-
1
2- RESERVATRIOS:
1- Reservatrios elevados 2- Reservatrios subterrneos 2.1-
Reservatrios subterrneos ligados a estrutura 2.2- Reservatrios
subterrneos isolado da estrutura 3- Reservatrios circulares 4-
Piscinas A) INTRODUO: Os reservatrios usuais dos edifcios so
formados por um conjunto de placas, podendo ter uma ou mais clulas.
A diviso do reservatrio em clulas tem a finalidade de permitir a
limpeza do mesmo sem que ocorra uma interrupo no abastecimento de
gua do prdio. Em funo da sua situao / localizao os reservatrios
podem ser elevados (apoiados em pilares) ou subterrneos,
semi-enterrados ou apoiados diretamente no solo e ainda podem ser
subdivididos em: a) caixas armadas segundo um plano horizontal; b)
caixas armadas segundo um plano vertical; c) caixas armadas em
vrios planos; d) caixas contendo vigas ou paredes intermedirias.
Tipos de Reservatrios: Quanto forma podem ser retangulares e em
reservatrios elevados isolados a forma cilndrica. - reservatrios
apoiados em pilares:
-
2
B) AES A CONSIDERAR:
As aes que atuam nos reservatrios variam de acordo com suas
posies em relao ao nvel do solo. - Devido s aes da gua e do solo:
peso prprio, aes devido sobrecarga, e ainda atuam as aes indicadas
a seguir: a) nos reservatrios elevados: empuxo dgua, conforme
mostra a figura abaixo:
Reservatrio elevado cheio - empuxo dgua
b) nos reservatrios apoiados: empuxo dgua e reao do terreno,
conforme figura abaixo:
Reservatrio apoiado cheio - empuxo dgua e reao do terreno menos
o peso dgua
c) nos reservatrios enterrados: empuxo dgua, empuxo de terra,
subpresso de gua, quando houver lenol fretico, e reao do terreno. -
para o reservatrio cheio h concomitncia da ao devido massa de gua e
reao do terreno, devendo ser considerada, no clculo, a diferena
entre estas duas aes. Como, nos casos mais comuns, a reao do
terreno (no fundo) sempre maior que a ao devido massa de gua, as
situaes das aes ficam com o aspecto indicado na figura abaixo,
quando se considera o reservatrio cheio.
Reservatrio enterrado vazio - empuxo de terra e reao do
terreno
-
3
Reservatrio enterrado cheio - empuxo dgua menos empuxo de terra
e reao do terreno menos peso dgua
Aps a poca da escavao, quando a estrutura j foi executada e a
escavao foi feita com um volume maior que o das dimenses externas
do reservatrio, sendo o excesso preenchido com reaterro aps a
concluso da obra, antes de se fazer o reaterro, feito um teste para
ver se no h vazamento. Neste perodo, o reservatrio fica cheio de
gua e no h concomitncia da ao devido ao empuxo de gua, com a ao
devido ao empuxo de terra, devendo ser considerado, no clculo, esta
situao. Portanto nos reservatrios enterrados, no perodo antes do
reaterro, deve-se levar em considerao a situao de aes do
reservatrio apoiado no solo, como mostra a figura abaixo:
Aes no reservatrio antes do reaterro
Em reservatrio enterrado abaixo do nvel do terreno, onde h ao na
tampa do reservatrio, dado circulao de veculos, deve-se levar isso
em conta (ex: garagem no subsolo de prdio)
C) DETERMINAO DOS ESFOROS:
Os esforos so calculados considerando a laje da tampa como
simplesmente apoiada nas bordas (paredes):
-
4
E cada parede como uma laje engastada em trs bordas e
simplesmente apoiada na borda superior (laje da tampa) submetida ao
carregamento hidrosttico correspondente altura interna total do
reservatrio.
