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apostila_atualidades (2)

Apr 05, 2018

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Karla Cruz
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    ATUALIDADES

    Prof. Cssio Albernaz

    [email protected]

    http://www.facebook.com/cassioalbernaz

    VEJA O MEU BLOG: http://saberatualidades.blogspot.com/

    Concurso Banco Central/ 2012

    O que uma prova de Atualidades? Corriqueiramente, concurseiros dos mais diversos nveis se deparamcom essa pergunta e a resposta no to bvia quanto parece ser. A origem dessa confuso comea nocontedo dos prprios programas de provas das diferentes instituies organizadoras. Diferentes bancaspossuem uma diferente compreenso sobre o que vem a ser uma prova de Atualidades.

    Apesar das dificuldades e das desconfianas que se possa ter com relao a este contedo existem algunsterrenos seguros nos quais podemos nos debruar. Para desvendar esses ns, devemos definir algumasprioridades. Inicialmente, possvel entender atualidades como o domnio global de tpicos atuais erelevantes. Nesse sentido, domnio globalsignifica saber situar e se situar frente aos temas, algo diferente decolecionar e decorar fatos da atualidade. A relevncia de tais tpicos se d em funo da agenda dediscusses do momento e do contedo programtico do concurso que se vai realizar. Ou seja, nem tudointeressa para uma prova de Atualidades.

    Numa prova sria e bem feita de Atualidades (e pasmem elas existem!), o mundo das celebridades, o vai evem do mercado futebolstico, o cotidiano do noticirio policial, etc., tem pouco valor como contedo deprova. Assim, os fatos s passam a ser contedos quando possuem valor histrico e sociolgico paracompreenso da realidade presente e dos seus principais desafios.

    Dessa forma, o contedo de prova refere-se as atualidades e seus fatos atravs de um desencadeamento

    global de conhecimentos e noes que se relacionam ao contexto nacional e ao internacional. Portanto, talcontedo tem como caracterstica fundamental a interpretao do fenmeno poltico e social a partir de seusdiferentes tpicos: poltica econmica; poltica ambiental; poltica internacional; poltica educacional;poltica tecnolgica; polticas pblicas; poltica energtica; poltica governamental; aspectos da sociedade;bem como o desencadeamento de relaes entre esses contedos e os fatos da atualidade.

    Desde j, chama-se a ateno para o fato de que o contedo de Atualidades muito diferente de outroscontedos. No existem frmulas, macetes, atalhos, musiquinhas, ou qualquer outro estratagema capaz depreparar um aluno para tal empreitada. O que existe interesse e leitura. O que oferecemos ento o

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    direcionamento para a prova, algumas chaves de interpretao e modos de pensar e relacionar os contedos.Assim, colocamos disposio textos para informao e reflexo sobre os principais tpicos de Atualidades.

    Por que estudar atualidades? Para alm da resposta bvia: - para passar no concurso! - o contedo de

    atualidades hoje um diferencial em tempos de concursos to disputados, logo que as mdias de acertos soelevadas nas matrias mais tradicionais, como Portugus, Direitos, etc., os acertos no contedo deAtualidades podem lanar o candidato muitas posies frente. Esse argumento ganha maior peso porque amaioria dos concurseiros no sabe o que estudar e nem como estudar.

    Portanto, este material serve como orientao (e no como bengala!) para a prova de atualidades do BancoCentral/2012.

    Bons Estudos!

    Cssio Albernaz

    Contedo do ltimo Edital: Tpicos atuais e relevantes nas seguintes reas: Poltica, Economia,Sociedade, Educao, Tecnologia, Energia, Relaes Internacionais, Desenvolvimento Sustentvel,Segurana Pblica e suas vinculaes histricas.

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    FMI est preparado para socorrer pases atingidos pela crise, avisa diretora-gerente

    A diretora-gerente do Fundo Monetrio Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse hoje (17) que ainstituio est adaptada s necessidades causadas pela crise econmica mundial. Segundo ela, o FMI seprepara para socorrer os pases atingidos pelos impactos da crise. O assunto foi tema de reunio, h trs dias,em Paris, dos ministros da Fazenda dos pases que integram o G20 (as 20 maiores economias do mundo).

    No encontro, os ministros se comprometeram a colaborar para que o FMI tenha condies de aumentar seusrecursos e ajudar os pases. Mas o governo dos Estados Unidos se ops a essa alternativa, pois alega que osrecursos atuais so suficientes. Lagarde, porm, evitou detalhar a questo dos recursos.

    No tenho qualquer nmero na cabea. O princpio o da adequao entre os recursos do fundo [FMI] e asnecessidades. Estamos hoje em situao de adequao [dos recursos], disse Lagarde. O que

    indispensvel que os recursos do FMI sejam adequados para fazer frente s necessidades dos seusmembros, em funo das circunstncias econmicas, acrescentou.

    Na semana passada, Lagarde alertou para os perigos de um agravamento da crise, que pode contaminar ospases emergentes. A situao econmica no melhorou desde a reunio do G20 h trs semanas, emWashington, com perspetivas de risco e sombrias, disse ela no ltimo dia 15.

    Crise do Euro

    Finanas derrubam premis na Europa

    Nem denncias de corrupo e nem escndalos sexuais. O que determinou a renncia do primeiro-ministroitaliano Silvio Berlusconi, anunciada na ltima tera-feira (8), foi uma crise de legitimidade polticaprovocada pela recesso que atinge pases europeus.

    A sada de Berlusconi coincide com a queda do premi grego George Papandreou, por motivos semelhantes.Ambos os polticos so peas de um efeito domin que j destituiu sete governos em trs anos, liquidadospela pior crise financeira na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

    No continente em que o Estado era um modelo de avanos sociais e econmicos, os pacotes de austeridadeaplicados para conter os efeitos da recesso abalaram a popularidade dos lderes, sejam eles de esquerda oude direita. Isso porque as medidas incluem cortes de benefcios e aumento de impostos.

    Os gastos pblicos nesses pases, que j eram elevados antes da crise de 2008, tornaram-se crticos quandoos governos tiveram que injetar trilhes de dlares no mercado para impedir a falncia de bancos.

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    Em pases como Grcia, Portugal, Espanha, Itlia e Irlanda o endividamento atingiu patamares intolerveisna zona do euro. Na Grcia e na Itlia, as contas para pagar superam o total de riquezas produzidas pelo pas,medida pelo PIB (Produto Interno Bruto). No plano internacional, tal quadro aumenta o risco de calote doscredores e afasta investimentos, prejudicando ainda mais a economia.

    Berlusconi resistiu a denncias de abuso de poder e escndalos sexuais envolvendo menores de idade. Mascedeu presso para deixar o cargo aps a votao da Lei de Estabilidade, uma srie de medidas adotadaspara tentar reduzir o dficit pblico italiano.

    O projeto foi aprovado no Parlamento, mas o premi perdeu a maioria legislativa e, assim, a sustentao deseu governo. Sob forte desconfiana de que poderia reverter a situao econmica na Itlia, o lder centro-direitista anunciou que deixaria o cargo.

    A Itlia j enfrentava problemas no equilbrio das contas pblicas desde o comeo dos anos 1990. A criseeconmica, contudo, elevou o endividamento, que representa hoje 121% do PIB, e o risco do pas no termais como pagar suas dvidas, alm de tornar o custo de emprstimos impraticvel.

    O pas a terceira maior economia da zona do euro, a oitava do mundo e a quarta maior tomadora deemprstimos no planeta. Em caso de calote, dificilmente a Itlia poderia ser salva pela Unio Europeia (UE),como acontece no caso da Grcia. Para se ter uma ideia da gravidade da crise, as dvidas italianas somam 1,9trilho de euros, o que corresponde a 2,8 vezes as dvidas somadas de Portugal, Irlanda e Grcia.

    Grcia

    Na Grcia, a permanncia de Papandreou no poder se tornou insustentvel depois que ele anunciou, em 1 denovembro, que faria um referendo sobre o novo pacote de ajuda da UE, consultando a populao sobre aaceitao ou no do plano. A ajuda ao governo grego era condicionada pela aceitao de novos pacotes deausteridade.

    O objetivo do premi, com o referendo, era conseguir respaldo dos eleitores para aplicar medidasimpopulares, mas pesquisas indicavam que o pacote seria recusado por pelo menos 60% dos gregos. Oanncio da consulta tambm levou pnico aos mercados financeiros.

    Enfraquecido no governo, o primeiro-ministro desistiu da proposta e teve tambm que anunciar sua rennciano domingo (6).

    A dvida pblica grega de 350 bilhes de euros, o equivalente a 165% do PIB. a maior relaodficit/PIB entre os pases europeus, sendo que o limite de endividamento estabelecido na zona do euro de60%.

    Durante dcadas, o pas gastou mais do que podia, contraindo emprstimos altssimos ao passo que aarrecadao de impostos diminua. No ano passado, o primeiro plano de ajuda ao pas veio acompanhado dereduo de salrios de funcionrios pblicos e aumento de impostos, o que provocou manifestao dossindicatos.

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    Papandreou foi substitudo pelo ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) Lucas Papademos,empossado no dia 11. Na Itlia, o substituto de Berlusconi deve ser anunciado em breve.

    Efeito domin

    Desde 2008, sete governos sofreram baixas devido aos dbitos na zona do euro. Primeiro, o ex-primeiro-ministro da Islndia, Geir Haarde, aps o pas ter praticamente ido falncia em 2008.

    No Reino Unido, Gordon Brown, que substituiu Tony Blair, foi derrotado nas eleies, encerrando umadcada de predomnio dos trabalhistas no poder. O mesmo aconteceu com o governo da Irlanda, de BrianCowen, e Jos Scrates, em Portugal, que caram diante da presso poltica. Em outubro, foi a vez dogoverno de Iveta Radicova, na Eslovquia, cair por conta da aprovao de pacotes da UE.

    Tudo indica que Papandreou e Berlusconi no sero os ltimos da lista. O prximo pas a enfrentar os efeitospolticos da crise a Espanha, que realiza no prximo dia 20 eleies antecipadas para o Legislativo. Dessa

    vez, o socialista Jos Luis Rodrigues Zapatero deve sofrer uma dura derrota diante da oposio.

    Depois de dez horas de negociao, lderes europeus fecham acordo para ajudar pases em crise

    Renata Giraldi* - Reprter da Agncia Brasil

    Lderes da Unio Europeia (UE) anunciaram hoje (27) um acordo para tentar resolver a crise da dvidapblica que assola vrios pases do continente. O presidente da Comisso Europeia, Jos Manuel DuroBarroso, e o presidente da Frana, Nicolas Sarkozy, disseram que o pacote um esforo ambicioso" dospases para encerrar a crise econmica internacional. A negociao levou mais de dez horas de discusso, emBruxelas, na Blgica.

