VII Congresso de Iniciação Científica
A presente exposição virtual decorre dos
resultados dos trabalhos de mestrandos do
Programa de Pós-Graduação em Educação
Profissional do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
(IFRN) Campus Natal Central.
Durante a disciplina Estado e Políticas
Públicas Educacionais os estudantes são
incentivados a desenvolver um artigo no qual se
articulassem seus respectivos objetos de estudo
aos conteúdos discutidos no decorrer da
disciplina.
Dessa forma, essa exposição virtual se
constitui como um instrumento de socialização
dos trabalhos desenvolvidos no âmbito da
disciplina no PPGEP/IFRN.
INTRODUÇÃO
...
.
..
Convidamos os internautas a acessar os trabalhos
dos mestrandos do PPGEP do IFRN. Acreditamos que
essas pesquisas venham a contribuir no sentido de
fortalecer as discussões no que concerne à
compreensão de Estado e Políticas Educacionais no
campo da Educação Profissional no país.
RESULTADOS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
OBJETIVOS
METODOLOGIA
Apresentar os resultados das pesquisas
desenvolvidas pelos mestrandos do PPGEP que
cursaram a disciplina de Estado e Políticas
Educacionais no semestre 2015.2.
A metodologia utilizada nos trabalhos se
centraram em abordagens qualitativa a partir de
pesquisas bibliográficas e documentais. O método
que norteou a maioria dos objetos de estudo foi o
histórico-dialético.
Isso pode ser consultado nos quatorze (14)
trabalhos expostos a seguir. Além da
apresentação virtual, os banners podem ser
encontrados nas dependências da Diretoria de
Ciências do IFRN, Campus Natal Central.
Segue lista com títulos dos trabalhos que podem ser
consultados na presente exposição didática virtual:
1. O ESTADO BRASILEIRO E O PRONATEC: REFLEXÕES
SOBRE OS (DES)CAMINHOS;
2. PRONATEC X PROEJA E OS RUMOS DA TRAVESSIA
PARA UMA FORMAÇÃO OMNILATERAL: UMA ANÁLISE DA
ADOÇÃO DESTAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA REDE
ESTADUAL DE ENSINO DO RIO GRANDE DO NORTE;
3. ESTADO BRASILEIRO E POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL A DISTÂNCIA: PERCURSO DA REDE E-TEC
BRASIL;
4. AVALIAÇÃO POLITICA DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA
ESTUDANTIL: OS REBATIMENTOS DESTA POLÍTICA
FRENTE À EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA NO IFRN;
5. AS COTAS RACIAIS NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO
E A AUSÊNCIA DA SOCIOLOGIA EM SEU DEBATE PÚBLICO;
6. POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
NAS ESCOLAS DA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO
RIO GRANDE DO NORTE: (DES) CAMINHOS DA
MATERIALIZAÇÃO DO PROGRAMA BRASIL
PROFISSIONALIZADO;
7. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS
PÚBLICAS: DO TRABALHO MANUAL AO
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS
8. O ESTADO BRASILEIRO E AS AÇÕES DE PERMANÊNCIA
COM FOCO NAS DESIGUALDADES ÉTNICO-RACIAIS NO
PNE (2014-2024): UMA REFLEXÃO PRELIMINAR.
9. ESTADO BRASILEIRO E A POLÍTICA DE ALIMENTAÇÃO
ESCOLAR: DESVELANDO A HISTÓRIA DO SÉCULO XX AOS
DIAS ATUAIS
10. POLÍTICAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO
11. POLÍTICA DE EXPANSÃO DO IFRN: COM ÊNFASE O
ENSINO MÉDIO INTEGRADO.
12. AS MARCAS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA
CAMPANHA DE PÉ NO CHÃO TAMBÉM SE APRENDE A LER:
UMA POLÍTICA PÚBLICA EDUCACIONAL INCLUSIVA.
13.POLÍTICAS EDUCACIONAIS E QUALIDADE DO ENSINO NA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA:
UMA UTOPIA?
14. HEGEMONIA E CONTRA-HEGEMONIA NAS POLÍTICAS
PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DO CAMPO
NO SÉCULO XXI: UMA ANÁLISE À LUZ DA
IMPLEMENTAÇÃO DO PRONATEC/CAMPO
APRESENTAÇÃO
Autor: Allana Manuella Alves dos Santos; E-mail:[email protected]
Orientador: Dante Henrique Moura
VII Congresso de Iniciação Científica
A Constituição Federal trata a educação como direito de todos
desde 1934, porém, no âmbito da sociedade capitalista a igualdade
não é pressuposto importante, uma vez que prevalecem os interesses
mercadológicos e não os interesses da humanidade em geral.
Considerando as reflexões de Santos (1981), as relações sociais
estabelecidas no seio deste modo de produção são resultantes de
diversas articulações de forças sociais, cujo lado mais forte deverá ser
sempre o do capital, o que acirra cada vez mais a luta de classes e
que coloca em situação de vulnerabilidade a classe trabalhadora, que
sem a devida compreensão acerca da realidade na qual está
submersa tem abraçado como ideal uma educação que está aquém
de seus interesses, levadas pelo discurso da empregabilidade, se
empenham na busca pela realização de cursos profissionalizantes de
curta duração, sem pensar sobre a real importância que a educação
ocupa na vida e na produção da existência humana.
Neste sentido, buscamos neste texto, refletir acerca da trajetória
da educação profissional materializada pelo Estado brasileiro, com
ênfase no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (PRONATEC).
INTRODUÇÃO
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O ESTADO BRASILEIRO E O PRONATEC: REFLEXÕES
SOBRE OS (DES)CAMINHOS
EXPOSIÇÃO: ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS
METODOLOGIA
OBJETIVO GERAL
Desvelar as contradições que perpassam as políticas públicas
educacionais implementadas pelo Estado brasileiro.OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Discutir sobre os objetivos não declarados das políticas educacionais
brasileiras.
Pensar acerca do tipo de educação que vem sendo oferecida aos
filhos da classe trabalhadora de nosso país.
Para a elaboração destas reflexões, nos respaldamos na abordagem
qualitativa, bem como na análise documental e revisão bibliográfica, tendo
o pensamento crítico como norteador das discussões.
privadas de educação, a realidade precária em que atuam os
docentes, dentre outros aspectos. Referindo-se à materialização do
Programa.
Quanto às entidades e redes ofertantes dessas matrículas, as
metas estabelecem 940.040 matrículas para as redes públicas, o que
corresponde a somente 11,8% do total, enquanto a rede privada ficará
com 7.054.735, isto é, 88,2% do total de matrículas, com a
transferência dos recursos correspondentes a essas vagas para o
Sistema S ou grupos privados de educação profissional. (Lima Filho,
2015, p. 211).
No âmbito das reflexões pertinentes ao Programa, cabe
ressaltar ainda que o PRONATEC tem fomentado a concomitância
entre educação geral e profissional, em detrimento da integração
entre estas, “[...] por meio de parcerias entre as redes estaduais de
ensino, das entidades do sistema “S” e, em menor escala, dos
institutos federais. (MOURA, 2013, p.24, grifo do autor).
A iniciativa governamental no âmbito do PRONATEC tem sido
hegemônica, no sentido de reforçar a ilusão da classe trabalhadora
acerca das possibilidades de aquisição e manutenção do emprego,
por meio da formação adquirida.
É imprescindível que a classe trabalhadora compreenda o
modelo de desenvolvimento econômico em que está imerso, bem
como as relações a que por meio dele está submetida. O ideário da
teoria do capital humano é negado por Pino ao afirmar que “é ingênuo
acreditar que é possível corrigir as distorções do mercado em função
da qualificação dos trabalhadores e das trabalhadoras.” (PINO, 2011,
p. 79). O autor afirma ainda que no capitalismo não há geração de
empregos em condições suficientes para atender a todos e a todas.”
(PINO, 2011, p. 80).
Os investimentos feitos em educação no país são consideráveis,
porém, é importante pensar acerca de quem são os verdadeiros
beneficiados com esses investimentos, bem como sobre a qualidade
da educação pretendida com os investimentos feitos.
A educação profissional no Brasil precisa ser vista como parte
do direito à educação, o que temos presenciado é que no decorrer
da história, mesmo com os altos investimentos, ela vem sendo
tratada como acessório e visa a contenção social dos indivíduos,
que são formados para atendimento das demandas do capitalismo.
BRASIL. Lei Nº 12.513, de 26 de Outubro de 2011. Institui o Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Presidência da República. Brasília, DF, 2011.
Disponível em: http://pronatec.mec.gov.br/images/stories/pdf/lei_12513.pdf…> Acesso em: 15
de dezembro de 2015.
GENTILI, Pablo; FRIGOTTO, Gaudêncio (Orgs). A CIDADANIA NEGADA. 5. Ed. -São Paulo:
Cortez, 2011.
