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INTRODUOO Novo Testamento forma a Parte II da Bblia. E ele uma
coleo de vinte e sete livros, mas tem somente um tero do volume da
Parte 1, o Antigo Testamento. Antigo Testamento cobre um perodo de
milhares de anos de histria, mas o Novo Testamento menos de um
sculo."Novo Testamento" quer dizer, de fato, "Novo Pacto" em
contraste com a antiga aliana. O vocbulo "testamento" transmite-nos
a idia de uma ltima vontade, e s passa a ter efeito na
eventualidade da morte do testador. Assim que o novo pacto entrou
em vigor em face da morte de Jesus (Hebreus 9:15-17).Escrita
originalmente em grego, entre 45-95 D.C.. Os livros do Novo
Testamento no esto arranjados na ordem cronolgica em que foram
escritos. As primeiras epstolas de Paulo foram os primeiros livros
do Novo Testamento a ser escritos, e no os evangelhos.E mesmo o
arranjo das epstolas paulinas no segue a sua ordem cronolgica,
porquanto Glatas (ou talvez 1 Tessalonicenses) foi a epstola
escrita bem antes daquela dirigida aos Romanos, a qual figura em
primeiro lugar em nossas Bblias pelo fato de ser a mais longa das
epstolas de Paulo; e entre os evangelhos, o de Marcos, no o de
Mateus, parece ter sido aquele que primeiro foi escrito.A ordem em
que esses livros aparecem, por consequncia, uma ordem lgica. Os
evangelhos esto postos em primeiro lugar porque descrevem os
eventos cruciais de Jesus. Entre os evangelhos, o de Mateus vem
apropriadamente antes de todos devido sua extenso e ao seu intimo
relacionamento com o Antigo Testamento, que o precede
imediatamente. No livro de Atos dos Apstolos, uma envolvente
narrativa do bem sucedido surgimento e expanso da Igreja na
Palestina e da por toda a Sria, sia Menor, Macednia, Grcia e at
lugares distantes como Roma, na Itlia.(O livro de Atos a segunda
diviso de uma obra em dois volumes, Lucas-Atos.) Bastam-nos essas
ideias quanto aos livros histricos do Novo Testamento.As epstolas
e, finalmente, o livro de Apocalipse, explanam a significao
teolgica da histria da redeno, alm de extrarem dai certas implicaes
ticas. Entre as epstolas, as de Paulo ocupam o primeiro lugar e
entre elas, a ordem em que foram arranjadas segue primariamente a
ideia da extenso decrescente, levando-se em conta a grande exceo
formada pelas Epstolas Pastorais (I e II Timteo e Tito), as quais
antecedem a Filemom, a mais breve das epstolas paulinas que
chegaram at ns.A mais longa das epstolas no paulinas, aos Hebreus
(cujo autor nos desconhecido), aparece em seguida, depois da qual
vm as epstolas Catlicas ou Gerais, escritas por Tiago, Pedro, Judas
e Joo.E por fim, temos o livro que lana os olhos para o futuro
retorno de Cristo, o Apocalipse, livro esse que leva o Novo
Testamento a um mui apropriado clmax.O Novo testamento o livro mais
vital o mundo. Seu tema supremo o Senhor Jesus Cristo. Seu objetivo
supremo a Salvao dos seres humanos. Seu projeto supremo o reinado
final do Senhor Jesus num imprio sem limites e eterno.Dentro do
estudo do Novo testamento estaremos observando as principais
Doutrinas e Teologia, obedecendo a verdade dispensacional.Seitas,
Grupos e Instituies do Novo Testamento.Fariseus: Ignora-se a origem
desta seita e at mesmo a razo de seu nome. Supe-se que o nome
fariseu significa separado. Embora possa ter existido muito tempo
antes, a seita aparece com esse nome durante o perodo do domnio de
Joo Hircano, na ltima metade do segundo sculo a.C.. Zelosos na
interpretao e observncia da lei mosaica tornaram-se orgulhosos de
sua posio e fanticos, por vezes extremados. Criam na imortalidade
da alma e na ressurreio do corpo. Criam nos anjos e demnios.
Acreditavam na revelao do Velho Testamento e na tradio acumulada de
decises dos rabinos atravs dos sculos.Saduceus: No se sabe
exatamente a origem do nome saduceu. Supe-se que o nome originou-se
de Zadoque, um Sumo Sacerdote dos tempos de Davi, ao qual se liga a
origem da seita. A famlia deteve em seu poder o sumo sacerdcio at
os tempos dos Macabeus.Aproveitando-se da posio, esses sumo
sacerdotes se meteram na poltica e perderam o ardor religioso;
tornaram-se complacentes com o processo de helenizao que teve seu
grande impulso com os selucidas. Da porque os Macabeus os
consideravam, no seu tempo, infiis s tradies dos antepassados.Os
Saduceus negavam a ressurreio e a imortalidade da alma. Negavam a
ao providencial de Deus na histria, faziam o indivduo responsvel
pela orientao de sua vida livremente. Rejeitavam a tradio,
aceitando somente as Escrituras do Velho Testamento, embora
tivessem a prpria interpretao delas. No criam nos anjos, nem nos
demnios.Pequena em nmero, a seita se constitua da gente rica e
concentrada em Jerusalm, razo porque no gozava de muita
popularidade.Essnios: Eram os Essnios, uma seita de tendncias
msticas, em alguns aspectos extremadas.Era celibatria, pratica
ritos de abluo; dedicava-se orao e estudo das Escrituras. Criam-se,
os Essnios representantes legtimos do pacto, e aguardavam o
cumprimento das promessas feitas por Deus atravs dos profetas.
Rgidos na guarda do sbado, mais at do que os fariseus; vestiam-se
de branco, viviam em colnias, tinham as propriedades em
comum.Zelotes: Os Zelotes eram mais um partido de tendncias
polticas extremadas do que uma seita. Foi fundada por Judas Galileu
em 6 a.C..Opunha-se ao pagamento de tributos ao poder estrangeiro
pago, de vez que s reconheciam a soberania do Deus de Israel,
Jeov.Doutrinariamente, no diferiam muito dos fariseus. Reviviam de
quando em quando o zelo e rebeldia dos Macabeus, dos quais Judas
era um imitador.Foram chamados mais tarde SICRIOS, assassinos,
porque se armaram de facas que traziam ocultamente. Mesmo depois da
queda de Jerusalm em 70 A.D., grupos de zelotes continuaram sua
resistncia em alguns lugares. Entre os apstolos de Jesus figura um
membro desse grupo, Simo, o Zelote, Lc 6.15; At 1.13.Herodianos:
Discute-se a origem dos Herodianos, os quais no se constituram em
uma seita religiosa, nem mesmo num partido poltico. Parece natural
a suposio de que fossem um grupo de judeus de certa influncia, que
aderiram, por razes de convenincia, ao governo de Herodes e por sua
vez aceitavam pacificamente, o domnio romano.Tornaram-se opositores
de Jesus e chegaram mesmo a se aliar aos fariseus de quem eram
adversrios, para tentar envolver Jesus numa cilada, conforme Mc
12.13.Escribas: Referncias frequentes nos evangelhos aos escribas
mostram a influncia de que gozavam estes homens; que no se
constituam em um partido poltico ou seita.Inicialmente os escribas
eram profissionais copistas ou amanuenses. Adquiriram,
posteriormente, importncia maior como copiadores da lei mosaica. A
sua familiaridade com os escritos sagrados resultante disso,
conferiu-lhes a condio de mestre, de modo que o escriba se tornou
um rabi, palavra que literalmente significava meu grande mestre ou,
meu grande Senhor.Os fariseus eram muitas vezes escribas, da as
referncias constantes no Novo Testamento aos escribas e fariseus.
Por outro lado eram os escribas convocados, quando se tratava de
difceis interpretaes da lei, da tambm serem chamados de doutores da
lei. Eram ainda os escribas, membros do sindrio, uma espcie de
consultores do grande tribunal judaico.Samaritanos: Frequentemente
se encontram, no Novo Testamento, referncias aos samaritanos;
referncias que indicam a distncia em que os mantinham judeus,
considerando-os estrangeiros e pior do que estrangeiros. Como se
formou a raa dos samaritanos, por assim dizer?Quando Sargon, rei da
Assria conquistou Samaria; para evitar os que l ficaram se
revoltassem contra o poder dominador, providenciou a localizao ali
de gente de outros lugares conquistados, para que assim se
misturassem com os da terra e enfraquecesse o esprito nacionalista
aguerrido e rebelde. Com o tempo isso se deu. No somente os
casamentos entre os dois grupos, mas a adoo por parte dos
israelitas de costumes e at prticas religiosas, dos novos
habitantes da terra deram o resultado desejado por Sargon. Produziu
mais do que isso, uma averso dos judeus contra o povo hbrido que
ali se formou, os samaritanos.Quando se empreendeu a reconstruo do
templo de Zorobabel sob a influncia dos profetas Ageu e Zacarias,
os samaritanos se ofereceram para participar na construo, mas foram
rejeitados, o que produziu um grande empenha da parte deles para
sustar a obra. Influiu sem dvida para essa rejeio, o zelo da parte
de Esdras e Neemias em manter a pureza da raa, evitando a mistura
com gente como os samaritanos. Judeus e samaritanos sofreram sob o
jugo romano, embora a divergncia sobre lugar de culto (os
samaritanos adoravam em Gerizim), nos tempos de Jesus, as diferenas
doutrinrias entre os dois povos no fossem to grandes. Como os
judeus, alimentavam os samaritanos a esperana messinica, Jo
4.25,29.Os judeus, principalmente os fariseus, mantinham tal
desprezo para com os samaritanos, que insultavam Jesus chamando-o
samaritano, Jo 8.48. Jesus no entanto mostrou simpatia para com
eles em vrios episdios de sua vida, manteve conversa com a mulher
samaritana, e entrou em sua cidade, permaneceu ali por dois dias,
fazendo muitos discpulos; fez de um samaritano o heri de uma de
suas mais lindas parbolas, Lc 10.30-37. Elogiou o samaritano que,
curado de sua lepra, voltou a agradecer-lhe, e, concedeu-lhe beno
especial.Publicanos: Com o domnio romano surgiram os publicanos,
prepostos dos coletores de impostos do imprio, ou sub-coletores.
Desde que no havia uma taxa fixa para esses impostos e tendo o
sub-coletor que dar entrada no tesouro, de uma soma estipulada,
ficava at certo ponto a seu critrio o quanto cobrar dos
contribuintes. Da a facilidade com que muitos deles avarentos e
cobiosos extorquiam o povo, Lc 3.1-13; 19.8.Especialmente os
fariseus os detestavam, no apenas pela extorso que praticavam, mas
porque os consideravam traidores de vez que se arrendavam a um
poder estrangeiro contra sua prpria nao.Jesus, no entanto, se fez
amigo de alguns deles e comeu com eles, Mt 9.10-15; convocou um
publicano para o apostolado, Mt 9.9-10.3; muitos deles foram
batizados e se tornaram discpulos de Joo Batista e possivelmente de
Jesus, Lc 15.1.Em uma de suas parbolas Jesus mostra a humildade de
um, publicano em contraste com o orgulho de um fariseu, e como a
orao penitente daquele foi aceita e no a deste, Lc 18.9-14.O
Templo: O templo era o centro do culto nacional dos judeus. Nos
tempos de Jesus esse templo era uma construo (ou reconstruo)
alargada e enriquecida do que fora anteriormente, nos tempos de
Neemias, enriquecidas por ordem de Herodes.Dois atos de culto dirio
se constituam na principal atividade do templo ento: o sacrifcio da
manh, ao romper do dia e o da tardem que se iniciava s trs horas da
tarde. Essas cerimnias consistiam do sacrifcio de uma vtima, pelo
sacerdote e seus auxiliares, os quais eram para isso sorteados. Alm
do oferecimento da vtima havia a queima do incenso, cnticos dos
salmos acompanhados por harpa ou outro instrumento, como a lira.O
povo era despedido com a beno sacerdotal. A Sinagoga: A origem da
sinagoga no se conhece com certeza. Parece provvel que no perodo de
exlio os piedosos judeus tivessem institudo um lugar separado para
suas reunies, onde interesses sociais, educacionais e religiosos
fossem atendidos. Da surgiu a sinagoga, onde as questes dos
exilados so julgadas por um conclio, o conclio da sinagoga. A tambm
funcionava a escola, para ensina da leitura, e tambm os atos do
culto aos sbados. A lei e os profetas eram lidos e se havia algum
capaz de explicar o trecho lido havia um, como que, pequeno sermo.