Dimensiona-se a laje de tampa e a laje de fundo considerando-as
como placas (laje), as paredes trabalham como placa (laje) e como
chapa (viga-parede quando h 0,5 l - dimensionam-se as paredes como
placa e como chapa separadamente e superpem-se as armaduras). O
comportamento de viga-parede caracterizado quando a altura do
elemento estrutural simplesmente apoiado for maior ou igual metade
do vo terico. Caso haja continuidade, quando a altura do elemento
for maior ou igual a 0,4 do vo terico. J para os balanos, quando a
altura for maior duas vezes o vo terico.
Vigas-parede (comportamento estrutural)
NBR 6118/2014
-
5
Para os reservatrios apoiados diretamente sobre o solo
(reservatrio apoiado e reservatrio enterrado, sem apoios
discretos), as paredes apoiam-se de modo contnuo, comportando-se
como paredes estruturais e no como vigas ou vigas-parede. Neste
caso, tambm, dimensionam-se as armaduras para laje e para parede
estrutural separadamente, e superpe-se as armaduras encontradas.
Nos reservatrios apoiados ou enterrados, as paredes transmitem aes
laje de fundo que serve de fundao. Neste caso, o fundo do
reservatrio funciona como um radier. As lajes de fundo so
calculadas como placas com as quatro bordas engastadas, submetidas
ao peso prprio mais o peso total da gua no interior do reservatrio.
Os esforos so determinados de forma anloga ao que se faz com as
paredes. Carregamentos e o diagrama de momento fletor admitindo-se
o quadro hiperesttico de um dos cortes verticais.
Carregamentos e o diagrama de momento fletor do quadro
hiperesttico do plano horizontal.
Configurao bsica da distribuio dos esforos (caixa com 2
clulas):
-
6
A condio de contorno das bordas engastadas reforada por msulas
que so obrigatoriamente empregadas para garantir a estanqueidade
das arestas do reservatrio. Os esforos de flexo podem ser
determinados por meio de regras empricas de distribuio das aes ou
por meio de coeficientes tabelados, existentes na literatura a
respeito da distribuio das reaes de apoio das lajes.
Tenses nos ns do reservatrio
Com o uso de msulas nas arestas, tem-se um acrscimo de rigidez
das lajes nas bordas, o que faz com que os momentos fletores no
centro, que so considerados positivos, decresam, enquanto os
momentos fletores das bordas, negativos, cresam. Os aumentos das
reas das sees transversais nas ligaes devido s msulas, e
conseqentemente diminuio das tenses, produzem o acrscimo de rigidez
nas bordas das lajes.
Arestas dos reservatrios com msulas e sem msulas
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7
A presena da msula faz com que os pontos crticos fissurao se
situem, normalmente, no nas extremidades das lajes mas sim, mais
para dentro, na extremidade da msula.
Adota-se msulas, com ngulo de 45o e com dimenses, iguais a maior
espessura (e) dos elementos estruturais da ligao.
NBR 6118/2014 Recobrimento da armadura
-
8
1- Reservatrios elevados:
So sempre ligados a estrutura da edificao e, normalmente se
apiam nos pilares da caixa da escada do edifcio, so calculadas para
hiptese de caixa cheia (pior situao). Podem ser de uma, duas ou
mais clulas.