LIMA FILHO, Domingos Leite. Educação Em Questão. Expansão da educação superior e da
educação profissional no Brasil: tensões e perspectivas, Natal, v. 51, n. 37, p. 195-223,
jan./abr. 2015.
MOURA, Dante. Ensino médio e educação profissional nos anos 2000: movimentos
contraditórios. In: _____ (Org.) Produção de conhecimento, políticas públicas e formação
docente em educação profissional. Campinas/SP: Mercado das letras, 2013.
SANTOS, Boaventura de Sousa. O Estado, o Direito e a Questão Urbana. Revista Crítica de
Ciências Sociais, 1981, n. 9, p. 9-86.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Estado brasileiro no decorrer das últimas décadas vem sendo
pressionado pelo ideário neoliberal, de que a capacitação profissional,
muitas vezes aligeirada, imediata para o trabalho simples, é a chave
para resolver o problema da falta de “empregabilidade” da população,
especialmente das classes trabalhadoras populares.
Submetendo-se a essa lógica, o governo adota como resposta a
implementação de diversos programas na busca da superação do
problema ora exposto – “a falta de empregabilidade da população”.
Neste contexto, o governo federal instituiu em 26 de outubro de
2011, por meio da Lei n. 12.513, o Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), que tem como um de seus
objetivos, “a finalidade de ampliar a oferta de educação profissional e
tecnológica” (Lei 12513/2011, artigo 1º).
Cabe destacar que a iniciativa do governo federal, no que se
refere a maioria dos cursos oferecidos pelo PRONATEC, tem
priorizado a oferta de cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC),
portanto, de curta duração, impossibilitando ao aluno ter uma
formação consistente, mais completa.
Um olhar atento à materialização do PRONATEC fomentará
algumas reflexões que não podem ser negligenciadas, tais como o
alto investimento público na esfera privada, a já mencionada
transferência da responsabilidade formativa no que se refere aos
pressupostos que orientam a formação oferecida por instituições
Autor: Andrea Kátia Bezerra da Silva E-mail:[email protected]
Orientadora: ANTÔNIA DE ABREU SOUSA
VII Congresso de Iniciação Científica
O modo de produção capitalista e os ideais
burgueses têm prevalecido na educação pública
brasileira principalmente nas esferas municipais e
estaduais.
Temos vivido um verdadeiro paradoxo no que
diz respeito a adoções de políticas públicas para
educação de jovens e adultos na rede estadual de
ensino do Rio Grande do Norte, esse imperativo
contraditório entre PROEJA e Pronatec é uma
realidade, digna e carente de investigação.
O Estado brasileiro criou uma política de
integração da Educação Profissional na
modalidade de educação de Jovens e Adultos e
ao mesmo tempo criou e ampliou a oferta do
Pronatec.
INTRODUÇÃO
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PRONATEC X PROEJA E OS RUMOS DA TRAVESSIA PARA UMA FORMAÇÃO OMNILATERAL:
UMA ANÁLISE DA ADOÇÃO DESTAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA REDE ESTADUAL DE ENSINO
DO RIO GRANDE DO NORTE
EXPOSIÇÃO: ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS
METODOLOGIA
Comparar as políticas PROEJA e
Pronatec discutindo o papel das mesmas
tanto para o Estado quanto para a
sociedade civil e como a EJA tem sido palco
dessa disputa de interesses..
Deu-se de maneira exploratória. Segundo
Santos (1999), a pesquisa exploratória constitui o
primeiro passo de todo trabalho científico e
envolve levantamento bibliográfico, visitas
técnicas, visitas a web sites entre outros. E
Considerando os procedimentos de coleta de
dados tratou-se de uma pesquisa bibliográfica
voltada à construção do corpus teórico que
fundamentou a pesquisa. A priori foi necessário
uma investigação acerca das concepções políticas
de Estado em que estão fundamentadas as
políticas públicas para o Ensino e para Educação
de Jovens e Adultos assim como o andamento
atual do Pronatec.
A falta de investimentos igualitários e políticas
públicas perenes voltadas para a Educação de
Jovens e Adultos (MOURA,2006), no Estado do
Rio Grande do Norte é uma prática e,
desencadeia uma precariedade histórica no
atendimento a esses alunos sendo o PROEJA e o
Pronatec políticas distintas e que atendem a
interesses diferentes e o ideal utópico é que
tenhamos uma sociedade civil capaz de entender
isto e decidir por aquela que atendesse a suas
necessidades e não as necessidades do capital
como tem sido realizado .
É necessário compreender o que ocorre com as
políticas públicas do estado brasileiro em sua
essência, precisamos ir além do que estar nas
aparências, em alguns casos é mister um
verdadeiro desvelamento dessas políticas em sua
base, leis, arranjos e formas. Nesta feita, para que
ocorra uma formação realmente emancipadora dos
sujeitos da EJA é preciso que o Estado adote
políticas voltadas para a formação omnilateral..
AFONSO, Almerindo Janela. Reforma do Estado e
Políticas Educacionais: entre a crise do Estado-
Nação e a emergência da regulação supranacional.
São Paulo. Educação & Sociedade, ano 22, n.75,
p.15-32, Ago/2001.
CABRAL NETO, Antônio; RODRIGUEZ, Jorge.
Reformas Educacionais na América latina:
cenários, proposições e resultados. In: CABRAL
NETO, Antônio et al (Org.). Pontos e
contrapontos da política educacional: uma
leitura contextualizada de iniciativas
governamentais. Brasília: Liber Livro, 2007. MOURA, Dante Henrique. O Proeja e a rede federal de
educação profissional e tecnológica. In. EJA: formação
técnica integrada ao Ensino Médio. MEC, Programa Salto
para o futuro. Boletim 16, set 2006, p. 61-75.
Autora: Ana Katarina Gomes da Silva E-mail: [email protected]
Orientadora: ANTÔNIA DE ABREU SOUSA
VII Congresso de Iniciação Científica
Partindo do pressuposto que o Estado
brasileiro resume as contradições entre capital e
trabalho (KUENZER, 2006), observamos uma
sociedade voltada diretamente para a informação,
para a inclusão e para acessibilidade do ensino
da Educação a Distância (EaD) que adota um
papel importante no contexto educacional e, em
especial, na Educação Profissional. Para isso, o
ponto de partida para qualquer regulamentação
de cunho educacional no Brasil tem como
princípio o Capítulo III da Constituição Federal do
Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional - LDB nº 9.394 e o Plano Nacional de
Educação nº 13.005, meta 11, estratégia 11.3 que
incentiva a expansão da oferta de educação
profissional a distância.
INTRODUÇÃO
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ESTADO BRASILEIRO E POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL A
DISTÂNCIA: PERCURSO DA REDE E-TEC BRASIL
EXPOSIÇÃO: ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS
METODOLOGIA
Refletir sobre a educação a distância como
política pública no ensino profissional, fazendo a
ligação com a Rede e-Tec Brasil, baseado no
relatório executivo de pesquisa do Grupo de
Pesquisa Currículo Referência II da UFSC
(Universidade Federal de Santa Catarina).
Para a composição desde trabalho, adotamos
uma metodologia qualiquantitativa, análise
documental e revisão bibliográfica. As referências
serão baseadas nas ideias de Nunes (2011),
Moran (2009) e Kuenzer (2006). Em seguida,
iremos mostrar a efetiva aplicação da política
voltada para a educação profissional na
modalidade EaD através da pesquisa feita pelo
Grupo de Pesquisa da UFSC.
Surgiram as políticas voltadas para formação
de jovens e adultos profissionalizados, tendo como
ferramenta principal a educação a distância. Para
a realização dessas políticas, o Estado deve
assegurar a oferta pública com qualidade e tem
papel estratégico de promover sistemas voltados
para educação profissional e tecnológica a
distância. Surge, em 2007, a Rede e-Tec Brasil
que visa democratizar o acesso aos cursos com
metas pré-definidas.
Observamos que o Estado, através das ações
da Rede e-Tec Brasil, vem articulando o processo
de discussão e formulação de políticas públicas de
educação profissional para aqueles que vivem do
trabalho, através da educação profissional à
distância, integrada a um projeto de fortalecimento
nacional. Portanto, esses alunos desenvolvem
aptidões e tem a possibilidade de se integrar ao
mercado de trabalho.
NUNES, I. B. Noções de Educação a Distância. Disponível
em: <http://pt.scribd.com/doc/21015548/Artigo-1994-Nocoes-
de-Educacao-a-Distancia-Ivonio-Barros-NUNES>. Acesso em:
14 março 2015.
MORAN, J. M. O que é Educação a Distância. Universidade
de São Paulo. Disponível em:
<http://www2.eca.usp.br/moran/wpcontent/uploads/2013/12/dis
t.pdf >. Acesso em: 14 nov. 2015.
KUENZER, A.Z. Educação Profissional: desafios para a
construção de um projeto para os que vivem do trabalho.