Havia tambm oraes.Se houvesse um visitante que pudesse expor um
texto das Escrituras, era para isso convidado.O servio religioso
terminava com a beno de Aro, Nm 6.24-26, pronunciada por um
sacerdote ou mesmo por um leigo, na falta de sacerdote, o qual
fazia em forma de orao a que toda a congregao respondia o Amm.A
sinagoga no foi apenas um instrumento para manter a f e a piedade
dos judeus, mas tambm um fator de proselitismo, pois muitos gentios
aderiam f judaica. Abraavam o judasmo e passavam a fazer parte da
sinagoga. Durante a semana havia tambm, nas quintas-feiras, reunies
mais abreviadas.O nmero mnimo de dez homens era requerido para a
formao de uma sinagoga.Havia um chefe de sinagoga, que se incumbia
da ordem do culto, do cuidado da propriedade e de indicar cada
semana os participantes da cerimnia. As sinagogas se multiplicaram
de modo a se encontrarem por toda a parte, e at haver, nas grandes
cidades vrias sinagogas. Em muitos casos reunia grupos homogneos,
conforme a sua origem. Sabemos que Estevo discutiu com os da
sinagoga da Cilcia, possivelmente onde encontrou Saulo de Tarso,
que era da Cilcia.Com o surgimento da obra missionria as sinagogas
se constituram no lugar de preferncia para que os mensageiros do
evangelho comeassem o seu trabalho, como fazia Paulo, na sia
Menor.O Sindrio: O sindrio era o supremo tribunal judaico, uma
corte de apelao em ltima instncia. No se conhece exatamente a
origem dessa instituio. Compunha-se de setenta e uma pessoas,
inclusive o presidente e o sumo-sacerdote.Trata-se de uma instituio
que teve grande variao, quanto ao limite dos poderes que lhe eram
atribudos, dependendo das condies polticas. Por exemplo, os romanos
restringiram esses poderes uma vez que no era concedido ao sindrio
decretar pena de morte.Embora as questes religiosas fossem as
principais de que se ocupasse, verifica-se at mesmo luz do Novo
Testamento que os poderes do sindrio eram bem amplos, incluindo a
rea civil e administrativa.Parece que pequenos sindrios locais
apelavam para o grande sindrio em Jerusalm, quando questes de maior
monta no podiam ser resolvidas em seus limites.O NOVO TESTAMENTOA
Nova AlianaTextosJEREMIAS 31.3134Eis a vm dias, diz o SENHOR, em
que firmarei nova aliana com a casa de Israel e com a casa de Jud.
No conforme a aliana que fiz com seus pais, no dia em que os tomei
pela mo, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a
minha aliana, no obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR.
Porque esta a aliana que firmarei com a casa de Israel, depois
daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas
leis, tambm no corao lhes inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles
sero o meu povo. No ensinar jamais cada um ao seu prximo, nem cada
um ao seu irmo, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me
conhecero, desde o menor at ao maior deles, diz o SENHOR. Pois
perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me
lembrarei.EZEQUIEL 36.2528 Ento, aspergirei gua pura sobre vs, e
ficareis purificados; de todas as vossas imundcias e de todos os
vossos dolos vos purificarei. Dar-vos-ei corao novo e porei dentro
de vs esprito novo; tirarei de vs o corao de pedra e vos darei
corao de carne. Porei dentro de vs o meu Esprito e farei que andeis
nos meus estatutos, guardeis os meus juzos e os observeis.
Habitareis na terra que eu dei a vossos pais; vs sereis o meu povo,
e eu serei o vosso Deus.1 CORNTIOS 11.2326 Porque eu recebi do
Senhor o que tambm vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em
que foi trado, tomou o po; e, tendo dado graas, o partiu e disse:
Isto o meu corpo, que dado por vs; fazei isto em memria de mim. Por
semelhante modo, depois de haver ceado, tomou tambm o clice,
dizendo: Este clice a nova aliana no meu sangue; fazei isto, todas
as vezes que o beberdes, em memria de mim. Porque, todas as vezes
que comerdes este po e beberdes o clice, anunciais a morte do
Senhor, at que ele venha.ParticipantesEsta uma aliana incondicional
envolvendo as duas Casas de Israel (Jr 31.31). No feita meramente
entre Deus e Jud ou entre Deus e Israel, mas inclui as duas Casas
de Israel; portanto, inclui toda a nao judaica: os descendentes de
Abrao, Isaque e Jac. Recebe confirmao adicional em outras passagens
como Isaas 59.20, 21 (comp. Rm 11. 26, 27); Jeremias 32.40, 41;
Ezequiel 37.2628, dentre outras. impossvel ler a Bblia e deixar de
ver a centralidade de Israel no plano de redeno que Deus vem
desenvolvendo desde o incio da histria do homem na Terra. No Velho
Testamento, no havia confuso; Deus s tinha um povo, um instrumento
para chegar aos seus primeiros objetivos: a produo de um Livro com
a sua Palavra escrita, o estabelecimento de um modelo visvel de seu
Reino e a formao de uma nao que pudesse trazer ao mundo o Salvador
de toda a humanidade. Qualquer pessoa de outra raa ou origem que
quisesse servir ao nico Deus verdadeiro teria que faz-lo atravs do
seu povo escolhido, Israel (como nos casos de Raabe e Rute).Deus
cumpriu a promessa feita sob a Aliana Admica (Gn 3.15) e enviou,
por meio da nao de Israel, o Messias prometido. No entanto, Joo diz
que Ele veio para o que era seu, e os seus no o receberam (Jo 1.11;
comp. At 4.11). Israel rejeitou o Messias e falhou em cumprir sua
misso ser o instrumento de Deus por meio do qual todas as famlias
da terra seriam abenoadas, conforme Ele prometera a Abrao (Gn 12.3;
comp. Is 43.10; Salmo 67).A partir da Nova Aliana e,
especificamente, do grande pregador do evangelho aos gentios, o
apstolo Paulo, a situao mudou radicalmente. Pedro usou as chaves do
Reino para abrir as portas oficialmente aos gentios na casa de
Cornlio (At 10.111.18). Mas Paulo foi o apstolo dos gentios (Gl
2.7, 8) que abriu o mistrio, escondido h sculos, do grande plano de
redeno em que judeus e gentios se tornariam membros de um mesmo
corpo, co-participantes das promessas de Deus, e instrumentos para
a sua glria na Terra (Rm 11.25; 16.25, 26; Ef 3.1-11; Cl 1.26, 27;
1 Tm 3.16).Na Bblia, Israel Israel, e a Igreja a Igreja; os dois no
devem ser confundidos. verdade que existe um sentido em que um
cristo um judeu espiritual, ou seja, um verdadeiro judeu. E, tambm,
que a Igreja verdadeira um tipo de Israel espiritual (Rm 2.28; Gl
6.16). Entretanto, Deus tem planos e promessas especficas para
serem cumpridos por e em ambos. Em relao salvao, h somente dois
grupos: os perdidos e os salvos. Porm, em relao ao futuro e s
profecias de Deus, existem trs: os judeus, as naes e a Igreja (1 Co
10.32). Os cristos gentios se tornaram os felizes beneficirios das
promessas de Deus, sem que isso implicasse em nenhum prejuzo do
completo e final cumprimento das promessas do Reino feitas a
Israel, relativas sua restaurao espiritual e fsica, e a um reinado
milenar literal de Cristo na Terra, a partir de Jerusalm.No captulo
11 de Romanos, Paulo ensina que os crentes gentios foram enxertados
para se tornarem co-participantes da raiz e da seiva da oliveira
(v. 17). Mas, os ramos naturais, sero enxertados novamente na sua
prpria oliveira (v. 24). E assim, todo o Israel ser salvo (v. 26).
Observe o cumprimento da promessa da Nova Aliana para Israel: Esta
a minha aliana com eles, quando eu tirar os seus pecados (v. 27).
Esta uma clara referncia ao que acontecer ao Israel fsico depois
que houver entrado a plenitude dos gentios (v. 25; cf. Zc 12.10,
13.1). O futuro de Israel certo, juntamente com o cumprimento de
mltiplas promessas especficas do Antigo Testamento.ClusulasA Nova
Aliana no meramente uma elaborao adicional Aliana Mosaica, mas
claramente distinta desta. Ela vem para substituir a Aliana Mosaica
que j havia sido anulada pelo povo (Jr 31.32). Enquanto a Aliana
Mosaica trazia apenas uma sombra dos bens vindouros, a Nova Aliana
traz a imagem real das coisas (Hb 10.1).1. Regenerao (Jr 31.33a; Ez
36.26). Esta aliana comea no interior, no corao do homem. As leis
de Deus sero escritas no corao. Deus promete mudar a estrutura
interior do homem e dar a ele um novo corao e um novo esprito (este
o novo nascimento Jo 3.3). Na Nova Aliana h uma nova criao e um
novo homem (2 Co 5.17; Ef 2.15; Cl 3.9, 10).2. Relacionamento com
Deus (Jr 31.33b, 34a). Deus promete pertencimento e o conhecimento
pessoal dEle. Na Nova Aliana h um novo e vivo caminho para a
presena de Deus (Hb 10.1622 compare Ex 19.12). No h mais
necessidade do sacerdcio levtico. Cristo Mediador de superior
aliana (Hb 8.6) e o nosso Sumo Sacerdote segundo a ordem de
Melquisedeque (Hb 5.10).3. Purificao, no cobertura (Jr 31.34b). A
Nova Aliana far exatamente o que a Aliana Mosaica no foi capaz de
fazer. Os pecados sero apagados e esquecidos, no simplesmente
cobertos.4. Habitao interior do Esprito Santo (Ez 36.27). A Aliana
Mosaica no provia a habitao do Esprito Santo; este no era seu
propsito. Por esta razo, o povo no tinha o poder necessrio para
cumprir as exigncias da Lei. Mas, na Nova Aliana, cada indivduo ser
capacitado pelo Esprito a fazer a vontade de Deus.Entrando em
Aliana com DeusA Nova Aliana amplifica o aspecto da BNO apresentado
na Aliana Abramica (Gn 12.3b), especialmente com respeito salvao.
Vimos que no incio da criao Deus buscou comunho, um relacionamento
pessoal com o homem, mas este se recusou a permanecer sob o governo
de Deus. Como aquele relacionamento pode ser restaurado? Como o
prprio homem pode ser restaurado? Como ele pode reconciliar-se com
Deus e entrar em aliana com Ele?1. ARREPENDIMENTO E F. O homem
quebrou a Aliana Ednica e decidiu seguir seu prprio caminho. Isaas
53.6 diz: Todos ns, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de ns
se voltou para o seu prprio caminho (NVI). Paulo diz que todos, sem
exceo, esto destitudos da glria de Deus (Rm 3.23). Por esta razo, a
fim de entrar em aliana com Deus, o homem precisa se arrepender.
Jesus afirmou por duas vezes seguidas: Se, porm, no vos
arrependerdes, todos igualmente perecereis (Lc 13.3, 5).
Arrependimento ordem de Deus para todo homem (At 17.30).Contudo, ao
pecador arrependido, Deus se torna justo e justificador daquele que
tem f em Jesus (Rm 3.26). Por meio da f, a justia de Deus nos
imputada (creditada). Abrao creu em Deus, e isso lhe foi imputado
para justia (ver Gn 15.6; Is 61.10; Hc 2.4; Rm 1.17; Rm 3.214.125;
Rm 10.810; 2 Co 5.21; Gl 3.11; Ef 2.8, 9; Hb 10.38). O evangelho o
poder de Deus para a salvao de todo aquele que cr (Rm 1.16).2. O
MILAGRE DO NOVO NASCIMENTO. Em Joo 3.3, vemos o cumprimento de
Ezequiel 36.26: Dar-vos-ei corao novo e porei dentro de vs esprito
novo.... O homem no poder chegar ao cu em seu estado de morte
espiritual; ele precisa nascer de novo para ter vida espiritual.
Jesus disse que Ele a prpria vida (Jo 14.6; Jo 11.25, 26). Aquele
que se arrepende e confia em Cristo nasce de novo, isto ,
regenerado no de semente corruptvel, mas de incorruptvel, mediante
a palavra de Deus, a qual vive e permanente (1 Pe 1.23). Quando a
semente da Palavra de Deus cai em boa terra (Lc 8.11), Deus opera
este lavar regenerador e renovador do Esprito Santo (Tito 3.57).3.
