PECADO
Sumrio
MTODOS DE TEOLOGAR
................................................................................................5
12DEFINIO E NECESSIDADE DE TEOLOGIA
Definio12necessidade12A Possibilidade e Diviso da Teologia13A
revelao de Deus14As divises de Teologia16Leitura
exigida16ARGUMENTOS TRADICIONAIS DA EXISTNCIA DE DEUS17Argumento
Cosmolgico17Argumento Teleolgico17Argumento Ontolgico18NOMES DE
DEUS21Nomes em Geral21Nomes do Velho Testamento e Seu
significado22A TRINDADE29A A Doutrina da Trindade na Histria29B
Deus como Trindade em Unidade30C Definio da doutrina da Trindade32D
Incompreenso Judaica33E O nome Pai aplicado a Deus35F O nome Pai
aplicado a Deus35G Subordinao de Filho e do Esprito ao Pai37H A
Trindade apresenta um mistrio mas no uma contradio39OS ANJOS41I O
nome Anjo41II A Origem dos Anjos41III A natureza dos Anjos42IV As
caractersticas dos anjos42V Nmero e Ordens43CRIAO DO MUNDO
MATERIAL48I Definio48II Um mundo entre muitos50III O Hexaemeron, ou
a obra nos dias da criao50Argumentos Usados para Sustentar a Teoria
dos Dias da Criao Como Longos Perodos51SINAIS DO PECADO NA
NATUREZA59A PALAVRA DE DEUS64A Inspirao das Escrituras64Objees ou
Consideraes69A BBLIA E A RELIGIO73Introduo73I Qual a natureza da
religio? O que religio?73II Qual o ponto de referncia da religio
verdadeira? subjetivo ou objetivo?74III Resumo75IV As afirmaes
acima declaram que a Bblia diferente dos demais livros. Por que a
Bblia diferente? Quem a escreveu? Quando? Onde?75V Algumas Indicaes
Que a Bblia de Origem Divina75A INFERNAL DOUTRINA DO INFERNO81O
Argumento das Conseqncias81I Concluso82II Tentativas de escape das
conseqncias necessrias83III Porque impossvel crer na doutrina da
salvao universal e na doutrina do estado intermedirio
Purgatrio?84POR QUE IMPOSSVEL O INFERNO ETERNO? POR QUE IMPOSSVEL O
PURGATRIO?85I - O juzo85II O Estado (A Condio) do Homem na Morte87A
CONDIO DO HOMEM NA MORTE90I A morte como apresentada nas
Escrituras90II Condies do homem na morte90III A ressurreio a
esperana dos cristos92IV Primeira e segunda morte92V Alguns tem
voltados das sepulturas92VI Os justos no esto no cu94VII
Concluso94POR QUE NO IR PARA O CU AO MORRER?96UM JUZO JUSTO102I No
juzo divino todos os fatores envolvidos sero considerados102II O
juzo divino baseado num fiel registro anotado nos livros102III No
juzo divino os rus concordam com o registro escrito. Isto torna o
assunto duplamente seguro103IV Quem ser o Juiz?103V A punio ser
proporcional ao crime105VI Buscai a vida105A PUNIO DOS MPIOS107I
Nenhum lugar de tormento agora existe107II A punio est no
futuro107III Punidos pelo fogo107IV A punio ser nesta terra108V A
punio do mpio ter lugar no fim do milnio108VI A punio chamada
eterna perdio109VII Expresses que descrevam o castigo dos
mpios109VIII ( Fogo Eterno111IX ( Fogo inapagvel (inextinguvel)112O
SIGNIFICADO DE ETERNO E PARA SEMPRE114I Exemplos do N.T. que
definem o seu significado114II Exemplos do V.T. que definem o seu
significado116O QUE O INFERNO?119I O uso da palavra inferno no
V.T.119II O uso da palavra inferno no N. T.119O DESEJO DE PAULO DE
PARTIR123Problema123Anlise do texto123Deixar Este Corpo Para
Habitar Com O Senhor (II Corntios 5:1-10)128Vestido, despido (nu),
revestido128Estado da morte versus o estado ressurrecto130Nada
desejvel na morte131Sempre de bom nimo (v.6)133Resumo134Fala de
casa terrestre e casa celestial134PARBOLA DO RICO E
LZARO137Objeo137O PEDIDO DO LADRO141Objeo141ESPRITOS EM
PRISO144Objeo144A FEITICEIRA DE ENDOR147Objeo147SE NO CORPO OU FORA
DO CORPO... NO SEI...150Objeo150MUDANA DE CALENDRIO152Objeo152Uma s
mudana153A Semana Nunca Foi Abandonada154Inconcebvel154SBADO NUM
MUNDO ESFRICO156Objeo156S Aparente156Senso Comum, Apenas157Todos
Concordam157TENTAO159I Definio159II Numa tentao h trs partes
envolvidas159III Conscincia159IV Estgios da Tentao159V
Concluso161PECADO163I ( A Origem do Pecado163II ( As Conseqncias da
Rebelio165III ( Tentao e Queda do Homem166IV ( A Maldio168V ( Os
Resultados do Pecado168VI ( A Natureza Humana Antes do Pecado170VII
( A Natureza Humana Aps o Pecado170VIII ( Pecado No Apenas Um Ato
Mas Tambm Uma Condio170IX ( Ilustrao da Profundidade (Dentro de Ns)
e da Universalidade (Fora de Ns) do Conceito ou Definio de
Pecado172X ( A Essncia do Pecado172XI ( A nica Possibilidade de
Vitria Sobre o Pecado173XII ( Os Ardis de Satans175XIII ( O Pior
Inimigo do Homem e como Venc-lo175O HOMEM176I ( A Imagem de
Deus176II ( A Imagem de Deus Relacional (Comunho)182III ( Restaurao
da Imagem de Deus184O QUE O HOMEM188I ( Salmos 8:3-9188II ( Gnesis
1:26-28 ( Criado Imagem e Semelhana de Deus188III ( Gnesis
2:7188TEM O HOMEM A IMORTALIDADE INERENTE?191I ( Problema191II (
Significado das Palavras Alma e Esprito191III ( CONCLUSES193IV ( A
Definio de Esprito e Alma em Resultado do Exame Minucioso de Todos
os Textos194V ( ...e o esprito volte a Deus, que o deu.
(Eclesiastes 12:7)196VI ( Exame do Que Alma198O HOMEM FOI FEITO
IMAGEM DE DEUS ( DEUS IMORTAL, LOGO, O HOMEM IMORTAL201A FONTE DE
ERROS MORTAIS203I ( Horda Infindvel de Falsas Teorias203
TEMAS TEOLGICOS I - ROTEIRO DE ESTUDOS
MTODOS DE TEOLOGAR
Teologia a cincia de Deus e de Sua relao com o universo. A
teologia possvel baseada na aceitao da existncia de Deus e Seus
relacionamentos com os seres que Ele criou; na capacidade humana de
receber o conhecimento de Deus e na Sua providncia para fornecer
meios de conhec-lo, ou seja, Sua Revelao.
H trs maneiras principais de teologar:
1 Especulativo ou Racional: A teologia entende que o
conhecimento de Deus oriundo unicamente pela revelao em oposio
filosofia especulativa que entende que o conhecimento de Deus pode
ser alcanado pelo exerccio da razo. A filosofia concede ao
intelecto a ltima palavra em termos de pensamento religioso. As
Escrituras so autoridade at o ponto em que a razo possa entend-las
e racionalmente demonstr-las. O racionalismo manifestou-se de vrias
formas e especialmente no Iluminismo do sculo XVIII. Alguns
exemplos para discusso:
a) Escolasticismo - Toms de Aquino (1221-1274) o doutor anglico
foi o maior representante do Escolasticismo, uma forma filosfica
aristotlica de teologar. Escreveu a Suma Teolgica onde procura
apresentar a revelao atravs de argumentos racionais. O
escolasticismo tomista no nega a Revelao mas faz da razo a chave
para entend-la e explan-la. A ltima palavra est com a razo.
b) Desmo Uma forma racionalista de entender as coisas criadas e
que tende ao atesmo e ao pantesmo. Uma de suas apresentaes est na
frase atribuida a Voltaire de que no possvel haver to maravilhoso
relgio e no haver um relojoeiro. H um Criador de todas as coisas
mas Ele no interfere e a revelao especial no existe, no possvel.
Pode-se entender Deus atravs da razo ao contemplarmos Suas obras
criadas. Guilherme Miller, antes de sua converso freqentou crculos
literrios desta e foi adepto desta filosofia por muito tempo. Seu
estilo argumentativo e metodologia racional na exposio da doutrina
evidencia essa formao.
c) O Positivismo de Augusto Comte Este nega o racionalismo
subjetivo e afirma a soberania do racionalismo do objeto. Apenas o
que pode ser concretamente examinado e testado pela razo pode ser
verdade. Racionalismo experimental. Por sua influncia no Brasil
torna-se interessante lembrar um pouco mais sobre esse filsofo.
Augusto Comte nasceu na Frana (1798-1857). Sua caracterstica
filosfica a revolta antimetafsica. Somente a cincia, segundo ele,
capaz de penetrar os aspectos do mundo acessveis experincia.
Para o Positivismo Comtiano o pensamento humano tm trs etapas de
desenvolvimento:
1) Teolgica Na qual a natureza e seus fenmenos so explicados
pela ao de seres misteriosos e divinos. uma etapa politesta que no
seu final elaborada em monotesta o que, por sua vez, prepara o
caminho para a etapa seguinte.
2) Metafsica ( Os fenmenos so explicados por abstraes racionais.
Essa fase autodestrutiva pois apenas uma transio para a terceira e
mais evoluda.
3) Positiva ( Essa etapa caracterizada pela observao e
experimentao. As leis da natureza podem ser calculadas de modo a
fazer-se previses. A prpria convivncia humana pode ser uma cincia
positiva. Isso levaria a uma sociedade exemplar tendo o amor como
princpio, a ordem como base e o progresso como fim. Criou o termo
sociologia. Comte chegou a classificar as cincia que poderiam ser
considerada positivas. A sociologia deveria alcanar esse
status.
No final da vida Comte tentou arquitetarr a religio da
humanidade. O centro do culto seria a humanidade. Os heris do
progresso humano deveriam substituir santos e entidades pags em um
novo calendrio a ser adotado. Chegou a criar um sacerdcio,
sacramentos e props uma rgida disciplina para os seus adeptos.
Influenciou muito a elite brasileira durante toda a Segunda
metade do sculo XIX. Discpulos seus tornaram-se professores do
Colgio D. Pedro II no Rio de Janeiro. O lema da bandeira brasileira
positivista.
d) Agnosticismo termo criado por Thomas Henry Huxley embora a
postura filosfica seja encontrada em outros momentos da histria. O
Agnosticismo apenas reconhecia como verdade e realidade o que se
pode explicar racionalmente embora nada possa ser conhecido
totalmente.
O Agnosticismo procura demonstra a impossibilidade de
conhecimento certo e absoluto a respeito de qualquer coisa. Uma
espcie de dvida metdica. Foram afetados pelo agnosticismo Comte e
Kant entre outros. Toda a doutrina que pe limite e que afirma a
relatividade do conhecimento , de certa maneira, agnstica. As
questes sobre o absoluto e o infinito, as origens de todas as
coisas e sua finalidade so consideradas inteis e inatingveis,
segundo os gnsticos.
e) Georg Wilhelm Friedrich Hegel filsofo alemo (1770-1831)
considerava a religio apenas como uma espcie de conhecimento e uma
forma incompleta de filosofia pois esta tratava apenas acerca da
piedade. O seu pensamento um dos mais e talvez o mais impenetrvel
do mundo filosfico. Diz-se que somente Deus e o filsofo entendiam o
que este escreveu; morto o filsofo, s Deus. Segundo Hegel no h
partes independentes, apenas o todo, o absoluto que dinmico atravs
da dialtica (tese, sntese, anttese), assim exterioriza-se impelido
interiormente surgindo assim a natureza como anttese do absoluto
que, ento, toma conscincia de si mesmo, o que constitui sua sntese
suprema. Por sua vez, todo ser da natureza, a exteriorizao do
absoluto, individualmente, passa por uma ininterrupta dialtica
hegeliana, assim tambm todos os fatos humanos histricos e
econmicos.