PERSPECTIVA, Florianópolis, v. 24, n. 1, p. 297-318, jan/jun.
2006..
Tabela 1: Tabela com as metas para o período de 2011 a 2014. Fonte: MEC,
apresentado pelo Prof. Fernando Amorim , no I Seminário Estadual de
Educação a Distância em Palmas-TO em 16.08.2012.
Autor: Etiene Figueiredo Ferreira E-mail:[email protected]
Orientador: Márcio Adriano de Azevedo
VII Congresso de Iniciação Científica
Esse artigo concentra-se na avaliação
política da Assistência Estudantil no processo de
trabalho coletivo do IFRN. No âmbito da Política
de Assistência Estudantil é considerado como
público alvo estudantes com renda familiar per
capita de até um salário mínimo e meio. Avaliar
as políticas que estão inseridas nesse espaços é
ir para além do que é visível; é entender o real
significado das coisas e ir para além do que está
declarado.
No tocante a uma postura mais crítica e que
não se renda aos escritos formais e discursos
oficiais da política pública executada pelo
Estado. Esse trabalho faz parte da minha
vivência, das minhas inquietações,
questionamentos e reconhecimento da
relevância social da política em estudo para a
Educação Profissional .
INTRODUÇÃO
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AVALIAÇÃO POLITICA DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL: OS
REBATIMENTOS DESTA POLÍTICA FRENTE À EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA NO IFRN
EXPOSIÇÃO: ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS
METODOLOGIA
Analisar a política de assistência estudantil no IFRN, compreendendo
as relações entre o Estado Capitalista e as Políticas Públicas,
especificamente as direcionadas à Educação Profissional
Compreender as determinações econômicas, políticas e ideológicas
presentes na Política de Assistência Estudantil na Educação
Profissional Brasileira
Partiremos de Figueiredo e Figueiredo (1986, p.108) que
conceituam esse tipo de avaliação como uma atribuição “[...] de valor
às politicas, às suas consequências, ao aparato institucional em que
elas se dão e aos próprios atos que pretendem modificar o conteúdo
dessas políticas”.
Também tomamos com referencial os estudos de Souza (2013a)
que trabalha o conceito de avaliação de politica, citando Figueiredo e
Figueiredo (1986), Arretche (1998), Barry e Rae (1975), Anderson
(1979), Weiss (1978), Silva (2015), Azevedo (2010) e Lopes (2013),
entre outros.
Souza(2013a) ao tratar sobre a necessidade de suspeição na
avaliação politica, afirma que é preciso desvelar a ideologia que
fundamentou a elaboração da Politica, os objetivos e teorias explicitas
e implícitas.
No dizer de Lopes (2013, p.23) “ Conceito de avaliação política
entende-se que, para compreender uma politica publica não basta
apreender os discursos formais de que ela é produto.
No IFRN, vem acontecendo um grande esforço por parte da
Diretoria de Gestão da Atividades Estudantis (DIGAE) de
institucionalizar, regulamentar, discutir ações com os profissionais,
gestores e corpo discente sobre essas ações da assistência
estudantil numa aproximação da politica e o desvelamento de fato
dessas ações. Para entender em que pese nesse contexto a politica
de assistência estudantil basta pegarmos o valor do recurso
destinado ao IFRN em 2014 para assistência estudantil que ficou em
aproximadamente 15 milhões de reais.
Essa realidade da assistência estudantil brasileira demonstra a
necessidade da formulação de uma politica que atenda a dois
objetivos principais: sistematizar o que está sendo realizado no
momento e expandir as ações de assistência estudantil a partir de
um trabalho articulado e consequentemente com maiores
possibilidades de responder as atuais demandas da realidade social
brasileira.
A educação profissional no Brasil sempre teve um cunho voltado
para os filhos dos pobres, no início das Escolas de Aprendizes Artífices
os que frequentavam não faziam parte da elite, obviamente no modelo
dos IFs esse cunho de uma escola não elitista muda bastante, até por
que durante o período dos CEFETs a classe média percebendo a
qualidade dessas escolas começou a estimular seus filhos para
adentrarem as mesmas, tornando-as por um momento escola elitistas
(CUNHA, 2005).
Entendemos que a educação é um dos principais instrumentos
propulsores da ascensão social, econômica e cultural do indivíduo e
também da sociedade. Acreditamos ser inquestionável a relação
existente entre o nível de escolaridade e os níveis de rendimento
financeiro e de acesso a outros bens que garantem o bem estar na vida
social.
No caso da educação profissional, a obtenção do acesso e da
permanência traz um elemento a mais que é a obtenção de uma
profissão e a consequente possibilidade de inserção no mercado de
trabalho.
ARAÚJO, Ronaldo Marcos de Lima. O marxismo e a pesquisa qualitativa como referências para
investigação sobre educação profissional. Anais do VII Seminário do Trabalho, UNESP/Marília, 2010.
ARRETCHE, Marta Teresa da Silva. Uma contribuição para fazermos avaliações menos ingênuas. In:
MOREIRA, Maria Cecília Roxo; CARVALHO, Maria do Carmo Brant de (Orgs.). Tendências e Perspectivas
na Avaliação de Políticas e Programas Sociais. São Paulo: IEE/PUCSP, 2001. p. 43-55.
AZEVEDO, Márcio Adriano de. Avaliação do programa escola ativa como política pública para escolas do
campo com turmas multisseriadas: a experiência em jardim do seridó/rn (1998-2009). Tese de doutorado.
Natal, UFRN, 2010.
BARRY, Brian; RAE, Douglas W. Political evaluation. In: GREENSTEIN, Fred I.; POLSBY, 161. Nelson W.
(Org.). Handbook of political science. Reading, Massachusetts: Addison- Wesley, 1975. v. 1: Political
science: scope and theory.
DEMO, Pedro. Mitologias da avaliação: de como ignorar, em vez de enfrentarmos problemas. 3. ed.
Campinas: Autores Associados, 2010.
FIGUEIREDO, Marcus Faria; FIGUEIREDO, Argelina Maria Cheibub. Avaliação política e avaliação de
políticas: um quadro de referência teórica. In: Análise & Conjuntura, Belo Horizonte, v. 1, n. 3, set./dez. 1986.
LOPES, Pedro Isaac Ximenes. Uma Avaliação Política da Política de Avaliação da Educação Superior
Brasileira. Natal, RN, 2013.
MARX, Karl. O 18 Brumário. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. ASSIS, Simone Gonçalves de. SOUZA, Edinilsa Ramos (Orgs.). Avaliação
por triangulação de métodos: Abordagem de Programas Sociais. 1ªed. Rio de Janeiro: Editoria Fio Cruz. 2005.
O‟CONNOR, James. USA, a crise do Estado capitalista. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
Silva. Danilma de Medeiros. Desvelando o PRONATEC. UMA AVALIAÇÃO POLÍTICA DO PROGRAMA.
Natal, RN, 2015. 168f.
SOUZA, Celina, Políticas Públicas: uma revisão da literatura. In: Sociologias, n.16. Porto Alegre, Jul/Dez.
2006.
SOUZA, Lincoln Moraes de. A relevância da suspeição: pequeno ensaio sobre avaliação política de políticas
públicas. Natal, GIAPP: texto para debate e circulação interna, 2013a.
WEISS, Carol H. Investigación evaluativa: métodos para determinar la eficiência de los programas de acción.
México: Trilhas, 1978.
Autor: Raoni Gomes de Sousa E-mail: [email protected]
Orientadora: ANTÔNIA DE ABREU SOUSA
VII Congresso de Iniciação Científica
Discussões sobre cotas raciais frequentemente tornam-se
improdutivas em função da ausência de uma abordagem
sociologicamente sensível para além da dimensão econômica.
Essa ausência não significa que bastaria aos defensores ou
opositores das cotas raciais adotar uma perspectiva
sociológica para “vencer” uma discussão, mas sim que tal
adoção é necessária para que a discussão avance em termos
comunicativos, isso é, que haja esclarecimento entre as partes
através da linguagem. Tal avanço torna-se mais necessário na
sociedade brasileira à medida que a política de cotas está
sendo homogeneizada na esfera federal sem que, entretanto,
haja uma maior compreensão dela por parcela significativa da
população. Em termos práticos, essa inércia no campo das
ideias pode desgastar politicamente as instituições envolvidas
e tensionar violentamente as relações entre beneficiários e
não beneficiários dentro e fora das instituições de ensino,
inclusive afetando os resultados pretendidos por essa política.
INTRODUÇÃO
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AS COTAS RACIAIS NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO E
A AUSÊNCIA DA SOCIOLOGIA EM SEU DEBATE PÚBLICO
EXPOSIÇÃO: ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
OBJETIVO
METODOLOGIA
Articular informações qualitativas e quantitativas para a
qualificação da discussão pública sobre cotas raciais
Iniciamos com um resgate do surgimento das políticas
de ações afirmativas no contexto do desenvolvimento
dos Direitos Humanos e do panorama político das
ações afirmativas raciais no ensino superior brasileiro
atualmente. Em seguida, partimos para uma análise na
qual mobilizamos o potencial explicativo de alguns
estudos sociológicos a fim de desfazer aparentes nós
górdios das discussões sobre cotas raciais — o que,
reiteramos, não significa o fim da discussão, mas um
avanço, pois gerará compreensão e possibilitará novas
contestações argumentativas.
