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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO MESTRADO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO SOCIAL ANTONIO LAURINDO DOS SANTOS NETO OS CINEJORNAIS DA AGÊNCIA NACIONAL NO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO ARQUIVO NACIONAL (SIAN) E NO PORTAL ZAPPIENS: CONTRIBUIÇÕES PARA ANÁLISE, DESCRIÇÃO E REPRESENTAÇÃO ARQUIVÍSTICA DA INFORMAÇÃO Niterói 2014
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ANTONIO LAURINDO DOS SANTOS NETO OS CINEJORNAIS DA …§ão... · 2018-11-29 · antonio laurindo dos santos neto os cinejornais da agÊncia nacional no sistema de informaÇÕes do

Dec 31, 2019

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

MESTRADO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO SOCIAL

ANTONIO LAURINDO DOS SANTOS NETO

OS CINEJORNAIS DA AGÊNCIA NACIONAL NO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO

ARQUIVO NACIONAL (SIAN) E NO PORTAL ZAPPIENS: CONTRIBUIÇÕES PARA

ANÁLISE, DESCRIÇÃO E REPRESENTAÇÃO ARQUIVÍSTICA DA INFORMAÇÃO

Niterói

2014

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ANTONIO LAURINDO DOS SANTOS NETO

OS CINEJORNAIS DA AGÊNCIA NACIONAL NO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO

ARQUIVO NACIONAL (SIAN) E NO PORTAL ZAPPIENS: CONTRIBUIÇÕES PARA

ANÁLISE, DESCRIÇÃO E REPRESENTAÇÃO ARQUIVÍSTICA DA INFORMAÇÃO

Dissertação apresentada ao Mestrado do Pro-grama de Pós-Graduação em Ciência da Infor-mação da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Linha de Pesquisa: Fluxos e mediações só-cio-técnicas da informação

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Rosa Inês de Novais Cordeiro

Niterói

2014

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Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá

S237 Santos Neto, Antonio Laurindo dos. Os cinejornais da Agência Nacional no Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) e no Portal Zappiens: contribuições para análise, descrição e representação arquivística da informação / Antonio Laurindo dos Santos Neto. – 2014.

110 f. ; il. Orientadora: Rosa Inês de Novais Cordeiro.Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Universidade

Federal Fluminense, Instituto de Arte e Comunicação Social, 2014. Bibliografia: f. 89-94.

1. Jornalismo no cinema. 2. Repositório institucional. 3. Política de informação. I. Cordeiro, Rosa Inês de Novais. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Arte e Comunicação Social. III. Título.

CDD 070.18

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ANTONIO LAURINDO DOS SANTOS NETO

OS CINEJORNAIS DA AGÊNCIA NACIONAL NO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO

ARQUIVO NACIONAL (SIAN) E NO PORTAL ZAPPIENS: CONTRIBUIÇÕES PARA

ANÁLISE, DESCRIÇÃO E REPRESENTAÇÃO ARQUIVÍSTICA DA INFORMAÇÃO

Dissertação apresentada ao Mestrado do Pro-grama de Pós-Graduação em Ciência da Infor-mação da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Aprovada em: _________________________

Banca Examinadora

___________________________________________________________________________Prof.ª Dr.ª Rosa Inês de Novais Cordeiro (Orientadora) UFF

___________________________________________________________________________Prof.ª Dr.ª Lacy Varella Barca de Andrade UNESA

___________________________________________________________________________Prof. Dr. Carlos Henrique Marcondes de Almeida UFF

___________________________________________________________________________Prof. Dr. Luiz Augusto Coimbra de Rezende Filho (Suplente) UFRJ

___________________________________________________________________________Prof.ª Dr.ª Sandra Lucia Rebel Gomes (Suplente) UFF

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Para Maria Tereza Machado da Silva

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AGRADECIMENTOS

A apresentação de uma dissertação vai muito além do tempo de pesquisa e

estudo em um programa de pós-graduação, por isso, agradeço aos encontros que tive com

pessoas e instituições durante a minha trajetória profissional e acadêmica.

A minha família que possibilitou a minha mudança para Niterói para estudar na

Universidade Federal Fluminense (UFF).

Aos professores da UFF com quem tive contato desde a faculdade de

Arquivologia.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Ciência da

Informação – PPGCI/UFF.

A professora Rosa Inês de Novais Cordeiro por sua orientação, inspiração,

incentivo e paciência.

Aos professores da banca de qualificação e dissertação, que muito contribuíram

com críticas e sugestões: Antonio Carlos Amancio da Silva, Carlos Henrique Marcondes e

Sandra Lúcia Rebel Gomes.

Aos colegas da UFF que se tornaram amigos especiais: Aluf Elias e Priscila

Xavier.

Aos colegas servidores do Arquivo Nacional, especialmente ao Clovis Molinari

Jr e ao Marcus Vinícius Pereira Alves por terem me dado oportunidade de trabalhar com

imagens em movimento na instituição.

Aos colegas da Área de Imagens em Movimento, da Coordenação de

Documentos Audiovisuais e Cartográficos (CODAC) e da Coordenação-Geral de

Processamento e Preservação do Acervo (COPRA) do Arquivo Nacional pelo convívio e

aprendizado.

Aos colegas do Arquivo Nacional que se tornaram amigos: Beatriz Monteiro,

Claudia Teresa, Fátima Taranto, Heliene Nagasava, Mariana Lambert e Mariana Monteiro.

Ao Leonardo Pardi da Cinemateca Brasileira pelo atendimento dedicado

durante a pesquisa.

Ao Alan Almeida pelo companheirismo.

Aos funcionários do Starbucks de Icaraí pelo ótimo atendimento e ambiente

agradável de estudo.

A Deus pelas oportunidades, encontros, cuidado e proteção.

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"Todo nosso conhecimento inicia com sentimentos"

Leonardo Da Vinci (artista e cientista italiano, 1452-1519)

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RESUMO

Pesquisa sobre os cinejornais da Agência Nacional, elaborada a partir da literatura de Ciência

da Informação, Arquivologia, Cinema e História. As descrições e as representações

documentárias dos cinejornais são analisadas em dois Sistemas de Recuperação da

Informação (SRIs): Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) e Portal Zappiens.

Apresentam-se as características dos cinejornais e são propostos princípios metodológicos que

contribuam para a análise e a representação arquivística da informação dos jornais

cinematográficos e, em consequência, na recuperação e no acesso desses filmes no SIAN e no

Portal Zappiens. Nos procedimentos metodológicos realiza-se pesquisa bibliográfica, análise

dos filmes, verificação dos pedidos de informação enviados à Coordenação de Atendimento à

Distância (COADI) do Arquivo Nacional, exame dos comentários publicados pelos usuários

do Portal Zappiens e estudo comparativo de três instituições que realizam a difusão de

audiovisuais.

Palavras-chave: Cinejornais (Agência Nacional). Indexação de cinejornais. Descrição

arquivística de cinejornais. Análise de cinejornais. Cinejornais – Sistema de Informações do

Arquivo Nacional (SIAN). Cinejornais – Portal Zappiens. Cinejornais – Recuperação da

informação.

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ABSTRACT

Research about the newsreels of the Agência Nacional, elaborate from the literature of

Information Science, Archival Science, Cinema and History. The descriptions and

representations of documentary newsreels are analyzed in two Information Retrieval Systems

(SRIs): Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) and Portal Zappiens. Presents

the characteristics of newsreels and methodological principles are proposed to contribute to

the analysis and archival information representation of newsreels and, consequently, in

retrieval and access of these films in SIAN and Portal Zappiens. The methodological

procedures carried out literature search, analysis of the films, verification of information

requests sent to Coordenação de Atendimento à Distância (COADI) of the Arquivo Nacional,

examination of the comments posted by users Zappiens Portal and comparative study of three

institutions that perform broadcasting of audiovisual.

Keywords: Newsreels (Agência Nacional). Indexing newsreels. Description of archival

newsreels. Analysis of newsreels. Newsreels – Sistema de Informações do Arquivo Nacional

(SIAN). Newsreels – Portal Zappiens. Newsreels – Information retrieval.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Cartelas com os títulos das notícias do cinejornal Brasil Hoje n.º 7 (1971) …......24

Figura 2 – Cartelas do cinejornal Atualidades Agência Nacional n.º 30 (1963) ….................25

Figura 3 – Cartelas do cinejornal Brasil Hoje n.º 250 (1978) ….............................................25

Figura 4 – Cartelas do cinejornal Cine Jornal Informativo n.º 118 ….....................................26

Figura 5 – Estrutura hierárquica da série filmes do Fundo Agência Nacional …...................34

Figura 6 – Representação das subséries das imagens em movimento do Fundo Agência

Nacional …...............................................................................................................................35

Figura 7 – Descrição do conteúdo e cartelas do documentário Itaipu Binacional (1979) …..36

Figura 8 – Descrição do conteúdo e cartelas do documentário Transamazônica (1978) …....37

Figura 9 – Descrição do conteúdo e cartelas do cinejornal Brasil Hoje n.º 237 (1978) ….....37

Figura 10 – Descrição do conteúdo e cartelas do cinejornal Brasil Hoje n.º 207 (1977) …...38

Figura 11 – Descrição do conteúdo e cartelas do cinejornal Brasil Hoje n.º 169 (1976) …...38

Figura 12 – Cartelas e títulos atribuídos do cinejornal Atualidades Agência Nacional n.º 22

(1963) …...................................................................................................................................39

Figura 13 – Extrato do campo 3.1.1 – Especificação do conteúdo do Cine Jornal Informativo

n. 118 …....................................................................................................................................49