Hegel foi muito criticado nos seus dias pelas implicaes
teolgicas do seu pensamento.
f) Immanuel Kant filsofo alemo (1724-1804). A me era protestante
pietista mas ele posteriormente afastou-se da religio e considerava
a apenas como uma forma de moralidade ou ao moral. Eu conheo apenas
duas coisas maravilhosas: o cu estrelado acima de minha cabea e o
senso do dever no interior do meu corao. O conhecimento no se
origina dos sentidos. A razo pura a parte do entendimento que no
depende dos sentidos.
g) Rudolf Bultman (morto em 1966) procurando uma resposta para a
teologia diante das presses oriundas do racionalismo apresenta a
proposta de que a verdade est na Bblia mas no a Bblia. Ele props a
desmitologizao das Escrituras retirando tudo quanto fosse expresso
mtica, segundo ele, como anjos, milagres, criao, etc., ou seja, a
supresso do elemento sobrenatural das escrituras.
Segundo Paul Tillich (morto em 1966) o racionalismo no nada mais
nada menos do que oriundo do subjetivismo religioso. O ser humano
no quer aceitar o mandamento objetivo externo. Prefere uma
autoridade interior, sua, subjetiva. Assim como o subjetivismo
mstico busca a deciso religiosa interiormente nas suas concluses
consideradas reveladas l dentro e rejeita a autoridade objetiva e
externa da Bblia, assim o racionalismo foge da autoridade bblica
que no lhe convm e incomoda e busca a resposta tambm l dentro de
seu raciocnio e julgamento pessoal. Esto pois, nesse sentido, no
mesmo patamar.
Por outro lado, muitas realidades esto alm do alcance da razo
humana, simplesmente porque esta finita. Sendo Deus infinito
impossvel que Ele seja alcanado por mentes e mtodos ou instrumentos
finitos.
2 ( Misticismo: atribui grande importncia ao sentimento. Duas
formas:
a ( Sobrenatural: atravs dos sentimentos (experincia)
diretamente que Deus se revela. Tendem a rejeitar a revelao
especial (Bblia) pois defendem a comunicao direta de Deus ao
homem.
b ( Natural: eliminam o sobrenatural e Deus no mais
transcendente, mas imanente ao homem. O prprio sentimento no homem
ento a fonte da verdade. Colocam o sentimento (experincia) acima da
autoridade da Bblia. Isto subjetivismo. Schleiermacher (1768-1834),
telogo alemo, muitas vezes citado como um racionalista, mas ele
realmente um subjetivista. para ele, religio no reside no
conhecimento ou na vontade, mas na sensibilidade. Religio um
sentimento de dependncia.
3 ( H um terceiro grupo que coloca a autoridade da Igreja acima
da Bblia. Exemplo: Catolicismo. A Igreja Catlica rejeita a doutrina
dos racionalistas, bem como a dos msticos e admite uma revelao da
parte de Deus, mas seu conceito de autoridade diferente dos
protestantes. os catlicos admitem que h uma revelao parcialmente
escrita ((Bblia), parcialmente oral e depois colocada na forma
escrita (tradio). Como o povo no capaz de decidir o significado da
Bblia, Deus estabeleceu a Igreja como um mestre infalvel pelo qual
todos os pontos so determinados. Diferenas entre catlicos e
protestantes no que se refere autoridade da Bblia:
a ( Catlicos aceitam alguns livros apcrifos.
b ( Catlicos negam as Escrituras como sendo completas. Os
protestantes crem que todas as orientaes de Deus para a Sua Igreja
esto nas Escrituras. Catlicos afirmam que algumas doutrinas so
reveladas imperfeitamente nas Escrituras; outras so implcitas e
outras so omitidas, da a necessidade tambm da tradio. No Conclio de
Trento, a Igreja Catlica colocou a tradio no mesmo p de igualdade
das Escrituras.
c ( Protestantes: a Bblia pode ser entendida pelo homem guiado
pelo Esprito Santo. H partes, no entanto, que so difceis de serem
entendidas. ( Catlicos: a Bblia obscura a tal ponto que precisamos
de intrprete. O povo sendo incapaz de entender a Bblia, deve crer
no que a Igreja ensina atravs dos seus rgos oficiais. A igreja,
portanto, est qualificada a comunicar as revelaes de Deus, e pela
constante presena do Esprito Santo, a igreja preservada de cair no
erro. A igreja infalvel.
1 ( Teoria Galicana de infalibilidade: os bispos reunidos so
infalveis. Individualmente eles podem errar, mas no quando reunidos
em comisso. o que eles decidem em comisso vlido para sempre.
2 ( Teoria Tramontana de infalibilidade: o Papa o rgo atravs de
quem o julgamento infalvel da igreja comunicado. O que ele diz ex
cathedra infalvel. O Papa o vigrio de Cristo. o Papa est sujeito a
nenhum Conclio Geral. O Papa no precisa consultar a outros bispos
para tomar uma deciso. Esta infabilidade reclamada pelo Papa no
pessoal, mas funcional. O Papa, como homem pode ser imoral, mas
como Papa (funo), quando fala ex cathedra, ele o rgo do Esprito
Santo.
d ( Os catlicos aceitam a Vulgata Latina como a verso oficial da
igreja. A Vulgata deve ser usada para instruo pblica, discusso
teolgica(s) e para obras de exegese.
4 ( Mtodo certo de teologar:
a ( Devemos usar a razo e o sentimento em equilbrio. (V.C. pp.
86-87; 104-113).
b ( A razo precisa ser santificada. deve ser iluminada pelos
ensinos da Bblia e guiada pelo Esprito Santo. (V. C. 105-110). A
razo deve reconhecer uma autoridade superior si prpria, e o corao e
a inteligncia se devem curvar perante o grande Eu Sou (V. C.
110).
c ( Devemos reconhecer a limitao da razo. (V. C. 107, 109, 110).
A f um complemento razo e no contrria razo.
d ( justo examinar acuradamente os ensinos da Bblia, e
investigar as profundezas de Deus at onde so reveladas nas
Escrituras. (V. C. 107-108). Mas h um limite alm do qual no devemos
ir. (Dt 29:29). a obra prima dos enganos de Satans conservar o
esprito humano a pesquisar e conjeturar com relao quilo que Deus no
tornou conhecido, e que no desgnio Seu que compreendamos. (C. S.
566).
LEITURA EXIGIDA: c. c. p. e. 11-17; 379-418; o.e. 98-100;
147-152; 249-253; 271-272; m. j. 245-284; c. s. (CAP. 37) Nossa
nica Salvaguarda; V. C. 104-113 (Que Fazer com a Dvida?).
DEFINIO E NECESSIDADE DE TEOLOGIA
Definio
O termo teologia usado no sentido restrito e amplo. derivado de
duas palavras gregas, theos e logos, significando Deus e doutrina
respectivamente. No sentido limitado, teologia pode ser definida
como sendo a doutrina de Deus. Mas no sentido mais amplo e comum a
doutrina de Deus e Sua relao com o mundo (homem).
necessidade
devido a natureza da mente humana e das preocupaes prticas da
vida. As razes da necessidade da teologia:
a ( A lei da ordem do intelecto. A mente humana no se satisfaz
com uma mera acumulao de fatos; ela procura invariavelmente uma
unificao e sistematizao do seu conhecimento. Somos uma unidade que
no pode viver com uma mente em desordem.
b ( O carter das Escrituras. A Bblia para o telogo o que a
natureza ao cientista um corpo desorganizado ou parcialmente
organizado de fatos. Deus no escreveu a Bblia numa forma
sistemtica; cumpre a ns, portanto, de ajuntar os fatos espalhados e
organiz-los num sistema racional. Embora alguns temas sejam
tratados de um modo completo em algumas passagens, nenhuma
realmente esgota o assunto. necessrio, pois, reunirmos todos os
fatos e ensinos espalhados nas Escrituras para construirmos um
sistema lgico e harmonioso.
c ( O desenvolvimento de um carter cristo. H duas opinies
errneas sobre este assunto : 1) Que h pouca ou nenhuma relao entre
a crena de um homem e seu carter. 2) Que doutrina (sistema) tem um
efeito negativo na vida espiritual. ( O modernismo declara que as
doutrinas puramente no transformam o carter, e da a razo de
abandonar o credo ortodoxo. o que responderemos? Mera aceitao
teolgica ou intelectual das doutrinas no suficiente para
transformar o carter. Mas, crena verdadeira que envolve o
intelecto, emoes e a vontade afetam a conduta. O homem age de
acordo com o que ele realmente cr e no de acordo com o que ele
pretende crer. ( Que teologia tem um efeito negativo sobre a vida
espiritual verdade somente se o assunto tratado como mera teoria.
Teologia no somente nos ensina que tipo de vida devemos viver como
tambm nos inspira a viver tal vida. Em outras palavras, teologia no
somente nos indica a norma de conduta, mas tambm nos fornece os
motivos ou motivaes para cumprirmos tais normas.
d ( Para um culto efetivo. H uma averso hoje uma pregao
doutrinria. Muitos ministros pensam que o povo exige algo retrico
que suscita emoes e que no exige pesado raciocnio. Mas Cristo e os
apstolos eram pregadores de doutrina (Mc 4:2; At 2:42; Tt 1:9).
Sermes eloqentes podem ligar a congregao ao pregador, mas quando
ele deixa a congregao, ela tambm abandona a igreja. H pois uma
relao entre a pregao doutrinria e o culto efetivo.
A Possibilidade e Diviso da Teologia
Os modernistas no escrevem obras sobre teologia sistemtica por
acreditar que ela exerce uma influncia negativa sobre a vida
espiritual, e por acharem que impossvel algum chagar a uma certeza
sobre estes assuntos. Ns achamos que Teologia Sistemtica necessria
e possvel. Daremos agora provas da possibilidade da Teologia e
depois daremos as divises da Teologia:
A possibilidade da Teologia resulta de duas coisas: 1) da
revelao de Deus; e 2) da capacidade do homem. A revelao de Deus se
divide em geral e especial; e a capacidade do homem de duas
espcies: mental e espiritual. estudemos estes pontos agora.
A revelao de Deus
Pascal falou de Deus como um Deus Absconditus (um Deus
escondido); mas ele tambm manteve que este Deus escondido Se
revelou, e portanto pode ser conhecido. Isto verdade. Certamente ns
jamais poderamos conhec-Lo se Ele no tivesse Se revelado. O que
revelao? Revelao significa o ato de Deus pelo qual Ele Se revela a
Si mesmo ou comunica verdade para a mente; pelo qual Ele manifesta
ou revela aquilo que no poderia ser conhecido de outra maneira. De
uma maneira geral existem dois tipos de revelao: Geral e
Especial.
1 ( A REVELAO GERAL DE DEUS ( Esta encontrada na natureza,
histria e conscincia. Ela comunicada atravs do fenmeno natural da
natureza ou do curso da histria, e dirigido a todos os seres
racionais.
a ( A Revelao de Deus na Natureza. todos os naturalistas que
rejeitam a idia de Deus e que declaram que a natureza auto
suficiente, eles negam ou no vem nenhuma revelao de Deus na
natureza. alguns deles identificam a Deus com o Tudo, o Universum,
e a Natureza. Nem os telogos modernos admitem revelao de Deus na
natureza. Barth, por exemplo, mantm que o homem perdeu to
completamente a imagem de Deus que sem um ato sobrenatural de Deus
em cada indivduo, ele no ter nenhum conhecimento de Deus. Deus deve
criar a capacidade para a revelao e tambm comunic-la ao homem.
Brunner advoga que apesar do homem ter perdido a imagem de Deus,
ele percebe alguma coisa de Deus na natureza. ( Os destas advogam
que a natureza um meio suficiente da revelao de Deus. Eles dizem
que ela nos fornece com algumas simples verdades imutveis acerca de
Deus, virtude, imortalidade e recompensa do futura, de uma maneira
to clara que nenhuma revelao especial necessria. ( Os homens sempre
tem visto na natureza a revelao de Deus. (Sl 8:1, 3; 19:1, 2; Is
40:12-14, 26; At 14:15-17; Rm 1:19,20). Muitos eruditos e
cientistas tm reconhecido que a natureza revela a Deus, mas tem
apontado para as suas limitaes. Eles insistem que embora deixando o
homem sem desculpa a revelao de Deus na natureza insuficiente. Por
qu? No revela o plano da salvao. Esta revelao natural visa
incentivar o homem a procurar por uma mais completa revelao de Deus
e do Seu plano da Salvao, e constitui um chamado geral de Deus ao
homem para voltar-se a Deus (DTN Em criana; Educao 20, 21, 17, 26,
99).
b ( A Revelao de Deus na Histria ( Freqentemente tem-se dito:
Warteloo foi Deus. Quo diferente teria sido os destinos da Europa
se Napoleo ao invs de Wellington tivesse ganho a batalha. O
resultado da II Guerra Mundial tambm foi uma revelao de Deus na
histria. Assim poderamos voltar e falar de desaparecimento das
naes. O salmista declara que os destinos dos reis e das naes esto
nas mos de Deus (Sl 75:6,7; cf. Rm 13:1). Paulo declara o mesmo em
Atos 17:26, 27 luz destes textos o cristo encontra na histria a
revelao do poder e providncia de Deus. ( A Bblia de igual modo fala
do trato de Deus com o Egito (x 9:13-17; Rm 9:17; Jr 46:14-26),
Assria (Is 10:12-19; Ez 31:1-14; Na 3:1-7), Babilnia (Jr 50:1-16;
51:1-4), Medo-Persa (Is 44:24-45:7), Medo-Prsia e Grcia juntos (Dn
8:1-8; 15-21), os 4 reinos que sucederam queda de Alexandre (Dn
8:9-14, 22-25; 11:5-35), etc. Mostra que embora Deus permite que
uma nao mais mpia destrua a mais justa, no final Deus tratar com
mais severidade a mais pecadora. Mais particularmente podemos ver
que Deus se revelou de uma maneira especial na histria de
Israel.
c ( A Revelao de Deus na Conscincia ( No tanto conscincia
iventiva mas a conscincia discriminativa e impulsiva. A presena do
senso de falso e verdadeiro, deste princpio discriminativo
constitui a revelao de Deus.