Sendo a educação um instrumento de poder, seria essencial,
para a realização da igualdade material, que o acesso ao ensino
superior fosse equitativo a todos os grupos. (PIOVESAN, 2008)
Um dos principais argumentos acionados contra a adoção de
cotas raciais no ensino superior é que elas têm uma lógica
contrária ao mérito, que feriria o princípio da igualdade. Verifica-
se, no entanto, que já não há igualdade: a população negra tem
menos acesso ao ensino superior do que a população branca,
mesmo considerando-se essas populações dentro de uma
mesma classe. Em todas as classes, os jovens brancos têm
mais acesso do que os negros. Dos jovens negros de classe
baixa com ensino médio completo, apenas 10,5% frequentavam
o ensino superior, sendo o mesmo índice de 16,1% para os
brancos. A disparidade se repete nas classes média (negros
35,0%, brancos 46,3%) e alta (negros 68,75%, brancos 76,6%).
(OSORIO, 2009, p. 873-876) Considerando-se, por condições
históricas, que há uma maior transmissão doméstica do capital
cultural escolar (BOURDIEU, 2007) em famílias brancas, e que
a população negra está mais suscetível à má-fé institucional da
escola e à desorganização do meio familiar (FREITAS, 2009),
que afetam as condições de desenvolvimento das disposições
básicas necessárias à vida escolar, vemos que a ideologia
meritocrática precisa ser desvelada para o avanço das
discussões públicas sobre cotas raciais.
Quanto mais consenso sobre a injustiça de uma diferença, mais
fácil será a elaboração, a execução, a avaliação e o
aperfeiçoamento de uma política que vise reduzi-la ou extingui-
la. A desigualdade precisa, portanto, ser qualitativamente
demonstrada, não apenas quantitativamente indiciada, para que
fique patente. Aqui reside a tarefa da sociologia, que,
vasculhando a realidade através de métodos quantitativos e
qualitativos e articulando o empírico ao rigor da reflexão, deve
confirmar ou falsear a tese da desigualdade racial com efeitos
sobre o desempenho escolar; e, sendo o caso de confirmá-la,
que seja de modo inteligível e plausível mesmo para os sujeitos
que não sofrem esses efeitos diretamente.
BOURDIEU, Pierre. Escritos de educação. 9 ed. Petrópolis: Vozes, 2007.
DAFLON, Verônica Toste; FERES JÚNIOR, João; CAMPOS, Luiz Augusto. Ações afirmativas raciais no ensino super público
brasileiro: um panorama analítico. Cadernos de Pesquisa, v. 43, n. 148, p. 302-327, jan.-abr. 2013.
FREITAS, Lorena. A instituição do fracasso: a educação da ralé. In: SOUZA, Jessé. Ralé brasileira: quem é e como vive. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2009. p. 281-304.
OSORIO, Rafael Guerreiro. Classe, raça e acesso ao ensino superior no Brasil. Cadernos de Pesquisa, v. 39, n. 138, p. 867-880,
set.-dez. 2009.
PIOVESAN, Flávia. Ações afirmativas sob a perspectiva dos direitos humanos. In: DUARTE, Evandro C. Piza; BERTÚLIO, Dora
Lúcia de Lima; SILVA, Paul Vinícius Baptista da (coords.). Cotas raciais no ensino superior: entre o jurídico e o político. Curitiba:
Juruá, 2008.
Autora: Rosinete Marinho de Oliveira E-mail: [email protected]
Orientadora: ANTÔNIA DE ABREU SOUSA
VII Congresso de Iniciação Científica
INTRODUÇÃO
A Secretaria Estadual de Educação - SEEC/SUEP/RN se propôs a
expandir a Educação Profissional no Rio Grande do Norte, a partir da adesão
do Programa Brasil Profissionalizado, quando foram conveniadas ações para
construção de 10 Centros de Educação Profissional, reforma e ampliação de 57
escolas de Ensino Médio, sendo 20 destas, autorizadas a ofertar Educação
Profissional Técnica de Nível Médio, além de ações para aquisição de
laboratórios, equipamentos e de acervo bibliográfico e também pretende
desenvolver uma proposta de Educação Profissional que se institua como
Política de Estado que atenda aos objetivos de uma Educação de qualidade,
comprometida com uma pedagogia para a emancipação dos sujeitos
trabalhadores, na medida em que supere a tradicional dualidade entre os que
pensam e os que executam tarefas. Lançamos como questões norteadoras
dessa problemática, as seguintes perguntas:
Quais as implicações do Programa Brasil Profissionalizado, do Governo
Federal, no financiamento da Rede Estadual de Educação Profissional,
considerando o objetivo explícito de implementar a política de ensino médio
integrado à educação profissional, no período de 2008 a 2011, nas escolas do
Estado do Rio Grande do Norte?
Como se deu o processo de financiamento do Programa Brasil
Profissionalizado na Rede Estadual de Educação Profissional no Estado do
Rio Grande do Norte?
Como os recursos provenientes do Programa Brasil Profissionalizado foram
aplicados na implementação da política de ensino médio integrado a
educação profissional na Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Norte?
Quais as implicações decorrentes do financiamento do Programa Brasil
Profissionalizado são perceptíveis na Rede Estadual de Educação
Profissional do Rio Grande do Norte?
...
.
..
No Brasil, nos anos de 1990, se desenvolveu uma reforma na Educação
em todos os níveis do sistema educativo. A inserção do Estado brasileiro como
coadjuvante do processo de mundialização, articulado às proposições do
liberalismo econômico da desregulação financeira, da intensificação dos
processos de privatização da esfera pública levou à elaboração de políticas
públicas de perfil neoliberal, e nesta mesma década surgem as políticas de
“educação para todos” que se estendem até os dias atuais. A partir da segunda
metade dos anos 90, com o advento da Lei 9.394 / 96, foi estabelecida uma
nova configuração para a Educação Profissional com o Decreto nº. 2208/97 e
Portaria MEC Nº. 646 / 97, com o Apoio do Programa de reforma da Educação
Profissional – PROEP, (Portaria MEC Nº. 1.005 / 97, o que significava
repercussão nos sistemas federal e estadual de ensino).
No Rio Grande do Norte, como nos demais Estados da federação, no final
da década de 1990 deixou de oferecer cursos técnicos nas escolas da Rede
Estadual de ensino, passando a serem oferecidos somente nos antigos
CEFETs, hoje IFRN, e no ano de 2006, essa modalidade de ensino voltou a ser
oferecida no Estado do RN no Centro Estadual de Educação Profissional
Senador Jessé Pinto Freire/ CENEP, para o Ensino Médio nas formas Integrada
e Subsequente e também o PROEJA, sendo coordenados pela
Subcoordenadoria de Educação Profissional-SUEP, que faz parte do
organograma da Secretaria Estadual de Educação/RN, instituída pelo Decreto
nº 15.543/01,que tem como atribuição, dentre outras , assessorar a Secretaria
de Educação no desenvolvimento das políticas e atividades relativas a
Educação Profissional.
Para atingir tais preceitos, a SEEC/SUEP, fez a adesão do Programa
Brasil Profissionalizado, instituído pelo Decreto nº 6.032/07, firmando Convênio
com o MEC/SETEC para implantação e expansão dessa modalidade de ensino,
o referido programa repassou recursos para os estados a fim de incentivá-los a
retomar o oferecimento da Educação Profissional gratuita de nível médio na
rede de educação pública estadual, através de assistência técnica e financeira
para obras, gestão, formação de professores, práticas pedagógicas e
infraestrutura.
Assim, foram implementadas as políticas de Educação Profissional
Técnica no âmbito do Estado, com Cursos Técnicos de Nível Médio, nos níveis
de Ensino Médio Integrado, Subsequente e PROEJA, na modalidade presencial
e a distância, pautados em diagnósticos socioeconômicos e culturais,
orientados pela Legislação de educação profissional.
É nesse contexto que situamos nossa pesquisa, buscando analisar os
avanços e implicações da oferta de Educação Profissional através do Programa
Brasil Profissionalizado na Rede Estadual de Educação Profissional do Rio
Grande do Norte.
EXPOSIÇÃO: ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS
Analisar as implicações do Programa Brasil Profissionalizado na Rede
Estadual de Educação Profissional com vistas à implementação da política do
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional.