    O pacote interfere diretamente nas questes relativas Grcia, Itlia e Espanha. Os lderes europeus fizeramo anncio oficial de um plano de ao com trs linhas principais: a soluo do problema da dvida da Grcia,o fundo europeu de resgate e o aumento da liquidez dos bancos.

    Os bancos privados que tm ttulos da dvida da Grcia aceitaram perdas de 50% nos seus papis, oequivalente a 100 bilhes de euro (US$ 140 bilhes). A medida dever diminuir a relao dvida-ProdutoInterno Bruto (PIB) da Grcia para 120% em 2020. Nas condies atuais, essa relao poderia chegar a180%.

    Representantes dos pases que participaram das discusses disseram que esse ponto do acordo foi o de maisdifcil negociao, j que os bancos no queriam aceitar perdas superiores a 40%. Foi preciso a intervenodireta da chanceler alem, Angela Merkel, e do presidente francs, Nicolas Sarkozy.

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    De acordo com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, os pases da zona do euro e oFundo Monetrio Internacional (FMI) que tm emprestado Grcia desde maio de 2010 fornecerooutros 100 bilhes de euros ao pas.

    O Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (Feef) o principal mecanismo da regio para resgate depases e bancos ser aumentado dos atuais 440 bilhes de euros para 1 trilho de euros. Esse dinheiro seriausado para ajudar pases como a Espanha e a Itlia a lidar com seus problemas econmicos.

    Os detalhes dos mecanismos para aumentar os recursos do fundo sero negociados em novembro, de acordocom Sarkozy. A expectativa que o Feef ajude a mitigar crises, ao servir como uma espcie de seguradoraaos bancos que comprarem papis de dvidas de pases em risco de calote.

    Os bancos europeus precisaro levantar cerca de 106 bilhes de euros (US$ 148 bilhes) at junho de 2012,para aumentar a estabilidade do sistema bancrio. A medida serviria para proteg-los de eventuais perdas,caso outros governos ameacem decretar a moratria de suas dvidas. H temores de que a Espanha e a Itliapossam seguir o caminho da Grcia.

    Os lderes europeus vinham sendo criticados, nos ltimos meses, por no adotar medidas fortes o suficientepara lidar com a crise da dvida pblica dos pases da zona do euro. Nesta quinta-feira, eles disseram esperarque o novo acordo abra caminho para o fim da crise.

    "A zona do euro adotou uma resposta confivel e ambiciosa crise da dvida", disse Sarkozy. Para ele, oacordo uma resposta confivel e ambiciosa crise. "A complexidade dos fatores e a necessidade de sechegar a um consenso significam que ns tivemos de passar horas negociando", acrescentou. O presidentefrancs espera que o acordo traga "alvio a todo o mundo".

    O primeiro-ministro da Grcia, George Papandreou, elogiou o acordo anunciado nesta quinta-feira. "Nspodemos dizer que um novo dia chegou na Grcia, no s na Grcia mas em toda a Europa".

    Apesar dos elogios, os prprios lderes europeus reconhecem que muitos detalhes do acordo ainda precisamser esclarecidos. No se sabe, por exemplo, como os pases do euro vo levantar os fundos necessrios paraaumentar o Feef de 440 bilhes de euros para 1 trilho.

    Alm disso, alguns analistas de mercado questionam se o valor ser suficiente para conter uma nova crise,caso economias maiores que a da Grcia como a da Itlia e a da Espanha tambm passem a ter problemaspara pagar suas dvidas pblicas.

    *Com informaes da BBC Brasil//Edio: Graa Adjuto

    Fonte: EBC

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    Para Israel, adeso da Palestina Unesco afasta chances de acordo de paz; Brasil apoia deciso

    A admisso da Palestina Unesco ( Organizao das Naes Unidas para a Educao, Cincia e Cultura)como Estado membro afata as perspectivas de um acordo de paz, afirmou nesta segunda-feira o governoisraelense, ao condenar "a manobra unilateral" palestina.

    "Israel rejeita a deciso da Assembleia Geral da Unesco (...) aceitando a Palestina como Estado membro daorganizao", indica um comunicado do ministrio das Relaes Exteriores, ao estimar que "se trata de umamanobra palestina unilateral que no mudar nada no terreno, mas que afasta a possibilidade de um acordode paz".

    Aps a adeso da Palestina, Israel declarou que ir mudar sua poltica de cooperao com a Unesco. "Apsesta deciso, o Estado de Israel considerar seus prximos passos sobre a cooperao com a organizao",adverte ainda a nota.

    O ministrio diz que a posio israelense em prol do dilogo como a nica via para conquistar a paz, e queele deve acontecer sem condies preliminares, incluindo a exigncia palestina de suspender o crescimentodas colnias de judeus em seu territrio.

    "A estratgia palestina na Unesco e os passos similares em outros organismos da ONU supe uma rejeiodos esforos da comunidade internacional para avanar no processo de paz", diz a nota, que agradece aospases que se opuseram ao pedido palestino.

    Israel tambm declarou sua decepo pelo fato de que a Unio Europeia no conseguiu alcanar uma posiounificada nesta questo.

    Os pases que votaram sim "adotaram uma verso de fico cientfica da realidade ao admitirem um Estadoque no existe nesta organizao encarregada da cincia... A Unesco deve se preocupar com a cincia e nocom a fico cientfica", disse o embaixador israelense, Nimrod Barkan.

    A admisso da Palestina como membro nmero 195 da Unesco o foi ovacionada pelos participantes daConferncia Geral da Unesco. Foram registrados 107 votos a favor, 14 contra e 52 abstenes.

    Votaram a favor do ingresso, entre outros, Brasil, ndia, China, Espanha e Frana, enquanto Estados Unidos,Alemanha, Canad e Israel rejeitaram e se abstiveram o Reino Unido, Colmbia, Japo e Mxico.

    Governo brasileiros parabeniza Palestina

    O governo do Brasil parabenizou o Estado da Palestina por sua admisso como membro da Unesco. Em notadivulgada pelo Ministrio das Relaes Exteriores, o governo destaca a primeira vitria obtida pelospalestinos em um rgo ligado ONU.

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    O governo brasileiro felicita a Palestina por sua admisso como membro pleno da Organizao das NaesUnidas para a Educao, a Cincia e a Cultura [Unesco], diz o comunicado. Com o resultado, a Palestinatorna-se o 195 Estado-Membro da Unesco primeira agncia especializada do sistema das Naes Unidas aadmitir a Palestina como membro pleno."

    Em setembro, na 66 sesso da Assembleia Geral das Naes Unidas, em Nova York, o presidente daAutoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, obteve a principal sinalizao da comunidadeinternacional em favor do reconhecimento do Estado da Palestina. Vrios lderes mundiais, inclusive apresidente Dilma Rousseff, defenderam o direito de os palestinos terem seu pas.

    A crise nos EUA, na Europa e no Brasil

    PIB fraco e inflao desafiam o governo

    A turbulncia internacional afetou as maiores economias. Polcia norte-americana prendeu 50 pessoas nosprotestos anti-Wall Street, enquanto integrantes do G-20 estimaram uma ajuda de US$ 350 bilhes para aEuropa. No Brasil, mercado teme baixo crescimento e inflao

    Economistas veem o risco de o Brasil mergulhar em um processo semelhante ao da Europa: o da perversaestagflao

    A retrao da atividade econmica detectada pelo Banco Central em junho, julho e agosto somente neste

    ltimo ms, a prvia do Produto Interno Bruto (PIB) calculada pela instituio registrou queda de 0,53% ,no foi suficiente para derrubar a inflao. Pelo contrrio. Diante das desconfianas em relao ao BancoCentral, que deve cortar mais 0,5 ponto percentual na taxa bsica de juros (Selic) na prxima semana, de12% para 11,50%, as projees indicam grande possibilidade de o ndice de Preos ao Consumidor Amplo(IPCA) fechar o ano acima dos 6,5% definidos como teto da meta referente ao custo de vida.

    No toa o Palcio do Planalto acendeu o sinal de alerta. Se o primeiro ano de governo da presidente DilmaRousseff ser desanimador do ponto de vista econmico, para 2012 o quadro no ser muito diferente. Hquem diga que o IPCA ficar prximo de 6%, combinado a uma taxa de crescimento inferior a 3%. Ou seja,o Brasil pode repetir o pesadelo europeu: expanso mnima do PIB com inflao alta a chamada

    estagflao.

    Diante desse quadro, o pas e outras naes emergentes, antes praticamente descolados da criseinternacional, comeam a ser observados por olhos carregados de dvidas. A China, por exemplo, alm de sever obrigada a socorrer bancos e empresas beira da falncia, anunciou que a sua atividade comercialcresceu em setembro no menor ritmo dos ltimos sete meses. As exportaes para seu maior parceiro, aEuropa, avanaram apenas 10%, com tendncia de enfraquecimento, j que a Zona do Euro est com um pna recesso. Em agosto, o salto havia sido de 22%.

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    No Brasil, os indicadores tm deixado as autoridades e economistas em constante sobressalto. Enquanto ainflao acumulada at setembro est acima de 7%, as vendas do comrcio varejista ampliado comearam adar os primeiros sinais de fraqueza, ao registrar queda de 2,3% em agosto. No mesmo ms, a indstria levouum tombo de 0,2%, com retrao em 10 das 14 regies pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

    Estatstica (IBGE). Os segmentos mais afetados foram os de calados, eletrnicos, plsticos e mveis.

    Os dados de setembro, que sero divulgados em breve, tendem a ser mais desanimadores, pois algunssetores, como o automobilstico, suspenderam a produo, demitiram ou deram frias coletivas. Por isso,disse Constantin Jancso, economista do Banco HSBC, j se fala em recesso na indstria. Ele lembrou quetambm o setor de servios est crescendo a um ritmo menor do que o habitual. "Todos esses dadosconfirmam que o Brasil est passando por uma forte desacelerao", frisou.

    Alerta geral

    Eduardo Velho, economista-chefe da Prosper Corretora, endossou o cenrio ruim que est por vir. "Osindicadores antecedentes da atividade esto corroborando uma nova taxa negativa para o IBC-Br desetembro", alertou. "Se isso ocorrer, o PIB do terceiro trimestre ter retrao, algo impensvel at bem poucotempo", acrescentou. Na avaliao de Zeina Latif, economista do Royal Bank of Scotland, a hiptese de oBrasil mergulhar em uma estagflao no pode ser descartada.

    "No quero dizer que, estruturalmente, estejamos caminhando para isso. Pode ser algo momentneo. Mas,obviamente, essa situao levanta certos alertas", disse Zeina. "Temos de aceitar a natureza desse ciclo. uma desacelerao do crescimento, em parte causada pelo cenrio internacional. No d para remar contra a

    mar", argumentou. No entender da economista, ainda faltam dados para afirmar que a inflao est setornando mais rgida e permanente. "Porm, de toda forma, tenho a preocupao com o avano dessarigidez."