2 ( A REVELAO ESPECIAL DE DEUS ( Por revelao especial, ns
entendemos ser os atos de Deus pelos quais Deus torna-Se conhecido
bem como a Sua vontade, em tempos especiais a um povo especfico.
Embora dado a um povo especfico e num tempo especial, a revelao no
necessariamente apenas para aquele tempo e povo. A revelao especial
dada ao homem de vrias maneiras: na forma de milagres, profecias,
na pessoa e obra de Jesus Cristo, nas Escrituras, e na experincia
pessoal.
As divises de Teologia
a ( Teologia Bblica ou exegtica: visa arranjar e classificar os
fatos da revelao limitando-se ao estudo das Escrituras. Visa
restaurar, orientar, ilustrar, interpretar o texto bblico. Inclui o
estudo de lnguas bblicas, arqueologia bblica, introduo Bblia,
hermenutica, teologia bblica.
b ( Teologia histrica traa a histria do povo de Deus atravs dos
tempos. Trata da origem, desenvolvimento e expanso da verdadeira
igreja; sua doutrinas, organizaes e prticas. Inclui a histria
bblica, histria da igreja, histria das misses, histria do dogma, do
credo, etc.
c ( Teologia sistemtica: Toma o material fornecido pela Teologia
exegtica e histrica e arranja-o numa ordem lgica sob grandes ttulos
teolgicos.
d ( Teologia aplicada: trata das aplicaes da teologia. Inclui
Homiltica, organizao e administrao da igreja, liturgia, culto,
etc.
Leitura exigida
Ver no Esprito de Profecia tudo sobre revelao de Deus. Ver os
captulos no livro Educao sobre a revelao de Deus na natureza e na
histria. Tambm no DTN o captulo que fala de Jesus quando
criana.
ARGUMENTOS TRADICIONAIS DA EXISTNCIA DE DEUS
As provas racionais da existncia de Deus no podem ser
consideradas mais importantes do que as da revelao. Entretanto,
elas confirmam as da revelao. A razo desajudada nunca pode explicar
completamente as perguntas religiosas. a razo pode fornecer um
conceito, mas no pode apresentar o Deus vivo. Isto s a f pode
fazer.
Argumento Cosmolgico
o argumento da causa e do efeito. Cada efeito tem uma causa.
Este mundo um efeito, consequentemente este mundo deve Ter uma
causa fora de si mesmo que responsvel pela sua origem (Leia Hebreus
3:4).
Toms de Aquino desenvolve este argumento da seguinte maneira: 1)
Movimento evidente no universo. Isto implica na existncia de um
Primum Movens (Primeiro Movedor = poder eterno independente) que no
movido. Deus a primeira causa. 2) Efeitos implicam numa causa. No h
coisa que se conhece que tenha causa em si mesma, pois do contrrio,
ela seria antes de si mesma. Isto impossvel. 3) Todas as coisas so
passageiras. Elas no eram e nem sero para sempre. E se todas as
coisas no eram sempre e nem sero para sempre, ento houve um tempo
em que no existiram. Dizer que coisas so produzidas por acaso sem
uma causa, isto absurdo.
Argumento Teleolgico
tambm um argumento causal. O argumento cosmolgico aponta para a
primeira causa, enquanto o argumento teleolgico pretende provar que
esta primeira causa inteligente, poderosa, perfeita, etc.
Tels = alvo, desgnio, propsito. todas as coisas criadas tem um
telos e perpetuam este telos. E se existe o telos, ento deve tambm
existir o idealizador ou planejador. O telos das coisas criadas
indica inteligncia, vontade, poder, perfeio, etc. Mas tudo aquilo
que revelado pelo telos no est no objetivo criado. Por exemplo, a
inteligncia (mente) revelada pelo livro, no est no livro mas no
autor do livro. A mente est fora das coisas criadas. A mente esto
fora e acima das coisas criadas (Leia Salmos 84: 9-10).
Todas as coisas criadas revelam inteligncia, ordem, harmonia,
propsito, poder, etc. e tudo isto implica na existncia de um Ser
inteligente.
Argumento Ontolgico
o argumento de nossas idias abstratas e necessrias. Se sou capaz
de conceber Deus, ento Ele deve existir. A necessria existncia da
idia de Deus na nossa mente implica que devemos conceber esta idia
como tendo existncia. Se h o pensamento, h tambm a realidade.
Anselmo escreveu o Monologium (onde desenvolve o argumento
cosmolgico) e o Proslogium (razo, idia). Na ltima obra seu
argumento o seguinte: ns temos a idia de um ser absoluto perfeito;
mas a existncia um atributo da perfeio; logo um ser absolutamente
perfeito deve existir. No se pode imaginar um tringulo sem
imaginar-se na existncia de 3 ngulos. Assim no se pode pensar em
Deus sem imaginar-se que Ele existe.
Samuel Clarke: no podemos conceber a transitoridade (a no
existncia) do tempo e do espao. Portanto, tempo e espao so
necessrios e eternos. Tempo e espao no so substncias, portanto,
deve haver uma substncia da qual o tempo e o espao so
atributos.
Gillespie: tempo e espao so modos de existncia, mas eles so
eternos e infinitos; logo, deve existir uma substncia eterna e
infinita que subsiste nestes modos de existncia.
Descartes: temos a idia de um Ser infinito e perfeito. Esta idia
no pode derivar de seres finitos e imperfeitos. Deve, portanto,
existir um Ser perfeito e infinito que a causa desta idia.
Argumento Moral: uma argumento da condio moral e mental do homem
para provar a existncia de um autor ou legislador. De maneira
simplificada consiste do seguinte:
a ( A conscincia reconhece a existncia de uma permanente lei
moral que tem autoridade.
b ( Violao conhecidas desta lei moral so seguidas por
sentimentos de culpa, remorso, ou de temores de julgamento.
c ( Esta lei moral (que no imposta por mim pois no resultado da
educao); estes temores de juzo (que no so executores criados por
mim) apontam respectivamente para uma vontade santa que imps a lei
e para um poder punitivo que executara as ameaas da minha natureza
moral.
A vontade expressa no imperativo moral superior minha, pois, do
contrrio a minha vontade no iria promulgar proibies e destruiria a
todos os temores de juzo.
Em outras palavras, existe no homem uma permanente lei moral que
tem autoridade suprema sobre ele. Por natureza o homem tem uma
conscincia discriminativa ou impulsiva; tem o senso de perceber o
certo e errado.
Estas percepes morais ou senso so independentes do homem e no
esto sob o controle de sua vontade.
As percepes morais (conscincia) tm uma autoridade sobre o homem
da qual ele no se pode emancipar. No pode ignor-los e nem
neg-las.
A conscincia convence o homem de uma lei moral no universo, e
nosso dever de observ-la.
Paulo tambm apela ao argumento (Rm 1:19, 32; 2:14-16). Violaes
desta lei moral universal so seguidas de culpa e remorso, ou medo
da prestao de contas.
Davi um bom exemplo bblico (Sl 32:3,4; 38:1-4).
Agostinho. To doente espiritualmente eu me encontrava, e to
atormentado que me acusava a mim mesmo fortemente, rolando e
prendendo-me em corrente, at que aquilo foi quebrado
completamente... (Confisso).
Shakespeare descreve a senhora Macbeth como perseguida, mesmo no
sono, por uma conscincia m, depois de haver morto o rei Ducan.
Desde que esta lei moral no imposta pelo homem e desde que os
temores do juzo no so executados pelo homem, deve haver uma Vontade
Superior que impe esta lei e deve tambm haver um Poder Primitivo
que executar as ameaas da natureza moral do homem (Mq 6:8; Ec
12:14). Em outras palavras, a conscincia humana reconhece a
existncia de um grande Legislador (Deus), e a certeza da punio de
toda a violao de Sua lei.
NOMES DE DEUS
Nomes em Geral
Para os povos da antigidade o nome tinha um significado mais
profundo do que hoje. No oriente, ainda hoje em muitos lugares um
nome escolhido de acordo com uma ocasio particular ou para
expressar o carter do indivduo.
Num sentido geral da palavra, o nome de Deus uma revelao de Si
mesmo. especialmente uma revelao de Si mesmo em Suas relaes com o
homem. Os muitos nomes de Deus so expresses ou revelaes de vrios
aspectos do Seu carter. A diversidade dos nomes de Deus indicam uma
revelao progressiva de Deus.
H uma ntima relao entre Deus e Seu nome. Seu nome idntico com o
Seu carter, com as virtudes que Deus revela em Sua relaes com Suas
criaturas. O nome contm Sua glria (Sl 8:1; 29:2), Sua honra (Lv
18:21; Sl 86:11; 102:15), Seu poder redentor (Sl 54:1; Is 47:4;
50:10), Sua misericrdia (Is 48:9; Ez20:44).
Na realidade, o nome de Deus Deus na maneira como Ele se revela
a ns de uma ou de outra qualidade. Por esta razo Seu nome grande
(Ez 36:23), Santo (Sl 11:9), Terrvel (Sl 99:3), Uma Torre Forte (Sl
8:1).
Pelos Seus nomes, Deus procurou revelar-Se a Si mesmo ao homem.
Os nomes de Deus no so inveno humana, mas so de origem divina
embora todos os nomes so emprestados da linguagem humana.
Cada nome divino adequado ocasio e ao especfico aspecto de Sua
relao com o homem.
Assim como ns conhecemos Davi pelos ttulos de pastor, msico,
poeta, guerreiro, rei, e profeta ttulos estes que refletem
realizaes em sua vida assim tambm ns podemos conhecer o trato de
Deus para conosco e Seu carter pelos nomes de Deus.
Nomes do Velho Testamento e Seu significado
Embora a Bblia registre vrios nomes de Deus, ela tambm fala no
nome de Deus no singular como em x 20:7,; Sl 8:1; 48:10; Sl 76:2;
Pv 18:10.
Encontramos tais nomes como:
Elohm, l Elyn, l Adonai, l Shaddai, l Olm, Yahweh (Jeov) seus
compostos: Yahweh Ropheka, Yahaweh Megaddishken; Yahweh Sebath,
Yahaweh Ro, Yahweh Sidegn.
ELOHM ( Vem de alah que quer dizer jurar, isto , fazer um
juramento, fazer um concerto. Assim ELOHM descreve a Deus como
algum que faz um concerto, um juramento. Ele est ligado a ns por
concerto e podemos confiar que Ele cumprir ou manter o
concerto.
Este o nome pelo qual Deus Se introduz em Gnesis: Aquele que
criou o mundo e declarou ser tudo muito bom. As leis da natureza
foram estabelecidas, dia e noite, bem como o ciclo anual, se
sucedem em ordem, e ELOM jurou conservar todas as coisas assim e
restaur-las se necessrio. este o concerto, feito na forma de
juramento, que sustm o mundo e que assegurou o plano da salvao
quando o homem caiu no pecado. Ele est ligado ao homem e sua criao
por um concerto. Ele garante nunca abandon-los, embora cados at a
sua restaurao. Leia 1Sm 12:22. Que segurana nos d o nome ELOHM
!
L Elyn este nome ocorre em Gn 14:18, 19,22, onde ele aparece em
relao com a experincia de Abrao com Melquisedeque. Este um nome
composto L e ELYN. L aparece sozinho pela primeira vez em Gn 16:13.
