CENTRO UNIVERSITRIO LEONARDO DA VINCI INSTITUTO SUPERIOR DE
EDUCAO DE INDAIAL CURSO: Design de Moda Disciplina: Metodologia
Visual MDA 15 Professora: Tatiana dos santos da Silveira Semestre:
2012/1
Uso De Tcnicas Visuais Em Projeto De ModaPodemos usar diferentes
tcnicas visuais e princpios do design como ferramentas estticas
para ajustar o foco ou os efeitos de um modelo ou de uma coleo.
Saber onde encontra-los e como modific-los ajuda a observar as
criaes com objetividade. Geralmente esses princpios so a chave para
entender porque um modelo deu certo ou no. Atravs destes princpios
montamos uma composio. Para o design a composio um meio
interpretativo de controlar a reinterpretao de uma mensagem visual
por parte de quem a recebe. O significado se encontra tanto no olho
do observador quanto no talento do criador. Da mesma forma na moda,
a composio em uma coleo refora a idia, o tema, a que se pretende
passar. REPETIO o uso de elementos de estilo, detalhes ou
acabamentos mais de uma vez em uma mesma roupa, podendo ser
repetida de forma irregular ou regular. Esse efeito mltiplo pode
ser usado para unificar um modelo. Algumas formas de repetio, como
a distncia entre os botes, so caractersticas to comuns que no as
percebemos at nos depararmos com uma verso irregular. A repetio
pode ser uma parte da estrutura da roupa, como as pregas ou os
panejamentos de uma saia, ou uma caracterstica do prprio tecido,
como as listras, estampas ou aplicaes de fitas e gales. A repetio
tambm est ligada simetria e ao equilbrio em uma pea, aparecendo de
tempos em tempos, as roupas assimtricas (como blusas como uma manga
s ou saia com a barra mais comprida de uma lado) vm tona como uma
reao lei natural. Quebrar um padro tem o efeito de chocar e atrair
olhares, porm quando usado em excesso, pode ter efeito contrrio e
dar a sensao desconfortante de desordem.
FONTE: Fashion Design Manual do Estilista Repetio os franzidos
no pescoo e nas mangas so princpio de repetio.
RITMO Repetio regular de caractersticas da roupa ou dos desenhos
nas estampas dos tecidos. Assim como na msica, o ritmo, poder criar
efeitos marcantes em um modelo.
FONTE: Fashion Design Manual do Estilista Ritmo os grafismos
irregulares do ritmo a esta blusa. GRADAO um tipo mais complexo de
repetio, em que as caractersticas da roupa so trabalhadas em
tamanhos ou distncias cada vez maiores ou menores. Um vestido
de
festa por exemplo pode ter grande quantidade de lantejoulas na
barra e ir diminuindo para cima.O franzido total no centro de um
pala pode ir diminuindo em relao s laterais, uma estampa em
degrades, e assim por diante. O olhar acompanha os diversos graus
de mudanas no modelo, de modo que a gradao pode ser usada como um
meio de chamar ou desviar a ateno para partes do corpo.
FONTE: Fashion Design Manual do Estilista Gradao a gradao de
tamanhos da gola e dos botes deixa esta blusa mais interessante
RADIAO o uso de linhas que se abrem em forma de leque a partir de
um eixo central. Uma saia plissada rodada um bom exemplo, mas a
radiao pode ser trabalhada de forma mais sutil em roupas
drapeadas.
FONTE: Fashion Design Manual do Estilista
Radiao os cordes irradiam de um foco nesta blusa estilo
pra-quedas. CONTRASTE Esse uma das tcnicas visuais mais teis na
criao, fazendo com que olhar reavalie a importncia de uma rea focal
em relao a outra. Avalia a monotonia do efeito pea nica, por
exemplo, quando um vestido usado com um cinto como contraste. As
cores chamam ateno para si e para as caractersticas ou detalhes que
emolduram. A utilizao de caractersticas contrastantes requer muito
cuidado, pois elas se tornam o ponto focal. Isto pode ser usado em
uma roupa para chamar ateno para uma parte do corpo que favorea a
pessoa, por exemplo algum que tenha o abdmen um pouco saliente, mas
que tenha um colo bonito, se deslocarmos o contraste da pea para
regio do colo a pessoa parecer mais magra, pois a ateno no est mais
na barriga e sim no colo. Contrastes de textura aumentam o efeito
de cada tecido, por exemplo um palet de tweed usado com uma blusa
de seda. Os contrastes no precisam ser extremos; chamamos de
contraste sutil os contrastes de um terno usado com saltos altos ou
baixos.