    As consequncias da piora internacional e de seus reflexos na economia brasileira afetam no apenas 2011,mas tambm 2012. Assim, o carry-over (quanto de efeito inercial de crescimento que o Brasil levar para oprximo ano) ser praticamente nulo. O que, segundo analistas, pssimo para o governo, principalmenteporque uma parte considervel da inflao j est contratada. Apenas o reajuste de 14% do salrio mnimogarantir 0,7% a mais de carestia no ano que vem.

    Salto de 3%

    Dados analisados pelo mercado mostram que setembro foi um ms de clara estagflao. Enquanto osnmeros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) indicam que o ndice de Preos aoConsumidor Amplo (IPCA) subiu 0,53%, as projees dos especialistas apontam que a produo industrialfoi negativa e o mesmo deve ter ocorrido no varejo. Por isso, gente grada do Palcio do Planalto j admitecrescimento de 3% ou menos neste ano.

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    DESMATAMENTO MAIOR EM 'REAS DE PROTEO

    GOVERNO ADMITE FALTA DE FISCALIZAO

    Derrubada mais que dobrou; ministrio admite falha de fiscalizao

    Criadas para preservar e conter a destruio de florestas, as reas de proteo e de conservao declaradaspelo governo so alvo de grande devastao, assim como as terras indgenas. Em 132 Unidades deConservao observadas pelos satlites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamentomais do que dobrou entre 2000 e 2010, passando de 5.036 para 11.463 quilmetros quadrados - aumento de127,6%. Nessas regies, a maior parte na Amaznia Legal, o desmate feito aos poucos, e o estrago s

    detectado quando alcana grandes propores. O Brasil tem hoje 310 Unidades de Conservao, que ocupam75 milhes de hectares - ou 8,5% de todo o territrio nacional. O Instituto Chico Mendes, vinculado aoMinistrio do Meio Ambiente, admite que a fiscalizao deficiente.

    Unidades de Conservao so ameaadas por grileiros, fazendeiros e ocupaes

    O Brasil tem atualmente 310 Unidades de Conservao (UC), que ocupam hoje 75 milhes de hectares, oequivalente a 8,5% do territrio nacional. S nos ltimos trs anos, 6,168 milhes de hectares foramdeclarados como UC, dos quais 5,8 milhes esto na rea da Amaznia Legal. Rmulo Mello, presidente doInstituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministrio do MeioAmbiente, admite que o controle dessas reas, criadas para preservar a biodiversidade, difcil e requer

    tempo de implementao.

    - O tempo de assinar um decreto e o tempo de implementar uma Unidade de Conservao so muitodiferentes - diz Mello, acrescentando que o ICMBio foi criado apenas em 2007 justamente com o objetivo deimplantar efetivamente os diferentes modelos de conservao.

    H dois tipos de unidades. As protegidas no podem ser exploradas e devem ser usadas para ecoturismo,pesquisa e educao ambiental. Nas demais, possvel explorar a natureza, mas de forma controlada, empequena quantidade. esse controle que ainda incipiente no pas, conforme demonstram os nmeros doInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

    - Precisamos de fiscalizao mais intensa, implementar planos de manejo e promover a regularizaofundiria - afirma Mello.

    Nos ltimos trs anos, o Instituto Chico Mendes elaborou 60 planos de manejo, e outros cem esto sendoconstrudos, afirma ele.

    De acordo com Mello, justamente por serem criadas por decreto, quando o instituto chega ao local dasUnidades de Conservao constata que j h ali uma ocupao, seja por grileiros, grandes fazendeiros ousimplesmente comunidades que moram no local h anos.

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    A sada, acrescenta, promover a regularizao fundiria dessas reas, o que nem sempre ocorre. Um dosexemplos de rea de conflito a Reserva Biolgica do Gurupi, no Maranho, onde uma fora-tarefa de 170pessoas, incluindo Ibama e Fora Nacional, est agindo para impedir o trabalho de madeireiras ilegais.

    - A reserva se sobrepe rea indgena, e ainda h de posseiros a grandes fazendeiros. Em reas como essa,o nvel de implementao muito difcil - diz Mello.

    Ele admite problemas tambm na Reserva Extrativista Chico Mendes. Segundo Mello, parte da reserva foiocupada por criadores de gado. Por isso, foi criado um grupo de trabalho, envolvendo os seringueiros, paradiscutir a nova ocupao.

    - No vai ser num estalar de dedos que vamos sair de um passivo ambiental elevado. Mas garanto que, parapreservar, mesmo com todos os problemas, melhor criar uma Unidade de Conservao do que no criar.Sem elas, a situao seria muito pior - afirma.

    Para Brasil, crise lbia "no est resolvida"

    Assessor de Dilma atribui crimes a novo governo lbio e pede cautela com Sria

    Jogo diplomtico. Marco Aurlio Garcia diz ter informaes segundo as quais a cpula do CNT lbioordenou massacres contra integrantes do regime do ditador foragido Muamar Kadafi; aes da Otan no pasjustificariam hesitao em relao a Damasco

    Embora tenha votado em favor da admisso do novo governo lbio na ONU, o Brasil no d por encerrada acrise no pas, alerta para as divises do Conselho Nacional de Transio (CNT) e diz ter informaes de quea cpula do grupo que tomou o poder em Trpoli tambm ordenou a execuo de membros do regime deMuamar Kadafi.

    Em declaraes ao Estado, o assessor especial do Palcio do Planalto para Assuntos Internacionais, MarcoAurlio Garcia, afirmou que o governo brasileiro v a situao ainda com muita desconfiana. "A situaono est resolvida ainda e pode ser muito perigosa", disse. Garcia lembrou que os combatentes do CNTainda no tomaram Sirte, reduto de Kadafi, e no h um cenrio claro sobre o futuro da Lbia.

    Para o Brasil, a situao lbia justifica a cautela em relao atuao da diplomacia no caso da Sria.Anteontem, o Pas absteve-se mais uma vez no Conselho de Segurana da ONU na votao de umaresoluo - enfim, vetada por Rssia e China - que condenava Damasco pela brutal represso a manifestantesde oposio ao lder Bashar Assad.

    A justificativa oficial de Braslia a de que a Resoluo 1.973, que autorizou a Otan a intervir militarmentepara proteger civis da fria de Kadafi, foi interpretada de forma abusiva pela aliana atlntica, que apoioucom ataques areos a insurgncia na Lbia. O temor que o roteiro se repita na Sria. "A situao (sobre a

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    resoluo para a Sria) muito, muito complicada", disse. "Mas j est encerrada. Rssia e China agiram deforma bastante firme. A China havia anos no tomava uma posio de veto."

    Fontes diplomticas indicaram ao Estado que a ordem direta da presidente Dilma Rousseff para que a misso

    brasileira na ONU, em Nova York, no votasse a favor da resoluo sobre a Sria chegou a causar mal-estarem alguns setores do Itamaraty. Os diplomatas brasileiros, de acordo com essas fontes, j tinham aceitadovotar a favor de um texto que era at mais duro do que a verso final apresentada para votao (maisinformaes nesta pgina).

    Reconhecimento tardio. A tomada da capital lbia, Trpoli, pelos ento rebeldes, quase um ms atrs, fez acomunidade internacional apressar o reconhecimento do Conselho Nacional de Transio como o governolegtimo do pas.

    Chefes de governo e Estado da Europa viajaram at a cidade para mostrar que Muamar Kadafi j no maiscontrolava a Lbia e Nicolas Sarkozy, presidente da Frana, reuniu em Paris governos de todo o mundo paradar por encerrada a crise.

    O governo brasileiro tambm ensaiou uma aproximao com o CNT. Mas, segundo Garcia, a posiobrasileira ainda de cautela. Alm da indefinio sobre o controle do pas, outro tema que preocupa oPalcio do Planalto a diviso interna do grupo que controla o CNT. "As divises so importantes", alertouo assessor internacional, que acompanhou a presidente Dilma durante visita Bulgria.

    Crimes. Garcia acrescenta que o governo brasileiro recebeu informaes de que parte da cpula das forasanti-Kadafi esteve envolvida diretamente em ordens para massacrar pessoas ligadas ao regime do ditadorforagido. No auge da guerra, relatrios produzidos na Europa e pelo prprio CNT apontaram crimes

    cometidos pelas foras leais a Kadafi. O Tribunal Penal Internacional at j indiciou Kadafi, seu filho e ummembro da cpula do governo por ordenar as matanas.

    Segundo Garcia, porm, as informaes que chegaram diplomacia brasileira so de que os crimes no selimitaram s foras kadafistas. Parte da deciso de assassinar rivais capturados teria sido de integrantes dacpula do CNT.

    Insurreio lbia culmina com queda de Sirte e morte de Kadafi

    Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunsia e do Egito, os lbioscomearam a sair s ruas das principais cidades do pas em fevereiro para contestar o coronel MuammarKadafi, no comando desde a revoluo de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluram para umaguerra civil que cindiu a Lbia em batalhas pelo controle de cidades estratgicas de leste a oeste.

    A violncia dos confrontos gerou reao do Conselho de Segurana da ONU, que, aps uma srie demedidas simblicas, aprovou uma polmica interveno internacional, atualmente liderada pela Otan, em

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    nome da proteo dos civis. No dia 20 de agosto, aps quase sete meses de combates, bombardeios, avanose recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trpoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.

    Dois meses depois, os rebeldes invadiram Beni Walid, um dos ltimos basties de Kadafi. Em 20 de

    outubro, os rebeldes retomaram o controle de Sirte, cidade natal do coronel e foco derradeiro do antigoregime. Os apoiadores do CNT comemoravam a tomada da cidade quando os rebeldes anunciaram que, noconfronto, Kadafi havia sido morto. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham morrido desde o incio dainsurreio.

    Crise ministerial no Governo Dilma parece no ter fim

    5 ministros de Dilma iro ao congresso para se defender de denncias nas prximas semanas

    Por ordem do Palcio do Planalto, cinco ministros daro explicaes ao Congresso sobre denncias deirregularidades. Nesta quarta-feira (3), o ministro da Agricultura se defendeu de acusaes feitas por um ex-funcionrio da Companhia Nacional de Abastecimento.

    O ex-diretor financeiro da Conab, Oscar Juc Neto, disse Revista Veja que na Conab s tem bandidos. Ele irmo do lder do governo, Romero Juc, e foi demitido pelo ministro Wagner Rossi, depois de ter liberadoo pagamento ilegal de R$ 8 milhes a uma empresa.

    Rossi disse que as denncias de corrupo no ministrio no tm fundamento: Lamento profundamente quetenham sido trazidos por esse destempero de um ressentido, que quis transformar, essa a grande questo,quis transformar uma questo estritamente administrativa, em um problema poltico, disse o ministro.

