa FXd6 32,60 Mal drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Argilosa FXe1 35,00 Imperfeitamente drenado Suave ondulado Não pedregoso Média FXe2 32,00 Imperfeitamente a mal drenado Suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa FTd1 28,00 Imperfeitamente drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa FTd2 31,10 Imperfeitamente drenado Suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa FTal1 35,00 Moderadamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa FTal2 35,00 Imperfeitamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa FTal3 59,00 Moderadamente a bem drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa
FTal4 35,00 Moderadamente a imperfeitamente drenado
Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa FTal5 49,10 Moderadamente a imperfeitamente
drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa
FTal6 33,50 Imperfeitamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa FTal7 36,50 Imperfeitamente drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa FTe1 28,50 Imperfeitamente a mal drenado Suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa FTe2 32,40 Imperfeitamente drenado Plano a suave ondulado Não pedregoso Média a argilosa
GXvd1 27,00 Mal drenado Suave ondulado Não pedregoso Argilosa RUve 21,50 Mal drenado Suave ondulado a ondulado Não pedregoso Média a argilosa
Tabela 2. Dados analíticos dos solos das respectivas unidades de mapeamento do município de Rio Branco-AC. continuação...
No município de Rio Branco os Latossolos ocupam 6.393ha (0,76%).
São solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B
latossólico1 imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A, dentro de
200cm da superfície do solo ou dentro de 300cm, se o horizonte A apresenta
mais que 150cm de espessura (EMBRAPA, 2006). Foram mapeados
Latossolos Vermelhos que apresentam matiz 2,5YR ou mais vermelho na maior
parte dos primeiros 100cm do horizonte B (inclusive BA) como o perfil exposto
na Figura 6, e Latossolo Vermelho-Amarelo, que apresenta cores vermelho-
amareladas e amarelo-avermelhadas.
1É um horizonte mineral subsuperficial, cujos constituintes evidenciam avançado estágio de
intemperização, explícita pela alteração quase completa dos minerais primários menos resistentes ao intemperismo e/ou de minerais de argila 2:1, seguida de intensa dessilicificação, lixiviação de bases e concentração residual de sesquióxidos, argila do tipo 1:1 e minerais primários resistentes ao intemperismo. Em geral, é constituído por quantidades variáveis de óxidos de ferro e de alumínio, minerais de argila 1:1, quartzo e outros minerais mais resistentes ao intemperismo, podendo haver a predominância de quaisquer desses materiais (EMBRAPA, 2006).
Figura 6. Perfil de Latossolo Vermelho descrito no município de Rio Branco-AC.
Estes solos estão localizados em áreas de relevo plano a suave
ondulado e são os mais velhos da paisagem; apresentam uniformidade de cor
e textura (proporção de areia, silte e argila) em profundidade. São distróficos
(pobres quimicamente), profundos e bem drenados, possuem acidez elevada e
baixos teores de cálcio, magnésio e potássio associados a baixos teores de
fósforo.
Os Latossolos, por suas características físicas, suportam mecanização
intensiva e são aptos para usos que requerem grandes áreas homogêneas,
como o cultivo de grãos ou outros sistemas de produção agrícolas. A restrição
química, no que se refere à acidez e aos baixos teores de nutrientes, pode ser
corrigida pela calagem e adubação, respectivamente.
Em 2005, já havia 3.674ha desmatados nas áreas de Latossolos,
correspondendo a 57% da área ocupada por esses solos no município (RIO
O caráter alumínico1 (que ocorre como caráter restritivo em 85.603,85ha,
ou seja, 10,13% do território estudado) e o caráter alítico2 (que ocorre como
caráter restritivo em 268.319,83ha, ou seja, 31,77% do território) conferem
restrições químicas severas em razão do excesso de alumínio no complexo de
troca e correspondem a 41,9% da área do município de Rio Branco.
Os Argissolos com caráter distrófico3, que ocupam 8,6% da área do
Município, possuem menores restrições que os álicos e alíticos, porém ainda
são baixos os teores de cátions básicos, requerendo o uso de adubos e
corretivos. Estas áreas já possuem 44% do seu total desmatado, o que permite
um redirecionamento de uso por meio de incentivos de crédito e de outras
políticas públicas.
Em uma escala de possibilidades de uso estas classes estariam logo
após os Latossolos, sendo necessário o uso de práticas conservacionistas em
razão de suas características físicas (gradiente textural, relevo, drenagem,
dentre outras.).
Estas áreas são mais indicadas para o cultivo de culturas perenes com
inserção de duas ou mais práticas conservacionistas expostas nas Tabelas 3, 4
e 5:
Tabela 3. Práticas de caráter edáfico.
Prática Edáfica Descrição
Adequação da cultura ao tipo de solo
Na exploração de determinada área deve-se elaborar um plano de utilização de acordo com a aptidão agrícola da terra.
Controle das queimadas A queimada constitui um dos maiores problemas da
1Refere-se à condição em que o solo encontra-se em estado dessaturado e caracterizado por
teor de alumínio extraível 4 cmolc kg-1
de solo associado à atividade de argila < 20 cmolc c kg-
1 de argila, além de apresentar saturação por alumínio (100 Al
+3/S + Al
+3) 50% e/ou saturação
por bases (V% = 100 S/T) < 50%. 2Refere-se à condição em que o solo encontra-se dessaturado e apresenta teor de alumínio
extraível 4 cmolc kg-1
de solo, associado à atividade de argila 20 cmolc kg-1
de argila e
saturação por alumínio (100 Al+3
/S + Al+3
) 50% e/ou saturação por bases (V% = 100 S/T) < 50%. 3Solos que apresentam baixa saturação de bases (V<50%).
agricultura, pois é causa do empobrecimento dos solos e facilita a erosão, principalmente a laminar. Queimadas anuais devem ser evitadas sendo necessário tomar providências para diminuir os efeitos prejudiciais das queimadas de desbravamento.
Rotação de cultura Consiste em uma prática de alternância, mais ou menos regular, de culturas de diferentes famílias numa mesma área.
Calagem Consiste na incorporação ao solo de materiais calcários com o objetivo de corrigir a acidez e fornecer cálcio e magnésio.
Tabela 4. Práticas de caráter vegetativo.
Prática Vegetativa Descrição
Culturas em faixas
Esta prática consiste em minimizar as perdas de solo pelos processos erosivos, devido às barreiras feitas ao escoamento d‟água pela própria cultura. O plantio é feito em nível e em faixas com culturas.
Carpas alternadas Consiste em carpir o mato em ruas alternadas, com o objetivo de formar barreiras para impedir o carreamento dos solos pela erosão.
Consorciação de culturas
Consiste no plantio de diferentes culturas numa mesma área. No caso de culturas anuais consorciadas com perenes, esta prática deve ser utilizada somente nos dois ou três primeiros anos após a instalação da cultura permanente.
Plantio direto
É uma técnica de cultivo em que os restos culturais permanecem sobre o solo com objetivo de controlar a erosão, manter maior umidade do solo e aumentar a matéria orgânica do mesmo.
Destoca de novas áreas e enleiramento em nível
Consiste em enleirar os tocos de áreas recém-desmatadas, em nível, para proteger o solo da erosão e facilitar o seu preparo. O espaçamento usado deve ser proporcional aos dos terraços que podem ser construídos a partir da queima ou apodrecimento dos restos dos tocos.
Faixas de vegetação permanente
Consiste na disposição da cultura em faixas niveladas, intercaladas com as de cultura perene. As faixas de proteção devem ter no mínimo 2m de espessura.
Cultura de proteção e adubação verde
O objetivo maior desta prática é a incorporação de plantas ao solo para melhorar as suas propriedades físicas, químicas e biológicas.
Cobertura morta Consiste na utilização de capins, palhas, cascas e outros materiais, para cobrir o solo, total ou parcialmente, como forma de controlar os agentes erosivos.
Manejo de pastagens É considerada uma prática conservacionista porque, quando bem formada, a pastagem oferece grande proteção ao solo, diminuindo a erosão.
É a mais simples das práticas conservacionistas e se baseia no plantio segundo as curvas de nível do terreno. Pode ser usada isoladamente, quando o declive for igual ou menor que 3% e em associação com outras práticas quando o declive for maior.
Terraceamento São sulcos em valas construídas transversalmente, na direção de maior declive, com o objetivo de interceptar o escoamento superficial da água.