L a palavra comum para deus, e empregado tambm para os deuses
pagos. L significa poder. LYN significa Deus e Altssimo, o mais
Exaltado. Implicitamente est dizendo que h os que esto debaixo ou
abaixo de Deus, dos quais Ele se lembra. Isto enfatizado no
primeiro uso do nome em relao com Abrao (Gn 14:19), onde ele
modificado ou acrescido das palavras possuidor dos cus e da terra.
Assim os homens, cristos e no cristos, esto todos sob o Seu cuidado
e proteo. Ele tem o controle em Suas mos e a Deus pertence tudo. E
somente quando o homem se une a Deus e O reconhece como o mais
exaltado que o homem ter paz e felicidade. Foi neste contexto e
reconhecimento que Deus introduziu o nome ELYN. Abrao compreendeu
que Deus havia dado a vitria sobre os invasores da Mesopotmia e ele
deu o dzimo de tudo. Por causa deste reconhecimento (que Deus o
proprietrio de tudo), Deus abenoou a Abrao, lembrando-se que Abrao
e tudo o que possua, pertencia ao Deus Altssimo. Os 4 reis que ele
havia vencido com seu pequeno exrcito eram grandes, mas Deus era
maior. Deus est acima dos reis e domnios. Melquisedeque era um tipo
de Cristo.
O nome ELYN ocorre novamente na profecia involuntria de Balao
acerca do Messias e o relato da morte de Moiss. Nmeros 24:16 e
Deuteronmio 32:8 respectivamente. Balao tentou em vo se opor contra
Deus em troca de dinheiro, mas Deus estava no controle. Em Dt 32:8,
Moiss lembra ao povo de que o Altssimo estava controlando as naes e
separou uma parte aos Israelitas. O nome tambm ocorre, em 2Sm
22:14.
Deus Altssimo, e este nome uma garantia de grande bno aos que
reconhecem sua dependncia de Deus (Gn 22:18). Lcifer tentou ser
igual ao Altssimo; este foi o ser grande pecado. (Is 14:14). Seu
agente revelado em Daniel 7:25, fala grandiosamente contra o
altssimo. Ambos so destrudos. Em cada passagem onde este nome
ocorre, ele expressa de Deus a relao com toda Sua criao. (Sl
97:9).
ADONAI o nome que Abrao emprega depois da entrevista com
Melquisedeque. o pural de Adn, que significa senhor, mestre;
contudo, o Velho Testamento reserva esta forma Adonai
exclusivamente para Deus. A palavra derivada do verbo Dn, que
significa governar, dirigir, ou julgar. O nome expressa uma relao
pessoal Esta relao entre Deus e Suas criaturas claramente declarada
em Salmos 123:2. Abrao, Moiss, Samuel, Davi, Paulo, e outros
escritores bblicos chamam-se de servos ou escravos de Deus. Adn
sinnimo de baal, que significa igualmente senhor proprietrio,
possessor, e freqentemente traduzido por marido. Em Is 54:5 e Jr
31:32, Deus declara que Ele nosso baal (marido).
L SHADDAI este nome ocorre primeiro em Gn 17:1, e quer dizer
Todo-poderoso. Este nome aponta para Deus como Aquele que tem o
poder nos cus e na terra. Shaddai descreve poder, no o poder
destruidor ou violento, mas o poder mantenedor; poder como fonte de
bno e conforto. Com este nome, Deus se apresentou a Moiss em x
6:2.
L-LAM quando Abrao fez um concerto com Abimeleque com respeito
ao poo que ele cavara, Abrao invocou o nome do Senhor L-LAM, o
eterno Deus (Gn 21:33). Este nome ocorre somente uma vez mais (Is
40:28), e ento LAM ocorre com ELOHM e no com L. entretanto, LAM
usado em muitos outros lugares em se falando de Deus (Sl 90:2; Is
63:16; Jr 10:10; Mq 5:2). Este mesmo pensamento de infinitude, ou
tempo escondido revelado pelo aion no Novo Testamento, quando se
fala de Deus (Rm 16:26; 1Tm 1:17, etc.). LAM um adjetivo derivado
de ALAM, que significa estar ou ser oculto. Assim o termo no
somente contm a idia de tempo, ou poca, mas tambm a idia de
segredo. Tem a idia de tempo oculto ao homem ou tempo indefinido,
ou tempo incomensurvel, e muitas vezes traduzido, por eterno.
l-lam revela um Deus que vive num presente eterno ou contnuo.
Ele o Deus de todas as pocas ou tempos. Deus est sempre presente.
Ele Deus, de eternidade a eternidade (Sl 90:2).
YAHWEH este nome sempre foi considerado como o mais sagrado nome
de Deus. quando este nome aparecia nas Escrituras, os judeus
substituam-no por Adonai e Elohim na leitura. O significado
explicado em x 3:14, onde traduzido por Eu sou o que sou. O nome
aponta para a imutabilidade de Deus. Entretanto, no tanto a
imutabilidade, de Sua relao com o Seu povo. O nome contm a certeza
de que o Deus de Sua relao com o Seu povo. O nome contm a certeza
de que o Deus nos dias de Moiss ser o que Ele foi a Abrao, Isaac e
Jac. Expressa a fidelidade do concerto de Deus (x 15:3; Sl 83:18;
Os 12:6; Is 42:6).
YAHWEH ROPHEKA nomes de Deus combinados com Yahweh revelam
outras fases do Seu carter ou de Suas relaes para conosco. Em x
15:26 o nome Yahweh Ropheka ocorre, e significa, Jeov o Curador.
Aqui Deus se revela como o Deus de sade, o ser verdadeiro. Suas
instrues iro trazer sade fsica e restaurao, se seguidas, assim como
a obedincia s Suas leis espirituais trar sade espiritual e
restaurao. A cincia est provando que as leis que Deus deu so
vlidas.
YAHWEH MEGADDISHKEN este nome ocorre em Levtico 20:8 e quer
dizer, Deus o santificador. Somente um ser que inerentemente santo
pode santificar a outros. Tal a revelao do nome. Deus separado de
todos os seres como inerentemente santo, e quando ns nos unimos a
Deus em obedincia, Ele nos tornar santos tambm.
YAHWEH SEBATH o nome significa Yahweh dos Exrcitos e era usado
geralmente nas circunstncias de derrota ou grande necessidade. Este
nome ocorre primeiro em 1Sm 1:3,11. usado em seguida quando os
israelitas so vencidos e a arca tomada (1Sm 4:4). usado de novo
quando Saul foi ungido rei e ordenado a derrotar os amalequitas
(cap. 15:2), quando Davi enfrentou Golias (17:45), quando Davi
devia tomar Jerusalm dos jebusitas (2Sm 5:10), quando ele traz a
arca para Jerusalm (6:2,18), quando Nat apresentou-lhe as promessas
de Deus (7:8,26,27), quando Elias enfrentou Acabe (1Re 18:15),
quando Elias fugiu ao Monte Horebe (19:10), quando Eliseu foi
trazido presena de Jeoaquim (2Re 3:14). nos Salmos, o nome ocorre
nos cnticos de angstia ou juzo antecipado, em oraes por
misericrdia, ou em hinos da grandeza e poder de Deus.
YAHWEH SEBATH caracteriza a Deus como Aquele capaz de trazer
auxlio, como no caso de Eliseu que orou a Deus para que abrisse os
olhos de seu servo. Quando os seus foram abertos, ele viu a
montanha rodeada de carros de fogo (2Re 6:17). Este nome
caracteriza a Deus como Rei na plenitude de Seu poder e glria,
rodeado, por todos os exrcitos do cu, recebendo honra e glria
pronto para dar auxlio ao mais fraco dos santos. (Sl 34:7). O
ministrio dos anjos descrito de uma maneira ainda melhor no Novo
Testamento. Quando a igreja est em dificuldades e em desnimo, ou
quando um dos seus santos depara-se diante de uma necessidade
extrema ou diante de uma derrota, ele pode lembrar-se de que Deus
tambm Yahweh Sebath, o Princpe das legies dos cus, que vir em
auxlio do mais fraco dos santos.
YAHWEH RO este nome significa Jeov ou Senhor meu Pastor e
encontra-se em Sl 23:1. A palavra raah significa alimentar,
pastorear, ou dirigir um rebanho. Leia Salmos 23:1-20. Este nome
caracteriza a Deus como um provedor do alimento espiritual. Havendo
se alimentado, o santo deitar-se- e dirigir o alimento. Deus mesmo
se interessa pelos que se extraviaram e os procurar. (Is 53:6).
Este nome revela a Deus como um provedor fiel e abundante, motivado
pelo seu amor desprendido.
YAHWEH SIDEQNO Jeremias 23:6 usa este nome que quer significar,
Jeov Justia Nossa. Ele santo e tambm deseja que o sejamos. (Veja Lv
11:44; 19:2; 20:7,26).
Assim Deus est constantemente, e de vrias maneiras, revelando-Se
aos que O desejam conhecer. Como Elohim, ele o maior mantenedor do
concerto, e no nos abandonar. Como l Elyn, Ele o mais Exaltado,
Altssimo, Senhor dos cus e da terra a quem devemos aliana. Como
Adonai, Ele nosso Senhor, nosso Marido, uma relao pessoal de posse.
Como l Shaddai, O Todo-poderoso, Ele o que sustm e supre todas as
nossas necessidades. Como l lam, Ele o Deus eterno e imutvel que
habita em cada era. Com Ele no h sombra de mudana. Ele vive no
eterno presente. Como Yahweh, Ele o Eu Sou, que no altera a Sua
relao para conosco. Como Yahweh Rophka, Ele nosso Mdico,
interessado em nossa sade e bem estar. Como Yahweh Megaddishken,
Jeov nosso Santificador, ele o santo e o nico que pode
santificar-nos. Como Yahweh Sebath, Jeov dos Exrcitos, Ele tem
milhares de anjos para enviar em auxlio de algum em necessidade.
Como Yahweh Ro, Jeov o meu Pastor, Ele o provedor do alimento
espiritual. Como Yahweh Sideqn, Jeov Justia nossa, ele imputa e
comunica a justia e o direito para a vida eterna. Estes nomes
do-nos certeza que Deus nunca nos deixar, e revelam que Ele trar
cada alma sincera ao seu aprisco.
A TRINDADE
A A Doutrina da Trindade na Histria
1 ( Perodo Anterior da ReformaOs judeus dos dias de Jesus
enfatizaram a unidade de Deus e isto foi transferido para a igreja
crist. O resultado, foi que alguns anularam as distines pessoais da
Divindade e outros que faziam-nas no fizeram justia a Segunda e
terceira pessoas da Trindade por afirmarem que no eram
co-substanciais, co-eternos, co-iguais ao Pai.
Tertuliano foi o primeiro a usar a palavra Trindade e a formular
a doutrina, mas sua formulao era defeituosa, porque subordinava o
Filho ao Pai. Orgenes foi alm desta distino em ensinar que o Filho
era subordinado ao Pai no que diz respeito essncia, e que o Esprito
Santo subordinado ao Filho. Isto prepara o caminho aos Arianos, que
negavam a divindade do Filho e do Esprito Santo por afirmarem que o
Filho era a primeira Criatura do Pai e o Esprito Santo, a primeira
criatura do Filho. Assim a co-eternidade e a co-essncia do filho e
do Esprito com o Pai foi sacrificada, a fim de preservar a unidade
de Deus; e conseqentemente as trs pessoas da Trindade divergiam de
graduaes.
Os arianos ainda retinham uma aparente trindade, mas as 3
pessoas na Trindade foram sacrificadas inteiramente pelo
Monarquianismo, em parte para preservar a unidade de Deus e em
parte para manter a Divindade de Jesus. O monarquianismo Dinmico,
para salvaguardar a idia de Deus como um, viam em Jesus um homem
somente, e no Esprito Santo uma influncia. O monarquianismo
Modalstico querendo salvar a divindade de Jesus consideravam o Pai,
o Filho e o Esprito Santo meramente como 3 modos de manifestaes
sucessivas da divindade. Em outras palavras, o M. M. afirmava que a
Trindade consistia apenas de uma pessoa, e que os termos Pai,
Filho, Esprito Santo, simplesmente denotavam esta uma Pessoa em
diferentes ofcios. Ex. Joo em casa conhecido como Pai, no comrcio
como gerente, e no clube como jogador. Mas esta corrente satisfazia
apenas um ponto em reconhecimento ou reconhecer a Divindade de
Cristo. Seus defeitos eram visveis se as fases eram sucessivas ento
Deus cessou de ser o Pai, quando Ele tornou Filho, e cessou de ser
Filho quando Ele se tornou Esprito. Esta corrente conhecida tambm
de Sabelianismo.
