Oct 17, 2015
ESTADO DO PARAN SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAO
DEPARTAMENTO DE ENSINO DE JOVENS E ADULTOS
PORTUGUS Ensino Fundamental Fase II
CADERNO 3
CEEBJA PLO PARANAVA CEEBJA PLO
JACAREZINHO
LONDRINA CEEBJA PLO MARING CEEBJA PLO
UMUARAMA
CEEBJA PLO TOLEDO
CEEBJA PLO CASCAVEL
CEEBJA PLO PATO BRANCO
CEEBJA PLO GUARAPUAVA
CEEBJA PLO PONTA GROSSA
CEEBJA PLO CURITIBA
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GOVERNO DO ESTADO DO PARAN Jaime Lerner
SECRETRIA DE ESTADO DA EDUCAO Alcyone Saliba
DIRETORA GERAL DA SEED Snia Loyola
CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ENSINO SUPLETIVO Regina Clia Alegro
ASSISTENTE TCNICO ADMINISTRATIVO Annete Elise Siedel
CONSULTORIA PARA ELABORAO (1 VERSO) Prof Dr Vanderci de Andrade Aguilera
Universidade Estadual de Londrina
COORDENAO Jlia Gerin - SEED / DEJA
EQUIPE ELABORADORA
Benedita C.G. Ramos CEEBJA de Londrina Ceci de Oliveira Rodrigues CEEBJA de Ponta Grossa
Elei Kloster CEAD de Curitiba Maria H. dos Santos Pelizaro CEEBJA de Maring
Marlene Ap. Lipori CEEBJA de Maring Marlene Brando CEEBJA de Guarapuava
Rosria F. dos Santos CEEBJA de Londrina Swame W. Sanches CEEBJA de Maring
EQUIPE REVISORA (VERSO ATUAL) CEAD Curitiba
CEEBJA Guarapuava CEEBJA Londrina CEEBJA Maring
CEEBJA Ponta Grossa
CAPA Rosngela Gonalves de Oliveira
DIAGRAMAO, COMPOSIO E ARTE FINAL Ricardo Composio Grfica Londrina
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NNN DDD III CCC EEE
UNIDADE 1 - O Texto Descritivo Texto 1-A - O cachorro engraadinho Ceclia Meireles . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 Texto 1-B - Prima Julieta Murilo Mendes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Texto 1-C - Cidadezinha Mrio Quintana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Analisando a estrutura da lngua Substantivo Adjetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Exercitando a escrita - Formao de substantivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 UNIDADE 2 - O Texto Narrativo I Texto 1 - Lisete Clarice Lispector . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Texto 2 - Chuva Edson Gabriel Garcia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Analisando a estrutura da lngua Pronomes Pessoais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
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NIDA UUUNNNIIIDDDAAADDDEEE
000111
O TEXTO DESCRITIVO
E 1UNIDA
DE 0 1
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I N T R O D U O
Os textos que voc vai analisar nesta unidade so textos descritivos. Voc sabe o que uma descrio ?
A descrio um tipo de texto que procura retratar, atravs de palavras, as caractersticas de uma pessoa, de um objeto, de um animal, de uma paisagem ou de uma situao qualquer.
Um bom texto descritivo aquele que permite que o ser descrito seja identificado pelo que ele tem de particular, de caracterstico em relao aos outros seres da mesma espcie.
Os textos que apresentaremos a seguir descrevem animal, objeto e pessoa. Vejamos como essa forma de escrever foi explorada.
I - Lendo o Texto
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T E X T O 0 1-A
Em nossa convivncia com os seres, desenvolvemos uma imensa capacidade de amar. Amamos as pessoas e somos capazes at de dar amor aos animais. Voc j teve um bicho de estimao ? Lembra-se de como era esse seu animalzinho ?
A - DESCRIO DE ANIMAL
O cachorro engraadinho
Ceclia Meirelles
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H coisa mais triste que um menino sem irmos nem companheiros, fechado num apartamento ? Foi por isso que a famlia resolveu arranjar um cachorrinho para brincar com o filho nico. Os brinquedos, afinal, so mquinas e acabam por enfastiar; o cachorrinho um brinquedo vivo, quase humano, o melhor amigo do homem etc. E veio o cachorrinho, muito engraadinho. Todos os cercaram, encantadssimos. Dizem que os ces sempre se parecem com os seus donos: este parecia-se com os donos, com os amigos dos donos e at com os empregados da casa. No se pode ser mais amvel. Era pretinho, lustroso, com umas malhas cor de mel em certos lugares do focinho e do corpo. Orelhas sedosas e moles, e um rabinho que o menino logo descobriu poder funcionar como manivela. E assim o utilizou.
O cachorrinho tambm parecia contentssimo, e pulava para c e para l, e s vezes parecia um cavalinho em miniatura. Mas era uma miniatura Pinscher.
No era s engraadssimo; era inteligentssimo. Se lhe ensinassem, creio que chegaria a atender o telefone. Instalou-se no apartamento como se fosse o seu principal habitante. A vida passou a girar em torno dele. Deram-lhe coleira, casaquinho, osso artificial para brincar, puseram-lhe nome, compraram-lhe biscoitos. Pensando bem, era muito mais feliz que o menino de cuja felicidade se cogitava. Talvez ele at entendesse o que diziam a seu respeito, pois a cozinheira reparou que sua inteligncia excedia a das criaturas humanas. Via-o fitar um ponto no vazio, acompanhar uma presena invisvel, para a qual latia, demonstrando ser um animal dotado de poderes sobrenaturais: um cozinho vidente. Nessas condies, nem precisava entender a nossa linguagem: podia captar diretamente os pensamentos...
O cachorrinho engraadinho recebia as visitas com grande efuso. Mordia-as de brincadeira nas pernas e nos braos, s vezes puxava um fio de meia - mas era muito engraadinho - dava saltos verticais que nem um bailarino, e, como estava na muda dos dentes, babava as pessoas com muito entusiasmo e de vez em quando deixava cair por cima delas um de seus dentinhos, to brancos e primorosos que pareciam de matria plstica.
Alm de receber as visitas, o cachorrinho engraadinho sentava-se ao lado delas, acompanhava com os olhos as suas expresses, despedia-se delas com muita gentileza.
Acostumou-se de tal modo famlia que no quis mais dormir sozinho, passou a ocupar o melhor lugar das camas, como ocupava o das poltronas. E quis tambm comer mesa, escolhendo uma cadeira e colocando as
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E quis tambm comer mesa, escolhendo uma cadeira e colocando as patinhas no lugar que a etiqueta recomenda, e que j bem poucas pessoas conhecem como se pode observar em qualquer restaurante.
At certo ponto o cachorrinho engraadinho foi um divertimento, salvo quando molhava os tapetes ou as almofadas.
Vocabulrio artificial - postio, fabricado, no natural captar - entender, compreender cogitar - pensar, raciocinar, imaginar dotado - favorecido, beneficiado, que tem o dom natural efuso - fervor de amizade, com grande alegria enfastiar - entendiar, aborrecer etiqueta - conjunto de cerimnias no trato de muitas pessoas, regra estilo exceder - superar, ultrapassar fitar - olhar, fixar a vista, o pensamento, a ateno em alguma coisa lustroso - reluzente, brilhante, polido Pinscher - raa de cachorro de baixa estatura e de porte pequeno primoroso - perfeito, distinto, excelente salvo - exceto, afora sedosos - que tem seda, semelhante seda, peludo, macio sobrenatural - superior ao natural, excessivo, sobre-humano, que excede as foras
da natureza, que no tem explicao vidente - que profetiza, que tem a faculdade de viso sobrenatural de cenas futuras
II - Conhecendo o Texto
A T I V I D A D E 1
1 - Explique com suas palavras as frases abaixo, considerando que o sentido da palavra artificial o mesmo do texto.
a) Sentia uma alegria artificial.