    Wagner Rossi o primeiro de uma lista que tem mais cinco ministros, que vo comparecer Cmara, pordeterminao da presidente Dilma Rousseff. Ela tambm orientou a base aliada para que d proteo aosministros durante os depoimentos.

    O ento ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, hoje das Comunicaes, vai explicar renegociaes decontratos para obras no Paran. O ministro dos Transportes, Paulo Passos, vai esclarecer o aumento nos

    custos de estradas. O ministro Mrio Negromonte, das Cidades, falar sobre denncias de irregularidades emobras de saneamento.

    Os ministros do Desenvolvimento Agrrio, Afonso Florence, e a do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, votratar das denncias de ocupao ilegal de terras em reas de proteo ambiental e assentamentos destinados reforma agrria mostradas em reportagem do Fantstico.

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    Todo momento que houver algum questionamento, o governo estar disposto a responder questionamentos.Por isso, ns ajudamos na aprovao do convite aos cinco ministros que viro agora no ms de agosto esetembro, afirmou o lder do PT, o deputado Paulo Teixeira.

    No basta apenas justificar o erro dos ministros quando a responsabilidade por eles cabe Presidente daRepblica. A estrtegia do PT de tentar isolar o presidente das crises ministeriais uma hora cai por terra, e alama da corrupo vai chegar nela. Pela intensidade das denncias nos ltimos 6 meses, no vai demorarmuito

    Entenda as crises que atingiram o governo Dilma

    Com o saldo de cinco ministros que j deixaram o governo nos ltimos meses, Dilma Rousseff enfrenta nova crise naEsplanada e a ameaa de precisar trocar novamente sua equipe. Desta vez, as suspeitas recaem sobre o titular doEsporte, Orlando Silva, filiado ao PC do B.

    Ele responde s acusaes de ter participado de um suposto esquema de fraude no programa Segundo Tempo, doMinistrio do Esporte. As suspeitas foram levantadas pelo policial militar Joo Dias Ferreira em entrevista a revista"Veja". O policial diz ter provas das irregularidades, mas ainda no as apresentou.

    Entenda cada uma das crises que j atingiram os ministrios de Dilma desde o incio do governo:

    ESPORTESDois integrantes de um suposto esquema de desvio de recursos do Ministrio do Esporte acusam Orlando departicipao direta nas fraudes, segundo reportagem publicada pela revista "Veja".

    O soldado da Polcia Militar do Distrito Federal Joo Dias Ferreira e seu funcionrio Clio Soares Pereira disseram revista que o ministro recebeu parte do dinheiro desviado pessoalmente na garagem do ministrio.

    O procurador-geral da Repblica, Roberto Gurgel, afirmou que ir investigar as acusaes.

    Segundo o ministro, que tem desqualificado o policial militar em entrevistas e nas oportunidades que falou do assunto,disse que as acusaes podem ser uma reao ao pedido que fez para que o TCU investigue os convnios do ministrio

    com a ONG que pertence ao autor das denncias.

    Em nota, o Ministrio do Esporte disse que Joo Dias firmou dois convnios com a pasta, em 2005 e 2006, que noforam executados. O ministrio pede a devoluo de R$ 3,16 milhes dos convnios.

    De acordo com o ministro, desde que o TCU foi acionado, integrantes de sua equipe vm recebendo ameaas.

    TURISMO

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    A situao do ex-ministro do Turismo Pedro Novais ficou insustentvel no Planalto e dentro de seu prprio partidodepois de duas revelaes da Folha: a de que ele pagou com dinheiro pblico o salrio de sua governanta por sete anose a de que sua mulher usa irregularmente um funcionrio da Cmara dos Deputados como motorista particular.

    Ele estava em situao delicada desde o comeo de agosto quando uma operao da Polcia Federal prendeu 35pessoas, incluindo o ento secretrio-executivo do Ministrio do Turismo, Frederico Costa.

    Logo aps a sua nomeao, em dezembro de 2010, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que Novais usou R$ 2.156da sua cota parlamentar para pagar despesas de um motel em So Lus, em junho do ano passado.

    No mesmo ms, a Folha mostrou que Novais foi flagrado em escutas da Polcia Federal pedindo ao empresrioFernando Sarney que beneficiasse um aliado na Justia Federal.

    AGRICULTURA

    No dia 17 de agosto, o ento ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), pediu demisso, atingido por uma onda

    de acusaes que apontou pagamento de propinas, influncia de lobistas e aparelhamento poltico em sua gesto noministrio. Foi substitudo por Mendes Ribeiro (PMDB).

    Os problemas do ministrio comearam quando o ex-diretor financeiro da Conab (Companhia Nacional deAbastecimento), Oscar Juc Neto, irmo do lder no governo no Senado, Romero Juc (PMDB), afirmar que havia"bandidos" no rgo e sugerir que Rossi participava de esquemas de corrupo.

    Aps nova reportagem da revista "Veja", desta vez sobre a atuao de um lobista no ministrio, o ento secretrio-executivo da pasta, Milton Ortolan, pediu demisso do cargo.

    A situao do ministro se agravou aps Israel Leonardo Batista, ex-chefe da comisso de licitao da Agricultura,afirmar em entrevista Folha que o Ministrio da Agricultura foi "corrompido" aps a chegada de Wagner Rossi pasta. Segundo Batista, o ministro colocou pessoas no assinar o que no devem".

    Outra acusao que atingiu o ministro foi a revelao, pelo jornal "Correio Braziliense", de que Rossi e um de seusfilhos, o deputado estadual Baleia Rossi (PMDB-SP), viajaram vrias vezes em um jatinho pertencente a uma empresade agronegcios. Ele admitiu ter pegado carona no avio.

    DEFESA

    A queda de Nelson Jobim (PMDB) do Ministrio da Defesa, ocorreu no dia 4 de agosto, aps desavenas com Dilma edeclaraes de que havia votado em Jos Serra (PSDB) na eleies presidenciais. Foi substitudo por Celso Amorim.

    A situao piorou aps Jobim dizer, revista "Piau" a ministra Ideli Salvatti (Relaes Institucionais) "fraquinha" eque Gleisi Hoffmann (Casa Civil) "sequer conhece Braslia".

    Antes, Jobim tambm causou constrangimento ao Planalto, na solenidade de homenagem ao ex-presidente FernandoHenrique Cardoso.

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    Na ocasio, disse ser preciso tolerar a convivncia com "idiotas", que "escrevem para o esquecimento". Ele explicouque se referia a jornalistas, mas petistas entenderam como recado ao governo.

    TRANSPORTES

    Em 6 de julho, foi a vez de Alfredo Nascimento (PR) se demitir dos Transportes no dia 6 de julho, aps ter seu nomeenvolvido em um escndalo de superfaturamento de obras e recebimento de propina envolvendo servidores e rgos.Foi substitudo por Paulo Srgio Passos (PR).

    A crise comeou com revelao pela revista "Veja" de suposto esquema que envolvia dois assessores diretos do entoministro. O ex-diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, eo ex-diretor-presidente da Valec (estatal de obras ferrovirias), Jos Francisco das Neves, tambm foram citados.

    Segundo a revista, o esquema seria coordenado pelo secretrio-geral do PR, Valdemar Costa Neto, e renderia aopartido at 5% do valor dos contratos firmados pela pasta e sob a gesto do Dnit e da Valec. Costa Neto no tem cargona estrutura federal.

    A crise se intensificou com reportagem do jornal "O Globo" revelando que o patrimnio do filho do ministro, GustavoMorais Pereira, cresceu 86.500% em dois anos. O caso investigado pelo Ministrio Pblico Federal do Amazonas.

    RELAES INSTITUCIONAISNo dia 10 de junho, Dilma fez uma troca entre os ministros Ideli Salvatti e Luiz Srgio. Ela deixou a Secretaria dePesca e assumiu a Relaes Institucionais, enquanto ele fez o caminho contrrio.

    A troca aconteceu aps longo processo de fritura de Srgio. Na prtica, a articulao poltica vinha sendo feita porPalocci.

    Com a substituio de Palocci por Gleisi Hoffmann em uma Casa Civil menos poltica e mais gestora, como queriaDilma, grupos do PT passaram a fazer abertamente forte presso pela troca do petista.

    Embora Dilma tivesse demonstrado contrariedade com o processo de fritura, Srgio disse que a situao ficou

    insustentvel e decidiu pedir demisso.

    Na sua breve passagem pela Relaes Institucionais, Luiz Srgio no conseguiu fazer a interlocuo do governo comos partidos e com a base aliada, chegando a ser apelidado, ironicamente, de "garom" --pois s anotava os pedidos.

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    CASA CIVIL

    O primeiro ministro a deixar o governo, em 7 de junho, foi Antonio Palocci (PT). Gleisi Hoffmann (PT-PR) substituiuPalocci.

    Aps 23 dias de crise, ele entregou o cargo a presidente depois de a Folha revelar que o ministro multiplicou seupatrimnio por 20 entre 2006 e 2010, quando ele foi deputado federal e manteve, paralelamente, uma consultoriaprivada.

    A Projeto, empresa aberta por Palocci em 2006 --quando afirmou ter patrimnio de R$ 356 mil-- tambm comprou,em 2009 e 2010, imveis em regio nobre de So Paulo no valor total de R$ 7,5 milhes.

    Em entrevista exclusiva Folha, Palocci afirmou que no revelou sua lista de clientes a Dilma, atribuiu as acusaes aele a uma "luta poltica" e disse que ningum provou qualquer irregularidade na sua atuao com a consultoria Projeto.

    Foi a segunda vez que Palocci deixou o governo aps um escndalo --em 2006 deixou o Ministrio da Fazenda aps

    suspeitas de ter quebrado o sigilo bancrio do caseiro Francenildo dos Santos Costa.

    Obama destaca importncia do Brasil no mundo

    Washington O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em entrevista rede de TV CNN emespanhol que o Brasil " uma potncia econmica e uma pea-chave no cenrio internacional". O americanodisse ainda que ele e o colega brasileiro, Luiz Incio Lula da Silva, "deveriam ser parceiros". "Minhamensagem mais importante a de que vivemos no sculo 21. Os tempos mudaram. Um pas como o Brasil uma potncia econmica e uma pea-chave no cenrio mundial. A minha relao com o presidente Lula a

    de dois lderes que tm grandes pases, que esto tentando resolver problemas e criar oportunidades paranossos povos, e ns devemos ser parceiros. No existem parceiros snior e parceiros jnior." Obama j haviaelogiado o brasileiro na reunio do G20, em Londres. O presidente americano foi flagrado dizendo, em umaconversa informal, que Lula era "o cara" e "o poltico mais popular da Terra".