Canais escoadouros São usados em conjunto com o terraceamento quando os terraços são gradientes. O objetivo desta prática é coletar e conduzir o excesso de água sem provocar erosão.
Estradas
É fundamental o número e a qualidade de estradas para propiciar um acesso fácil, em qualquer época do ano, a todas as glebas. Devem-se evitar ao máximo as baixadas, rampas compridas e grandes declives, bem como locais onde não se possa fazer o controle da água. Deve-se construir ao longo das pendentes caixas de infiltração de água.
Escarificação Esta prática tem como objetivo romper as camadas impermeáveis do solo formadas pelo uso intensivo de mecanização, manejo mal conduzido, etc.
Subsolagem
É uma prática pela qual também se rompe a camada impermeável do solo. A diferença da escarificação para a subsolagem é que, na última, usam-se os subsoladores, que são implementos que vão cortando por baixo, sem revirar a terra.
Adequação de Drenagem
É usada para evitar a entrada de água e forçar a saída do excesso. No primeiro caso, usa-se vala em desnível, que contorna a área drenada, desviando a água do local. No segundo caso, é construída uma série de valas, dispostas no terreno de maneira a possibilitar o escoamento da água.
Irrigação Consiste no fornecimento de água ao solo e, conseqüentemente, às plantas, em quantidade adequada, evitando-se, assim, o problema do déficit hídrico e
ressecamento do solo.
Os Argissolos distróficos que apresentam argila de atividade alta têm
ainda como restrição as características físicas que podem impedir ou ser fator
de forte restrição para algumas culturas. Estes solos ocupam uma extensão de
214.881,3ha, o que representa 25,44% do território em questão, e são muito
suscetíveis à erosão, por estarem muitas vezes associados às condições de
relevo mais movimentado. A presença de caráter plíntico em alguns Argissolos
torna-se um importante indício de impedimento de drenagem e de restrição
para culturas não adaptadas.
Em estudo na região leste do Estado do Acre sobre as alterações de
solos ocorridas em Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico sob diferentes usos,
ARAÚJO et al. (2004) concluíram que a maioria dos nutrientes (Ca2+, Mg2+, K+
e P) e o carbono orgânico apresentam baixos teores, estando concentrados
nos primeiros centímetros do solo, tendendo a um incremento com o tempo de
uso, ou seja, na sucessão mata-pastagem. Concluíram ainda, que a matéria
orgânica do solo está concentrada nos primeiros centímetros e a densidade do
solo foi mais elevada no ecossistema de pastagem.
Os Argissolos mapeados no município de Rio Branco foram enquadrados
nas seguintes classes:
Argissolo Vermelho-Amarelo Alumínico e Argissolo Vermelho-
Amarelo Alumínico típico, como primeiros componentes de unidades de
mapeamento, ocupam menos de 3% do município de Rio Branco e têm como
principal restrição os elevados teores de alumínio trocável. Embora ocorram em
relevo suave ondulado a ondulado, a principal restrição é química que pode ser
superada, principalmente, com manejo de adubação orgânica e o uso de
calcário como complemento. Os usos indicados vão desde pastagens até
cultivos anuais em consórcio. Podem ser cultivados com espécies perenes com
sistema radicular pivotante, desde que sejam corrigidas as suas limitações
químicas.
Argissolo Vermelho-Amarelo Alumínico plíntico, como primeiro
componente de unidade de mapeamento, ocupa menos de 1% do município de
Rio Branco. Tem como restrição, além dos teores de alumínio elevados, o
Argissolo Vermelho-Amarelo Ta, ocupa cerca de 30% do território
riobranquense e, destes, cerca de 50% são ocupados por solos com caráter
plíntico, o que lhes confere certo grau de restrição, uma vez que a argila de
atividade alta potencializa a restrição da profundidade efetiva dada pelo caráter
plíntico. Os outros 50%, que têm somente argila de atividade alta, apresentam
restrições físicas consideráveis em razão da capacidade de expansão e
contração que possuem. São solos que devem ser utilizados com critérios e
demandam manejos específicos para garantir os estoques de nutrientes
adequados e suporte para o desenvolvimento radicular.
1.2.3 Luvissolos
Os Luvissolos ocupam uma área de 69.069ha no município de Rio
Branco que, em 2005, já se apresentava com 51% de sua cobertura original
alterada, representando 35.049ha.
De acordo com EMBRAPA (2006), os Luvissolos são constituídos por
material mineral, com argila de atividade alta, alta saturação por bases e
horizonte B textural imediatamente abaixo de horizonte A, podendo ser fraco,
moderado, proeminente ou horizonte E, satisfazendo os seguintes requisitos:
Horizontes plíntico, glei e plânico, se presentes, não satisfazem os
critérios para Plintossolos, Gleissolos e Planossolos, respectivamente; não
são coincidentes com a parte superficial do horizonte B textural;
Horizonte glei, se ocorrer, inicia-se após 50cm de profundidade, não
coincidindo com a parte superficial do horizonte B textural.
No município de Rio Branco foram mapeados Luvissolos Háplicos
(Figura 8) que constituem solos pouco cromados na maior parte do horizonte B.
Estão normalmente associados ao relevo mais movimentado e aos solos
moderadamente profundos, conferindo-lhes relativo grau de susceptibilidade à
erosão, o que, aliado ao fato de apresentarem drenagem moderada, restringe
seu uso agrícola, apesar da elevada fertilidade natural. No entanto, esta
restrição é caracterizada como moderada, uma vez que suas características
químicas conferem um grande potencial de uso agroflorestal.
Figura 8. Ambiente de descrição de perfil de Luvissolo Háplico Órtico, com cobertura vegetal de floresta aberta, descrito no município de Rio Branco-AC.
Os Luvissolos mapeados no município de Rio Branco foram
enquadrados nas seguintes classes: Luvissolo Háplico Pálico abrúptico e
Figura 11. Perfil de Neossolo Flúvico descrito nas margens do rio Acre no município de Rio Branco-AC.
SILVA (1993) realizou um diagnóstico nas áreas ribeirinhas do rio Acre,
no trecho entre Rio Branco e Porto Acre, cujos resultados demonstraram que
estas áreas apresentam bom potencial agrícola, uma vez que não possuem
restrições do ponto de vista físico e apresentam boa disponibilidade de água. A
densidade encontrada demonstra a fragilidade do ecossistema perante
sistemas de manejos inadequados, ficando condicionada a altas taxas de
erosão. Os teores de macronutrientes são bem superiores aos observados nos
solos de terra firme, mesmo quando comparados com os solos de melhor
fertilidade que ocorrem no Estado.
Dentre as variáveis estudadas, as que revelaram maior influência
decorrente das inundações periódicas pelas quais passam as áreas ribeirinhas
foram: fósforo, potássio e o pH, que tiveram valores médios bem superiores
aos encontrados nos solos de terra firme.
Os Neossolos Flúvicos mapeados às margens do rio Acre são
eutróficos, ou seja, possuem alta fertilidade, o que enfatiza o seu potencial
muitas vezes subutilizado.
Esses solos mapeados no município de Rio Branco foram enquadrados
na seguinte classe: Neossolo Flúvico Ta Eutrófico típico.
Os indicativos da aptidão natural dos solos no município de Rio Branco
consideram apenas as áreas que já sofreram algum tipo de alteração antrópica,
como áreas de pastagem, capoeira, agricultura, solo exposto, de habitação,
entre outras que representam 27,46% da área do município que, de acordo
com sua aptidão natural, podem ou não ser utilizadas para plantios agrícolas.
Os indicativos da aptidão natural dos solos não consideram as áreas de
florestas que ocupam 72,54% da área total do município de Rio Branco (Figura
12).