______________________________________________________________ b) Deram-lhe um osso artificial.
______________________________________________________________ c) Comprei flores artificiais na floricultura.
______________________________________________________________ d) O cachorrinho tinha uma vida artificial.
______________________________________________________________ 2 - Reescreva as frases, substituindo as palavras sublinhadas por sinnimos.
Consulte o vocabulrio do texto ou o dicionrio.
a) "Os brinquedos, afinal, so mquinas e acabam por enfastiar".
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______________________________________________________________ ______________________________________________________________
b) Pensando bem, era muito mais feliz que o menino de cuja felicidade se
cogitava". ______________________________________________________________ ______________________________________________________________
c) "Sua inteligncia excedia a das criaturas humanas".
______________________________________________________________ ______________________________________________________________
d) "Nem precisava entender a nossa linguagem: podia captar diretamente os
pensamentos". ______________________________________________________________ ______________________________________________________________
Nas questes de 3 a 5, assinale com um ( X ) a opo que melhor explique o significado das palavras nas frases.
3 - "O cachorrinho engraadinho recebia as visitas com efuso".
a) (__) timidez b) (__) fervor de amizade c) (__) balanando o rabinho
4 - "O cachorrinho foi um divertimento, salvo quando molhava os tapetes ou as
almofadas".
a) (__) afora b) (__) contrrio c) (__) permitido
5 - "E quis tambm comer mesa, escolhendo uma cadeira e colocando as patinhas
no lugar que a etiqueta recomenda".
a) (__) costume b) (__) selo de compra c) (__) normas, regras
6 - Numere os parnteses de acordo com a ordem dos acontecimentos no texto.
a) (____) Todos ficaram encantadssimos com o cachorrinho. b) (____) A famlia resolveu comprar um cachorrinho para o menino. c) (____) medida que o tempo passava, o cachorrinho foi se tornando um
membro da famlia e at sentava-se mesa. d) (____) O nico fato que contrastava com sua inteligncia e o colocava na
condio de animal era que molhava os tapetes e as almofadas. e) (____) O animalzinho se adaptou facilmente ao convvio com a famlia.
7 - Retire do primeiro pargrafo a pergunta com a qual a autora se dirige ao leitor.
________________________________________________________________ ________________________________________________________________
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8 - De acordo com a descrio que a autora faz do cachorrinho, vamos fazer uma
ficha com suas caractersticas.
a) raa: ________________________________________________________
b) tamanho: ____________________________________________________
c) cor: _________________________________________________________
d) plo: ________________________________________________________
e) focinho e corpo: _______________________________________________
f) orelhas: ______________________________________________________
g) rabo: ________________________________________________________
Voc deve ter observado que nesse texto a inteno da autora descrever o comportamento do cachorrinho no convvio familiar e apresent-lo fisicamente.
As caractersticas fsicas ( aquilo que externo, que est fora ) so percebidas pela viso, audio, tato, paladar e olfato. J as caractersticas psicolgicas ( aquilo que interno ) retratam os aspectos emocionais de uma pessoa.
Vejamos como esse jeito de escrever foi utilizado no texto.
A T I V I D A D E 2
Responda as questes de 1 a 7.
1 - Qual a diferena entre brinquedo mecnico e o cachorrinho, segundo o texto ?
________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________
2 - Na descrio, usa-se muito o recurso da comparao para caracterizar melhor o
que estamos descrevendo. No texto, com o que e com quem o animalzinho comparado ? ________________________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________
3 - Os animais no apresentam caractersticas psicolgicas, e sim de comportamento. Qual o comportamento do cachorrinho a partir do momento que chegou nova morada ? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________
III - Conversando sobre o texto
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4 - A autora descreve muito pouco o ambiente e a famlia com a qual o cachorrinho foi morar. Observe com ateno todos os detalhes que o texto fornece e responda.
Qual a classe social da famlia ? Por qu ? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________
5 - Quando o cachorrinho chegou, puseram-lhe nome.Que nome voc daria a ele ?
________________________________________________________________
6 - Voc concorda que o cachorro o melhor amigo do homem ? Justifique. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________
7 - Como voc imagina o menino do texto quanto ao
a) aspecto fsico ? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________
b) aspecto psicolgico ?
______________________________________________________________ ______________________________________________________________
8 - Assinale a opo correta. Qual era o comportamento do animalzinho com as
visitas ?
a) (__) raivoso, bravo b) (__) indiferente, no ligava para nada c) (__) alegre, contente
9 - Assinale a opo correta. O cachorrinho do texto descrito
a) (__) pelo menino. b) (__) pelos pais. c) (__) pelo descritor do texto.
10 - Explique a frase: "Os brinquedos, afinal, so mquinas e acabam por enfastiar." _______________________________________________________________
_______________________________________________________________
11 - Voc concorda que um cachorro possa ocupar, dentro de casa, o lugar de uma
pessoa ? Justifique sua resposta. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________
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12 - Que outro ttulo voc daria ao texto ?
_______________________________________________________________ _______________________________________________________________
T E X T O 0 1-B
Existem pessoas que so comuns, mas, aos nossos olhos, so especiais. Assim era Julieta para seu primo.
DESCRIO DE PESSOA
Prima Julieta Murilo Mendes
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Prima Julieta, jovem viva, aparecia de vez em quando na casa de meus pais ou na de minhas tias. O marido, que lhe deixara uma fortuna substancial, pertencia ao ramo rico da famlia Monteiro de Barros. Ns ramos do ramo pobre. Prima Julieta possua uma casa no Rio e outra em Juiz de Fora. Morava em companhia de uma filha adotiva. E j fora trs vezes Europa.
Prima Julieta irradiava um fascnio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e j sensibilssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade.
Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Virglio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabea para trs, remando os belos braos brancos. A cabeleira loura inclua reflexos metlicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde azulado borboleteavam. A voz rouca e cida, em dois planos; voz de pessoa da alta sociedade. Uma vez descobri admirado sua nuca, que naquele tempo chamavam de cangote, nome expressivo: pressupe jugo e domnio. No caso somos ns, homens, a sofrer a canga. Descobri por intuio a beleza do cangote e do pescoo feminino, no querendo com isso dizer que desprezava outras regies do universo.
Vocabulrio anca - ndega, quadril domnio - dominao, autoridade fascnio - encantamento, fascinao, atrao irresistvel fortuna - riqueza irradiar - lanar, emitir, espalhar
I - Lendo o Texto
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jugo - submisso, opresso ramo - diviso, descendncia singular - individual, nico subestimar - no dar o devido valor, desprezar substancial - reforado, forte universo - (figurativo) corpo
II - Conhecendo o Texto
A T I V I D A D E 3
Nas questes de 1 a 3, assinale com um ( X ) a opo que melhor explique as palavras ou expresses sublinhadas em cada frase. 1 - "O marido lhe deixara uma fortuna substancial".
a) (__) razovel b) (__) falsa c) (__) irreal
2 - "Ns ramos do ramo pobre".
a) (__) da parte b) (__) do bairro c) (__) do galho
3 - "Prima Julieta irradiava um fascnio singular".
a) (__) nico b) (__) coletivo c) (__) contagiante
4 - Copie as frases abaixo, substituindo as expresses sublinhadas por outras
palavras de sentido semelhante ( sinnimos ).
a) "Uma vez descobri admirado sua nuca, que naquele tempo chamavam cangote, nome expressivo: pressupe jugo e dominao". ______________________________________________________________
______________________________________________________________
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b) "Descobri por intuio a beleza do cangote e do pescoo feminino, no
querendo com isso dizer que subestimava outras regies do universo". ______________________________________________________________
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Observe:
A descrio de Prima Julieta implica movimento. Marque a alternativa que se adequa melhor s palavras sublinhadas nas frases abaixo.
