As aproprlaes da obra de llerre ourdleu no campo educaclonal
brasllelro, atravs de perlodlcos da reakevlsta rasllelra de
Lducaao63[...]paraentenderarecepo[deumautor]deve-seentenderasforasdanorecepo,arecusaemsaber.[...]Sartre,emumanotadeAcrticadarazodialticadisse,apropsitodesuasleiturasjuvenisdeMarx(queno
se lia na universidade): eu compreendia tudo e nocompreendia nada.
Quer dizer que h uma
compreenso,umfazercomosesecompreeendera,umafaltadecom-preensofundadaemresistnciasprofundas.P.
BourdieuO que fazer falar a um autor?A propsito de Michel
Foucault.O presente artigo articula os resultados j obtidosatravs
de pesquisa que se realiza acerca da obra dePierre Bourdieu,
buscando compreender as vrias mo-dalidades de apropriao que
marcaram o ingresso
dosestudosdosocilogofrancsnocampoeducacionalbrasileiro. Com a
finalidade de tornar exeqvel esseestudo, opera-se por etapas que
prevem o exame dasespecificidades brasileiras da leitura de
Bourdieu nosperidicos especializados em educao, na utilizaodo autor
em teses, dissertaes e estudos publicadossob a forma de livros, em
trabalhos apresentados emcongressos, no movimento editorial do
campo e na bi-bliografia de cursos universitrios. Essa diviso,
quediferencia as fontes mediante as quais possvel teracesso aos
processos de apropriao da obra do autor,no pretende autonomizar as
diferentes instncias deuma mesma dinmica caracterstica de um espao
deproduo intelectual. Assim, mantendo a ateno paracom a
simultaneidade, as relaes e a interdependnciadessas instncias,
pode-se proceder ao estudo espec-fico da produo divulgada em vinte
peridicos edu-cacionais de circulao nacional e amplamente
reco-nhecidas,emboraalgumasjtenhamtidosuapublicaointerrompida.Operodoescolhidoparaexame
foram os anos de 1971 a 2000 e, nos vinte pe-ridicos examinados,
foram localizados 355 trabalhos(dentre os quais seis resenhas) com
referncias obrade Bourdieu. Como se pretendeu tratar da apropriaono
campo educacional brasileiro, analisaram-se ape-As apropriacs da
obra dcPicrrc ourdicu no campo cducacionaIbrasiIciro, atravs dc
pcridicos da rca*^||ao|oMoooosCatao|laculdade de Lducaao,
Unlversldade de Sao laulo|oo|co||oa|aCatao|laculdade de Lducaao,
Unlversldade de Sao lauloC||soo k. oo M. |o|o||alaculdade de
Lducaao, Unlversldade do Lstado do klo Crande do
Norte*Trabalhoapresentadona23ReunioAnualdaANPEd,Caxambu (MG), set.
2000, no GT Sociologia da Educao.Arnlo Mendes Catanl, Denlce rbara
Catanl e Cllson k. de M. lerelra64 Malo/}un/}ul/Ago2001N- 17nas os
textos de autores nacionais com referncias aosocilogo (totalizando
288 artigos); do conjunto de tra-balhos localizados, foram
descartados 67 escritos deautores estrangeiros publicados, no mesmo
perodo, nasrevistas consultadas.1Alm disso, o presente trabalho
levou em consi-derao,emgrandeparte,osensinamentoscontidosna anlise
realizada por Loc Wacquant (1993)
sobreascondiesderecepodaobradeBourdieunosEstadosUnidos.Escreveele,citandooprprioBourdieu
(1993), quese verdade que o sentido de uma obra (artstica,
literria,filosfica etc.) muda automaticamente a cada mudana nocampo
em que est situada para o espectador ou leitor, en-to a adequada
compreenso de um determinado autor
im-peumduplotrabalhodeelucidao:desuasidiasedouniverso intelectual
no qual elas chegam a circular. Requerque codifiquemos o espao
mental do autor isto , as cate-gorias e postulados que o sustentam
ou sua maneira de pen-sar e teorias substantivas e requer, tambm,
que consiga-mos alguma informao acerca do espao acadmico no
qualseus escritos esto inseridos (Wacquant, 1993, p.
235).Evidentemente, nos informamos acerca das idiase do universo
intelectual no qual as idias de Bourdieucirculam, bem como
procedemos decodificao doespao mental do autor. Para isso, alm da
leitura daobra do pensador francs, valemo-nos de bons
comen-taristas:Miceli(1987;1999),Ortiz(1983),Pinto(2000).
Utilizamo-nos, igualmente, de vrias anlisesempricas desenvolvidas
por Bourdieu e pelos seus
co-laboradores.EscolhemosfalaremapropriaodaobradeBourdieu para,
justamente, indicar a variedade das for-mas de recepo e as formas
peculiares de inveno naleitura que se fez desse autor. O sentido do
termo par-tedoesquemaconceitualforjadoporRogerChartier(1998) para
explicitar os processos de produo de sen-tido que configuram a
leitura como criao matiza acompreenso das vrias interpretaes feitas
entre ns.Chartier refere-se ao conceito sustentando que[...] a
apropriao tal como a entendemos visa a uma hist-ria social dos usos
e interpretaes referidos a suas determi-naes fundamentais e
inscritos nas prticas especficas queos produzem. Dar, assim, ateno
s condies e aos
pro-cessosque,muitoconcretamente,conduzemasoperaesde construo do
sentido (na relao de leitura e nos outroscasos tambm), reconhecer,
contra a antiga histria inte-lectual, que nem as inteligncias nem
as idias so descar-nadas e, contra os pensamentos do universal, que
as catego-rias dadas como invariantes, sejam filosficas ou
fenomeno-lgicas, esto por se construir na descontinuidade das
traje-trias histricas. (Chartier, 1998, p. 74)O prprio Bourdieu no
se afasta dessa
interpre-taonaoportunidadeemqueexaminaasrelaesmantidas pelos
indivduos com as prticas culturais emLecture, lecteurs, lettrs,
littrature (1987) e ao dia-logar com R. Chartier (Bourdieu e
Chartier, 1985) acer-ca da questo da leitura ou do consumo
cultural.Assimquebuscamosexplicitarascaractersti-cas da apropriao
feita do pensamento de Bourdieuno Brasil, mediante a anlise dos
textos nos quais hreferncias ao autor e incorporao de conceitos
e/ouassimilao de seu modo de trabalho. Os textos anali-sados
permitem identificar trs categorias, de acordo1 Os peridicos
consultados foram os seguintes: ANDE, n 121, So Paulo, 1981/1995;
Cadernos CEDES, n 150,
Campinas(SP),1980/2000;CadernosdePesquisa,n1110,SoPaulo,1971/2000;
Contexto e Educao, n 153, Iju(RS), 1986/1999;Educao &
Filosofia, n 125, Uberlndia (MG), 1986/1999; Edu-cao &
Realidade, v. 124, Porto Alegre (RS), 1976/1999;
Edu-caoeSeleo,n120,SoPaulo,1980/1989;Educao&Sociedade, n 170,
Campinas (SP), 1978/2000; Educao em De-bate, n 137, Fortaleza (CE),
1978/1999; Educao em Revista,n 130, Belo Horizonte (MG),
1985/1999;Em Aberto, n 170,Braslia (DF), 1981/1996; Estudos em
Avaliao Educacional, n119, So Paulo, 1990/1999; Frum Educacional,
v. 114, Rio deJaneiro, 1977/1990; Idias, n 130, So Paulo,
1988/1998; Pro-Posies, n 122, Campinas (SP), 1990/1997; Revista
Brasileirade Administrao da Educao, RBAE, v. 112, Porto Alegre
(RS),Braslia (DF), 1983/1996; Revista Brasileira de Educao, n 011,
So Paulo, 1995/1999; Revista Brasileira de Estudos
Pedag-gicos,Rbep,n117193,Braslia(DF),1970/2000;RevistadaFaculdadedeEducao,v.124,SoPaulo,1975/1998;Teoria&
Educao, n 16, Porto Alegre (RS), 1990/1992.As aproprlaes da obra de
llerre ourdleu no campo educaclonal brasllelro, atravs de
perlodlcos da reakevlsta rasllelra de Lducaao65com os tipos de
apropriao que se evidenciaram. Aforma mais freqente de apropriao
designada comoapropriao incidental, caracterizada por
refernciasrpidasaoautor,geralmentedolivroAReproduo(constituem 67%
dos artigos consultados). Nessa mo-dalidade de apropriao, so
freqentes as
seguintesocorrncias:comumosocilogoserarroladonasreferncias
bibliogrficas e no aparecer
mencionadonocorpodotexto;virreferidoapenasdepassagem,junto com
outros autores (em geral, Althusser, Baudelote Establet, Bowles e
Gintis), quase sempre de modoclassificatrio (reprodutivista);
surgir em notas nosubstantivas. Nas apropriaes incidentais, no
pos-svelestabelecerrelaoentreaargumentaoem-preendida no texto e a
referncia, ou ento a menoguarda relao muito tnue com o argumento
desen-volvido. Classificamos a outra forma sob a
denomina-odeapropriaoconceitualtpica,caracterizadapelofatodedeixarentreverautilizao,conquantono
sistemtica, de citaes e eventualmente de con-ceitos do autor, como
o de capital cultural, por exem-plo (constituem 18% dos artigos
consultados). Nessaforma de apropriao, as aquisies conceituais do
so-cilogo so mobilizadas, com maior ou menor intensi-dade, para
reforar argumentos ou resultados obtidose desenvolvidos num quadro
terminolgico que no ne-cessariamente o do autor. Ampliam o leque de
obrascitadas, aparecendo textos como A economia das tro-cas
simblicas, O poder simblico, Coisas ditas
etc.Aterceiraformarecebeonomedeapropriaodomododetrabalho,constituindo-seemmaneirasdeapropriaoreveladorasdautilizaosistemticadenoes
e conceitos do autor, tais como campo, estra-tgia, habitus etc.,
bem como mostram preocupaocentral com omodus operandi da teoria
(construodoobjeto,pensarrelacional,anlisereflexiva,objetivao do
sujeito objetivante etc.). Nessa forma
deapropriao(15%dosartigosconsultados),acionam-se os utenslios
tericos desenvolvidos por Bourdieu emrealidades empricas precisas,
sendo maior a diversida-de de obras referidas e, inclusive,
aparecem menes sActes de la Recherche en Sciences Sociales,
peridicofundado por Bourdieu em 1975 e por ele dirigido athoje.
Nossa estratgia de trabalho, mais do que
preten-deravaliarajustiaouadequaodasapropriaes,apela a esse mesmo
conceito de apropriao e manei-ra pela qual o prprio Bourdieu
entende a diversidadeda produo das prticas culturais para tentar
mostrartambm algo das condies nas quais o autor foi
lido.OsprimeirostextosdeBourdieutraduzidosnoBrasilsodoisartigosqueaparecememcoletneaspublicadasem1968(Problemasdoestruturalismo,organizada
por Jean Pouillon, e Sociologia da juventu-de, organizada por
Sulamita de Britto, ambas publicadaspela editora Zahar). No
entanto, ele comearia a ser
maisextensivamentelidoemmeadosdadcadade1970,quando outros artigos
de sua autoria surgiram em A eco-nomia das trocas simblicas,
antologia organizada em1974 por Sergio Miceli, e em 1975, quando da
primeiraediobrasileiradeAReproduo.Taispublicaes,maisdivulgadasqueasanteriores,tornariamalgunsimportantes
trabalhos do socilogo acessveis ao pbli-co leitor interessado em
questes sociolgicas e educa-cionais, sobretudo professores e
estudantes universit-rios. Na mesma poca, o artigo de Bourdieu
Condiode classe e posio de classe seria includo na
colet-neaHierarquiasemclasses,organizadaporNeumaAguiar. Ainda nos
anos de 1970, dois outros artigos deBourdieu fariam parte da
coletnea organizada por JosC. Garcia Durand (Educao e hegemonia de
classe),e no mesmo perodo seria lanada a traduo de Algrie60, que no
Brasil receberia o sugestivo ttulo O desen-cantamento do mundo. Se
nessa dcada Bourdieu
cau-sariacertoimpacto,emborarestrito,naproduoso-ciolgicaeantropolgicauniversitria,passaria,entretanto,
relativamente desapercebido no campo edu-cacional brasileiro, que
no responderia com maior
en-tusiasmochegadadeumsocilogoque,mesmonaFrana e na Europa, era
tido como difcil e no
ofereciamuitasarmasparaaslutasacadmicasdapoca,emgeral voltadas
militncia poltica.At meados da dcada de 1970, as referncias
aBourdieu so incidentais e espordicas (nessa dcadaaparecem 15 menes
ao autor nos peridicos). Publi-ca-se um texto com referncia ao
socilogo francs naRevista Brasileira de Estudos Pedaggicos
(Capalbo,Arnlo Mendes Catanl, Denlce rbara Catanl e Cllson k. de M.