Figura 12. Porcentagens de área antropizada e floresta em relação à área do município de Rio Branco-AC.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, E. A.; LANI, J. L.; AMARAL, E. F.; GUERRA, A. Uso da terra e propriedades físicas e químicas de Argissolo Amarelo Distrófico na Amazônia Ocidental. Revista Brasileira de Ciências do Solo, v. 28, n. 2, p. 307-315,
ARAÚJO, E. A.; PACHECO, E. P.; AMARAL, E. F.; PINHEIRO, C. L. S.; PARIZZI NETTO, A. Aptidão natural para mecanização dos solos do Acre. Rio Branco: SECTMA/EMBRAPA Acre, 2001. 14 p. (Informativo Técnico ZEE/AC, 10) EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisas de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2. ed. Brasília: Embrapa. Produção de Informação;
Rio de Janeiro: Embrapa Solos. 2006. 306 p. RIO BRANCO. Prefeitura Municipal de Rio Branco. Diagnóstico dos Tipos de Uso Atual da Terra do município de Rio Branco/AC, na escala de 1:100.000. Rio Branco: PMRB, 2006. 49 p. SILVA, J. R. T. da. Avaliação da fertilidade dos solos de regiões ribeirinhas do Rio Acre. Parte I: resultados preliminares. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DA AMAZÔNIA, 7., 1993, Rio Branco, AC. Resumos... Rio Branco, AC: Universidade Federal do Acre, 1993. p. 23. VALENTIM, J. F., AMARAL, E. F., MELO, A. W. F. Zoneamento de risco edáfico atual e potencial de morte de pastagens de Brachiaria brizantha no Acre. Rio Branco: EMBRAPA-Acre, 2000a. 28 p. (EMBRAPA-Acre. Boletim
de Pesquisa, 29). VALENTIM, J. F.; AMARAL, E. F.; CAVALCANTE, M. J. B.; FAZOLIN, M.; CABALLERO, S. S. V.; BODDEY, R. M.; SHARMA, R. D.; MELO, A. W. F. Diagnosis and potential socioeconomic and environmental impacts of pasture death in the Western Brazilian Amazon. In: LBA SCIENTIFIC CONFERENCE, 1., 2000, Belém, PA. Abstracts...Belém: MCT/CPTEC/INPE, 2000b. p. 212.
CAPÍTULO 2 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE MANDIOCA
Raimundo Nonato de Souza Moraes
Lúcio Flávio Zancanela do Carmo Tadário Kamel de Oliveira
Sonaira Souza da Silva
A mandioca (Manihot esculenta) está entre as principais fontes de
carboidratos para a alimentação da população acreana, sendo cultivada
principalmente em pequenas áreas, em consórcio com milho ou feijão, ou
ainda, em cultivo “solteiro”, tanto em áreas recém-desbravadas como naquelas
de uso mais intenso (WADT, 2005).
A mandioca desempenha importante papel social, pois é um dos
produtos básicos da dieta da população de baixa renda, sendo ainda
largamente utilizada no arraçoamento animal. Além da alimentação humana,
constitui-se em matéria-prima de amplo e diversificado emprego industrial e de
excelente fonte de forragem protéica (parte aérea) e energética (raízes) para
suplementação animal.
Mesmo não sendo a cultura de subsistência que ocupa a maior área
plantada no Estado, a renda da mandioca é maior do que a soma das rendas
geradas pelas culturas do milho, arroz e feijão (MOURA et al., 2001). De
acordo com estes autores, apesar de sua importância econômica e social e de
sua ampla difusão, a cultura enfrenta diversos problemas, como por exemplo:
cultivos em áreas com características físicas e químicas inadequadas,
utilização de cultivares de baixo potencial produtivo, plantio de duas ou mais
cultivares numa mesma área e plantio de cultivares susceptíveis à podridão
radicular.
Com base nos atributos químicos, físicos e morfológicos dos solos
(Tabela 2), no mapa de solos do município de Rio Branco (Figura 5) produzido
pelo Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural de Rio Branco
(ZEAS), e nas exigências edáficas da cultura (Tabela 6), realizou-se o estudo
de aptidão natural dos solos para a cultura da mandioca.
ALBUQUERQUE, M. de; CARDOSO, E. M. R. A mandioca no Trópico Úmido. Brasília: Editerra, 1980. 215 p.
AMARAL, E. F. do; SOUZA, A. N. de. Avaliação da fertilidade do solo no sudeste acreano: o caso do PED/MMA no município de Senador Guiomard. Rio Branco: EMBRAPA – CPAFAC, 1997. 32 p. (Documentos, 26). BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria n. 554, de 30 de agosto de 1995. Norma de identidade, qualidade, apresentação, embalagem, armazenamento e transporte da farinha de mandioca. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 11 p., 01 set. 1995. CFSMG. COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5ª aproximação. Viçosa, MG: CFSMG. 1999. 359 p. il. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: Embrapa Produção de Informação; Rio de
Janeiro: Embrapa Solos, 1999. 412 p. MOURA, G. de M.; AMARAL, E. F. do; ARAÚJO, E. A. de. Aptidão natural dos solos do Estado do Acre para o cultivo da mandioca (Manihot esculenta). Rio Branco: Embrapa Acre, 2001. 6 p. (Embrapa Acre. Comunicado Técnico, 133). NOGUEIRA, F. D.; GOMES, J. de C. Sugestões de adubação para a cultura da mandioca. In: RIBEIRO, A. C.; GUIMARÃES, P. T. G.; ALVAREZ V., V. H. (Org.). Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5ª aproximação. Viçosa, MG: UFV: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais. (CFSEMG), 1999. p. 312-313. SANTOS, D. R.; LEMOS, R. C.; SANTOS, H. G.; KER, J. C.; ANJOS, L. H. C. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 5. ed. rev. Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo; Embrapa, Centro Nacional de Pesquisa de Solos. 2005. 100 p. WADT, P. G. S. Recomendação de adubação para as principais culturas. In: WADT, P. G. S. (Org.) Manejo do solo e recomendação de adubação para o Estado do Acre. Rio Branco: Embrapa Acre, 2005. p. 491-635.
CAPÍTULO 3 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE BANANA
Tadário Kamel de Oliveira Raimundo Nonato de Souza Moraes
Sonaira Souza da Silva
Lúcio Flávio Zancanela do Carmo
A área plantada com bananeira (Musa sp.) no Acre, em 2006, foi de
8.900ha (IBGE, 2006), sendo esta a principal frutífera cultivada no Estado.
Portanto, a bananicultura é uma atividade agrícola de grande expressão no
Acre, gerando renda para pequenos e médios produtores, com destaque na
agricultura familiar em toda a região. Nos últimos anos, a produtividade vem
decrescendo devido à diminuição da fertilidade dos solos nos bananais, à
incidência de pragas como o moleque-da-bananeira (Cosmopolites sordidus) e,
especialmente, à incidência severa da Sigatoka-negra. Atualmente, existe
cultivares (Thap Maeo, Pacovan Kem, Preciosa, Maravilha e Japira) com
resistência à doença que são recomendadas como alternativa às cultivares
Prata e Maçã, preferidas no Estado (SIVIERO et al., 2006). Para os plátanos
ainda pesquisa-se um genótipo resistente à Sigatoka-negra (Mycosphaerella
musicola Leach) e com características semelhantes ao material local.
Vale destacar que, além da Sigatoka-negra, o manejo inadequado, sem
realização de tratos culturais (desbastes, desfolhas, capinas, adubação
química de reposição ou leguminosas como adubo verde), e o plantio em áreas
pouco propícias implicaram em menor expressão do potencial produtivo dos
bananais acreanos.
O zoneamento para a cultura da banana no município de Rio Branco
constitui um passo fundamental para o bom planejamento do uso da terra e o
sucesso para os produtores que desejarem investir nesta cultura.
Com base nos atributos químicos, físicos e morfológicos dos solos
(Tabela 2), no mapa de solos do município de Rio Branco (Figura 5) produzido
pelo Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural de Rio Branco
(ZEAS), e nas exigências edáficas da cultura (Tabela 7), realizou-se o estudo
de aptidão natural dos solos para a cultura da banana.
BORGES, A. L.; SOUZA, L. da S.; ALVES, E. J. Exigências edafoclimáticas. In: CORDEIRO, Z.J.M. (Org.). Banana. Produção: aspectos técnicos. Brasília:
Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 2000. p. 17-23. (Frutas do Brasil, 1). BORGES, A. L.; OLIVEIRA, A. M. G.; SOUZA, L. da S. Solos, Nutrição e adubação. In: ALVES, E. J. A cultura da banana: aspectos técnicos, socioeconômicos e agroindustriais. 2. ed. rev. Brasília: Embrapa SPI; Cruz das Almas: Embrapa CNPMF, 1999. p.197-260. CENTEC. Instituto Centro de Ensino Tecnológico. Produtor de bananas. 2. ed. rev. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha; Ministério da Ciência e Tecnologia, 2004. 64 p. (Cadernos tecnológicos) EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura Tropical (CNPMF). A cultura da banana. 2. ed., rev. e aum. Brasília: Embrapa SPI,
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Campinas: Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), 1998. 66 p. (Boletim técnico, 234).