FONTE: Fashion Design Manual do Estilista Contraste Suave l cor
de rosa e acabamentos metalizados. HARMONIA A harmonia no
exatamente o contrrio do contraste, mas implica mais similaridade
do que diferena: cores que no brigam entre si, tecidos que se
mesclam. Tecidos macios e formas arredondadas prestam-se melhor a
modelos harmoniosos do que cortes retos e roupas vincadas. A moda
italiana famosa por seu uso harmonioso de tecidos suaves e cores
que se mesclam num corte orgnico (forma do corpo), no agressivo.
Uma coleo harmoniosa
fcil de usar e combinar, e geralmente no precisa das recomendaes
do vendedor para ser comprada.
FONTE: Sue Jenkyn Jones Fashion Design Manual do Estilista
Harmonia uma blusa arredondada se harmoniza com a saia reta em um
visual limpo e elegante. EQUILBRIO O corpo simtrico em torno de um
eixo vertical, e a tendncia de nosso crebro e nosso olhar querer
que essa simetria se mantenha. PRINCPIO DA GESTALT. Nesse sentido,
buscamos equilbrio nas roupas. O equilbrio vertical nosso desejo de
v caractersticas espelhadas nos lados esquerdo e direito: lapelas
que se encaixam, bolsos alinhados e do mesmo tamanho, distncia
igual entre botes.O equilbrio horizontal prejudicado quando dizemos
que um conjunto pesado na parte de cima, se toda a nfase est no
pescoo; Por causa do elemento gravidade ou embaixo com uma saia
muito ampla ou cheia de babados. O foco de um modelo assimtrico
geralmente requer um detalhe menor em outra parte da roupa para
fazer eco e criar equilbrio. O que isso? Quando temos um elemento
de contraste, se o repetimos de forma menor em outra parte da
roupa, esse criar um eco, estaremos trazendo equilbrio para roupa
pela repetio. No olhamos as roupas s de frente e nas costas, mas
tambm de outros pontos de vista. Todos os aspectos devem cumprir o
princpio de equilbrio ou nos dizer algo sobre sua falta de respeito
ordem, como na moda Japonesa e Belga ps-moderna. Nestes casos a
falta de equilbrio intencional, e traz todo um discurso por trs
dessa roupa, que ns vamos ver mais a frente quando trabalharmos a
parte de semitica.
FONTE: Sue Jenkyn Jones Fashion Design Manual do Estilista
Equilbrio a assimetria, traz um desequilbrio ao top de feltro feito
mo. PROPORO A proporo a forma como relacionamos visualmente as
partes individuais de um todo. Isso se d quando medimos visualmente
um modelo. Podemos criar iluso sobre a forma do corpo mudando as
propores entre as partes de uma roupa ou mudando o lugar das
costuras e dos detalhes. O princpio da proporo tem o poder sutil de
fazer com que um modelo seja um fracasso ou um sucesso. Como
estilista, voc precisa tomar decises relativas ao corpo que est
criando: quais os aspectos valorizar e quais disfarar, o quanto de
pele mostrar, o que o seu mercado-alvo vai desejar. Voc escolhe uma
musa e ilustra as suas criaes neste corpo, desenhando as poses e as
atitudes que melhor expresso seu estilo. Em moda no necessrio que o
croqui seja um retrato do pblico-alvo, ele pode ser estilizado, mas
se for feito de acordo com os padres de seu pblico, isto lhe dar
uma idia possvel dos efeitos dos princpios de design que voc est
usando na criao para este pblico em especfico. Vai dar uma idia
aproximada de como essa pea ficaria no corpo, e se fica bem ou no
para o seu cliente. Homens e mulheres de todas as idades e com
todos os tipos de corpos querem usar roupas da moda. Para desenhar
e comercializar roupas nas quantidades exigidas para manter uma
empresa em dia com seus compromissos financeiros voc precisa ter a
noo exata das dimenses, medidas e necessidades das pessoas reais. A
escolha de um tecido faz enorme diferena. A roupa desenhada pode
ficar muito diferente no corpo dependendo do tecido. Um tecido de
uma s cor pode servir de fundo para pespontos e costuras atraentes
e dar a iluso de uma silhueta mais esguia; um tecido estampado pode
achatar a silhueta ou alongar, de acordo com seus padres.
Os estilistas usam esses truques para simplificar a confeco e
manter as propores e a unidade esttica de uma coleo, ao mesmo tempo
que favorecem os corpos de um grande nmero de clientes.
FONTE: Fashion Design Manual do Estilista Proporo brincar com as
propores pode feminizar o visual masculino.
Proporo a variao de comprimentos tem efeitos agudos nas propores
do corpo.