1 - "Remando os belos braos brancos".
a) (__) balanando b) (__) sacudindo c) (__) acenando
2 - "Os olhos de um verde azulado borboleteavam". a) (__) voavam b) (__) viravam c) (__) piscavam
3 - Cite trs caractersticas fsicas da personagem.
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Esse texto um exemplo de descrio de pessoa. Nele o escritor no se limita em descrever a personagem apenas fisicamente ( por fora ), mas tambm marcando os traos psicolgicos ( jeito de ser ) da personagem, selecionando aspectos considerados importantes para a caracterizao do ser.
III - Conversando sobre o texto
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A T I V I D A D E 4
Nas questes 1 e 2, assinale com um ( X ) a nica opo correta.
1 - Nesse texto o descritor
a) (__) Murilo Mendes b) (__) o primo de Julieta c) (__) o marido de Julieta
2 - Leia atentamente, o perodo abaixo:
"Uma vez descobri admirado sua nuca, que naquele tempo chamavam de cangote, nome expressivo: pressupe jugo e domnio. No caso somos ns, homens, a sofrer a canga."
Que viso o descritor procura passar da figura feminina em relao ao homem ? a) (__) indiferente b) (__) possessiva c) (__) sedutora d) (__) tmida e) (__) autoritria
Responda as questes 3 e 4. 3 - Qual a idade do rapaz quando conheceu Julieta ? E ela quantos anos tinha ?
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4 - No texto predomina a descrio fsica ou a psicolgica ? Comprove com duas
expresses do texto. ________________________________________________________________
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Assinale com um ( X ) as opes corretas de acordo com o texto.
5 - Pela forma como Julieta descrita, podemos deduzir que o primo a acha
a) (__) linda. b) (__) nem feia, nem bonita. c) (__) pouco atraente. d) (__) feminina. e) (__) fascinante.
6 - Apesar de o descritor ser ainda garoto, ele sentia grande atrao pela prima.
Podemos perceber isso atravs das seguintes descries: a) (__) "Era a feminilidade em pessoa." b) (__) "Morava em companhia de uma filha adotiva." c) (__) "Ancas poderosas." d) (__) "A voz rouca e cida..." e) (__) "Descobri por intuio a beleza do cangote e do pescoo feminino..."
7 - Voc, com certeza, conheceu algum to especial quanto Julieta. Conte-nos como era essa pessoa. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ __________________________________________________
I - Lendo o Texto
T E X T O 0 1-C
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Voc j se imaginou vivendo numa cidadezinha calma, tranqila, limpa, onde viver em paz possvel ?
DESCRIO DE AMBIENTE
Cidadezinha Mrio Quintana
Cidadezinha cheia de graa... To pequenina que at causa d... Com seus burricos a pastar na praa... Sua igrejinha de uma torre s... Nuvens que vm, nuvens e asas, No param nunca, nem um s segundo... E fica a torre, sobre as velhas casas, Fica cismando como vasto o mundo ! Eu que de longe venho perdido, Sem pouso fixo (a triste sina! ), Ah, quem me dera ter l nascido ! L toda a vida poder morar ! Cidadezinha... To pequenina Que toda cabe num s olhar !
Vocabulrio cismar - pensar sina - destino, sorte vasto - grande, muito extenso
II - Conhecendo o Texto
A T I V I D A D E 5
Nas questes 1 e 2, assinale a opo que melhor explique o significado que a palavra sublinhada tem no texto. 1 - "Cidadezinha cheia de graa..."
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a) (__) divertimento b) (__) festa c) (__) encanto
2 - "Fica cismando como vasto o mundo". a) (__) pensando b) (__) declarando c) (__) desconfiando
3 - Retire da primeira estrofe do poema dois versos que retratam o ambiente da
cidadezinha. ________________________________________________________________
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4 - Copie do texto os versos que comprovam que o poeta no nasceu naquela
cidadezinha. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________
5 - Reescreva os versos, substituindo as palavras sublinhadas por sinnimos.
a) "Fica cismando como vasto o mundo".
______________________________________________________________ b) "Sem pouso fixo. (a triste sina)"
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A T I V I D A D E 6
1 - Assinale as alternativas que esto de acordo com o assunto do poema.
a) (__) Descrio de uma cidadezinha particular. b) (__) Descrio de uma cidadezinha indeterminada. c) (__) Sentimento de carinho para com a cidadezinha. d) (__) Desejo de viver na cidadezinha.
III - Conversando sobre o texto
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Responda as questes de 2 a 4. 2 - Esse texto pode ser considerado uma descrio ? Por qu ?
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Voc deve ter respondido que este texto descritivo, no mesmo ?
Deve ter observado tambm que h um cuidado na seleo dos
elementos que iro compor o ambiente. O descritor, dessa forma, orienta
a impresso que quer passar ao leitor.
3 - A expresso: "... at causa d...", no texto, no significa pena, compaixo para com a cidade, pois o poeta gosta muito dela. Na verdade, o que significa ento ? Assinale a resposta certa.
a) (__) Uma forma carinhosa de se referir cidade. b) (__) Uma forma potica de demonstrar descaso para com a cidade.
4 - O que, no texto, quebra o sossego e a monotomia da cidadezinha ?
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5 - D sua opinio sobre o modo de vida na cidade em que voc mora.
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IV - Produzindo seu Texto
Voc tem, a seguir, duas propostas para produo de texto. Escolha uma delas e escreva seu texto. No se esquea de que ele dever ser descritivo. Para tanto, voc dever observar as caractersticas da descrio: tempo esttico, uso de comparaes e adjetivos.
Proposta 1
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Escolha uma pessoa de quem voc gosta muito. Pode ser namorado(a), pai, me, filho(a), amigo(a), av, av ou outra. Faa uma descrio dessa pessoa, procurando retratar particularidades de comportamento, ao e do seu jeito de ser. Pode, ainda, fazer seu auto-retrato, isto , escrever sobre voc mesmo.
Proposta 2
Descreva sua cidade observando todos os
aspectos que fazem dela um lugar especial para voc: sua paisagem ( ruas, avenidas, prdios e casas ); as reas de lazer; o jeito de ser das pessoas que vivem nela; o sistema de transporte coletivo; as indstrias; o comrcio; o ritmo de vida de sua gente etc.
Imagine que seu texto ser publicado num folheto turstico e dever convencer o leitor de que vale a pena visit-la.
Rascunhando seu texto ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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Passando a limpo seu texto
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V-Analisando a Estrutura da Lngua
SUBSTANTIVO - ADJETIVO A SUBSTANTIVO
C o i s a s
Maria Dinorah
Coisas boas: bombom, bolinho, bolacha, pastel, pipoca, pitanga.
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Coisas lindas: barquinho, balo, boneca, palhao, pio, poema. Coisas de todos: lago, estrada, folhagem, luar, estrela, farol. Coisas de poucos: mel, moeda, medalha, milagre, amigo, amor.
Observe que a autora procura definir o que para ela so coisas boas, lindas,
de todos e de poucos, atravs do nome das coisas. Essas palavras que esto dando nome s coisas ( bombom, pipoca, barquinho, estrada, moeda, amigo, amor, etc..) so chamadas de substantivos.
Continuando nossa conversa sobre o que substantivo, observe as frases abaixo:
"A famlia resolveu arranjar um cachorrinho para brincar com o filho nico." As palavras sublinhadas, na frase acima, esto dando nome a seres. A
primeira, famlia, d nome ao conjunto de pessoas ligadas por um grau de parentesco. A segunda, cachorrinho, d nome a uma espcie em geral de animais. A terceira, filho, d nome a um grau de parentesco na relao de famlia. Essas palavras, ento, recebem o nome de substantivos comuns.
Observe esta outra frase:
"Dizem que os ces sempre se parecem com os seus donos: este parecia-se com os donos, com os amigos dos donos e at com os empregados da casa".