SOUZA, L. da S. Manejo e conservação dos solos. In: LIMA, M. B.; SILVA, S. de O.; FERREIRA, C. F. (Ed.) Banana: o produtor pergunta, a Embrapa
responde. Embrapa Mandioca e Fruticultura. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. p. 51-60. (Coleção 500 perguntas, 500 respostas). SILVA, J. T. A. da; PACHECO, D. D.; COSTA, E. L. da. Atributos químicos e físicos de solos cultivados com bananeira „Prata-anã‟ (AAB), em três níveis de produtividade, no Norte de Minas Gerais. Revista Brasileira de Fruticultura,
Jaboticabal-SP, v. 29, n. 1, p. 102-106, abr. 2007. SILVA, J. T. A. da; BORGES, A. L.; MALBURG, J. L. Solos, adubação e nutrição da bananeira. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 20, n. 196, p.
21-36, jan./fev. 1999. SIVIERO, A.; OLIVEIRA, T. K. de; PEREIRA, J. E. S.; SÁ, C. P. de; SILVA, S. de O. Cultivares de banana resistentes à Sigatoka-negra recomendadas para o Acre. Rio Branco: Embrapa Acre, 2006. 8 p. (Embrapa Acre. Circular Técnica, 49). WADT, P. G. S. Recomendação de adubação para as principais culturas. In: WADT, P. G. S. (Org.). Manejo do solo e recomendação de adubação para o Estado do Acre. Rio Branco: Embrapa Acre, 2005. p. 491-635.
Conc1 Muito pouco (menos que 5% do volume) Preferencial
Conc2 Pouco (5% a 15% do volume) Restrita
Conc3 Freqüente (16% a 40% do volume) Restrita
Conc4 Muito freqüente (41% a 80% do volume) Inapta
Conc5 Dominante (mais que 80% do volume) Inapta
Classe textural
Text1 Arenosa (teor de argila+silte ≤15% ) Inapta
Text2 Média (teor de argila+silte maior que 15% e argila ≤35%) Restrita
Text3 Argilosa (35% a 60% de argila) Preferencial
Text4 Muito argilosa (mais de 60% de argila) Restrita
Text5 Siltosa – menos de 35% de argila e menos de 15% de areia Restrita Fonte: RAIJ et al. (1997); Prado (1998); ALVES et al. (1999); FANCELLI e DOURADO NETO (2000); CRUZ (2006).
A análise das informações constantes nas Figuras 17 e 18 permite
verificar que 48,27% das terras com potencial agrícola no município são
consideradas entre Preferencial e Preferencial restrita, correspondendo aos
solos com características que proporcionam um melhor desenvolvimento da
cultura, destacando-se a profundidade efetiva, drenagem e textura (Tabela 2).
Considerando que o sistema radicular da planta de milho, embora possa atingir
até 3m de profundidade, concentra-se entre 30 e 40cm (FORNASIERI FILHO,
2007), recomendando-se solos de textura média, com teores de argila em torno
de 30-35%, ou mesmo argilosos, com boa estrutura, que possibilitam
drenagem adequada, apresentando boa capacidade de retenção de água e de
ALVES, V. M. C.; VASCONCELLOS, C. A.; FREIRE, F. M.; PITTA, G. V. E.; FRAÇA, G. E.; RODRIGUES FILHO, A.; ARAÚJO, J. M.; VEIRA, J. R.; LOUREIRO, J. E. Milho. In: RIBEIRO, A. C.; GUIMARAES, P. T. G.; ALVAREZ, V. H. (Org.). Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5a aproximação. Viçosa, MG: UFV: Comissão de Fertilidade do
Solo do Estado de Minas Gerais (CFSEMG), 1999. p. 314-316. CRUZ, J. C. (Ed.). Cultivo do milho. Sete Lagoas: EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa em Milho e Sorgo (CNPMS), 3. ed. 2007. (Sistemas de Produção. 2) Disponível em: <http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho> . Acesso em: 1 jun. 2008. EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa em Milho e Sorgo. Cultivo do milho. Embrapa-CNPMS, 2007. (Sistemas de produção, 1) EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro de Pesquisa Agroflorestal do Acre. Novas variedades de milho recomendadas para o Estado do Acre. Rio Branco: Embrapa, n. 79, p. 1-2, 1997. (Comunicado
técnico) FANCELLI, A. L.; DOURADO NETO, D. Produção de milho. Guaíba: Agropecuária, 2000. 360 p. FORNASIERI FILHO, D. Manual da Cultura do milho. Jaboticabal: FUNEP, 2007. 576 p. IBGE, Diretoria de Pesquisas. Coordenação de Agropecuária. Produção Agrícola Municipal 2006. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Producao_Agricola_Municipal_%5Banual%5D/.> Acesso em: 1 jun. 2008. PRADO, H. Solos Tropicais: potencialidades, limitações, manejo e capacidade de uso. 2. ed. Jaboticabal: FUNEP, 1998. 231 p.
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CHAGAS, J. M.; BRAGA, J. M.; VIEIRA, C.; SALGADO, L. T.; JUNQUEIRA NETO, A.; ARAÚJO, G. A. A.; ANDRADE, M. J. B.; LANA, R. M. Q.; RIBEIRO, A. C. Feijão. In: RIBEIRO, A. C.; GUIMARÃES, P. T. G.; ALVAREZ, V. H. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5ª aproximação. Viçosa, MG: UFV: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado
de Minas Gerais (CFSEMG), 1999. p. 306-307. DOURADO NETO, D.; FANCELLI, A. L. Produção de Feijão. Guaíba: Agropecuária, 2000. 385 p. EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijão. Cultivo do Feijão da Primeira e Segunda Safras na Região Sul de Minas Gerais. Santo Antônio de Goiás: EMBRAPA -
CNPAF, 2005. (Sistemas de Produção, 6). Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Feijao/FeijaoPrimSegSafraSulMG/index.htm> .Acesso em: 3 mai. 2008. EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijão. O feijão na alimentação. Santo Antônio de Goiás:
EMBRAPA-CNPAF, 2004. 4 p. EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijão. Cultivo do feijoeiro comum. Santo Antônio de
Goiás: Embrapa-CNPAF, 2003. (Sistemas de Produção, 2). Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Feijao/CultivodoFeijoeiro/index.htm . Acesso em: 13 jun. 2008. IBGE. Diretoria de Pesquisas. Coordenação de Agropecuária. Produção Agrícola Municipal 2006. Disponível em:
ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Producao_Agricola_Municipal_%5Banual%5D/. Acesso em: 1 jun. 2008. INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ (IAPAR). O feijão no Paraná.
Londrina: IAPAR, 1989. 303 p. (IAPAR, Circular, 63) PEREIRA, R. C. A.; COSTA, J. G.; MAIA, A. S. C. Recomendações para a cultura do feijão no Estado do Acre. Rio Branco: EMBRAPA-CPAFAC, 1998.
PRADO, H. Solos Tropicais: potencialidades, limitações, manejo e
capacidade de uso. 2. ed. Jaboticabal: FUNEP, 1998. 231 p. RAIJ, B. Van; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J. A.; FURLANI, A. M. C. Boletim técnico 100: recomendações de adubação e calagem para o Estado de São
Paulo. Campinas: Instituto Agronômico, 1997. 285 p.
CAPÍTULO 7 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE CANA-DE-AÇÚCAR.
João Batista Martiniano Pereira Raimundo Nonato de Souza Moraes
Sonaira Souza da Silva
A cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) é plantada por agricultores
familiares do Acre em pequenas áreas que, geralmente, não ultrapassam dois
hectares. A espécie é utilizada como matéria-prima para a produção de açúcar
mascavo, rapadura, melado e alfenim,
Para se obter uma boa produtividade desta cultura, é necessário que a
região apresente um período quente e úmido para um adequado
desenvolvimento vegetativo, com precipitação anual acima de 1.800mm, e
outro período seco bem definido, para que ocorra a concentração da sacarose
no colmo.
Assim, para as condições do município de Rio Branco, é recomendável
que o plantio de cana-de-açúcar seja no período compreendido entre os meses
de novembro a fevereiro, quando ocorrem as maiores médias de precipitação,
e a colheita, no período compreendido entre os meses de abril a outubro,
quando diminuem as chuvas, favorecendo a concentração de sacarose.