BATISMO. Em Cl 2.11, 12, Paulo faz um paralelo entre a circunciso
do A.T. e o batismo no N.T.: Nele, tambm fostes circuncidados, no
por intermdio de mos, mas no despojamento do corpo da carne, que a
circunciso de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com ele, no
batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a f no
poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. Mesmo sob a
Aliana Mosaica, Deus advertiu o povo contra a mera circunciso da
carne, que no era acompanhada de uma f obediente aos compromissos
da aliana (Dt 10.16; Dt 30.6; comp. Jr 4.4).O batismo um sinal, um
smbolo, e no a substncia essencial da salvao. No batismo, a gua
conhecida como smbolo de purificao (1 Pe 3.20b, 21; Ef 5.26, 27),
contudo, a gua em si no salva, no liberta e nem purifica o homem de
seu pecado, mas aponta para a obra do Esprito Santo em seu
interior. Assim, o batismo, sem a obra regeneradora do Esprito
Santo, torna-se um mero rito, esprio e ineficaz.4. BATISMO NO
ESPRITO SANTO. Para que a bno de Abrao chegasse aos gentios, em
Jesus Cristo, a fim de que recebssemos, pela f, o Esprito prometido
(Glatas 3.14). Jesus declarou que todo aquele que viesse a crer
nele teria dentro de si uma fonte, fluindo para a vida eterna. Ele
disse isso se referindo ao Esprito que haviam de receber os que
nele cressem; pois o Esprito at aquele momento no fora dado, porque
Jesus no havia sido ainda glorificado (Jo 7.3739). Depois de ser
glorificado junto ao Pai, Jesus comeou a batizar seus discpulos com
o Esprito Santo no dia de Pentecoste (At 1.4, 5). Pedro explicou ao
povo que aquilo era cumprimento da profecia de Joel (Atos 2.16-21;
comp. Joel 2.2832), e concluiu sua mensagem dizendo:
Arrependei-vos, e cada um de vs seja batizado em nome de Jesus
Cristo para remisso dos vossos pecados, e recebereis o dom do
Esprito Santo (At 2.38).5. A LEI DO ESPRITO. Pois, quando se muda o
sacerdcio, necessariamente h tambm mudana de lei (Hb 7.12). Na Nova
Aliana, a lei que deve governar o homem a lei do Esprito da vida,
em Cristo Jesus (Rm 8.2, comp. Gl 5.1625). Aquele que est em Cristo
uma nova criatura (nova criao) e as coisas velhas, boas ou ms, j
passaram (2 Co 5.17). De fato, aquele que est em Cristo, aos olhos
de Deus (segundo a viso jurdica celestial), morreu e agora vive em
ressurreio. Quem morreu est desobrigado de guardar qualquer lei que
seja, pois a lei foi decretada para os que vivem (Rm 7.1).
Conclumos ento que, vivendo em ressurreio, recebemos diretamente de
Cristo seu mandamento vivo, por meio do seu Esprito que nos guia.
Sua lei viva, gravada em nossas mentes, pulsa em nossos coraes a
cada instante. No na forma de letras impressas ou entalhadas em
pedras, mas num constante falar do Esprito Santo ao nosso corao,
nos dizendo a cada momento qual deve ser a nossa atitude em cada
situao. o que Paulo chama de andar no Esprito, ser guiado pelo
Esprito, viver no Esprito.Numa maravilhosa passagem bblica 2
CORNTIOS 3.318 Paulo esclarece sobre esta lei viva da liberdade no
Esprito mostrando como ela substitui a Aliana Mosaica e a velha Lei
escrita na pedra, o ministrio da condenao e da morte. Paulo nos
conduz at nos fazer ver que a liberdade onde entramos por meio do
Esprito se refere a contemplar a Cristo, de modo espiritual,
constantemente, ao ponto de sermos transformados, mudados, dia aps
dia, sendo transformados interiormente mediante este contemplar em
f.Paulo caminha desde o que era antes (letras, vus, ministrios
humanos, capacidades humanas) at o que agora (contemplar a Cristo,
ter liberdade no Esprito, no ser capaz sequer de pensar algo como
se procedesse de ns mesmos, mas aguardar perante a face de Cristo a
suficincia, a capacitao que vem de Deus), e conclui dizendo: Ora, o
Senhor o Esprito; e, onde est o Esprito do Senhor, a h liberdade. E
todos ns, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a
glria do Senhor, somos transformados, de glria em glria, na sua
prpria imagem, como pelo Senhor, o Esprito (vv. 17, 18). Na Nova
Aliana, a imagem de Deus que havia no homem enquanto ele esteve sob
a Aliana Ednica, pode ser restaurada.6. O SINAL DA ALIANA. A Nova
Aliana foi instituda no cenculo, com a Ceia do Senhor (Mt 26.2628).
Ao celebrar a Ceia, nos lembramos da morte do Senhor e nos
preparamos para a sua vinda. Os elementos so os mesmos trazidos por
Melquisedeque a Abrao em Gn 14.18. O po representa o corpo do
Cordeiro de Deus que foi esmagado por ns. O fruto da videira
representa o sacrifcio de sangue que fluiu pelo corte da aliana. Ao
tomar estes elementos, o homem est dizendo: Pai, eu aceito
livremente a circunciso do meu corao e o meu relacionamento de
aliana contigo.A Nova Aliana entrou em vigor quando Jesus morreu na
cruz por nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia. O sangue de
Cristo ratificou, marcou e selou a Nova Aliana (Hb 8.110, 18). Por
meio do corpo e do sangue de Cristo o homem vivificado em seu
esprito (Ef 2.1) e recebe vida eterna: Em verdade, em verdade vos
digo: se no comerdes a carne do Filho do Homem e no beberdes o seu
sangue, no tendes vida em vs mesmos. Quem comer a minha carne e
beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no ltimo
dia. Pois a minha carne verdadeira comida, e o meu sangue
verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue
permanece em mim, e eu, nele. Assim como o Pai, que vive, me
enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, tambm quem de mim se
alimenta por mim viver (Joo 6.5357).7. O DESCANSO. Colossenses
2.16,17 mostra que o mandamento do Sbado, dentre outros, era uma
sombra do que haveria de vir. Hebreus 4.111 fala de um significado
espiritual para o Sbado, que tambm ligado terra prometida. Ambos
falam de um descanso espiritual. O verso 3 diz que entramos no
descanso quando cremos em Deus. Este descanso no apenas guardar um
dia por semana, pois este era apenas um sinal, uma figura do que
viria na Nova Aliana. No foi cumprido tampouco quando o povo
conquistou a terra prometida, embora representasse descanso da
escravido no Egito, da peregrinao no deserto e dos inimigos. Mas,
resta um repouso para o povo de Deus (v. 9).O descanso para ns
representa nosso alvo final como cristos de alcanar a Nova
Jerusalm, novos cus e nova terra onde habita a justia (2 Pe 3.13;
Ap 14.13), e onde teremos descanso de nossa peregrinao neste mundo
de corpos fsicos limitados e de tantos ataques do inimigo. Mas
tambm representa o descanso que nosso pela obra de Cristo na cruz,
que nos libertou da escravido do pecado, da Lei, da fora da carne,
e que nosso direito quando cremos em Jesus e recebemos o Esprito da
vida (Rm 7 e 8). Em outras palavras, alcanar o que Deus tem para ns
depende de crer e continuar crendo em Jesus, ouvir sua voz e
permanecer em comunho com Ele (Jo 15.5). A revelao plena da obra de
Cristo que na cruz exclamou est consumado que nos leva a
experimentar o descanso de Deus. Assim como Deus descansou no stimo
dia porque no havia mais nada para fazer, assim tambm ns
descansamos em Jesus, pois Ele a nossa justia e consumou tudo na
cruz satisfazendo plenamente a vontade do Pai. Na Nova Aliana, o
Sbado no um dia da semana e sim sete dias por semana experimentando
o descanso de Deus.8. O CASAMENTO. A Bblia comea e termina com
casamento. No princpio, toda a criao de Deus foi boa, menos o fato
de o homem estar s (Gn 2.18). Deus no fez Eva do p da terra, mas
tirou-a do prprio lado de Ado, para que lhe fosse compatvel e
harmoniosa. A Igreja a noiva de Cristo (2 Co 11.2; Ef 5.32).
Podemos dizer que a Igreja foi tirada do lado de Jesus, pois quando
lhe traspassaram, saram gua e sangue do seu lado (Jo 19.34), que
representam a palavra e o sangue que nos do vida. Nossa vida provm
de comer a sua carne e beber o seu sangue (Jo 6.5457). Na consumao
de tudo, haver um casamento maravilhoso, as bodas do Cordeiro (Ap
19.9; 21.9).Agora somos o corpo de Cristo (1 Co 12.27), mas isto
pela f, pois a nossa unio com Ele ainda no foi consumada. Para ser
um s corpo com o nosso Noivo, em realidade, s depois do casamento.
Agora estamos ligados com Ele no Esprito que est nos preparando
como noiva para aquele dia. O casamento ser o dia da glorificao dos
nossos corpos, a manifestao visvel do novo homem e a unio
permanente com o nosso Cabea. importante saber o que podemos
experimentar agora pela f, como corpo de Cristo, e o que s vir
depois do casamento. Isto nos dar ousadia para tomar posse de tudo
que est ao nosso alcance agora, mas gerar expectativa e ansiedade
para a sua volta.Agora somos filhos de Deus, mas ainda no se
manifestou o que haveremos de ser (1 Jo 3.2, 3). Podemos ter vitria
sobre o pecado (Rm 6.14), ter as primcias da nossa herana (Ef 1.13,
14), e experimentar o poder da sua ressurreio (Ef 1.19, 20). A
Igreja tem experimentado e continuar a experimentar tempos de
refrigrio e avivamento (At 3.20). Porm, a glorificao dos nossos
corpos, a paz no mundo e a libertao da criao s viro com a volta de
Jesus (1 Co 15.51, 52; Zc 14.9; Rm 8.1825; Ap 11.15). O nosso
desafio presente nos apropriar de tudo que Deus nos ofereceu em
Cristo em sua primeira vinda, a fim de estarmos preparados para a
segunda.Situao da AlianaNo que diz respeito Igreja, a Nova Aliana a
base para a DISPENSAO DA GRAA. Com relao a Israel, a Nova Aliana a
base para a DISPENSAO DO REINO. A Nova Aliana uma aliana
incondicional e, portanto, eternamente em vigor.
OS QUATRO EVANGELHOSVamos dirigir agora a nossa ateno aos quatro
evangelhos. Uma coleo de registros muito especial quando os
examinamos coletivamente. Para comear, nos encontramos perguntando:
Por que h quatro evangelhos, especialmente quando os trs primeiro
parecem abranger quase o mesmo assunto? Um s no seria melhor?Como
estamos tratando de escritos divinamente inspirados, a resposta
final, naturalmente, que h quatro porque Deus assim quis: mas
podemos acrescentar que existem razes claras para Deus Ter feito
isso.Existem quatro evangelhos em lugar de um, de modo a
apresentar-nos um retrato de Cristo. Os quatro Evangelhos tm cada
um uma individualidade que no pode ser anulada.A unidade do tema,
somada sua diversidade que os torna to interessantes mente e to
satisfatrio ao corao.Tambm podemos explicar a necessidade dos
quatro evangelhos facilmente pelo fato de ter havido, nos tempos
apostlicos, quatro classes representativas do povo: Judeus,
Romanos, Gregos e a Igreja.Cada um dos evangelistas escreveu para
uma dessas classes, adaptando-se ao seu carter, s suas necessidades
e ideais.LivroPovoRevelaoFigura
MateusJudeusFilho de DeusLeo
MarcosRomanosO ServoBoi
LucasGregosO Filho do HomemRosto de Homem
JooIgrejaO Salvadorguia
Mateus Sabendo que os Judeus esperavam pela vinda do Messias,
prometido no Velho Testamento, apresenta Jesus como o Messias o
filho de Deus. O leo era o smbolo da tribo de Jud, a tribo real. Em
Mateus nosso Senhor singularmente "o Leo da Tribo de Jud.Joo 3: 17
e eis que uma voz dos cus dizia: Este o meu Filho amado, em quem me
comprazo.Em Mateus, o evangelho do Rei, v-se nos primeiros captulos
o Rei dos Judeus e por Fim o Rei soberano nos cus e na terra,
enviando para exigir sua sujeio e homenagem.Marcos Escreveu aos
Romanos, um povo cujo ideal era o poder e o servio, assim Marcos
descreveu Cristo o Servo fiel.O boi o emblema do trabalho servil.