Figura 14 – Extrato do campo 7.1.1 Termos de indexação do Cine Jornal Informativo n. 118

…...............................................................................................................................................50

Figura 15 – Print screen das informações sobre o cinejornal Brasil Hoje n. 51 (1974) no

Portal Zappiens …....................................................................................................................54

Figura 16 – Print screen de um comentário sobre o cinejornal Brasil Hoje n. 206 (1977) ....58

Figura 17 – Print screen de um comentário sobre o cinejornal Brasil Hoje n. 134 (1976) …58

Figura 18 – Print screen de um comentário sobre o cinejornal Atualidades Agência Nacional

n. 2 (1963) …............................................................................................................................58

Figura 19 – Print screen de um comentário sobre o cinejornal Cine Jornal Informativo n. 120

(1968) …...................................................................................................................................59

Figura 20 – Print screen de um comentário sobre o cinejornal Cine Jornal Informativo n. 147

(1969) …...................................................................................................................................59

Figura 21 – Extrato de um pedido de informação do ano de 2009 ….....................................61

Figura 22 – Extrato de um pedido de informação do ano de 2010 ….....................................61

Figura 23 – Extrato de um pedido de informação do ano de 2011 ….....................................61

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Figura 24 – Extrato de um pedido de informação do ano de 2012 ….....................................62

Figura 25 – Extrato de um pedido de informação do ano de 2013 ….....................................62

Figura 26 – Cartelas dos Noticiarios NO-DO ….....................................................................64

Figura 27 – Extrato da descrição do conteúdo do Noticiario 05-01-1970 Nº 1409A ….........64

Figura 28 – Extrato da descrição de conteúdo dividida por título de notícia do Noticiario 05-

01-1970 Nº 1409A …................................................................................................................65

Figura 29 – Identidade visual das diferentes redes sociais existentes atualmente no Portal

NO-DO ….................................................................................................................................65

Figura 30 – extrato das orientações do espaço “Ajuda” da Base de Dados Accessus ….........67

Figura 31 – Extrato da descrição do conteúdo do filme “Visita da rainha Elizabeth II ao Rio

de Janeiro” na Base de Dados Accessus …...............................................................................68

Figura 32 – Exemplo de como funciona a ferramente “Colabore” na Base de Dados Accessus

...................................................................................................................................................69

Figura 33 – Exemplo de como se apresenta uma notícia no Banco de Conteúdos Culturais

(BCC) …...................................................................................................................................71

Figura 34 – Tela que representa a maneira de como entrar em contato com o Banco de

Conteúdos Culturais (BCC) ….................................................................................................72

Figura 35 – Print screen de fotogramas do cinejornal Atualidades Agência Nacional n. 28

(1963). …..................................................................................................................................78

Figura 36 – Print screen de fotogramas do cinejornal Brasil Hoje n. 1 (1970) …..................79

Figura 37 - Print screen de fotogramas do cinejornal Cine Jornal Informativo n. 120 (1968)

…...............................................................................................................................................80

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Comparação entre espectador normal e analista …..............................................27

Quadro 2 – Resultado comparativo de termos pesquisados na BRAPCI e no Portal de

Periódicos da Capes ….............................................................................................................56

Quadro 3 – Resultado comparativo de termos pesquisados na BRAPCI e no Portal de

Periódicos da Capes ….............................................................................................................56

Quadro 4 – Comparação da quantificação total de cada tipo de cinejornal e os a quantidade

de comentários recebidos no Portal Zappiens ..........................................................................57

Quadro 5 – Classificação dos tipos de comentários postados no Portal Zappiens .................57

Quadro 6 – Pedidos de informação enviados à Coordenação de Atendimento à Distância do

Arquivo Nacional .....................................................................................................................60

Quadro 7 – Classificação dos pedidos de informação de imagens em movimento enviados ao

Arquivo Nacional .....................................................................................................................60

Quadro 8 – Comparação de redes sociais “conectadas” com o Portal Zappiens e com o Portal

NO-DO .....................................................................................................................................66

Quadro 9 – Comparação da descrição de conteúdo no Banco de Conteúdos Culturais (BCC),

Portal Zappiens e Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) …...........................71

Quadro 10 – Comparação entre a “especificação do conteúdo” e “termos de indexação”

estabelecidos no SIAN com a "narração em off "de um cinejornal ........................................81

Quadro 11 – Comparação entre a representação arquivística da informação no Sistema de

Informações do Arquivo Nacional (SIAN) e no Portal Zappiens ............................................85

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AMIA – Association of Moving Image Archivists

BRAPCI – Base de Dados Referencial de Artigos e Periódicos em Ciência da Informação

BCC – Banco de Conteúdos Culturais

CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CGI.br – Comitê Gestor da Internet no Brasil

CIA – Conselho Internacional de Arquivos

CPDOC – Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil

CTAv – Centro Técnico Audiovisual

DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda

DNI – Departamento Nacional de Informações

DPDC – Departamento Nacional de Propaganda e Difusão Cultural

EBN – Empresa Brasileira de Notícias

FIAF - International Federation of Film Archives

FIAT – International Federation of Television Archives

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INCE – Instituto Nacional de Cinema Educativo

ISAAR-CPF – Norma internacional de registro de autoridade arquivística para entidades coletivas, pessoas e famílias

ISAD (G) - Norma geral internacional de descrição arquivística

IASA – Internacional Association of Sound and Audiovisual Archives

ISDF-Norma internacional para descrição de funções

ISDIAH – Norma internacional para descrição de instituições com acervo arquivístico

ISOC – Internet Society

MR – Memórias Reveladas

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NIC.br – Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR

NOBRADE – Norma brasileira de descrição arquivística

PRODASEN – Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal

RNP – Rede Nacional de Ensino e Pesquisa

RTVE.ES – Corporación Radiotelevisión Española

SIAN – Sistema de Informações do Arquivo Nacional

TIC – Tecnologias de informação e comunicação

UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro

UNESA – Universidade Estácio de Sá

UNESCO – Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura

Unicamp – Universidade Estadual de Campinas

USP – Universidade de São Paulo

UNISIST – United Nations International Scientific Information

URL – Uniform Resource Locator

W3C – World Wide Web Consortium

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO …...............................................................................................................14

2 MARCO TEÓRICO CONCEITUAL …...........................................................................18

3 OS CINEJORNAIS DA AGÊNCIA NACIONAL …........................................................30

3.1 ASPECTOS DA HISTÓRIA ARQUIVÍSTICA E TEMÁTICAS RECORRENTES …....33

3.2 DIFUSÃO PARA ACESSO …...........................................................................................41

4 REPRESENTAÇÃO ARQUIVÍSTICA DOS CINEJORNAIS …...................................44

4.1 SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO ARQUIVO NACIONAL (SIAN) …......................44

4.2 PORTAL ZAPPIENS ….....................................................................................................52

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ….................................................................55

5.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ….....................................................................................55

5.2 CAMPO EMPÍRICO ….....................................................................................................56

5.3 ANÁLISE DOS PEDIDOS DE INFORMAÇÃO ENVIADOS À COORDENAÇÃO DE

ATENDIMENTO À DISTÂNCIA (COADI) DO ARQUIVO NACIONAL ….......................59

5.4 ESTUDO COMPARATIVO SOBRE A DIFUSÃO DE DOCUMENTOS

AUDIOVISUAIS ….................................................................................................................63

6 ANÁLISE, DISCUSSÃO E RESULTADOS: APONTANDO PRINCÍPIOS

METODOLÓGICOS ….........................................................................................................75

7 CONCLUSÃO ….................................................................................................................87

REFERÊNCIAS ….................................................................................................................89

APÊNDICE A – Seleção dos cinejornais que receberam comentários dos usuários do Portal

Zappiens

APÊNDICE B – Categorização dos pedidos de informação enviados à Coordenação de

Atendimento à Distância (COADI) do Arquivo Nacional no período de 2009 a 2013

ANEXO A – Artigo de jornal: Todos os planos da nova Agência Nacional

ANEXO B – Tela de apresentação do Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN)

ANEXO C – Tela de apresentação do Portal Zappiens

ANEXO D – Possibilidades de pesquisa no Sistema de Informações do Arquivo Nacional

(SIAN) e no Portal Zappiens

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1 INTRODUÇÃO

O crescimento e a popularização das tecnologias de informação e comunicação

(TICs) e da internet estão suscitando novas maneiras de relacionamentos e prestação de

serviços. Pessoas, empresas e instituições estão cada vez mais conectadas em rede e

compartilhando suas informações, ampliando com isso a possibilidade de contatos e trocas. É

possível perceber cada vez mais a interação homem-máquina em diversos cenários, inclusive

nos chamados ambientes de informação como os arquivos, bibliotecas e museus.

As instituições arquivísticas brasileiras estão inseridas nesse contexto e

consequentemente estão sofrendo os impactos dessa transformação. A difusão e

compartilhamento de seus documentos e atividades passaram a ser tarefas fundamentais para

o cumprimento do papel de disseminadoras de informação e conhecimento. A maneira

tradicional como são desempenhadas as atividades nos arquivos carece de uma constante

avaliação, considerando a dinâmica do ambiente informacional hoje em dia. Percebe-se que as

fronteiras entre os arquivistas e os usuários dos arquivos têm diminuído consideravelmente.

As tecnologias de informação e comunicação, mesmo com todas as promessas

mágicas, ainda não possuem a capacidade de solucionar todos os anseios dos diferentes

usuários de um arquivo. A interferência do fator humano continua sendo de fundamental

importância quando o que está em questão é a organização, identificação, descrição,

indexação e difusão de documentos arquivísticos. Nos últimos anos houve uma demanda

muito grande para a digitalização de documentos, objetivando, principalmente, o acesso.