    Obama destacou a importncia que percebe no Brasil ao comentar a desconfiana com que os latino-americanos veem os EUA. Ontem, o presidente iniciou uma visita oficial ao Mxico a sua primeira, naAmrica Latina. De l, ele ir a Trinidade e Tobago, participar da 5 Cpula das Amricas ao lado dos outros33 lderes do continente. "No quero exagerar no grau do sentimento antiamericano. Eu acho que essascoisas tm altos e baixos", afirmou Obama. "H uma tradio de preocupao em relao ao rigor dos EUA

    nas polticas direcionadas Amrica Latina. E isso no apareceu s no governo Bush (2001-2008). Isso datada doutrina Monroe." Em dezembro de 1823, o presidente americano James Monroe (1817-1825) lanou adoutrina que declarava o Hemisfrio Ocidental sua zona de influncia e que ficou conhecida pela frase: "AAmrica para os americanos".

    Na entrevista, Obama defendeu as mudanas que realizou nas relaes com Cuba e reagiu s declaraes doex-ditador cubano Fidel Castro, para quem a ilha "jamais estender suas mos pedindo esmolas". "Eu noespero que Cuba pea esmolas. Ningum quer que ningum pea esmolas. O que procuramos um sinal deque ocorrero mudanas nas aes de Cuba que garantiro que prisioneiros polticos sejam soltos; que as

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    pessoas podero dizer o que pensam livremente; que elas podero viajar; que elas podero escrever e ir igreja e fazer coisas que pessoas de todo o hemisfrio podem fazer e no se do conta." Na segunda-feira,Obama derrubou restries impostas em relao a Cuba sobre a durao e frequncia de viagens de cubano-americanos que vivem nos EUA para a ilha e o envio de dinheiro e de produtos como roupas e equipamento

    de pesca, entre outros itens. "Demos um importante primeiro passo."

    O presidente afirmou que est confiante de que o colega norte-americano amplie as relaes polticas com oslatino-americanos. "Os EUA precisam ter um olhar para Amrica latina pensando no desenvolvimento, noavano tecnolgico, na parceria, na contribuio. E acho que vamos construir isso porque o Obama temtodas as possibilidades de fazer uma inverso da relao poltica entre EUA e Amrica Latina", afirmou.

    Segundo interlocutores de Lula, os dois presidentes falaram sobre o embargo americano a Cuba.Questionado sobre o tema, o presidente Lula desconversou. "O Obama no tinha que falar sobre a posiodele sobre Cuba. Temos alguns temas importantes para discutir entre Brasil e Estados Unidos", afirmou.

    Primavera rabe

    Egpcios vo s urnas, mas represso continua na Sria

    Quase um ano aps o incio dos protestos no Oriente Mdio, o Egito realiza as primeiras eleies livres desua histria. Porm, enquanto os egpcios do o primeiro passo rumo democracia, as revoltas continuamem pases como a Sria, onde a represso fez milhares de vtimas, segundo a ONU (Organizao das Naes

    Unidas).

    At agora, a primavera rabe derrubou trs ditadores, na Tunsia, no Egito e na Lbia. Em outros pases,como Jordnia, Bahrein, Imen e Sria, manifestaes populares levaram ao anncio de reformas ouviolentas reaes do Estado.

    Naes rabes, tradicionalmente, so governadas por monarquias absolutistas, ditaduras militares outeocracias, que controlam algumas das maiores reservas de petrleo do planeta. Os protestos pr-democraciase espalharam pelo Norte da frica e Oriente Mdio, em razo da alta do preo dos alimentos, dodesemprego e da insatisfao de uma gerao jovem com a falta de liberdade.

    A primeira queda de um ditador aconteceu na Tunsia, em 14 de janeiro. O presidente Zine El Abidine BenAli renunciou depois de 23 anos no cargo. Em 23 de outubro foi eleita a Assembleia Nacional Constituinte,na primeira eleio livre ocorrida no pas.

    Na Lbia, Muammar Gaddafi foi expulso do Palcio por foras rebeldes em agosto, ao final de seis meses deguerra civil. Dois meses mais tarde, foi capturado e morto pelos revoltosos. Entre os lderes rabes, era o queestava h mais tempo no poder 41 anos.

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    O Conselho Nacional de Transio (CNT), que assumiu o controle da Lbia, prometeu realizar eleies noprazo de oito meses.

    Egito

    No Egito, mais influente e populoso pas rabe (82 milhes de habitantes), o presidente Hosni Mubarakrenunciou em 11 de fevereiro, encerrando trs dcadas de ditadura. Mesmo assim, os protestos recomearamem 19 de novembro, desta vez contra a junta militar que constituiu o governo provisrio. Os manifestantesexigem a transio para um governo civil.

    Na tentativa de conter os levantes, que j mataram 42 pessoas nas ltimas semanas, as eleiesparlamentares foram antecipadas. A votao comeou em 28 de novembro e o processo terminar em 11 dejaneiro.

    Sero eleitos 498 deputados para a Assembleia do Povo ou Cmara Baixa do Parlamento. Um tero dos

    cargos ser preenchido pelos candidatos mais votados, e o restante, eleito pelo sistema proporcional (porexemplo, se um partido tiver 10% dos votos, ter direito a ocupar 10% das cadeiras).

    A despeito da precariedade poltica os partidos de oposio eram proibidos durante a ditadura apopulao compareceu s urnas para escolher entre 10 mil candidatos e 40 partidos diferentes. Dadospreliminares apontam vitria da Irmandade Muulmana, do recm-fundado Partido Liberdade e Justia(PLJ).

    Se isso se confirmar, grupos fundamentalistas islmicos, que venceram tambm as eleies na Tunsia e noMarrocos, sero a principal fora no cenrio poltico ps-ditatorial no Oriente. O sucesso eleitoral desses

    partidos religiosos preocupa sobretudo Israel, devido ao seu conflito histrico com o mundo islmico.Massacre

    Em outros pases, revoltas e reformas esto em curso. O caso mais dramtico ocorre na Sria, onde arepresso do governo de Bashar al-Assad (h 11 anos na Presidncia) estaria promovendo o maior massacrecontra opositores do regime desde o comeo da primavera rabe.

    Segundo um relatrio da ONU, divulgado no dia 28 de novembro, 3,5 mil pessoas foram assassinadas,incluindo 256 crianas, e mais de 20 mil foram presas. A violncia afetaria 3 milhes de pessoas na Sria,que possui 22,5 milhes de habitantes.

    O governo estaria impedindo a populao de fugir do pas, colocando minas terrestres e soldados armadosnas fronteiras. O relatrio conclui que a Sria cometeu crimes contra a humanidade durante a represso aosmanifestantes, desde maro deste ano.

    No comeo do ms, o governo srio firmou um acordo com a Liga rabe para o trmino da represso, alibertao de presos polticos e a promoo de reformas polticas. As medidas, contudo, no entraram emvigor, e aumentaram a presso internacional e as sanes contra o governo de al-Assad.

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    No Imen, uma das naes mais pobres do mundo rabe, o ditador Ali Abdullah Saleh assinou um acordo,em 23 de novembro, que prev sua renncia e eleies livres. Saleh, que escapou ferido de um atentado emjunho, governa h 33 anos.

    A presso popular tambm resultou em reformas na Jordnia, anunciadas pelo rei Abdullah 2. J noBahrein, o rei sunita Hamad al Khalifa resiste com violncia aos opositores da monarquia.

    10 anos de Brics

    A fora dos emergentes

    H dez anos o economista ingls Jim ONeill cunhou o acrnimo Bric para se referir a quatro pases de

    economias em desenvolvimento Brasil, Rssia, ndia e China que desempenhariam, nos prximos anos,um papel central na geopoltica e nos negcios internacionais.

    O acrnimo ganhou uso corrente entre economistas e se tornou um dos maiores smbolos da nova economiaglobalizada. Neste quadro, os pases emergentes ganharam maior projeo poltica e econmica, desafiandoa hegemonia do grupo de naes industrializadas, o G7 (formado por Estados Unidos, Canad, Reino Unido,Frana, Alemanha, Itlia e Japo).

    Desde 2009, os lderes dos pases membros do Bric realizam conferncias anuais. Em abril do ano passado, africa do Sul foi admitida no grupo, adicionando-se um s ao acrnimo, que passou a ser Brics.

    No grupo esto 42% da populao e 30% do territrio mundiais. Nos ltimos dez anos, os pases do Bricapresentaram crescimento alm da mdia mundial. Estima-se que, em 2015, o PIB (Produto Interno Bruto)do Brics corresponda a 22% do PIB mundial; e que, em 2027, ultrapasse as economias do G7.

    A China o gigante do grupo. A abertura da economia chinesa, mediante um conjunto de reformas, tornouo pas a segunda maior economia do planeta, atrs somente dos Estados Unidos e ultrapassando Japo epases da Europa.

    A economia chinesa maior do que a soma de todas as outras quatro que compem o grupo. O PIB chins,em 2010, foi de US$ 5,8 trilhes, superior aos US$ 5,5 da soma de todas as outras Brasil (US$ 2 trilhes),

    Rssia (US$ 1,5), ndia (US$ 1,6) e frica do Sul (US$ 364 bilhes).

    Mas os chineses enfrentam hoje desafios em reas como meio ambiente e poltica, alvos da pressointernacional.

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    Brasil

    A incluso do Brasil no Brics trouxe uma projeo internacional positiva, que dificilmente seria alcanadade outro modo e em um curto perodo. Como resultado, o pas tem hoje representao nas principais cpulas

    internacionais, como o Conselho de Segurana da ONU (Organizao das Naes Unidas) e o G20.O Brasil entrou no grupo em razo do crescimento econmico, ocorrido principalmente a partir de 2005.Esse crescimento foi possvel por causa do controle da inflao, com a implantao do Plano Real, em 1994,e o aumento das exportaes para pases como China, principal parceiro comercial, a partir de 2001.

    Com a estabilidade econmica, veio a confiana do mercado e o aumento do crdito para empresas econsumidores. O setor privado contratou mais gente, gerando mais empregos, e houve aumento de salrios,fazendo que, entre 2005 e 2006, 30 milhes de brasileiros migrassem das classes D e E para a C, a classemdia. Contribuam tambm, para isso, programas sociais como o Bolsa Famlia. Assim, mais pessoaspassaram a consumir, aquecendo o mercado de varejo.

    Desigualdade

    Os programas do governo Lula tambm tiveram reflexos no mbito da justia social. Na ltima dcada emeia, o pas foi o nico entre os Brics a reduzir a desigualdade, de acordo com a OCDE (Organizao para aCooperao e Desenvolvimento Econmico). Porm, mesmo assim, a distncia entre ricos e pobres no Brasilainda a maior entre os pases emergentes.