lerelra66 Malo/}un/}ul/Ago2001N- 171974), e em Cadernos de Pesquisa
registram-se a re-senhadeLaReproduction,aindanotraduzidona-quele
momento (Barreto, 1972), e outros poucos
arti-gosnosquaispossvelidentificarapropriaesincidentaisdesuaobra(Barreto,1975;Barroso&Mello,
1975; Gouveia, 1976). Nos anos finais dessadcada, seriam ainda
publicados nove artigos em Edu-cao & Sociedade com referncias a
Bourdieu: emgeralincidentais,eoartigodeLuizAntnioCunha(1979), que
desencadearia, pouco depois, breve
pol-micanaspginasdeCadernosdePesquisa(Cunha,1982;Durand,1982).2OfatoqueseaobradeBourdieu
ativou direta ou indiretamente estudos no cam-po educacional
brasileiro nos anos de 1970, isso deveser creditado muito mais a
alguns conceitos e
resultadosanalticosobtidospelosocilogoproveitosos,semdvida,paradarcontadeumarealidadeeducacionalbrasileira
que j na poca parecia cada vez mais exclu-dente do que propriamente
a uma incorporao siste-mtica do modo de fazer pesquisa do autor
francs.Os anos de 1979 a 1983 seriam decisivos para aforma da
ulterior apropriao de Bourdieu no campoeducacional brasileiro (dois
marcos nessas datas: em1979, a publicao do artigo de Cunha acima
mencio-nado e, em 1983, uma coletnea de artigos de Saviani).Durante
esses anos, h o incio de uma operao
ca-racterizadapelacobranadepressupostospolticosnaleituradeBourdieu.umaoperaodedesloca-mento:
retirada dos quadros cientficos mais amplosque lhe conferem
sentido, a obra de Bourdieu, lida so-bretudo a partir de A
Reproduo, passa a ser objetode controvrsias polticas no campo
educacional bra-sileiro. Isso ocorre quando, na oportunidade, os
textosdosocilogofrancssoaprisionadosnadicotomiamuito em voga da
reproduo x transformao (quena passagem dos anos de 1980 para os de
1990 seriatransmutada na dicotomia reproduo x resistncia,cf. Teoria
& Educao, n. 1, cujo ttulo geral
Teo-riasdareproduoedaresistncia).Reconhece-seque Bourdieu passa a
ser considerado um autor crti-co, mas politicamente desmobilizador:
sua teoria, sepossibilitainstrumentosparaacrticadafunode-sempenhada
pela escola na sociedade capitalista, nofornece armas para a ao,
limita-se constatao
dadimensoreprodutivistadaescola,nodcontadascontradies da realidade,
enfim, desmobiliza.3 A im-posio dessa problemtica tem como uma das
conse-qncias concentrar a ateno nessa dimenso da lei-tura,
afastando-se da compreenso dos propsitos e dalgica da obra de
Bourdieu e condicionando fortemen-te, como j afirmado, a forma da
apropriao do autorno campo educacional brasileiro.42 Nesse mesmo
nmero, os Cadernos de Pesquisa publica-ram tambm o artigo bastante
crtico de Vincent Petit, intituladoAs contradies de A Reproduo.3
Tais categorias [das teorias da reproduo e dos aparelhosideolgicos
do Estado] foram teis para o desvelamento do carterideolgico da ao
escolar, e para a denncia de seu papel
reforadordasdesigualdadesscio-econmicas[sic.]emcontextossociaiscomoosdaAmricaLatina.Recheadasdascontradiesdeummomento
histrico concreto e especfico, esses modelos tericostornam-se,
entretanto, frgeis orientadores da ao prtica. [...] Queespao
existiria para uma ao escolar transformadora na tica dasteorias
reprodutivistas da educao? Provavelmente pouco ou ne-nhum (Mello,
1983, p. 5-6). Saviani (1983, p. 25) cita frase, bas-tante
sintomtica, de Snyders: Bourdieu-Passeron ou a luta de clas-ses
impossvel. Referindo-se s pesquisas educacionais brasilei-ras nos
anos de 1970, Goergen (1986, p. 7) fala em pessimismo
edesnimoquevianaeducaonadamaisqueumengenhoreprodutordosinteressesdasclassesdominantes,eatribuiesseimobilismo
reprodutivista s idias de Bourdieu e Passeron.4 Seria suficiente
reter alguns excertos para dar conta do quese est dizendo: A obra
de Bourdieu e Passeron, propondo para asescolas e para os sistemas
educacionais um papel reprodutor
dasrelaesdedesigualdadesedeopresso[...](Velloso,1985,p.112). Ao
referir-se sociologia de Bourdieu, Mello (1979) comen-ta: o caso de
algumas tendncias mais recentes da sociologia
daeducaoqueemprestamaopedaggicaexercidasoboinexorvel controle da
classe dominante um poder quase absolu-to, de cuja violncia no
existiria escapatria (p. 71). Essas inter-pretaes prolongar-se-iam
por muito tempo e, j tardiamente, che-gam a formulaes como: A
violncia simblica, enquanto instn-cia que ocorre nas escolas, o
principal vilo da histria? No. Aviolncia simblica apenas o inocente
til, manipulado pelos po-deres pblicos na direo de impedir a
compreenso da verdadeiraviolncia (Whitaker, 1994, p. 35).As
aproprlaes da obra de llerre ourdleu no campo educaclonal
brasllelro, atravs de perlodlcos da reakevlsta rasllelra de
Lducaao67Ainda acerca de A Reproduo, Bento Prado Jr.(1980) foi um
dos melhores intrpretes do socilogofrancs no Brasil, sendo seu
texto contrastante com amaioria das anlises realizadas por aqui.
Muitas
crti-casocorreramnaFrana,noprincpiodosanosde1970,acercadoreferidolivro,tendoalgumasdelasconseguido
razovel difuso entre ns.5 Prado Jr. ob-serva que tais crticas
constituem-se, principalmente,em objees de inspirao marxista,que
insistem, sem descontinuar, no fato de que Bourdieu
ePasseron,depoisdedescreveremafunoreprodutivadaescola, calam a
maneira pela qual refletido, no espao in-terior das instituies
pedaggicas, o conflito de classes queatravessa o todo da sociedade
[...] A Reproduo [...] d oque pensar, tanto ao nvel de uma teoria
geral da educao[...] quanto quele, mais prximo, da recente histria
da es-cola [...] porque foi o ponto de partida de todo um
processode desconstruo da representao vulgar das
instituiespedaggicas [...] mas sobretudo porque d pistas, talvez
nemsempre conscientes na mente dos autores, da gnese da ilu-so que
ajudam a resolver. (Rodrigo Jr., 1980, p. 20)Prado Jr. destaca,
ainda, que os autores estabele-cem uma teoria geral da violncia
simblica e, si-multaneamente, propem uma explicao do
funcio-namentodasinstituiesescolaresdaFrana,elaborando a anlise de
uma Faculdade de Letras, mos-trando que o universitrio, ao dominar
o cdigo lin-gstico, converte-se numa espcie de mandarim. E oque vai
dar o tom , justamente, esse cdigo lingsti-co burgus (constitudo
fundamentalmente no quadroda socializao primitiva, no mbito
familiar),
comseuscacoetes,seusidiotismos,suaparticularidade.Reencontradonassalasdeaulapelosfuturosnot-veis(ou,parasevalerdeoutraobradeBourdieu,pelos
herdeiros), ser erigido como a linguagem
darazo,daculturacomoelementoouhorizontedaVerdade (com V maisculo).
O particular arbitraria-mente erigido em universal e o capital
cultural ad-quirido na esfera domstica, pelos filhos da
burguesia,lhesasseguraumprivilgioconsidervelnodestinoescolar e
profissional. No destino, enfim (p. 21).Essas dimenses analticas
alm de outras quedeixamosdemencionar,destacadasporPradoJr.,passam
totalmente desapercebidas pelos demais crti-cos, preocupados apenas
em contabilizar o potencialrevolucionrio imediato queA Reproduo
poderiaapresentar.A operao a que vimos aludindo torna-se
inteli-gvel a partir do estado do campo educacional
poca.Provavelmente, a hiptese de trabalho mais promisso-ra a de que
tal operao ocorre em um campo
incli-nadoademandasheternomas6e,correlativamente,atende lgica
concorrencial do campo na poca: osdefensores da dicotomia reproduo
x transformaoestavam, eles mesmos, embora nem todos,
empenha-dosnaconstruodeteoriaspedaggicasbastantepropensas politizao
e militncia,7 que fatalmente se-riam questionadas por uma
sociologia a qual, conquantoainda em grande parte desconhecida no
Brasil, apre-5 As maisconhecidas so as seguintes: Antoine
Prost,Unesociologie strile: La Reproduction, Esprit, 398, 1970;
Baudelot eEstablet, Lcole capitaliste en France, Paris, Maspero,
1972; R.Sainsalieu, Sur La Reproduction de P. Bourdieu e J.-C.
Passeron,RevueFrancaisedeSociologie,VII,3,jul./sept.1973,almdoartigo
de Vincent Petit, j mencionado.6 Demandas heternomas so demandas
externas, alheias lgica do campo considerado. Sabe-se que campos
autnomos soespaos concorrenciais de lutas relativamente
independentes dosconflitos gerais da sociedade. Em um estado de
reduzida autono-mia, um campo apresenta fracas potencialidades de
refratar os con-flitos do espao social geral (sobretudo os
latentes). Portanto,
en-contra-semaisabertosdemandasexternas,heternomas(cf.Bourdieu,
1997). Esse no o local adequado para desenvolver oargumento, mas o
elevado grau de heteronomia do campo
educa-cionalbrasileiropocapodeserconstatadonapolitizaodomesmo.7
Iniciam-se no final dessa dcada [de 1970] outros esforosna linha
das sugestes da teoria marxista que, no se satisfazendocom as
teorias crtico-reprodutivistas, postulam a possibilidade deuma
teoria crtica da educao que capte criticamente a escola
comoinstrumentocoadjuvantenoprojetodetransformaosocial(Libneo,
1991, p. 31).Arnlo Mendes Catanl, Denlce rbara Catanl e Cllson k.
de M. lerelra68 Malo/}un/}ul/Ago2001N-
17sentava-secomocandidatatarefadedesmistificartanto os mveis de
luta dos campos simblicos quantoos otimismos decorrentes das
disposies contestatriasdos agentes do campo educacional, tendentes
a
depo-sitarsuasesperanasdetransformaromundopelastomadasdeconscincialibertadora.Efetivamente,postanessembito,aSociologiadeBourdieu,semdvida,
estava condenada perda de legitimidade numcampo em crescente
politizao. Essa forma de deslo-camento deve ser entendida a partir
de uma configura-o especfica das foras analticas que moldavam
ocampo educacional brasileiro poca e, por
conseguin-te,definiamedelimitavamosmveislegtimosdaslutas
inseparavelmente tericas e prticas, pedaggi-cas e polticas.A operao
levada a termo no campo
educacio-nalbrasileironosanosde1980,equeacabariapordestinar a obra
de Bourdieu a um lugar da anlise edu-cacional caracterizado pelo
rtulo de reprodutivistaou crtico-reprodutivista, estava dotada de
cinco as-pectos inseparveis. Em primeiro lugar, deu-se poucaateno
ao arcabouo conceitual desenvolvido pelo so-cilogo at a poca, ou
seja, os conceitos de
habitus,campo,arbitrriocultural,capitalsimblico,estra-tgia, poder
simblico, violncia simblica etc., e soperaes conceituais e
relacionais entre todos
essesconceitos,como,porexemplo,aqueestabeleceahomologia entre os
campos, a que define a lgica dasprticas e a do mercado de bens
simblicos. Em se-gundo lugar, tambm no parece ter havido a
conside-raodeumdosfundamentosdasociologiadeBourdieu, qual seja, o
da existncia das mediaes edas autonomias relativas entre os campos.
A conseq-ncia disso foi que a Bourdieu, empenhado em apre-ender a
contribuio do sistema de ensino aos proces-sos mais gerais de
reproduo social, ou, como se diriahoje, o lugar da educao e do
sistema de ensino numaeconomia geral das prticas e das trocas
simblicas,foi atribuda uma teoria da educao que, conquan-to crtica
e denunciadora, era
no-dialtica.Essasupostadimensono-dialticaconduzaoterceiroaspecto,qualseja,tudoindicaterhavidoodeslocamento
da perspectiva sociolgica de Bourdieupara uma perspectiva
scio-lgica. As proposiesdo livro um de A Reproduo foram, na prtica,
e adespeitodasdeclaraesemcontrrio,cindidasdasoperaes de pesquisa do
livro dois e,
conseqente-mente,tomadascomoumdiscursogenricosobreaescola, vlido
para todas as sociedades e em todas
aspocas.8Issoconduziuidiadeumcarterno-dialticodateoria,9napocaaformasupremadedesqualificaoepistemolgica,formadecertoeufe-mizadadedesqualificaopoltica.Issosugereque,emvezdeseinterpretaraobradoautorcomoumatentativacientficadefundarumaantropologiadasprticas
e das trocas simblicas a partir da anlise decertas instituies das
sociedades contemporneas (osistema de ensino, por exemplo),
identificou-se nelatanto teses polticas, sobretudo sobre a escola,
quantoesquemas puramente lgicos e aistricos de
interpre-taoscio-lgica.O quarto aspecto est ligado criao de
expec-tativas em torno de propostas pedaggicas na obra
doautor:naausnciadeumdiscursodoutrinalsobreaeducao, ela foi
interpretada como teoria da educa-8 Um esquema de interpretao
inteiramente fechado sobresi mesmo (Barreto, 1972, p. 99); uma
lgica do social, quer di-zer, uma teoria da educao vlida para todas
as pocas e todas associedades que existiram, existem ou venham a
existir (Saviani,1986, p. 16).9 Afirmava-se, assim como os crticos
marxistas franceses
deBourdieu(VincentPetit,Snyders,BaudeloteEstabletetc.),quesua
teoria ignorava a contradio: a falta de uma perspectiva his-trica
[...] impede a colocao adequada das possibilidades dialticasdo
sistema de ensino, que, se no chega a ser o elemento determi-nante
da transformao de uma dada constelao de poder, podecontribuir de
alguma maneira para que essa constelao se altere(Barreto, 1972, p.
99). A teoria no permitiria, assim, a apreensodas contradies, das
lutas (Cunha, 1979, p. 100; itlico do
autor);Masarealidademovimenta-se,eacontradioabasedessemovimento. O
prprio desenvolvimento do conceito [de
elimina-o]implicasuacontraposiocomoseucontrrio.BourdieuePasseron no
desconhecem isso, mas no exercitam essa
dialtica.Pelomenosnonotextoemquesto[AReproduo](Freitas,1991, p.