Todavia, é necessário reconhecer que, neste caso, só é possível recuperar aquilo que foi

colocado disponível na rede. Depois, é preciso entender que disponibilizar na internet vai

muito além da digitalização dos documentos. Não será possível encontrar na rede aquilo que

previamente não foi organizado, identificado, descrito e indexado. A digitalização de

documentos deve ser encarada como umas das últimas etapas do processamento arquivístico.

No caso específico dos documentos audiovisuais, é necessário buscar uma correspondência

entre as imagens e sons (juntos ou separados) e os seus significados verbais. O trabalho de

análise e representação arquivística das imagens em movimento terão como resultado

significados verbais que servirão para a recuperação da informação e consequentemente para

o acesso.

O Arquivo Nacional do Brasil consciente da necessidade de promover a

difusão da informação arquivística pública na internet firmou um acordo de cooperação

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técnica com o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por intermédio do Núcleo de

Informação e Coordenação do Ponto BR, no dia 18 de agosto de 2008. O acordo tinha como

finalidade a digitalização de obras audiovisuais sob a guarda da instituição (exceto as

depositadas em regime de comodato), desde que já telecinadas, para difusão por meio de

plataforma virtual na internet no âmbito do Projeto de Conteúdos Digitais do CGI.br. O

exemplo pioneiro mostra que muitas das carências financeiras e profissionais das instituições

públicas brasileiras podem ser minimizadas com acordos e parcerias para o desenvolvimento

de pesquisas e compartilhamento de recursos tecnológicos e informacionais.

Para inaugurar o compromisso entre o Arquivo Nacional e o CGI.br o arquivo

de imagens em movimento1 da Agência Nacional foi disponibilizado para acesso no Portal

Zappiens.br. As cópias digitais e as respectivas descrições arquivísticas dos cinejornais,

filmetes institucionais, documentários e transmissões de TV podem ser consultadas na

plataforma virtual mantida pelo CGI.br na rede mundial de computadores desde o ano de

2010. Como está ocorrendo com a maioria dos portais e sites, o conteúdo do Portal Zappiens2

pode ser compartilhado nas principais redes sociais, ampliando e diversificando o perfil de

usuários. O documentário “O comportamento na estrada (1970)”3, por exemplo, foi

compartilhado 95 vezes no Facebook, 5 vezes no Twitter e recebeu 10 comentários dos

usuários do portal desde que foi publicado para acesso no dia 23 de março de 2010.

A disponibilização das imagens em movimento da Agência Nacional no Portal

Zappiens.br para acesso não foi por acaso. Após consultar os pedidos de atendimento e as

requisições de reprodução de documento arquivístico, verificou-se que tais imagens em

movimento representam o arquivo audiovisual mais consultado e reproduzido da instituição.

Os fragmentos e cópias integrais dessas imagens em movimento são reproduzidos para depois

1 Foi considerada a definição de imagens em movimento estabelecida pela UNESCO na Recomendação sobre a Salvaguarda e a Conservação das Imagens em Movimento, votada por sua Assembléia Geral reunida em Belgrado em 1980: "qualquer série de imagens captadas e fixadas em um suporte (independente do método de captação das mesmas e da natureza do dito suporte – por exemplo, filmes, fitas, disco, etc. - utilizado inicial e ulteriormente para fixá-las) com ou sem acompanhamento sonoro que, ao serem projetadas, dão uma impressão de movimento e estão destinadas à comunicação ou distribuição ao público ou se produzam com fins de documentação; considera-se que compreendem, entre outros, elementos das seguintes categorias: i produções cinematográficas (como filmes de longa metragem, curta metragem, filmes de divulgação científica, documentários e atualidades, desenhos animados e filmes educativos); ii produções televisivas, realizadas por ou para as organizações emissoras; iii produções videográficas (como as contidas nos videogramas) que não sejam mencionadas em i. e ii.” (UNESCO, 1980 apud SOUZA, 2009, p. 6).2 Zappiens.br é um projeto do Comitê Gestor da Internet no Brasil para divulgação, disseminação e distribuição de conteúdos digitais em língua portuguesa. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/home.jsp>. Acesso em: 22 jul. 2013.3 O comportamento na estrada (1970). Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiL8t_3BaWVF7w-FPFNW_a0dfq64-PX7nUa24UHlamC_M.&idRepositorio=0>. Acesso em: 7 abr. 2014.

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serem utilizados, principalmente, em documentários, filmes de ficção, programas de TV e

trabalhos acadêmicos.

O acordo firmado entre o Arquivo Nacional e o Comitê Gestor da Internet no

Brasil segue uma tendência de difusão de acervos na internet. A Cinemateca Brasileira, com

patrocínio do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos coordenado

pelo Ministério da Justiça, disponibilizou em uma base de dados4 as informações e as imagens

do Acervo Audiovisual Jornalístico da TV Tupi. Na Europa podemos citar iniciativas com

propósitos próximos ao acordo mencionado, como, por exemplo, a parceria entre a Filmoteca

Española e a Corporación Radiotelevisión Española – RTVE.ES, que possibilitou a

disponibilização dos noticiários e documentários NO-DO da época da ditadura franquista.

A partir desta realidade cabe afirmar, que esta pesquisa foi estimulada

considerando que existem aspectos das imagens em movimento, em especial dos aspectos

formais e de conteúdo dos cinejornais, que ainda não foram levados em conta na descrição

arquivística e indexação já estabelecidas e por conta disso o acesso aos conteúdos restringe a

sua recuperação/busca ou fica restrito. Portanto, este estudo teve como objetivo a proposição

de princípios metodológicos para a representação arquivística do conteúdo dos cinejornais.

Diante disso, e com base na experiência da difusão do arquivo de imagens em

movimento da Agência Nacional no Portal Zappiens.br, algumas questões podem e devem ser

estudadas, tais como: qual tipo de análise de filmes pode ser aplicada aos cinejornais da

Agência Nacional para potencializar os pontos de acesso para seu uso? É possível estabelecer

critérios para análise e descrição dos cinejornais? Quais procedimentos da análise

documentária são necessários para representar e possibilitar o acesso aos documentos

audiovisuais em ambientes digitais? Quais as vantagens e as dificuldades para difundir os

documentos audiovisuais na rede mundial de computadores?

Pretende-se também com este trabalho verificar quais são os aspectos comuns

aos cinejornais que deverão estar presentes na representação da informação arquivística,

abordando a indexação intelectual no esforço homem-máquina, com o intuito de contribuir

para a recuperação da informação e, consequentemente, para o acesso no Sistema de

Informações do Arquivo Nacional (SIAN) e no Portal Zappiens.

4 A Cinemateca Brasileira coordenou o projeto Resgate do Acervo Audiovisual Jornalístico da TV Tupi, que visava a disponibilização das imagens em movimento na internet. Disponível em: <http://www.cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=TUPI&lang=p>. Acesso em: 22 jul. 2013.

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Definições clássicas e históricas da Ciência da Informação e o estado da arte

das imagens em movimento na área foi identificado e discutido. Como o objeto de pesquisa,

especificamente no que diz respeito a análise dos cinejornais, possui relação com a

Arquivologia, Cinema e História, buscou-se também a interlocução teórica com essas três

áreas do conhecimento com a finalidade de se realizar uma proposta de descrição e

representação arquivística para os jornais cinematográficos. Também levou-se em conta o que

já está estabelecido nas normas arquivísticas e nas normas de catalogação da International

Federation of Film Archives (FIAF).

As indagações e questões acima foram desenvolvidas nas seções que compõem

este trabalho. Começamos com a apresentação e a discussão do “Marco teórico conceitual”

(Seção 2), onde selecionamos e incluímos a literatura da Ciência da Informação,

Arquivologia, Cinema e História que foram fundamentais para o desenvolvimento desta

pesquisa. Em “Os cinejornais da Agência Nacional” (Seção 3) traçamos uma sintética

contextualização da produção e exibição de cinejornais no Brasil, com ênfase nos jornais

cinematográficos produzidos pela Agência Nacional, alguns “Aspectos da história arquivística

e temáticas recorrentes” (Seção 3.1) e maneiras de “Difusão para acesso” (3.2). Na seção 4

discutimos a “Representação arquivística dos cinejornais” com a finalidade de mostrar como

os documentos audiovisuais estão sendo contemplados nas normas arquivísticas e nas normas

de catalogação da International Federation of Film Archives (FIAF) e sua realização no

“Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) (Subseção 4.1) e no Portal Zappiens

(Subseção 4.2). Na seção 5 são apresentados os procedimentos metodológicos da pesquisa,

assim definidos: a) da pesquisa bibliográfica (Subseção 5.1); b) do campo empírico (Subseção

5.2); c) análise dos pedidos de informação enviados à Coordenação de Atendimento à

Distância (COADI) do Arquivo Nacional (Subseção 5.3); e d) estudo comparativo sobre a

difusão de documentos audiovisuais na internet (Subseção 5.4). Finalizamos com a “Análise,

discussão e resultados: apontando princípios metodológicos” (Seção 6) e com uma

“Conclusão” (7) acerca da pesquisa realizada.

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2 MARCO TEÓRICO CONCEITUAL

O marco teórico conceitual do nosso trabalho está pautado em definições

fundadoras e históricas da Ciência da Informação. Relaciona-se também com o panorama

atual da área, principalmente, nos estudos e pesquisas acerca da representação e recuperação

das imagens em movimento. Somando-se as discussões sobre o tema presente na CI,

buscamos também na Arquivologia o arcabouço teórico adequado para nossas discussões,

visto que o nosso objeto de pesquisa é de natureza arquivística. Sobre a análise de filmes

selecionamos as principais referências do Cinema e da História, que poderão contribuir para a

representação arquivística dos cinejornais com foco na recuperação da informação.

