Apresentação do PowerPoint · ornamentais; potencial indicador de falhas na edificação • Comércios/indústrias: Potencial para dispersão de espécies ...

Formigas que ocorrem em ambientes urbanos do sul do Brasil

Junir Antonio Lutinski

Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó


Introdução

Urbanização • A expansão das áreas urbanas acelerou a partir da

revolução industrial

• A criação de oportunidades de emprego e renda deslocou uma parcela importante da população rural para os centros urbanos e fez com que as cidades crescessem em um ritmo acelerado

• Transição demográfica e epidemiológica

• (MARICATO, 2000; PAULO, 2010).


Introdução

• A urbanização representa uma das principais ameaças

a biodiversidade • Este processo envolve a conversão de ambientes

naturais em um ecossistema composto por pavimentação, indústrias, comércios, residências, áreas verdes, estabelecimentos públicos e privados de prestação de serviços e locais de acúmulo de resíduos

• (McKINNEY, 2002; DIAMOND, 2012).


Ambientes urbanos

Chapecó, SC


Ambientes urbanos

Nova Prata, RS


Ambientes urbanos

São Miguel do Oeste, SC


Ambientes urbanos

Nova Veneza, SC


Ambientes urbanos

Chapecó, SC


Ambientes urbanos

Joaçaba, SC


Ambientes urbanos

Xanxerê, SC


Introdução

Formigas em ambientes urbanos • Formicidae constitui uma das famílias de insetos mais

comuns e melhor estudadas • A riqueza e a abundância indicam que as formigas

estão entre os insetos mais bem sucedidos • Há mais de duas décadas, as formigas que ocorrem

em ambientes urbanos têm sido foco de pesquisas

• (HÖLLDOBLER; WILSON, 1990; FOWLER et al., 1993; DELABIE et al., 1995; FOWLER; BUENO, 1995; BUENO; CAMPOS, 1999; SILVA; LOECK, 1999; LISE et al., 2006; GARCIA; LISE, 2013; LUTINSKI et al., 2014)


Introdução

Formigas em ambientes urbanos • Formigas respondem de formas diferentes às

influências antrópicas • Algumas espécies decrescem em abundância ou

mesmo desaparecem localmente • Algumas apresentam uma resposta neutra • Há também espécies que respondem favoravelmente

às alterações antrópicas, crescendo em abundância ou tornando-se sinantrópicas

• Mais de 50 espécies sinantópicas

• (ANTONOV, 2008; SANFORD et al., 2008; BACCARO et al.,2015)

Ambientes urbanos


• O Estado de Santa Catarina apresenta uma mirmecofauna mais extensamente amostrada, dentre os estados da Região Sul do Brasil, Ulysséa et al. (2011).

• O Estado do Rio Grande do Sul tem a contribuição do Prof. Dr. Alci Enimar Loeck e pela Profa. Dra. Elena Diehl e seus colaboradores;

• No Paraná, os estudos são mais recentes.

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Ano de publicação


Produção científica

Autor(es)/ano Ambientes

Silva e Loeck (1999) Domicílios e peridomicílios

Farneda et al. (2007); Iop et al. (2009); Caldart et al. (2012)

Domicílios e comércios

Oliveira e Campos (2005) Domicílios, indústrias de alimentos e

prédios públicos

Schwingel el al. (2016); Kopereck et al. (2016) Centros de Saúde da Família/UBS

Lise et al. (2006); Garcia et al. (2011); Gonçalves et al. (2011); Jacobs e Alves (2014); Lutinski et al.

(2015); Sambati et al. (2016)

Hospitais

Bicho et al. (2007) Hospitais e Centros de Saúde da Família

Rando et al. (2009) Hospital, prédio publico e laboratório de

análises clínicas

Diehl et al. (2006) Campus universitário

Lutinski et al. (2013); Lutinski et al. (2014) Fragmentos florestais, áreas verdes,

escolas e centros de reciclagem

Gonçalves et al. (2014) Floricultura


Ambientes amostrados


Métodos de amostragem Autor(es)/ano Métodos

Silva e Loeck (1999); Oliveira e Campos (2005); Lise et al. (2006); Bicho et al. (2007); Garcia et al. (2011); Jacobs e Alves (2014); Lutinski et al. (2015); Kopereck et al. (2016); Schwingel el al.