Ele representava entre os antigos do oriente, o trabalho paciente e
produtivo. A nfase do livro se encontra num Cristo ativo, um Servo
forte, mas humilde.Em Marcos, o evangelho do grande Servo de Deus,
enfatizam-se os atos de Cristo, no as Suas palavras, Marcos conta a
lida incansvel do Servo de Jeov.Lucas Escreveu a um povo culto, os
Gregos, cujo objetivo era atingir a perfeio e assim chegar a ser
deus, assim Lucas apresenta Cristo como o Filho do homem, perfeito
em tudo e que chegou a ser Deus.O homem smbolo de inteligncia,
razo, emoo, vontade, conhecimento, amor.Lucas 5: 24 Ora, para que
saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para
perdoar pecados (disse ao paraltico), a ti te digo: Levanta-te,
toma o teu leito e vai para tua casa.Em Lucas, o evangelho do Filho
do homem, mostra-se o corao de Jesus em uma srie de manifestaes de
Sua compaixo, ternura e amor.Joo ao escrever tinha em mente a
Igreja, pois j fazia muitos anos que Cristo tinha sido crucificado
e as verdades do Evangelho estavam sendo esquecida, por isso Joo,
vendo as necessidades dos cristos de todas as naes apresenta as
verdades mais profundas do Evangelho.Joo 4: 42 e diziam mulher: J
no pela tua palavra que ns cremos; pois agora ns mesmos temos
ouvido e sabemos que este verdadeiramente o Salvador do mundo.Em
Joo, o evangelho do Filho de Deus, v-se como Jesus assemelha-se
natureza da guia que voa e nos leva s alturas da Sua divindade
eterna. o livro que nos revela o mistrio de Ele ser com o
Pai.PARALELO SIGNIFICATIVOEzequiel 1: 10 E a forma dos seus rostos
eram como o rosto de homem; e mo direita todos os quatro tinham o
rosto de leo, e mo esquerda todos os quatro tinham o rosto de boi;
e tambm tinham todos os quatro o rostos de guia;O Leo simboliza a
soberania a fora suprema, o homem a mais alta inteligncia, o boi o
servio, a guia o celestial o divino.Os quatro aspectos so
necessrios para transmitir toda a verdade. Como soberano Ele vem
para reinar e governar. Como servo vem para servir e sofrer. Como
Filho do Homem vem para participar e consolar. Como Filho de Deus
vem para revelar e remir.Maravilhosa fuso - soberania e humanidade;
humildade e divindade.
OS SINTICOS E JOOSintico: Que tem forma de sinopse; resumido. Os
evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas cobrem quase o mesmo terreno,
apresentando apenas narraes dos fatos enquanto o registro de Joo,
alm de ter sido escrito mais tarde do que os demais tratam em sua
maior parte da matria no mencionada por eles. O evangelho de Joo
obra de um telogo, que apresenta Jesus como o Cristo, o Filho de
Deus.
O ENSINO DE JESUS NOS EVANGELHOS A SEU PRPRIO RESPEITO
Nos evangelhos encontramos a pessoa de Jesus, andando, falando,
operando milagres no exerccio de seu trplice ministrio: pregar,
ensinar e curar. Em todos os trs aspectos se tornam claro o seu
ensino.Vejamos o que que Jesus nos ensina a respeito de sua prpria
pessoa. Dois ttulos especiais usou Jesus para designar a sua
pessoa:a. Filho de DeusNos sinticos no encontramos Jesus atribuindo
a si esse ttulo, Filho de Deus, a no ser indiretamente. Outros o
fazem em muitos exemplos.Os sinticos registram o incidente do
batismo em que a voz dos cus se faz ouvir: Este o meu filho amado
em quem me comprazo (Mc 1.11; Lc 3.22; Mt 3.17), igualmente na
transfigurao.Satans o desafia dizendo: Se s o Filho de Deus...Pedro
confessa como tal, Mt 16.16. Que essa filiao divina seja apenas a
expresso da intimidade com Deus; ou apenas expresso de uma relao
tica, moral, como querem alguns, no condiz com a maneira como Jesus
mesmo a ela se refere: Ningum conhece o Filho seno o Pai; e ningum
conhece o Pai seno o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser
revelar.O evangelho de So Joo comea com a enftica afirmao da
divindade de Jesus e o chama de Unignito do Pai, uma filiao
peculiar.Os inimigos entenderam que ele se atribua carter divino,
igual com o Pai e o acusaram: Ele se fez igual a Deus (Jo 5.18). O
apelo de Jesus aos que o interrogaram sobre a sua messianidade era
para que observassem as suas obras feitas em nome do Pai, Jo
10.24-25.Embora no parecesse que o propsito de Deus era que Jesus
se declarasse abertamente Filho de Deus, igual com Ele desde a
Eternidade, a concluso a que chegaram os apstolos, So Paulo
especialmente, sob a inspirao do Esprito era essa, 1 Co 8.6; Cl
1.17; 1.15.b. Filho do HomemFrequentemente Jesus se atribui esta
designao, Filho do Homem.Muito se tem discutido sobre o significado
desse ttulo, se teria algo que ver com a identificao do Messias.
Alguns aceitam essa possibilidade.Se olharmos para o Velho
Testamento veremos que essa designao, l se encontra e, parece
indicar a fragilidade do homem em comparao com o poder de Deus, J
25.6; Sl 8.4.Duas suposies nos parecem razoveis:1. Com este ttulo
Filho do Homem atribudo a si mesmo, Jesus d nfase a sua perfeita
humanidade, a qual tanto como a sua perfeita divindade no deve ser
posta em dvida.2. Com a expresso, Filho do Homem, Jesus assumiu a
sua condio de legtimo e ideal representante da humanidade perfeita
semente da mulher que daria combate final serpente e a
derrotaria.Nesse caso no deixa de ter relao com sua misso
messinica.c. Outros Ttulos Atribudos a Si, por Jesus no Quarto
EvangelhoA expresso Eu sou, muitas vezes empregada por Jesus a
respeito de sua pessoa e misso, faz-nos lembrar da declarao de Jeov
a Moiss Eu Sou o que Sou, eu sou... repetida em vrios passos
bblicos do Velho Testamento.Jesus disse: Eu sou o caminho, a
verdade e a vida.... Eu sou a luz do mundo. Todas essas palavras
traduzem um contedo espiritual com respeito misso de Jesus, as
quais bem poderiam ter aluso s experincias de Israel no Velho
Testamento.Quando no deserto, o povo de Israel, sem ter um caminho
certo, foi guiado, pela coluna de nuvem, que se tornava em coluna
de fogo noite Era a Luz, que se fazia caminho; era a verdade das
promessas de Deus aos patriarcas que se faziam presentes no
cumprimento fiel do pacto com os patriarcas, Abrao, Isaque e Jac.Ao
se denominar Porta, para o curral das ovelhas, recorria Jesus velha
figura utilizada pelos profetas, do Pastor de Israel, figura to bem
e poeticamente apresentada no magnfico salmo do bom pastor 23. Eu
sou o Bom Pastor, o pastor que d a vida por suas ovelhas.Em resumo,
diramos que todas essas expresses com que Jesus se qualifica tornam
enftica a sua misso messinica, na qual, atravs da encarnao, veio
Ele resgatar os escolhidos de Deus e criar a Igreja na dispensao da
graa.
O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DE DEUSEmbora Jesus no d nenhuma
definio de Deus, o seu ensino nos mostra que as suas ideias de Deus
concordam com o Velho Testamento.No Evangelho de Marcos, em
resposta indagao de certo escriba, cita o Velho Testamento de modo
a concordar com o declogo, Mc 12.28-31; Dt 6.4-5. O monotesmo do
declogo est a claramente defendido.Na orao sacerdotal do captulo 17
de So Joo mais uma vez se evidencia essa sua posio, Jo 17.3. A
espiritualidade de Deus postulada com nfase no segundo mandamento e
to persistentemente reafirmada pelos profetas, surge na conversa de
Jesus com a samaritana, junto ao poo de Jac, Jo 4.4; alis insiste
Jesus na oposio idolatria, que o segundo mandamento combate to
incisivamente: Deus esprito; e importa que os seus adoradores o
adorem em esprito e em verdade, Jo 4.24. Por isso mesmo Deus vem se
revelar na pessoa do Emanuel, para que o vendo pudssemos ter uma
ideia mais exata do carter de Deus, Jo 14.9.Frequentemente
encontramos Jesus chamando Deus de Pai. E nessa relao que se revela
o amor pelo Filho.As vozes que se fizeram ouvir, tanto no batismo
de Jesus, como na transfigurao, apontam-no como Filho Amado. Mt
3.13 e 17.1-5; Mc 1.9-11 e 9.1-13; Lc 3.21-22 e 9.28-36; Jo
1.32-34.Em virtude desse amor do Pai para com o Filho, Jo 17.24,
desde a fundao do mundo, lhe outorgado o poder para que revele ao
homem tambm esse amor, e o faa de maneira sacrificial, completa Jo
3.16.Deus um ser em constante atividade que trabalha em favor do
homem e para o bem do homem, Jo 10.17.Observamos, no entanto, que
Deus no apenas Pai de Jesus Cristo mas tambm dos homens. a
paternidade de Deus para com os homens doutrina nova, ou aparece
tambm no Velho Testamento.Discute-se a diferena que possa haver
entre essas duas paternidades. No Velho Testamento a paternidade de
Deus se refere ao povo da aliana, como se v em Os 11.1, uma relao
em que se espera total obedincia, da parte do filho.Por outro lado,
Deus como o Pai que se compadece do filho, isto , daqueles que o
temem, Sl 103.13; Is 1.2; Dt 8.5. Essa relao, no entanto, para com
a coletividade de Israel, Is 63.16.No Novo Testamento, porm, se
fala muito mais frequentemente da paternidade de Deus para com os
homens. Jesus mesmo a ela se refere, no raro. Observe-se todavia,
que s utiliza a expresso vosso Pai dirigindo-se aos seus discpulos
como em Mt 5.16, 45, 48; 23.9.Duas grandes passagens apresentam
esse tratamento, de um modo especial:a. A Parbola do Filho Prdigo.
A, no entanto, longe da casa paterna, de onde se afastou, em
rebeldia contra o pai, o filho mesmo confessa j no sou digno de ser
tratado como filho. Reconciliado com o pai ento um filho redivivo
este meu filho era morto e reviveu.Assim como afirma Barker, todo
homem um filho de Deus em potencial at que se volte para ele.b. A
Outra Passagem da Orao Dominical modelo de orao que Jesus entregou
aos seus discpulos. Quem pode orar seja feita a tua vontade assim
na terra como nos cus... s pode ser filho. De modo que se no Velho
Testamento Deus era considerado Pai do novo Pacto, tambm no Novo
Testamento ele Pai dos novos filhos do pacto, do Israel de Deus, a
Igreja, Gl 4.5-7.
O Homem da Nova Aliana Segundo o Ensino de Jesus
Jesus resumiu as obrigaes do homem em duas direes diferentes. E
nisso acompanha ele o ensino das tbuas do declogo.Amars, pois, o
Senhor teu Deus de todo o teu corao, de toda a tua alma, de todo o
teu entendimento... ...Amars o teu prximo como a ti mesmo, Mc
12.30-31.Dizemos que a relao trplice e no dupla como se costuma
afirmar, pois bem claro est que o homem tem deveres para consigo
mesmo. O amor para com o prximo ser medido pelo amor que tem para
com sua prpria pessoa.Preliminarmente, no h dvida de que Jesus, no
seu ensino declara todos os homens pecador, Mt 19.17. Mais de uma
vez falou de sua gerao como pecadora, adltera, perversa, Mc 8.31;
9.19; Mt 7.11.Mesmo os homens considerados bons segundo os padres
religiosos do seu tempo, foram por Ele condenados.Pecado, no
entanto para Jesus, no consiste apenas em atos contrrios lei de
Deus, mas tambm em sentimentos ntimos que geram o pecado, Mt
5.27-28. Com isso tornou ele o cumprimento da lei, em algo
diferente, Mt 9.17-20. A hipocrisia terrivelmente condenada, Mt
6.2,18.Com respeito aos deveres para com o prximo, Jesus mostrou em
parbolas, como do Bom Samaritano, exemplos que resumem esses
deveres fazer por ele aquilo que desejaramos que os outros nos
fizessem, sem qualquer outra motivao, a no ser o amor e compaixo
para com ele.Se o homem pecador, nada mais natural que se interesse
pela sua prpria salvao e busque como busca em outros aspectos o seu
prprio bem. Por isso mesmo Jesus adverte: buscai primeiro o reino
de Deus e sua justia, depois...Jesus reconhece que a maior
necessidade do homem perdo para os seus pecado, Mt 9.1-8 e isso que
deseja oferecer-lhe.