Começamos com o levantamento e o estudo de referências teóricas da área da

Ciência da Informação. Para a finalidade dos nossos estudos chegamos a duas importantes

conclusões. Primeiro foi possível perceber que desde o surgimento da área a representação e a

recuperação da informação estiveram no centro das discussões. Segundo que a recuperação

das imagens, especificamente as imagens em movimento, ainda não mereceu o devido

aprofundamento na área. Segundo Cordeiro (2010, p. 235),

As pesquisas na área de Ciência da Informação que contemplam a especialidade da Organização do Conhecimento e da Informação de Imagens, englobam, em seu escopo, os audiovisuais e, entre estes, os filmes cinematográficos, no entanto abordados de forma reduzida na literatura da área. (grifo nosso)

O resultado da investigação realizada na Base de Dados Referencial de Artigos

e Periódicos em Ciência da Informação (BRAPCI) e no Portal de Periódicos da Coordenação

de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) revela que no Brasil ainda não

foram desenvolvidos estudos e pesquisas com ênfase na representação arquivística de

cinejornais, visando a indexação e a recuperação da informação. Os estudos já desenvolvidos

com os cinejornais tiveram como ênfase os aspectos históricos e sociológicos da propaganda

política transmitida pelas imagens nas salas de cinema.

O nosso objeto de pesquisa encontra fundamentação teórica em, pelo menos,

duas definições clássicas e históricas do que seria Ciência da Informação. A primeira delas

surgiu na conferência realizada no Georgia Institute of Tecnology, em 1962, e faz parte da

esclarecedora cronologia da área apresentada por Shera e Cleveland (1977, p. 265) no texto

History and Foundations of Information Science.

A ciência que investiga as propriedades e o comportamento da informação, as forças que regem o fluxo de informações, bem como os meios de tratamento da informação para otimizar a acessibilidade e o uso. Os processos incluem a produção, difusão,

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coleta, organização, armazenamento, recuperação, interpretação e uso da informação. O campo é derivado ou relacionado com a matemática, lógica, lingüística, psicologia, informática, pesquisas operacionais, artes gráficas, comunicação, biblioteconomia, gestão, e alguns outros campos. (tradução nossa).

Desde o surgimento da definição até agora, muitas mudanças sociais e

tecnológicas ocorreram, afetando o processamento e uso da informação. Todavia, a definição

continua atual e aplicável, visto que ainda hoje continua sendo desafiador estabelecer “os

meios para processar a informação para ótima acessibilidade e uso”.

Na concepção de Borko (1968) a Ciência da Informação é “uma ciência

interdisciplinar que estuda as propriedades e o comportamento da informação, as forças que

dirigem o fluxo e o uso da informação e as técnicas, tanto manuais como mecânicas, de

processar a informação visando sua armazenagem, recuperação e disseminação”.

Considerando as duas definições mencionadas acima é possível perceber a

questão da representação e recuperação da informação, sobretudo dessa última, que está

presente na área desde o seu início por conta da necessidade de tratar as informações de

caráter científico e tecnológico. Portanto, a Ciência da Informação se apresenta como um

ambiente propício epistemologicamente para a reflexão acerca da representação das imagens

em movimento da Agência Nacional.

Borko (1968) há mais de 50 anos já previa a relação da representação da

informação com os computadores e os sistemas de informação.

a Ciência da Informação está relacionada com pesquisas que envolvem a representação da informação, tanto em sistemas naturais como artificiais, no uso de códigos para a transmissão eficiente de mensagens e no estudo de dispositivos e técnicas para o processamento da informação, tais como os computadores e os sistemas de informação.

Verifica-se que desde o surgimento da Ciência da Informação a questão da

recuperação da informação esteve presente nas definições da área e a tendência é de

ampliação, principalmente, com o nível acelerado do desenvolvimento e aprimoramento de

novas tecnologias de informação e comunicação (TICs). Saracevic (1996, p. 45) acredita que

a recuperação da informação foi uma das responsáveis pelo desenvolvimento da Ciência da

Informação.

[…] o trabalho com a recuperação da informação foi responsável pelo desenvolvimento de inúmeras aplicações bem sucedidas (produtos, sistemas, redes, serviços). Mas, também, foi responsável por duas outras coisas: primeiro, pelo desenvolvimento da CI como um campo onde se interpenetram os componentes científicos profissionais. Certamente, a recuperação da informação não foi a única responsável pelo desenvolvimento da CI, mas pode ser considerada como principal; ao longo do tempo, a CI ultrapassou a recuperação da informação, mas os problemas principais tiveram origem aí e ainda constituem seu núcleo. Segundo, a recuperação

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da informação influenciou a emergência, a forma e a evolução da indústria informacional. Novamente, a recuperação da informação não foi o único fator, mas o principal. Como a CI, a indústria da informação atualmente não é apenas recuperação da informação, mas esta é o seu componente mais importante.

As novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) fizeram e fazem

com que uma nova postura seja adotada, sobretudo quando o foco está no usuário, quem

pesquisa e usa a informação. O exercício da cidadania, que está sendo comumente relacionado

ao acesso à informação, também tem sido estimulado por leis e pelos meios de comunicação.

As instituições detentoras de acervos precisam estar preparadas para atender os anseios dos

cidadãos nesse novo contexto.

O crescimento da Internet como meio de disponibilização de informação/conhecimento, sob as mais diferentes formas – documentos, imagens, hiperdocumentos, – reforça ainda mais a importância da representação para suportar atividades de descoberta/identificação de informações, avaliação e uso. Estas atividades são essenciais para que o conhecimento, tornado assim disponível, possa ser acessado e se torne operacional. (MARCONDES, 2001, p. 67).

O objeto de estudo, especificamente no que diz respeito a análise dos

cinejornais, possui relação com a Arquivologia, Cinema e História, portanto, a natureza

interdisciplinar da Ciência da Informação proporciona um ambiente apropriado para discutir a

representação de imagens em movimento, visando a recuperação da informação. Além disso,

possui relação com a Ciência da Computação, já que a utilização das tecnologias de

informação e comunicação (TICs) como um meio, uma interface, tem proporcionado o acesso

a esses documentos digitais.

É importante salientar que os cinejornais da Agência Nacional integram um

fundo arquivístico da principal instituição de arquivo do Brasil e, portanto, o tratamento

técnico realizado nos documentos seguiu normas, técnicas e padrões arquivísticos

reconhecidos e praticados internacionalmente. Entretanto, as peculiaridades do campo

arquivístico não impedem a identificação de relações com outros campos, especificamente

com a Ciência da Informação, na qual as pesquisas sobre representação e recuperação da

informação encontram-se seus fundamentos.

Para Saracevic (1996, p. 56) “desde os primórdios da CI, a noção de eficácia

(por exemplo, a comunicação eficaz do conhecimento, o acesso eficiente aos recursos

informacionais, a relevância e utilidade da informação, a qualidade da informação...) tem sido

uma preocupação central”. No século XXI essa noção continua presente na área. A utilização

das tecnologias de informação e comunicação (TICs) para processamento, armazenamento e

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difusão de documentos cresce a cada dia com o barateamento dos preços dos equipamentos e

com a disseminação de sistemas e programas de recuperação da informação.

As vantagens das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) e as

teorias e técnicas da Ciência da Informação e da Arquivologia podem contribuir para

organização e representação dos documentos audiovisuais.

[…] a Ciência da Informação irá favorecer (e poderá ser favorecida com) estudos que coloquem em discussão os impactos que as redes e sistemas de informação virtual vêm causando nas áreas com as quais faz fronteira, sendo a arquivologia uma delas. O enquadramento de acervos arquivísticos no âmbito da internet exigirá, por parte do campo arquivístico, a incorporação de novos princípios conexos com as transformações ocorridas nos processos de produção, gestão e difusão da informação. (MARIZ, 2012, p. 14).

O cenário atual, onde a internet proporciona diferentes maneiras de contatos e

relacionamentos, uma maior interação entre usuários e arquivistas precisa ser estimulada.

Também pode-se aproveitar para manter um constante diálogo com outras áreas do

conhecimento, com a finalidade de contribuir para a identificação de conteúdo e organização

dos arquivos que possuem cinejornais.

Estudos mais recentes da área da Ciência da Informação apontam para o

desenvolvimento de pesquisas com foco nos documentos multimídias e nas novas

necessidades de informação colocadas a partir do uso da internet como forma de interação

entre os arquivos e os seus usuários. Hertzum (2003) no artigo Requests for information from

a film archive: a case study of multimedia retrieval, analisou os pedidos de informação

dirigidos ao Deutsches Filminstitut (DIF), Frankfurt, Alemanha. Para o autor (2003, p. 169)

O aumento da disponibilidade de materiais multimídia é acompanhada por uma necessidade de técnicas de indexação que apoiem uma recuperação eficaz. Isso exige pesquisa sobre técnicas de recuperação multimídia e estudos empíricos sobre por que, quando e como as pessoas buscam material multimídia. (tradução nossa).

Ainda no panorama internacional destacam-se os trabalhos desenvolvidos por

Peter Enser acerca da recuperação da informação, com ênfase na recuperação da informação

visual. O autor (2008) no artigo The evolution of visual information retrieval, apresentou um

breve panorama do desenvolvimento da teoria e prática da recuperação da imagem na era

digital e defendeu a investigação da recuperação da informação baseada no conteúdo.