O Monarquianismo tambm conhecido como Socianismo, e como j foi
dito, o M. D. afirmava que Jesus era somente humano, um homem muito
bom, na verdade o melhor dos homens porque Ele era inteiramente
animado ou controlado pelo poder de Deus. Ele no existiu antes de
Belm. Desta maneira eles salvaguardam a unidade da Divindade.
Tambm houve aqueles que perdendo a unidade da Divindade caram no
Tri-tesmo (trs pessoas separadas, com vontade e ao diferentes).
No Conclio de Nicia, a igreja declarou o Filho como sendo
co-essencial com o Pai (325 A. D.), enquanto o Conclio de
Constantinopla (318 A. D.), afirmou a Divindade do Esprito. Quanto
a inter-relao dos trs, foi oficialmente declarado que o Esprito
Santo procede do Pai e do Filho (Filioque).
2 ( O Perodo da ReformaNo temos novas formulaes da doutrina da
Trindade, mas apenas temos repeties dos erros verificados antes da
Reforma.
B Deus como Trindade em Unidade
A palavra Trindade tecnicamente quer dizer no somente o estado
de serem trs, mas tambm de uma unidade dos trs. quando falamos em
Trindade em Teologia queremos dizer ou referir-nos sobre a Trindade
em unidade, e a uma unidade que trinal.
Provas Escritursticas da Doutrina da Trindade ( A doutrina da
Trindade decididamente uma doutrina da Revelao. verdade que a razo
humana pode sugerir alguns pensamentos para substanciar a doutrina,
mas se no fosse a Revelao Especial ns no teramos tido conhecimento
dela. Devemos pois ir s Escrituras para uma verdadeira doutrina da
Trindade.
a ( Intimidaes do Velho Testamento ( Embora o Velho testamento
fale explicitamente na unidade de Deus (Dt 6:4; Is 44:6; 1Re 8:60;
Zc 14:9), existem numerosas intimidaes de uma pluralidade na
Divindade, e algumas indicaes que esta pluralidade uma Trindade.
Quanto pluralidade, podemos citar: Gn 1:2,26; 3:22; 11:7; 20:13;
48:15; Is 6:8. ( Indicaes mais ntidas da Trindade, ns encontramos
em Gnesis 1:1-2, onde o Esprito distinguido de Deus. Em Gnesis 6:3,
esta distino feita tambm. O Novo Testamento declara que Jesus
Cristo o agente da criao. (Ef 3:9). H passagens em que Deus fala e
ao mesmo tempo so mencionados o Messias e o Esprito; ou o Messias
quem fala e menciona Deus ou Esprito. (Is 48:16; 61:1;
63:9,10).
b ( Provas no Novo Testamento ( Embora no exista no Novo
Testamento uma passagem que, defina a Trindade, ns temos passagens
que mencionam claramente as trs Pessoas de tal maneira que no
somente a sua distino percebida como tambm a Sua unidade. 1) Mt
28:19 na Grande Comisso, Jesus distingue as 3 Pessoas; 2) 2Co 13:13
Bno Apostlica uma orao que dirigida a Jesus por Sua graa, ao Pai
por Seu amor, e ao Esprito pela comunho; 3) Mt 3:16-17 no batismo
de Jesus, o Pai fala dos cus e o Esprito desce em forma de pomba;
4) passagens do Novo Testamento declaram que Deus se revela pelo
Filho, o qual foi enviado ao mundo pelo Pai, Joo 3:16; Gl 4:4-5; Hb
1:6; 1Jo 4:9; Jo 1:14; 6:46; 7:20; 9:16,33; 5:17; 5) passagens que
falam do Esprito sendo enviado por Jesus e o Pai, Joo 14:16 (outro
Consolador); 15:26; 16:7; Gl 4:6; 6) Passagens que falam que Deus
se dirige a Jesus Cristo e Jesus comungando com o Pai, (Mc 1:11; Lc
3:22; Mt 11:25, 26; 26;39; Jo 11:41; 12:27,28) e o Esprito orando a
Deus por ns, (Rm 8:26). (Evangelismo 613-617; M. H. 421).
C Definio da doutrina da Trindade
A melhor definio da doutrina da Trindade encontrada no Catecismo
de Westminster: H trs Pessoas na Trindade; o Pai, o Filho e o
Esprito Santo; e estes trs so um Deus, o mesmo em substncia, igual
em poder e glria.
Alm das provas das Escrituras j mencionadas sobre as trs Pessoas
da Divindade, desejamos acrescentar o seguinte: - A Trindade no se
revela ao homem tanto em palavras mas fundamentalmente, por fatos
na histria. A revelao ntida da Trindade se encontra nos fatos de
Deus enviar o Seu Filho ao nosso mundo para salvar-nos, e do
Esprito como Aquele que aplica a obra redentora em nosso corao.
A Trindade est vitalmente envolvida no plano da salvao, e este o
aspecto da Trindade que deveria merecer o nosso estudo ao
considerarmos a Divindade, e no concentrar a nossa ateno a
perguntas que esto alm da nossa compreenso. A Trindade no uma
doutrina terica sobre a qual o homem est livre de especular alm do
que no est revelado. A Trindade uma verdade sacra que revela-nos
que as 3 Pessoas esto empenhadas na nossa salvao.
Apesar das distines pessoais na Trindade que as Escrituras
apresentam quando falam na Divindade, Deus um s. Como o Pai, Filho
e Esprito Santo podem ser distintos e ao mesmo tempo completamente
um, no nos foi revelado e est alm de nossa compreenso. No temos
base de comparao com nada que conhecemos. A Trindade compreensvel
em alguns aspectos ou manifestaes, mas incomparavelmente em Sua
essncia. Os esforos feitos para explicar o mistrio, foram
especulativos na maioria dos casos no teolgicos. Eles resultaram no
desenvolvimento de concepes tri-testica ou madalstica de Deus, em
detrimento da unidade de Deus ou da distino pessoal da Trindade. A
Igreja nunca tentou explicar este mistrio, mas apenas procurou
formular uma doutrina de tal maneira que evitasse os erros que a
ameaaram.
D Incompreenso Judaica
A doutrina da Trindade no tem sido compreendida entre os judeus
a ponto de dizerem que ns cristos adoramos trs Deuses. A fim de
compreendermos o problema dos judeus, desejamos citar um trecho dos
escritos do ex Rabbi Leopold Cohn, The Trinity in the Old
Testament, pp. 3,4. Ele declara:
A razo dos judeus serem desviados da doutrina de um Deus Trino
acha-se fundamentado nos ensinos de Moiss Maimonides. Ele compilou
13 artigos de f que os judeus citaram e incorporaram em sua
liturgia. Um deles , Eu creio verdadeiramente que o Criador,
santificado seja o Seu nome, nico (Um s, hebraico, Yachid... Esta
expresso de nico ou um s diametralmente oposto Palavra de Deus que
ensina com grande nfase que Deus no Yachid, que significa nico ou
um s, mas achid que significa um (unidade). Em Deuteronmio 6:4,
Deus declarou um princpio de f para o Seu povo que certamente
superior ao de Moiss Maimonides, mormente porque Deus quem diz:
Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus UM. A nfase da frase est no UM,
no no sentido de Yachid (nico) como Moiss Maimonides usa, mas Achid
que significa um, aquele que est unido.
Desejamos agora mencionar onde estas duas palavras: Yachid e
Achid ocorrem no Velho Testamento e em que contexto e com que
significado, para ento declarar o seu verdadeiro significado.
Em Gnesis 1. n lemos que houve tarde e manh, o que formava um
dia. Aqui a palavra Achid usada, que sugere que a tarde e a manh,
duas partes separadas, so chamadas de um, mostrando que a palavra
Achid no significa nico mas um no sentido de unido. Ento em Gnesis
2:24, ns lemos: Portanto deixar o varo o seu pai e a sua me, e
apegar-se- sua mulher, e sero ambos uma carne. Aqui tambm a palavra
Achid usada, mostrando que ela significa um, unido, e referindo-se
a duas pessoas distintas.
Vejamos onde a expresso Yachid (nico) empregada. Em Gnesis 22:2,
Deus diz a Abrao: Toma agora o teu filho, o teu nico. Aqui aparece
a palavra Yachid e ela repetida em Gnesis 22:12. Em Salmos 25:16,
Yachid aplicado a uma s pessoa, e o mesmo ocorre em Jeremias 6:26.
A mesma palavra dando a idia de nico ocorre em Zacarias 12:10 e
Salmos 68:6.
Assim ns vemos que Moiss Maimonides, com toda a sua grande
sabedoria e muito estudo, fez ou cometeu um grande engano em
prescrever aos judeus a confisso de f na qual declarou que Deus
Yachid, uma declarao que se ope Palavra de Deus...
Esta portanto a verdadeira crena crist. Ele no tem trs deuses,
mas UM, um no sentido Escriturstico, que Achid no hebraico, e que
consiste em trs personalidades distintas. (Leopold Cohn, The
Trinity in the Old Testament, pp. 3,4).
E O nome Pai aplicado a Deus
Este nome usado para Deus no usado consistentemente, no mesmo
sentido. 1 Muitas vezes, Pai aplicado ao Trino Deus como origem de
todas as coisas criadas (1Co 8:6; Ef 3:15; Hb 12:9; Tg 1:17).
Enquanto nesses casos a expresso se aplica ao Trino Deus, ela se
aplica especialmente a primeira Pessoa da Trindade, a quem a obra
da criao atribuda. 2 O nome tambm atribudo ao Trino Deus para
expressar a relao teocrtica. (dt 32:6; Is 63:16; 64:8; Jr 3:4; Ml
1:6; 2:10). 3 No Novo Testamento, o nome usado para o Trino Deus
como Pai dos Seus filhos espirituais. (Mt 5:45; 6:6-15; Rm 8:16;
1Jo 3:1). 4 O nome tambm aplicado primeira Pessoa da Trindade em
Sua relao para com Jesus Cristo. (Jo 1:14,18; 5:17-26; 8:54;
14:12,13).
F O nome Pai aplicado a Deus
Para a nossa mente ocidental, os termos Pai e Filho, surgem por
um lado a idia de origem e superioridade, e por outro lado, a idia
de dependncia e subordinao. Numa linguagem teolgica, porm, eles so
usados no sentido oriental ou semtico de igualdade com respeito
natureza (mesma natureza). Quando as Escrituras chamam a Jesus
Cristo como o Filho de Deus, Elas querem afirmar a verdadeira
Divindade de Cristo. O termo Filho aplicado a Cristo no meramente
como um ttulo oficial em relao obra da redeno (Sua encarnao e Sua
ressurreio), que nestes casos preeminentemente o Filho de Deus, mas
usado principalmente para mostrar uma inerente relao Trinitariana.
Em outras palavras, a expresso mostra que o Pai e o Filho no
somente so distintos, mas tambm so da mesma natureza co-eternos,
co-substanciais, co-iguais em poder e glria, e sempre existiram
como Pessoas distintas. Na economia da redeno, entretanto, para a
consecuo de um especfico propsito, Jesus Cristo aceitou
temporariamente uma posio subordinada em relao ao Pai. Mas no
sentido mais profundo, os termos apontam para uma relao nica de
participarem de uma mesma natureza e substncia que nenhuma criatura
pode ter.
A idia dos termos expressa claramente por Dr. Warfield quando
diz: O que o conceito de filiao nas Escrituras encerra
verdadeiramente semelhana; o que quer que o Pai , isto o Filho
tambm. O termo enftico de Filho aplicado a Jesus Cristo, uma das
Pessoas da Trindade, afirma acertadamente Sua igualdade com o Pai e
no subordinao ao Pai... Da mesma maneira a expresso Esprito de Deus
ou Esprito de Jeov, que ocorre freqentemente no Velho Testamento,
certamente no d a idia de derivao e nem de subordinao, mas
verdadeiramente uma expresso aplicada a terceira Pessoa da Trindade
para mostrar a correta identidade que o Esprito Santo tem com Deus
o Pai. (Warfield, Biblical Doctrines, p. 163).
H passagens no Novo Testamento em que ocorrem os termos Filho e
Esprito, e a nfase posta na idia de igualdade ou semelhana com o
Pai, e conseqentemente entre as 3 Pessoas da Trindade. Em Joo 5:18,
ns lemos: Por isso os judeus ainda mais procuravam mat-lo, porque
no s quebrantava o Sbado, mas tambm dizia que Deus era Seu prprio
Pai, fazendo-Se igual a Deus. Jesus foi corretamente entendido de
chamar Deus de Seu prprio Pai, isto , os judeus entenderam o que
Jesus reclamou quando disse que Ele era o Filho de Deus. Os judeus
entenderam que Jesus no estava usando o termo figuradamente e que
Jesus estava reclamando ser tudo o que Deus . Ser Filho de Deus
queria dizer que Ele era igual a Deus.