O Reino de DeusDeus rei universal e eterno, a proclamao
insistente do Antigo Testamento, presente na mensagem dos profetas;
cantada na poesia dos salmos, reconhecida nos acontecimentos
histricos de Israel, Ex 15.18; 2 Rs 19.15; Sl 103.19.No entanto
essa supremacia de Deus sobre o mundo no aceita por todos; os
poderes da terra se rebelam contra ela, e contra sua autoridade. o
quadro que o Salmo 2 apresenta, no qual o Ungido do Senhor tambm
objeto de rebelio. Todavia, o mesmo salmo preconiza como a soluo
nica, a aceitao obediente e dcil dessa supremacia de Deus por parte
dos soberanos do mundo. natural que essa dualidade de esfera do
reino de Deus se verifique tambm no Novo Testamento.O reino de Deus
algo presente, agora, mas tambm aguarda uma era futura para a sua
apresentao.No ensino de Jesus esses dois aspectos do reino de Deus
se encontram, criando uma aparente contradio. No se trata como
querem alguns, de uma revoluo do pensamento de Jesus a respeito do
reino. Nem mesmo aquilo que se pode admitir, em outros casos um
progresso da revelao.O que est em jogo uma dupla relao.Com respeito
ao indivduo, a aceitao do domnio do Senhor em sua vida d comeo ao
fruir desse reino e das bnos decorrentes dessa aceitao. Por isso
dizia Jesus: O reino est entre vs; chegado a vs o reino, o reino
est dentro de vs. Por outro lado a expectativa do reino na sua
plenitude, deve ser o anseio, a esperana e objeto das oraes de
todos, que j o tm no corao. Da devemos orar: venha o teu reino.A
entrada nesse no prerrogativa dos judeus, como pensavam muitos,
levados por uma concepo errado do reino messinico, Mt 8.11-12.No se
pode entrar nesse reino a no ser pela porta do arrependimento,
converso e dcil obedincia, Mt 4.17; 11.14. Esse reino o supremo
tesouro do homem Mt 13.44.Deus se apraz em conceder o reino dos
seus filhos.A aceitao desse reino ou entrada nele, no exclui os
outros bens legtimos da vida, mas deve ter suprema prioridade;
mesmo porque essas outras coisas viro naturalmente, uma vez o reino
seja colocado em primeiro lugar, Lc 12.31-32. Esse reino vir na
proporo em que a vontade de Deus for realizada aqui na terra como
no cu Venha o teu reino, seja feita a tua vontade aqui na terra
como no cu.
O Reino dos Cus e o Reino de DeusQual a diferena se que h
diferena entre o Reino dos Cus e o Reino de Deus?Ambas as expresses
so encontradas nos evangelhos.Parece que em Mateus, reino dos cus
mais comum, embora sejam ambas usadas indiferentemente, Mt 4.17;
12.28.Alvitra-se a explicao de que o genitivo indique, na expresso
reino dos cus, a origem do reino, suas caractersticas, em contraste
com os reinos da terra. O reino tem sua origem nos cus, governado
por leis espirituais eternas (G. B. Stevens, p. 27).A expresso
reino de Deus era utilizada com mais frequncia na linguagem
judaica, de acordo com a expectativa messinica do povo de Israel,
Mt 15.43; Lc 14.15.Embora o sentido desse reino fosse mal entendido
por muitos, inclusive pelos discpulos de Jesus, no princpio Ele
empregou a expresso Reino de Deus e procurou mostrar o seu carter
espiritual e extraterreno.
O Batismo de JesusOs evangelhos sinticos nos do conta de que
Jesus se apresentou a Joo Batista para ser por ele batizado.Por
outro lado sabemos que o batismo de Joo era batismo de
arrependimento.Se Jesus era sem pecado, que necessidade teria ele
de ser batizado? Para se arrepender? De que?Alis o mesmo Joo,
inicialmente, se recusou a batiz-lo alegando: eu preciso ser
batizado por ti e tu vens a mim? Jesus no rebateu as alegaes de
Joo, mas lhe disse que convinha cumprir a justia. Parece ento que a
aceitao, por parte de Jesus, do batismo de Joo, significava uma
atitude de submisso ao programa que Joo iniciara e ao mesmo tempo
aprovao desse programa, que se inseria no plano messinico.Por outro
lado tinha um sentido Vicrio. Jesus no tinha pecados seus para
confessar, mas ele vinha representar a humanidade, pela qual daria
a sua vida a essa humanidade. Era a humanidade pecadora, que outra
coisa no precisava tanto como de arrependimento.Alis, ele no tinha
pecado seu para pagar, mas morreu, pagando os pecados da
humanidade, do qual tomou o lugar.Satans e a TentaoA luta fora
anunciada desde o princpio no Gnesis. Se Jesus era a semente da
mulher que haveria de esmagar a cabea da serpente o fiel cumpridor
do pacto, natural ento seria que enfrentasse o inimigo antes do seu
ministrio pblico, uma vez que o teria de enfrentar muitas outras
vezes, no desempenho da sua carreira messinica.Por outro lado,
convinha ao inimigo procurar derrota-lo logo de incio, como fizera
ao primeiro Ado.Verifica-se que o inimigo sempre o mesmo, a antiga
serpente.Ao patriarca J, Satans tentou, com permisso divina. Da
tentao, J saiu fortificado; a tese de Satans de que a religio de J
era puramente interesseira e hipcrita, saiu derrotada.No caso de
Jesus a tentao, embora fosse um ataque premeditado do inimigo, se
inseriu nos planos de Deus e foi ordenada pelo Esprito Santo.
Mateus diz que Jesus foi levado ao deserto pelo Esprito, para ser
tentado, Mt 4.1.Portanto a sua tentao estava intimamente
relacionada com o seu ministrio messinico.As trs tentaes a que foi
submetido, so tpicas daquilo que seria a luta contra o inimigo,
durante a carreira.A primeira tentao transformar pedras em pes,
para se alimentar quando estava com fome, envolvia solicitaes de
sua natureza humana, com as quais haveria de se defrontar
frequentemente. Aquele que no tinha onde repousar a cabea, no raro,
haveria de ser tentado a utilizar, em seu proveito, o poder divino,
sobrenatural que possua. Se o fizesse, no entanto, como poderia
participar da nossa experincia, fruto da limitao humana? Hb 4.15 e
2.17-18 nos mostram que se ele tivesse cedido a essas solicitaes
estaria fracassada a sua misso messinica.A segunda tentao dirige-se
a um outro aspecto da sua carreira. Apela mais uma vez exibio do
seu poder divino, agora para ganhar popularidade. Novamente se
trata de uma tentao que haveria de se repetir no seu ministrio
pblico, Mt 12.38-40.Jesus deu muito mais importncia pregao e ensino
do que aos milagres. A sua palavra apelava ao entendimento e ao
corao. O tipo de seguidores que desejava atrair era daqueles que
segundo a parbola do semeador ouve a palavra e a compreende, d
fruto. Uma popularidade falsa no lhe interessava popularidade custa
de milagres.A terceira tentao a do atalho fcil. No vinha Jesus
estabelecer um reino? Por que busca-lo atravs do espinhoso e difcil
caminho do sacrifcio e da cruz, se o poderia ter por um simples
gesto de adorao ao tentador?Verifica-se, pois que todas as tentaes
se relacionam com a misso de Jesus. Da o empenho do tentador em
desvi-lo do seu grande propsito.Seria a derrota do segundo Ado.Nas
duas primeiras tentaes procurou Satans apelar para a prova da
divindade de Jesus Se tu s o filho de Deus. Como no den, lanava
dvidas sobre o carter moral de Deus. Ser que ele est dizendo a
verdade quando afirma: Este o meu filho amado, como dissera no
batismo? A dvida na palavra de Deus h de ser uma das armas com que
o inimigo sempre procurar a derrota dos filhos de Deus.Convm
lembrar que foi com a palavra de Deus que Jesus o derrotou
citando-a sempre e dando crdito palavra de Deus. verdade que o
inimigo, na segunda tentao, tambm citou a palavra de Deus; citou-a
dentro de um contexto errado. Toda vez que puder cit-la
cavilosamente, em seu favor, para confundir, ele o far.Discute-se
frequentemente, a tentabilidade de Jesus. A questo : considerando a
divindade de Jesus, seria ele capaz de ser realmente tentado?Ser
tentado, no significa nem fraqueza, nem adeso qualquer s sugestes
do tentador. At que haja qualquer inclinao a ceder, no h
pecado.Outra questo , pois a da pecabilidade de Jesus. Teria Jesus
possibilidades de pecar, uma vez tentado? O assunto daqueles que no
encontram resposta satisfatria, pois esbarra no grande mistrio da
pessoa teantrpica de Jesus, no qual outras questes ficam sem
resposta tais como, a capacidade de ter fome, de sentir canseira,
de sofrer dores e de morrer.
O Homem da Nova AlianaAmars ao Senhor Teu Deus de todo o teu
corao, de toda a tua alma, de todas as tuas foras e de todo o teu
entendimento; e amars o teu prximo como a ti mesmo. Ento Jesus lhe
disse: respondeste corretamente; faze isto e vivers, Lc
10.27-28.Esta perfeita smula do declogo, Dt 6.5 e Lv 19.18 , que um
sbio doutor da lei apresentou a Jesus, teve dele a plena aprovao;
pois se constitua no resumo dos deveres atinentes ao homem do pacto
sinatico no Velho Testamento.Verifica-se, porm, na continuao da
conversa, que Jesus submete o seu interlocutor a uma prova que bem
clara torna a extenso maior do sentido desses mandamentos que no se
constitui apenas na observncia da mera letra da lei, mas algo mais
profundo, mais espiritual. At mesmo a palavra prximo, ou semelhante
tem uma conotao bem mais ampla. A parbola do Bom Samaritano assim
se revela.Jesus no anula, antes amplia os deveres do homem da nova
aliana. Costumamos chamar a smula dos mandamentos acima apresentada
de perfeito tringulo. Nesse tringulo se encontram: o amor de Deus,
o amor ao prximo e o amor a ns mesmos, unidos em perfeita harmonia.
o amor de Deus, sem dvida, a viga mestra desse triltero. em funo
desse amor que devemos amar o nosso prximo. Nosso amor a resposta
do amor que Ele mostrou primeiro, como Paulo claramente dizia.
Jesus mesmo ensinava: O meu mandamento este, que vos ameis uns aos
outros, assim como eu vos amei, Jo 15.12.Por outro lado est
subentendido, que o homem deve amar a si mesmo. No se trata de um
amor egosta, unilateral, e por isso mesmo divorciado dos
mandamentos de Deus. Trata-se de um amor que resulta da apreciao da
dignidade que Deus houve por bem nos emprestar, fazendo-nos objetos
do seu grande amor voluntrio e gracioso. O amor que devemos ter a
ns mesmos fruto do nosso temor a Deus e gratido, pois que to alta
honra concedeu a ns fazendo-nos sua imagem e semelhana. Imagem e
semelhana que Ele vem restituir em ns por meio do seu Filho.Convm
lembrar que Jesus deixou claro, no seu ensino, que o homem pecador,
incapaz de por si mesmo fazer a vontade de Deus. S h um bom que
Deus, afirmou ele, Mt 19.17.A orao dominical nos ensina a pedir
perdo pelas nossas dvidas (pecado). Jesus chamou sua gerao:
Pecadora e adltera, Mc 8.38 e incrdula Mc 9.19; Mt 7.11.Mesmo os
homens considerados bons, no seu tempo, no eram dignos do reino dos
cus. De modo que Jesus diz claramente, que o problema do homem o
pecado e suas consequncias ruinosas, Mt 23.13-33.O pecado consiste
no somente de atos pecaminosos, mas tambm dos motivos que os geram,
Mt 5.21-22, 27-28.A hipocrisia um grande pecado, que ofende a Deus,
endurece o corao do prprio homem e o afasta da compaixo e
misericrdia perdoadora de Deus, Mt 6.2,18.A orao dominical o modelo
pelo qual o homem deve se dirigir a Deus, reconhecendo a sua
majestade, poder e glria, reconhecendo-O como a fonte de todos os
bens terrenos e celestiais; pedindo-lhe o perdo dos pecados e
manifestando a inteno de perdoar os seus semelhantes, na mesma
medida.Com respeito aos deveres do homem, para com as autoridades
constitudas, Jesus em duas passagens aponta princpios que Paulo
haveria de tratar de maneira mais ampla.Em Mt 17.24-27, Jesus
condescende em pagar tributos dos quais estaria isento, para evitar
escndalos. O princpio : ser prefervel ao cristo ir alm do que lhe
fora requerido estritamente pela lei, quando a autoridade o exige,
se isso evita escndalos. O reino vem em primeiro lugar.O poder de
Csar era um poder discricionrio, mas l estava estabelecido na
Judia. E se para aquilo que convinha aos judeus, apelavam a Csar,
ento se devia dar a Csar o que lhe era atribudo, pela lei vigente,
embora quem sabe injusta. Dai, pois, a Csar o que de Csar, e a Deus
o que de Deus, Mt 22.21; Lc 20.25.A Famlia no Novo TestamentoEm
grego - patria - mencionada aproximadamente trs vezes;Patria - diz
respeito a origem, a histria de uma casa, isto o patriarca; Ex: Jos
pertencia a casa e famlia (patria) de Davi (Lc 2.4);Embora o termo
oikos seja mais frequente, ocorre cerca de 110 vezes no Novo
Testamento e significa casa, famlia, pertences (incluindo
escravos), etc...Palestina do Sculo I: No Tempo de Jesus no existia
unidade dentro dos cls e as famlias viviam de forma
individualizada. Neste perodo a famlia enfrentou srias dificuldades
que provocaram o enfraquecimento dos laos familiares.Dificuldades:
Crescimento dos impostos, consequente empobrecimento e
endividamento das famlias,... chegando at vender filhos/as como
escravos/as e prostitutas.Palestina e Sria foram consideradas as
maiores fornecedoras de escravos/as desta poca.Jesus e a
famliaJesus frequentou trs lugares bsicos da sociedade Judaica:
Porta lugar de entrada e sada das cidades e aldeias, onde o povo
costumava encontrar-se (vida pblica). Sinagoga lugar de orao,
estudos e reunies do povo. Casa vida privada, oraes, cultos...Ele
andou de casa em casa (Mc 5.38; Lc 19.5.) Casa (celebr. de um
casamento) Jo 2.1-12 Casa de Zaqueu - Lc 19. 1-10 Casa de
cobradores de impostos - Mc 2.13-14 Casa do chefe da sinagoga - Mc
5.35-43 Casa de Simo, o leproso - Mc 14.3-9 Casa de Simo e Andr
(sogra de Pedro) Mc 1.29-31 Casa de Marta e Maria - Lc 10.38-42
Jesus inova no relacionamento com Deus
Judasmo formalistaJesus Familiar e ntimo
- Abba Pai, paizinho... (expresso aramaica) Termo usado pelas
crianas para chamar carinhosamente de Pai (Querido Pai). M 13.46;
Mt 6.9; 11.25; 26.42; Lc 23.43-46; Jo 11.41; 12.27;
17.1,5,11,21,24.