273).As aproprlaes da obra de llerre ourdleu no campo educaclonal
brasllelro, atravs de perlodlcos da reakevlsta rasllelra de
Lducaao69o sem propostas. Para um campo que se encontra-va num
estado no qual se dava bastante nfase ao,sobretudo transformadora,
isso era interpretado comodefeito grave da teoria. Finalmente, como
complementos demais operaes, a obra de Bourdieu acabou porser
aprisionada nas dicotomias que ele tanto combateue vem combatendo
em suas pesquisas: enclausurou-sea sociologia de Bourdieu na
dicotomia reproduo xtransformao, dicotomia que na poca fez
enormesucessonocampoeducacional.10Oresultadodessasinterpretaes
conjuntas foi um Bourdieu absolutamen-te irreconhecvel,
transformado em pedagogo repro-dutivista (Silva, 1996).A literatura
j se encarregou de refutar essas lei-turas, mas talvez caiba
sublinhar que, no caso das re-sistncias, tanto para o Bourdieu de
hoje quanto parao de ento, as resistncias individuais e coletivas
exis-tem sempre, so componentes no eliminveis do
pro-cessodereproduosocial.,porconseguinte,umpleonasmo afirmar e
insistir nas resistncias dos
agen-tesscoaessociais.OproblemapropostoporBourdieu era (e )
inteiramente outro: era (e ) o demostrar como se d a forte adeso
dxica dos agentessociais ordem estabelecida e como o sistema de
ensi-no,sobretudoapartirdasformasdeclassificaoescolarmente
sancionadas e reproduzidas, est impli-cado nesta adeso, quer dizer,
nessa cumplicidade im-pensada, pr-reflexiva, incorporada como uma
segun-da natureza. Toda a discusso reproduo x resistnciafica, a
partir da, destituda de sentido cientfico, em-bora tenha feito
pondervel sentido poltico na poca,em um campo educacional
fortemente inclinado, con-forme j se disse, militncia e politizao,
comofoi o caso brasileiro.Nos anos de 1980, h tambm trabalhos que,
sempartilhar das modalidades de leitura j descritas, apro-priam-se
de conceitos ou argumentos do autor.11 A partir10 Fenmeno similar
ocorreu com a apropriao das idias deBourdieu na Inglaterra e nos
EUA, quando sua obra foi enclausu-rada, respectivamente, nas
dicotomias reproduo x
resistnciaemicroxmacro(cf.BourdieueWacquant,1992,p.133).interessante
constatar que as apropriaes da obra de Bourdieu nocampo educacional
brasileiro apresentam algumas semelhanas, ecertamente muitas
diferenas, em relao s verificadas no campodas cincias sociais
anglo-americanas. Alm do aprisionamento daobra do autor nas
dicotomias mencionadas, observam-se outras ana-logias: o
desconhecimento quase total das pesquisas publicadas nasActes o
volumoso corpus de estudos empricos publicados narevista fundada
por Bourdieu raramente consultado por pesqui-sadores ingleses e
americanos (Wacquant, 1993, p. 244), enquan-to no campo educacional
brasileiro foram identificados apenas 27textos com referncias s
Actes; uma certa fragmentao na leiturado autor verificada no campo
educacional brasileiro, sobretudo
noquedizrespeitoaAReproduo,exemplificadanajreferidaleitura da parte
um desse livro; leituras que aproximam Bourdieuao marxismo,
especialmente a Althusser A partir dos anos 60uma nova corrente
terica, o neomarxismo, tem apresentado signi-ficativa produo,
sobretudo na Europa Ocidental e em pases
sub-desenvolvidos(porexemplo,Althusser,BaudeloteEstablet,Bourdieu e
Passeron, Bowles e Gintis) (Gomes, 1983, p. 85); Aolado de
Althusser, Bourdieu outro influente estruturalista de orien-tao
marxista que se dedicou especialmente ao estudo da
educa-oesuaorganizao(Sander,1984,p.52)conquantotenhahavidopelomenosumalertasobreessaaproximao:espantodiante
de interpretaes da teoria [de Bourdieu] que procuravamencaix-la
dentro de certos esquemas tericos, alguns identifica-dos at mesmo
com as correntes tributrias da tradio
marxista,semperceberemosintrpretesque,assimfazendo,estavam,narealidade,
construindo outra(s) teoria(s) (Cunha, 1979, p. 79); euma certa
inclinao a considerar os trabalhos do socilogo fran-cs como
excessivamente vinculados ao contexto poltico-social daFrana: A
viso crtico-reprodutivista surgiu basicamente a partirdas
conseqncias do movimento de maio de 68, a chamada tenta-tiva de
revoluo cultural dos jovens, que teve sua manifestaomais retumbante
na Frana (Saviani, 1986, p. 15).11 Alguns exemplos: O que queremos
aproveitar de
Bourdieusuaidiadeque,sobaaparnciadeneutralidadecomqueseapresenta um
sistema de ensino, est encoberta a distribuio dife-rencial do
capital cultural entre as classes (Covre, 1981, p. 123).Benakouche
(1981) apia-se em alguns resultados de P. Bourdieue M. de
Saint-Martin, Le patronat, Actes, n 20/21, 1978,
pararebatertesesdeBresserPereirasobreatecnoburocracia.Nadai(1984)utiliza-sedenoesretiradasdeAeconomiadastrocassimblicas
e A Reproduo para expressar o argumento segundo oqual o sistema de
ensino impe aos estudantes sistemas de pensa-Arnlo Mendes Catanl,
Denlce rbara Catanl e Cllson k. de M. lerelra70
Malo/}un/}ul/Ago2001N- 17de meados da dcada, comeam a aparecer
textos evi-denciando uma forma de apropriao mais sistemticada obra
de Bourdieu. Esses trabalhos contribuem, pou-co a pouco, para
tornar mais evidente toda a proble-mtica cientfica suscitada por
sua obra podem sercitados, por exemplo, os trabalhos de Martins
(1987,1989), um sobre a teoria de Bourdieu e outro sobre
aemergncia, desenvolvimento e consolidao das ins-tituies privadas
no campo universitrio. Porm,
comoocampoeducacionalbrasileiroaindaseencontravanum estado no qual
eram fortes as demandas heter-nomas, o aprisionamento da obra de
Bourdieu na di-cotomia reproduo x transformao (ou reprodu-o x
resistncia) ainda permanece dominante. Bastaobservar o texto de
Freitas (1991), que, conquanto nombito de uma apropriao tpica,
retoma a
argumen-taoanteriormentedesenvolvidasobretudoporSaviani:12Bourdieunecessrio(crtico),masnosuficiente
(desmobiliza e no aponta perspectivas paraa ao transformadora dos
agentes educacionais, paraa luta de classes).13Observa-se que, nos
anos 80, aumentam conside-ravelmente as menes a Bourdieu nos textos
dos pe-ridicos consultados (nesta dcada, publicam-se 125artigos com
referncias a esse autor), ao mesmo tem-po que seus textos, alm de A
Reproduo, se tornammais acessveis, sobretudo ao pblico acadmico,
porconta de um mercado editorial chamado a
respondersdemandasdocampouniversitrio,mormentedaSociologia e
Antropologia que, alis, no parecem terparticipado do acantonamento
de Bourdieu na
proble-mticaespecificamentepedaggicadareproduoetransformao(ouresistncia).Concomitantealan-amentos
editoriais ocorridos ao longo de toda a dca-da, em meados dos anos
de 1980 aparecia o que possi-velmente a primeira traduo de um texto
de Bourdieunos peridicos do campo educacional brasileiro: trata-se
da entrevista Universidade: os reis esto nus,
naRevistaBrasileiradeEstudosPedaggicos(v.66,n 152). Registre-se
tambm que, em 1989, o peridi-co Educao em Revista, da Universidade
Federal deMinas Gerais (UFMG), publicou A escola conserva-dora: as
desigualdades frente escola e cultura. So fato de vir a lume dois
textos de Bourdieu em peri-dicos do campo educacional j sugere uma
perceptvelalterao na configurao desse espao social.Efetivamente,
para o final da dcada de 1980, adicotomia reproduo x transformao
vai envelhe-cendoaospoucos,envelhecimentoconcomitanteaodeclnio dos
modos de anlise ento mais em voga nocampo pedagogia crtico-social
dos contedos, pe-dagogiadooprimidoeasvariantesentopraticadasde
marxismo. Mas a problemtica da reproduo e damento que os levam a
agir segundo um certo cdigo de normas evalores que os caracteriza
como pertencentes a um certo grupo so-cial ou classe (p. 141).
Motta (1986) vale-se de textos como o jmencionado Le patronat e Le
titre et le poste (P. Bourdieu e L.Boltanski,Actes, n. 2, 1975)
para descrever os processos de re-produo tecnocrtica na empresa e
na escola, enfocados a partirde conceitos como os de capital
cultural e habitus.12 Chamo de concepo crtico-reprodutivista a
tendnciaque, a partir das anlises dos determinantes sociais da
educao,considera que a funo primordial da educao dupla: reprodu-o
das relaes sociais de produo e inculcao da ideologia do-minante. ,
pois, crtica j que postula que a educao s pode
sercompreendidaapartirdosseuscondicionantes;ereprodutivista,uma vez
que o papel da educao se reduz reproduo das rela-es sociais,
escapando-lhe qualquer possibilidade de exercer
uminfluxotransformador.Asprincipaisteoriasqueexpressamessatendncia
so: a) teoria do sistema de ensino enquanto violnciasimblica
(Bourdieu e Passeron); b) teoria da escola enquanto apa-relho
ideolgico do Estado (Althusser); c) teoria da escola
dualista(Baudelot e Establet) (Saviani, 1982, p. 59).13 Tem sido
apontado com insistncia na literatura o fato deBourdieu e Passeron
no considerarem a prtica da escola na pers-pectiva da contradio
envolvida nela. Isso valeu-lhes o ttulo decrtico-reprodutivistas.
Depois disso, tem-se lido mais a crtica
des-sesautoresdoqueseutrabalhooriginal,comosenohouvessenada mais
que aprender com eles. Acreditamos que este ensaio vcontribuir para
mostrar que, apesar de a contribuio desses auto-res poder ser
considerada insuficiente para dar conta de toda a rea-lidade da
escola, mesmo assim uma contribuio que necessaria-mente deve ser
levada em conta. Nossa opinio que o trabalho deBourdieu e Passeron
necessrio, embora possa no ser suficien-te (Freitas, 1991, p.