O arcabouço metodológico deste trabalho é a pesquisa documental, à luz
das concepções e perspectivas de estudiosos da Educação Profissional, e
também no que concerne à legislação pertinente à Educação Profissional,
destacamos a contraditoriedade entre os dois decretos que respaldaram esta
modalidade de ensino nos últimos anos: o Decreto 2.208/1997 que instituiu o
PROEP enquanto programa de financiamento da Educação Profissional no
Governo FHC, financiando a separação entre o ensino médio e o técnico; e o
Decreto 5.154/2004 que revogou o anterior, abrindo a possibilidade da
integração da educação profissional ao ensino médio, tal como estabelecido na
LDB.
Neste trabalho, buscamos na discussão da política de financiamento da
educação e das políticas públicas de Educação profissional os elementos
fundamentais para analisarmos algumas implicações do financiamento do
Programa Brasil Profissionalizado nas escolas da Rede Estadual de Educação
Profissional do Rio Grande do Norte.
BRASIL a, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Apresentação do programa Brasil Profissionalizado.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br Acesso em: 05 de dez. de 2015.
BRASIL b, TODOS PELA EDUCAÇÃO. Saiba o que é e como funciona o Plano de
Desenvolvimento da Educação. Disponível em http://www.todospelaeducacao.org.br.Acesso em: 05
dez. de 2015.
BRASIL. Decreto nº 6.302, de 12 de dezembro de 2007. Institui o Programa Brasil
Profissionalizado.
FERREIRA, Elisa. B. A Educação profissional no planejamento plurianual do governo FHC.
Tese de doutoramento. FAE/UFMG. 2006. Disponível em <http://www.ufmg.br>Acesso em
08/12/15.MOLL, Jaqueline (Org.). Educação Profissional e Tecnológica no Brasil contemporâneo:
desafios, tensões e possibilidades. Porto Alegre: Artmed, 2010. (p. 195-206)
FRIGOTTO, Gaudêncio. Concepções e mudanças no mundo do trabalho e o ensino médio. In:
FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise (Orgs.). Ensino médio integrado:
concepções e contradições. São Paulo: Cortês, 2005. p. 57-82.
KUENZER, Acácia Z. Ensino médio profissional: as políticas do Estado neoliberal. 3ª Ed.São
Paulo: Cortez, 2001.
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NAS ESCOLAS DA REDE
ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE: (DES) CAMINHOS DA
MATERIALIZAÇÃO DO PROGRAMA BRASIL PROFISSIONALIZADO
METODOLOGIA
Tabela 1: Tabela de valores dos convênios do Programa Brasil Profissionalizado nos Estados da
Região Nordeste . Fonte: SETEC/MEC/FNDE.
Autora: Ebianí Ferreira de Santana E-mail:[email protected]
Orientadora: ANTÔNIA DE ABREU SOUSA
VII Congresso de Iniciação Científica
Este trabalho apresenta um panorama histórico
das mudanças que ocorreram a partir da década de
1980 na história do ensino profissional no Brasil e as
Políticas Públicas para essa modalidade, observando
as sucessivas reformas nos processos formativos dos
trabalhadores.
Ressaltamos que, para um melhor entendimento
dos avanços e retrocessos das políticas públicas para
Educação Profissional, realizamos uma reflexão sobre
o modelo de desenvolvimento socioeconômico do país
e o papel do Estado. Também, fizemos uma breve
história da educação profissional no Brasil que teve seu
início, segundo Luiz Antônio Cunha (2005), no
aprendizado voltado ao artesanato, à manufatura e à
indústria e concluímos com a análise do modelo de
formação da Educação Profissional Tecnológica
contemporâneo.
INTRODUÇÃO
...
.
..
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS
PÚBLICAS: DO TRABALHO MANUAL AO DESENVOLVIMENTO DE
COMPETÊNCIAS
EXPOSIÇÃO: ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS
METODOLOGIA
Analisar historicamente os avanços e retrocessos
das Políticas Públicas voltadas à Educação
Profissional no Brasil e o que mudou no modelo de
formação do profissional.
O trabalho foi desenvolvido utilizando o método
histórico-dialético, pesquisa em documentos Oficiais
do Ministério da Educação sobre a legislação da
Educação Profissional e Tecnológica e produções de
autores da área de políticas educacionais e afins, com
o propósito de refletir acerca dos avanços e
retrocessos das políticas de educação profissional e
reformas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para
formação desse profissional para uma determinada
demanda de mercado.
Observamos que, de acordo com a legislação
vigente, as atuais Políticas para Educação Profissional
e Tecnológica objetivam formar sujeitos tecnicamente
competentes, autônomos, que compreendem o
contexto social no qual estão inseridos. Assim,
podemos inferir que as atuais políticas expressas
através dos programas: Educação Profissional
integrada à Educação Básica na Modalidade Educação
de Jovens e Adultos (PROEJA); Programa Mulheres
Mil; Implantação do CERTIFIC; Expansão da Rede
Federal de Educação Profissional, Científica e
Tecnológica; Programa Brasil Profissionalizado; Rede
e-Tec Brasil; Acordo de Gratuidade com os Serviços
Nacionais de Aprendizagem e Bolsa-Formação,
objetivam ora formar um sujeito omnilateral, a saber,
aquele capaz de se sentir completo a partir de sua
convivência em sociedade e do seu trabalho e ora
direcionado apenas para o mercado de trabalho por
meio de competências elencadas a priori.
Neste trabalho, buscamos através do método
histórico-dialético apresentar o histórico das Políticas
Públicas voltadas à Educação Profissional, analisando
as continuidades e descontinuidades das políticas
para essa modalidade de ensino, em especial
analisando o aparato jurídico normativo que produziu o
modelo de formação para Educação Profissional e
Tecnológica do Brasil que teve início com o trabalho
manual e atualmente preceiteia o desenvolvimento de
competências para o trabalho polivalente.
CUNHA, Luiz Antônio. O ensino de ofícios artesanais e manufatureiros no Brasil
escravocrata São Paulo: Ed. UNESP, 200b.
Luiz Antônio. O ensino industrial-manufatureiro no Brasil. Revista Brasileira de Educação,
n.14, mai-ago., 2000, p. 89 a 107
FRIGOTTO, Gaudêncio. A relação da educação profissional e tecnológica com a
universalização da educação básica. Educação & Sociedade, Campinas, v.28, n. 100, p.
1129-1152.
PERONI, Vera. Política educacional e papel do Estado: no Brasil dos anos 1990. São Paulo:
Xamã, 2003.
MOLL, Jaqueline e colaboradores. Educação profissional e tecnológica no Brasil
contemporâneo: desafios, tensões e possibilidades. Porto Alegre: Artmed, 2010.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Desafios da Formação Humana no mundo contemporâneo.
Revista de Educação PUC-Campinas, n.29, p.153-164, jul./dez., 2010.
KULLER, José Antônio, Natália de Fátima Rodrigues. Metodologia de Desenvolvimento de
Competência. São Paulo: Editora SENAC , 2013.
ROSE, Mike. O saber no trabalho: Valorização da Inteligência do Trabalhador. São Paulo:
Editora SENAC Nacional, 2007.
BRASIL/CNE/CEB. Parecer nº 06 de 20.09.2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio.
BRASIL. Congresso. Senado Federal. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996; Lei Diretrizes
e Bases da Educação.
BRASIL. Congresso. Senado Federal. Decreto n. 2.208, de 17/04/1997.
______.Lei 12.513 de 26 de outubro de 2011. Institui o Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC).
Autora: Fabiana Teixeira Marcelino E-mail: [email protected]
Orientadora: ANTÔNIA DE ABREU SOUSA
VII Congresso de Iniciação Científica
O Estado brasileiro é um Estado capitalista, na medida
em que se rege pela lógica do capital e do seu processo
de acumulação, e se dá a partir de articulações sociais,
em que uma das forças dessa articulação se coloca
como dominante (Santos, 1982).
Ações afirmativas, segundo Heilborn, Araújo, & Barreto
(2010), são discutidas a partir de um consenso
conceitual independente do contexto social onde se
inserem, se constituindo em mecanismos de diminuição
de desigualdades historicamente construídas ou
destinando-se a prevenir novas desigualdades no tecido
social, sejam de condições de gênero, raça, orientação
sexual, participação política e religiosa.
Uma política de ação afirmativa adequadamente
implementada pode contribuir para a superação da
lógica do capitalismo contemporâneo; para tanto,
acreditamos que é essencial ir além da garantia do
acesso e planejar estratégias de permanência que
combinem ações de caráter financeiro e material, e
ações ampliadas que levem em consideração tanto as
especificidades do estudante que acessa a
universidade por meio das cotas raciais como uma
leitura sobre as dinâmicas de inclusão e exclusão da
instituição de ensino (Mayorga e Souza, 2012).
INTRODUÇÃO
...
.