Em 2012 foi publicado um conjunto de trabalhos de pesquisa relacionados com

a indexação e a recuperação de informações não-textuais (Introduction to indexing and

retrieval of non-text information, 2012). De acordo com Neal (2012, p.1), organizadora da

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publicação, o crescimento do número de documentos não-textuais colocados on-line está

colocando uma tarefa desafiadora para a indexação e a recuperação da informação.

Destaca-se na publicação o artigo de La Barre e Cordeiro (2012, p. 234-262),

That obscure object of desire: Facets for film access and discovery, que utilizou o recurso da

análise fílmica e de facetas5 para identificar maneiras de melhorar o acesso às imagens em

movimento. As autoras (2012, p. 235) esclarecem que o

Acesso à informação é um tema predominante em biblioteconomia e ciência da informação. Criação de acesso a recursos de informação envolve os processos básicos de tradução, análise e representação. Prática corrente na criação de simples representações documentais, muitas vezes inclui informações sobre codificação de conteúdo e indicações de como e onde o conteúdo está disponível. (tradução nossa)

Cordeiro (2010, p. 88) explica a importância da representação documentária e

o papel do indexador como mediador entre os documentos, os usuários e os Sistemas de

Recuperação de Informação.

Quando o indexador analisa um documento de forma individual, pode-se acreditar que o parâmetro a ser considerado é a interseção entre o universo de documentos e o universo de usuários e, de forma menos intensa, o universo da unidade organizacional, além dos critérios estabelecidos na política de indexação. O indexador irá usar um parâmetro hipotético de possíveis perguntas/interesses de usuários para tal universo de documentos. Diante disto, verifica-se que alguns princípios norteiam a análise do indexador, considerando a representação (indexação) e a recuperação das informações.

A representação da informação6 é que poderá garantir a sua disseminação e

utilização. Daí é fundamental o trabalho de descrição e indexação dos documentos

arquivísticos, independentemente do gênero, com foco no usuário. Inseridos nesse contexto

também estão os cinejornais. De acordo com Cordeiro e Amâncio (2005, p. 94),

A indexação de qualquer documento é um procedimento redutor do conteúdo total de uma fonte de informação, inclusive o filme, mas a prática da indexação, tendo como base a tentativa de analisar o filme mediante o seu potencial informativo, potencializa [e] possibilita o acesso aos fragmentos do filme e viabiliza a tomada de decisão do usuário sobre a necessidade [d]o acesso e uso do filme.

Outro aspecto que deve ser observado no domínio da representação

documentária é o estabelecimento de políticas de indexação, pois nos parece que existe uma

grande dificuldade em estabelecer tais diretrizes nas instituições. Essa dificuldade pode ser

ainda maior quando está em questão um fundo documental arquivístico, visto que diferentes

5 Ver também outro trabalho das autoras acerca da análise de facetas e filmes: CORDEIRO, Rosa Inês Novais de; La Barre, Kathryn. Análise de facetas e obra fílmica. Informação & informação (UEL. Online), v. 16, p. 180-201, 2011. Ainda, as autoras (2012, 240), comparam os pontos de acesso descritos e fornecidos por quatro ambientes informacionais de imagens em movimento: IMDb – Internet Movie Database (USA/UK); Moving Image Archive (USA); Porta Curtas (Brasil); BBC Motion Gallery (UK).

6 Também denominada com tratamento temático da informação (TTI), análise documentária, indexação e representação documentária.

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gêneros documentais (textuais, iconográficos, cartográficos, audiovisuais) podem integrar

esse mesmo fundo. Uma das características dos documentos arquivísticos é a relação orgânica

que eles possuem. Entretanto, essa relação orgânica muitas vezes não é percebida e nem

aplicada quando o conjunto documental de um fundo é muito grande. Cada gênero

documental é tratado tecnicamente de forma específica e a descrição e a indexação são feitas

com base em metodologias próprias (ad hoc) e não em uma política institucional de

indexação. A partir de uma visão otimista, podemos identificar algumas iniciativas de

indexação, mas dificilmente uma política clara e estabelecida. O tratamento arquivístico

integrado dos diferentes gêneros documentais deve levar em conta as especificidades de cada

um.

As imagens, assim como as histórias, nos informam e o reconhecimento do texto imagético como documento nos sinaliza a necessidade de lançarmos mão de metodologia de análise que nos orientem no trabalho de leitura, uma vez que as imagens operam de maneira fragmentária, delimitadas por enquadramentos e pontos de vista onde as informações se encontram em meio a signos e símbolos de naturezas distintas. É nesse sentido que as imagens apresentam vestígios visuais na recomposição material do passado em aspectos triviais do cotidiano, como vestimentas, arranjos domésticos, etc., o que torna importante ressaltar ainda uma vez a distância entre a imagem e a realidade, voltando a questão da representação como contexto intrínseco a qualquer imagem do passado e à necessidade de consideramos sempre o contexto social externo do qual ele é produto. (MUNIZ, 2010, p. 133).

O trabalho de representação da informação carece de leituras e interpretações

apuradas, levando-se em conta as diferentes formas de apresentação das imagens. Um filme

de ficção possui uma estrutura narrativa e uma intenção diferente de uma atualidade

cinematográfica. Deve-se atentar, portanto, para a interpretação das imagens em movimento

dentre dos seus contextos específicos de produção e intenção. Cordeiro (1996, p.3) defende

que

a interpretação da imagem consiste, em última instância, em tentar ler o seu significado. É, neste momento, que criador e destinatário irão se encontrar/conhecer. Contar um filme é fazer uma interpretação, uma decodificação por parte de quem o conta.

O esforço então concentra-se na tentativa de encontrar o significado da

imagem. A interpretação desse significado é que servirá de base para o desenvolvimento da

descrição do documento, seja ele textual, iconográfico ou uma imagem em movimento.

Cordeiro (1996, p.5) também diz o que mais importa para a área da representação da

informação é

[…] conhecer o potencial informativo do filme, as várias interpretações e os aspectos comuns à interpretação (as semelhanças e diferenças) e que levam a distinguir

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possíveis variáveis a serem aplicadas à análise/leitura/interpretação de filmes e sua documentação em grandes acervos. Isto permite, também, detectar possíveis segmentos/categorias de usuários, e de como estes olham e se interessam pelo uso desta informação.

Por mais que os documentos já estejam organizados, arranjados, descritos e

disponibilizados, sempre será necessário avaliar os procedimentos e as metodologias

utilizados em um contexto anterior. Os fatos registrados nos cinejornais da Agência Nacional

ainda permanecem presentes na memória de grande parte dos cidadãos brasileiros. Esses fatos

foram identificados, descritos e representados durante as décadas de 80 e 90 na seção de

filmes do Arquivo Nacional. Entretanto, os documentos de arquivo não são estanques e nem

limitados. Sempre serão passíveis de novas análises.

Em qualquer estágio, a informação sobre os documentos permanece dinâmica e pode ser submetida a alterações à luz de maior conhecimento de seu conteúdo ou do contexto de sua criação. Em especial, sistemas de informação automatizados podem servir para integrar ou selecionar, como exigido, elementos de informação, e atualizá-los ou alterá-los. (ISAD (G), 2000, p. 11).

José Inacio de Melo Souza (2003), em artigo que relata a experiência do

trabalho com cinejornais, esclarece que a fragmentação dos temas e assuntos dos cinejornais é

um dos obstáculos para a leitura histórica do documento fílmico. Para o autor (2003, p. 46)

“os vários tópicos cobertos por um número de cinejornal levado semanalmente às telas pedem

uma complexa abordagem de enunciados descontínuos e separados no tempo e no espaço.”

A fim de mostrar a diversidade de apresentação do formato do conteúdo dos

cinejornais, cabe ilustrar algumas situações. Por exemplo, o cinejornal Brasil Hoje n.º 7

(1971)7 é composto por quatro assuntos diferentes: “Semana da Asa”, “Caribé”, “História” e

“Cidade Teatro”.

Figura 1: cartelas com os títulos das notícias do cinejornal Brasil Hoje n.º 7 (1971)

Fonte: Brasil Hoje, n.º 7, 1971

7 O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiUg3ipJVNsgDx1pylhLyEZHR_JlaQrgWZchktsbpseLU.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 30 maio 2013.

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Geralmente os cinejornais apresentam mais de uma notícia, mas também

podemos encontrar outros que tratam de assuntos específicos. Isso pode ser verificado, por

exemplo, no cinejornal Atualidades Agência Nacional n.º 30 (1963)8, que foge do formato

atualidade ao apresentar o episódio “Manhã na roça” do cineasta Humberto Mauro, na edição

especial do Brasil Hoje n.º 250 (1978)9, que foi inteiramente dedicado ao Teatro Municipal do

Rio de Janeiro e no Cine Jornal Informativo n.º 11810, que cobriu a visita da Rainha Elizabeth

II ao Brasil.

Atualidades Agência Nacional n.º 30 (1963)

Figura 2: cartelas do cinejornal Atualidades Agência Nacional n.º 30 (1963).

Fonte: Portal Zappiens.

Brasil Hoje n.º 250 (1978)

Figura 3: cartelas do cinejornal Brasil Hoje n.º 250 (1978).

Fonte: Portal Zappiens.

8 O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_EntityIdentifier=cgibfGBwIMim2Ah1gwsrByVIDvSW01X9SnNgcm7_VvNNqk.&_InstanceIdentifier=0&idRepositorio=0>. Acesso em: 31 mar 2014.9 O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgi6LYTOZVZ2W0hyENYpirmiOmrzSDhEcsUBHUtyIGWKnI.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 30 maio 2013.10 O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiqRW56xRInsJhsEGMcF1wuaAl1op8YcFGd1CYOynw2Og.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 31 mar 2014.