Presena do Pai Atende aos pedidos de seus filhos/as Mt 7.7-11
Amor do Pai (Filho prdigo) Lc 15.11-32 Pai que envia seus filhos
para trabalhar Mt 21.28-32 Pai que envia filho para receber os
frutos da colheita - Mc 12.1-12 Pai que descansa com seus filhos Lc
11.5-8 Pai que envia seu Filho nico Jo 3.16
Presena da Me Me de Jesus - Lc 2.51; Jo 19.26-27; Mt 27.55-56;
Mc 15.40-41; Lc 23.49; Lc 2.49; Mt 12.46; Mc 3.31; Lc 8.19; Jo 2.4;
Lc 11.27-28; At 2.14 Me dos filhos de Zebedeu - Mt 20.20; 27.56
Maria, me de Joo At 12.12 Me (filha de Jairo) - Mc 5.40; Lc 8.51
Viva de Naim - Lc 7.12,15 Herodias - Mt 14.8,11: Mc 6.24,28 A
expresso: desde o ventre da me- Mt 19.12; Lc 1.15; At 3.2; Lc
14.18; Gl 1.15
Famlia de JesusMateus 12,46-50O individualismo ser superado pela
solidariedade e fraternidade.
Famlia - Igreja PrimitivaCasa e famlia foram os primeiros
templos em que o povo de Deus se reunia para o culto, a Ceia do
Senhor e a propagao do Evangelho. Em Cesaria a Igreja reunia-se na
casa de Cornlio (At 10.2); Em Filipos a Igreja reunia-se na casa da
Ldia (At 16.11-15, 40); Em Corinto, na casa do chefe da sinagoga,
Crispo (At 8.8); Em Roma, na casa de Priscila e quila (Rm 16.5; I
Co 16.19); Em Laodicia, na casa de Ninfa (Cl 4.15).
Relacionamentos familiaresRm 12 e 14; I Co 12. Ef 5.21-26; Cl
3.18-21 Submisso (?) da Mulher - Ef 5. 21-26,... Presena da Mulher
I Co 11.11-12 e Gl 3.28... Respeito entre pais e filhos - Ef 6.1-4
Me e av de Timteo (criao) II Tm 1.5; II Tm 3.14Mulheres e homens
herdeiros/as da mesma graa de vida I Pedro 3.1-7.
Palavras derivadas de oikosOIKODOMO Construir,
edificar.Encontramos aproximadamente 40 vezes no Novo testamento
Mt.24;7.26;16.18;21.33;21.42;23.29;26.61;27.40;Mc12.1;12.10;14.58;15.29;
Lc 4.29; 6.48,49;7.5;11.47,48;12.18;14.28,30;17.28;20.17; Jo 2.20;
At 4.11; 7.47,49; 9.31; Rm 15.20; ICO 8.1,10; 10.23; 14.4,7; Gl
2.18; Tm 5.11: I Pe 2.7.OIKODOM Edifcio, prdio.Encontramos
aproximadamente 20 vezes no NT: Mt 24.1; Mc13.1,2; Rm 14.19; 15.2;
I Co 3.9; 14.3,5,12,26; II Co 5.1;10.8; 12.19;13.10; Ef 2.21;
4.12,16,29.OIKONOMO Administrar, gerenciar.Encontramos
aproximadamente 6 vezes no NT: Lc 16.2,4 e 4; I Co 9.17; Ef 1.10 e
3.9.Mordomos/as ou administradores/as: Lc 16.1-8.EPOIKODOMO
Construir sobre alguma coisa.Encontramos aproximadamente 5 vezes no
NT: I Co 3.10, 12, 14; Ef 2.20; Cl 2.7.
Palavras derivadas de oikosSINOIKODOMO Habitao comum ou moradia
no mesmo lugarEncontramos aproximadamente 15 vezes no NT: Mt 24.24;
Lc 2.1; 4.5; 21.16; At 11.28; 17.6; 17.31; 19.27; 24.5; Rm 10.18;
Hb 1.6; 2.5; Ap 3.10; 12.9;16.14.
O Esprito Santo sua revelao e atuao no Novo TestamentoNo momento
em que estava saindo da gua, Jesus viu o cu se abrir e o Esprito de
Deus descer como uma pomba sobre ele. Mc 1:10O Novo Testamento ,
por excelncia, o livro do Esprito Santo. A comear por Mateus 1.18,
onde lemos que Maria "se achou ter concebido do Esprito Santo", at
Apocalipse 22.17, "Esprito e a noiva dizem: Vem" todo o NT esta
repleto de referncias a respeito da Pessoa e da obra do Esprito
Santo. Por esta razo, podemos afirmar que uma adequada teologia
pneumatolgica s poder ser elaborada, levando em conta a totalidade
da revelao apresentadas na Bblia. O NT completa a revelao iniciada
no AT a respeito do Esprito Santo, no entanto, com mais clareza,
afirma ser Ele uma Pessoa da Divindade, destacando seu carter
santo, smbolos e os nomes pelos quais Ele designado. J nos quatro
Evangelhos encontraremos farta referncias de suas atividades,
especialmente em relao ao ministrio de Jesus. Encontramos por
exemplo citaes tais como: O Esprito Santo enchendo Jesus na ocasio
do seu batismo. Lc 3.21,22 O Esprito Santo guiando Jesus. Lc 4.1
Jesus expulsando demnios pelo poder do Esprito Santo. Mt 12.28
Jesus se oferecendo em sacrifcio pelo poder do Esprito Santo. Hb
9.14 Jesus sendo ressuscitado pelo poder do Esprito Santo. Rm
1.4Fica claro, no NT uma ntima relao entre o Esprito Santo, a
Terceira Pessoa da Trindade, com o Senhor Jesus, a Segunda Pessoa
da Trindade Santa Mas, quando vier o Consolador, que Eu da parte do
Pai vos hei de enviar, a saber, aquele Esprito de verdade que
procede do Pai, ele Vos testificar de mim Jo 15:26. Pela descida do
Esprito Santo na hora do seu batismo o prprio Jesus foi solenemente
constitudo como ungido e eleito de Deus, de acordo com as predies
dos profetas O SENHOR Deus diz: Aqui est o meu servo, a quem eu
fortaleo, o meu escolhido, que d muita alegria ao meu corao. Pus
nele o meu Esprito, e ele anunciar a minha vontade a todos os
povos. Is 42:1. Naquele momento Ele foi ungido por Deus com o
Esprito Santo e com fora, constitudo como o Messias (ungido)
esperado. No incio de sua vida pblica que foi inaugurada sob o
influxo do Esprito Santo. Ela fala a respeito do Filho de Deus, o
nosso Senhor Jesus Cristo, o qual, como ser humano, foi descendente
do rei Davi. E, quanto sua santidade divina, a sua ressurreio
provou, com grande poder, que ele o Filho de Deus. Rm 1:4.
I. EXPRESSES REFERENTES S ATIVIDADES DO ESPRITO SANTO.A maior
parte das expresses usada no AT referente as atividades do Esprito
Santo, encontra-se tambm descritas no NT: O Esprito Santo vem do
alto, do cu. ...Os mensageiros do evangelho, que falaram pelo poder
do Esprito Santo, mandado do cu, anunciaram a vocs essas verdades.
Essas so coisas que at os anjos gostariam de entender. 1Pe 1:12b Do
Pai. Quando chegar o Auxiliador, o Esprito da verdade, que vem do
Pai, ele falar a respeito de mim... Jo 15:26. Ele desce. Quando
Pedro ainda estava falando, o Esprito Santo desceu sobre todos os
que estavam ouvindo a mensagem. At 10:44 enviado ou dado pelo Pai.
Porque o Esprito que vocs receberam de Deus no torna vocs escravos
e no faz com que tenham medo. Pelo contrrio, o Esprito torna vocs
filhos de Deus; e pelo poder do Esprito dizemos com fervor a Deus:
Pai, meu Pai! Rm 8:15 Derramado. isto o que eu vou fazer nos ltimos
dias, diz Deus: Derramarei o meu Esprito sobre todas as pessoas. Os
filhos e as filhas de vocs anunciaro a minha mensagem; os moos tero
vises, e os velhos sonharo. At 2:17 Enche. Todos ficaram cheios do
Esprito Santo e comearam a falar em outras lnguas, de acordo com o
poder que o Esprito dava a cada pessoa. At 2:4 Repousa. Joo
continuou: Eu vi o Esprito descer do cu como uma pomba e parar
sobre ele. Jo 1:32 Mora. Certamente vocs sabem que so o templo de
Deus e que o Esprito de Deus vive em vocs. 1Co:6.19
II. SUA AO NA IGREJA.No NT, o Esprito Santo sempre visto como a
pessoa divina com capacidade influenciadora universal, que
testifica sobre o pecado, a retido e o julgamento, controlando o
mal que h no mundo e convencendo os homens do pecado, e atuando
sobre eles atravs de sua influncia, personalidade e presena. Quando
o Auxiliador vier, ele convencer as pessoas do mundo de que elas tm
uma ideia errada a respeito do pecado e do que direito e justo e
tambm do julgamento de Deus. Jo 16:8. Sendo pois o Esprito Santo o
nico que pode regenerar a uma alma humana, mediante seu toque
operador e transformador Quem nasce de pais humanos um ser de
natureza humana; quem nasce do Esprito um ser de natureza
espiritual. Jo 3:6. Todos os crentes, segundo o NT, indistintamente
devem possuir o Esprito Santo. Vocs, porm, no vivem como manda a
natureza humana, mas como o Esprito de Deus quer se que o Esprito
de Deus vive realmente em vocs. Quem no tem o Esprito de Cristo no
pertence a ele. Rm 8:9, ainda que a sua influncia possa variar
gradativamente de um determinado crente para outro, dependendo para
isso exclusivamente de como cada qual se permita ser controlado por
Ele. Que o Esprito de Deus, que nos deu a vida, controle tambm a
nossa vida! Gl 5:25. igualmente o Esprito Santo que forma a unidade
da Igreja, em um corpo. Cristo como um corpo, o qual tem muitas
partes. E todas as partes, mesmo sendo muitas, formam um s corpo.