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O ESTADO BRASILEIRO E AS AÇÕES DE PERMANÊNCIA COM FOCO NAS
DESIGUALDADES ÉTNICO-RACIAIS NO PNE (2014-2024): UMA REFLEXÃO PRELIMINAR
EXPOSIÇÃO: ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS
METODOLOGIA
Identificar em quais metas e estratégias do PNE
estão previstas ações de permanência para a
população afrodescendente e fazer uma análise,
enfatizando os níveis de ensino em que elas
surgem, pontos positivos, contradições e
deficiências.
Este artigo se baseou em pesquisa exploratória, que
consiste no primeiro passo de todo trabalho
científico e envolve levantamento bibliográfico,
visitas técnicas, visitas a web sites, etc. (Santos,
1999). Para a coleta de dados foi realizada pesquisa
bibliográfica sobre definições de Estado, ações
afirmativas e ações de permanência; e pesquisa
documental, especificamente na Lei nº 13.005/2014,
que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e
dá outras providências.
A garantia, acompanhamento e monitoramento da
permanência dos estudantes é mencionada 13 vezes
no PNE, sendo nas metas 11 e 12, somente em três
estratégias, que surgem explícitamente ações de
permanência visando reduzir as desigualdades
étnico-raciais. A meta 11 objetiva triplicar as
matrículas da educação profissional técnica de nível
médio no segmento público e a meta 12 busca elevar
a taxa de matrícula na educação superior da
população de 18 a 24 anos no segmento público.
Observa-se a adequação do PNE à Lei nº
12.711/2012 que dispõe sobre o ingresso nas
universidades federais e nas instituições federais de
ensino técnico de nível médio, no que se refere ao
acesso dos estudantes afrodescendentes às escolas
públicas, e ao acesso o PNE inclui a preocupação
com a permanência, numa importante
complementação à ação afirmativa da Lei nº
12.711/2012. Entretanto, não há previsão de ações
para acesso ou permanência de estudantes
afrodescendentes nos outros níveis de ensino da
educação básica, bem como na forma educação de
jovens e adultos.
Cabe uma maior investigação acerca dos
desdobramentos da estratégia 12.5, que trata da
ampliação de inclusão e de políticas de assistência
estudantil no ensino superior tanto para estudantes de
instituições públicas, como para bolsistas de
instituições privadas e beneficiários do FIES.
BRASIL. Diário Oficial da União. Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012.
Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais
de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm>.
. Diário Oficial da União. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova
o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>.
HEILBORN, M. L; ARAÚJO, L. & BARRETO, A. (orgs.) Gestão de Políticas
Públicas em Gênero e Raça – GPP-GeR: Módulo I. Rio de Janeiro: CEPESC;
Brasília: Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, 2010.
MAYORGA, C; SOUZA, L. M. Ação afirmativa na universidade: a permanência
em foco. Revista Psicologia Política. v. 12, nº. 24, mai/ago 2012. Disponível
em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpp/v12n24/v12n24a06.pdf> Acesso em:
14/out/2015.
SANTOS, A. R. dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento.
Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
SANTOS, B. de S. O Estado, o Direito e a Questão Urbana, Revista Crítica de
Ciências Sociais, nº 9, pp. 9-86, 1982.
Autor: Gizelle Rodrigues dos Santos; E-mail:[email protected]
Orientador: Márcio Adriano de Azevedo
VII Congresso de Iniciação Científica
Como afirma Santos (1981), o Estado capitalista é uma relação
social que condensa uma série de articulações de forças sociais,
dentre as quais têm predomínio as relações sociais de produção, e a
sua lógica é a do capital. No entanto, a lógica do capital é conflitual,
pois se consubstancia numa relação de exploração e existe
historicamente enquanto luta de classes. Também é contraditória
porque a relação de exploração se dá numa arena jurídico-política de
igualdade e liberdade. Este duplo caráter da lógica do capital
atravessa o Estado capitalista porque este não só assegura as
condições gerais da reprodução das relações de exploração, como
garante a igualdade e a liberdade dos cidadãos no mercado.
Nesta perspectiva, produzimos este texto na intenção de
desvelar as intenções das ações da alimentação escolar brasileira
desenvolvidas a longo da história para além das explícitas nos
documentos oficiais.
INTRODUÇÃO
...
.
..
ESTADO BRASILEIRO E A POLÍTICA DE ALIMENTAÇÃO
ESCOLAR: DESVELANDO A HISTÓRIA DO SÉCULO XX AOS
DIAS ATUAIS
EXPOSIÇÃO: ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS
METODOLOGIA
OBJETIVO GERAL
Desvelar os aspectos históricos, sócio-políticos e econômicos que
permearam as diversas fases da história da implementação da política de
alimentação escolar no Brasil.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Traçar um panorama da política de alimentação escolar ao longo de
sua implementação no Brasil.
Identificar as necessidades que determinam a implementação de um
Programa dessa natureza.
Para a elaboração deste trabalho, a metodologia adotada foi
alicerçada na abordagem qualitativa e tratou-se de análise documental e
revisão bibliográfica.
Então houve, como explica Nogueira (2001), uma transformação dos
serviços sociais em mercadorias, uma mercantilização dos direitos sociais
que representavam e asseguravam mínimos para as pessoas.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que passou a
ter esta denominação a partir de 1979, manteve centralizado o processo
de aquisição de gêneros alimentícios até 1994. Devido a interesses da
indústria alimentícia, priorizou-se a distribuição de alimentos formulados e
industrializados que eram comprados de um conjunto selecionado de
algumas empresas, por meio de licitação pública, e distribuídos para todo
o território nacional. A centralização absorveu o maior volume dos recursos
financeiros do programa afetando a sua operacionalização e a eficácia dos
resultados, em virtude de um conjunto de distorções como: sistemas
complexos de fornecimento e armazenamento dos produtos, cartelização
dos fornecedores, elevação dos custos da merenda, entre outros
(SPINELLI; CANESQUI, 2002). Além disso, os alimentos servidos não
condiziam com os hábitos dos alunos, o que acarretava baixa
aceitabilidade, pois os cardápios eram padronizados e, muitas vezes,
chegavam aos locais de destino já vencidos e impróprios para o consumo,
aumentando ainda mais o desperdício de recursos (TRICHES, 2010).
É inegável que a sanção da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009,
trouxe novos avanços para o PNAE, como a inserção dos alunos do
ensino médio como beneficiários e a garantia de que, no mínimo, 30% dos
repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
sejam investidos na aquisição de produtos da agricultura familiar (BRASIL,
2009).
No entanto, Triches (2010) relatou em sua tese que a efetividade do
abastecimento do PNAE com produtos da agricultura familiar é de extrema
dificuldade, principalmente nos grandes centros urbanos, devido à
desconsideração dos modos de vida dos agricultores e à norma sanitária
dominante, que é incongruente com a agroindústria familiar.
Concluímos que o Programa, independente de suas formas de
gerenciamento, representa, para a indústria, um segmento de consumo
seguro e permanente, no qual aplaca, de um lado, a fome da classe
trabalhadora e, de outro, a avidez do mercado. E, dessa forma, a
moderna instituição escolar constitui-se em lócus privilegiado para a
realização do capital.
ARRUDA, Elcia Esnarriaga de; ALMEIDA, Camila Moreira. A Mercantilização do Programa
Nacional de Merenda Escolar. Intermeio: revista do Mestrado em Educação, Campo Grande,
MS, v. 11, n. 22, p. 88-110, 2005.
BRASIL. Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009. Dispõe sobre o atendimento da alimentação
escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 17 jun. 2009.
NOGUEIRA, Francis Mary Guimarães (Org.). Estado e Políticas Sociais no Brasil. Cascavel:
EDUNIOESTE, 2001.
SANTOS, Boaventura de Sousa. O Estado, o Direito e a Questão Urbana. Revista Crítica de
Ciências Sociais, 1981, n. 9, p. 9-86.
SPINELLI, M.A.S; CANESQUI, A.M. O programa de alimentação escolar no estado de Mato
Grosso: da centralização à descentralização (1979 - 1995). Revista de Nutrição, v.15, p.105-
117, 2002.
TRICHES, Rozane Márcia. Reconectando a Produção ao Consumo: a Aquisição de
Gêneros Alimentícios da Agricultura Familiar para o Programa de Alimentação Escolar. 2010,
297f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Rural)-Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Rio Grande do Sul, 2010.
VASCONCELOS, F.A.G. Combate à fome no Brasil: uma análise histórica de Vargas a Lula.
Revista de Nutrição. v.18, p. 439-457, 2005.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A alimentação escolar brasileira foi instituída em 1955 através do
decreto que criou a Campanha de Merenda Escolar (CME). Esta política
social pública, juntamente com outros programas assistencialistas, esteve
intimamente articulada às organizações internacionais de ajuda alimentar
criadas depois da Segunda Guerra Mundial, tais como a Food and
Agriculture Organization (FAO), o United Nations Children’s Found
(UNICEF), a United States Agency for International Development (USAID,
dos EUA) e o Programa Mundial de Alimentos (TRICHES, 2010). Segundo
Vasconcelos (2005), esses instrumentos cumpriram um papel de
atenuação dos conflitos sociais gerados pelo processo de exploração do
trabalho que, em última instância, determinaria a produção e a reprodução
da fome.