272).As aproprlaes da obra de llerre ourdleu no campo educaclonal
brasllelro, atravs de perlodlcos da reakevlsta rasllelra de
Lducaao71transformao (ou resistncia) persistiria, como dota-da de
inrcia, e s iria sair de cena em meados da d-cada de 1990. Um ndice
do quanto essa problemticafoi dominante no campo educacional o fato
de traba-lhos como os de Nogueira (1990) e Silva (1990), au-tores
que desempenharam importante papel no cenriodas apropriaes
brasileiras do socilogo francs, ain-da serem,nessa poca, de certa
formatributriosdaproblemtica reproduo x resistncia.A partir de
meados dos anos de 1990, a obra deBourdieu passa a receber leituras
mais
diversificadas,evidenciandotantoapropriaesconceituaistpicasquanto
do modo de trabalho:14 nessa dcada, so pu-blicados nos peridicos
215 trabalhos com refernci-as ao socilogo. Isso constatvel na
multiplicidadede objetos e temas nos quais seus conceitos so
mobi-lizados e, sobretudo, na incorporao ativa do modusoperandi da
teoria, procedimento antecipado nos anosde 1980, como j mencionado,
por alguns trabalhos,como os de Martins. Essa incorporao pode ser
exem-plificada nos textos de Nogueira (1991), Setton (1994)e Cando
(1991), dentre outros. O fato que a socio-logia praticada por
Bourdieu somente encontra espaode insero efetiva no campo da anlise
educacionalquando do declnio dos modos de anlise anteriormen-te
citados e com a reativao dos estudos de sociolo-gia da educao no
pas: leituras de Basil Bernstein eBourdieu, nova sociologia da
educao de Apple,
teo-riaeducacionalcrtica,estudosdecurrculo,revistaTeoria&Educao,avaliaesdolegadodeLuizPereira
e Marialice Foracchi; enfim, quando finalmentese instaura na anlise
educacional uma pluralidade depesquisas sociolgicas, em objetos e
mtodos. No de-correr da dcada de 1990, possvel encontrar, no
cam-poeducacionalbrasileiro,trabalhosinspiradosemBourdieu
procurando dar conta de uma vasta gama deobjetos, indicando em
muitos casos, como j se disse,no apenas o uso de um ou outro
utenslio conceitualdesenvolvido pelo socilogo, mas a criativa
incorpo-raodeumaformadefazercincia.Devetambmser observado que, nos
anos de 1990, so publicadassnteses do pensamento de Bourdieu,
algumas das quaissituando a obra do autor no espao da produo
socio-lgica:Martins(1990),Silva(1992),VeigaNeto(1992;1993),Vieira(1994),Castro(1995),Garcia(1996).Algumasobservaespodemaindaserfeitasapropsito
da diversidade das apropriaes do pensa-mento de Bourdieu, nos anos
de 1990, no campo edu-cacional brasileiro. Uma das marcas
principais dessasapropriaesjustamenteoesforodemobilizaodos
conceitos e dos modos de trabalho do autor para
aanlisedequestesespecficasdoespaodaeduca-o. Tal o caso dos estudos
que investem na anlisedetemticas como as relaesentreorigemsocial
eexpectativas profissionais de futuros professores ou dasanlises
das relaes que os professores (de portugus)mantm com a questo da
leitura. Esses trabalhos (Sil-va, 1997; Batista, 1998) incluem-se
entre os sete arti-gos publicados por Educao em Revista entre 1997e
1999. Ao atentarmos tambm dimenso quantitati-va da presena de
Bourdieu na produo educacionalrecente, dois outros peridicos
expressivos do campoevidenciam a sua fora: a revista Educao &
Reali-dade abrigou, entre 1981 e 1997, 14 trabalhos em
queoautorerareferido;arevistaTeoria&Educao,igualmente do Rio
Grande do Sul, publica, em apenasdois anos, cinco textos nas mesmas
condies. Pode-se apreender na leitura da maioria desses textos, e
emgrande parte dos que aparecem nos outros peridicosna mesma poca,
disposio mais efetiva para apro-priar-se do modo de trabalho,
pondo-o prova e evi-denciando sua potencial fertilidade. Uma tal
disposi-osignifica,ento,oabandonodainsistnciaembuscarnoautorapenaspropostasdetransformaosocial
via educao. Livres dessa espcie de fixaoque marcou de modo
significativo a leitura dos anosde 1970 e parte dos de 1980, os
estudos que se apoiamem Bourdieu e dele se apropriam passam a
revelar amaior familiaridade com a obra: incorporam outros t-14
ExemplodeapropriaotpicapodeserencontradoemSantos e Oliveira (1995),
que se utilizam do conceito de campo, deBourdieu, para caracterizar
as reas do currculo e da didtica comocampos de estudo e de prticas
sobre a educao (p. 122).Arnlo Mendes Catanl, Denlce rbara Catanl e
Cllson k. de M. lerelra72 Malo/}un/}ul/Ago2001N- 17tulos e outras
contribuies do socilogo e de seu gru-po reunido em torno de
seminrios de pesquisas e o jmencionado peridico Actes.15O que ainda
se poderia acrescentar a essas obser-vaes diz respeito s
peculiaridades do campo edu-cacional brasileiro, no qual a produo
cientfica este-ve fortemente orientada para a resoluo de
problemas,que se acompanhou por um af prescritivo e, em
mui-tascircunstncias,fezpassaraumsegundoplanoapossibilidade de se
estar compreendendo as especifi-cidades do funcionamento do espao
no qual a educa-o se concretiza e no qual se disputa o direito de
im-por o discurso legtimo acerca da mesma. Silva (1992)mostrou isso
ao assinalar a diferena entre os proble-mas educacionais e os
problemas sociolgicos da
edu-cao:nosetratadedeixardeesperarconseqn-cias polticas prticas
advindas das teorias, elas podeme devem ter tais conseqncias, sem
que para isso asexpectativas sobre as mesmas venham integrar a
pr-priateoria.tambmocasodeseindagarseessamarca da apropriao do
pensamento de Bourdieu
en-trens,nosanosde1970epartedosde1980,noconstitui mesmo, e ainda
hoje sob formas variadas,
umdostraosprincipaisdaproduoeducacional,nosobrigando a indagar
acerca dos rumos tomados por essaproduo, no mbito no somente da
sociologia, masda histria, da psicologia e de estudos
especialmenteligados investigao do trabalho prtico do ensino.AFRNIO
MENDES CATANI doutor em sociologia pelaFFLCH-USP e professor na
Faculdade de Educao da USP. Autorde livros e artigos sobre
sociologia da educao e da cultura, polti-cas de ensino superior na
Amrica Latina e histria do cinema bra-sileiro, com destaque para:
Sete ensaios sobre o Collge de France,So Paulo: Cortez, 1999,
organizado em colaborao com PauloMartinez e Reformas educacionais
em Portugal e no Brasil,
BeloHorizonte:Autntica,2000,organizadoemcolaboraocomRomualdo
Oliveira. E-mail: [email protected] BRBARA CATANI,
doutora em educao, pro-fessora associada (livre-docente) na
Faculdade de Educao daUSP. Autora de estudos acerca da histria da
educao
brasileira,publicou,entreoutros,oslivros:EducaoemRevista:aim-prensa
peridica e a histria da educao, So Paulo: Escrituras,1997, em
co-autoria com Maria Helena Cmara Bastos; Docncia,Memria e Gnero,
So Paulo: Escrituras, 2000, 2. ed., em co-autoria comBelmira
Oliveira Bueno, Cyntia Pereira de Sousa eMaria Ceclia Cortez
Cristhiano de Souza. Atualmente, desenvol-ve, em colaborao, projeto
de pesquisa apoiado pelo Convniode Cooperao Internacional
CAPES-ICCTI: Estudos compara-dossobreaescola
BrasilePortugalsculosXIXeXX.E-mail: [email protected] R.
DE M. PEREIRA, doutor em educao pela USP, professor na Faculdade de
Educao da Universidade do Estadodo Rio Grande do Norte. Publicaes
recentes: Centros e museusde cincias: vises e perspectivas, So
Paulo, Saraiva, 1999,
emcolaborao;Taxionomiassociaisdomagistriooficialpaulista;estudo a
partir de necrolgios, Cadernos de Pesquisa, n 110, jul.2000;
Regimes de valor, regimes de conhecimento: alguns
temasdaantieconomiadaddiva,Educao&Sociedade,n72,ago.2000; A
servido ambgua: valores e condies do magistrio, SoPaulo,
Escrituras, 2001, no prelo. E-mail:
[email protected],ElbadeS,(1972).ResenhadeLaReproduction.Cadernos
de Pesquisa, n 4, p. 97-99, out., (1975). Professores de periferia:
solues simples
paraproblemascomplexos.CadernosdePesquisa,n14,p.97-109,
set.BARROSO, Carmen L. de M., MELLO, Guiomar Namo de, (1975).O
acesso da mulher ao ensino superior brasileiro. Cadernos
dePesquisa, n 15, p. 47-77, dez.BATISTA, Antnio Augusto G., (1998).
A leitura incerta: a
relaodeprofessores(as)deportuguscomaleitura.EducaoemRevista, n 27,
p. 85-103, jul.BENAKOUCHE,Rabah,(1981).Regulaoeconmicaefor-mas de
propriedade. Educao & Sociedade, n 9, p. 97-112,maio.BOURDIEU,
Pierre, (1987). Lecture, lecteurs, lettrs, littrature.In: BOURDIEU,
P. Choses dites. Paris: Minuit, p. 132-143.15 Exemplar dessa nova
disposio de trabalho seria o textoA escolha do estabelecimento de
ensino pelas famlias; a ao dis-creta da riqueza cultural (Nogueira,
1998).As aproprlaes da obra de llerre ourdleu no campo educaclonal
brasllelro, atravs de perlodlcos da reakevlsta rasllelra de
Lducaao73. (1993). The field of cultural production, or the
economicworld reversed. Poetics, 12, p. 311-356, nov.__________,
(1997). Les usages sociaux de la science. Pour unesociologie
clinique du champ scientifique. Paris: Editions INRA.BOURDIEU,
Pierre, CHARTIER, Roger, (1985). La lecture: unepratique culturel;
dbat entre Pierre Bourdieu et Roger Chartier.In: CHARTIER, Roger,
(org.). Pratiques de la lecture.Paris:Rivages, p. 267-94.BOURDIEU,
Pierre, WACQUANT, Loc, (1992). Rponses. pourune anthropologie
rflexive. Paris: Ed. du Seuil.CANDO, Letcia Bicalho, (1991).
Estratgias familiares na pro-duo social de uma qualificao poltica.
Educao & Socie-dade, n 39, p. 221-245, ago.CAPALBO, Creusa,
(1974). A dimenso dialtica do pensamentoeducacional. Revista
Brasileira de Estudos Pedaggicos, v. 60,n 134, p. 218-226,
abr./jun.CASTRO, Magali, (1995). Contribuies da sociologia clssica
econtempornea para a anlise das relaes de poder na
escola;umestudodopoderemWebereemBourdieu.Educao&Sociedade, n
50, p. 105-143, abr.CATANI, Afrnio Mendes, (1999). Algumas lies da
aula inaugu-ral de Pierre Bourdieu. In: CATANI, A. M., MARTINEZ, P.
H.(org.).SeteensaiossobreoCollgedeFrance.SoPaulo:Cortez, p.
89-103.CATANI, Afrnio Mendes, NOGUEIRA, Maria Alice, (1998).
Umasociologia da produo do mundo cultural e escolar. In:
NO-GUEIRA,MariaA.,CATANI,AfrnioM.,(org.).PierreBourdieu: escritos
de educao. Petrpolis: Vozes, p. 7-15.COVRE, Maria de Lourdes M.,
(1981). A formao do adminis-trador; um estudo da educao enquanto
tcnica organizativa.Educao & Sociedade, n 9, p. 113-137,
maio.CHARTIER, Roger, (1985) (org.). Pratiques de la lecture.
Paris:Rivages., (1998). Au bord de la falaise; lhistoire entre
certitudeset inquitudes. Paris: Albin Michel.CUNHA, Luiz Antnio,
(1979). Notas para uma leitura da teoria daviolncia simblica.
Educao & Sociedade, n 4, p. 79-110, set., (1982). A simblica
violncia da teoria. Cadernos dePesquisa, n 43, p. 55-57,
nov.DURAND, Jos C. Garcia, (1982). Torcidas de nariz a Bourdieu
ePasseron. Cadernos de Pesquisa, n 43, p. 52-54, nov.FREITAS, Luiz
Carlos de, (1991). A dialtica da eliminao no pro-cesso seletivo.
Educao & Sociedade, n 39, p. 265-85, ago.GARCIA, Maria Manuela
Alves, (1996). O campo das
produessimblicaseocampocientficoemBourdieu.CadernosdePesquisa, n
97, p. 64-72, maio.GOERGEN, Pedro, (1986). A pesquisa educacional
no Brasil: dificul-dades, avanos e perspectivas. Em Aberto, n 31,
p. 1-18, jul./set.GOMES, Candido A. C., (1983). Enfoques tericos em
sociologiada educao. II O paradigma do conflito. Frum Educacio-nal,
v. 7, n 3, p. 85-104, jul./set.GOUVEIA, Aparecida Joly, (1976). A
escola, objeto de controvr-sia. Cadernos de Pesquisa, n 16, p.
15-19, mar.LIBNEO, Jos Carlos, (1991). A didtica e as tendncias
peda-ggicas. Idias, n 11, p. 26-36.MARTINS, Carlos Benedito,
(1987). Estrutura e ator: a teoria daprtica em Bourdieu. Educao
& Sociedade, n 27, p. 34-46,set., (1989). O novo ensino
superior privado no Brasil
(19641980).RevistaBrasileiradeEstudosPedaggicos,v.70,n 165, p.
159-88, maio/ago., (1990). A pluralidade dos mundos e das condutas
so-ciais: a contribuio de Bourdieu para a sociologia da educa-o. Em
Aberto, ano 9, n 46, p. 59-72. abr./jun.MELLO, Guiomar Namo de,
(1979). Fatores intra-escolares comomecanismos de seletividade no
ensino de 1 grau. Educao &Sociedade, n 2, p. 70-8, jan.,
(1983). Educao escolar e classes populares: uma re-flexo sobre o
atual momento educacional e poltico no Brasil.ANDE, n 6, p.
5-9.MICELI, Sergio, (1987). A fora do sentido. In: MICELI, S.
(org.).Pierre Bourdieu: a economia das trocas simblicas. 2 ed.
SoPaulo: Perspectiva, p. I-LXI., (1999). Um intelectual do sentido.
Folha de S. Paulo, 7fev. Caderno Mais!MOTTA, Fernando C. Prestes,
(1986). Tecnoburocracia e educa-o formal. Educao & Sociedade, n
23, p. 50-78, abr.Arnlo Mendes Catanl, Denlce rbara Catanl e Cllson
k. de M. lerelra74 Malo/}un/}ul/Ago2001N- 17NADAI, Elza, (1984). O
ensino de histria no 2 grau:
problemas,deformaeseperspectivas.Educao&Sociedade,n19,p.
134-46, dez.NOGUEIRA, Maria Alice, (1990). A sociologia da educao
nofinal dos anos 60/incio dos anos 70: o nascimento do paradigmada
reproduo. Em Aberto, n 46, p. 49-58, abr./jun., (1991). Trajetrias
escolares, estratgias culturais e clas-ses sociais. Teoria &
Educao, n 3, p. 89-112., (1998). A escolha do estabelecimento de
ensino pelasfamlias: a ao discreta da riqueza cultural. Revista
Brasileirade Educao, n 7, p. 42-56, jan./abr.ORTIZ, Renato, (1983).
A procura de uma sociologia da prtica.In: ORTIZ, R. (org.). Pierre
Bourdieu: sociologia. So Paulo:tica, p. 7-36.PETIT, Vincent,
(1982). As contradies de A Reproduo. Ca-dernos de Pesquisa, n 43,
p. 43-51, nov.PINTO, Louis, (2000).Pierre Bourdieu e a teoria do
mundo so-cial. Rio de Janeiro: Editora Fundao Getlio Vargas.PRADO
JR., Bento, (1980). A educao depois de 1980, ou
cemanosdeiluso.In:____ etal.Osdescaminhosdaeducao.So Paulo:
Brasiliense, p. 9-30.SANDER, Benno, (1984). A administrao da educao
como pro-cesso mediador. Revista Brasileira de Administrao da
Edu-cao, v. 2, n 1, p. 38-62, jan./jun.SANTOS, Lucola L. de Castro
P., OLIVEIRA, Maria Rita Neto S.,(1995). Currculo e didtica. Idias,
n 26, p. 121-37.SAVIANI, Dermeval, (1982). Escola e democracia:
para alm dateoria da curvatura da vara. ANDE, n 3, p. 57-64.,
(1983). Escola e democracia. So Paulo: Cortez., (1986). A pedagogia
histrico-crtica no quadro das ten-dncias crticas da educao
brasileira. ANDE, n 11, p. 15-23.SETTON, Maria da Graa J., (1994).
Professor: variaes sobre umgosto de classe. Educao & Sociedade,
n 47, p. 73-96, abr.SILVA, Lizete S., (1997). Origem social e
expectativas profissio-nais de licenciados: uma discusso
introdutria. Educao emRevista, n 20/25, p. 74-85, dez. 1994, jun.
1997.SILVA,TomazT.,(1990).Retomandoasteoriasdareproduo.Teoria &
Educao, n 1, p. 155-179., (1992). A dialtica da interioridade e da
exterioridadeemBernsteineBourdieu.Teoria&Educao,n5,p.133-148.__________,
(1996). Bourdieu e a educao. In: Identidades ter-minais: as
transformaes na poltica da pedagogia e na peda-gogia da poltica.