-
9
Na laje da tampa dos reservatrios devem existir aberturas de
inspeo independentes para cada uma das clulas. As dimenses usuais
dessas aberturas so de 60x60 cm, sendo cobertas por placas
pr-moldadas apoiadas em reforos nas bordas, capazes de evitar a
entrada de gua da chuva ou de animais. ABERTURA NAS LAJES: NBR
6118/2014 (item 13.2.5.2)
-
10
O procedimento consiste em dispor como armadura adicional, as
barras que seriam interrompidas pela abertura, faceando as laterais
da mesma. Os bordos da abertura necessitam de uma armadura de
proteo, a qual pode ser em forma de gancho ou grampos conforme
figura abaixo:
Armadura de reforo nos bordos das aberturas Armadura de reforo
nos bordos das aberturas
Na ligao da tampa com as paredes emprega-se armadura mnima
destinada a garantir a unio entre as duas lajes e, na ligao das
paredes com o fundo, os ferros sero os calculados para o momento
negativo da laje do fundo. Para simplificar a execuo, evitar juntas
de concretagem e possveis fissuras, primeiro concreta-se o fundo e
as paredes concomitantemente e numa segunda etapa concreta-se a
laje da tampa. Exemplo:
16 16 PLANTA
-
11
CORTE h (interno)= 2,20
1- Laje da tampa: simplesmente apoiada nas paredes (tipo 1):
(Fck=25) A determinao da espessura pode ser feita pelo processo da
NBR 6118para avaliao da altura til. Os vos tericos so iguais a lx =
515 cm e ly = 515 cm, resultando:
AO 3 CA-25 35 CA-50 25
CA-60 20
onde: = ly / lx = 1,00 ; 2 = 1,50 ; ao CA 50 3 = 25 . d0 = 515 /
1,5 x 25 = 13,7 cm Adota-se ento, d = 16 cm com cobrimento para a
armadura igual a 2,50 cm, pois a face da pea no est em contato com
a gua; Carga na laje: - peso prprio: 0,16 x 2500 = 400 -
revestimento: = 100 - sobrecarga: = 100 . 600 kg/m 6,0 KN/m laje
tipo 1 Mx=My= (4,23x6,0x5,15/100)= 6,73 KN.m M (KN.m) ; p (KN/m)
Kc=(100 x 12/1,4 x 6,73 x 100)=15,28 ks= 0,023 As=(0,023 x
942,2)/12 = 1,80 cm/m Asmin = 0,15% . bw . h = (0,15/100) . 100 .
16 = 2,4 cm2/m 6,3 c 13 (nas duas direes)
-
12
Kc (cm/KN)= bw x d ; com bw= 100 cm , d (cm) , KN.cm = KN.m x
100 Md Com o valor de kC, conhecido o Fck do concreto (25 MPa) e o
ao, obtem-se atravs de tabela o valor de Ks (cm/KN) As = Ks . Md ,
Ks (cm/KN , Md (KN.cm) , d (cm) d
Na laje da tampa devemos calcular a armao de reforo na abertura
da tampa (60cm x 60cm) atravs da considerao de uma viga fictcia na
laje recebendo uma carga que seria a correspondente a parede menor,
conforme figura a seguir:
Neste caso, a carga fictcia ser:(600x5,15)/4= 772,5 kg/m
Calculando a armadura para uma viga de 16 cm de altura e 2,50 m de
extenso (comprimento estimado da viga), teremos: Md = 1,4 (q l / 8)
= 1,4 x 772,5 x 2,5 / 8 = 844,92 845 Kgm Fck = 25 MPa, hviga = 16
cm , kC= (100 x 12) / 845 = 17,04 Ks= 0,023 As= (0,023 x 845) / 12
= 1,61 cm 4 8 Reforando a abertura colocamos 3 6,3 em cada lado,
com os devidos comprimentos de ancoragem.
-
13
Armadura da laje da tampa
2- Paredes: Neste exemplo adotaremos cobrimento de 4cm para as
faces em contato com o meio aquoso. Para os cobrimentos junto s
faces externas adotaremos 2,5 cm que o valor indicado pela NBR
6118. Por se tratar de reservatrio de gua, onde se deve levar em
conta a estanqueidade, para diminuir a abertura das fissuras nas
arestas do reservatrio, sero adotadas msulas para as junes, com as
respectivas armaduras e mais barras inclinadas. h= 2,20 m vo terico
(L) = 5,00 m 0,5 L= 2,50 m h < 0,5 L no se trata de viga-parede
Trata-se de caixa armada segundo um plano vertical (5 / 2,2 > 2)
Carga na parede:
A ao lp , que representa a ao exercida pela gua igual a: lp = .