    A desigualdade medida pelo ndice Gini, que caiu de 0,61 para 0,55 entre 1993 e 2008 (quanto menor ovalor, melhor o ndice). Nos demais pases do Brics, houve aumento. Mesmo assim, o Gini do Brasil o

    maior entre eles e o dobro da mdia dos pases ricos: no Brasil, 10% dos mais ricos ganham 50 vezes maisdo que os 10% mais pobres.

    Outro desafio para o pas fazer ajustes na poltica econmica. A divulgao do resultado do PIB do terceirotrimestre deste ano, que registrou uma variao zero em relao ao trimestre anterior, apontou adesacelerao da economia. Para sair da estagnao, o governo ter que fazer reformas, inclusive no sistemade tributao, para estimular o investimento por parte do setor privado.

    Crise do Euro

    Unio monetria faz dez anos na Europa

    H dez anos, em 1o de janeiro de 2002, entrou oficialmente em circulao o euro, a moeda nica corrente empases que compem a Unio Europeia (UE). Na poca, o lastro monetrio simbolizava a integrao docontinente que, no sculo 20, enfrentou duas guerras mundiais e uma diviso ideolgica que quase provocouuma terceira. Hoje, porm, o euro sinnimo de incertezas, numa crise que ameaa a futuro da segundamaior economia do planeta.

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    A Eurozona composta por 17 dos 27 Estados-membros da Unio Europeia: Alemanha, ustria, Blgica,Chipre, Eslovquia, Eslovnia, Espanha, Estnia, Finlndia, Frana, Grcia, Irlanda, Itlia, Luxemburgo,Malta, Pases Baixos e Portugal. Na ocasio em que o euro foi institudo, Dinamarca, Sucia e Reino Unidooptaram por no aderir ao projeto e mantiveram suas moedas locais.

    O euro usado diariamente por 332 milhes de europeus. A moeda tambm a segunda maior reservamonetria internacional e a segunda maior comercial, atrs somente do dlar americano.

    Apesar disso, a Europa enfrenta desde 2009 uma crise de dbitos que ameaa a estabilidade do bloco,obrigando os governos a fazer reformas impopulares. Em 2012, o desafio dos lderes europeus ser mantertodos os pases integrantes da Zona do Euro, de modo a impedir o enfraquecimento da aliana.

    Desde 1999, a moeda que passou a ser usada pelos europeus h uma dcada j era corrente entre osmercados financeiros. Nesse ano, os governos aboliram moedas locais como o marco alemo, a lira italiana,a peseta espanhola e o franco (belga e francs) nas transaes comerciais entre pases. O objetivo era unirmais as naes, em um bloco com maior representao poltica, e gerar mais desenvolvimento econmico,pois o sistema monetrio integrado facilitaria o comrcio e os negcios entre os pases.

    Nos primeiros anos, tudo caminhava bem e os europeus estavam entusiasmados com a novidade. E, mesmono correspondendo s projees mais otimistas, houve crescimento de at 15% na economia da UE. Outrobenefcio da adoo da moeda nica foi o controle da inflao, que em mdia no ultrapassa os 2%.Empresas tambm pouparam dinheiro com os custos de transaes cambiais somente na indstriaautomobilstica, a economia chegaria a 500 milhes de euros por ano.

    Grcia

    Os problemas comearam com a crise econmica de 2008, que atingiu o calcanhar de Aquiles da Zona doEuro. Em uma dcada de moeda nica, no houve uma poltica fiscal comum que regulasse o mercado,deixando o sistema exposto a especulaes de alto risco e endividamento desmedido dos Estados.

    O colapso iniciou-se na Grcia, bero da democracia ocidental. O pas gastou muito alm do que seuoramento permitia em programas sociais, na folha de pagamento dos servidores pblicos, em penses eoutros benefcios. Para pagar as contas, o Estado adquiriu emprstimos junto a instituies bancrias.

    A dvida pblica grega atingiu 124,9% do PIB (Produto Interno Bruto), mais do que o dobro permitido naEurozona (60%). O dficit no oramento, isto , a diferena de quanto o pas gasta e quanto arrecada,

    correspondia a 13,6% do PIB grego em 2009, ndice mais de quatro vezes a porcentagem tolerada de 3%.

    A crise atingiu outros pases da Zona do Euro, que tambm esto em condies fiscais debilitadas, comoIrlanda (dficit de 14,3% do PIB), Espanha (11,2%) e Portugal (9,4%). Os dficits oramentrios dessesgovernos, que tiveram de socorrer a economia injetando recursos pblicos durante a crise e sofreram quedade receitas, so os piores desde o perodo da Segunda Guerra Mundial.

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    Alm disso, a ameaa de anunciarem calotes em suas dvidas causou desconfiana nos mercados. Comoconsequncia, tornou-se mais difcil para empresas e governos refinanciarem suas dvidas, aprofundando arecesso no bloco. Em 2010, no auge da crise, o euro acumulou perdas de 14% perante o dlar.

    Os Estados enfrentaram a situao com programas e pacotes de estmulo ao mercado. Entre as medidas,algumas impopulares, como aumento dos impostos e corte em programas sociais, que afetaram o modelo dejustia social do capitalismo europeu.

    Poltica

    Atingida no bolso, a populao reagiu com protestos em toda a Europa, alguns mais organizados, como omovimento dos Indignados na Espanha. Na esteira da crise, nove presidentes e primeiros-ministros foramdestitudos do cargo, entre eles o premi grego George Papandreou e o italiano Silvio Berlusconi.

    No plano poltico, a Europa parece tambm ter regredido. A insatisfao com a economia fez tambm

    ressurgir partidos de direita e grupos de extrema direita, aprofundando divises ideolgicas. Ainda quecompartilhem moeda, bandeira e instituies em comum, cises entre governos mostram que falta unidadepoltica aos europeus, pondo em risco o plano de integrao.

    A despeito de todos os problemas, o risco do fim do euro mnimo, pois os prejuzos seriam compartilhadospor todos. Se a moeda fosse abolida, poderia haver uma valorizao muito grande de moedas nacionaisfortes como o marco alemo. Isso prejudicaria as exportaes da Alemanha, gerando desemprego em massano pas. Mesmo a sada de algum membro, como a Grcia, algo que se tenta evitar a todo o custo, poisafetaria a estabilidade do bloco.

    Estados Unidos retiram seus ltimos soldados do Iraque

    Da BBC Brasil

    O ltimo peloto de soldados dos Estados Unidos baseados no Iraque deixou o pas e cruzou a fronteira como Kuwait, encerrando a operao de retirada americana, nove anos aps a invaso que derrubou SaddamHussein.

    A diviso formada por 100 veculos blindados, transportando 500 soldados, cruzou o deserto do Sul doIraque entre a madrugada de sbado e a manh deste domingo (18).

    No auge da presena militar americana no Iraque, o pas chegou a contar com mais de 170 mil soldados e umtotal de 500 bases. O conflito matou cerca de 4.500 soldados dos Estados Unidos e milhares de iraquianosdesde o incio da campanha militar, em 2003. A guerra teve custo de cerca de US$ 1 trilho para os cofresamericanos.

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    Com a sada das foras americanas, o Iraque espera poder conter as exploses de violncia que aindaocorrem no pas, por meio de suas foras de segurana treinadas pelos Estados Unidos. Mas atentados econfrontos deixam, em mdia, 350 pessoas mortas todos os meses no Iraque.

    De acordo com o correspondente da BBC em Teer, Jim Muir, a segurana precisa estar ligada estabilidadepoltica, outro grande desafio enfrentado pelo pas.

    Em meio retirada americana, uma crise poltica comeou em Bagd, com deputados do bloco Iraqyya, doprimeiro-ministro Ayyad Allawi, se retirando do Parlamento, no sbado (17).

    A faco poltica, formada por muulmanos sunitas, acusa o governo predominantemente xiita do presidenteNouri Al Maliki de concentrar demasiado poder.

    H tambm tenses em duas regies predominantemente sunitas, que querem se declarar autnomas, aexemplo do que fizeram os curdos no Norte do Iraque.

    Existe ainda uma convico generalizada de que com a sada dos americanos, a influncia iraniana sobre oIraque ir aumentar.

    Os Estados Unidos vo manter no pas apenas 157 soldados responsveis por treinamento na Embaixadaamericana, assim como um pequeno contingente de fuzileiros navais responsveis pela segurana da missodiplomtica.

    Fonte: EBC

    Publicado em: 19/12/2011

    Suspeita de fraude eleitoral motiva protestos

    Denncias de fraudes em eleies parlamentares provocaram a maior onda de protestos na Rssia contra ogoverno desde o fim do regime comunista em 1991. As manifestaes reuniram milhares de pessoas emMoscou, capital, e outras dezenas de cidades russas.

    As eleies para o Parlamento, ocorridas dia 4 de dezembro, terminaram com a vitria do partido doprimeiro-ministro Vladimir Putin. O partido governista, Rssia Unida, obteve 49% dos votos contra oPartido Comunista, que ficou em 19%.

    Apesar de ter encolhido passando de 64%, nas ltimas eleies, para 49% a legenda de situao mantevea maioria, obtendo 238 das 450 cadeiras da Duma (parlamento russo). Por outro lado, cresceu arepresentatividade da oposio, formada por comunistas, nacionalistas e social-democratas.

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    As acusaes de fraude foram feitas por observadores internacionais da OSCE (Organizao para aSegurana e Cooperao na Europa) e a PACE (Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa). NaRssia, o grupo Golos apontou o registro de 5,3 mil irregularidades.

    O Golos o nico grupo independente que monitora as eleies russas. Ele mantido com fundos vindo dosEstados Unidos e da Europa. Depois de ter denunciado irregularidades nas urnas, o site do grupo sofreuataque de hackers.

    Nas eleies parlamentares anteriores, de 2007, nas quais Putin tambm saiu vitorioso, aconteceram asmesmas acusaes de fraudes. Mas, neste ano, pela primeira vez o Kremlin foi alvo da insatisfao doseleitores.

    Aps a votao, os protestos tomaram conta da capital e outras cidades por trs dias seguidos. Centenas depessoas foram presas em manifestaes em Moscou e So Petersburgo, as maiores cidades russas. Apesardas autoridades terem liberado locais para protestos, mediante negociaes com lderes de oposio, houveconfrontos com a polcia.

    Manifestantes usaram a internet, celulares e redes sociais para disseminar informaes sobre supostasirregularidades na votao. Isso foi possvel devido ao maior contingente de russos com acesso a novastecnologias.

    At mesmo o ex-lder sovitico Mikhail Gorbatchev pediu que as eleies fossem anuladas. O governo,contudo, descartou qualquer anulao dos resultados e sustentou a legitimidade do pleito.

    A situao teve repercusso internacional e esfriou ainda mais as relaes entre Rssia e Estados Unidos.