Petrpolis: Vozes, p. 229-235.VIEIRA, Luiz Renato, (1994). Entre o
sociologismo e o
individua-lismo:consideraessobreasociologiadePierreBourdieu.Educao
& Filosofia, v. 8, n 16, p. 285-300, jul./dez.VEIGA NETO,
Alfredo J., (1992). A cincia em Kuhn e a sociolo-gia de Bourdieu:
implicaes para a anlise da educao cient-fica. Educao &
Realidade, v. 17, n 1, p. 93-107, jan./jul., (1993). A teoria de
cincia em Kuhn e a sociologia
deBourdieu:asdiferenas.Educao&Realidade,v.18,n2,p. 57-61,
jul./dez.VELLOSO, Jacques, (1985). Dependncia e educao
comparada.Educao & Sociedade, n 22, p. 105-119,
set.WACQUANT,Loc,(1993).BourdieuinAmerica:notesonthetransatlantic
importation of social theory. In: CALHOUN,
Craig,LIPUMA,Edward,POSTONE,Moishe(orgs.).Bourdieucritical
perspectives. Cambridge: Polity Press, p. 235-262.WHITAKER, Dulce,
(1994). Escola, violncia e trabalho infantilno Brasil. Idias, n 21,
p. 55-66.As aproprlaes da obra de llerre ourdleu no campo
educaclonal brasllelro, atravs de perlodlcos da reakevlsta
rasllelra de Lducaao75AncxoRccrncias obra dc Picrrc ourdicu
cmpcridicos cducacionais brasiIcirosk|v|S!^ |^ ^N||(ANDL, Sao
laulo)Operaoescola:umapropostagovernamentalparaerradicaraevasonoensinoprimrio,LucianadeMelloGomide,
n 3, 1982.Escola e democracia: para alm da teoria da curvatura
davara, Dermeval Saviani, n 3, 1982.Educao escolar e classes
populares: uma reflexo sobre
oatualmomentoeducacionalepolticodoBrasil,GuiomarNamo de Mello, n 6,
1983.O ensino bsico e o processo de democratizao da socie-dade
brasileira, Dermeval Saviani, n 7, 1984.A educao vista pelo
analfabeto, Margot Campos Madei-ra, n 8, 1984.A pedagogia
histrico-crtica no quadro das tendncias cr-ticas da educao
brasileira, Dermeval Saviani, n 11, 1986.Avaliao educacional
escolar: para alm do autoritarismo,Cipriano Carlos Luckesi, n 11,
1986.Trabalho,educaoetecnologia:treinamentopolivalenteou formao
politcnica?, Gaudncio Frigotto, n 14,
1989.C^||kNOSC|||S(CLDLS,UnlversldadeLstadualdeCamplnas,laculdade
de Lducaao)Privatizao: a poltica do estado autoritrio para o
ensinosuperior, Carlos Benedito Martins, n 5, 1981.Perfil do
supervisor necessrio, Newton Cesar Balzan, n 7,1982.Projeto
Nezahualpill: uma alternativa curricular para a edu-cao de crianas
das classes populares, Regina de Assis,n 9, 1984.Investigacin
participativa y cultura popular: una experienciaen curso, Srgio
Martinic e Hctor I. Sinz, n 12, 1984.A pesquisa nas cincias sociais
consideraes metodol-gicas, Maria da Glria M. Gohn, n 12, 1984.A
leitura do mundo precede a leitura da palavra, Sarita MariaA.
Moyss, n 14, 1985.Formao do jovem professor para a educao bsica,
NildaAlves, n 17, 1986.O pblico e o privado na educao superior
brasileira nosanos 80, Carlos Benedito Martins, n 25, 1991.A produo
recente na rea da educao, Silke Weber, n
27,1992.Dertulos,carimbosecrianasnadaespeciais,Mariangela Monteiro
Corra, n 28, 1992.A autonomia universitria e escolar e a formao do
profes-sor: Uruguai e Brasil, Clia Frazo Soares Linhares, n
31,1993.NotashistricassobreogrupodetrabalhoSociedadeeeducaonaAmricaLatinadaANPEd,CliaFrazoSoares
Linhares e Maria Ciavatta Franco, n 31,
1993.Oprojetopedaggicodasescolasdesambaeoacessocidadania o caso da
Mangueira, Filippina Chinelli, n 33,1993.Fundo de memria: infncia e
escola em famlias negras deSo Paulo, Neusa Maria M. de Gusmo, n 42,
1997.Reflexessobreafilosofiaeacozinha,AguedaB.Bittencourt Uhle, n
42, 1997.Memria social e cidadania, Julieta Beatriz R.
Desaulniers,n 42, 1997.A leitura de romances no sculo XIX, Maria
Arisnete C. deMorais, n 45,
1998.Aviolncianoimaginriodosagenteseducativos,AliceItani, n 47,
1998.Meninosemeninas:expectativascorporaiseimplicaesna educao fsica
escolar, Eustquia Salvadora de Sousa eHelena Altmann, n 48,
1999.C^||kNOS||||SQL|S^(lundaao Carlos Chagas)Resenha de La
Reproduction, Elba S. de S Barreto, n 4,out. 1972.Professores de
periferia: solues simples para problemascomplexos, Elba S. de S
Barreto, n 14, set. 1975.O acesso da mulher ao ensino superior
brasileiro, CarmenLcia de M. Barroso e Guiomar Namo de Mello, n 15,
dez.1975.A escola, objeto de controvrsia, Aparecida Joly Gouveia,n
16, mar. 1976.Arnlo Mendes Catanl, Denlce rbara Catanl e Cllson k.
de M. lerelra76 Malo/}un/}ul/Ago2001N-
17Origemsocial,escolaridadeeocupao,AparecidaJolyGouveia, n 32, fev.
1980.Educaoeideologia,CarlosR.JamilCury,n35,nov.1980.Acontribuiodaeducaotcnicamobilidadesocial,Maria
Aparecida C. Franco e Cludio Moura Castro, n 36,fev.
1981.Educao,culturaepoder:hiptesessobreaimportnciada educao para o
desenvolvimento, Pedro Demo, n
41,maio1982.Escuela,marginalidadycontextosenColombia,RobrigoParra
Sandoval e Leonor Zubieta, n 42, ago. 1982.As teorias da educao e o
problema da marginalidade naAmrica Latina, Dermeval Saviani, n 42,
ago. 1982.As contradies de A Reproduo, Vincent Petit, n 43,
nov.1982.TorcidasdenarizaBourdieuePasseron,JosCarlosDurand, n 43,
nov. 1982.A simblica violncia da teoria, Luiz Antnio Cunha, n
43,nov. 1982.Fracasso escolar: uma questo social, Terezinha
Carraher eAnalcia D. Schlliemann, n 45, maio
1983.Classesepedagogia:visveleinvisvel,BasilBernstein,n 49, maio
1984.Para um projeto de escola indgena: algumas
interrogaesmetodolgicas, Priscila F. Barbosa, n 50, ago. 1984.A
criana carente vista por suas professoras, Ceclia LoretoMariz, n
53, maio 1985.A pedagogia do feminino. Anlise de um ritual de
apresen-tao da menina sociedade, Alice Ins de Oliveira e Sil-va, n
54, ago. 1985.Orientaes terico-metodolgicas da sociologia da
educa-o no Brasil, Aparecida Joly Gouveia, n 55, nov. 1985.Pigmalio
na sala de aula: quinze anos sobre as expectati-vas do professor,
Vnia Maria M. Rasche e Vera Maria M.Kude, n 57, maio 1986.Cultura,
escola, ideologia e cognio: continuando o
deba-te,TerezinhaCarraher,DavidW.CarrahereAnalciaD.Schliemann, n
57, maio 1986.Os jovens e as mudanas estruturais na dcada de 70:
ques-tionandopressupostosesugerindopistas,FelciaReicherMadeira, n
58, ago. 1986.O ofcio de criana: definio social da primeira
infnciaefunesdiferenciaisdaescolamaternal,Jean-ClaudeChamboredon e
Jean Prvot, n 59, nov. 1986.Os livros-texto do primrio intensivo
para adultos:
princi-paisinteresseseopiniesdeseususurios,CayetanodeLella, n 61,
maio 1987.A classificao de cor nas pesquisas do IBGE: notas parauma
discusso, Tereza Cristina Araujo, n 63, nov.
1987.Docampocidade.Astransformaesnasprticaseducativas familiares,
Jerusa Vieira Gomes, n 64, fev. 1988.E os movimentos de professores
da rede pblica?, Angeli-na Teixeira Peralva, n 64, fev.
1988.InflunciastericasnoensinoecurrculonoBrasil,Terezinha Roserley
da Silva, n 70, ago. 1989.Reciprocidade e hierarquia: relaes de
gnero na periferiade So Paulo, Cynthia A. Sarti, n 70, ago. 1989.Da
crtica tolerncia: uma viso da educao de adultosna Amrica Latina,
Hugo Lovisolo, n 70, ago.
1989.Escrita:nahistria,navida,naescola,MaryJuliaM.Dietzsch, n 71,
nov. 1989.Jeito de freira: estudo antropolgico sobre a vocao
reli-giosa feminina, Miriam Pillar Grossi, n 73, maio
1990.Olugardatradionamodernidadelatino-americana:etnicidade e
gnero, Lia Zanotta Machado, n 77, maio 1991.A produo recente na rea
da educao, Silke Weber, n
81,maio1992.Umainfnciadecurtadurao:trabalhoeescola,TniaDauster, n
82, ago.
1992.FormaodoadministradordaeducaonoBrasil:umatentativadeperiodizao,FlviaO.CorraWerle,n82,ago.
1992.As novas tecnologias e as relaes estruturais entre educa-o e
produo, Tomaz Tadeu da Silva, n 87, nov. 1993.A escolarizao do
domstico. A construo de uma
escolatcnicafeminina(19461970),GuaciraLopesLouroeDagmar Meyer, n
87, nov. 1993.O ambiente da criana, Terezinha Nunes, n 89, maio
1994.Eugnia, loucura e condio feminina, Rita Cristina C. deMedeiros
Couto, n 90, ago.
1994.Socializaoprimria:tarefafamiliar?,JerusaVieiraGo-mes, n 91,
nov. 1994.As aproprlaes da obra de llerre ourdleu no campo
educaclonal brasllelro, atravs de perlodlcos da reakevlsta
rasllelra de
Lducaao77Currculo:tensesealternativas,AlciaCatalanodeBonamino e
Zaia Brando, n 92, fev. 1995.Contribuio da sociologia para a
avaliao escolar, MengaLdke, n 92, fev. 1995.Comparao entre a
ps-graduao profissional e a
acad-mica,MariaRitaLoureiroeJosCarlosDurand,n94,ago.
1995.Arepresentaosocialdoadolescenteedaadolescncia:um estudo em
escolas pblicas, Leila Maria Ferreira Salles,n 94, ago.
1995.Relaocomosaberecomaescolaentreestudantesdeperiferia, Bernard
Charlot, n 97, maio 1996.Ensino com pesquisa: a prtica do professor
universitrio,Maria Isabel da Cunha, n 97, maio 1996.O campo das
produes simblicas e o campo cientfico emBourdieu, Maria Manuela
Alves Garcia, n 97, maio 1996.Conflitos tericos na evoluo da
didtica, Maria CristinaDavini, n 98, ago. 1996.O ensino superior
privado no Distrito Federal, Carlos Be-nedito Martins, n 102, nov.
1997.EducaoecinciassociaisnoBrasil:possveisrelaes,Vera Maria
Henriques, n 103, mar. 1998.Conselhos municipais de educao: estudo
gentico-hist-rico, Flvia Obino C. Werle, n 103, mar.
1998.Aconstruodaescoladointerior,ZliaD.Mediano,n 103, mar. 1998.A
instituio escolar e a violncia, Marlia Pontes Sposito,n 104, jul.
1998.Obinmiocomunicaoeeducao:coexistnciaecom-petio, Luiz R. Busato,
n 106, mar. 1999.Por um poltica da branquidade, Henry A. Giroux, n
107,jul. 1999.Avaliao e poltica educacional: o processo de
insti-tucionalizaodoSAEB,AlciaBonaminoeCresoFranco, n 108, nov.
1999.DiagnsticospsicossociaisdecrianaseadolescentesnaFEBEM de So
Paulo, Rita de Cssia Pereira Lima, n 108,nov. 1999.Relaes entre
famlia e escola e suas implicaes de gne-ro, Maria Eulina Pessoa da
Carvalho, n 110, jul. 2000.Taxionomias sociais do magistrio oficial
paulista: estudoa partir de necrolgios, Gilson R. de M. Pereira, n
110, jul.2000.CON!|\!O|||LC^^O(Unlversldade de
l|ui)Educaopopularxeducaoescolar:umaquestopol-mica, Jos Luiz Pito
Dvila, n 4, out./dez. 1986.Tendencias de la cultura y la cultura
popular en la educacinpopular, Marco Ral Meja Jimnez, n 9,
jan./mar. 1988.Escuela y culturas, Marco Ral Meja Jimnez, n 15,
jul./set. 1989.Daformadafalaformagrficadaescrita.Umaanliselingstica
do processo de alfabetizao, Daniel Alvarenga,Magda Becker Soares et
al., n 16, out./dez. 1989.A pedagogia histrico-crtica: ponto e
contraponto, EuniceS. Trein e Neise Deluiz, n 20, out./dez.