Tente agora, mentalmente, localizar quais so os substantivos que
aparecem no perodo acima. Se voc classificou as palavras: ces, donos, amigos, empregados e casa
como substantivo, acertou, pois so essas palavras que esto dando nome aos seres.
Agora observe esta frase.
Os Rodrigues resolveram arranjar um Pinscher para brincar com o Fernando.
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As palavras sublinhadas so substantivos. Esses substantivos do nome aos seres em particular, por isso so chamados de substantivos prprios.
Veja este quadro
Comum ( geral )
( mesma espcie ) Prprio ( particular ) ( ser em particular )
a) rua Aristides Lobo b) menina Anny Maria c) cidade Maring d) cachorro Fofo e) jornal Gazeta do Povo
Se voc procurar na Gramtica, vai encontrar, alm dos substantivos comum
e prprio, outros tipos como: simples e composto; concreto e abstrato; primitivo e derivado e coletivo.
A T I V I D A D E 7
1 - Sublinhe e reescreva os substantivos presentes nos trechos abaixo.
a) "Deram-lhe coleira, casaquinho, osso artificial para brincar, puseram-lhe nome, compraram-lhe biscoitos..." ______________________________________________________________
______________________________________________________________
b) "Prima Julieta aparecia de vez em quando na casa de meus pais ou na de
minhas tias." ______________________________________________________________
______________________________________________________________
c) "Foi s pendurar a ala no ombro que a bolsa arrastou no cho."
______________________________________________________________
d) "E fica a torre, sobre as velhas casas. Fica cismando como vasto o mundo!" ______________________________________________________________
2 - Responda as perguntas completando-as com substantivos.
a) Qual o nome de seu pai ? ______________________________________________________________
b) Qual o nome de sua me ?
______________________________________________________________
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c) Qual o nome de sua cidade e de sua rua ?
______________________________________________________________ d) Em que escola voc estuda ?
______________________________________________________________ 3 - Escreva um substantivo prprio que pode ser relacionado aos substantivos
comuns apresentados.
a) cidade: ____________________________________________
b) ator: ____________________________________________
c) atriz: ____________________________________________
d) cantor: ____________________________________________
e) cantora: ____________________________________________
f) professora: ____________________________________________ 4 - No texto abaixo, foram retirados alguns substantivos. Complete os espaos com
as palavras que esto faltando, procurando dar sentido ao texto. Antes, porm, faa uma leitura atenta.
O menino jornaleiro passa gritando:
Vinte e cinco adultos enganados por um ________________! Uma nica
_________________engana vinte e cinco adultos !
Ei, me d um _____________ ! grita um _____________ que
vai passando. Ele pega o _________ abre e descobre que um jornal velho. Vai
reclamar, furioso, quando ouve o _____________ gritar l de longe:
Vinte e seis adultos enganados por um menino!...
Quando o substantivo refere-se apenas a um ser dizemos que est no
singular, como na frase. A criana ficou feliz com o presente.
Mas quando refere-se a mais de um ser dizemos que est no plural. Veja a mesma frase, mudando criana ( um ser ), para crianas ( mais de um ser).
As crianas ficaram felizes com o presente. 5 - Reescreva as frases abaixo passando os substantivos grifados do singular para o
plural, fazendo as modificaes necessrias na frase.
a) A bolsa era amarela.
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b) O garoto ficou fascinado pela prima.
______________________________________________________________
c) A cidadezinha do interior cheia de graa.
______________________________________________________________
d) O cachorrinho era engraadinho.
______________________________________________________________
B ADJETIVO "E veio o cachorrinho muito engraadinho." A bolsa era grande. A cabeleira loira inclua reflexos metlicos.
Nas trs frases acima as palavras em destaque esto qualificando os seres ( substantivos ) a que se referem. Essas palavras so chamadas de adjetivos.
Veja:
cachorrinho engraadinho ser qualidade substantivo adjetivo bolsa grande ser qualidade substantivo adjetivo
Ento:
Adjetivo a palavra que indica a qualidade dos seres.
A descrio um tipo de texto em que se utiliza muito do uso do substantivo
(objeto a ser descrito: pessoa, objeto, cidade) e do adjetivo que a forma encontrada para caracterizar os seres que so retratados.
Vejamos como o adjetivo foi explorado nos textos lidos at agora.
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A T I V I D A D E 8
1 - Sublinhe e copie os adjetivos das frases abaixo.
a) "E fica a torre, sobre as velhas casas." ______________________________________________________________
b) "Achei isso genial: para mim amarelo a cor mais bonita que existe."
______________________________________________________________ c) "Tinha as orelhas sedosas e moles."
______________________________________________________________ d) "A bolsa era grande."
______________________________________________________________ e) "O amarelo, s vezes, era forte, mas depois ficava fraco."
______________________________________________________________ f) "Ns ramos do ramo pobre."
______________________________________________________________ 2 - Retire do quarto pargrafo do texto: "A Bolsa Amarela" os adjetivos
atribudos :
a) bolsa: _______________________________________________________ b) fazenda: _____________________________________________________
3 - Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, fazendo a associao do
adjetivo ao substantivo a que ele se refere, retirados do 3 pargrafo do texto "Prima Julieta".
( 1 ) ancas (____) belos e brancos
( 2 ) braos (____) poderosas
( 3 ) olhos (____) rouca e cida
( 4 ) voz (____) verde azulado 4 - D adjetivos aos substantivos abaixo.
a) Minha escola _____________________________.
b) Meu ( minha ) namorado ( a ) _________________________.
c) A cidade onde moro _____________________________.
d) Eu sou __________________________.
27
Observe o exemplo:
O cachorrinho muito engraado. O cachorrinho engraadssimo.
Observe que foram usadas duas formas diferentes para qualificar o
cachorrinho. Na primeira, usou-se o advrbio "muito" para dar idia de intensidade. Na
segunda, usou-se somente o adjetivo "engraado" mais a terminao ssimo que tambm d idia de intensidade.
A T I V I D A D E 9
Observe:
Ela possua braos muito belos. Ela possua braos belssimos.
Agora voc.
1 - Forme adjetivos terminados em ssimo de acordo com o exemplo.
a) Todos o cercaram, muito encantados.
Todos o cercaram, _________________________________. b) O cachorrinho tambm parecia muito contente.
______________________________________________________________ c) O cachorrinho era muito inteligente.
______________________________________________________________
d) Quando a conheci, sendo ainda garoto e j muito sensvel ao charme feminino... ______________________________________________________________
VI - Exercitando a Escrita
FORMAO DE SUBSTANTIVO
Observe o exemplo.
O belo cangote de Prima Julieta. A beleza do cangote de Prima Julieta.
28
Voc observou que o adjetivo "belo" foi transformado no substantivo
beleza. Nesse caso, o substantivo que deriva do adjetivo terminado em eza.
Observe outro exemplo.
O homem humilde. A humildade do homem.
Nesse exemplo o adjetivo "humilde" foi transformado no substantivo
humildade.
Nesse caso, o substantivo que deriva do adjetivo terminado em dade.
ATIVIDADE 10
1 - Preencha os espaos com os substantivos correspondentes aos adjetivos. 1 - gentil 2 - certo 3 - pobre 4 - rico 5 - triste 6 fraco
3 2 1
29
4 5
6
2 - Forme outros substantivos terminados em dade a partir dos adjetivos dados. Observe o exemplo: O exerccio difcil. A dificuldade do exerccio.
a) A criana amvel. ______________________________________
b) A idia genial. ______________________________________
c) O aluno feliz . ______________________________________
d) A mulher feminina. ______________________________________
UUNNIIDDAADDEE
0022
30
O TEXTO NARRATIVO
I
I N T R O D U O
Contar histrias, ouvir histrias so
atividades que esto sempre presentes em nosso
contato com as pessoas. Quem, em algum momento da
vida, no ouviu uma histria que o fez pensar, refletir,
sonhar ?
