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ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DIFERENÇA ENTRE HOMEM E O ANIMAL EM MAX SCHELER 1) Há uma diferença essencial entre ser humano e animal não humano? 1.1 caminhos para a resposta: inteligibilidade e arbítrio (“inteligência e escolha”) Argumento evolucionista (Darwin e Lamarck) 1.2 argumento de Scheler: nem inteligibilidade e arbítrio e nem evolucionismo 1.2.1 a vida enquanto “grande manifestação” // razão // Espírito > “conteúdo eidético” (= essência do ser humano) 1.3 Espírito: aquilo que está desprendido da matéria orgânica (da vida física) “Um ser “espiritual” já não se encontra, pois, sujeito ao impulso e ao meio, mas está “liberto do meio” e, como nos apraz dizer, “aberto ao mundo”: semelhante ser tem “mundo”.
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Antropologia filosófica: Max Scheler

Jan 19, 2023

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Nivaldo Germano
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Page 1: Antropologia filosófica: Max Scheler

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICADIFERENÇA ENTRE HOMEM E O ANIMAL EM MAX

SCHELER1) Há uma diferença essencial entre ser humano e animal não humano?

1.1 caminhos para a resposta: inteligibilidade e arbítrio (“inteligência e escolha”)

Argumento evolucionista (Darwin e Lamarck)1.2 argumento de Scheler: nem inteligibilidade e arbítrio e nem evolucionismo

1.2.1 a vida enquanto “grande manifestação” // razão // Espírito > “conteúdo

eidético” (= essência do ser humano)

1.3 Espírito: aquilo que está desprendido da matéria orgânica (da vida física)

“Um ser “espiritual” já não se encontra, pois, sujeito ao impulso e ao meio, mas está “liberto do meio” e, como nos apraz dizer, “aberto ao mundo”: semelhante ser tem “mundo”.

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SCHELER1.4 O termo ‘espírito’ remete a uma objetividade porque quando ‘eu’ falo

‘de algo’ (no caso ‘espírito’) refiro-me a ‘algo que está diante de mim’

1.4.1 a diferença entre o animal humano e o não-humano é que o ser

humano é acometido por uma “inversão dinâmica”.

1.5 A[nimal)] M[eio] > e isso decorre por três atos:

1.5.1 comportamento animal e o estado psicofisiológico; as fronteiras da estrutura do seu meio; transformação do estado psicofisiológico.

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1.6 Um ser que tem ‘espírito’ = ser humano (interioridade consciente de si)

1.6.1 três ações: comportamento motivado pelo “puro ser assim”;

a inibição livre; a transformação da realidade objetiva

1.6.2 H[omem] A[bertura ao mundo] “Este comportamento, onde por constituição existe, é por natureza susceptível de uma extensão ilimitada – chega até onde se desdobra o “mundo” das coisas existentes. O homem é, pois, o X que, em medida ilimitada, se pode comportar como “aberto ao mundo”. A hominização (Menschwerdung) é a elevação à abertura ao mundo por força do espírito”

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1.7 O animal não tem “objectos”; vive extaticamente imerso no seu meio que ele, qual caracol com a sua concha, transporta como estrutura para onde quer que vá – sem de tal meio conseguir fazer um objecto. Não consegue levar a cabo nem o afastamento peculiar, a distanciação do “meio ambiente” ao “mundo” (isto é, a um símbolo do mundo)

1.8 O ser humano é “um ser-objeto”: o animal não-humano está encapsulado na

realidade vital. Pelo ato espiritual o animal humano possui atributos.

1.9 atributos (características) do ser humano: concentração, autoconsciência e

capacidade objetivante.

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1.10 o ser humano é “o único animal que pode prometer”2) Exemplos de categorias “espirituais”: coisa e substância. Exemplo

do macaco com a banana2.1 “O animal é tão incapaz de separar as formas vazias do espaço e do tempo dos conteúdos determinados dos objectos ambientais como de abstrair o “número” de uma “quantidade”, dada como maior ou menor nas próprias coisas. Vive totalmente aferrado à realidade concreta do seu respectivo presente”.

2.2 O animal não-humano não tem a consciência do “espaço do mundo”: não

objetiva o seu próprio corpo

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2.3 Três determinações do “espírito”: coisa e substância (pg. 14)

noção de espacialidade (espaço, pg.14) e atualidade pura (pg. 18)