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Cine Jornal Informativo n.º 118

Figura 4: cartelas do cinejornal Cine Jornal Informativo n.º 118.

Fonte: Portal Zappiens.

Teóricos do Cinema e também da História já desenvolveram análises de filmes

direcionadas para o interesse das suas respectivas áreas. A Ciência da Informação pode se

valer da interlocução com estas áreas para procurar estabelecer uma análise específica para a

representação dos conteúdos de cinejornais, visando a recuperação da informação em

ambientes digitais.

Além disso, deve-se considerar os trabalhos e discussões que são realizadas no

âmbito do Comitê de Normas de Descrição do Conselho Internacional de Arquivos (CIA) e da

Comissão de Catalogação e Documentação da International Federation of Film Archives

(FIAF)

Para começar as reflexões sobre análise de filmes, para os objetivos desta

pesquisa, foram levantados e estudados alguns trabalhos importantes e consolidados na área

de cinema. Aumont e Marie, teóricos do cinema, entre outros, (2011, p. 11), declararam que

[...] analisar um filme, mesmo enquanto obra artística, é no fundo uma actividade banal, pelo menos de maneira não sistemática, que qualquer espectador, por pouco crítico, e distante do objecto, pratica a dado momento da sua visão. O olhar com que se vê um filme torna-se analítico quando, como a etimologia indica, decidimos dissociar certos elementos do filme para nos interessarmos mais especialmente por tal momento, tal imagem ou parte da imagem, tal situação.

Logo, a análise, no sentido mais amplo, seria uma atividade cotidiana.

Qualquer espectador estaria apto a realizá-la. Contudo, a análise de um filme visando à

recuperação da informação vai exigir um olhar mais analítico e criterioso.

Corroborando com essa ideia, Vanoye e Goliot-Lété (1994, p. 12) defendem a análise como

um exame técnico. O filme não seria apenas visto, mas revisto e examinado.

Analisar um filme não é mais vê-lo, é revê-lo e, mais ainda, examiná-lo tecnicamente. Trata-se de uma outra atitude com relação ao objeto-filme, que, aliás, pode trazer prazeres específicos: desmontar um filme é, de fato, estender seu registro perceptivo e, com isso, se o filme for realmente rico, usufruí-lo melhor.

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Marc Ferro (2010, p. 90), no domínio da História, estabeleceu três aspectos

para a análise das “atualidades cinematográficas (cinejornais)”. O primeiro aspecto é a “crítica

da autenticidade”, depois a “crítica de identificação” e por último a “crítica de análise”. Esses

aspectos também podem ser observados pelo analista que visa a representação da informação

do conteúdo dos cinejornais. Ainda, o autor (2010, p. 98) alerta para a sedução que as imagens

podem provocar.

As imagens fornecem uma espécie de energia de informação, que convém domar como se faz com um animal. Somos tomados pela força das imagens, dos discursos ou da música, não é possível, portanto, passar diretamente a um discurso de tipo magistral, pois esse tipo de discurso não 'colaria'.

O analista, portanto, deverá buscar um certo distanciamento do

“encantamento” que as imagens podem provocar. As imagens devem ser submetidas ao

analista e não o contrário. A tarefa não é fácil e nem simples. Os trabalhos já desenvolvidos

nas áreas do cinema e da história, mediante a interlocução com a Ciência da Informação e a

Arquivística, poderão dar o embasamento teórico necessário para a identificação de atributos

e características que devem ser observados durante a análise de um cinejornal.

Vanoye e Goliot-Lété propõem uma diferença entre o espectador normal e o

analista (1994, p. 18). A distinção entre um e outro foi esquematizada pelos autores em forma

de um quadro comparativo. Cordeiro (2010), usando a comparação dos autores citados,

observa que a atividade do analista pode ser cotejada com a do indexador quando ele realiza a

leitura técnica do filme a ser representado no serviço de informação.

Quadro 1: comparação entre espectador normal e analista.

Espectador normal Analista

Passivo, ou melhor, menos ativo do que o

analista, ou mais exatamente ainda, ativo de

maneira instintiva, irracional.

Ativo, conscientemente ativo, ativo de

maneira racional, estruturada.

Percebe, vê e ouve o filme, sem desígnio

particular.

Olha, ouve, observa, examina tecnicamente

o filme, espreita, procura indícios.

Está submetido ao filme, deixa-se guiar por ele. Submete o filme a seus instrumentos de

análise, a suas hipóteses.

Processo de identificação. Processo de distanciamento.

Para ele, o filme pertence ao universo do lazer. Para ele, o filme pertence ao campo da

reflexão, da produção intelectual.Prazer Trabalho

Fonte: VANOYE, Francis, GOLIOT-LÉTÉ, Anne. Ensaio sobre a análise fílmica. Campinas, SP: Papirus, 1994.

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Resumidamente, ainda conforme os autores (1994, p. 18), o “analista e

espectador 'normal' não receberiam portanto o filme da mesma maneira, pois o primeiro busca

precisamente distinguir-se de forma radical do segundo, não se deixa dominar como o último

pelo filme.”

Além das imagens em movimento (com ou sem som), o elemento sonoro

também pode ser analisado. Jan Asmund Jakobsen relatou sua experiência com os cinejornais

noruegueses durante o Congresso da Federação Internacional de Arquivo de Filmes, em 1993.

Na oportunidade chamou a atenção para a importância do elemento sonoro.

Os meus próprios interesses, preocupações e experiências levam-me a recomendar, aos que estão planejando fazer pesquisas no mesmo campo, que sempre anotem a narração em off do início ao fim, uma vez que o texto falado domina o conteúdo, na medida em que se torna o fator principal da narrativa. (JOKOBSEN, 1996, p. 91). (tradução livre).

Barnier (2011, p. 57) esclarece que, geralmente, o som audiovisual é dividido

em diálogos, músicas e ruídos. Podemos acrescentar no caso específico dos jornais

cinematográficos a narração em off, visto que as imagens em movimento dos cinejornais da

Agência Nacional, quase sempre, eram conduzidas por esse tipo de narração. Apesar de

contribuir para o entendimento do que está sendo visto, não se deve atribuir à narração em off

uma responsabilidade descritiva do conteúdo de um jornal cinematográfico.

Já vimos que o analista de filmes deve estar atento às imagens em movimento e

ao som. Todavia, isso não parece ser suficiente. As imagens e sons oferecem múltiplas

possibilidades de análise. Portanto, é necessário estabelecer critérios a partir de alguns

princípios e práticas. Aumont e Marie (2011, p. 39) defendem a fixação de três princípios

para a análise de filmes:

A. Não existe um método universal para analisar filmes.

B. A análise de um filme é interminável, pois seja qual for o grau de precisão e extensão que

alcancemos, num filme sempre sobra algo de analisável.

C. É necessário conhecer a história do cinema e a história dos discursos que o filme escolhido

suscitou para não os repetir; devemos primeiramente perguntar-nos que tipo de leitura

desejamos praticar.

A análise de um filme com o objetivo de representá-lo por meio da descrição

de conteúdo e termos de indexação pode gerar uma certa angústia. Como bem disseram

Aumont e Marie (2011, p. 39), “a análise de um filme é interminável”. Logo, é necessário

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fixar a análise do filme na perspectiva da representação arquivística da informação. Para

Fillion (1998, p. 239)

Seja como for, é ilusório pensar que a descrição, mesmo a mais detalhada, possa substituir a própria obra. Como para qualquer outro suporte, as várias informações que contêm os documentos cinematográficos obrigam inevitavelmente a efectuar uma escolha, informações essas que devem facilitar a recuperação e reduzir as longas horas de busca e de visionamento.

As escolhas serão diferentes dependendo do objetivo da análise fílmica e

representação da informação. As escolhas de um analista que trabalha em um banco de

imagens certamente não serão as mesmas de um analista que trabalha em uma instituição

arquivística. Como já mencionado anteriormente, os documentos arquivísticos de um mesmo

fundo, independentemente do suporte e do gênero, possuem uma relação orgânica e são

organizados de maneira com que essa relação possa ser percebida.

As imagens em movimento devem ser lidas e interpretadas com critérios

técnicos para que suas representações possam fazer sentido e consequentemente possam ir ao

encontro das necessidades dos mais variados tipos usuários. Também é necessário pensar que

tudo isso faz parte de um processo que não se esgota com a disponibilização dos documentos

e das suas respectivas representações em sistemas de recuperação de informação e na web.

Estamos diante de uma realidade viva e em transformação.

As argumentações e as referências citadas nesta parte do trabalho demonstram

que a análise dos cinejornais da Agência Nacional no SIAN e no Portal Zappiens, que são

meios de acesso e recuperação da informação, está, portanto, bem recepcionada nas reflexões

e nas questões epistemológicas fundadoras e atuais da Ciência da Informação. Além disso,

pode-se perceber que o aspecto interdisciplinar da área possibilita o diálogo com a

Arquivologia, Cinema e História.

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3 OS CINEJORNAIS DA AGÊNCIA NACIONAL

Apresentamos um breve histórico da produção e exibição de cinejornais no

Brasil, com ênfase nos jornais cinematográficos produzidos pela Agência Nacional.

Destacamos também os esforços para a organização, preservação e disponibilização para

acesso de um importante patrimônio audiovisual brasileiro.

Convém, antes de mais nada, esclarecer o que significa um cinejornal a partir

de uma definição estabelecida em um dicionário especializado.