h carga mdia = ( . h) / 2 = (1000 x 2,20) / 2 = 1100 kg/m 11 KN/m
mx= 7,03 Mxd= 1,4 x 7,03 x 11 x 2,35 / 100 = 6 kN.m As= 1,15 cm/m
mx= 12,5 Mxd= 1,4 x 12,5 x 11 x 2,35 /100 =10,63 KN.m As=2,13cm/m
my= 1,80 Myd= 1,4 x 1,80 x 11 x 2,35 / 100 =1,53 kN.m As= 0,29 cm/m
my= 8,12 Myd= 1,4 x 8,12 x 11 x 2,35 /100 = 6,9 KN.m As=1,32cm/m
Asmin = 0,15% . bw . h = (0,15/100) . 100 . 16 = 2,4 cm/m 6,3 c
13
-
14
Clculo da armadura correspondente aos cantos horizontais:
Adota-se a mdia dos momentos nas paredes ou 80% do maior
momento: Como nesse caso as paredes so simtricas e consequentemente
os Myd so iguais nas arestas horizontais Myd= 6,9 KN.m As=1,32cm/m
6,3 c 13 (foi adotado o mesmo espaamento da armadura horizontal
para facilidade de construo). Nas paredes faz-se os ferros de canto
irem at do vo da parede : 515/4= 128,75 140
Armadura das paredes
-
15
6,3 c 13
Armadura dos cantos (msulas horizontais)
3- Laje de fundo: consideraremos com engastada nas paredes (tipo
6): Carga na laje: (hlaje = 20 cm ; d= 16cm ) Peso prprio: 0,20 x
2500 = 500 Impermeabilizao: = 100 Peso da gua: 1000 x 2,20= 2200 .
2800 kg/m Alguns autores consideram a laje de fundo como (1)
engastada nas paredes, outros autores consideram a laje de fundo
como (2) simplesmente apoiada com os momentos de engastamento da
parede aplicados nas bordas. Adotaremos a 2 indicao por entender
ser mais apropriada. Assim, calcularemos os momentos positivos como
simplesmente apoiada (tipo 1) e os momentos negativos nas bordas
como engastada (tipo 6) laje tipo 1 Mdx=Mdy=1,4
(4,23x28,0x5,15/100)= 43,97 KN.m kC= (100 x 16) / 4397 = 5,82 Ks=
0,024 As= (0,024 x 4397) / 16 As=6,59 cm 10 c8,5 (armadura
positiva) laje tipo 6: Mdx=Mdy=1,4 (5,15x28,0x5,15/100)= 53,54 KN.m
kC= (100 x 16) / 5354 = 4,78 Ks= 0,025 As= (0,025 x 5354) / 16
As=8,36 cm 10 c 9,5 (armadura negativa) Adotaremos 10 c 8,5 em
forma de estribo cortado (0,35 L 1,80 em cada extremidade)
Armadura da laje de fundo Armadura dos cantos (msulas
verticais)
-
16
EXEMPLO 2:
Planta - reservatrio elevado - laje de tampa
Planta - reservatrio elevado - laje de fundo
Reservatrio elevado - corte AA
-
17
Reservatrio elevado - corte BB
SOLUO: 1- Laje de tampa:
onde: = ly / lx = 1,76 ; 2 = 1,20 ; ao CA 50 e, portanto, 3 =
25
Adotado d= 9,20 cm ; h=12 cm
Com =1,76, determinam-se as reaes de apoio:
b - Verificao dos momentos fletores Para a laje de tampa,
considerando tipo 1 e = 1,76, obtiveram-se os seguintes momentos
fletores:
C Dimensionamento da armadura: Para as lajes deve-se ter, no
caso de solicitao de momento fletor, efeito de placa, rea de
armadura pelo menos igual a rea mnima de armadura, por faixa
unitria, igual a:
-
18
Considerao feita pelo autor: As placas dos reservatrios
paralelepipdicos acham-se solicitados por flexo-trao. Porm, por
simplificao no dimensionamento, considerou-se apenas a flexo.