Solos profundos, pesados, bem estruturados, férteis e com boa
capacidade de retenção são os ideais para o cultivo da cana-de-açúcar que,
por sua rusticidade, também pode se desenvolver, satisfatoriamente, em solos
arenosos e menos férteis, como os dos Cerrados. Solos rasos, isto é, com
camada impermeável superficial ou mal drenada, não devem ser indicados
para o plantio de cana-de-açúcar (AMARAL et al., 2001).
Com base nos atributos químicos, físicos e morfológicos dos solos
(Tabela 2), no mapa de solos do município de Rio Branco (Figura 5) produzido
AMARAL, E. F. do; BARDALES, N. G.; ARAÚJO, E. A de; PINHEIRO, C. L. S.; SOUZA, A. de. Aptidão dos solos do Acre para o cultivo da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.). Rio Branco: SECTMA: Embrapa, 2001. 6 p. (Informativo Técnico, ZEE/AC 4) AMARAL, E. F. do; SOUZA, A. N. de. Avaliação da fertilidade do solo no sudeste acreano: o caso do PED/MMA no município de Senador Guiomard. Rio Branco: EMBRAPA-CPAFAC, 1997. 32 p. (Documentos, 26). CFSMG. COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5ª aproximação. Viçosa, MG: CFSMG. 1999. 359 p.:il.
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: Embrapa Produção de Informação; Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 1999. 412 p. SANTOS, D. R.; LEMOS, R. C.; SANTOS, H. G.; KER, J. C.; ANJOS, L. H. C. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 5. ed. rev. Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo; Embrapa, Centro Nacional de Pesquisa de Solos. 2005. 100 p.
CAPÍTULO 8 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE PUPUNHA
Raimundo Nonato de Souza Moraes Lúcio Flávio Zancanela do Carmo
Tadário Kamel de Oliveira
A pupunha (Bactris gasipaes H. B. K.), uma palmeira tropical, é
encontrada em estado silvestre em toda a Amazônia. Caracteriza-se por uma
série de raças diferentes e uma grande variabilidade genética. Sua planta
fornece diversos produtos, sendo os frutos e, principalmente, o palmito os mais
importantes economicamente (BERGO e LUNZ, 2000).
A pupunheira destaca-se sobre as demais espécies de palmeiras
devido a sua precocidade, rusticidade e elevado perfilhamento. Seu fruto é um
alimento essencialmente energético, com teores de vitaminas consideráveis,
principalmente a vitamina A, sendo utilizado para consumo in natura cozido, ou
para produção de farinha e óleo. Seu palmito é macio e saboroso (BERGO e
LUNZ, 2000; FRANKE et al., 2001).
Nos últimos anos a demanda pela pupunha para fruto e palmito tem
crescido gradativamente, tanto no mercado interno como externo. No Estado
do Acre, o cultivo de pupunha para produção de palmito vem expandindo-se.
Nativa da região amazônica, com boa adaptação às condições edafoclimáticas
locais e mercado promissor, vem tornando-se uma excelente alternativa
econômica para pequenos, médios e grandes produtores rurais (BERGO e
LUNZ, 2000; FRANKE et al., 2001).
Com base nos atributos químicos, físicos e morfológicos dos solos
(Tabela 2), no mapa de solos do município de Rio Branco (Figura 5) produzido
pelo Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural de Rio Branco
(ZEAS), e nas exigências edáficas da cultura (Tabela 12), realizou-se o estudo
de aptidão natural dos solos para a cultura da cana-de-açúcar.
correção por meio da calagem, podem aumentar sobremaneira o percentual de
solos que podem ser usados com esta cultura.
Além dos cuidados relacionados às condições edáficas, para que se
obtenham produções satisfatórias com a pupunha, é necessário que o manejo
da cultura seja feito respaldado por técnicas adequadas. Assim, a adoção de
um sistema de produção que contemple época de plantio, tratos culturais,
adubação e correção do solo e uso de variedades produtivas, garantirá ao
agricultor a obtenção de boas produtividades.
O município de Rio Branco apresenta 58,62% de sua área agricultável
com potencial Bom a Moderado para o cultivo de pupunha. Assim, poderá
contribuir para a dieta e para a geração de renda adicional às famílias
residentes na zona rural do município.
Estas mesmas áreas podem ser destinadas para outros usos com maior
potencial econômico e social para as comunidades do município de Rio
Branco.
REFERÊNCIAS
AMARAL, E. F. do; SOUZA, A. N. de. Avaliação da fertilidade do solo no sudeste acreano: o caso do PED/MMA no município de Senador Guiomard.
Rio Branco: EMBRAPA-CPAFAC, 1997. 32 p. (Documentos, 26). BERGO, C. L.; LUNZ, A. M. P. Cultivo da pupunha para palmito no Acre. Rio Branco: Embrapa Acre, 2000. 15 p. (Circular Técnica, 31). CFSMG. COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5ª aproximação. Viçosa, MG: CFSMG. 1999. 359 p.:il.
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: Embrapa Produção de Informação; Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 1999. 412 p. FRANKE, I. L.; BERGO, C. L.; AMARAL, E. F. do; ARAÚJO, E. A. de; MELO, A. W. F. de M. Aptidão natural para cultivo de pupunha (Bactris gasipaes H. B. K.) no Estado do Acre. Rio Branco: SECTMA: Embrapa Acre, 2001. 12
p.: il.; 22 cm. (Informativo Técnico ZEE/AC; 8). SANTOS, D. R.; LEMOS, R. C.; SANTOS, H. G.; KER, J. C.; ANJOS, L. H. C. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 5. ed. rev. Viçosa, MG:
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo; Embrapa, Centro Nacional de Pesquisa de Solos. 2005. 100 p.
V1 Eutróficos - saturação por bases ≥ 50% Preferencial
V2 Distróficos - saturação por bases < 50% Restrita
V3 Oligotróficos - saturação por bases < 35% Restrita
Características Físicas
Presença de Concreções
Conc0 Sem concreções Preferencial
Conc1 Muito pouco (menos que 5% do volume) Preferencial
Conc2 Pouco (5% - 15% do volume) Restrita
Conc3 Freqüente (15% - 40% do volume) Restrita
Conc4 Muito Freqüente (40% - 80% do volume) Restrita
Conc5 Dominante (mais que 80% do volume) Inapta
Classe Textural
Text1 Textura arenosa - mais de 70% de areia Restrita
Text2 Textura média - menos de 35% de argila e mais de 15% de areia Preferencial
Text3 Textura argilosa - 35% a 60% de argila Preferencial
Text4 Textura muito argilosa - mais de 60% de argila Restrita
Text5 Textura siltosa - menos de 35% de argila e menos de 15% de areia Restrita
Fonte: OLIVEIRA (1991); RODRIGUEZ (1991); MALAVOLTA et al. (1994); LEDO et al. (1996); LEDO et al. (1997a); LEDO et al. (1997b); ARAÚJO et al. (2001); REZENDE et al. (2002); JESUS (2006).
De acordo com o mapa de aptidão natural dos solos do município para a
cultura de citros, representado na Figura 27, e como mostra a Figura 28,
22,99% da área apresentam condições restritas ao cultivo de citros.
Relacionando com a Tabela 2, nota-se que os solos apresentam algumas
limitações de ordem morfológica quanto à exploração citrícola, decorrente da
existência de áreas moderadamente drenadas a mal drenadas. E, mesmo
apresentando boa adaptação a tais solos, os citros não podem expressar todo
o seu potencial genético, visto que, esta cultura é exigente quanto à boa
FAOSTAT Agriculture-FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. Disponível em:
http://faostat.fao.org/site/567/DesktopDefault.aspx?PageID=567>. Acesso em 10 jun. 2008. JESUS, A. F. Nutrição mineral e adubação dos citros irrigados. Cruz das
Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, out. 2006. 12 p. (Circular Técnica, 79). LEDO, A. S. Potencialidades da Fruticultura no estado do Acre. Rio Branco,
AC: EMBRAPA-CPAFAC, 1996. 16 p. (Série Documentos, 20). LEDO, A. S.; LEDO, F. J. S.; PIMENTEL, F. A.; AZEVEDO, F. F. Recomendação das laranjas Natal e Valência e técnicas para o plantio no estado do Acre. Rio Branco: Embrapa-CPAFAC, 1997a. 5 p. (Circular Técnica, 75). LEDO, A. S.; LEDO, F. J. S.; RITZINGER, R.; PIMENTEL, F. A.; AZEVEDO, F. F. Recomendação da laranja Aquiri e técnicas para o plantio no estado do Acre. Rio Branco: Embrapa-CPAFAC, 1997b. 4 p. (Circular Técnica, 73).