1990.OCIEPcomoinovaoeducacional,AnaCristinaLeonardos, n 22,
abr./jun. 1991.Intelectuais e autoritarismo no Brasil ps-64, Luiz
RenatoVieira, n 24, out./dez. 1991.Derechos humanos, sujetos y
educacin, Adriana Puiggrs,n 25, jan./mar. 1992.Se der tempo a gente
brinca. O ldico e o lazer da crianaque trabalha e estuda, Paulo
Cesar R. Carrano, n 29, jan./mar.1993.As revistas de divulgao
cientfica e a transmisso do
co-nhecimento:umaabordagemsobreoensinoinformaldecincias, Renato Jos
de Oliveira, n 32, out./dez. 1993.A comparabilidade dos sistemas
escolares; extravios e pro-messas para o novo sculo, Celia Frazo
Soares Linhares,n 33, jan./mar. 1994.A comparao como indagao
historicizada da
realidade.Idiaspararepensaroempregodacomparaonaeduca-o, Elisabete
Cruvello da Silveira, n 33, jan./mar. 1994.Notas sobre la mirada
antropolgica en la educacin, JorgeOsorio Vargas, n 40, out./dez.
1995.Educacin, posmodernidad y despus, Roberto A. Follari,n 41,
jan./mar. 1996.Os movimentos sociais e a construo da escola (do
sonho)possvel, Roseli Salete Caldart, n 41, jan./mar.
1996.Questionesterico-metodolgicassobreinvestigacineneducacin en
Amrica Latina y la formacin del pedagogo,Roberto A. Follari, n 42,
abr./jun. 1996.Haciaunacienciasocialhistrica,EmilioTentiFanfani,n
43, jul./set. 1996.Arnlo Mendes Catanl, Denlce rbara Catanl e
Cllson k. de M. lerelra78 Malo/}un/}ul/Ago2001N- 17La
sistematizacin desde la perspectiva interpretativa, Al-fonso Torres
Carrilho, n 44, out./dez.
1996.Aformaodotrabalhadoremeducaoeaorganizaodotrabalhoescolar:limiteseperspectivasdosplanosdeeducao,
Ione Ribeiro Valle, n 46, abr./jun. 1997.Parmetros curriculares e
cultura: pensando ambigidades,Roslia Maria Duarte, n 47, jul./set.
1997.Ensino-aprendizagem:apersistentecomplexidadedadi-menso
poltica, Mary Rangel, n 52, out./dez. 1998.A qualificao do bancrio
na era da informtica. Um estu-do de caso sobre o treinamento dos
caixas no Banco do Bra-sil, Maria da Conceio Silva-Freitas, n 53,
jan./mar.1999.Lacreenciaenelprogresso:unmitoquedesafianuestrarealidad?,
Maria Teresa Bosio, n 53, jan./mar.
1999.||LC^^O&|||OSO||^(Unlversldade lederal de
Uberlndla)Nota:paraqu?,ReinaldoMatiasFleuri,v.1,n2,jan./jun.1987.Problemas
prticos e metodolgicos da pesquisa qualitati-va, Dietmar K.
Pfeiffer, v. 5/6, n 10/11 jan./dez. 1991.Quem o aluno da escola
noturna?, Elisabeth da FonsecaGuimares, v. 6, n 12, jan./dez.
1992.Novasquestesparaaalfabetizao,OsvaldoFreitasdeJesus, v. 7, n
14, jul./dez.
1993.Justificativasparaainstitucionalizaodalinguagempe-daggicacomodistorosocial,TaniaMariaMarinhoSampaio,
v. 8, n 15, jan./jun.
1994.Entreosociologismoeoindividualismo:consideraessobre a
sociologia de Pierre Bourdieu, Luiz Renato Vieira,v. 8, n 16,
jul./dez. 1994.A imprensa peridica educacional; as revistas de
ensino e oestudo do campo educacional, Denice Barbara Catani, v.
10,n 20, jul./dez. 1996.Psicologia, identidade social e cidadania:
o espao da edu-cao e os movimentos sociais, Almir del Prette e
Zilda A.P. del Prett, v. 10, n 20, jul./dez. 1996.Curriculum y
siglo XXI: hacia una recuperacion de los va-lores, Roberto A.
Follari, v. 13, n 25, jan./jun.
1999.||LC^^O&k|^|||^||(laculdade de Lducaao da
UlkCS)Aspectossociolgicosdaalfabetizao,ArabelaCamposOliven, v. 6, n
3, set./dez.
1981.Aalfabetizao:umenfoquefilosfico,RejaneM.M.Carrion, v. 6, n 3,
set./dez. 1981.Brasil: a educao que temos na democracia em que
vive-mos. Educao formal para quem?, Dermeval Saviani, v. 8,n 2,
maio/ago. 1983.Educao e trabalho: da profissionalizao preparao
paraotrabalho,MariaHelenaMennaBarreto,v.9,n1,jan./abr.
1984.Algunspressupostosquesustentamoatualconceitodesuperdotado,CecliaIreneOsowski,v.10,n3,set./dez.1985.Reproduo
e contradio: escola e classes populares, Nor-ma Marzola, v. 11, n
1, jan./jun. 1986.Vendo a educao de forma relacional: classe e
cultura nasociologiadoconhecimentoescolar,MichaelW.AppleeLois Weis,
v. 11, n 1, jan./jun. 1986.Produo cultural diferente de reproduo
cultural dife-rente de reproduo social diferente de reproduo,
PaulWillis, v. 11, n 2, jul./dez. 1986.A educao e o estado
capitalista: contribuies e contradi-es, Roger Dale, v. 13, n 1,
jan./jun. 1988.Distribuio do conhecimento escolar e reproduo
social,Tomaz Tadeu da Silva, v. 13, n 1, jan./jun. 1988.El papel de
las demandas populares por educacin: el
casodelmovimientosindicalargentino,DanielFilmus,v.13,n 2, jul./dez.
1988.Educao e teorias da resistncia, Mariano F. Enguita, v. 14,n 1,
jan./jun. 1989.Poder, conocimiento y sistemas educacionales: un
modelodeanlisisycincoproposicionesparaunprogramadeinvestigacinsobretransmisinculturalescolarenChile,Cristin
Cox, v. 14, n 1, jan./jun.
1989.Aescolaeaproduodasociedade,AndrPetitat,v.14,n 2, jul./dez.
1989.Currculo e poder, Michael W. Apple, v. 14, n 2,
jul./dez.1989.As aproprlaes da obra de llerre ourdleu no campo
educaclonal brasllelro, atravs de perlodlcos da reakevlsta
rasllelra de Lducaao79Formacin de educadores para el trabajo com
sectores po-pulares.Unaexperienciaenlauniversidad,SilviaBusilovsky,
v. 16, n 1, jan./jul.
1991.AcinciaemKuhneasociologiadeBourdieu:implica-es para a anlise
da educao cientfica, Alfredo J. VeigaNeto, v. 17, n 1, jan./jul.
1992.A avaliao do ensino e do aprender na universidade: con-trole,
dissimulao ou (re)construo coletiva, Snia MariaM. Ogiba, v. 17, n
2, jul./dez.
1992.Aeducaosuperiordentrodosplanosdogoverno,KiraTarapanoff, v. 17,
n 2, jul./dez. 1992.Reconstrues convergentes com avanos: a
interdisciplina-ridade, Terezinha Maria V. Flores, v. 18, n 1,
jan./jun. 1993.Desconstruindooconstrutivismopedaggico,TomazTa-deu
da Silva, v. 18, n 2, jul./dez. 1993.Abordagem sociolgica do
sujeito epistmico, Nadja MaraH. Prestes, v. 18, n 2, jul./dez.
1993.A escola na televiso: quem se reconhece na Escolinha
doprofessor Raimundo?, Rosa Maria B. Fischer, v. 18, n
2,jul./dez.1993.A teoria da cincia em Kuhn e a sociologia de
Bourdieu: asdiferenas, Alfredo J. Veiga Neto, v. 18, n 2, jul./dez.
1993.Estruturaversussubjetividadenasrelaessociais:umaoposio de
exterioridade?, Norberto Jacob Etges, v. 19,
n1,jan./jul.1994.Ocaprichodasdisciplinas,RosaMariaB.Fischer,v.19,n
2, jul./dez. 1994.Didtica e obstculo pedaggico, Gilson R. de M.
Pereira,v. 19, n 2, jul./dez. 1994.Famlias de camadas mdias e a
escola: bases preliminarespara um objeto em construo, Maria Alice
Nogueira, v. 20,n 1, jan./jun. 1995.O campo da didtica no ensino
superior: um enfoque
scio-histrico,MariaManuelaAlvesGarcia,v.20,n1,jan./jun.1995.O
ps-estruturalismo de Foucault e a pesquisa de observa-o: um estudo
das relaes de poder na educao, JenniferM. Gore, v. 20, n 1,
jan./jun. 1995.Uma reforma educativa para as novas classes mdias,
JuliaVarela, v. 20, n 1, jan./jun.
1995.Gnero,histriaeeducao:construoedesconstruo,Guacira Lopes Louro,
v. 20, n 2, jul./dez. 1995.O que esta coisa chamada amor.
Identidade homossexual,educao e currculo, Deborah P. Britzman, v.
21, n 1,
jan./jun.1996.Notasparaumagenealogiadocurriculumescolar,FlviaTerigi,
v. 21, n 1, jan./jun. 1996.As abordagens sociolgicas do currculo:
orientaes te-ricas e perspectivas de pesquisa, Jean-Claude Forquin,
v. 21,n 1, jan./jun. 1996.Lutas entre culturas no currculo em ao da
formao do-cente, Marlucy Alves Paraso, v. 21, n 1, jan./jun.
1996.Instituioescolareformao,JulietaBeatrizR.Desaulniers, v. 21, n
2, jul./dez.
1996.Conhecimentoescolar:processosdeseleoculturaledemediao didtica,
Alice Ribeiro C. Lopes, v. 22, n 1,
jan./jun.1997.Representacionessocialesytrajectoriaseducativas.Unarelacinproblemtica,JosAntonioCastorinaeCarinaViviana
Kaplan, v. 22, n 2, jul./dez. 1997.Decifra-me ou te devoro: a
excelncia do objeto pela cons-truo do argumento, Joo Paulo Pooli,
v. 23, n 2, jul./dez.1998.Notas sobre a cultura do nosso tempo:
reflexes a partir dascontribuies de Gramsci e Adorno/Horkheimer,
Joo Val-dir Alves de Souza, v. 24, n 2, jul./dez.
1999.Experinciadegestoambientalnocurrculode1grau,Maria Flvia
Carvalho Guazzinelli, Amrica Czar e AnaLcia formigli, v. 24, n 2,
jul./dez. 1999.||LC^^O | S|||^O(lundaao Carlos Chagas)A diviso
interna da universidade: posio social das car-reiras, Sergio Costa
Ribeiro e Ruben Klein, n 5,
jan./jun.1982.Relaesdovestibularcomosistemadeensino,ClariceNunes, n
12, jul./dez. 1985.A escola de 2 grau no Estado do Rio de Janeiro
(ou quandoamaiorianocontaparaaconstruodacidade),SergioCosta Ribeiro
et al., n 13, jan./jun. 1986.Escopo da seletividade ao ensino
superior, Jos Camilo dosSantos Filho, n 13, jan./jun. 1986.Arnlo
Mendes Catanl, Denlce rbara Catanl e Cllson k. de M. lerelra80
Malo/}un/}ul/Ago2001N- 17||LC^^O&SOC|||^||(CLDLS, laculdade de
Lducaao da
Unlcamp)Educaobrasileira:problemas,DermevalSaviani,n1,set.
1978.IdeologiaeintelectuaisemGramsci,CarmenSylviaV.Moraes, n 1,
set.
1978.Fatoresintra-escolarescomomecanismosdeseletividadenoensinode1grau,GuiomarNamodeMello,n2,jan.1979.A
crise da escola na sociedade capitalista contempornea,Ana Mrcia M.
Silva et al., n 2, jan.
1979.Asvicissitudesdacincianacional,ReginaLciadeM.Morel, n 2, jan.
1979.Evaviualuta.Algumasanotaessobreapedagogiadooprimidoeaeducaodocolonizador,CarlosRodriguesBrando,
n 3, maio 1979.Asorganizaesburocrticaseasociedade,FernandoC.Prestes
Motta, n 4, set. 1979.Aspectos sociais da didtica universitria,
Michel Thiollent,n 4, set.
1979.Notasparaumaleituradateoriadaviolnciasimblica,Luiz Antnio
Cunha, n 4, set. 1979.Tecnocracia e escola, Csar A. Ramos, n 5,
jan. 1980.Cdigos lingsticos e estilos cognitivos, Brbara Freitag,n
6, jun. 1980.Regulaoeconmicaeformasdepropriedade,RabahBenakouche, n
9, maio 1981.A formao do administrador. Um estudo da educao
en-quantotcnicaorganizativa,MariadeLourdesM.Covre,n 9, maio
1981.Consideraes crticas a respeito da orientao vocacional,Celso
Joo Ferretti, n 10, set. 1981.Sobre Educao e desenvolvimento social
no Brasil: crticada crtica e autocrtica, Luiz Antnio Cunha, n 10,
set. 1981.Pedagogo, psiclogo escolar e anlise experimental do
com-portamento:limitaesideolgicaseperspectivas,LuizCarlos de
Freitas, n 13, dez. 1982.Yes, ns temos bananas ou Paraba no Chicago
no.Umestudosobreaalienaoeoensinodeinglscomolngua estrangeira, Luiz
Paulo da M. Lopes, n 13, dez. 1982.O ensino de histria no 2 Grau:
problemas, deformaes eperspectivas, Elza Nadai, n 19, dez.
1984.Desacertos da educao rural: o professor e o ensino rural,Maria
Aparecida de Queiroz, n 20, jan./abr.
1985.Oestudodaclassemdianasociologiadaeducao,Arabela Campos Oliven,
n 21, maio/ago. 1985.Dependncia e educao comparada, Jacques
Velloso, n 22,set.
1985.Tecnoburocraciaeeducaoformal,FernandoC.PrestesMotta, n 23,
abr. 1986.O computador na escola: parte da soluo ou parte do
pro-blema?, Michael W. Apple, n 23, abr. 1986.A acumulao do capital
simblico, Beatriz Couto e Gama,n 25, dez. 1986.Educao libertadora:
utopia e alienao na escola particu-lar, Maria Tereza Papalo,
Rosetta Mammarella e DorildaGrolli, n 26, abr.