Assim, tambm, todos ns, judeus e no judeus, escravos e livres,
fomos batizados pelo mesmo Esprito para formar um s corpo. E a
todos ns foi dado de beber do mesmo Esprito. 1Co 12:12-13. A
presena habitadora do Esprito Santo, entre os crentes, no NT, passa
a ser contnua e perptua. Eu pedirei ao Pai, e ele lhes dar outro
Auxiliador, o Esprito da verdade, para ficar com vocs para sempre.
Jo 14:16. Essa presena habitadora produz frutos no crente,
similares a natureza moral positiva de Deus (Gl 5:22,23). O alvo
precpuo da implantao dos frutos do Esprito no crente, bem como de
todas as suas operaes na alma, o de transformar os salvos segundo a
imagem de Cristo, nos termos mais literais possveis, de tal modo
que estes venham a compartilhar da natureza moral e essencial de
Cristo. Portanto, todos ns, com o rosto descoberto, refletimos a
glria que vem do Senhor. Essa glria vai ficando cada vez mais
brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos com o Senhor,
que o Esprito. 2Co 3:18. E, sendo o Esprito Santo aquele que nos
impulsiona na direo desse alvo, o NT o apresenta como o intercessor
em favor dos crentes, orando naquilo que o crente nem ao menos
capaz de proferir, visando o benefcio dos mesmos. Assim tambm o
Esprito de Deus vem nos ajudar na nossa fraqueza. Pois no sabemos
como devemos orar, mas o Esprito de Deus, com gemidos que no podem
ser explicados por palavras, pede a Deus em nosso favor. Rm 8:26. O
Esprito Santo apresentado igualmente como a garantia da herana que
os crentes tm em Cristo. O Esprito Santo a garantia de que
receberemos o que Deus prometeu ao seu povo, e isso nos d a certeza
de que Deus dar liberdade completa aos que so seus. Portanto,
louvemos a sua glria. Ef 1:14. E, no funcionamento das Igrejas
locais, Ele o distribuidor de todas as manifestaes carismticas
espirituais (1Co 12-14).
III. MANIFESTAES SOBRENATURAIS DE PODER.No AT o dom do Esprito
Santo no era privilgio de todas as pessoas, mas somente alguns
poucos escolhidos recebiam uma uno especial de carter provisrio,
para a realizao de determinadas tarefas. No NT, existem evidncias
de distribuio mais liberal destes dons aos homens. Em muitas
passagens encontramos a promessa de que o Esprito Santo se
relacionaria intimamente com os crentes. Lucas, por exemplo, afirma
que Deus esta pronto para atender aos pedidos dos crentes como um
pai atende a suplica dos seus filhos. Lc 11.13. Joo declara: E eu
rogarei ao Pai, e ele vos Dara outro Consolador, Para que fique
convosco para sempre Jo 14.16. Assim, o NT marca o incio de um novo
perodo, que se estende do dia de Pentecostes at os nossos dias,
podendo ser legitimamente chamado de dispensao do Esprito. Desde
ento o Esprito Santo passou habitar nos homens, e na Igreja. Como
dono ele ps a sua marca em ns e colocou no nosso corao o Esprito
Santo, que a garantia das coisas que ele guarda para ns. 2Co 1:22.
Assim, todo o trabalho eficaz que a Igreja tem feito, tem sido
realizado no poder do Esprito. Quanto ao Esprito Santo, sua
personalidade um fato descrito na Bblia, tanto quanto a
personalidade do Pai e do Filho. Ter personalidade implica na
qualidade ou fato de ser uma pessoa e as igrejas primitivas
reconheciam o Esprito Santo como uma pessoa Divina, que poderia ser
seguida (At 13:2), com quem podiam ter comunho (2Cor 13:13; 1Jo
5:7), e que podia at mesmo ser entristecido. E no faam com que o
Esprito Santo de Deus fique triste. Pois o Esprito a marca de
propriedade de Deus colocada em vocs, a qual a garantia de que
chegar o dia em que Deus os libertar. Ef 4:30. A Igreja pela ao do
Esprito Santo pode exercer poder sobrenatural tais como: Expulsar
demnios. Se, porm, eu expulso demnios pelo Esprito de Deus,
certamente chegado o reino de Deus sobre vs. Mt 12:28 RA Operar
curas. Para uma pessoa o mesmo Esprito d f e para outra d o poder
de curar. 1Co 12:9 Ter Vises e manifestaes profticas. Para uma
pessoa o Esprito d a mensagem de sabedoria e para outra o mesmo
Esprito d a mensagem de conhecimento. 1Co 12:8 Falar em novas
lnguas (glossolalia). Todos ficaram cheios do Esprito Santo e
comearam a falar em outras lnguas, de acordo com o poder que o
Esprito dava a cada pessoa .At 2:4 Interpretar as lnguas. ...Para
uma pessoa o Esprito d a capacidade de falar em lnguas estranhas e
para outra ele d a capacidade de interpretar o que essas lnguas
querem dizer. 1Co 12:10 Discernir espritos. ...Ainda outra pessoa
recebe a capacidade para saber a diferena entre os dons que vm do
Esprito e os que no vm dele... v.10 Operar milagres atravs da f.
Uma pessoa recebe do Esprito poder para fazer milagres, e outra
recebe o dom de anunciar a mensagem de Deus... v.10
CONCLUSO: no NT que de forma mais clara podemos identificar o
Esprito Santo como um ser vivo dotado de personalidade prpria, uma
pessoa, claramente divina, distinta e que faz parte da Trindade da
Deidade. Eu pedirei ao Pai, e ele lhes dar outro Auxiliador, o
Esprito da verdade, para ficar com vocs para sempre. O mundo no
pode receber esse Esprito porque no o pode ver, nem conhecer. Mas
vocs o conhecem porque ele est com vocs e viver em vocs. Jo
14:16-17. no livro de Atos dos Apstolos que identificamos um mover
do Esprito Santo sobre a Igreja, que se manifesta atravs de dons
espirituais e que so distribudos aos crentes em geral. Tendo em
vista este derramar sobrenatural, como bem foi dito por algum
escritor sacro, o livro de Atos dos Apstolos bem poderia ser
chamado de Atos do Esprito Santo, pois aqui o que mais se destaca
no so as pessoas mais a atuao sobrenatural de Deus sobre elas por
intermdio da Pessoa do Esprito Santo.A PAROUSIAA palavra grega
Parousia era usada com o sentindo de presena ou vinda. Seu uso
tcnico indicava a presena ou chegada de um rei ou governante. No
Novo Testamento ela usada designar a presena (vinda) de Cristo
novamente a Terra, primeiramente para os fieis e depois para os
infiis.O assunto da Segunda Vinda de Cristo na Bblia um tema bem
explorado pelo Esprito Santo. S no Novo Testamento existe mais de
trezentas passagens sobre a temtica. O apostolo Paulo em suas
epistolas menciona sobre a Parousia cerce de cinquenta vezes. H
captulos inteiros nos evangelhos e epstolas inteiras sobre a
Segunda Vinda. Portanto a Parousia de Jesus Cristo citada nas
Escrituras Sagrada oito vezes mais que a primeira vinda. Este dado
ressalta a importncia deste evento para o Senhor e tambm para o seu
povo. Esta deve a esperana dos cristos.A Segunda Vinda de Cristo
dividida em duas fases distintas. Primeiramente Ele vir para a
Igreja cujo evento est registrado em 1 Ts. 4. 13-18. Aps o Salvador
retornar no final da Grande Tribulao para socorrer Israel (Zc. 14.
3-5). Quando o Messias retornar para a Igreja acontecer o
arrebatamento (ressurreio dos santos e o rapto dos vivos que so
fieis a Palavra de Deus).H varias especulaes sobre a Parousia de
Cristo. At na metade do segundo sculo, a maioria dos cristos
acreditavam que o Salvador para reinar com eles mil anos na Terra.
Durante a Idade Mdia, a Igreja Romana (Catolicismo), ensinava que
estavam construindo a cidade eterna de Deus, anulando a promessa do
Senhor Jesus que retornaria para levar a sua Igreja para eternidade
(Jo. 14. 1-3).Nos dias do apostolo Paulo circulava o falso ensino
da parte de Fileto e Himeneu o qual afirmava que a ressurreio dos
cristos j havia acontecido aniquilando a f de alguns (2 Tm. 2.
17,18). Essa falsa doutrina da ressurreio circulou como falsas
epstolas de Paulo (2 Ts. 2. 1-3). Mas a Escritura bem clara sobre
esse assunto.A Parousia vir como surpresa, como a visita de um
ladro. Mas considerai isto: se o pai de famlia soubesse a que
viglia da noite havia de vir o ladro, vigiaria e no deixaria minar
a sua casa. Por isso, estai vs apercebidos tambm; porque o Filho do
homem h de vir hora em que no penseis (Mt. 24. 43,44). Por isso que
o Salvador mencionou uma parbola didtica (A Parbola da dez virgens
Mt. 25. 1-13) sobre a importncia de estarmos preparado para a
Parousia. Vigiai, pois, porque no sabeis o Dia nem a hora em que o
Filho do Homem h de vir (Mt. 25.13).OS ENSINOS DO APSTOLO JOOJoo
filho de Zebedeu e de Salom, irmo menor de Tiago, foi um dos
primeiros discpulos e ser escolhido pelo Senhor e o ltimo a morrer,
humilde e simples, conhecido com Apstolo do Amor. O centro, a base,
o alicerce da teologia de Joo a pessoa de Cristo. Ele introduz sua
teologia apresentando trs declaraes que excedem o entendimento do
ser humano. Joo 1: 1 - 2 No princpio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princpio com Deus.Este
princpio diferente de iniciar, comear, partida. Gnesis 1: 1 "No
princpio criou Deus os cus e a terra. Este princpio indefinido. um
tempo quando por um ato soberano Deus criou o universo.Joo guiado
pelo Esprito Santo nos conduz para alm das eternidades passadas.
Esta teologia chamada de Cristocntrica, porque para o apstolo,
Cristo tudo. No uma teologia apenas da razo, uma teologia do
Esprito. A mensagem de Joo mostra que Deus pode ser conhecido em
Jesus Cristo. Joo 16: 13 Quando vier, porm, aquele, o Esprito da
verdade, ele vos guiar a toda a verdade; porque no falar por si
mesmo, mas dir o que tiver ouvido, e vos anunciar as coisas
vindouras.
ATOS DOS APSTOLOSNo livro de Atos dos Apstolos encontramos uma
narrativa de como foi o incio da igreja de Jesus Cristo aqui na
terra, o exemplo deixado pelos apstolos e um padro permanente para
a igreja.Quem quiser seguir a Cristo deve levar em conta os
exemplos dos apstolos vistos neste livro. Exemplos de santidade,
ousadia, sofrimento, orao, fraternidade e unio.As principais
caractersticas da igreja primitiva, narrada no livro de Atos dos
Apstolos so: As ltimas instrues de Jesus e a ordenana de
evangelizar as naes; A igreja estava constantemente em orao; A
igreja supria os necessitados; Curas e maravilhas eram realizadas
pelos apstolos, dando sequncia ao que Jesus tinha feito; Diversas
citaes de batismo com o Esprito Santo; Grandes pregaes e muitas
converses; Os primeiros mrtires: Estevo apedrejado; Tiago teve a
cabea cortada; Prises e sofrimento fizeram parte da vida dos
apstolos; Grande expanso missionria da igreja; A ao do Esprito
Santo em favor da igreja.Com a leitura do livro de Atos dos
Apstolos devemos compreender que servir a Deus est acima de todas
as coisas e mesmo em meio s dificuldades e sofrimentos necessrio
mantermos o padro bblico de obedincia a Deus.Fazendo uma comparao
da igreja primitiva com o cristianismo atual, iremos encontrar
diferenas discrepantes. Veja algumas coisas que ocorre na igreja
atual e no encontramos em Atos dos Apstolos. Muitas pessoas tm
procurado as igrejas evanglicas para obter benefcios materiais
apenas e esquecem-se do que de fato a igreja; A igreja tem sido
usada por muitos apenas para cobrar bnos de Deus; O relativismo
tolerado como normal por muitos. A ideia de pecado passa ser algo
muito vago, depende; A mensagem pregada mista, ora Jesus, ora
Maria, ora algum telogo famoso. Sobre isto Paulo escreveu aos
Corntios: Quero dizer, com isso, que cada um de vs diz: Eu sou de
Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo.
Est Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vs? Ou fostes vs
batizados em nome de Paulo? (1 Co 1.12,13)Ora, se foi Jesus que
morreu por ns, ento nosso compromisso e esperana est em Jesus.A
igreja de Jesus Cristo iniciou sofrendo muitas perseguies. Os
apstolos foram presos, alguns apedrejados, outros mortos e tudo
isto porque eles davam testemunho de Jesus Cristo.Eles pregavam era
que Jesus havia ressuscitado, subido ao cu e que voltaria. Pregavam
que era necessrio o arrependimento dos pecados e entregar a vida a
Jesus Cristo para obter a salvao.A mensagem que Paulo, Pedro,
Estevo, Joo, Tiago e outros pregavam naquela poca continua valendo
para os nossos dias. Ela no caducou, pelo contrrio, continua viva e
atual para a igreja contempornea.Leia o livro de Atos dos Apstolos
e compare como era a igreja primitiva e como a sua igreja. Ser que
d para fazer uma comparao? A mensagem que eles pregavam est sendo
pregada na sua igreja? Voc como cristo tem encarado o Reino de Deus
com a mesma seriedade que os irmos da igreja primitiva encararam?O
CONCEITO DE IGREJA NO NOVO TESTAMENTOInmeros so os irmos que trazem
a concepo de igreja como a estrutura material onde costumeiramente
congregam nos fins de semana, a instituio religiosa legalmente
organizada perante a lei dos homens.Mas voc sabia que a palavra
igreja no consta no contedo dos livros do Antigo Testamento?
Relatam as escrituras do Antigo Testamento que na peregrinao do
povo de Israel pelo deserto, o Senhor ordenou Moiss a edificar um
Tabernculo, local onde os judeus se reuniam aos sbados para adorar
a Deus. Posteriormente, na era do reinado de Salomo, o Senhor Deus
o determinou a edificao de um Templo, o qual foi designado
oficialmente para o povo judeu adorar e oferecer sacrifcios a Deus.
Havia tambm as Sinagogas, casa de orao e ensinamentos s
escrituras.Vamos conhecer um pouco da origem e atividade dessas
instituies, segundo o que foi por Deus estabelecido, para o povo de
Israel.
TABERNCULO - Santurio erigido por Moiss no deserto de Sinai,
logo depois que a Lei foi editada ao povo. O material usado na
construo era: Madeira de Acaia, peles de carneiro, peles de
dudongos (talvez golfinho), e todo material fora doado pelos
israelitas. Chama-se habitao (Jeov), a tenda da congregao (isto ,
Jeov com o seu povo) e tenda do Testemunho (Nmeros 9.15, 18.2).Era
grande barraca onde eram realizados os atos de adorao durante o
tempo em que os israelitas andaram pelo deserto depois da sada do
Egito (xodo 25-27). O tabernculo continuou a ser usado at que o
TEMPLO foi construdo, no reinado de Salomo.TEMPLO - Edifcio
construdo no monte Mori, em Jerusalm, no qual estava centralizado o
culto a Jav (ou Jeov) em Israel. Substituiu o TABERNCULO. O
primeiro Templo foi construdo por Salomo, mais ou menos em 959
a.C., e destrudo pelos babilnios em 586 a.C. (II Reis 25.8-17).
O Templo propriamente dito media 27 metros de comprimento, por 9
de largura, 13,5 de altura. Estava dividido em duas partes: O Santo
Lugar onde os fieis permaneciam, e o Santssimo Lugar ou Orculo onde
somente o sumo sacerdote entrava uma vez por ano, no sem sangue,
para sacrificar pelos seus pecados e pelas culpas do povo (Hebreus
9.7).SINAGOGA - Casa de orao dos judeus que comeou a existir
provavelmente durante o cativeiro. As sinagogas se espalharam pelo
mundo bblico. Servia de tribunal, e nelas, adultos e crianas
adoravam a Deus, oravam e estudavam as Escrituras (Lucas 4.16-30).A
IGREJA DE CRISTO NO NOVO TESTAMENTOO CONCEITO DE IGREJA:-Traduo da
palavra grega ekklesia, significa assemblia, ajuntamento dos servos
de Deus.- Grupo de seguidores de Cristo que se renem em determinado
lugar para adorar a Deus, receber ensinamentos, evangelizar e
ajudar uns aos outros (Romanos 16.16). A palavra considera igreja a
totalidade das pessoas salvas em todos os tempos (Efsios
1.22).Segundo a palavra, podemos observar neste conceito que,
igreja no a estrutura material construda por mos humanas, para
tanto, a primeira vez que a palavra igreja fora pronunciada no Novo
Testamento deu-se no Evangelho de Mateus 16.14-18, ocasio em que o
Senhor Jesus interrogou os seus discpulos, dizendo: Quem dizem os
homens ser o Filho do Homem? E eles disseram: Uns Joo Batista;
outros, Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas.Disse-lhes
ento Jesus: E vs, quem dizeis que eu sou? E Simo Pedro,
respondendo, disse: Tu s o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus,
respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado s tu, Simo Barjonas, porque
no foi carne e sangue quem te revelou, mas meu Pai, que est nos
cus. Pois tambm eu te digo que tu s Pedro e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno no prevalecero
contra ela.E verdadeiramente a igreja primitiva de Cristo foi
primeiramente edificada fundamentada na doutrina dos apstolos (Atos
2.47), hoje, edificada no "IDE" de cada um dos que tem compromisso
de servir a Deus em Esprito e em Verdade (Efsios 2.19,20).IGREJA NO
PRDIOSempre que conhecemos um irmo, a primeira pergunta dirigida um
ao outro : Qual a sua igreja? Outros dizem: Eu vou ou eu fui a
igreja.Isso est ocorrendo porque o povo no consegue ver a igreja de
Cristo sem prdio, porque sem a estrutura fsica e e sem a figura do
"pastor", as ovelhas sentem-se perdidas.Mas na carta aos Efsios
5.32, a palavra faz uma meno interessante que no poder passar
desapercebido diante dos nossos olhos espirituais, e assim
descrito: Grande este mistrio; digo-o, porm, a respeito de Cristo e
da igreja. E sobre esse grande mistrio que vamos meditar, sob a
dispensao do Esprito Santo do Senhor, luz do Evangelho, para o
discernimento da igreja de Cristo:E para ratificar a tpico, vamos
meditar no captulo 9 do livro de Atos, onde a palavra conta que
Saulo indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco,
subitamente o cercou um resplendor de luz do cu. E, caindo em
terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me
persegues?E ele disse: Quem s tu, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou
Jesus, a quem tu persegues. E ele, tremendo e atnito, disse:
Senhor, que queres que eu faa? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e
entra na cidade, e l te ser dito o que te convm fazer.Uma pausa
para meditao: Observe que na ocasio em que o Senhor Jesus
interrompeu a Saulo, Ele j havia ressuscitado e estava na glria do
Pai, e mesmo assim, o Senhor lhe disse: Saulo, Saulo, por que me
persegues? Como poderia Paulo perseguir a Cristo, estando Ele
glorificado nas alturas? Considere:Atos 8.1: Saulo consentiu na
morte Estevo, e fez-se, naquele dia, uma grande perseguio contra a
igreja que estava em Jerusalm; e Saulo assolava a igreja, entrando
pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na
priso.Atos 9.1, 2: E Saulo, ainda respirando ameaas e mortes contra
os discpulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote, pediu-lhe
cartas para Damasco, a fim de que, se encontrasse alguns seguidores
de Cristo, quer homens, quer mulheres, os conduzisse presos a
Jerusalm.Mas o resplendor da glria de Cristo cegou a viso de Saulo,
o qual foi guiado pelas mos a Damasco, pelos seus seguidores. Disse
ento o Senhor para Ananias, seu servo para que fosse ao encontro de
Saulo e orasse por ele. E respondeu Ananias: Senhor, de muitos ouvi
acerca desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em
Jerusalm.Evidencia-se neste tema, que a igreja que Saulo perseguia,
no era a instituio religiosa, mas o Corpo de Cristo, ou seja,
homens e mulheres que faziam compromisso de servir a Deus,
guardando no corao os mandamentos do Senhor Jesus, constituindo
assim a igreja de Cristo no Novo Testamento, a qual no a estrutura
material, mas os que servem ao Senhor em esprito e em
Verdade.Portanto, um equvoco algum perguntar qual a sua igreja? Ou
dizer a minha igreja, ou eu vou a igreja. Porventura seria possvel
algum fundar ou ir a uma igreja, sendo ns a igreja de Cristo? O
homem tem edificado instituies religiosas, as quais so rotuladas
com placas, mas igreja, somente a que Cristo resgatou com o seu
sangue.Por isso recomendamos aos amados, a no associar a igreja de
Cristo com o edifcio da praa, ou a organizaes religiosas que dizem
ser igrejas, porque no so. Como tambm muitos pregadores tratam a
estrutura material como santurio, altar do Senhor, ou a casa do
tesouro, isso um equvoco, um engodo para atrair fieis.Porque a
igreja de Cristo gloriosa, sem mcula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensvel (Efsios 5.27). E o Evangelho
tem preparado a igreja para se apresentar como uma virgem pura ao
marido, a saber, a Cristo Jesus (II Corntios 11.2), que Ele
resgatou com o seu prprio sangue (Atos 20.28).NOSSO CORPO O TEMPLO
DO ESPRITO SANTOA palavra do Senhor na primeira carta aos Corntios
12.12-27, assim descreve:Porque, assim como o corpo um e tem muitos
membros, e todos os membros, sendo muitos, so um s corpo, assim
Cristo tambm.Pois todos ns fomos batizados em um Esprito, formando
um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e
todos temos bebido de um Esprito. Porque tambm o corpo no um s
membro, mas muitos.Porque Deus colocou os membros no corpo, cada um
deles como quis. E, se todos fossem um s membro, onde estaria o
corpo? Agora, pois, h muitos membros, mas um corpo.Porque Deus
assim formou o corpo, para que no haja diviso no corpo, mas, antes,
tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se
um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro
honrado, todos os membros se regozijam com ele.Ora, vs sois o corpo
de Cristo e seus membros em particular.I Corntios 6.19: No sabeis
que o nosso corpo o templo do Esprito Santo, que habita em vs,
proveniente de Deus, e que no sois de vs mesmos?I Corntios 16.16,
17: No sabeis vs que sois o templo de Deus e que o Esprito de Deus
habita em vs? Se algum destruir o templo de Deus, Deus o destruir;
porque o templo de Deus, que sois vs, santo.No Antigo Testamento, o
Templo (estrutura fsica) era o lugar oficialmente destinado ao povo
judeu para adorar e oferecer sacrifcios a Deus. Na Nova Aliana, a
palavra de Deus relata que o nosso corpo o templo de Deus, porque o
Esprito Santo habita em ns. E se algum destruir o nosso corpo, Deus
tambm o destruir, porque o templo do Esprito santo.OS SERVOS
CONSTITUEM O CORPO, E CRISTO A CABEA DA IGREJA.Conhecemos
primeiramente que a igreja de Cristo no instituio religiosa, nem to
pouca a estrutura material o lugar santo, como muitos pregam,
mencionando que para servir a Deus e receber as suas bnos se faz
necessrio membrar-se a essas instituies rotuladas por placas, mas o
povo santo de Deus constitui a igreja gloriosa que Cristo arrebatar
no seu grande e terrvel dia.Vimos tambm, que o nosso corpo o templo
do Esprito Santo de Deus. Agora observe nos versculos abaixo, onde
a palavra relata que Cristo a cabea do corpo, o qual a sua igreja
que Ele amou e a resgatou em sacrifcio vivo. Vejamos:Colossenses
1.18, 24: Cristo a cabea do corpo da igreja; o princpio e o
primognito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminncia.
E regozijo-me, agora, no que padeo por vs e na minha carne cumpro o
resto das aflies de Cristo, pelo seu corpo, que a igreja.Efsios
1.22,23: Deus sujeitou todas as coisas aos ps do seu Filho e, sobre
todas as coisas, o constituiu como cabea da igreja, que o seu
corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.Efsios 5.23:
Assim como o marido a cabea da mulher, Cristo tambm a cabea da
igreja, sendo ele prprio o salvador do corpo. luz da palavra, hoje,
a igreja de Cristo assim se constitui: Individualmente, o nosso
corpo o templo do Esprito Santo, todos os templos formam um corpo,
e Jesus Cristo a cabea desse corpo. Essa a igreja do Senhor Jesus,
at a sua vinda para arrebat-la para a Nova Jerusalm.Porque na
primeira carta aos Corntios 1.10-13, a palavra alerta para que
fujamos da doutrina do homem, e assim descreve: Rogo-vos, porm,
irmos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo que digais todos uma
mesma coisa e que no haja entre vs dissenses; antes, sejais unidos
em um mesmo sentido e de um mesmo parecer.Quero dizer, com isso,
que cada um de vs diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu, de
Cefas, e eu, de Cristo. Est Cristo dividido? Foi Paulo crucificado
por vos? Ou fostes