    Putin acusou o governo americano de incentivar a oposio, em razo de a secretria de Estado americana,Hillary Clinton, ter manifestado reservas quanto aos resultados da votao.

    Putin est h 12 anos no poder na Rssia. Ele foi presidente entre 2000 e 2008 e depois primeiro-ministro,cargo que ocupa atualmente. O premi favorito para a eleio presidencial em maro do prximo ano. Asmanifestaes, no entanto, podem mudar esse quadro.

    A Rssia o maior pas do mundo em rea, o nono mais populoso (142 milhes de habitantes) e a sextaeconomia do planeta. Por 74 anos, a URSS (Unio das Repblicas Socialistas Soviticas) foi umasuperpotncia militar e modelo de Estado comunista.

    Reformas polticas e econmicas derrubaram o regime comunista em 1991. Seguiu-se uma crise econmicaque, nos anos 1990, causou a contrao do PIB (Produto Interno Bruto) em 40%.

    A partir de 1998, por uma dcada, a alta do preo do petrleo impulsionou um perodo de crescimentoeconmico o PIB registrou aumento de 185%, uma mdia anual de 7,3%. Por isso, o pas foi includo noBrics, grupo das economias em desenvolvimento, que inclui Brasil, ndia, China e frica do Sul. Em 2008, acrise econmica mundial derrubou as exportaes e trouxe um perodo de recesso.

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    No plano poltico, a Rssia no abandonou por completo o Estado autoritrio dos tempos de Stalin. Adespeito de ter adotado a democracia e o regime semipresidencialista, abolindo o domnio do PartidoComunista, o partido Rssia Unida, do premi Putin e do presidente Dmitri Medvedev, dominam a cenapoltica.

    Putin (ex-oficial da KGB, o servio secreto russo), acusado de perseguir inimigos polticos; reprimir comviolncia os separatistas da Chechnia; atos de corrupo; e censura velada aos meios de comunicao dopas, por meio do controle estatal dos canais de TV.

    Os bons rumos da economia russa fizeram Putin desfrutar da aprovao de 78% do eleitorado, o que garantiusua reeleio presidencial. Ao trmino do mandato, foi empossado premi pelo presidente Medvedev, eapontado como seu sucessor.

    Se Putin for eleito presidente em 2012, Medvedev dever ser empossado primeiro-ministro, invertendo asposies atuais dos polticos e garantindo, assim, a permanncia do mesmo grupo no poder. Mas agora osplanos de Putin enfrentam obstculos com a oposio, que prometeu continuar os protestos da primaverarussa.

    Kim Jong-il

    Lder norte-coreano ameaou o mundo com confronto nuclear

    O ditador norte-coreano Kim Jong-il, morto no dia 17 de dezembro, transformou seu pas em uma potnciamilitar que, nos ltimos cinco anos, ameaou o planeta com um programa nuclear com fins militares. Adinastia de Jong-il comanda h meio sculo a Coreia do Norte, um dos pases mais pobres e fechados domundo.

    O lder comunista morreu de ataque cardaco enquanto viajava de trem, prximo capital Pyongyang. Oanncio foi feito pela TV estatal na segunda-feira (19), dois dias depois da morte. Ele estava com 69 anos edoente desde 2008, quando o servio de inteligncia norte-americano informou que havia sofrido umderrame cerebral.

    A notcia da morte de Jong-il levou apreenso aos pases vizinhos na sia. A Coreia do Norte continuatecnicamente em guerra com a vizinha Coreia do Sul, quase 60 anos aps assinado o armistcio (cessar-fogo).

    Por conta do risco de instabilidades na transio de poder, a Coreia do Sul colocou suas Foras Armadas emestado de alerta mximo, e afirmou que a vizinha do Norte fez testes com msseis, logo depois docomunicado da morte do ditador.

    Jong-il comandava h 17 anos a repblica fundada por seu pai, Kim Il-sung, aps a diviso das Coreias, aofim da Segunda Guerra Mundial. Ele era chamado de querido lder e cultuado como uma espcie de

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    divindade por seu povo, com imagens suas espalhadas por todo o pas. Para os ocidentais, era visto comouma figura de aparncia extica, com culos escuros enormes e penteados extravagantes.

    O Partido Trabalhista anunciou que o filho mais novo do ditador, Kim Jong-un, substituiu o pai no cargo.

    Pouco se sabe sobre o sucessor. Jong-un estudou na Sua e estima-se que tenha 28 anos (nasceu em 1983 ou1984). Ele foi escolhido ano passado para suceder o pai em 2012. A inexperincia poltica de Jong-un,entretanto, poder dificultar a manuteno do regime comunista norte-coreano.

    Armas atmicas

    A Coreia do Norte possui um PIB de US$ 28 bilhes, menor do que pases africanos e 36 vezes menor doque a Coreia do Sul, de US$ 1, 007 trilhes. Apesar disso, possui o quarto maior exrcito do mundo, com 1,1milho de soldados na ativa (ou 20% da populao masculina com idade entre 17 e 54 anos). O nmero s menor que os efetivos dos exrcitos da China (2,3 milhes), Estados Unidos (1,5 milhes) e ndia (1,3milhes).

    O Estado norte-coreano conta ainda com armas nucleares entre 2 e 9 e msseis de mdio alcance, quepermitem atingir pases vizinhos como Coreia do Sul e Japo.

    A militarizao da Coreia do Norte comeou aps a Guerra Fria. Ao fim da Segunda Guerra Mundial, oJapo desocupou a Coreia, que foi dividia em dois pases: a do Sul ficou sob o controle dos Estados Unidos,enquanto a do Norte foi ocupada pela antiga Unio Sovitica.

    Entre 1950 e 1953, as duas Coreias travaram guerra. Os confrontos foram suspensos por um cessar-fogo quedura at hoje, sem que um acordo de paz fosse assinado.

    Com o fim da Unio Sovitica e a derrocada dos regimes comunistas no Leste Europeu, a Coreia do Nortesofreu abalos econmicos. Sem os antigos parceiros comerciais, mergulhou num perodo de escassez dealimentos que, aliado aos desastres naturais, teria causado a morte de cerca de dois milhes de norte-coreanos nos anos de 1990.

    Mesmo assim, Jong-il aplicou a maior parte dos recursos econmicos na rea militar, e passou a chantagearpases ocidentais com um programa atmico. Em 2006 e 2009, Pyongyang realizou dois testes com armasnucleares, violando a resoluo 1.718 do Conselho de Segurana da ONU (Organizao das Naes Unidas).Desde ento, a ONU vem pressionado o pas comunista para que suspenda os testes e abandone o programa.

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    Ministros do G20 criticam protecionismo e defendem negociaes de Doha

    Luana Loureno - Reprter da Agncia Brasil

    s vsperas da 8 Conferncia Ministerial da Organizao Mundial do Comrcio (OMC), que comea nasexta-feira (16) em Genebra, na Sua, ministros do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo)defenderam hoje (14) a Rodada Doha e criticaram medidas protecionistas do comrcio de bens agrcolas quetm dificultado um acordo e prejudicado pases de menor desenvolvimento.

    Notamos com preocupao o corrente impasse no processo de reforma do comrcio de bens agrcolas naOMC e ressaltamos a necessidade de que sejam melhoradas as regras existentes sobre agricultura, diz a

    declarao conjunta dos ministros do bloco.A Rodada Doha um ciclo de negociaes para liberalizao do comrcio mundial, iniciado em 2001. Osprincipais impasses esto nas negociaes entre pases em desenvolvimento e os desenvolvidos nos setoresda agricultura, facilitao de comrcio, dos servios e manufaturados. Os pases ricos querem mais acessoaos mercados de produtos industriais emergentes e os pases em desenvolvimento querem garantias de vendade seus produtos agropecurio, sem barreiras protecionistas, como as adotadas pelos Estados Unidos.

    Na declarao oficial, os ministros do G20 defendem um processo multilateral verdadeiramentetransparente e inclusivo, mas reconhecem a possibilidade de fechar acordos parciais para o comrcio deprodutos agropecurios fora da Rodada Doha. A discusso sobre possveis resultados antecipados no

    implica abandono do mandato de Doha. Salientamos, ademais, que qualquer acordo que venha a serconcludo antes do trmino integral da Rodada deve conferir prioridade a temas relativos agricultura,defendem.

    O grupo ainda critica o aumento do protecionismo no setor agrcola sem a devida fundamentao tcnica oucientfica e sem o respaldo da OMC. Tais medidas afetam os pases em desenvolvimento de formadesproporcional e constituem mais uma injustificada barreira que os pases em desenvolvimento tm desuperar para usufruir plenamente seus direitos previstos nas normativas da OMC.

    Em declarao conjunta dos Brics, os ministros do Brasil, da Rssia, ndia, China e frica do Sul, que

    formam o bloco, tambm criticaram medidas protecionistas dos pases desenvolvidos no setor agrcola,alertando para riscos de segurana alimentar em pases que ficam margem do comrcio global. No entanto,o grupo defende que os pases emergentes possam dispr de instrumentos para proteger suas economias,respeitando as regras multilaterais. Destacamos a necessidade dos pases em desenvolvimento de preservare utilizar, quando necessrio, toda sua capacidade de adotar medidas consistentes com as regras da OMC.

    Edio: Acio Amado

    Fonte: EBC

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    Bandeira da Palestina hasteada na sede da Unesco

    Renata Giraldi - Reprter da Agncia Brasil

    A bandeira da Palestina foi hasteada hoje (13), pela primeira vez, na sede da Organizao as Naes Unidaspara a Educao, a Cultura e a Cincia (Unesco), em Paris, na Frana. O hasteamento uma celebrao integrao da Palestina entre os membros da Unesco, que ocorreu em outubro e gerou reaes dos EstadosUnidos, que suspenderam os repasses para a agncia.

    A cerimnia de hoje contou com as presenas do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud

    Abbas, da diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, da presidenta da conferncia geral do rgo, KatalinBogyay. Tambm participaram os presidentes do Conselho Executivo da entidade, Alissandra Cummins, edos grupos regionais.

    A Palestina foi eleita integrante da Unesco em 31 de outubro, durante a sesso 36 da conferncia geral. Aeleio contou com o apoio do governo brasileiro. Em discurso, a presidenta Dilma Rousseff saudou oingresso dos palestinos no rgo. A Unesco foi a primeira agncia da Organizao das Naes Unidas(ONU) a admitir a Palestina como um membro pleno.

    Edio: Juliana Andrade

    Fonte: EBC

    Publicado em: 14/12/2011

    Proposta de diviso do Par rejeitada por 66,6% dos eleitores

    Renata Giraldi - Reprter da Agncia Brasil

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou 0h40 da madrugada de hoje (12) a apurao final doplebiscito sobre a proposta de diviso do estado do Par. Pelo resultado, 66,6% dos eleitores rejeitaram acriao dos estados de Carajs e do Tapajs, enquanto 33,4% se disseram favorveis. Houve 1,05% de votosnulos e 0,41% em branco, em um total de 3,6 milhes de votos vlidos.