31
atravs da histria de outros homens que
fazemos a nossa histria particular, individual.
A narrao um tipo de texto em que se
conta uma histria real ou imaginria, atravs de fatos
sucessivos que vo ocorrendo num tempo dinmico,
progressivo.
Notcia de jornal, histrias em quadrinhos,
anedota, romances, novelas, contos, crnicas so
textos narrativos que contam uma histria.
As narrativas chegam at ns atravs de
vrias linguagens: pela palavra ( linguagem verbal: oral
e escrita ), pela imagem ( linguagem visual ), pela
representao ( linguagem gestual ) e outras.
Para que haja a narrao preciso um
narrador ( sujeito que pratica o ato de narrar ),
personagens, tempo dinmico, espao, aes. Nesta unidade, voc vai ler dois textos
narrativos muito interessantes e perceber como foi explorada essa forma de escrever.
I - Lendo o Texto
T E X T O 0 1
Voc daria a algum uma macaquinha como presente de Natal ?
Lisete Clarice Lispector
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Uma tarde eu estava andando pelas ruas para comprar presentes de Natal. As ruas estavam muito cheias de pessoas comprando presentes. No meio daquela gente toda vi um agrupamento, fui olhar: era um homem vendendo vrios micos, todos vestidos de gente e muito engraados. Pensei que todos de casa iam ficar adorando o presente de Natal, se fosse um miquinho. Escolhi uma miquinha muito suave e linda, que era muito pequena. Estava vestida com saia vermelha, e usava brincos e colares baianos. Era muito delicada conosco, e dormia o tempo todo.
Foi batizada com o nome de Lisete. s vezes parecia sorrir pedindo desculpas por dormir tanto. Comer, quase no comia, e ficava parada num cantinho s dela.
No quinto dia comecei a desconfiar que Lisete no estava bem de sade.Pois no era normal o jeito quieto e calado dela.
No sexto dia quase dei um grito quando adivinhei: "Lisete est morrendo ! Vamos lev-la a um veterinrio !" Veterinrio mdico que s cuida de bichos.
Ficamos muito assustados porque j amvamos Lisete e sua carinha de mulher. Ah, meu Deus, como ns gostvamos de Lisete ! E como ns queramos que ela no morresse ! Ela j fazia parte de nossa famlia. Enrolei Lisete num guardanapo e fomos de txi correndo para um hospital de bichos. L deram-lhe imediatamente uma injeo para ela no morrer logo. A injeo foi to boa que at parecia que ela estava curada para sempre, porque de repente ficou to alegre que pulava de um canto para outro, dava guinchos de felicidade, fazia caretinhas de macaco mesmo, estava doida para agradar a gente. Descobrimos, ento, que ela nos amava muito e que no demonstrava antes porque estava to doente que no tinha foras.
Mas, quando passou o efeito da injeo, ela de repente parou de novo e ficou toda quieta e triste na minha mo. O mdico ento disse uma coisa horrvel: que Lisete ia morrer.
A compreendemos que Lisete j estava muito doente quando a comprei. O mdico disse que no se compram macacos na rua porque s vezes esto muito doentes. Ns perguntamos muito nervosos:
E agora ? Que que o senhor vai fazer ? Ele respondeu assim: Vou tentar salvar a vida de Lisete, mas ela tem que passar a noite
no hospital. Voltamos para casa com o guardanapo vazio e o corao vazio
tambm. Antes de dormir, pedi a Deu para salvar Lisete. No dia seguinte o veterinrio ligou avisando que Lisete tinha morrido
durante a noite. Compreendi ento que Deus queria lev-la. Fiquei com os olhos cheios de lgrimas, e no tinha coragem de dar esta notcia ao pessoal de casa. Afinal avisei, e todos ficaram muito, muito tristes. De pura saudade, um de meus filhos perguntou:
Voc acha que ela morreu de brincos e colar ? Eu disse que tinha certeza que sim, e que, mesmo morta, ela
continuaria linda. Tambm de pura saudade, o outro filho olhou para mim e disse com
muito carinho: Voc sabe, mame, que voc se parece muito com Lisete ? Se vocs pensam que eu me ofendi porque me parecia com Lisete,
esto enganados. Primeiro, porque a gente se parece mesmo com um macaquinho; segundo, porque Lisete era cheia de graa e muito bonita.
Obrigada, meu filho, foi isso que eu disse a ele e dei-lhe um beijo no rosto.
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55
Um dia desses vou comprar um miquinho com sade. Mas esquecer Lisete ? Nunca.
Ziraldo, "O Menino Maluquinho". In O Estado de S. Paulo, 23 mar. 1991.
II - Conhecendo o Texto
A T I V I D A D E 11 Nas questes de 1 a 3, assinale com um ( X ) a opo que apresenta os sinnimos das palavras grifadas. 1 - "Escolhi uma miquinha muito suave e linda , que era muito pequena".
a) (__) delicada, boa b) (__) meiga, bela c) (__) boa, simptica
2 - "No quinto dia comecei a desconfiar que Lisete no estava bem de sade".
a) (__) suspeitar
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b) (__) observar c) (__) confirmar
3 - "... ficou to alegre que pulava de um canto para outro, dava guinchos de
felicidade".
a) (__) pulos b) (__) cambalhotas c) (__) gritos
Nas questes de 4 a 5, assinale com um ( X ) os antnimos
das palavras grifadas. 4 - "Era muito delicada conosco, e dormia o tempo todo".
a) (__) passiva b) (__) esperta c) (__) grosseira
5 - "Pois no era normal o jeito quieto e calado dela".
a) (__) irriqueto, barulhento b) (__) calmo, tranqilo c) (__) sossegado, aptico
6 - Reescreva as frases, substituindo as palavras ou expresses grifadas por outras que tenham o mesmo sentido, fazendo alteraes quando necessrio.
a) "Foi batizada com o nome de Lisete".
______________________________________________________________ b) "No quinto dia comecei a desconfiar que Lisete no estava bem de sade".
______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________
7 - A descrio o recurso que o narrador utiliza para melhor caracterizar as
personagens dentro de uma histria. Nesse texto, a narradora descreve Lisete em trs momentos distintos. D as caractersticas de Lisete em cada um desses momentos.
a) Lisete na rua ( quando a narradora a viu ). ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ b) Lisete em casa, com a famlia. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ c) Lisete no hospital, aps tomar a injeo.
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________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________
________________________________________________________________
III-Conversando sobre o texto
Vimos inicialmente que narrar contar uma histria atravs de fatos que vo ocorrendo num tempo progressivo. Para que esses fatos se encadeiem, necessrio que haja um narrador, personagens, tempo, espao e aes.
So esses elementos que compem a narrativa, e que esto presentes no texto "Lisete" que passaremos a analisar.
A T I V I D A D E 12
1 - Responda. Quem o narrador da histria de Lisete ? ________________________________________________________________
2 - D outro ttulo ao texto. ________________________________________________________________
A T E N O
No se devem comprar macacos em lugar nenhum. Os animais silvestres devem viver no seu "habitat" e
no em cativeiros ou no convvio domstico, pois alm de se colocar em risco a vida do animal e a continuidade da sua espcie, os animais cativos podem apresentar um risco sade.
Procure informaes mais detalhadas no IBAMA ( Instituto Brasileiro de Preservao do Meio Ambiente ).
36
I - Lendo o Texto
T E X T O 0 2
Existem momentos que jamais so esquecidos e ficam para sempre registrados em nossas lembranas. Leia o texto e observe toda a emoo contida no primeiro encontro amoroso de dois jovens.
Chuva Edson Gabriel Garcia
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A primeira meia dzia de pingos de chuva caiu de manso, apesar do escuro que o cu prometia desabar sobre o pedao da cidade.
sada da escola, nos portes abertos para a pequena multido de alunos alegres com o final das aulas, misturavam-se chuva, gritos, guarda-chuvas, mais gritos, buzinas, olhares, corre-corre.