LIMA, R. S. S. Subsolagem e avaliação da compactação em Laranjeira Pêra (Citrus sinensis L. Osbesk): efeitos nas propriedades físicas do solo e na planta. 1996. 44 f. Monografia (Graduação em Agronomia) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal. 1996. MAGALHÃES, A. F. J. Nutrição mineral e adubação dos citros. Cruz das
Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, 2006. 12 p. (Circular Técnica, 29) MALAVOLTA, E.; PRATES, H. S. Seja o Doutor dos seus citros. Piracicaba:
Informações Agronômicas – POTAFOS, 1994. 16 p. (Boletim Informativo, 65). MINATEL, A. L. G.; ANDRIOLI, I.; CENTURION, J. F.; NATALE, W. Efeitos da subsolagem e da adubação verde nas propriedades físicas do solo em pomar
de citros. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 26, n. 1, p. 86-95, jan/abr.
2006. OLIVEIRA, J. B. Solos para citros. In: RODRIGUEZ, O.; VIÉGAS, F.; POMPEU JR.; AMARO, A. (Ed.) Citricultura Brasileira, 2 ed. Campinas, SP: Fundação
Cargill, 1991. p. 196-227. ARAÚJO, E. A. ; PACHECO, E. P. ; AMARAL, Emanuel Ferreira Do ; PINHEIRO, C. L. S. ; PARIZZI NETTO, Aurélio . Aptidão natural para a mecanização dos solos do estado do Acre. Rio Branco: SECTMA: Embrapa, 2001. (Informativo Técnico ZEE/AC N. 10). REZENDE, J. O.; MAGALHÃES, A. F. J.; SHIBATA, R. T.; ROCHA, E. S.; FERNANDES, J. C.; BRANDÃO, F. J. C.; REZENDE, V. J. R. P. Citricultura nos solos coesos dos Tabuleiros Costeiros: análise e sugestões. Salvador:
Seagri-Ba, 2002. 97 p. (Série Estudos Agrícolas, 3). RODRIGUEZ, O. Aspectos fisiológicos, nutrição e adubação dos citros. In: RODRIGUEZ, O.; VIÉGAS, F.; POMPEU JUNIOR, J.; AMARO, A.A. (Ed.). Citricultura brasileira. 2. ed. Campinas: Fundação Cargill, 1991. p. 419-475.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Agricultura e Abastecimento. Cadeia de produção de cítrus e a morte súbita: análise e estratégias. São Paulo, 2003. Disponível em: http://www.apta.sp.gov.br/Morte_Subita.htm>. Acesso em: 10 jun. 2008. SIDRA-IBGE. Sistema IBGE de Recuperação Automática - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/agric/default.asp?z=t&o=11&i=P.>. Acesso em: 10 jun. 2008.
V1 Eutróficos - saturação por bases ≥ 50% Preferencial
V2 Distróficos - saturação por bases < 50% Restrita
V3 Oligotróficos - saturação por bases < 35% Restrita
Características Físicas
Presença de Concreções
Conc0 Sem concreções Preferencial
Conc1 Muito pouco (menos que 5% do volume) Preferencial
Conc2 Pouco (5% - 15% do volume) Restrita
Conc3 Freqüente (15% - 40% do volume) Inapta
Conc4 Muito Freqüente (40% - 80% do volume) Inapta
Conc5 Dominante (mais que 80% do volume) Inapta
Classe Textural
Text1 Textura arenosa - mais de 70% de areia Restrita
Text2 Textura média - menos de 35% de argila e mais de 15% de areia Preferencial
Text3 Textura argilosa - 35% a 60% de argila Restrita
Text4 Textura muito argilosa - mais de 60% de argila Inapta
Text5 Textura siltosa - menos de 35% de argila e menos de 15% de areia Restrita
Fonte: MARIN et al. (1995); OLIVEIRA et al. (1995); ARIAS et al. (1998); OLIVEIRA (1999); DANTAS e SOUZA (2000); SOUZA e OLIVEIRA (2000); SOUZA et al. (2000); ALVES (2003); COSTA e COSTA (2003); MARTINS e COSTA (2003); SALGADO e COSTA (2003); BRASIL (2004); OLIVEIRA et al. (2004).
Baseado no mapa de aptidão natural dos solos do município para o
mamão (Figura 29), e como indicado na Figura 30, 16,09% das terras
agricultáveis apresentam-se como Preferencial e 18,39% são Preferencial
restrita para esta cultura, devendo ser adotadas práticas adequadas de
manejo, de ordem química ou morfológica (medidas de conservação do solo)
para uma melhor produtividade da cultura.
Figura 29. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de mamão no município de Rio Branco-AC.
ALVES, F. L. A cultura do mamão Carica papaya no mundo, no Brasil e no estado do Espírito Santo. In: MARTINS, D. S.; COSTA, A. F. S. (Org.). A cultura do mamoeiro: tecnologias de produção. Vitória, ES: INCAPER, 2003.
p. 13-34. BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Instituto Centro de Ensino Tecnológico. Produtor de mamão. 2. ed. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha,
2004. 72 p. (Caderno tecnológico).
COSTA, A. N.; COSTA, A. F. S. Nutrição e adubação. In: MARTINS, D. S.; COSTA, A. F. S. (Org.). A cultura do mamoeiro: tecnologias de produção.
Vitória, ES: INCAPER. 2003. p. 201-227. CURI, N.; CARMO, D. N. do; BAHIA, V. G.; FERREIRA, M. M.; SANTANA, D. P. Problemas relativos ao uso, manejo e conservação do solo em Minas Gerais. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 176, n. 16, p. 5-16, 1992. DANTAS, J. L. L.; SOUZA, J. S. Aspectos sócio-econômicos. In: Mamão: produção – aspectos técnicos. Brasília: Embrapa, p. 10, 2000. (Frutas do Brasil, 3). FARIAS, A. R. N.; OLIVEIRA, A. M. G.; SANTOS FILHO, H. P.; OLIVEIRA, J. R. P.; DANTAS, J. L. L.; OLIVEIRA, M. A.; SANCHES, N. F.; MEDINA, V. M.; CORDEIRO, Z. J. M. A cultura do mamão. Brasília: Embrapa-SPI, 1998. 92 p. (Coleção Plantar, 37). IBGE, Diretoria de Pesquisas. Coordenação de Agropecuária. Produção Agrícola Municipal 2006. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Producao_Agricola_Municipal_%5Banual%5D/>. Acesso em: 4 jun. 2008. MANICA, I.; MARTINS, D. S.; VENTURA, J. A. Mamão: tecnologia de produção pós-colheita, exportação, mercados. Porto Alegre: Cinco Continentes, 2006. 361 p. MARIN, S. L. D.; GOMES, J. A.; SALGADO, J. S.; MARTINS, D. S.; FULLIN, E. A. Recomendações para a cultura do mamoeiro dos grupos solo e formosa no estado do Espírito Santo. Espírito Santo: EMCAPA. 1995. 57 p. (Circular Técnica, 3).
MARTINS, D. S.; COSTA, A. F. S. (Org.). A cultura do mamoeiro: tecnologias de produção. Vitória, ES: INCAPER, 2003. 497 p. OLIVEIRA, A. M. G.; SOUZA, L. F. S.; RAIJ, B. V.; MAGALHÃES, A. F. J.; BERNARDI, A. C. C. Nutrição, calagem e adubação do mamoeiro irrigado. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropiocal, 2004. 10 p. (Circular técnica, 69). OLIVEIRA, A. M. G. Solo, calagem e adubação. In: SANCHES, N. F.; DANTAS, J. L. L. (Coord.). O cultivo do mamão. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e
Fruticultura Tropical, 1999. p. 9-16. (Circular técnica, 34). OLIVEIRA, A. M. G.; OLIVEIRA, M. A.; DANTAS, J. L. L.; SANCHES, N. F.; MEDINA, V. M.; CORDEIRO, Z. J. M.; SANTOS FILHO, H. P.; CARVALHO, J. E. B. A cultura do mamoeiro. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, 1995. 80 p. (Circular técnica, 21). SALGADO, J. S.; COSTA, A. N. Solos cultivados com o mamoeiro. In: MARTINS, D. S.; COSTA, A. F. S. (Org.). A cultura do mamoeiro: tecnologias de produção. Vitória, ES: INCAPER, 2003. p. 117-124. SOUZA, L. F. S.; TRINDADE, A. V.; OLIVEIRA, A. M. G. Calagem, exigências nutricionais e adubação. In: Mamão: produção – aspectos técnicos. Brasília: Embrapa, p. 26-34, 2000 (Frutas do Brasil, 3). SOUZA, L. F. S.; OLIVEIRA, A. M. G. Preparo e conservação do solo. In: Mamão: produção – aspectos técnicos. Brasília: Embrapa, p. 18-19, 2000. (Frutas do Brasil, 3).