Igualmente ns lemos em 1 Corntios 2:10-11 que o Esprito Santo
igual a Deus. Aqui o Esprito Santo apresentado como o substrato da
conscincia prpria de Deus, o princpio do conhecimento de Deus. O
Esprito Deus mesmo na mais ntima essncia do Seu ser. Assim como o
esprito do homem a sede da vida humana, a vida do homem, assim o
Esprito de Deus Seu elemento de vida. Como pode Ele ento ser
considerado subordinado a Deus, ou derivado de Deus?
Vimos que os termos Pai e Filho no so adequados para expressar
uma relao completa e perfeita que existe entre as duas primeiras
Pessoas da Trindade. Entretanto, eles so os melhores que temos. So
termos usados nas Escrituras, e alm de expressar a idia de
semelhana de natureza, estes termos so recprocos, expressando, idia
de amor, confiana, honra, unidade, harmonia. Quando lemos que Deus
deu o Seu Filho para redeno do mundo, ns somos levados a entender
que a situao era em muitos aspectos idntica quela de um pai humano
que envia seu filho como missionrio ou em defesa de sua ptria. algo
que envolve sacrifcio da parte do pai bem como privao e sacrifcio
da parte do filho.
Que os termos Pai e Filho so usados de uma maneira peculiar em
relao s duas Pessoas da Trindade pode ser visto do variado uso
destes termos em outras partes das Escrituras, e uso dirio. Por
exemplo: Gn 4:20-21; 17:4; x 4:22; 2Sm 7:14.
Alm disso, muitos dos ensinos das Escrituras so dados em
linguagem figurada. Cristo chamado como o Cordeiro (Jo 1:29); o bom
Pastor (Jo 10:11); a Porta (Jo 10:7); a Videira (Jo 15:1-5); a Luz
(Jo 1:9); etc...
Assim de acordo com o acima exposto, era prprio que os termos
Pai e Filho fossem escolhidos para expressar uma relao especial que
existe entres as Pessoas da Trindade.
G Subordinao de Filho e do Esprito ao Pai
Quando discutimos a doutrina da Trindade devemos distinguir
entre o que tecnicamente conhecido como a Trindade imanente e a
Trindade na dimenso redentora. Pela Trindade imanente entende-se a
Trindade que tem subsistido desde a eternidade. Na Sua vida
inerente, ns dizemos que o Pai, Filho, e Esprito Santo, so de igual
poder, igual essncia. Pela Trindade redentora entende-se a Trindade
como ela manifesta no mundo, especialmente, na redeno dos
pecadores. Existe uma subordinao de propsito ou de operao na redeno
dos pecadores, mas no uma subordinao na natureza ou essncia.
Contudo, embora funes especficas so atribudas a cada uma das
Pessoas da Trindade, devido serem to intimamente relacionadas, cada
Pessoa participa na obra das outras. (2Co 5:19; Jo 14:18;
14:9,11).
Na obra da redeno, o Filho que igual ao Pai torna-Se como se
fosse sujeito a Ele, e no estado de Sua humilhao, Jesus Cristo
podia dizer do ponto de vista de Sua natureza humana o que est
escrito em Joo 14:28; 1Co 11:3. E por sua vez o Esprito Santo
enviado, opera por Deus e Jesus, glorifica no a si mesmo, mas a
Jesus, e opera no corao dos homens. Esta subordinao do filho ao
Pai, e do Esprito ao Pai, e a Jesus Cristo, no diz respeito a Sua
relao essencial na Trindade, mas somente diz respeito ao modo de
operao ou diviso de funes na criao e redeno. (Hb 2:9).
Esta subordinao do Filho ao Pai, e do Esprito ao Pai e Jesus, no
de nenhuma maneira inconsistente com a verdadeira igualdade. Ns
temos uma analogia de tal prioridade e subordinao, por exemplo, nas
relaes que existem entre homem e mulher na famlia humana. Paulo
declara que a relao entre o esposo e mulher de igualdade em Jesus
Cristo (Gl 3:28), entretanto em outro lugar Paulo declara que o
marido o cabea, e no lar cada um tem a sua funo principal a
desempenhar. Se entendemos ou no, tal relao, no inconsistente com a
perfeita igualdade.
Na obra da redeno a situao mais ou menos assim: atravs de um
concerto firmado, o Pai, Filho e Esprito Santo, realizam uma obra
especfica de tal maneira que durante o progresso desta obra, o Pai
torna-se oficialmente o 1, o Filho o 2, e o Esprito Santo o 3.
Entretanto em essncia ou vida inerente da Trindade, a igualdade
completa entre as Pessoas da Trindade preservada.
H A Trindade apresenta um mistrio mas no uma contradio
De todas as doutrinas crists, esta talvez a mais difcil de ser
entendida. Que Deus existe como uma Trindade tem sido claramente
revelado; mas o modo particular de como as 3 Pessoas existem no tem
sido revelado. A maravilhosa personalidade de Deus, Pai, Filho, e
Esprito Santo, permanece em mistrio. Em cada esfera ns somos
obrigados a crer sem compreender ou explicar a realidade. O que por
exemplo a luz? O que d ou produz a fora da gravidade e como
atua?
H muitas coisas no mundo que so verdadeiras mas que no sabemos
explicar. o que eletricidade? O que a vida? O que capacita o corpo
humano de transformar o alimento em sangue, cabelo, ossos e pele?
Estas so apenas algumas das perguntas que no tem explicao, no
entanto, este fato no invalida a verdade. Elas existem e sua
existncia no dependem de ns a compreendermos. Da mesma maneira a
Trindade existe e Sua existncia no depende de compreenso dos
mistrio de Sua natureza.
Mas, apesar da doutrina da Trindade apresentar um mistrio, ela
no apresenta uma contradio. Ela afirma que Deus um em respeito
essncia ou substncia e que Deus Trs em um aspecto diferente nas
distines pessoais, Assim a posio Unitariana, que afirma que Deus
nico (uma pessoa) mas nega a divindade de Jesus Cristo, e a posio
Trinitariana, que afirma que h 3 deuses, so refutadas. A doutrina
da Trindade est acima da razo e nunca, poderia ser descoberta se no
tivesse sido revelada por Deus ao homem. Entretanto ela no contrria
a razo e nem inconsistente com outras verdades da Bblia.
OS ANJOS
I O nome Anjo
O nome Anjo veio do grego aggelos que significa mensageiro.
Malak, o equivalente de aggelos no Velho Testamento traduzido por
mensageiro to freqentemente como anjo. Tanto no hebraico como no
grego, o termo traduzido ou aplicado para mensageiros humanos, bem
como para mensageiros celestiais. (veja 1Re 19:2; Ag 1:13; Ml 2:7;
Mt 11:10; Lc 7:24; 9:52).
H passagens em que o uso de anjo expressa a idia de mensageiro e
no a categoria de anjo. Por exemplo: Anjo, Meu Anjo, Anjo do
Senhor, ou expresso parecida, so usadas com referncia Divindade e
no a anjos. (Gn 48:15,16; Is 63:9; Ap 22:16). A expresso Arcanjo,
que comumente traduzido por Anjo principal, que pode ser traduzido
por mensageiro principal. Ns cremos que Cristo o Arcanjo. (Veja o
S.D.A. Bible Comentary sobre Dn 10:13; 1Ts 4:16; Jd 9; Ap 12:7).
Reconhecendo o significado mais amplo para anjo, ajuda-nos a
eliminar o problema em descrever a Jesus como Anjo. (Veja
Patriarcas e. Profetas, p. 381).
II A Origem dos Anjos
Que os Anjos existem de toda eternidade evidente das Escrituras
que fala de sua criao.(Ne 9:6; Sl 148:2,5; Cl 1:16).
Que os anjos so criaturas, est implcito em 1Timteo 6:16, onde
nos dito que somente Deus tem a imortalidade.
O tempo da criao dos Anjos no mencionado nas Escrituras, mas
quando os fundamentos da Terra foram lanados os Anjos j existiam.
(J 38:4-7 estrelas da alva = Anjos cf. Is 14:12).
III A natureza dos Anjos
Aceitando o fato da existncia dos Anjos, ns naturalmente
indagamos sobre a natureza dos Anjos. Este assunto um assunto de
revelao e no de especulao filosfica. A revelao aponta que:
1 ( So seres criados mas no so seres humanos glorificados.
Mt 22:30 declara que ns seremos como anjos e no anjos.
Sl 8:3-5 os anjos so distintos dos homens.
Gn 3:22-24 os anjos existiram antes da morte de algum homem.
2 ( So seres espirituais ( As Escrituras chamam os anjos de
espritos (Hb 1:14), mas no define a palavra esprito. As
caractersticas dos anjos, d-nos uma idias do que so seres
espirituais, mas ns no entendemos a natureza dos anjos.
IV As caractersticas dos anjos
1 ( Possuem grande poder
Sl 103:20
2Pe 2:11
Mt 28:2 (uma pedra de 2m de dimetro por 30cm de espessura,
pesaria cerca de 4 toneladas)
2 ( So mais sbios do que o homem, entretanto no so
oniscientes
2Sm 14:20
Mt 24:36
3 ( Locomovem-se rapidamente. quo rpido o anjo viaja se preciso?
( Ezequiel 1:14 comp. 10:20 Anjos comparados luz na locomoo. A luz
algo mais rpido que conhecemos. A cincia descobriu que a velocidade
da luz de 186.000 milhas/seg ou 300.000 km/seg. Podemos compreender
esta velocidade? Nesta velocidade poderamos dar 7 voltas ao redor
da Terra num abrir e fechar de olhos. ( Os anjos podem viajar mais
rpido do que 7 vezes ao redor ao mundo enquanto piscamos o olho.
Daniel 9:21-23 A orao de Daniel, que durou 3-4 minutos, foi
interrompida pelo Anjo Gabriel.
V Nmero e Ordens
1 ( Nmero: Dn 7:10; Hb 12:22,23; Ap 5:11.
2 ( Ordens:
a ( Querubins: Gn 3:24; 2Re 1:15; Ez 10:1-20; 28:14-16 ( Os
querubins mais do que qualquer criatura so destinados para revelar
o poder e majestade, a glria de Deus. So especialmente os guardies
do trono de Deus, e embaixadores extraordinrios. Servem na obra da
reconciliao.
b ( Serafins ( So seres mencionados em Isaas 6:2,6. Em distino
aos Querubins, eles esto acima do trono de Deus. Deus est no meio
ou em acima dos Querubins segundo as Escrituras: 1Sm 4:4; Sl 20:1;
90:1. Os Serafins parecem estar preocupados com a adorao e
santidade. Eles conduzem o cu na adorao a Deus.
CITAES DO ESPRITO DE PROFECIA
Mas Miguel veio em seu auxlio , e ento permaneceu com os reis da
Prsia, controlando os poderes, dando conselho certo contra conselho
errado. (B.C 4:1173).
A Palavra de Deus apresenta-nos em que agncia celestiais esto
trabalhando nas mentes dos reis e governadores, enquanto ao mesmo
tempo agncias satnicas esto tambm operando em suas mentes.
(Ibid).
Embora os governadores no o saibam, em seus conselhos tm anjos
muitas vezes sido oradores. Olhos humanos os tm visto. Ouvidos
humanos tm ouvido seus apelos. Nos conselhos e cortes da justia,
mensageiros celestiais tm pleiteado a causa dos perseguidos e
oprimidos. (Educao, 304-305).
4 ( Os anjos protegem e livram o povo de Deus. (Sl 34:7; 91:11)
( Vi os santos deixarem as cidades e vilas, reuniram-se em grupos
nos lugares mais solitrios da terra. Anjos lhes serviam alimento e
gua, enquanto os mpios estavam a sofrer fome e sede. (Primeiros
Escritos, 282).
5 ( Anjos encorajam e trabalham em favor do povo de Deus (Hb
1:14) ( Os mais elevados Anjos nas cortes celestiais so designados
para atender as oraes que ascendem a Deus para o avano da causa de
Deus. Cada anjo tem o seu posto de dever o qual no lhe permitido
deixar. (B.C. 4:1173).
Enquanto nos movemos em nossos afazeres comuns, podemos ter bem
perto o cu. Anjos das cortes no alto assistiro os passos dos que vo
e vm s ordens de Deus. (D.T.N. , 33).