1987.IntroduoevoluodasidiaspedaggicasnoBrasil,Paulo Ghiraldelli
Jr., n 26, abr.
1987.Estruturaeator:ateoriadaprticaemBourdieu,CarlosBenedito
Martins, n 27, set. 1987.Democratizacin de la educacin: proceso y
perspectivas,Daniel Filmus, n 30, ago. 1988.O esporte na educao e
na poltica pblica, Alba Zaluar,n 38, abr.
1991.Elintelectualcontraelexperto.Sobrelaformacinylasfuncionesdelprofesorado,BlasCabreraMontoya,n39,ago.
1991.Educaoebem-estarsocial,VanildaPaiva,n39,ago.1991.Estratgias
familiares na produo social de uma qualifica-o poltica, Letcia
Bicalho Cando, n 39, ago. 1991.A dialtica da eliminao no processo
seletivo, Luiz Carlosde Freitas, n 39, ago. 1991.Polticas de
educacin superior: categoras para su anlisis,Cristin Cox, n 40,
dez. 1991.Internalizao: seu significado na dinmica dialgica,
AnaLuiza B. Smolka, n 42, ago.
1992.Haciaunaeducacinsecundariadecarterbivalente:condicin de mayor
equidad social e desarollo econmico,Victor Manuel Gmez, n 44, abr.
1993.Qualificao,qualidadesequalificaes,NadyaArajoCastro, n 45, ago.
1993.O novo paradigma de desenvolvimento: educao, cidada-nia e
trabalho, Vanilda Paiva, n 45, ago. 1993.As aproprlaes da obra de
llerre ourdleu no campo educaclonal brasllelro, atravs de
perlodlcos da reakevlsta rasllelra de
Lducaao81Professor:variaessobreumgostodeclasse,MariadaGraa J.
Setton, n 47, abr. 1994.A instituio escolar e a escolarizao: uma
viso de con-junto, Jean-Michel Chapoulie e Jean-Pierre Briand, n
47,abr. 1994.Teatro experimental do negro: projeto
poltico-pedaggico,Ricardo Gaspar Mller, n 49, dez. 1994.Vestibular:
cultura e tragdia, Francisco J. Pimenta Rocha,n 50, abr.
1995.Contribuies da sociologia clssica e contempornea para aanlise
das relaes de poder na escola. Um estudo do poderem Weber e em
Bourdieu, Magali Castro, n 50, abr. 1995.La bsqueda de alianzas en
educacin, Juan Casassus, n 52,dez.
1995.Dealgumasobscuridadesepistemolgicasparaumacin-cia barroca,
Jacques Gauthier, n 55, ago. 1996.A arte de se ligar s coisas da
cultura: escola e lei de
retor-nodocapitalsimblico,GilsonR.deM.Pereira,n60,dez.
1997.Trajetria escolar: investimento familiar e determinao
declasse, Jos Luis P. Dvila, n 62, abr. 1998.Eufemismo e
cumplicidade objetiva nos primrdios do cam-po educacional
brasileiro: um caso exemplar de 1860, GilsonR. de M. Pereira, n 66,
abr. 1999.||LC^^O|M|||^!|(laculdade de Lducaaoda Unlversldade
lederal do Cear)As desigualdades educacionais do nordeste como um
fen-meno estrutural, Maria Nobre Damasceno, n 6/7
jul./dez.1984.Porumaconcepodialticadaeducao,MariaNobreDamasceno, n
9, jan./jun. 1985.Escola democrtica e administrao democrtica da
educa-oparaumanovaordemsocial(1Parte:escolaparaaordem estabelecida
uma crtica), Jos Camilo dos Santos,n 15/16, jan./dez. 1988.Formao
do profissional de educao: necessidades sociais
eprincpiosbsicos,MariaEstrlaArajoFernandes,n 27/28,jan./dez.1994.O
imaginrio da violncia: a casa e a rua, Daniel Lins, n 35,1998.O
militante clandestino: memria, identidade e famlia, JosGeraldo
Vasconcelos, n 36, 1998.Quem tem medo da mdia?, Daniel Lins, n 37,
1999.||LC^^O|Mk|v|S!^(laculdade de Lducaao daUnlversldade lederal
de Mlnas Cerals)Educaoescolareclassespopulares,GuiomarNamodeMello,
n 1, jul. 1985.Prtica docente na escola de 1. grau: interesses,
conflitos epossibilidadesdemudana,MariaInsdeMatosCoelho,n 4, dez.
1986.Mulheres mineiras da Repblica Velha. Profisso: profes-sora
primria, La Pinheiro Paixo, n 14, dez.
1991.Ocurrculoescolarearealidadedocotidiano,ngelaImaculada L. de
Freitas Dalben, n 15, jun. 1992.O ensino da leitura e suas condies
de possibilidades es-colares, Antnio Augusto Gomes Batista, n 15,
jun. 1992.A integrao lingstica como objeto de ensino-aprendiza-gem
da lngua portuguesa, Maria da Graa Costa Val, n 16,dez. 1992.O
universitrio de origem trabalhadora e as normas acad-micas, cio
Antnio Pontes, n 16, dez.
1992.Elperonismoylaenseanzareligiosaobligatoriaenlasescuelaspublicas:19431955,CecliaA.PitellieMiguelSomoza
Rodriguez, n 17, jun. 1993.Relaes intertnicas, religio e
identidade: a proposta edu-cativa de um grupo negro catlico, Ana
Lcia E. F. Valente,n 18/19, dez. 1993/jun. 1994.Uma leitura da
educao luza das teorias sociolgicas demile Durkheim, Max Weber e
Talcolt Parsons: um ensaiode interpretao, Joo Valdir Alves de
Souza, n 20/25, dez.1994/jun.1997.A anlise do poder em instituies
educacionais: a pre-sena de Max Weber na sociologia da educao de
PierreBourdieu,MagalideCastro,n20/25,dez.1994/jun.1997.Origem
social e expectativas profissionais de
licenciados:umadiscussointrodutria,LizeteScalzillidaSilveira,n
20/25, dez. 1994/jun. 1997.A fonte oral e a pesquisa em histria da
educao: algumasconsideraes, Diana Gonalves Vidal, n 27, jul.
1998.Arnlo Mendes Catanl, Denlce rbara Catanl e Cllson k. de M.
lerelra82 Malo/}un/}ul/Ago2001N-
17Histriadaeducaoeliteratura:algumasidiasenotas,Eliane Marta
Teixeira Lopes, n 27, jul.
1998.Aleituraincerta:arelaodeprofessores(as)deportuguscom a
leitura, Antnio Augusto Gomes Batista, n 27, jul.
1998.Lecturayeducacinenlamodernidadlatinoamericana,Xavier Rodriguez
Ledesma, n 28, dez. 1998.O lugar social da licenciatura, Lizete
Scalzilli da Silveira,n 28, dez. 1998.O que professores de um curso
de licenciatura pensam so-bre ensino?, Jlio Emlio Diniz Pereira, n
28, dez. 1998.Gramsci, a disciplina e a organizao da cultura, Joo
Val-dir Alves de Souza, n 29, jun. 1999.A originalidade de Paulo
Freire no pensamento educacio-nal brasileiro, Marlene Ribeiro, n
29, jun. 1999.A formao de professores leitores literrios: uma ligao
entreinfncia e idade adulta?, Graa Paulino et al, n 30, dez.
1999.|M^||k!O(lnstltuto Naclonal de Lstudos e lesqulsasLducaclonals
do Mlnlstrlo da Lducaao lNLl/MLC)Questes tericas e prticas na
pesquisa social e educacio-nal, Maria Nobre Damasceno, n 31,
jul./set. 1986.A pesquisa educacional no Brasil: dificuldades,
avanos eperspectivas, Pedro Goergen, n 31, jul./set.
1986.Asociologiadaeducaoentreofuncionalismoeops-modernismo:ostemaseosproblemasdeumatradio,Tomaz
Tadeu da Silva, n 46, abr./jun. 1990.A sociologia crtica e educao
Contribuies das cin-cias sociais para a educao, Pedro Demo, n 46,
abr./jun.1990.Asociologiadaeducaonofinaldosanos60/inciodosanos 70:
o nascimento do paradigma da reproduo, MariaAlice Nogueira, n 46,
abr./jun. 1990.A pluralidade dos mundos e das condutas sociais: a
contri-buio de Bourdieu para a sociologia da educao, CarlosBenedito
Martins, n 46, abr./jun.
1990.Umacontribuiodahistriaparaumahistriadaeduca-o, Eliane Marta
Teixeira Lopes, n 47, jul./set. 1990.Representao e leitura crtica
do mundo nos livros didti-cos, Mary Rangel, n 61, jan./mar.
1994.Divisorelaessociaisdesexoedotrabalho,HelenaHirata, n 65,
jan./mar. 1995.|S!L|OS|M^v^||^^O||LC^C|ON^|(lundaao Carlos
Chagas)Avaliao e organizao do trabalho pedaggico: uma
arti-culaoincipiente,BenignaMariadeFreitasVillasBoas,n 8, jul./dez.
1993.|OkLM||LC^C|ON^|(lnstltuto de Lstudos Avanados em Lducaaoda
lundaao Cetullo Vargas)Teoria e prtica do mtodo de projetos em
educao: anlisede uma experincia, Jos Fagundes, v. 4, n 2, abr./jun.
1980.Enfoques tericos em sociologia da educao, Candido A.C. Gomes,
v. 7, n 2, abr./jun.
1983.Enfoquestericosemsociologiadaeducao.IIOparadigmadoconflito,CandidoA.C.Gomes,v.7,n3,jul./set.1983.Enfoquestericosemsociologiadaeducao.IIIOparadigmadoconflito,CandidoA.C.Gomes,v.8,n2,abr./jun.1984.Tendncias
da pesquisa em sociologia da educao na Fran-a: 19751983, Angela
Cunha Neves, Jacqueline Eidelmane Polymnia Zagefka, v. 9, n 1,
jan./mar. 1985.Administraoparticipativanaeducao:mito,tabuouprxis?,
Roberto Ballalai, v. 9, n 3, jul./set. 1985.Exigncia societal e
exigncia comparatista em
sociolo-giadaeducao,J.M.Berthelot,v.10,n4,out./dez.1986.Universidade:
um caminho difcil, Aracy Bezerra Palhano,v. 11, n 2, abr./jun.
1987.Critrios e instrumentos para a reviso da estrutura de
cur-rculos,RobertoFollarieJessBervezo,v.11,n2,abr./jun.1987.Jrgen
Habermas, a hermenutica e epistemologia das
cin-ciasdohomem,EduardoDiatahyB.deMenezes,v.12,n 4, out./dez.
1988.Notasesubsdiosparaaanlisedodiscurso(umacontri-buioleituradodiscursodaadministrao),RobertoBallalai,
v. 13, n 1-2, jan./maio 1989.A abordagem didtica do ensino de
lnguas estrangeiras eos mecanismos de dependncia e de reproduo da
divisode classes, Roberto Ballalai, v. 13, n 3, jun./ago. 1989.As
aproprlaes da obra de llerre ourdleu no campo educaclonal
brasllelro, atravs de perlodlcos da reakevlsta rasllelra de
Lducaao83Modelo,produoereproduonacincia:asescolasnaformao do campo
cientfico no Brasil (sculos XIXXX),Isidro Maria da Silva Alves, v.
14, n 3, jun./ago.
1990.Fenomenologiaeeducao,CreusaCapalbo,v.14,n3,jun./ago.1990.||||^S(lundaao
de Desenvolvlmento Lducaclonal Sao laulo)A leitura na sala de aula.
As muitas faces de um leitor, JooWanderley Geraldi, n 5,
1990.Avaliao da aprendizagem: teoria, legislao e prtica nocotidiano
de escolas de 1. grau, Sandra Maria Zkia LianSousa, n 8,
1990.Teoria pedaggica: limites e possibilidades, Luiz Carlos
deFreitas, n 11, 1991.O diretor e o cotidiano na escola, Antnio
Joaquim Severino,n 12,
1992.Relaesfamliaeescolacontinuidade/descontinuidadeno processo
educativo, Jerusa Vieira Gomes, n 16,
1993.Aorganizaodotrabalhocomofundamentodaadminis-trao escolar: uma
contribuio ao debate sobre a gestodemocrtica da escola, Romualdo
Portela de Oliveira, n 16,1993.Violncia na escola, Dulce Whitaker,
n 21, 1994.EscolaviolnciaetrabalhoinfantilnoBrasil,DulceWhitaker, n
21, 1994.Currculo,disciplinaeinterdisciplinaridade,AlfredoJosda
Veiga Neto, n 26, 1995.Currculo e didtica, Lucola Licnio de Castro
P. Santos eMaria Rita Neto Sales Oliveira, n 26,
1995.Descriodeumatrajetriana/daavaliaoeducacional,Clariza Prado de
Souza, n 30,
1998.Formaocontnuaeobrigatoriedadedecompetnciasnaprofisso de
professor, Philippe Perrenoud, n 30, 1998.|kO-|OS|O|S(laculdade de
Lducaao da UnlversldadeLstadualdeCamplnas)O pensamento da esquerda
e a educao na Repblica Bra-sileira, Dermeval Saviani, n 3, dez.
1990.Currculo em ao: buscando a compreenso do cotidianoda escola
bsica, Corinta Maria Grisolia Geraldi, v. 5, n 3,nov.
1994.Lostalleresdeapoyoescolar:unaalternativacomple-mentariaalosprocesoseducativosformales,MariaAlejandra
Corbaln, v. 8, n 1, mar. 1997.k|v|S!^ |k^S||||k^ || ^|M|N|S!k^^O
|^||LC^^O(ANlAL)Consenso e conflito na administrao da educao,
BennoSander, v. 1, n 1, jan./jun. 1983.A qualidade do ensino
elementar, o professor e a poltica,Rudolf Lenhard, v. 1, n 2,
jul./dez. 1983.Aadministraodaeducaocomoprocessomediador,Benno
Sander, v. 2, n 1, jan./jun.