Figura 32. Classes de aptidão para a cultura de maracujá em relação à área
agricultável do município de Rio Branco-AC.
As áreas que apresentam aptidão natural Preferencial e Preferencial
restrita para o cultivo do maracujazeiro (Figura 31) constituem os solos que se
destacam pelos atributos de boa profundidade efetiva e pela boa drenagem
(Tabela 2). Fatores negativos como solos pouco profundos, rasos e com
drenagem deficiente limitam o bom desempenho da cultura do maracujazeiro.
De modo geral, recomenda-se que o cultivo do maracujá seja em solos
profundos, razoavelmente férteis e bem drenados. Solos com alto teor de argila
e pouco permeáveis, sujeitos a encharcamentos, não são indicados para esta
cultura, sendo os mais adequados os areno-argilosos (LIMA e BORGES,
2002).
O município apresenta 45,98% de sua área agricultável com potencial
Bom a Moderado para o cultivo de maracujá. Podendo, assim, contribuir para a
dieta e para a geração de renda adicional às famílias residentes na zona rural
de Rio Branco.
Sugere-se que o maracujá seja cultivado, principalmente, para atender
ao consumo do mercado interno de frutas. Estas mesmas áreas podem ser
destinadas para outros usos com maior potencial econômico e social para as
comunidades rurais do município.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Produção frutícola nacional:
maracujá. Disponível em: < www.integracao.gov.br >. Acesso em: 15 fev. 2005. FREITAS, G. B. de; Clima e solo. In: BRUCKNER, C.H.; PICANÇO, M.C. (Ed.). Maracujá: tecnologia de produção, pós-colheita, agroindústria e mercado.
Porto Alegre: Cinco Continentes. 2001. p. 69-83. LIMA, A. de A.; BORGES, A. L. Exigências edafoclimáticas. In: FALEIRO, F. G.; JUNQUEIRA, N. T. V.; BRAGA, M. F. (Ed.). Maracujá: germoplasma e melhoramento genético. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2005. p. 39-44. LIMA, A. de A.; BORGES, A. L. Solo e clima. In: LIMA, A. de A. (Ed. Técnico). Maracujá Produção: aspectos técnicos. Brasília: Embrapa Informação
Tecnológica, 2002. p. 25-28. (Frutas do Brasil, 15). SÃO JOSÉ, A. R.; ALMEIDA, L. P. de; SANTANA, R. G. de; SOUSA, P. J. S. Comportamento de maracujazeiros (P. edulis Sims f. flavicarpa Degener) propagados por via sexual e vegetativa. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 15, n. 1, p. 159-164, 1993.
V1 Eutróficos - saturação por bases ≥ 50% Preferencial
V2 Distróficos - saturação por bases < 50% Restrita
V3 Oligotróficos - saturação por bases < 35% Inapta
Características Físicas
Presença de Concreções
Conc0 Sem concreções Preferencial
Conc1 Muito pouco (menos que 5% do volume) Preferencial
Conc2 Pouco (5% - 15% do volume) Restrita
Conc3 Freqüente (15% - 40% do volume) Restrita
Conc4 Muito Freqüente (40% - 80% do volume) Inapta
Conc5 Dominante (mais que 80% do volume) Inapta
Classe Textural
Text1 Textura arenosa - mais de 70% de areia Restrita
Text2 Textura média - menos de 35% de argila e mais de 15% de areia Preferencial
Text3 Textura argilosa - 35% a 60% de argila Preferencial
Text4 Textura muito argilosa - mais de 60% de argila Restrita
Text5 Textura siltosa - menos de 35% de argila e menos de 15% de areia Restrita Fonte: BRASIL (1976); MULLER et al. (1995); BUENO (1997); EMBRAPA (1997); MULLER e CARVALHO (1997); EMBRAPA (1999); ROCHA NETO (1999).
De acordo com o mapa de aptidão natural dos solos do município para
o cultivo do cupuaçu (Figura 33) e como mostra a Figura 34, 40,23% da área
agricultável são Preferencial, 20,69% representam a classe Preferencial
restrita, 17,24% é Restrita e 21,84% é considerada Inapta para esta cultura.
Figura 34. Classes de aptidão para a cultura de cupuaçu em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC.
Nas áreas classificadas como Preferencial restrita deve ser
recomendado o uso de práticas adequadas de manejo do solo, com uso de
leguminosas como cobertura do solo e, ainda, corrigir algumas limitações de
ordem química (calagem e adubação) ou morfológica (medidas de conservação
do solo).
Nos dados coletados em campo, representados na Tabela 2, verificou-
se os valores favoráveis do ponto de vista químico e, do ponto de vista físico,
especialmente, quanto à textura média do solo preferencial para o cultivo do
cupuaçu.
O município de Rio Branco apresenta 60,92% de sua área agricultável
com potencial Bom a Moderado para o cultivo de cupuaçu. A produção desta
cultura pode ser destinada ao atendimento da demanda do mercado
consumidor urbano de frutos in natura ou pode ser vendida a agroindústrias de
processamento de polpas de frutas gerando emprego e renda para as
comunidades rurais do município.
REFERÊNCIAS
ALFAIA. S. S.; AYRES. M. I. da C. Efeito de doses de nitrogênio, fósforo e potássio em duas cultivares de cupuaçu, com e sem sementes, na região da Amazônia Central. Revista Brasileira de Fruticultura. Jaboticabal, v. 26, n. 2, p. 320-325, 2004. BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departamento Nacional de Produção Mineral. Projeto RADAMBRASIL. Folhas SC. 19 Rio Branco: geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1976. 458 p. (Levantamento de Recursos Naturais, 12). BUENO, N. Alguns aspectos recentes da nutrição do cupuaçuzeiro. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE PIMENTA-DO-REINO E CUPUAÇU, 1., 1996. Belém. Anais...Belém: Embrapa-CPATU/JICA, 1997. p. 77-87. (Embrapa-CPATU. Documentos, 89). CLEMENT, C. R.; VENTURIERI, G. A. Bacuri and cupuassu. In: NAGY, S.; SHOW, P. E.; WARDOWSKI, W. (Ed.). Fruits of tropical and subtropical origin: composition, properties, uses. Florida: Science Source, Lake Alfred,
1990. p. 178-192. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: Embrapa Produção de Informação; Rio de
Janeiro: Embrapa Solos, 1999. 412 p. EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos. Manual de métodos de análise de solo. 2. ed. Rio de Janeiro, 1997. 212 p.
GONDIM, T. M. S.; AMARAL, E. F.; ARAÚJO, E. A. de. Aptidão natural para o cultivo do cupuaçu no Estado do Acre. Rio Branco-AC: SECTMA/Embrapa Acre, 2001a. 11 p. (Informativo Técnico ZEE/AC, 05). GONDIM, T. M. de S.; THOMAZINI, M. J.; CAVALCANTE, M. J. B.; SOUZA, J. M. L. Aspectos da produção de cupuaçu. Rio Branco: Embrapa Acre. 2001b. 43 p. (Série Documentos, 67). MÜLLER, C. H.; CARVALHO, J. E. U. de. Sistemas de propagação e técnicas de cultivo do cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum). In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE PIMENTA-DO-REINO E CUPUAÇU, 1., 1996. Belém. Anais...Belém: Embrapa-CPATU/JICA, 1997. p. 57-75. (Embrapa-CPATU. Documentos, 89).