Entretanto, para levar em conta o efeito de flexo-trao, as reas de
armaduras assim calculadas so majoradas de 20%. 2- Paredes: 2.1-
Paredes 01 e 02
As paredes 01 e 02 apresentam como vinculaes, a borda superior
apoiada e as demais bordas engastadas. Para espessura igual 16 cm e
usando a Tabela de PINHEIRO(1993), possvel determinar os momentos
fletores. Condies de vinculaes e ao nas paredes:
A ao lp , que representa a ao exercida pela gua igual a:
lp = . h = 10,00 . 2,40 = 24,00 kN/m2
possvel uma simplificao, de tal forma que a ao da gua seja
estendida por toda a altura
terica (la = 252 cm), facilitando assim, a utilizao da tabela.
Para tanto, necessrio que seja mantida a igualdade de rea para
ambos os tringulos ( empuxos iguais ).
Da, tem-se:
COMPORTAMENTO DE VIGA-PAREDE: Aes atuantes nas vigas-parede 01 e
02
-
19
A reao de apoio vy = 17,67 kN/m, representa a ao ao longo das
vigas-parede 01 e 02, devida ao da laje de fundo. peso prprio das
vigas-parede igual a: 0,16 . 2,74 . 25 = 10,96 kN/m Verificao da
resistncia do concreto comprimido nas proximidades dos apoios. Por
tratar-se de uma estrutura com apenas um tramo, tem-se:
Determinao da reao de apoio:
O valor ltimo de compresso igual :
No h risco de ruptura por esmagamento do concreto nas regies dos
apoios. Dividi-se a ao de peso prprio da viga-parede para o clculo
da armadura de suspenso. Aes aplicadas pela tampa na borda superior
da viga-parede: Vy + ao devida ao peso prprio das vigas-parede /
2
Aes aplicadas na borda inferior da viga-parede:
-
20
a - Armadura principal:
Para a presente viga-parede, tem-se o respectivo momento fletor
de clculo:
O brao de alavanca (z) calculado com as expresses:
z = 0,20 . (2,71 + 2 . 2,71) = 1,626 m
Analogamente s vigas usuais, a armadura longitudinal de trao no
deve ser inferior :
Essa armadura ser disposta em uma faixa igual :
Regio de disposio da armadura principal
b - Armadura de suspenso Atravs dessa armadura deve ser suspensa
parte da ao de peso prprio da parede igual a 23,15 kN/m
c - Armadura de alma
Adotar-se- para a direo vertical, a maior seo entre as armaduras
de suspenso e de alma. O esforo cortante nas vigas-parede 01 e 02.
Vd = 60,18 kN , a espessura necessria igual a: O valor ltimo da
fora cortante de clculo dado pela expresso:
-
21
E impondo vd = vd,u , obtm-se ento, o valor da espessura
necessria:
Empregando-se ao CA 50, tem-se a armadura de alma, para a
correspondente espessura necessria, igual a:
Deve-se verificar o valor mnimo para a rea de armadura de alma,
para a espessura efetiva bw = 16 cm, tem-se: as,v, mn = as,h, mn =
0,10 . 16 = 1,60 cm2/m A armadura de alma ser igual a 1,60 cm2/m,
por face. Esse valor maior que a armadura de suspenso, as, susp =
0,75 cm2. d - Armadura complementar As vigas-parede apoiadas
diretamente (sobre pilares), devem ter nas regies dos apoios,
armadura complementar constituda por barras de igual dimetro da
armadura de alma, e intercaladas, conforme indicado na figura
seguinte. O dimetro da armadura complementar (as, v comp. e as, h
comp) deve ser igual ao dimetro da armadura de alma (as, v alma =
as, h alma = 1,60 cm2/m). as, v cmp. = as, h comp. = 1,60 cm2
Armadura complementar, regio de apoio
2.2- Paredes 03 e 04 Assim como procedemos para as PAR 01 e 02,
as paredes 03 e 04 apresentam como vinculaes, a borda superior
apoiada e as demais bordas engastadas. Para espessura igual 16 cm e
usando a Tabela de PINHEIRO(1993), possvel determinar os momentos
fletores.