(2016)

Amostra manual

Diehl et al. (2006) Aspirador entomológico

Farneda et al. (2007) Iscas de sardinha e amostra manual

Rando et al. (2009) Isca de fígado bovino, mel e bolo de

abacaxi Iop et al. (2009) Iscas de sardinha e amostra manual

Gonçalves et al. (2011) Iscas de mel e iscas de sardinha Caldart et al. (2012) Iscas de sardinha e amostra manual

Lutinski et al. (2013); Lutinski et al. (2014) Amostra manual, iscas de sardinha e

iscas de glicose Sambati et al. (2016) Iscas de mel


Foco

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Comportamento Ecologia Saúde pública

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Enfoque


• Um total de 138 espécies pertencentes a 41 gêneros e oito subfamílias já foram registradas em ambientes urbanos do Sul do Brasil

• Cidades catarinenses contribuem com a maior riqueza registrada (S = 113), cidades gaúchas (S = 41) e cidades paranaenses (S = 28)

• Este número representa apenas 39,4% dos registros de ocorrências, já que os demais se encontram descritos de forma genérica


• A carência de estudos taxonômicos para gêneros ricos em ambientes urbanos do sul do Brasil:

• Camponotus • Crematogaster • Linepithema • Pheidole • Solenopsis

• Expressivo número registros de morfoespécies


• A subfamília Myrmecinae é mais frequentemente relatada nos estudos em áreas urbanas no sul do Brasil.

• Elevada riqueza e abundância tanto em número de gêneros quanto de espécies.

• Apresentam hábitos alimentares diversos • Muitas espécies se adaptam às alterações e condições

do ambiente podendo ocupar diversos nichos.

(HÖLLDOBLER; WILSON, 1990; FOWLER et al., 1991).


Pogonomyrmex naegelii Forel, 1878

Wasmannia auropunctata (Roger, 1863)

Acromyrmex ambiguus (Emery, 1888)

Cephalotes pusillus (Klug, 1824)

Monomorium pharaonis (Linnaeus, 1758)

Fonte das imagens: www.antweb.org


• O gênero Camponotus é um dos gêneros mais ricos de formigas

• Podem ser observadas forrageando desde o solo até a copa das árvores

• São frequentes em ambientes urbanos da região sul do Brasil (LUTINSKI et al., 2017)

Camponotus rufipes (Fabricius, 1775)

Camponotus mus Roger, 1863



• O gênero Pheidole também é um dos mais ricos nos registros de formigas em ambientes urbanos

• Formigas epígeas, onívoras e dominantes • Formam colônias grandes e os indivíduos são

pequenos, monomórficos ou dimórficos com comportamento generalista e agressivo (SILVESTRE et al.,

2003; BACCARO et al., 2015)


Pheidole aberrans Mayr, 1868

Pheidole triconstricta Forel, 1886


• Acanthostichus, Dinoponera, Eciton, Ectatomma, Gnamptogenys, Heteroponera, Hypoponera, Labidus, Myrmelachista, Neoponera, Pachycondyla, Odontomachus e Pseudomyrmex têm sido registrados associados à serapilheira e/ou na vegetação.


Dinoponera australis Emery, 1901

Heteroponera flava Kempf, 1962


Fonte da imagem: www.antweb.org

Neoponera marginata (Roger, 1861)


• Formigas Brachymyrmex, Dorymyrmex, Linepithema, Nylanderia, Paratrechina e Tapinoma são frequentes nos estudos

• O recrutamento massivo e o tamanho pequeno das operárias pode explicar o sucesso destas espécies em ambientes urbanos

(OLIVEIRA; CAMPOS, 2005; BACCARO et al., 2015)


Brachymyrmex coactus Mayr, 1887

Nylanderia fulva (Mayr,

1862)



Dorymyrmex brunneus Forel, 1908 Linepithema humile (Mayr, 1868)

Tapinoma melanocephalum (Fabricius, 1793)


Perspectivas

• Mas afinal, para que servem formigas em ambientes urbanos?


Perspectivas

• Dispersão de microorganismos patogênicos em espaços de saúde

• Insegurança alimentar em ambientes de preparação de refeições

• Ambientes domiciliares: fontes de contaminação; potencial de danos para plantas frutíferas e ornamentais; potencial indicador de falhas na edificação

• Comércios/indústrias: Potencial para dispersão de espécies invasoras; empresas/produtos para controle populacional


Perspectivas

• Áreas verdes, praças e fragmentos: reservatórios para biodiversidade de formigas?

• Potencial bioindicador em estudos EIA/RIMA

• Potencial como inimigos naturais

• Polinização e dispersão de sementes

• Prospecção de antibióticos e antifúngicos

Chapecó, sintam-se convidados a conhecer!

Muito obrigado!

PPG Ciências da Saúde Unochapecó [email protected]

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