Dali, de onde eu estava, escondido sob a laje do pavimento de cima, podia v-la mexendo na mala escolar, procura de alguma coisa. Um guarda-chuva, certamente.
Quando ela viu que ele a olhava, desviou o verde de seus olhos e continuou, embaraada, procurando o guarda-chuva. At encontr-lo.
Ele foi aproximando dela. Parecia pouco vontade, mas decidido. Havia tempo ele a paquerava, de longe. At achava ser correspondido.
Ela, desajeitada, abriu o guarda-chuva e preparou-se para enfrentar a gua que agora caa bem mais forte.
Vou l perto de sua casa, me d uma carona no guarda-chuva ? O preto dos olhos dele fazendo a pergunta corajosa para os olhos
verdes dela, quase vermelhos de vergonha. Se voc quiser... Claro que quero. No trouxe guarda-chuva, e se entrar nessa me
molho todo. Ento vamos. O guarda-chuva aberto acolheu os dois. Prximos, emparelhados,
roando roupa com roupa, o corao dando pulos de contentamento. Que chuva, n ? Inda mais sem esperar ! Um passo mal dado, uma poa d'gua recm nascida, e os ombros se
tocaram num primeiro encontro, quase ingnuo. Desculpe. No foi nada ! A chuva aumentou a intensidade. Caa mais forte e escorria, danada e
zombeteira, pelas abas do guarda-chuva. Voc est se molhando. Voc tambm. No faz mal. Me d sua mala, deixe que eu levo. Assim voc fica
livre para segurar o guarda-chuva.
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Obrigado. Na passagem da mala, dela para ele, as mos molhadas se tocaram
levemente. O corao acelerou o ritmo e o rosto avermelhou-se. A chuva ficou mais forte. Estamos nos molhando muito, vamos parar ? No, chuva gostoso. Faz bem. banho diferente. Lava tudo ! Por minha culpa voc est se molhando... Que nada, de qualquer jeito, nessa chuva, eu ficaria molhada... o
guarda-chuva pequeno... ... Instintivamente ele passou o material para a mo direita e ps seu brao
esquerdo sobre o ombro dela. Se a gente se aperta um pouquinho debaixo do guarda-chuva, se
molha menos. Acho que sim... O brao puxou o corpo dela para junto do corpo dele. O corao
bateu mais depressa, o rosto queimava fogo, os corpos molhados vibravam. J estou quase chegando. Minha casa aquela de muro
vermelho... Poxa, foi to rpido... Ele estreitou ainda mais o brao molhado. No sentiu resistncia. Ela
soltava sua emoo, esparramada pelo corpo, para o brao do parceiro. Apenas o cabo do guarda-chuva separava o desejo dos dois. Que
engraado: apenas um pedao rolio de madeira limitando a geografia quente dos corpos. Em cima, embaixo, por todos os lados, a chuva forte derramava gua farta, festejando o encontro juvenil.
Posso falar com voc outra vez ? Na escola ? Tambm. Ela tingiu de brilho novo o verde dos olhos e respondeu com voz mida,
porm firme: Pode... Amanh ? Pode... Eles selaram o acordo com o estreitamento maior das roupas molhadas. Faz tempo que eu queria falar com voc. Ela sorriu e deixou escapar: Eu tambm. A casa de muro vermelho chegou perto deles. Cheguei. Que pena ! Voc quer ficar com meu guarda-chuva ? No, j estou todo molhado. Leva... No... ... ... O corao a mil, bateria louca de escola de samba em dia de desfile, o
corpo molhado, a boca seca, o rosto pegando fogo. Estavam um em frente ao outro, debaixo da chuva forte.
De onde eu estava, protegido pela chuva, eu vi o guarda-chuva inclinar-se levemente para trs, cobrindo minha viso. Imaginei que esta manobra acidental me impediu de ver um beijo, tamanha foi a pressa com que ela
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acidental me impediu de ver um beijo, tamanha foi a pressa com que ela entrou em casa e tamanha a alegria com que ele enfrentou a chuva, atirando para cima alguns cadernos, pulando poas e esticando braos e pernas numa sinfonia encharcada.
Foi mais ou menos assim que eu vi esse primeiro encontro dos dois. Foi mais ou menos assim que ele me contou.
Foi assim, sem dvida, que perdi minha primeira namorada.
Vocabulrio bateria - conjunto de instrumento de percusso de uma banda ou orquestra
embaraar - complicar, atrapalhar, perturbar
emparelhar - unir, ombrear, ombro a ombro
instintivo - natural, espontneo
juvenil - moo; prprio de jovem, rapaz adolescente
manobra - executar movimento, dirigir
paquerar - passear com inteno de namorar, namoriscar
sinfonia - reunio de vozes, de sons, pera, cantata
zombeteiro - que faz zombaria, gracejos, chacota, deboche, gozao
II - Conhecendo o Texto
A T I V I D A D E 13
1 - Substitua, das frases abaixo, as palavras em negrito, por um sinnimo. Consulte
o vocabulrio.
a) "... desviou o verde de seus olhos e continuou, embaraada, procurando o guarda-chuva." ______________________________________________________________
______________________________________________________________
b) "Prximos, emparelhados, roando roupa com roupa, o corao dando pulos
de contentamento." ______________________________________________________________
______________________________________________________________
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c) "Imaginei que esta manobra acidental me impediu de ver um beijo..." ______________________________________________________________
______________________________________________________________
Nas questes de 2 a 4, assinale a opo que melhor substitua as palavras grifadas nas frases abaixo.
2 - "Instintivamente ele passou o material escolar para mo direita e ps seu brao
sobre o ombro dela."
a) (__) espontaneamente b) (__) delicadamente c) (__) ajeitadamente 3 - "A chuva aumentou a intensidade. Caa mais forte e escorria danada e
zombeteira, pelas abas do guarda-chuva.
a) (__) fortemente b) (__) debochada c) (__) brincalhona 4 - "A chuva forte derramava gua farta, festejando o encontro juvenil."
a) (__) de idosos b) (__) clube de futebol de adolescentes c) (__) de adolescentes
As questes de 5 a 8 voc deve copiar do texto "Chuva".
5 - Uma caracterstica fsica da garota e do garoto. ________________________________________________________________
________________________________________________________________
6 - O pargrafo que descreve a reao fsica das personagens, na despedida,
provocada pela emoo do momento. ________________________________________________________________
________________________________________________________________
7 - A frase que comprova a presena do narrador observando todo o encontro das
personagens. ________________________________________________________________
________________________________________________________________
8 - Assinale a nica opco correta. De acordo com a descrio do 2 pargrafo, podemos perceber que h
a) (__) muito barulho, algazarra devido ao final das aulas. b) (__) desespero por causa da chuva. c) (__) alegria dos estudantes por ser um dia especial.
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9 - Consultando o vocabulrio do texto, d o significado das palavras sublinhadas das frases abaixo.
a) A bateria do Skank entrou num ritmo forte.
_______________________________________________________________ b) A sinfonia tocada pela orquestra agradou a todos.
_______________________________________________________________
c) Os jovens ficaram embaraados diante de seus pais. _______________________________________________________________
_______________________________________________________________
10 - D o antnimo ( significado contrrio ) das palavras sublinhadas na frase
abaixo.
A chuva aumentou a intensidade. Caa mais forte e escorria, danada e zombeteira.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
11 - D o antnimo das palavras abaixo usando o prefixo des. Observe o exemplo.
Ajeitada - desajeitada a) contentamento - ___________________________________________
b) encontro - ___________________________________________
c) acelerar - ___________________________________________
d) gosto - ___________________________________________
Nesse conto "Chuva", o narrador mostra que, medida que a chuva
aumenta, os dois jovens tambm se aproximam.