Um Anjo de guarda designado a todo seguidor de Cristo. Estes
vigias celestiais escudam aos justos do poder do maligno. (C.S.
354).
Anjos esto constantemente subindo e descendo por esta escada de
fulgurante brilho, levando as oraes dos necessitados e angustiados
ao Pai, no alto, e trazendo bno e esperana, coragem e auxlio aos
filhos dos homens. (A.A., 153).
obra dos Anjos estarem unidos aos que so provados, aos
sofredores e tentados. Trabalham incansavelmente a favor daqueles
por quem Cristo morreu. Quando os pecadores so levados a
entregar-se ao Salvador, os anjos levam as novas ao Cu, e h
regozijo entre as hostes celestiais. (A.A., 153-154).
Precisamos conhecer melhor do que conhecemos a misso dos Anjos.
Convm lembrar que cada verdadeiro filho de Deus tem a cooperao dos
seres celestiais. (A.A., 154).
Sempre que algum toma um passo em direo a Jesus, Jesus est
tomando nossos passos na direo dEle. O trabalho dos Anjos de
afastar os poderes de Satans. (E.G.W., B.C., 7:922).
6 ( Conservam um registro de todas as aes humanas. (Mt 18:10; Ml
8:16; Ec 12:14, Mt 12:36).
Um registro levado ao Cu, de todo o esforo bem sucedido de nossa
parte para dissipar as trevas e propagar o conhecimento de Cristo.
Ao ser a ao referida diante do Pai, fremente alegria toma posse de
todo o exrcito celestial. (A. A., 154).
Ao lado de cada nome, nos livros do Cu, esto escritos, com
terrvel exatido, toda m palavra, todo ato egosta, todo dever no
cumprido, e todo pecado secreto, juntamente com toda artificiosa
hipocrisia. Advertncias ou admoestaes enviadas pelo Cu e que foram
negligenciadas, momentos desperdiados, oportunidades no
aproveitadas, influncia exercida para o bem ou para o mal,
juntamente com seus resultados de vasto alcance, tudo historiado
pelo Anjo relator. (C.S., 521-522).
No livro memorial de Deus toda ao de justia se acha
imortalizada. Ali, toda tentao resistida, todo mal vencido, toda
palavra de terna compaixo que se proferir, acham-se fielmente
historiadas. E todo ato de sacrifcio, todo sofrimento e tristeza
suportado por amor de Cristo, encontra-se registado. (C. S.,
521).
Quo solene esta considerao. Dia aps dia que passa para a
eternidade, traz a sua enorme poro de relatos para os livros do Cu.
Palavras, uma vez faladas, e aes, uma vez praticadas, nunca mais se
podem retirar. Os Anjos tm registado tanto as boas como as ms. Nem
o mais poderoso guerreiro pode revogar a relao dos acontecimentos
de um nico dia sequer. Nossos atos, palavras, e mesmo nossos
intuitos mais secretos, tudo tem o seu peso ao decidir-se nosso
destino para a felicidade ou para a desdita. Ainda que esquecidos
por ns, daro o seu testemunho para justificar ou condenar. (C.S.,
526).
Assim como os traos da fisionomia so reproduzidos com preciso
infalvel sobre a polida chapa fotogrfica, assim o carter fielmente
delineado nos livros do Cu. Todavia, quo pouca solicitude
experimentada com referncia quele registo que deve ser posto sob o
olhar dos seres celestiais. Se se pudesse correr o vu que separa o
mundo visvel do invisvel, e os filhos dos homens contemplassem um
Anjo registando toda a palavra e ao, que eles devero novamente
encontrar-se no juzo, quantas palavras que diariamente se proferem
ficariam sem ser faladas, e quantas aes sem ser praticadas. (C. S.,
526-527).
Pecados de que no houve arrependimento e que no foram
abandonados, no sero perdoados nem apagados dos livros de registo,
mas ali permanecero para testificar contra o pecador no dia de
Deus. Ele pode Ter cometido ms aes luz do dia ou nas trevas da
noite; elas, porm, estavam patentes e manifestadas quele com quem
temos de nos haver. Anjos de Deus testemunharam cada pecado,
registando-os nos relatos infalveis. O pecado pode ser escondido,
negado, encoberto, ao pai, me, esposa, filhos e companheiros;
ningum a no ser os seus autores culpados, poder alimentar a mnima
suspeita de falta; ela, porm, jaz descoberta perante os seres
celestiais. As trevas da noite mais escura, os segredos de todas as
artes enganadoras, no so suficientes para velar do conhecimento do
Eterno um pensamento que seja. Deus tem um relatrio exato de toda
conta injusta, e de todo negcio desonesto. No se deixa enganar pela
aparncia de piedade. No comete erros em Sua apreciao de carter. Os
homens podem ser enganados pelos que so de corao corrupto, mas Deus
penetra todos os disfarces e l a vida ntima. (CS., 526).
O oculto egosmo humano permanece manifesto nos livros do Cu.
Existe o relato de deveres no cumpridos para com os semelhantes, do
esquecimento dos preceitos do Salvador. Ali vero quantas vezes
foram cedidos a Satans o tempo, pensamento, a fora, os quais
pertenciam a Cristo. Triste o relato que os Anjos levam para o Cu.
Seres inteligentes, seguidores professos de Cristo esto absortos na
aquisio de posses mundanas ou do gozo de prazeres terrenos.
Dinheiro, tempo e fora no so sacrificados na ostentao e
condescendncia prpria; poucos, so os momentos dedicados prece, ao
exame das Escrituras, humilhao da alma e confisso de pecados. (CS,
527).
7 ( Os anjos acompanharo a Jesus em Sua volta e tm uma obra a
realizar. (Mt 24:31; 25:31; 13:39,49,50; 2Ts 1:1-8).
CRIAO DO MUNDO MATERIAL
I Definio
A definio das Escrituras acerca da criao encontra-se em Gnesis
1:1. Os cus e a terra aqui mencionados incluem todas as coisas,
exceto Deus. Todas estas coisas devem a sua existncia ao poder de
Deus. Adefinio ou doutrina bblica da criao :
1 ( A criao no eterna. ela teve o seu incio. A matria no
co-eterna com Deus. H os que dizem que a matria eterna.
2 ( A criao um ato do trino Deus. (Gn 1:1; Is 44:24; 45:12).
Embora a criao seja um ato de Deus, o Pai, ela tambm considerada
como um ato do filho e Esprito Santo. (Filho Jo1:3; Cl 1:15-17;
Esprito Santo Gn 1:2; J 26:13; 33:4; Sl 104:30).
3 ( um ato livre da vontade de Deus (arbitrrio), isto , a criao
no era necessria. Deus estava livre de criar e de no criar. Isto
contrrio a doutrina da criao necessria:
a ( Alguns defendem a necessidade natural da criao, isto , a
criao considerada como uma emanao da natureza de Deus, pois, Deus
no pode seno criar.
b ( Outros embora no vem uma necessidade natural, eles defendem
uma necessidade moral. Deus amor. Mas a natureza do amor de se
comunicar, de procurar companheirismo. Da, a natureza moral exige
que Deus crie o homem para satisfaz-Lo. ( De acordo com as
Escrituras, Deus auto-suficiente e independente. Ele no necessita
nada fora de Si para ser feliz ou completo. Deus independente de
Suas criaturas . (At 17:25). A criao, um ato de Sua vontade. (Ap
4:11).
4 ( A criao um ato ex nihilo (do nada) de Deus. A expresso ex
nihilo no quer dizer que a criao no tem causa. Deus mesmo a causa.
A expresso significa que a criao no resultado do uso de material
pr-existente (Gn 1:1 Pela Palavra... Deus falou e tudo se fez; ( Sl
33:6,9; 148:5 Idem; ( Hb 11:3 Um fato que s entendemos pela f).
Os termos bblicos para criar:
1 ( Bara: usado sempre para uma obra divina e no humana. D a
idia de criar do nada. (Gn 1:1; 2:3,4). A palavra correspondente no
Novo Testamento ktizein. (Mc 13:19).
2 ( Asah: expressa uma idia mais geral fazer, manufaturar. O
correspondente de asah no N. T. poiein. (Mt 19:4).
3 ( Yatsar: expressa mais nitidamente a idia de fazer de
materiais preexistentes. Baseado no significado das palavras acima,
certas pessoas fazem uma distino entre a criao imediata (criao
instantnea, sem o uso de matria pr-existente), e a criao indireta
(uso de material pr-existente).
4 ( A criao d ao mundo uma existncia distinta de Deus embora
dependente de Deus.
a ( A criao distinta de Deus. Isto significa que a criao no
Deus, e nem parte de Deus como afirmam os pantestas. Deus est acima
da criao (mundo). Deus distinto, no apenas em hierarquia, mas tambm
em propriedades essenciais. Enquanto Deus existente por Si mesmo,
auto-suficiente, infinito, eterno; a criao dependente, finita e
temporal. Isto quer dizer que um no pode mudar no outro. A doutrina
da criao contrria doutrina da emanao e do pantesmo. Segundo as
Escrituras, Deus distinto, acima, transcendental criao.
b ( A criao continuamente dependente de Deus. Ainda que Deus
desse distino criao, Ele no se afastou da criao, mas continuou Se
relacionando com a criao. Isto Tesmo. O universo no igual a um
relgio que damos corda e no se comunica com o mundo. Os destas no
crem na revelao especial. ( Deus no apenas transcendente
infinitamente acima da criao; Deus tambm imanente presente em cada
parte da criao. ( Ef 4:6 afirma a transcendncia e imanncia de Deus.
( Deus dito encher a Terra e o Cu (Sl 139:7-10; Jr 23:24),.habitar
no corao contrito (Sl 51:11; Is 57:15), e habitar na igreja
invisvel (1Co 3:16; 6:19; Ef 2:22). Somente o poder que criou o
mundo pode mant-lo. Deus que criou este mundo sustenta no somente
este mundo, mas todos os mundos. (Cl 1:16,17; Hb 1:3).
II Um mundo entre muitos
Esta Terra uma pequena frao da criao de Deus. olho n no podemos
ver seno poucos milhares de corpos celestes; mas alm h inumerveis
milhes mais. As Escrituras declaram ser Deus o criador de todos
eles. Veja as evidncias em Sl 33:6,9; 148:1-5; Cl 1:6; Hb 1:2;
Mensagens aos Jovens, p. 254).
As Escrituras no fazem referncias aos habitantes dos outros
mundos, mas difcil crer que so todos desabitados. O Esprito de
Profecia declara ou d a entender que muitos planetas so habitados.
(Histria da Redeno, 416; Mensagens aos Jovens, 254 e D.T.N.,
621).
III O Hexaemeron, ou a obra nos dias da criao
1 ( A interpretao de Gn 1:1-2. Alguns consideram Gn 1:1 como o
relatrio da criao original e imediata do universo, no hebraico
chamado cus e a terra. Nesta expresso a palavra cus, refere-se
glria invisvel das coisas. No pode-se referir, segundo alguns, ao
cu do nosso planeta, quer as nuvens ou estrelas porque elas foram
criadas no 2 e 4 dias da semana da criao. Ento, em Gn 1:2, o autor
descreve a condio original da terra (comp. Sl 104:5,6). uma
pergunta debatvel, se a criao original da matria fez parte da obra
realizada no 1 dia da criao, ou se esteve separada da obra do 1 dia
da semana da criao por um perodo de tempo breve ou longo. Seja
qualquer a posio, uma coisa certa: Deus o criador de tudo, e em
ltima instncia Ele criou todas as coisas do nada. Antes de
considerarmos as obras da semana da criao, a questo da durao dos
dias da criao deve ser considerada.
2 ( A Teoria de que os dias da criao so longos perodos ( Alguns
afirmam que os dias de Gnesis 1 so longos perodos de tempo, afim de
harmoniz-los com os perodos geolgicos. Esta opinio no era ausente
na igreja primitiva. Alguns pais da igreja que admitiam que os dias
da criao no eram literais, expressavam a opinio de que toda a obra
da criao foi obra de um momento, e que os dias meramente constituam
uma estrutura que facilitava a descrio da obra da criao de uma
forma ordenada, para facilitar a sua compreenso por mentes
finitas.
A opinio de que os dias da criao so longos perodos de tempo
ressurgiu nos ltimos sculos, no pelo estudo exegtico, mas surgiu
sob a influncia do progresso cientfico. Antes do sculo XIX, os dias
de Gnesis eram de um modo geral considerados como dias literais. E
se as interpretaes tradicionais conflitam com a cincia e com os
fatos bem estabelecidos, ento, uma reviso das interpretaes
necessria. Entretanto, as eras geolgicas, que motivaram a
reinterpretao dos dias de Gnesis de dias literais para longos
perodos, no so reconhecidas pela cincia e nem so fatos bem
estabelecidos.