FONTE: Fashion Design Manual do Estilista
FONTE: Sue Jenkyn Jones Fashion Design Manual do Estilista
SIMPLICIDADE A simplicidade envolve a imediatez e a uniformidade da
forma elementar, livre de complicaes ou elaboraes. Isto implica em
modelos de formas simples, tecidos lisos, peas sem grandes detalhes
e com acabamentos discretos. Em muitos casos simplicidade est
associada elegncia.
FONTE: A Moda Do Sec. XX COMPLEXIDADE A formulao visual da
complexidade constituda por enumeras unidades e foras elementares.
Em um modelo a complexidade pode estar em uma modelagem com muitos
recortes e detalhes, em uma mistura de formas, acabamentos ou
bordados, ou at mesmo na unio destes elementos.
FONTE: HOLA ALTA COSTURA Inverno 2000-01 UNIDADE o equilbrio no
sentido de continuidade, unio. Por exemplo peas inteiras, ou em um
mesmo tom. A unidade muito semelhante simplicidade. Pode ser usada
para alongar a silhueta.
FONTE: HOLA ALTA COSTURA Inverno 2000-01 FRAGMENTAO A fragmentao
a decomposio dos elementos de unidade de um design em partes
separadas, que se relacionam entre si, mas conservam seu carter
individual. Exemplo: um mesmo modelo de vestido pode ser
fragmentado em saia e blusa; calas com zper destacvel no joelho,
que se transformam em bermuda; jaquetas tambm com zper que viram
coletes. O efeito de fragmentao tambm pode ser visto em peas com
recortes ou rasgos soltos.
FONTE: HOLA ALTA COSTURA - Inverno 2000-01 ATIVIDADE/MOVIMENTO A
atividade deve refletir movimento atravs da representao, como no
caso de uma estampa, ou sugesto como vestidos cortados no vis, que
criam a sensao de movimento e remetem o olhar em todas as direes da
roupa.
FONTE: HOLA ALTA COSTURA Inverno 2000-01 TRANSPARNCIA A
transparncia envolve detalhes visuais atravs dos quais se pode ver,
de tal modo do que o lhe fica atrs ou embaixo tambm nos relevado.
De forma geral a transparncia esta relacionada com a sensualidade
na moda.
FONTE: HOLA ALTA COSTURA Inverno 2000-01 Existem diversas
tcnicas visuais que podem se utilizada na moda, porm, o mais
importante a forma como elas so trabalhadas nos modelos, para que a
coleo forme uma composio capaz passar a mensagem visual que
desejamos. Esta mensagem visual ir chamar a ateno de seu pblico e
leva-lo a buscar mais informaes sobre os modelos. Isto, porque a
roupa no apenas visual, mas tambm ttil, sensorial. Logo o prximo
passo do cliente ser manusear os tecidos, testar as sensaes,
propriedades e uso no corpo, finalizando na compra.
O objetivo final a venda, mas o que ir chamar a ateno do cliente
para sua roupa a mensagem visual que ela passa, se ela atrativa ou
no, a informao visual que vai dar o START para o processo da venda.
Se a pea chamar ateno visualmente, ela ser observada com mais
detalhes, provada e compradas, caso contrrio ela ir ficar jogada na
loja ou na confeco. DICAS: Contrastes de texturas enfatizam as
diferenas entre a roupa e as formas do corpo, a prpria pele, e
acrescentam estilo e chame roupa. Decotes e detalhes nos punhos
realam os limites entre a roupa e o corpo. Nosso tato estimulado
por materiais como cashmere, seda, peles e couro. Roupas muito
justas ou escorregadias podem causar sensaes erticas. A moda
demanda que o corpos mais carnudo da mulher seja sustentado por
tecidos elsticos e cobertos por tecidos transparentes que convidam
ao toque e embelezam a pele. Combinamos tecidos para ampliar as
sensaes e aparncias causadas pelas roupas que usamos, aprender a
combinar diferentes materiais uma habilidade que vale a pena
acrescentar aos seus talentos artsticos. Estilistas que trabalhem
com peas avulsas precisam saber quais so as boas combinaes, os bons
contrastes e como equilibrar esses dois elementos em uma coleo.
Procure, com o auxlio destas tcnicas, o uso criativo de tecidos,
texturas e cores para melhor trabalhar a forma fsica e os tons de
pele e cabelo de seu pblico-alvo.
Textura (transformao Txtil)Textura o aspecto de uma superfcie ou
seja, a "pele" de uma forma, que permite identific-la e
distingui-la de outras formas. Quando tocamos ou olhamos para um
objeto ou superfcie sentimos se a sua pele lisa, rugosa, macia,
spera ou ondulada. A textura , por isso, uma sensao visual ou
tctil.