1984.Universidade:alutapelopoder,PetrusMariaUlasmaneLuiz Felipe
Meira de Castro, v. 3, n 1, jan./jun. 1985.A pesquisa em
administrao escolar no Brasil,
RomualdoPorteladeOliveiraeAfrnioMendesCatani,v.10,n1,jan./jun.1994.k|v|S!^|k^S||||k^||||LC^^O(ANlLd)Leitura
escolar. Entre pedagogia e sociologia, Anne-MarieChartier, n 0,
set./dez. 1995.Ensinoehistoriografiadaeducao.Problematizaodeuma
hiptese, Clarice Nunes, n 1, jan./abr. 1996.Memria e autobiografia.
Formao de mulheres e forma-o de professores, Cynthia P. de Sousa,
Denice B.
Catani,MariaCecliaC.C.deSouzaeBelmiraO.Bueno,n2,maio/ago.1996.Estudossobrejuventudeemeducao,MariliaPontesSposito,
n 5-6, maio/dez.
1997.Jovensurbanospobres.Anotaessobreescolaridadeeemprego, Jerusa
Vieira Gomes, n 5-6, maio/dez. 1997.Nota de leitura: Jovens vida
associativa e
subjetividade,umestudodosjovensdoJardimOratrio,deMarilenaNakano,
Pedro Augusto H. Menin, n 5-6, maio/dez. 1997.A escolha do
estabelecimento de ensino pelas famlias.
Aaodiscretadariquezacultural,MariaAliceNogueira,n 7, jan./abr.
1998.Arnlo Mendes Catanl, Denlce rbara Catanl e Cllson k. de M.
lerelra84 Malo/}un/}ul/Ago2001N- 17Bilingismo e biculturalismo. Uma
anlise sobre as
narra-tivastradicionaisnaeducaodossurdos,CarlosSkliar,n 8,
maio/ago. 1998.Movimentos em cena:... e as teorias por onde andam?,
IlseScherer-Warren, n 9, set./dez. 1998.Resenha de Escritos de
Educao, Rosrio S. Genta Luglie Paula Vicentini, n 9, set./dez.
1998.AprendereensinarnocotidianodeassentadosruraisemGois, Jadir de
Morais Pessoa, n 10, jan./abr. 1999.Acerca do trabalho do
professor: da traduo produo
doconhecimentonoprocessoeducativo,LuizaCortesoeStephen R. Stoer, n
11, maio/ago 1999.k|v|S!^ |k^S||||k^ ||
|S!L|OS|||^COC|COS(lNLl/MLC)Adimensodialticadopensamentoeducacional,CreusaCapalbo,
v. 60, n 134, abr./jun. 1974.A formao do homem inacabado ensaio de
andragogia,Pierre Furter, v. 60, n 134, abr./jun. 1974.Uma proposta
didtica para a alfabetizao de crianas
dasclassespopulares,CarmenMariaCraidy,EstherPillarGrossi e Norma
Regina Marzola Fialho, v. 64, n 148, set./dez.
1983.Reflexessobreaeducaodeadultoscomoumaprticasocial do Estado,
Helena Lewin, v. 65, n 149, jan./abr.
1984.Travessia:tentativadeumdiscursodaideologia,MagdaBecker Soares,
v. 65, n 150, maio/ago. 1984.Resenha de Ensino noturno realidade e
iluso, de CliaPezolo de Carvalho, Jader de Medeiros Britto, v. 65,
n
151,set./dez.1984.Adiferentedistribuiodosaberescolar,HelianeGramiscelli
Ferreira de Mello, v. 66, n 153, maio/ago. 1985.Resenha de Homo
Academicus, de Pierre Bourdieu: HlneBarros, v. 66, n 153, maio/ago.
1985.Resenha de O mito na sala de jantar, de Rosa Maria
BuenoFischer, Srgio Dayrrel Porto, v. 66, n 154, set./dez. 1985.Um
modelo global de desenvolvimento terico em sociolo-gia da educao,
Fred Mahler, v. 67, n 157, set./dez. 1986.A propsito de uma
sociologia crtica da educao, MichaelYoung, v. 67, n 157, set./dez.
1986.Para onde vai a sociologia da educao na Frana?,
VivianeIsambert-Jamati, v. 67, n 157, set./dez. 1986.Um discurso
cientfico sobre a educao em crise: a socio-logia da educao na
Repblica Federal da Alemanha, EgonBecker, v. 67, n 157, set./dez.
1986.Avaliao qualitativa IV sobre educao transformadora,Pedro Demo,
v. 69, n 161, jan./abr.
1988.OnovoensinosuperiorprivadonoBrasil(19641980.),Carlos Benedito
Martins, v. 70, n 165, maio/ago. 1989.Educao indgena e bilingismo o
caso do Acre, NiettaLindenberg Monte, v. 73, n 173, jan./abr.
1992.A imprensa peridica especializada e a pesquisa
histrica:estudos sobre o Boletim de Educao Pblica e a
RevistaBrasileira de Estudos Pedaggicos, Diana Gonalves
VidaleMarilenaJorgeGuedesdeCamargo,v.73,n175,set./dez.
1992.Acercadecomolasmujeresllegaronasermaestras(AmericaLatina,18701930),SilviaCristinaYannoulas,v.
73, n 175, set./dez.
1992.SobrearesenhaAcrisedosparadigmas,deWaldemarde Gregori, Vera
Maria Henriques, v. 74, n 176,
jan./abr.1993.Omovimentosindicalnauniversidadepblicabrasileira,Pedro
Rabelo Coelho, v. 74, n 178, set./dez. 1993.Campo educacional:
identidade cientfica e interdisciplina-ridade, Vera Maria
Henriques, v. 74, n 178, set./dez. 1993.Ensino de cincias e capital
lingstico: notas para a cons-truo de um objeto de pesquisa, Gilson
R. de M. Pereira,Joo M. Pires e Maria da Conceio L. de Andrade, v.
75,n 179/180/181, jan./dez.
1994.CtedraehegemoniadaprticadocentenaFaculdadedeMedicinadaUniversidadeFederaldeMinasGerais,LaPinheiro
Paixo, v. 76, n 182/183, jan./ago. 1995.O significado da educao
superior para duas geraes
defamliasdecamadasmdias,GeraldoRomanelli,v.76,n 184, set./dez.
1995.O estado da educao na folha de jornal: como os jor-nais de
grande circulao abordam a questo
educacional,BelarminoCesarGuimaresdaCosta,v.76,n184,set./dez.
1995.Educao permanente: a sada para o trabalhador na era
daqualidade total, Ana Shirley de Frana Moraes, v. 77, n
185,jan./abr.1996.Sujeitos histricos: seus lugares na escola e na
formao de pro-fessores, Clia Frazo Linhares, v. 77, n 185,
jan./abr. 1996.As aproprlaes da obra de llerre ourdleu no campo
educaclonal brasllelro, atravs de perlodlcos da reakevlsta
rasllelra de
Lducaao85Cinciashumanaseeducao:impassesparaasuperaodosparadigmaspositivistaerelativista,RenatoJosdeOliveira,
v. 77, n 185, jan./abr.
1996.Memriaeeducao:OEspritoVictorioso,deCecliaMeireles, Yolanda
Lima Lbo, v. 77, n 187, set./dez. 1996.Gnero e educao pblica: uma
comparao entre o CIEPe a escola comum, Alba Zaluar e Maria Cristina
Leal, v. 78,n 188/189/190, jan./dez. 1997.O veculo de circulao da
pedagogia oficial da repblica:a Revista Pedaggica, Jos Gonalves
Gondra, v. 78, n
188/189/190,jan./dez.1997.Alegrianaescoladotrabalhador:ummodelopedaggicoque
satisfaa o trabalhador e lhe proporcione alegria no atode aprender,
Ana Shirley de Frana Moraes, v. 78, n
188/189/190,jan./dez.1997.AlgumasobservaessobreosParmetrosCurricularesNacionais
rea de cincias, Gilson R. de M. Pereira, v. 78,n 188/189/190,
jan./dez. 1997.A pesquisa de representao social na rea de
ensino-apren-dizagem: elementos do estado da arte, Mary Rangel, v.
79,n 193, set./dez. 1998 (publicado em abril 2000).k|v|S!^ |^
|^CL||^|| || ||LC^^O(laculdade de Lducaao daUnlversldade de Sao
laulo)O ensino de histria no 2. grau: problemas, deformaes
eperspectivas, Elza Nadai, v. 9, n 1/2, 1983.O ensino da lngua
materna: um grande desafio para a
edu-caohoje,MariaTherezaFragaRocco,v.10,n2,jul./dez. 1984.A questo
pblica da satisfao/insatisfao do professor notrabalho, Sonia
Teresinha de Souza Penin, v. 11, n 1/2, 1985.A dimenso do imaginrio
na problemtica organizacional daeducao, Jos Carlos de Paula
Carvalho, v. 11, n 1/2,
1985.ResenhadeCoisasditas,dePeirreBourdieuporAfrnioMendes Catani,
v. 17, n 1/2, jan./dez. 1991.Ensino de literatura e vestibular,
Alice Vieira, v. 18, n 2,jul./dez.1992.Informao, disciplina e
celebrao: os anurios de ensinodo Estado de So Paulo, Denice Barbara
Catani, v. 21, n 2,jul./dez.1995.Um estudo das relaes de poder na
escola pblica de ensi-no fundamental luz de Weber e Bourdieu: do
poder for-mal,impessoalesimblicoaopoderexplcito,MagalideCastro, v.
24, n 1, jan./jun. 1998.Retrato de corpo inteiro do Brasil: a
cultura brasileira
porFernandodeAzevedo,LibneaNacifXavier,v.24,n1,jan./jun.1998.!|Ok|^&||LC^^O(LdltoraClnclasMdlcas)Retomando
as teorias da reproduo, Tomaz Tadeu da Sil-va, n 1, 1990.A caixa
preta do hbito nas asas da histria: reflexes crti-cas sobre a
teoria da reproduo social, R. W. Connel, n 1,1990.Como observar a
reproduo, Elsie Rockwell, n 1, 1990.Reproduo, habitus e educao,
Richard K. Harker, n
1,1990.Reproduo,contradio,estruturasocialeatividadehu-mana na
educao, Mariano F. Enguita, n 1, 1990.Paul Willis educao, produo
cultural e reproduo so-cial, Liz Gordon, n 1, 1990.Para alm da
reproduo entrevista com Claude Grignon,Julia Varela, n 1,
1990.Tornando-seumamatriaacadmica:padresdeexplica-o e evoluo, Ivor
Goodson, n 2, 1990.Os paradigmas perdidos. Ensaio sobre a
sociologia da edu-cao e seu objetivo, Andr Petitat, n 3,
1991.Educaoescolarizada:violnciasimblicaouprticalibertadora? O caso
brasileiro, Dulce Consuelo A. Whitaker,n 3, 1991.Trajetrias
escolares, estratgias culturais e classes sociais,Maria Alice
Nogueira, n 3, 1991.A dialtica da interioridade e da exterioridade
em Bernsteine em Bourdieu, Tomaz Tadeu da Silva, n 5,
1992.Saberesescolares,imperativosdidticosedinmicasso-ciais,
Jean-Claude Forquin, n 5, 1992.Entre histria e sociologia: uma
perspectiva construtivistaaplicada emergncia dos colgios e da
burguesia, AndrPetitat, n 6,
1992.Umaleituradahistriadaeducaosobaperspectivadognero, Guacira
Lopes Louro, n 6, 1992.kesumos/Abstractskevlsta rasllelra de
Lducaao
153workandschooleducation.Thediscourseofthesubjectsoftheresearchrevealstheconflictbetweentheformationrequiredforco-operativeagriculturalworkandthemodelofbasiceducationonwhichruraleducationisbased.IsabelLelisProfissodocente:umarededehis-triasEsteartigotemoobjetivodeanalisaraidentidadesocialdomagistriodassriesiniciaisdoensinofundamental,forjadaemprocessosdesocializaofamiliar,escolareprofissional.Atra-vs
do recurso s histrias de vida
detrezeprofessoras,foipossvelperce-ber que muitos so os
significadosatribudosaotrabalhodocente.Re-correndo ao aporte da
sociologia
dePierreBourdieu,otrabalhopermitiucompreenderaconstituiodehabitusparaadocncia,asestrat-giasdesenvolvidaspelasprofessorasparaaconquistadettulosescolares,os
modos de entrada na profisso, opesodaformaoprviaecontinuadanas
formas como as professoras
vi-vemerepresentamotrabalhoquerealizam.Considerandoquearepre-sentao
social do magistrio, no con-texto de uma escola de massa, foi
al-terada, o estudo acabou
porproblematizarimagensdepassivida-de,neglignciaeincompetnciaquetmsidoatribudassprofessoraspe-lasburocraciaseducacionaiseagn-ciasgovernamentais.Theteachingprofession:awebsofstoriesThisarticleproposestoanalysethesocialidentityofteachersinthefirstseriesofprimaryeducation,forgedthroughprocessesofprofessional,schoolandfamilysocialization.Usingthelifestoriesofthirteenwomenteachers,thearticlediscussesthesignificanceattributedtotheteachingprofession.TakingPierreBourdieussociologyasreference,thestudyexplorestheconstitutionofthehabitusinteachers,thestrategiestheyusetoachieveacademicqualifications,admissiontotheprofessionandtheweightofinitialandcontinuedtraininginthewayteachersexperienceandrepresenttheirwork.Thisstudychallengestheimagesofpassivity,negligenceandtechnicalincompetencethatareattributedtoteachersbyeducationalauthoritiesandgovernamentalagen-cies,byrecognizingthat,atatimeinwhichamassificationofschoolisoccuring,thesocialrepresentationofteachinghasbeenmodified.ClaudioSuasnbarResistncia,mudanaeadaptaonasuniversidadesargentinas:Pro-blemasconceptuaisetendnciasemergentes
no governo e na gestoacadmicaO artigo prope-se a fazer uma
con-t