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ApresentaçãO Para DéCimo Primeiro Ano, Aula 20

Nov 05, 2014

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luisprista

 
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O autor pregou este sermão — todo ele alegórico — três dias antes de embarcar, clandestinamente, para a metrópole, com o objectivo de encontrar solução para o problema dos índios, em consequência dos factos a que se alude no «Sermão da Sexagésima» (volume 1 dos Sermões).

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Como se deduz da alegoria em que assenta o texto, no «Sermão de Santo António aos Peixes», o orador abordou todos os pontos do programa que, ainda que impopular, considerava ser o mais adequado, em termos espirituais e práticos, à colónia.

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As palavras «pregado» e «pregou» são formas do verbo «pregar 2». O étimo deste verbo é a palavra latina (aliás, do latim falado por religiosos) «PRAEDICARE». Não se confunde este verbo com o seu homógrafo «pregar 1»,

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já que, tal como o nome que dele deriva, «pregador», se pronuncia com E aberto (é), cuja representação fonética é ε, enquanto o verbo cuja primeira acepção é ‘fixar ou segurar com prego’ e cujo étimo, também latino, é «PLICARE» se diz com um E que quase não se ouve (e), representado no alfabeto fonético por um [e ao contrário].

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Como já terás percebido, as palavras que no manual estão asteriscadas — marcadas com um asterico (*) — são objecto de explicação no glossário das páginas finais ou no Práticas. Para já, faz uma leitura rápida das explicações para alegoria, conceito predicável, captatio benevolentiae (Antologia, 291-302) e exórdio (Práticas, 18).

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No caso Sermão de Santo António aos Peixes, o conceito predicável corresponde à frase latina que serve de epígrafe («Vos estis sal terrae / Vós sois o sal da terra»). A captatio benevolentiae (estratégia comum no exórdio, a parte introdutória dos discursos) vimo-la muito no discurso de Marco António — por exemplo, quando, em jogada de falsa modéstia, assumia não ser tão bom orador como Brutus.

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A alegoria, que fica já anunciada neste capítulo I do Sermão (Antologia, 56-58) e depois será desenvolvida, é toda a situação, «metafórica», figurada, que o orador criou (e ficou até no título), em torno de a sua audiência serem peixes.

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[linhas 1-18]

Cristo diz serem os pregadores o sal da terra. Tal como o sal preserva (os alimentos), os pregadores deviam na terra impedir a podridão/corrupção. Mas, se há tantos pregadores, como se justifica que haja tanta corrupção?

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Várias hipóteses (e bifurcadas): ou os pregadores não pregam a verdade ou os ouvintes não a querem; ou os pregadores não fazem o que defendem/dizem e os seus ouvintes preferem imitá-los nas práticas/acções e não nas palavras; ou os pregadores pensam mais neles do que em Cristo ou os ouvintes, em vez de seguirem os preceitos da religião, preferem reger-se pela sua vontade/propensão imediata.

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[ll. 19-30]

Então, o que se há-de fazer aos pregadores, que não evitam a corrupção, e aos ouvintes, que não se deixam influenciar/catequizar? Como disse Cristo, se os pregadores não cumprem bem, pelas palavras ou pelos actos, o melhor será espezinhá-los.

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[ll. 31-53]

E que se há-de fazer aos ouvintes? Santo António, perante um público que não lhe ligava, abandonou-o e foi pregar aos peixes.

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[ll. 54-73]

Retomando o ‘conceito predicável’: Santo António foi até mais do que «sal da terra», foi também «sal do mar», já que pregou a peixes. Mas o autor não quer relatar o que se passou com Santo António, antes acha que nos dias dos santos — lembremos: era dia 13 de Junho, dia de Santo António — se deve é imitá-los.

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[ll. 74-83]

Por isso, o orador, o Padre António Vieira, vai também pregar aos peixes; para tanto, invoca Maria, cuja etimologia, supostamente, se ligaria ao mar (na verdade, esta etimologia é falsa).

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Publifilmes em Gaveta de Nuvens (mas ainda sem comentários)

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TPC — Corrige o poema que hoje te devolvi, passa-o a limpo (e, eventualmente, dá-mo de novo, se ainda forem significativas as emendas que te caiba lançar). Pondera — e, mais ainda, se eu tiver gabado o teu texto — enviar o poema ao concurso Correntes d’Escritas. (Se queres ainda tentar outro poema, talvez ainda dê tempo.)

É preciso enviar o texto por correio. O regulamento está em Gaveta de Nuvens e o prazo termina em 30 de Novembro.