Em relação à emergência de programas de assistência alimentar
como a CME, existem vários indícios que apontam que eles se
constituíram em mecanismos de ampliação do mercado internacional de
realização de mercadorias, pela busca em se padronizar hábitos e práticas
alimentares de acordo com os interesses de acumulação do capital. A
exemplo disso, cita-se a introdução de leite em pó desengordurado, por
meio dos programas internacionais de ajuda alimentar. As ajudas não
aconteciam em forma monetária porque essa poderia estimular a produção
e o consumo locais de alimentos básicos, mas na forma de valor de uso,
por meio do escoamento do excedente de produção que não havia
conseguido realizar-se em mercadoria ou transformar-se em capital
(TRICHES, 2010).
Autor: João Kaio Cavalcante de Morais E-mail: [email protected]
Orientadora: Ana Lúcia Sarmento Henrique
VII Congresso de Iniciação Científica
O presente estudo surge decorrente das
discussões na disciplina Estado e Políticas
Educacionais do PPGEP do IFRN. Procuramos
desenvolver uma relação entre uma determinada
problemática e o objeto de estudo de nossas
dissertações.
Para compreensão das políticas de formação
de professores para o Ensino Médio Integrado,
precisamos situa-las no contexto das políticas
educacionais como um todo e mais precisamente
para a Educação Profissional e Tecnológica.
INTRODUÇÃO
...
.
..
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO
EXPOSIÇÃO: ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
OBJETIVO
METODOLOGIA
Analisar as políticas de
formação continuada
para os professores
que trabalham no EMI.
Método de pesquisa: materialismo histórico-
dialético.
Estudo de caráter bibliográfico e documental.
Autores consultados:
Kuenzer (2011), Machado (2008) e Santos
(1981).
Percebemos que as políticas de formação de
professores para o Ensino Médio Integrado
precisam ser estudada no contexto das políticas
de educação profissional.
Isso fica evidente nos estudos de Machado
(2008) e Costa (2015). Não discorrem
específicamente com relação as políticas para o
Ensino Médio Integrado.
A autora que desenvolve essa análise é
Kuenzer (2011). Ela comenta que os professores
que atuam nesse espaço carecem de mais
atenção com relação as políticas públicas, uma
vez que um expressivo quantitativo de
professores não apresenta formação em
licenciatura, ou formação pedagógica.
O caminho mais plausível para uma
possível delimitação de políticas de formação
continuada para professores do Ensino Médio
Integrado é utilizar o ambiente escolar e a
pesquisa como instrumento de formação.
Partimos do pressuposto que a formação
em espaço escolar faz mais sentido para os
professores.
Nesse sentido, as políticas carecem de ser
delimitada nesse sentido.
COSTA, Maria Adélia da. Política de formação de professores
para a educação profissional e tecnólogica: desafios históricos e
perspectivas contemporâneas. Disponível em:
<http://www.senept.cefetmg.br/galerias/Anais_2012/GT-08/GT08-
006.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2015
KUENZER, Acacia. A formação de professores para o ensino médio:
velhos problemas, novos desafios. Educação e
Sociedade, Campinas, v. 32, n. 131, p.667-688, jul. 2011.
MACHADO, Lucília Regina de Souza . Formação de Professores
para a Educação Profissional e Tecnológica: perspectivas históricas
e desafios contemporâneos. In: MEC/INEP. (Org.). Formação de
Professores para Educação Profissional e Tecnológica. 1ª ed.
Brasília: MEC/INEP, 2008, v. 8, p. 67-82.
SANTOS, Boaventura de Sousa. O Estado, o Direito e a Questão
Urbana. Revista Crítica de Ciências Sociais, 1981, n. 9.
Luciano Francisco dos Santos – IFRN. E-mail: [email protected]
Orientadora: ANTÔNIA DE ABREU SOUSA
VII Congresso de Iniciação Científica
No Brasil, historicamente, o Ensino Médio não era obrigatório,
pois para o interesse hegemônico, a classe popular não
precisava desses saberes. Ou seja, seu acesso e
permanência era exclusivo da classe dominante, e bem como
o Ensino Superior. Com a Constituição de 1988, o Estado
passa a assegurar a continuidade de estudos aos egressos da
educação básica. Em seu o item II, do Art. 208, preceitua a
progressiva extensão da gratuidade e obrigatoriedade ao
ensino médio, e o § 3º, do Art. 212, estabelece que a
distribuição dos recursos públicos dará prioridade ao
atendimento das necessidades do ensino obrigatório, conclui-
se que, a partir do novo texto constitucional, o ensino médio, à
medida que se tornou obrigatório, deverá receber do Estado
recursos que assegurem a expansão e gratuidade pretendidas.
Emenda Constitucional nº 59, de 11.11.09.
INTRODUÇÃO
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POLÍTICA DE EXPANSÃO DO IFRN: COM ÊNFASE O ENSINO MÉDIO INTEGRADO.
EXPOSIÇÃO: ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
OBJETIVOS
METODOLOGIA
, na tentativa de produzir objetos educacionais e didáticos.
Compreender o processo de Expansão do IFRN e suas
implicações na oferta de vagas no Ensino Médio Integrado.
Acompanhar a efetivação da política de expansão do IFRN no
cumprimento do plano expansão da rede federal.
Construir conhecimento a partir das pesquisas e escritas
- Pesquisa bibliográfica voltada à construção do corpus teórico que
fundamenta a pesquisa. A priori é necessária uma investigação
acerca das concepções políticas de Estado em que estão
fundamentadas as políticas públicas para o Ensino Médio, orientado
numa perspectiva da politécnica e da concepção do trabalho como
princípio educativo.
- Pesquisa documental para efetivação de análise comparativa e
aproximativa, dos documentos que norteiam as políticas
educacionais para o ensino médio que devem estar ligados
diretamente ao quadro referencial que expusemos anteriormente. -
Pesquisa qualiquantativa na medida em que busca a
compreensão do fato/fenômeno, a relação entre a Constituição
federal brasileira de 1988, a LDB 9394/96, e a implementação das
políticas públicas para o Ensino médio no Brasil.
Se faz necessário discutir a Educação Profissional para os jovens no
Brasil, com ênfase nas políticas educacionais, articuladas à Educação
Básica desenvolvidas no século XXI, bem como entender quais os reais
avanços na oferta de vagas na Educação profissional e seus reflexos
no desenvolvimento do país. Neste sentido, foi realizada a priori, uma
pesquisa documental nos principais documentos orientadores das
políticas, dos programas e dos indicadores voltados para Educação
Profissional e também, uma pesquisa bibliografia, embasada
principalmente em: LIMA, SILVA e SILVA (2015), Moura (2012), Frigotto,
Ciavatta e Ramos (2005) e Oliveira (2012). Fez-se ainda, um
levantamento sobre matrículas de jovens na Educação Profissional, nos
Censos Escolares de 2008 a 2015, disponibilizados no site do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
Os programas de Educação Profissional articulados à Educação Básica
encontrados no período em estudo são políticas públicas de educação,
trabalho e qualificação para os jovens brasileiros, especificamente,
para aqueles que estão em situação de vulnerabilidade
socioeconômica.
Nesta última década (2005 a 2015), especificamente, a partir do
governo do presidente Luiz Inácio lula da Silva, houve a implementação
de políticas educacionais diferenciadas se comparadas com os
governos precedentes. Mesmo assim, em certo sentido, estas novas
políticas têm mostrado algumas contradições, o que nos revelam a
presença ainda marcante de medidas neoliberais que caracterizaram
fortemente o governo FHC.
As lutas de vários setores da sociedade por uma educação de
qualidade ganham seu espaço perante o Estado, e se revelam no
discurso e nas propostas do governo que, ao mesmo tempo, incorre em
práticas neoliberais oriundas da sociedade política e de forças
econômicas, resultando em programas educacionais de caráter
mercadológico, contingente e aligeirado.
CABRAL NETO, Antônio. (Org.). Política educacional: desafio e tendências. Porto
Alegre: sulina 2004. 213p.
FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria; RAMOS, Marise (Org.). Ensino médio
integrado: concepções e contradições. São Paulo: Cortez, 2005.
KUENZER. Acácia Zeneida. Ensino médio e profissional: as políticas do estado
neoliberal. - 4. ed. São Paulo: Cortez. 2007.
MOURA, Dante Henrique (Org.). Produção de conhecimento, políticas públicas
e formação docente em educação profissional. 1. ed. Campinas/SP: Mercado de
letras, 2013. v. 1. 476p.
OLIVEIRA, Ramon (Org.). Jovens, ensino médio e educação profissional:
Políticas públicas em debate. - Campinas, SP: Papirus, 2012.