-
22
Aes e verificaes de segurana nas vigas-parede 03 e 04 vx = 4,43
kN/m, representa a ao da laje de tampa, distribuda sobre as
vigas-parede 03 e 04. A laje de fundo aplica viga-parede uma ao
igual a vx = 25,30kN/m. O peso prprio da viga-parede igual a: 10,96
kN/m (=PAR 01 e 02) Resumindo: As V-PAR 03 e 04 sero solicitadas
pelas seguintes aes:
peso prprio da viga-parede 10,96 kN/m laje de tampa 4,43 kN/m
laje de fundo 25,30 kN/m Aes aplicadas pela tampa na borda superior
da viga-parede:
Aes aplicadas na borda inferior da viga-parede:
Aes e esquema esttico nas vigas-parede 03 e 04
a - Armadura principal
Momento fletor:
O brao de alavanca igual a: z = 0,2 . ( 1 + 2 . he ) = 0,2 . (
4,81 + 2 . 2,74 ) = 2,06 m A armadura principal igual a:
A armadura mnima longitudinal de trao no deve ser inferior
):
Essa armadura ser disposta em uma faixa igual :
Deve-se portanto, distribuir essa armadura numa faixa igual a: a
= 0,25 . he - 0,05 . l a = 0,25 . 2,74 - 0,05 . 4,81
-
23
a = 0,44 m b - Armadura de suspenso A ao aplicada na borda
inferior da viga-parede igual a 30,78kN/m. Para a absoro dessa ao
deve-se dispor de armadura de suspenso igual:
c - Armadura de alma Para o esforo cortante de 137,00 kN (=1,4(
40,69 x 4,81 / 2)), tem-se que a espessura necessria igual a:
A armadura de alma, para essa espessura, resulta a: as,alma =
0,20 . 3,50 = 0,70 cm2/m Mas deve-se empregar uma armadura no
inferior mnima. Analogamente s vigas-parede 01 e 02, o valor mnimo
para a rea de armadura de alma, para a espessura efetiva bw = 16
cm, tem-se: as, v, mn = as, h, mn = 0,10 . 16 = 1,60 cm2/m A
armadura de suspenso requerida igual 0,99 cm2 e portanto menor que
a armadura de alma (1,60 cm2/m). d - Armadura complementar
As paredes 03 e 04 no tem armadura complementar, porque so elas
que se apoiam nas paredes 01 e 02. 3- Laje de fundo
A laje de fundo tem todas as suas bordas consideradas engastadas
nas paredes (efeito de placa). Os vos tericos so iguais a lx = 275
cm e ly = 485 cm, resultando: laje Tipo 6 e = 1,76 Adotando-se h =
12 cm, as alturas teis ( d ) ficam iguais a: d = 8,0 cm, para
armadura superior (face superior) e, d = 9,0 cm, para armadura
inferior (face inferior). a - Aes atuantes na laje de fundo: peso
prprio (0,12 x 25) = 3,00 kN/m2 revestimento = 1,00 kN/m2
sobrecarga (gua = 2,17 x 10,00) = 21,70 kN/m2 total = 25,70
kN/m2
b - Verificao dos momentos fletores:
-
24
A laje em anlise solicitada por uma ao significativa
(q=25,70kN/m2), logo, conveniente a verificao dos deslocamentos,
quando em servio. A expresso a seguir permite o clculo do
deslocamento mximo na laje de fundo quando todas as aes estiverem
atuando:
Mediante tab a seguir, considerando laje Tipo 6 e = 1,76, tem-se
= 2,82
O mdulo de elasticidade do concreto : Assim, para o concreto C
20, tem-se: Ec = 28795,2 MPa = 2879,5 kN/cm2 A ao de 25,70 kN/m2,
que representa o peso prprio da laje e mais a gua, considerada
atuando permanentemente na estrutura, portanto para a determinao da
flecha final, tem-se: p* = 2,4 . 25,70 = 61,68 kN/m2 = 0,0062
kN/cm2 Assim, a flecha final para a laje de fundo igual :
-
25
A NBR 6118, especifica os seguintes limites para as flechas,
quando atuarem todas as aes (G + Q):
Assim, para a laje de fundo, tem-se o valor da flecha mxima
igual :
Portanto, com a = 0,2 < alim , verifica-se que a laje de
fundo no apresentar deformao excessiva para a espessura de 12 cm.