Para perceber isso melhor, numere as frases, das questes 12 e 13, ordenando-as na seqncia em que aparecem no texto, comprovando
12 - o aumento gradativo da chuva.
a) (____) "a chuva aumentou de intensidade."
b) (____) "a primeira meia dzia de pingos de chuva caiu de manso;"
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c) (____) "em cima, embaixo, por todos os lados, a chuva forte derramava
gua farta, festejando o encontro juvenil." 13 - a aproximao gradativa do casal.
a) (____) "apenas o cabo do guarda-chuva separava o desejo dos dois;"
b) (____) "ele foi se aproximando;"
c) (____) "um passo mal dado, uma poa d'gua recm nascida, e os ombros
se tocaram num primeiro encontro, quase ingnuo."
A T I V I D A D E 14
1 - As caractersticas fsicas (aquilo que externo, que est fora) so percebidas
pela viso, audio, tato, paladar e olfato. J as caractersticas psicolgicas (aquilo que interno) retratam os aspectos emocionais de uma pessoa. Mediante esta explicao, cite as caractersticas psicolgicas das personagens do texto "Chuva". ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________
2 - O texto no diz claramente, mas podemos perceber que o narrador narrador-
personagem. Comprove isso, copiando uma frase do texto. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________
3 - Assinale as opes onde ocorrem os fatos.
a) (__) sada da escola b) (__) na sala da aula c) (__) na rua indo para casa dela d) (__) no porto da casa dela e) (__) no shopping
As questes 4 e 5 so para voc assinalar a nica opo correta.
4 - Observe: "Ela tingiu de brilho novo o verde dos olhos e respondeu com voz
tmida, porm firme." A opo que melhor explica esse sentimento
a) (__) amor. b) (__) tristeza. c) (__) indiferena, sem prestar ateno a ele.
III - Conversando sobre o texto
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5 - No incio do texto o autor diz: "A primeira meia dzia de pingos da chuva caiu de manso". Com isso ele afirma
a) (__) que ele contou os pingos da chuva. b) (__) que a chuva ainda estava fraca. c) (__) que a chuva estava muito forte.
Responda as questes de 6 a 9.
6 - Em que fase da vida das personagens acontecem os fatos ?
________________________________________________________________ 7 - Qual o assunto do texto ?
________________________________________________________________ 8 - Voc acha que j existia alguma coisa entre o menino e a menina ? Justifique.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
9 - O que ficamos sabendo sobre o narrador, no final da histria ?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
10 - Vamos dar outro ttulo histria.
Abaixo damos algumas sugestes. Assinale uma delas e crie outro ttulo, diferente desses sugeridos. a) (__) A primeira paixo
b) (__) O flagrante de um encontro
c) (__) A primeira desiluso amorosa
d) (__) Aquele guarda-chuva
e) (__) Um dia inesquecvel
f) (__) ______________________________________________________
IV - Produzindo seu Texto
Escolha uma das propostas e produza seu texto.
Proposta 1
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Reescreva o texto Lisete, mudando o narrador da histria. Agora quem vai cont-la ser a prpria Lisete. Para isso voc vai usar foco narrativo de 1 pessoa ( narrador-personagem )
Se preferir, d um final feliz para a histria.
Proposta 2
Escreva um texto narrativo em 3 pessoa, narrador-observador, com os seguintes elementos:
A - Personagens Marta: moa bonita, estudiosa e dedicada,
trabalha como bab na casa de uma famlia rica. Alex: rapaz bonito, trabalha em uma emissora
de rdio da cidade e tem alguns vcios. Joo: pai da moa, trabalhador, tem sonho de
ver os filhos bem encaminhados na vida. Ana: me de Marta, trabalha em casa,
simples e gostava muito de ler.
B - Enredo
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Imagine o que pode ter acontecido quando os pais de Marta souberam do seu namoro com Alex.
C - Desfecho
D um final alegre ou triste para a narrativa. No se esquea de colocar local, tempo e
espao onde os fatos aconteceram. Deixe sua imaginao solta para criar seu texto.
Rascunhando seu texto
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Passando a limpo seu texto
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V-Analisando a Estrutura da Lngua
PRONOMES PESSOAIS Observe o quadrinho abaixo:
Maurcio de Souza. In O Estado de S. Paulo, 30 set. 1988.
primeira pessoa ( a que fala )
segunda pessoa ( com quem se fala )
terceira pessoa ( de quem se fala )
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Os pronomes pessoais referem-se mais diretamente s trs pessoas do
discurso ( da fala, da conversa ): - a primeira pessoa a que fala ( o falante ); - a segunda pessoa a que ouve ( ou com quem se fala: o ouvinte,
o receptor ) - a terceira pessoa o assunto da conversa entre a primeira e a
segunda pessoa ( a pessoa ou coisa de quem se fala ). No quadrinho acima vemos trs pessoas. Elas representam as trs pessoas do discurso. A palavra "eu" refere-se primeira pessoa do discurso ( quem fala ) e est
representada pelo menino que aparece no lado esquerdo do 1 quadrinho. A palavra "voc" refere-se segunda pessoa do discurso ( o ouvinte, a
pessoa com quem se fala ), representada pela personagem Rosinha. A palavra "ele" refere-se terceira pessoa do discurso ( pessoa ou coisa de
quem se fala ) representada pela personagem Chico Bento.
Obs.: O pronome "voc" substitui o pronome "tu" ( com quem se fala, 2 pessoa ) em muitas regies do pas.Quando usarmos o pronome "voc", o verbo dever estar na 3 pessoa. Ex.: Voc foi praia este ano ? Se empregamos o pronome "tu", o verbo ficar na 2 pessoa. Ex.: Tu foste praia ontem ?
Pronome a palavra que substitui ou determina um nome,
relacionando esse nome a uma das trs pessoas gramaticais.
A gramtica apresenta trs tipos de pronomes pessoais:
- pessoais retos; - pessoais oblquos; - pessoais de tratamento.
Neste Caderno vamos estudar apenas os pronomes pessoais retos e
oblquos.
PRONOMES PESSOAIS RETOS Singular
1 pessoa - eu 2 pessoa - tu 3 pessoa - ele, ela
Plural
1 pessoa - ns 2 pessoa - vs 3 pessoa - eles, elas
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Observe a frase.
"Ah, meu Deus, como ns gostvamos de Lisete ! E como ns queramos que ela no morresse ! "
Voc observou que a autora usou primeiro o nome de "Lisete" para
identificar a personagem, depois ela substituiu o nome "Lisete" pelo pronome "ela". O objetivo da autora, ao fazer essa substituio, foi procurar no repetir. "Ela" um pronome pessoal reto.
A T I V I D A D E 15 1 - Sublinhe e copie os pronomes pessoais retos das frases abaixo.
a) "Uma tarde eu estava andando pelas ruas".
______________________________________________________________
______________________________________________________________
b) "Ela j fazia parte de nossa famlia".
______________________________________________________________
______________________________________________________________
c) "Quando ela viu que ele a olhava".
______________________________________________________________
______________________________________________________________
d) "Eles selaram o acordo com um estreitamento maior das roupas molhadas".
______________________________________________________________
______________________________________________________________
e) "Ns perguntamos muito nervosos".
______________________________________________________________
______________________________________________________________ 2. Reescreva as frases abaixo, substituindo as palavras sublinhadas por um
pronome pessoal reto. Veja o exemplo:
"No quinto dia comecei a desconfiar que Lisete no estava bem de sade".
"No quinto dia comecei a desconfiar que ela no estava bem de
sade".
49
a) "Voc sabe, mame, que voc se parece muito com Lisete ?" ______________________________________________________________ ______________________________________________________________
b) "Tambm de pura saudade, o outro filho olhou para mim e disse com muito
carinho". ______________________________________________________________ ______________________________________________________________
c) "O mdico disse que no se compram macacos na rua porque s vezes
esto muito doentes". ______________________________________________________________ ______________________________________________________________
d) "Os dois garotos se olharam perturbados".
______________________________________________________________ ______________________________________________________________
e) "Eu e meus filhos sentimos a morte de Lisete".
______________________________________________________________ ______________________________________________________________
3 - A que palavras se referem os pronomes sublinhados abaixo, retirados do texto
"Lisete" ?
a) "Vou tentar salvar a vida de Lisete, mas ela tem que passar a noite no hospital".
Ela refere-se a: ________________________________________ b) "Obrigada, meu filho - foi isso que eu disse a ele e dei-lhe um beijo no rosto."
Ele refere-se a: ________________________________________ 4 - Reescreva as frases, mudando o pronome da 1 pessoa do singular ( eu ), para o
de 3 pessoa do singular ( ele ou ela ), fazendo as alteraes necessrias.
a) "Eu disse que tinha certeza que sim, e que, mesmo morta, Lisete continuaria linda". ______________________________________________________________ ______________________________________________________________
b) "Eu ento dei um n bem no meio da ala".
______________________________________________________________ ______________________________________________________________
c) "Foi mais ou menos assim que eu vi esse primeiro encontro dos dois".
______________________________________________________________ ______________________________________________________________
d) "Eu que de longe vinha perdido (...)"
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______________________________________________________________ ______________________________________________________________
e) "Uma tarde eu estava andando pelas ruas para comprar presentes de Natal".
______________________________________________________________ ______________________________________________________________
PRONOMES PESSOAIS OBLQUOS
At agora voc conheceu os pronomes pessoais retos, agora, voc conhecer os pronomes pessoais oblquos.
Observe:
(a) "O cachorrinho engraadinho recebia as visitas com grande efuso.
Mordia-as de brincadeira nas pernas e nos braos (...)" (b) "Obrigada, meu filho - foi isso que eu disse a ele e dei-lhe um beijo no
rosto".
Nesses dois exemplos aparecem os pronomes "as" e "lhe" , substituindo nomes.
No exemplo (a), o pronome "as" est substituindo o termo visitas e completanto o sentido do verbo "morder".
No exemplo (b), o pronome "lhe" est substituindo o nome do filho e
completando o sentido do verbo "dar". As palavras "as" e "lhe" so pronomes pessoais oblquos. A funo delas na
frase substituir o nome ao qual se referem, completanto o sentido do verbo. Alm desses dois, existem outros, conforme voc vai observar no quadro
abaixo.
PRONOMES PESSOAIS DO CASO OBLQUO SINGULAR PLURAL
1 pessoa 2 pessoa 3 pessoa
me, mim, comigo
te, ti, contigo se, si, consigo,
o, a, lhe
1 pessoa 2 pessoa 3 pessoa
nos, conosco vos, convosco se, si, consigo
os, as, lhes
A T I V I D A D E 16
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1 - Sublinhe os pronomes oblquos das frases retiradas dos textos lidos neste
mdulo.
a) "Deram-lhe coleira, casaquinho, osso artificial para brincar, puseram-lhe nome, compraram-lhe biscoito". ______________________________________________________________
b) "Quando a conheci, sendo ainda garoto e j sensibilssimo ao charme
feminino (...)" ______________________________________________________________
c) "Ah, quem me dera ter l nascido !"
______________________________________________________________ d) "Descobrimos, ento, que ela nos amava muito (...)"
______________________________________________________________ e) Ela, desajeitada, abriu o guarda-chuva e preparou-se para enfrentar a gua (...) ______________________________________________________________
______________________________________________________________ 2- A que palavra esto se referindo os pronomes sublinhados nas frases abaixo ? a) "E veio o cachorrinho, muito engraadinho. Todos o cercavam,
encantadssimos"." O" refere-se a: __________________________________________ b) Ai compreendemos que Lisete j estava muito doente quando eu a comprei.
"A" refere-se a: __________________________________________ c) Enrolei Lisete num guardanapo e fomos de txi correndo para um hospital de bichos. L deram-lhe imediatamente uma injeo... lhe refere-se a: ________________________________________________
3 - Leia o texto.
Ritos de Casamento
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Entre os ndios Boror quase sempre a moa quem toma a iniciativa de declarar ao jovem escolhido o seu desejo de se casar com ele. Para isso, prepara-lhe uma refeio e, acompanhada pela me, leva-a cabana onde mora o rapaz, por volta do meio-dia. A me da moa quem lhe entrega o alimento, dizendo: "Meu genro, vim com minha filha que deseja viver contigo, porque te quer bem". Em geral o rapaz no responde imediatamente. Continua a fazer o trabalho, como se nada tivesse acontecido. Aps a moa e sua me se retirarem, o jovem toma a deciso: se quer casar com ela, saboreia o alimento oferecido; se no quer casar, no o come (...)
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Voc observou como o encontro entre esses ndios diferente ? Ainda bem que em nossa poca no assim. O que vale so as emoes. Voc no acha ?
Observe que neste trecho aparecem vrios pronomes retos e oblquos. Como exerccio, voc ir identificar a que palavras do texto os pronomes
sublinhados esto se referindo.
a) ele (linha 2) refere-se ao _______________________________
b) lhe (linha 3) refere-se ao _______________________________
c) a (linha 3) refere-se _______________________________
d) contigo (linha 5) refere-se ao _______________________________
e) ela (linha 9) refere-se _______________________________
LEIA COM ATENO
Voc j estudou em outros Cadernos a diferena entre linguagem formal e informal. Viu que a linguagem formal empregada, principalmente, no texto escrito e que a linguagem informal usada na fala. E no texto escrito que voc deve usar adequadamente os pronomes oblquos.
Para entender melhor o que acabamos de explicar, vamos apresentar algumas frases que representam a fala informal.
Assim:
"Lisete est morrendo. Vamos levar ela a um veterinrio." Esta frase seria aceita na linguagem informal ( coloquial ). Porm, numa
linguagem mais elaborada ( formal ), deve-se usar outra construo. Veja:
"Lisete est morrendo. Vamos lev-la a um veterinrio."
A T I V I D A D E 17 1 - Reescreva as frases, substituindo os termos grifados da linguagem informal, por
outra forma adequada.
a) At encontrar ele.
______________________________________________________________
b) A me queria agradar eles.
______________________________________________________________
c) O primo queria ver ela.
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______________________________________________________________
d) Gostaria de ter animais silvestres, mas no posso comprar eles.
_____________________________________________________________ Observe a frase:
"Me d sua mala, deixe que eu levo".
De acordo com a linguagem formal, o pronome "me", dessa frase, est
empregado inadequadamente. Ele deveria vir empregado depois do verbo. Assim:
"D-me sua mala, deixe que eu levo".
Na linguagem informal ( coloquial ) no existem normas rgidas de colocao
do pronome, isto , se ele vem antes ou depois do verbo. Apenas a escrita faz essa exigncia, conforme vimos acima. 2 - Reescreva as frases, empregando corretamente os pronomes oblquos.
a) Me d uma borracha. ______________________________________________________________
b) Me empreste seu caderno.
______________________________________________________________ c) Me explique este exerccio, por favor.
______________________________________________________________ d) Te amo.
______________________________________________________________ e) Me derrubaram da escada.
______________________________________________________________
Alm dos pronomes pessoais retos e oblquos e de tratamento, existem outros tipos de pronomes: possessivos, indefinidos, interrogativos e relativos, que podero ser encontrados em uma gramtica.
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Editora Ltda., 1987. Os textos de apoio foram retirados de jornais, revistas e de livros didticos diversos. Tambm foram adaptadas algumas atividades dos mdulos de Lngua Portuguesa da SEED/DESU - PR - 1992 e do Mdulo I - do CES de Maring-PR, 1995