Argumentos Usados para Sustentar a Teoria dos Dias da Criao Como
Longos Perodos
1 ( A Palavra dia (heb. Yom) usada de vrias maneiras, e nem
sempre quer dizer um perodo de 24 horas. [a] usado para o perodo
diurno em contraste com a noite (12 horas). (Gn 1:4,16,18). [b]
Para dia e noite juntos (24 horas). (Gn 1:5,8,13, etc). [c] Para
todos os dias da criao juntos. (Gn 2:4). [d] Como longos perodos e
indefinidos perodos, exemplos: dia da calamidade (Dt 32:35); dia da
batalha (1Sm 13:22); dia da ira (Ap 6:17); dia da salvao (2Co 6:2);
dia do Senhor (Sf 1:7,14). [e] Algumas vezes a palavra Yom quer
dizer tempo. (Gn 26:8; 38:12; Nm 13:20; Js 3:15). Adiante veremos
como refutar este argumento.
2 ( Considerando que o sol foi criado somente no 4 dia, os dias
anteriores ao 4 dia no puderam ser determinados, pela relao da
terra com o sol. Isto verdade, mas no prova o ponto. Deus,
evidentemente, tinha mesmo antes do 4 dia, estabelecido uma mudana
rtmica da luz em trevas, e no h base alguma para se dizer que os
dias anteriores ao 4 dia eram maiores do que os que sucederam ao 4
dia. Porque iremos assumir que Deus aumentou grandemente a
velocidade da rotao da Terra depois que a luz foi concentrada no
sol?
3 ( Os dias mencionados em Gnesis 1 so dias de Deus, dias
prototpicos (originais) dos quais os dias do homem so apenas cpias;
e para Deus mil anos so como um dia. (Sl 90:4; 2Pe 3:8). Mas este
argumento baseado numa confuso de tempo com eternidade. Deus, em
essncia, no tem dias, mas habita na eternidade, acima de qualquer
tempo comensurvel. Esta tambm a idia expressa por Salmo 90:4 e 2
Pedro 3:8. Os nicos dias dos quais Deus tem conhecimento so os dias
deste mundo temporal e espacial (limitado ao tempo e espao). Como
podemos concluir do simples fato que Deus est acima das limitaes do
tempo, do tempo que existe neste mundo, onde o tempo medido por
dias, semanas, meses, e anos, que um dia pode tanto ser um perodo
de 100.000 anos como um perodo de 24 horas?
4 ( O 7 dia, o dia em que Deus descansou, dito continuar at
hoje, e deve portanto, ser considerado como um perodo de milhares
de anos. E o Sbado de Deus e este Sbado (sabbath = descanso) nunca
finda. Este argumento apresenta idntica confuso anterior. A idia de
que iniciou a obra da criao num certo ponto do tempo, e ento cessou
a Sua obra depois de um perodo de 6 dias, no se aplicam a Deus em
Si mesmo (essncia), mas apenas se refere Sua atividade temporal ou
aos Seus resultados temporais de Sua atividade criadora. Deus
imutvel, o mesmo de eternidade eternidade. Por outro lado, o Sbado
da criao, foi um dia igual aos outros dias. Deus no somente
descansou naquele dia, como tambm abenoou-o e santificou-o,
colocando-o a parte para descanso do homem. (x 20:11). Isto
dificilmente se aplicaria todo o perodo de tempo da criao at o dia
de hoje.
3 ( A Teoria de que os dias da criao so literais ( A idia
predominante acerca dos dias de Gnesis 1 sempre foi de que eles
eram dias literais. Foi somente depois que as novas cincias da
geologia e paleontologia surgiram, com as suas teorias da enorme
idade da Terra, que telogos comearam a mostrar uma inclinao para
identificar os dias da criao com os longos perodos ou eras
geolgicas. A interpretao literal dos dias da criao favorecida pelos
seguintes argumentos:
a ( No seu significado primrio, a palavra Yom denota ou
significa um dia natural; e uma regra muito boa de exegese, a gente
no se deve desviar do significado primrio da palavra, a no ser que
o contexto o exija. Muitos telogos salientam o fato de que a
palavra Yom em Gnesis 1, no significa outra coisa seno dia natural
tal como conhecido na Terra pelo homem.
b ( verdade que no Velho Testamento e Novo Testamento, Yom e seu
correspondente, so usados de maneira variada, entretanto, sempre
que Yom acompanhado por um nmero definido (adjetivo numeral), Yom
significa um dia literal, isto , um perodo de 24 horas. Veja por
exemplo: Gn 1:5,8,13,19,23,31 Semana da Criao. Gn 7:11; x 16:1; Lv
23:34; Ez 45:21; Ag 1:1; Zc 1:7.
c ( aparente do estudo de Gnesis 1 que Moiss desejava dar a idia
que os dias eram de 24 horas. Que ele fala em dias literais claro
com o acrscimo das palavras em cada dia: E foi tarde e a manh do
dia primeiro, segundo... Cada dia mencionado tem apenas uma tarde e
manh, e no faz referncia a nenhum desenvolvimento prolongado das
coisas, o que contrrio idia de que os dias no eram literais.
d ( E se surgir a afirmao de que cada manh e tarde era um longo
tempo, ou seja, que cada dia consistia de uma longa noite e um
longo dia, ento levanta-se a pergunta: O que seria da vegetao
durante a longa, longa noite?
e ( Devemos olhar par o que dizem os outros autores inspirados.
Eles escrevem que Ele falou, e logo apareceu. (Sl 33:9). Certamente
num bom portugus a palavra logo no sugere um longo perodo de
tempo.
f ( Se os dias eram perodos de longos anos, ento, mesmo que Ado
tivesse sido criado na tardinha de Sexta-feira, ele deveria ter, no
fim da mesma noite de Sexta-feira, mais anos do que est registrado
em Gn 5:5; e alm disso, Ado deveria ter morrido no Sbado.
g ( Em x 20:9-11, Israel ordenado a trabalhar seis dias e
descansar no 7, porque Deus fez o Cu e a Terra em seis dias e
descansou no 7. Uma exegese correta que se considere a palavra dia
como tendo o mesmo significado em ambas as passagens. Deus mesmo
escreveu os 10 Mandamentos (x 31:18), nos quais Ele ordena Seus
filhos seguir o mesmo padro original estabelecido na criao e que
eles haviam perdido de vista na escravido do Egito. A ordem do
mandamento se trona sem significado se os dias no forem
considerados literais.
h ( Os ltimos 3 dias forma dias regulares pois foram
determinados pelo sol, e todos os 3 ltimos dias so descritos da
mesma maneira, e com as mesmas expresses que os primeiros dias.
Isto nos indica que os dias anteriores e posteriores ao 4 dia eram
iguais.
i ( A prpria linguagem de Gn 1 aponta para dias de pouca durao.
No caso da luz, um imperativo vigoroso do verbo Hayah (haja) usado:
Haja luz. E a Bblia relata: E houve luz. Houve uma resposta
instantnea ordem. No 3 dia houve uma ordem para a terra: Produza a
terra... E o relato : E a terra produziu imediatamente. Veja a
ordem no 5 e 6 dia. aparente que se ns aceitarmos a histria da
criao de Gnesis, ns teremos que considerar a criao como um milagre
de Deus realizado em seis dias.
4 ( As obras na semana da criao
a ( 1 Dia: No primeiro dia foi criada a luz, e pela separao
entre a luz e as trevas, o dia e a noite foram constitudos. a criao
da luz no 1 dia tem sido ridicularizada pelo fato do sol Ter sido
criado no 4 dia, mas a cincia mesma silenciou os ridiculadores em
provar que luz no uma substncia que emana do sol, mas consiste de
ondas etreas produzidas pelos energticos eltrons. ( Tambm deve-se
notar que Gnesis no fala do sol como luz (or), mas como luminar
(portador de luz), no heb, maor. Em virtude da luz ser a condio da
vida, era natural que ela fosse criada primeiro. Deus tambm
imediatamente instituiu o princpio da alternao da luz e trevas,
chamando s trevas noite e luz dia. Entretanto, no nos dito como
esta alternao foi feita. O relato da obra de cada dia termina com a
expresso: E foi a tarde e foi a manh. A declarao literal foi a
tarde (horas sucessivas da noite e foi a manh (com as horas
sucessivas do dia), dia primeiro uma descrio clara de um dia
astronmico, isto , um dia de 24 horas de durao. Assim os hebreus,
que nunca duvidaram do significado da expresso, comearam o dia com
o pr do sol e terminavam o dia no pr do sol seguinte. (Lv 23:32; Dt
16:6).
b ( 2 dia: A obra do 2 dia foi tambm uma obra de separao: a
expanso (firmamento) foi estabelecida pela diviso ou separao das
guas acima e abaixo. As guas acima da expanso (Gn 1:7) so
consideradas pelos comentadores como referirem-se aos vapores dgua,
as nuvens. A expanso ou firmamento em nossa linguagem moderna
significa a atmosfera que circunda a terra, e que comumente
chamamos cu. O verso 20 (Gn 1) indica que esta expanso ou
firmamento chamada de cu, lugar onde voam os pssaros. ( As
Escrituras referem-se a 3 cus. (2Co 12:2,4). Paulo fala num 3 cu, o
que implica na existncia de um 1 e 2. Da podermos falar em 1 cu (cu
atmosfrico), 2 cu (cu astral) e 3 cu (cu ou paraso de Deus). ( A
expanso ou o cu atmosfrico algo maravilhoso. O ar composto de gases
que tornam possvel a vida do homem, animais e plantas. Se sua
composio qumica fosse apenas um pouco diferente, causaria a morte
de todos. ( Esta camada que contm os elementos essenciais para a
nossa vida, tem uma espessura de aproximadamente de 15.000 18.000
kms em torno da Terra. Ao nos elevarmos cada vez mais alto no
espao, o ar via-se tornando rarefeito e a vida se torna impossvel.
( O ar tambm necessrio para que os raios do sol se tornem benficos
Terra. No fora o ar, seramos queimados pelos raios do sol. Alm
disso, o ar transporta o som e a fragrncia do perfume. O ar tem a
qualidade de transportar os sons, o cheiro e o calor. ( Deve-se
notar ainda que devido a composio dos gases na atmosfera que temos
a cor azul do 1 cu. Alm do cu azul, existe a cor escura no espao
conforme foi observado pelos astronautas. ( O 1 cu revela o amor de
Deus e proclama a sabedoria de uma inteligncia que tudo criou. este
1 cu que ir passar por ocasio da 2 vinda de Cristo (2Pe 3:10). O 2
cu o cu sideral. A medida do cu chamada de Ano Luz. a distncia que
um feixe luminoso viaja num ano. O feixe luminoso, que viaja numa
velocidade de 300.000 kms por segundo viajar a distncia de
aproximadamente 8.330.200.000.000 kms. Alfa Centauro, a estrela
mais prxima, est a 4,3 anos luz. Rigel dista 500 anos luz; Antares
150; partes da Via Lctea, 83.000 anos luz. A Via Lctea, segundo os
astrnomos, contm cerca de 40 bilhes de sis, dos quais o nosso sol
um deles. O nosso sistema solar tem 9 planetas, e de se imaginar
que os outros sis da Via Lctea tambm sejam rodeados de planetas. Se
desejssemos fazer uma viagem de um ao outro extremo da Via Lctea,
levaramos uns 300.000 anos em viagem ininterrupta velocidade dos
raios do sol. uma viagem pela largura da Via Lctea levaria 30.000
anos na velocidade da luz. Os astrnomos crem que haja cerca de 200
milhes de outras galxias. Certamente que eles descobririam ainda
mais, se tivessem instrumentos mais poderosos que lhes permitissem
melhor observar a grandeza da criao de Deus. No admira que o
salmista divinamente inspirado exclamasse: Sl 147:4-5; 19:1. Quo
pequenos somos, com todas as nossas ambies e orgulho, quando
comparados com o maravilhoso universo! Que lio a cincia nos ensina!
Com este cosmorama diante de ns; quo insignificante so os nossos
poucos anos de vida aqui! Que o homem em comparao com o imensurvel
universo? No admira que esteja escrito em Isaas 40:15,17 que o
homem uma gota num balde, e como o p mido das balanas. O 3 cu a
habitao de Deus. (1Re 8:27; Jo 14:1-3; Ap 2:7; Is 33:17).
c ( 3 dia: A separao cont