CINEJORNAL – Noticiário produzido especialmente para apresentação em cinemas. É geralmente um filme de curta-metragem. É geralmente um filme de curta-metragem, periódico, e exibido como complemento de filmes em circuito comercial. Diz-se também atualidades ou jornal da tela. (BARBOSA; RABAÇA, 1978, p. 94).

Isto posto, é recomendável ir ao cenário histórico da produção cinematográfica

para se conhecer o contexto de produção e exibição dos jornais cinematográficos. Os autores

Vanoye e Goliot-Lété (1994, p. 23) entendem que “analisar um filme é também situá-lo num

contexto, numa história. E, se consideramos o cinema como arte, é situar o filme em uma

história das formas fílmicas.” Nesse sentido, pretendemos nos próximos parágrafos

contextualizar a produção e a exibição de cinejornais, com ênfase nos cinejornais produzidos

pela Agência Nacional.

Os primeiros jornais cinematográficos, mais conhecidos como atualidades e

cinejornais, apareceram no início das primeiras experiências cinematográficas. Os próprios

irmãos Lumière (1909) experimentaram na Europa o uso desse tipo de curta-metragem

informativo nos espaços que começavam a exibir filmes. De acordo com Capuzzo (1986, p.

17), “os primeiros filmes eram registros de curta duração sobre autoridades, fatos jornalísticos

e alguns espetáculos de variedades”, estrutura bem próxima do que seria um jornal

cinematográfico.

Assim como o próprio cinema, não demorou muito para que um cinejornal

passasse a fazer parte da programação das salas que projetavam os primeiros filmes no Brasil.

De acordo com o verbete “cinejornal” da Enciclopédia do Cinema Brasileiro (Ramos;

Miranda (Org.) 2000, p. 133-134), Francisco Serrador, em 1910, produziu o Bijou Jornal para

ser exibido em São Paulo, e Arnaldo e Cia. trouxe a marca da Pathé para a cidade do Rio de

Janeiro. Nos anos posteriores outras empresas e companhias, como Cinédia, Atlântida, Primo

Carbonari, também começaram a produzir cinejornais no país.

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A partir da década de 1930, por meio do Decreto n.º 21.240, de 4 de abril de

1932, passava a ser obrigatória a exibição de curtas-metragens de caráter informativo. O

artigo15 do decreto estabelecia “a instituição permanente de um cinejornal, com versões tanto

sonoras como silenciosas, filmado em todo o Brasil e com motivos brasileiros, e de

reportagens em número suficiente, para inclusão quinzenal, de cada número, na programação

dos exibidores.” Nessa época informativos produzidos por particulares, que recebiam

incentivos do governo, eram exibidos nas salas de cinema antes do filme que estava em

cartaz.

A primeira experiência do Estado na produção direta de cinejornais tem início

em 1938 no Departamento Nacional de Propaganda e Difusão Cultural (DPDC), que depois se

transformou em Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). O DIP foi criado em 1939,

no governo do então Presidente Getúlio Vargas, compreendendo os setores de divulgação,

radiodifusão, teatro, cinema, turismo e imprensa. O Cinejornal Brasileiro produzido nessa

época funcionou como um importante meio de propaganda da Era Vargas.

O Departamento de Imprensa e Propaganda começa a produzir documentários e jornais cinematográficos, e com a produção oficial institucionalizada as produtoras independentes perdem boa parte do seu mercado. Além da concorrência desigual, têm de enfrentar censura sistemática. Alguns produtores e cinegrafistas conseguem transformar-se em funcionários públicos, filmando diretamente para o DIP, ou para suas agências estaduais, mas a maior parte marginalizada. (GALVÃO; SOUZA, p. 472-473).

Com a publicação do Decreto-Lei n.º 7.582, de 25 de maio de 1945, o DIP é

substituído pelo Departamento Nacional de Informações (DNI). Nesse decreto a Agência

Nacional aparece como parte integrante do novo departamento ao lado da Divisão de

Imprensa e Divulgação, com a Seção de Biblioteca; Divisão de Radiodifusão, com a Seção de

Discoteca; Divisão de Cinema e Teatro, com a Seção de Filmoteca; e Divisão de Turismo; A

Agência Nacional tinha um caráter meramente informativo e atuava na distribuição de

noticiário e serviço fotográfico à imprensa da Capital e dos Estados.

O DNI existiu por menos de dois anos, sendo extinto pelo Decreto-Lei n.

9.788, de 6 de setembro de 1946. Entretanto, a Agência Nacional ficava mantida, subordinada

diretamente ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores. Permanecia com a função

“meramente informativa das atividades nacionais em todos os setores competindo-lhe

ministrar ao público, aos particulares, às associações e à imprensa tôda sorte de informações

sôbre assuntos de interêsse da nação, ligados à sua vida econômica, industrial, agrícola,

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social, cultural e artística.”11 Ficava incumbida de manter o jornal cinematográfico de caráter

noticioso e o boletim informativo radiofônico de irradiação para todo o país. Tinha como

objetivo a divulgação dos atos oficiais e também a divulgação das realizações do governo

federal por meio de imagens em movimento, registros fotográficos e gravações em áudio.

Funcionou até 1979, quando passou a se chamar Empresa Brasileira de Notícias (EBN).

A partir da década de 1970 começa a diminuir a produção e exibição dos

informativos cinematográficos nas salas do Brasil. De acordo com o verbete cinejornal (2000,

p. 134), da Enciclopédia do Cinema Brasileiro,

A partir da década de 70, os cinejornais tornaram-se anacrônicos. O crescimento do número de televisores presentes nos lares brasileiros associado ao jornalismo produzido cada vez mais próximo do tempo real foram dois fatores que empurraram o cinejornal para fora do mercado. O terceiro foi o número cada vez maior de alfabetizados com acesso a jornais e revistas.

O jornal O Estado de São Paulo, do dia 26 de setembro de 1976 (ANEXO A),

publicou um artigo sobre os planos da Agência Nacional. Os cinejornais seriam substituídos

por documentários coloridos sobre o Brasil. As mudanças foram anunciadas pelo diretor da

Agência Nacional na época, o jornalista Arnaldo Cavalcanti Lacombe. Na matéria do jornal o

diretor “informou que toda a produção de cinejornais acaba de ser suspensa para iniciar, em

breve, a serie de documentarios coloridos sobre o País, eliminando-se, assim, os filmes ruins,

com iluminação e textos deficientes e divulgação de notícias superadas”.

No Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) estão cadastrados

145 (cento e quarenta e cinco) documentários, que datam dos anos 20 até os anos 80. A maior

concentração está na década de 70, onde se pode verificar a existência de 106 (cento e seis

registros). Tal constatação confirma a intenção dos novos rumos da Agência Nacional

apontada pelo jornalista Arnaldo Cavalcanti Lacombe. Vale ressaltar que nem todos os

documentários foram produzidos pela Agência Nacional. Encontra-se, por exemplo, na

subsérie do SIAN o “Funeral de Rui Barbosa” (título atribuído), que foi produzido pela

Brazilian Film. Os temas dos filmes da década de 70 eram os mais diversos possíveis. Iam

desde “Agricultura no Rio Grande do Sul”, de 1974 até “Cidades mineiras do barroco”, de

1977.

É importante observar não apenas a produção de cinejornais, mas, sobretudo, a

permanência dos cinejornais em instituições públicas. Percebe-se com isso a manutenção das

11 Art. 3º do Decreto-lei nº 9.788, de 6 de setembro de 1946. BRASIL. Decreto-lei nº 9.788, de 6 de setembro de 1946. Extingue o Departamento Nacional de Informações e dá outras providências. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-9788-6-setembro-1946-458492-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 25 jul. 2013.

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ideias comprometidas com as intenções do poder dominante. A seleção e a preservação de

alguns acervos em instituições públicas acabam atribuindo valor a certos documentos em

detrimento de outros. Para Le Goff (p. 535)

o que sobrevive não é o conjunto daquilo que existiu no passado, mas uma escolha efetuada quer pelas forças que operam no desenvolvimento temporal do mundo e da humanidade, quer pelos que se dedicam à ciência do passado e do tempo que passa, os historiadores. (grifo nosso)

Uma análise básica dos cinejornais da Agência Nacional revela a clara intenção

de passar uma ideia de exaltação e prosperidade do Brasil. Ainda segundo Le Goff os

monumentos são construídos com a intenção de lembrar e comemorar o que na maioria das

vezes possui relação com o poder. Percebe-se, portanto, uma monumentalização12 dos

cinejornais, visto que o mesmo Estado produtor de cinejornais também é responsável pela

preservação e acesso a esses documentos. Diante disso é de fundamental importância entender

o contexto de produção e exibição dos cinejornais. Os motivos que levaram a diminuição até a

completa paralisação da produção também merecem um destaque.

3.1 ASPECTOS DA HISTÓRIA ARQUIVÍSTICA E TEMÁTICAS RECORRENTES

A história arquivística dos cinejornais da Agência Nacional começa em 1982,

quando a maior parte do arquivo de imagens em movimento foi recolhida ao Arquivo

Nacional (em anos anteriores foram recolhidos os outros gêneros documentais como textos e

fotografias). A história do arquivo de imagens em movimento da Agência Nacional está

intimamente relacionada com o início das atividades de processamento técnico e preservação

de documentos audiovisuais no Arquivo Nacional.