Compatibilizao dos momentos fletores Laje de fundo e as paredes 01
e 02 - esforos de momentos fletores que solicitam as paredes 01 e
02.
Compatibilizao dos momentos fletores
Md= 8,90 x 1,4= 12,46 Correo para os momentos fletores
positivos: 1,53 kN.m/m, mantido ; 2,25 + (11,12 - 8,90) = 4,47
kN.m/m Md= 1,4 x 4,47 = 6,26
-
26
Laje de fundo e as paredes 03 e 04 - momentos fletores.
Compatibilizao dos momentos fletores:
Md= 1,4 x 12,54 = 17,56 Correo para momentos fletores positivos:
3,00 kN.m/m, mantido ; 7,56 + (15,67 - 12,54) = 10,69 kN.m/m Md=
10,69 x 1,4= 14,96
DIMENSIONAMENTO FINAL DAS ARMADURAS Os elementos que constituem
as faces laterais apresentam comportamento de lajes e vigas-parede
deve-se, portanto, superpor as armaduras obtidas para cada efeito.
Para as lajes deve-se ter, no caso de solicitao de momento fletor,
efeito de placa, rea de armadura pelo menos igual a rea mnima de
armadura, por faixa unitria, igual a:
A NBR 6118 limita o espaamento das barras das armaduras
longitudinais de trao, para as lajes armadas em duas direes, em 20
cm.
-
27
As placas dos reservatrios paralelepipdicos acham-se solicitados
por flexo-trao. Porm, usualmente, por simplificao no
dimensionamento, considera-se apenas a flexo. Entretanto, para
levar em conta o efeito de flexo-trao, as reas de armaduras assim
calculadas so majoradas de 20%. DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS
CONCRETO C 20 ( kC, LIM = 2,2 ) - AO CA 50
DETALHAMENTO DE ARMADURAS 1- SEO HORIZONTAL ( PAREDES 01, 02, 03
E 04 )
-
28
2- SEO VERTICAL - INTERCEPTA PAREDES 01 E 02
3- SEO VERTICAL - INTERCEPTA PAREDES 03 E 04
VERIFICAO DA ABERTURA DE FISSURAS: Estado de fissuras
inaceitvel: Uma vez escolhidos os dimetros das barras e seu
espaamento, para os respectivos esforos solicitantes, verifica-se a
abertura de fissuras no concreto decorrentes das tenses em servios
nas barras. Os limites de tais aberturas considerados nocivos s
estruturas de concreto, especificados pela NBR 6118 (1978), em funo
da proteo do elemento estrutural e meio que o envolve so iguais a:
a - 0,1 mm, para peas no protegidas em meio agressivo; b - 0,2 mm,
para peas no protegidas, em meio no agressivo; c - 0,3 mm, para
peas protegidas.
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29
A determinao de Acr , indicada no Anexo da NBR 7197, sendo a rea
a ser considerada na verificao da abertura de fissuras a constituda
por retngulos, que envolvem as armaduras de trao, conforme
figura.
rea de concreto que interessa fissurao
Interessa saber, para a devida verificao da abertura de fissura,
a tenso em servio, atuante na armadura. Esta tenso obtida atravs da
expresso acima.
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30
Posio do brao de alavanca
J a determinao de z, implica em conhecer a posio da linha
neutra, que nas hipteses do estdio I, dada mediante a expresso: