Do ponto de vista cultural, a diversidade pode ser entendida como a construção histórica,
cultural e social das diferenças.
As diferenças são também construídas pelos sujeitos sociais ao longo do processo histórico
e cultural, nos processos de adaptação do homem e da mulher ao meio social e no
contexto das relações de poder.
A diversidade envolve a natureza das diferenças intelectuais, de raça, gênero, idade,
comportamento, classe social, sensoriais, culturais e outras. Ela se faz presente na produção de
práticas, saberes ,valores,linguagens, técnicas artísticas, científicas, representações do mundo,
experiências de sociabilidade e de aprendizagem.
A diversidade pode ser
entendida como um
fenômeno que atravessa o tempo e o
espaço e se torna uma
questão cada vez mais séria quanto mais
complexas vão se tornando as sociedades.
A diversidade atravessa todos os níveis de ensino, assim
precisamos de um
modelo de currículo
que facilite a
aprendizagem dos
alunos em sua própria diversidade.
A escola atual necessita de um currículo que
contemple a diversidade, esta em que
professores e alunos aprendam
coletivamente.
Monteiro(2001,p.23)
“Educar não se limita a proporcionar
informações ao outro, mas sim
proporcionar situações em que o uso de
informações, sentimentos e valores
possibilite ao educando e ao educador
transformar-se e transformar seu lugar
no mundo.”
É a variedade de seres vivos e ambientes em
conjunto.
Os seres humanos apresentam diversidade
biológica, ou seja mostram diferenças entre si;
O que nos torna semelhantes(enquanto gênero
humano) é o fato de todos apresentarmos
diferenças: de gênero, de raça/etnia, de idades, de
culturas, de experiências, entre outros...
O ser humano como parte da diversidade
biológica não pode ser entendido fora do
contexto da diversidade cultural
Nenhum grupo humano é melhor ou pior que outro. Na realidade, somos diferentes.
Assim como a diversidade, a identidade não é inata: ela se constrói em determinado contexto histórico, social e cultural.
A diversidade precisa ser entendida em uma
perspectiva relacional.
O modo de ser e de interpretar o mundo também é variado e diverso;
Estamos no terreno das desigualdades, das identidades e das diferenças.
Diz respeito a como a escola lida com seu cotidiano, com seu currículo e com suas práticas.
Não está envolvido em um simples processo de
transmissão de conhecimentos e conteúdos;
Possui um caráter político e histórico;
Constitui uma relação social, no sentido de que a
produção de conhecimento nele envolvida se realiza por meio de uma relação entre
as pessoas.
DIVERSIDADES CURRICULARES
Os saberes (conhecimentos) produzidos pelas diversas
áreas e ciências, os saberes produzidos pelos
movimentos sociais e pela comunidade devem ser
incorporados no currículo escolar, nos livros didáticos,
nos planos de aula e nos projetos pedagógicos.
Há conhecimentos produzidos pela humanidade que estão ausentes na formação dos professores. (Muitos professores desconhecem assuntos que devem ser trabalhados em sala de aula).
Comunidade negra (racismo)
Igualdade de Gênero
Condição Juvenil
Há urgência em incorporar esses
conhecimentos nos currículos escolares
!
REEDUCAÇÃO DO OLHAR DO PROFESSOR
A diversidade é uma dimensão constitutiva do currículo, do planejamento das ações, das relações
estabelecidas na escola;
Rever o ordenamento curricular e as práticas pedagógicas;
Vem crescendo o número de escolas públicas e profissionais da educação dispostos a trabalhar com a diversidade transformando o sistema educacional em um sistema inclusivo, democrático e aberto à
diversidade.
A escola é um espaço de sociabilidade onde encontramos alunos de diferentes níveis
culturais, sociais, diferentes formas de pensar nas quais refletem divergentes formas de
inserção grupal na história do país;
“E nas escolas, nos currículos e políticas educacionais, como a diversidade se faz presente?”
“Um bom exercício para perceber o caráter indagador da diversidade nos currículos, seria analisar as propostas e documentos oficiais com
os quais lidamos cotidianamente.”
“Vivemos no contexto da diversidade cultural e esta deve ser elemento presente e indagador do
currículo.”
Desde 1996 ... houveram avanços?
“Reconhecer não apenas a
diversidade no seu aspecto regional e local, mas sim, a
sua presença enquanto
construção histórica, cultural e social que marca a trajetória humana.”
Rever paradigma curricular
“Ainda estamos presos à divisão núcleo comum e parte diversificada presente na lei 5692/71.”
Nesta perspectiva:
• O conteúdo é fragmentado;
• A diversidade, presente na parte diversificada, ocupa um espaço pequeno no núcleo comum.
Reflexão• conhecimentos x diversidade
Dicotomia nos currículos• saber comum a todos • saber diverso
Saberes construídos• pelos movimentos sociais• científico
Realidade escolar• projetos – atividades paralelas• ausência ativa - intencionalmente produzida ou não
Na educação brasileira acontece monocultura do saber Priveligia saber científico
Focos de resistênciacontra a hegemonia de certos conteúdos
Educação do campoEducação indígena
Educação e diversidade étnico racialEducação Inclusiva
Educação AmbientalEJA
A diversidade coloca em xeque os processos tradicionais de avaliação
escolar.
Desperdício da experiência social dos educandos, dos educadores e da
comunidade nas propostas educacionais.
DIVERSIDADE: O termo diz respeito à variedade e convivência de ideias, características ou
elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente.
ÉTICA: Ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.
Moral
Conjunto de normas, princípios, preceitos,
costumes, valores que norteiam o
comportamento do indivíduo no seu grupo
social.
“Assumir a diversidade no currículo implica
compreender o nosso caminhar no processo de formação humana que se realiza em um contexto
histórico, social, cultural e político”.
Para refletir...
'' Um currículo que respeita a diversidade precisa de um espaço/tempo objetivo
para ser concretizado. ''
Como a educação escolar tem
equacionado a questão do tempo e do espaço escolar?
Será que são pensados levando
em conta os coletivos diversos?
A rigidez e a naturalização da organização dos
tempos e espaços escolares entram em conflito com a
diversidade de vivências dos
tempos e espaços dos educandos.
A diversidade indaga os currículos e as escolas: repensar seu ordenamento temporal como exigência da garantia do direito de todos(as) à educação.
A avaliação poderá ser realizada de forma mais coletiva e com objetivo de
acompanhamento do processo de construção do conhecimento dos
educandos nas suas múltiplas dimensões humanas e não como
instrumento punitivo ou como forma de medir o desempenho escolar.
“Conviver com a diferença e com os diferentes é construir relações que se
pautem no respeito, na igualdade social, na igualdade de oportunidades
e no exercício de uma prática e posturas democráticas.”