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    Pelos dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Par, 4.848.495 eleitores estavam aptos a votar, mashouve 1.246.646 abstenes, o equivalente a 25,71% do total. Os eleitores compareceram a 14.249 seesespalhadas em todo o estado.

    Na votao, o eleitor teve de responder sim ou no a duas perguntas. Na primeira, se era a favor da divisodo estado do Par para a criao do estado do Tapajs; e na segunda, se era a favor da diviso do Par para acriao do estado de Carajs.

    O presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, disse ontem (11), em Belm, que a realizao do plebiscitorepresentou "um momento histrico" e comemorou o fato de a votao ter ocorrido de forma "ordeira epacfica".

    "Realmente um momento histrico extremamente importante, e isso mostra que a democracia brasileiraest amadurecida e consolidada, disse o ministro. Novamente o povo brasileiro, notadamente o povoparaense, comparece s urnas de forma absolutamente ordeira e pacfica para manifestar a sua opinioquanto possvel separao do estado.

    Lewandowski lembrou que o gasto com a realizao do plebiscito foi inferior ao estimado inicialmente, queera aproximadamente R$ 25 milhes. Segundo ele, as despesas ficaram em torno de R$ 19 milhes,incluindo o uso das Foras Armadas.

    Edio: Graa Adjuto

    Fonte: EBC

    Publicado em: 12/12/2011

    G-20: Posio da Grcia no cenrio de crise expe diviso e vulnerabilidade da Unio Europeia

    Ao abrir-se a reunio do G-20, em Cannes, sob a presidncia da Frana, os pases da zona do euro e da UE(Unio Europeia) apresentam-se divididos e vulnerveis s presses dos Estados Unidos e dos Brics grupo

    que rene Brasil, Rssia, ndia e China. Vulnerabilidade que decorre, em grande parte, da posio da Grciano cenrio de crise.

    Obtido na madrugada do dia 27 de outubro, depois de muitas reunies tcnicas e de intervenes diretas dachanceler alem, Angela Merkel, e do presidente francs, Nicolas Sarkozy, o acordo sobre a zona euro e advida grega foi saudado como uma etapa importante da construo europeia.

    Apenas alguns dias depois, tudo parece rolar por gua abaixo com a deciso de George Papandreou, oprimeiro ministro socialista grego, de submeter o acordo a um referendo nacional. Sem data certa a

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    imprensa grega diz que o voto popular ser provavelmente realizado em janeiro , o anncio do referendo jprovocou uma queda nas bolsas e gerou novas tenses na UE.

    Segundo este acordo, em troca de severas restries oramentrias controladas pela UE, o FMI (Fundo

    Monetrio Internacional) e o Banco Central Europeu, a Grcia obteria um abatimento de 50% em sua dvidacom os bancos europeus e novos emprstimos da Unio Europeia. Alvo de protestos em seu pas,Papandreou resolveu transferir para o eleitorado grego a responsabilidade pelo acordo que endossou emBruxelas na quinta feira passada.

    Questionada por deputados de sua prpria legenda, a atitude do primeiro-ministro ameaa novamente amoeda nica europeia. A notcia surpreendeu e irritou os outros governos europeus, j que nada levava a crerque Papandreou fizesse esta altssima aposta poltica. De fato, uma sondagem recente indicou que 60% dosgregos desaprovam o acordo de Bruxelas. O primeiro-ministro grego pensa que poder virar o jogo eleitorale obter uma maioria favorvel ao acordo no referendo do ms de janeiro. Mas os especialistas observam que

    a Grcia tem pouca experincia em referendos e que, num escrutnio de um s turno que exige maioriaabsoluta, a vitria de Papandreou no ser fcil. Como declarou ao Financial Times uma alta fonte da UE,o anncio do referendo foi como um raio num cu azul. No meio tempo, interveio a notcia da falncia dacorretora americana MF Global, causada por seus investimentos nos ttulos das dvidas da Blgica, Itlia,Irlanda e Portugal.

    Mencionada de maneira discreta, a hiptese de uma excluso da Grcia da zona euro agora tema dediscusso entre as lideranas europeias. Depois de o presidente Sarkozy declarar que o acordo europeu paraa adeso de Atenas ao euro, realizado no final dos anos 1990, havia sido um erro, um editorial do jornal LeMonde afirma que o anncio do referendo grego leva a questionar a presena da Grcia na zona euro.

    Nestas circunstncias, as dissenses entre os pases membros da zona euro aparecem luz dia. No serestringindo Grcia. Numa conferncia de imprensa no fim de semana, ao ser interrogado sobre acredibilidade do plano italiano de conteno de despesas pblicas, o presidente Sarkozy sorriu ironicamente.Foi o que bastou para surgir uma crise poltica entre Paris e Roma, com o ministro italiano dos negciosestrangeiros, Franco Frattini, acusando a Frana de atiar um ataque dos especuladores contra a Itlia.

    Brasil fica em 84 em ranking de desenvolvimento humano

    Brasil ocupa a 84 posio no ranking do IDH 2011 (ndice de Desenvolvimento Humano), em uma lista quetraz 187 pases. O Brasil avanou uma posio em relao ao ano passado e tem desenvolvimento humanoconsiderado alto, segundo o relatrio divulgado nesta quarta-feira pelo Pnud (Programa das Naes Unidaspara o Desenvolvimento).

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    O IDH considera basicamente trs aspectos: sade, educao e renda. Para o Brasil, foram levados em contaos seguintes dados: 7,2 anos mdios de estudo, 13,8 anos esperados de escolaridade, alm de expectativa devida de 73,5 anos. Em relao ao rendimento, foi registrada uma Renda Nacional Bruta per capita de US$10.162 (ajustados pelo poder de compra).

    Veja mapa do desenvolvimento humano abaixo

    O IDH varia de 0 a 1 --quanto mais prximo a 1, melhor a posio do pas no ndice. Considerando aevoluo do Brasil ao longo do tempo, o valor passou de 0,549 (em 1980) para 0,665 (em 2000), chegandoneste ano ao patamar de 0,718.

    Tuca Vieira/Folhapress

    Embora se enquadre na categoria de pas com desenvolvimento humano elevado, o Brasil fica atrs de dezpases da Amrica Latina. Na regio, apenas Chile e Argentina tm desenvolvimento humano consideradomuito elevado.

    TOPO DO RANKING

    No ranking deste ano, a Noruega voltou a ocupar a 1 posio da lista, seguida por Austrlia e Holanda. OsEstados Unidos ficaram em 4 lugar. Todos esses pases tm desenvolvimento humano considerado muitoelevado, de acordo com o relatrio apresentado pelo Pnud.

    Na Noruega, por exemplo, a mdia de escolaridade de 12,6 anos, enquanto no Brasil essa taxa fica em 7,2anos.

    Todos os dez ltimos colocados no ranking esto na frica. A Repblica Democrtica do Congo ocupa altima posio (187), com o menor ndice de desenvolvimento humano, seguida por Niger e Burundi.

    Nos ltimos anos, cerca de 3 milhes de pessoas morreram vtimas da guerra na Repblica Democrtica doCongo, onde a esperana de vida ao nascer de apenas 48,4 anos, segundo o relatrio do Pnud.

    AJUSTE

    Desde o ano passado, o Pnud divulga tambm o IDH-D (o IDH ajustado desigualdade). Esse ndicecontabiliza a desigualdade na distribuio de renda, educao e sade. Alguns pases tm pontos"descontados", como o caso do Brasil. O IDH do Brasil neste ano 0,718, enquanto o ndice ajustado desigualdade fica em 0,519.

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    Outro ndice divulgado pelo relatrio o IDG (ndice de Desigualdade de Gnero), que se baseia em trspilares (sade reprodutiva, autonomia e atividade econmica). No clculo, so considerados dados como amortalidade materna e a taxa de participao no mercado de trabalho.

    Numa lista de 146 pases, o Brasil ficou com a 80 posio do IDG. Um dos aspectos que pesou foi o fato deo Brasil, segundo o relatrio, ter apenas 9,6% dos assentos parlamentares ocupados por mulheres.

    Ruralistas pressionam e governo aceita flexibilizar Cdigo Florestal

    CLAUDIO ANGELO

    DE BRASLIA

    Uma presso de ltima hora da bancada ruralista fez o governo recuar em mais um ponto do CdigoFlorestal: a recuperao de APPs (reas de preservao permanente) em margens de rio.

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    Numa reunio na noite desta tera-feira (8) no Ministrio do Meio Ambiente, ficou acordado que o senadorLuiz Henrique (PMDB-SC), relator do cdigo nas comisses de Agricultura e Cincia e Tecnologia,escreveria uma emenda isentando de recuperar matas ciliares as propriedades que medem de 4 a 15 mdulosfiscais. Na Amaznia, propriedades de at 1.500 hectares em rios de at 10 metros de largura poderiam ser

    beneficiadas. Em todo o pas, 300 mil fazendeiros podero receber a anistia.

    O "entendimento" permitiu que fossem derrubadas, na votao desta quarta-feira, uma emenda do senadorAcir Gurgacz (PDT-RO) e uma do senador Cassildo Maldaner (PMDB-SC), que visavam dispensar todos osproprietrios rurais que desmataram at 22 de julho de 2008 de repor florestas em margens de rios. Tambmcaiu, porm, uma emenda do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) que esclarecia que todos osproprietrios teriam de recompor matas ciliares.

    As emendas da bancada ruralista foram propostas mesmo depois de representantes do agronegcio, entreeles a senadora Ktia Abreu (PSD-TO), terem se comprometido com a ministra do Meio Ambiente, Izabella

    Teixeira, a aceitarem a proposta de Luiz Henrique para as APPs.O texto do peemedebista, costurado em conjunto com o governo, previa a consolidao de reas ruraisdesmatadas at 2008. Porm, obrigava os proprietrios em margens de rios pequenos (at 10 m de largura) arecompor pelo menos 15 metros das matas ciliares.

    Os ambientalistas no gostaram da redao, que veem como uma anistia: afinal, verso do cdigo vigentehoje data de 2001. Quem desmatou entre 2001 e 2008 sabia muito bem o que estava fazendo --e agora serobrigado a repor apenas metade das APPs, que pela regra atual so de 30 metros.

    Os ruralistas tambm no gostaram. Na tera-feira, durante a votao do texto-base de Luiz Henrique nas

    duas comisses, Ktia Abreu defendeu a continuidade da ocupao das APPs, como determina a polmicaverso do Cdigo Florestal aprovada na Cmara --e que a presidente Dil