MÜLLER, C. H.; FIGUEIRÊDO, F. J. C.; NASCIMENTO, W. M. O. do; GALVÃO, E. U. P.; STEIN, R. L. B.; SILVA, A.de B.; RODRIGUES, J. E. L. F.; CARVALHO, J. E. U. de; NUNES, A. M. L.; NAZARÉ, R. F. R. de; BARBOSA, W. C. A cultura do cupuaçu. Brasília: Embrapa-SPI; Belém: Embrapa-CPATU, 1995. 61 p. (Coleção plantar, 24). ROCHA NETO, O. G. da; OLIVEIRA JUNIOR, R. C. de; CARVALHO, J. E. U. de; LAMERA, O. A.; SOUSA, A. R. de; MARADIAGA, J. B. G. Cupuaçu. In: ROCHA NETO, O. G. da; OLIVEIRA JUNIOR, R. C. de; CARVALHO, J. E. U. de; LAMERA, O. A.; SOUSA, A. R. de; MARADIAGA, J. B. G. (Org.). Principais produtos extrativos da Amazônia e seus coeficientes técnicos.
Brasília: IBAMA/CNPT, 1999. p. 27-40.
CAPÍTULO 13 APTIDÃO NATURAL PARA O CULTIVO DE MAMONA
João Batista Martiniano Pereira Raimundo Nonato de Souza Moraes
Lúcio Flávio Zancanela do Carmo
A mamona (Ricinus communis L.) é uma espécie da família das
Euforbiáceas, sendo parente da seringueira e do pinhão manso. Pela sua
rusticidade, é comum a sua ocorrência como planta pioneira em terrenos
baldios e em barrancos de rios.
A mamoneira é uma planta que necessita de 500mm de chuvas para
vegetar e produzir. Dependendo da variedade utilizada, o seu ciclo vegetativo
varia de seis a oito meses. Sua produtividade média nacional está por volta dos
600kg/ha de sementes, em sistema de subsistência. No entanto, as variedades
atualmente existentes no mercado possuem potencial genético para
produtividades acima de 3.000kg/ha, desde que sejam oferecidas as condições
adequadas, como o uso de adubos, correção do solo e controle de pragas e
doenças (BELTRÃO et al., 2001).
O principal produto da mamona é o óleo, resultante da prensagem de
suas sementes, que é utilizado em centenas de aplicações na indústria
química, desde lubrificantes, tintas, vernizes, até à confecção de próteses.
Entre as populações tradicionais este óleo é usado como purgativo. A torta
resultante da prensagem se constitui em um rico adubo orgânico.
Com o advento do Programa Nacional do Biodiesel, esta cultura ganhou
destaque como uma espécie com potencial para o fornecimento de matéria-
prima para a obtenção de biocombustível.
Por se tratar de uma cultura que se caracteriza pelo pouco uso de mão-
de-obra para a sua condução, a mamona se adapta bem ao sistema de
produção da agricultura familiar, podendo se constituir em uma alternativa
viável para cultura de entressafra.
No Acre, para a exploração da mamona como cultura de entressafra, a
época de plantio recomendada seria a partir do mês de fevereiro, logo que
fosse feita a colheita do milho ou do arroz, dependendo da opção do agricultor.
Dessa forma, seria possível a colheita da mamona a partir do mês de julho,
Text2 Textura média - menos de 35% de argila e mais de 15% de areia Preferencial
Text3 Textura argilosa - 35% a 60% de argila Preferencial
Text4 Textura muito argilosa - mais de 60% de argila Inapta
Text5 Textura siltosa - menos de 35% de argila e menos de 15% de areia Inapta Fonte: CFSMG, (1999); AMARAL e SOUZA (1997); EMBRAPA (1999); SANTOS et al. (2005).
O mapa de aptidão natural dos solos do município para o cultivo da
mamona, representado na Figura 35, e os dados evidenciados na Figura 36,
indicam que 33,33% dos solos encontram-se na classe Preferencial, 18,39%
apresentam aptidão Preferencial restrita, 16,09% aptidão Restrita e 32,18%
aptidão Inapta para o plantio de mamona.
Figura 35. Mapa de aptidão natural do solo para o cultivo de mamona no município de Rio Branco-AC.
Figura 36. Classes de aptidão para a cultura de mamona em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC.
As áreas com aptidão Restrita e Inapta para a mamona está relacionada
ao fato de que, parte dos solos apresentam presença de plintita em
profundidades superiores a 40cm. Também a pouca profundidade efetiva lhe
confere risco de erosão e restrição de drenagem em profundidade. Como a
mamoneira é uma planta que apresenta alta sensibilidade ao excesso de
umidade do solo, quando plantada em solos que apresentam deficiência de
drenagem, é importante atentar para o fato de que o seu plantio nas áreas de
aptidão Restrita e Inapta pode causar sua morte, incorrendo em prejuízos para
o agricultor.
O município de Rio Branco apresenta 51,72% de sua área agricultável
com potencial Bom a Moderado para o cultivo de mamona. Podendo, assim,
contribuir para a geração de renda adicional às famílias residentes na zona
rural de Rio Branco.
Entretanto, estas mesmas áreas podem ser destinadas para outros usos
com maior potencial econômico e social para as comunidades rurais de Rio
Branco.
REFERÊNCIAS
AMARAL, E. F. do; SOUZA, A. N. de. Avaliação da fertilidade do solo no sudeste acreano: o caso do PED/MMA no município de Senador Guiomard.
Rio Branco: EMBRAPA-CPAFAC, 1997. 32 p. (Documentos, 26). BELTRÃO, N. E. de M.; SILVA, L. C.; VASCONCELOS, O. L.; AZEVEDO, D. M. P. de; VIEIRA, D. J. Fitologia. In: O Agronegócio da mamona no Brasil. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2001. p. 37-61. CFSMG. COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5ª aproximação. Viçosa, MG: CFSMG. 1999. 359 p.:il. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: Embrapa Produção de Informação; Rio de
Janeiro: Embrapa Solos, 1999. 412 p. SANTOS, D. R.; LEMOS, R. C.; SANTOS, H. G.; KER, J. C.; ANJOS, L. H. C. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 5. ed. rev. Viçosa, MG:
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo; Embrapa, Centro Nacional de Pesquisa de Solos. 2005. 100 p.
Figura 38. Classes de aptidão para a cultura de abacaxi em relação à área agricultável do município de Rio Branco-AC.
O município apresenta 59,77% de sua área total com potencial Bom a
Moderado para o cultivo de abacaxi. A produção desta cultura pode ser
destinada ao atendimento da demanda do mercado consumidor urbano de
frutos in natura ou pode ser vendida a agroindústrias de processamento de
polpas de frutas gerando emprego e renda para as comunidades rurais de Rio
Branco.
Entretanto, estas mesmas áreas podem ser destinadas para outros usos
com maior potencial econômico e social para as comunidades rurais de Rio
Branco.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, E. F. de. Cultura do Abacaxizeiro. Rio Branco, AC: Gráfica
Universitária, 2000. 42 p. CHOAIRY, S. A. O abacaxizeiro. João Pessoa: EMEPA-PB. 1984. 93 p. (EMEPA-PB, Documento, 2), CUNHA, G. A. P. da. Cultura do abacaxi na Região de Itaberaba, em condições de sequeiro. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. 2003. (Sistema de Produção, 14). ISSN 1678-8796 Versão eletrônica. Dez. /2003. CUNHA, G. A. P. da; CABRAL, J. R. S.; SOUZA, L. F. da S. (Org.) O abacaxizeiro: cultivo, agroindústria e economia. Brasília, DF: Embrapa
Comunicação para Transferência de Tecnologia, 1999. 480 p. il. NASCENTE, A. S.; COSTA, R. S. C. da; COSTA, J. N. M. Cultivo do Abacaxi em Rondônia. Porto Velho: Embrapa Rondônia, 2003. (Sistemas de Produção,
3). PAULA, M. B. de; MESQUITA, H. A. de; NOGUEIRA, F. D. Nutrição e adubação do abacaxizeiro. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 19, n.
195, p. 33-39, 1998. SOUZA, L. F. da S. Exigências edáficas e nutricionais. In: CUNHA, G. A. P. da; CABRAL, J. R. S.; SOUZA, L. F. da S. (Org.) O abacaxizeiro: cultivo,
agroindústria e economia. Brasília, DF: Embrapa Comunicação e Transferência de Tecnologia, 1999a. p. 67-82. SOUZA, L. F. da S. Correção da acidez e adubação. In: CUNHA, G. A. P da; CABRAL, J. R. S.; SOUZA, L. F. da S. (Org.) O abacaxizeiro: cultivo, agroindústria e economia. Brasília, DF: Embrapa Comunicação e Transferência de Tecnologia, 1999b. p. 169-202.