PACHECO, Eliezer (Org.). Institutos Federais: uma revolução na educação
profissional e tecnológica. Brasília: SETEC/MEC, 2010.
PERONI, Vera. Política educacional e papel do Estado: no Brasil dos anos 1990.
São Paulo: Xamã, 2003.
Tabela 1
EXPANSÃO DA REDE FEDERAL
Fonte: http://redefederal.mec.gov.br/expansao-da-rede-federal
Autor: Walkyria de Oliveira Rocha Teixiera E-mail:[email protected]
Orientador: ANTÔNIA DE ABREU SOUSA
VII Congresso de Iniciação Científica
Na década de 1960, o Estado brasileiro vivenciava
uma grave crise econômica. Crescia o sentimento
anti-imperialista no país, realidade que favoreceu
um panorama político marcado pela ascensão das
massas populares ao Poder. A campanha “De pé
no chão também se aprende a ler”, foi uma
resposta as aspirações sociais da época.
Representou uma política pública idealizada pela
gestão municipal de Natal/RN, com vistas a
promover a alfabetização da população potiguar,
contribuindo na construção da cidadania e no
processo de inserção no mundo do trabalho.
INTRODUÇÃO
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AS MARCAS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA
CAMPANHA DE PÉ NO CHÃO TAMBÉM SE APRENDE A
LER: UMA POLÍTICA PÚBLICA EDUCACIONAL INCLUSIVA
EXPOSIÇÃO: ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIASOBJETIVOS
METODOLOGIA
Verificar o potencial inclusivo da educação
profissional desenvolvida durante a campanha de
pé no chão, com ênfase na quinta fase. Constatar a
consonância dos anseios do mundo do trabalho
com o processo cognitivo desenvolvido no âmbito
daquela política educacional.
Com base numa abordagem qualitativa, será feita
uma análise documental com o fim de mensurar a
eficiência dessa política educacional inclusiva,
especificamente com relação as exigências
mercadológicas da quinta fase da campanha.
A capacitação realizada durante a quinta fase do
movimento de cunho popular vivenciado em
Natal/RN, almejava contribuir no melhoramento
profissional dos participantes da campanha que a
partir dessa nova condição poderiam ser
absorvidos em distintos setores de trabalho. Mais
de 2.000 alunos frequentaram os cursos de
natureza profissional, destacando-se as
atividades artesanais como corte e costura,
carpintaria, barbearia, enfermagem de urgência e
eletricidade.
A intenção inicial era capacitar o homem
alfabetizado com o fito de viabilizar sua
inserção no processo de industrialização
vivenciado naquele momento histórico,
permitindo-lhes maior independência financeira.
Com efeito, as ações empreendidas na
campanha conseguiram apenas formar
artesãos que fatalmente não seriam engajados
nas exigências do mercado industrial da época.
Possiveis ajustes no foco da profissionalização
efetivada não foram materializado em razão do
golpe militar de 1964 que considerou o
movimento subversivo.
GERMANO, José Willington. Lendo e Aprendendo. A
campanha de pé no chão. Coleção teorias e práticas sociais.
Editora Autores associados,1989. Disponível em: <
http://www.dhnet.org.br/educar/penochao/livro_willington_lendo_
aprendendo_pe_no_chao_1989.pdf>. Acesso em 16 set. 2015.
GÓES, Moacyr de. Dé pé no chão também se aprende a ler.
(1961-1964) uma escola democrática. Educação e
transformação. Vol. 3. Rio de Janeiro: Editora Civilização
Brasileira S/A, 1980. Disponível em: <
http://www.dhnet.org.br/educar/penochao/livro_moacyr_de_pe_
no_chao_1980.pdf>. Acesso em 10 set. 2015.
SPINELLI, Pablo Cruz; Menezes, Antônio B. N. Tomaz de.
Movimento de cultura popular/pé e campanha de pé no
chão também se aprende a ler/RN: análise histórico-
filosófica. Disponível em:
<http://www.dhnet.org.br/educar/penochao/pablo_spinelli_mcp_
pe_no_chao.pdf>. Acesso em 16 set. 2015.
Autora: Rosângela M. Matias de Souza E-mail: [email protected]
VII Congresso de Iniciação Científica
Com a redefinição do Estado, em face à reestruturação
produtiva, o Brasil dos anos 1990 sofreu grandes
modificações no campo do ensino. As políticas
educacionais alinharam-se cada vez mais à lógica
capitalista (SOUZA; LAGE, 2011). Essa ideologia persiste
nos dias atuais, ganhando força com a globalização, e
refletindo-se também na qualidade do ensino.
A questão da qualidade do ensino tem sido bastante
discutida em nosso cotidiano, qualquer que seja a rede,
modalidade ou nível de ensino, mas foi a partir da
Contituição Federal de 1988, de acordo com Ximenes
(2014), que houve preocupação legal com a qualidade
no ensino na Educação Básica (CF/1988, art. 206, Inc.
VII), o que configurava, para este autor, um fato “inédito
em todos os sentidos”. Anos mais tarde, a LDBN (Lei nº
9394/96) reitera esse direito no art. 3º, Inc. IX, servindo
de base para outros documentos oficiais.
Mas o que se entende por qualidade no ensino e como
essa qualidade (não) se faz presente na formação inicial
dos professores da educação básica?
Com o intuito de responder a esses questionamentos,
fazendo uma breve análise das Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCN) para a Formação Inicial e Continuada,
em Nível Superior, e as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Básica, buscamos elucidar essas
questões com base no trabalho de Ximenes (2014),
sobre padrão de qualidade do ensino na Educação
Básica.
INTRODUÇÃO
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POLÍTICAS EDUCACIONAIS E QUALIDADE DO ENSINO NA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: UMA UTOPIA?
EXPOSIÇÃO: ESTADO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIASOBJETIVOS
METODOLOGIA
Refletir sobre como as políticas públicas educacionais
evidenciam a questão da qualidade no ensino na
formação de professores da educação básica, a partir
do que preconizam os DCN (2002) para a formação
de professores da Educação Básica.
A metodologia utilizada foi análise bibliográfica e
documental, que se deu a partir da revisão de
documentos oficiais e de trabalhos como o de
Ximenes (2014), no qual o autor procura instaurar um
marco referencial para análise da qualidade do ensino
na Educação Básica no Brasil.
As políticas públicas educacionais para a formação de
professores de educação básica possibilitaram a
expansão do Ensino Superior a partir dos anos 2000, no
governo Lula, mas ainda obedecendo a lógica do capital.
As DCN da Educação Básica desse período associam a
qualidade do ensino à “qualidade social”. Cabe saber,
será que as DCN para a Formação de Professores da
Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura,
de graduação plena, sinalizam algum tipo de “qualidade
social”, de forma ou com sentido mais abrangente que as
DCN da Educação Básica?
Para Estêvão (2013), a qualidade “é um conceito
eminentemente político”. Ela é intrinsicamente ligada à
avaliação e, no Ensino Superior, isso se esboça através
dos instrumentos e indicadores de qualidade como o
Conceito Preliminar de Curso (CPC), Índice Geral de
Cursos (IGC), Indicador de Diferença entre os
Desempenhos Observado e Esperado (IDD) e o Exame
Nacional de Desempenho dos Estudante (ENADE). Diante
dessa realidade, como conferir qualidade ao ensino dos
docentes da Educação Básica, utilizando como parâmetro
os conceitos de qualidade postulados por Ximenes?
As DCN têm no seu cerne o desenvolvimento de
competências, relegando a qualidade do ensino na
formação dos docentes a uma instância para além dos
documentos oficiais.
No estudo, percebemos que os autores consultados
são unânimes em ressaltar que qualidade do ensino
perpassa pela consideração das “dimensões ética, de
justiça e de democracia da política nacional brasileira”.
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em:
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 10nov2015.
______. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Disponível
em:<portal.mec.gov.br/docman/abril.../15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf>. Acesso
em: 10nov2015.
_______. Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior
(cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos
de segunda licenciatura) e para a formação continuada.
Disponível:<http://http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/009.pdf2>.Acesso em:
10dez2015.
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Estêvão, C. V. A Qualidade da educação: suas implicações na política e na gestão
pedagógica. Revista Brasileira de Política e Administração Educacional, vol. 29, nº 1,
Jan-Abr., pp.15-25, 2013.
SOUZA, Vilma Aparecida; LAGE, Maria Aparecida Guerra. Política e gestão educacional
no final do Século XX e início do Século XXI: em foco as políticas brasileiras de
formação de professores. Disponível
em:<http://www.anpae.org.br/simposio2011/cdrom2011/PDFs/trabalhosCompletos/comuni
cacoesRelatos/0541.pdf>. Acesso em: 102015.
XIMENES, Salomão Barros. Padrão de qualidade do ensino: desafios institucionais e
bases para a construção de uma teoria jurídica. Disponível
em:<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2134/tde-22052015-090529/pt-br.php>.
Acesso em: 10dez2015.