Mas, se uma seqüência enigmática de onze fotogramas, do final do século XIX, é o marco inaugural do cinema no Arquivo Nacional, não constitui entretanto um acervo. Para justificar a criação de uma seção de filmes, no início dos anos de 1980, durante a primeira fase de modernização institucional, foi preciso que uma montanha de latas de filmes produzida pelo governo (os cinejornais da Agência Nacional), ameaçada de destruição, fosse transferida para a antiga sede do Arquivo, também na Praça da República. A partir daqueles dias, um intenso programa de adaptação foi implementado. Técnicos estão sendo formados e preparados, um exercício permanente de atualização; espaços de guarda foram criados, tudo visando o novo desafio. (MOLINARI, 2003, p. 6).

12 Não é intenção neste trabalho desenvolver a temática monumentalização dos documentos. Para maiores esclarecimentos consultar: LE GOFF, J. “Documento/monumento”. In: ________. História e memória. São Paulo: Unicamp, 1990, p. 535-550.

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Ainda na década de 80 as imagens em movimento da Agência Nacional

começaram a ser identificadas. Em um primeiro momento, a partir da análise das películas em

mesa de revisão e das anotações das embalagens e dos documentos correlatos, foram anotados

os títulos e os títulos dos segmentos (quando possível) de cada lata/estojo. Logo depois foi

feita a identificação do conteúdo por meio da projeção das películas em moviola, o que

possibilitou o detalhamento das informações.

A organização das imagens em movimento foi realizada de acordo com a série

de produção do cinejornal (Atualidades Agência Nacional, Brasil Hoje, Cine Jornal

Informativo), período cronológico (que está relacionado ao tipo de série) e as especificidades

de acumulação. Hierarquicamente estão subordinadas à “série” filmes do Fundo Agência

Nacional e divididas nas seguintes subséries:

Figura 5: estrutura hierárquica da série filmes do Fundo Agência Nacional.

Fonte: Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN).

As imagens abaixo ilustram as diferentes subséries atribuídas às imagens em

movimento na descrição multinível integrada do Fundo da Agência Nacional.

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Figura 6: representação das subséries das imagens em movimento do Fundo Agência Nacional.

Atualidades Agência Nacional Brasil Hoje Cinejornais

Cinejornal Brasileiro Cine Jornal Informativo Documentários

Filmetes institucionais Transmissões de TV

Fonte: Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/home.jsp>. Acesso em: 22 mai 2014.

O período histórico das imagens em movimento da Agência Nacional abarca o

governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra (31.01.1946 a 31.01.1951) até o início do

governo do Presidente João Baptista Figueiredo (15.03.1979 a 15.03.1985). O período

cronológico concentra-se nas imagens que foram produzidas e veiculadas durante a ditadura

militar brasileira, que teve início no ano de 1964 e durou até 1985.

Uma especulação superficial sobre os discursos veiculados pelo Brasil Hoje, apenas para fornecer um contexto que aproxime o cinejornal do leitor, apresenta três temas principais: o desenvolvimento, a cultura, e a descoberta do Brasil. Qualquer um desses assuntos foram preocupações claras dos governos militares, e nisto, o cinejornal mostrou uma sintonia afinada com a esfera central do poder. (CINEMATECA BRASILEIRA, 1994, p. 2)

O cinejornal Brasil Hoje n. 12 (1972) exemplifica muito bem a afirmação

acima. Apresenta três reportagens de diferentes regiões do país. No Espírito Santo destaca-se

a fabricação de apitos que imitam trinados de aves. Em São Paulo o então secretário estadual

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de transportes, Paulo Salim Maluf, inspeciona a finalização das obras da Rodovia Campinas-

Dutra, que segundo o locutor do cinejornal é uma “arrojada obra de engenharia nacional”.

Termina com uma reportagem sobre teatro, com depoimento de Maria Clara Machado e

imagens das aulas e ensaios no Teatro Tablado.

Os cinejornais e os documentários da Agência Nacional, notadamente os

produzidos e exibidos durante a ditadura militar, tinham como temática principal o

desenvolvimento e o progresso do país. Obras, construções e inaugurações estão presentes em

grande parte dos noticiários. Os presidentes do regime militar seguiram, de alguma maneira,

uma tendência iniciada pelo Presidente Getúlio Vargas em anos anteriores nos jornais

cinematográficos do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP).

Os cinejornais, exibições semanais, traziam ao público dos cinemas brasileiros algumas temáticas específicas que, girando em torno do presidente Vargas, geralmente, ressaltavam algum aspecto de seu governo ou de sua personalidade. Os assuntos mais abordados ao longo dos três anos, aproximadamente, dizem respeito ao processo de industrialização do país; ao cotidiano do presidente no Palácio do Catete; à visita de políticos ou representantes estrangeiros ao país; à ratificação de acordos nacionais e internacionais; às relações diplomáticas de Vargas tanto no âmbito nacional como internacional; às comemorações cívicas com a presença do presidente; marchas militares, festejos públicos, comícios, eventos etc.; as visitas de Vargas a diversas regiões do Brasil; (CASTRO, 2012, p. 93).

O modelo de propaganda política por meio dos cinejornais continuou no Brasil

após 1964, como pode ser observado nos exemplos abaixo, que enfatizam “grandes obras”

realizadas pelos governos militares.

Figura 7: descrição do conteúdo e cartelas do documentário Itaipu Binacional (1979).

Fonte: Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgi7LnKt9PhD8mV_BS5c0UjpLx90Mvt8n03xsUocYTT_3c.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 22 mai 2014.

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Figura 8: descrição do conteúdo e cartelas do documentário Transamazônica (1978).

Fonte: Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgimZKTl_NHqYCyWeIiQwwAFlEUkxK7A4nA0JBTiHlW86U.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 22 mai 2014.

Figura 9: descrição do conteúdo e cartelas do cinejornal Brasil Hoje n.º 237 (1978).

Fonte: Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiVhdnvoeUIZccgSPLNDgwGNeZjS0Hew35yPWap9-bw9o.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 22 mai 2014.

Para Gervaiseau (2006, p. 158), os primeiros filmes suscitaram uma certa

fascinação pela possibilidade das pessoas se verem projetadas. Isso não foi diferente com os

chefes de Estado de várias partes do mundo, que lançaram mão do cinema para se

autoafirmarem e para divulgar os “grandes feitos e realizações” de seus governos. Os

encontros diplomáticos, dentro e fora do Brasil, também contribuíram para a projeção das

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imagens dos governantes. Por meio dos jornais cinematográficos passavam a ideia de bom

relacionamento com outras nações.

Figura 10: descrição do conteúdo e cartelas do cinejornal Brasil Hoje n.º 207 (1977).

Fonte: Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiN3uqRku71DG2zArYxsOmDjaB9iR4TXAr2ocegxJa8Ns.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 22 mai 2014.

Figura 11: descrição do conteúdo e cartelas do cinejornal Brasil Hoje n.º 169 (1976).

Fonte: Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiEM6AcPG_uvgo5F5BXOOce2QptGSUuo93EmsQvPKhrxQ.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 22 mai 2014.

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Mesmo sendo instrumentos de propaganda política com alto teor ufanista. as

imagens revelam, de acordo com o olhar e a intenção do produtor, as relações do Estado com

a sociedade civil e são importantes fontes de informação e estudo para o entendimento e

conhecimento acerca da história recente do país.

O cinejornal, enquanto objeto de e suporte para estudos de historiadores em todo mundo adquiriu lugar privilegiado. Essa afirmação tem raízes não apenas na quantidade crescente de livros e teses – teóricos ou de estudos de casos – sobre cinejornais, que têm sido produzidos nos últimos anos, como também na escolha do cinejornal como tema de simpósio a ser realizado durante o próximo Congresso da Federação Internacional dos Arquivos de Filme-FIAF, na Noruega, em 1993. (CINEMATECA BRASILEIRA, 1992).

De acordo com Bernardet (1979, p. 64) a produção da Agência Nacional não é

significativa de 1946 a 1970. O autor acredita que só a partir da década de 1970 é que a

Agência Nacional volta a produzir regularmente seu jornal e documentários. Na apresentação

do catálogo seletivo de imagens em movimento da Agência Nacional consta a informação

sobre um hiato de cinejornais entre o ano de 1963 e 1964.

Isto se verifica pela mudança de nomenclatura que o jornal passa durante o período de governo do presidente João Goulart e início do presidente Castelo Branco. Neste período o jornal passa a se intitular Atualidades Agência Nacional. Esta mudança vai se refletir também no conteúdo das matérias. Estas adquirem uma visão mais voltada a questão social, refletindo em suas imagens o debate político que se travava no país. (BERNARDET, 1979, p. 64).

Entretanto, verifica-se também outros assuntos nos cinejornais dessa época. O

informativo Atualidades Agência Nacional n.º 22 (1963), por exemplo, começa com um

informativo sobre a recepção da Miss Universo Ieda Maria Vargas no aeroporto Santos

Dumont, passando por uma solenidade com a presença do Presidente João Goulart a bordo do

navio Ana Néri e termina com uma procissão religiosa em frente à Igreja Nossa Senhora da

Glória, no Rio de Janeiro. O cinejornal em questão apresenta cinco blocos de notícias, que

foram descritos no SIAN e no Portal Zappiens conforme segue abaixo. Os títulos foram

atribuídos e as imagens13 ilustram cada bloco de notícias.

Figura 12: cartelas e títulos atribuídos do cinejornal Atualidades Agência Nacional n.º 22 (1963).

[MISS UNIVERSO, IEDA MARIA VARGAS, é recepcionada no

aeroporto e desfila sobre carro de bombeiros]

13 Trata-se de um cinejornal antigo e, por isso, a qualidade das imagens está prejudicada.

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[PRESIDENTE JOÃO GOULART em solenidade a bordo do navio Ana

Néri]

[JARDIM ZOOLOGICO – aspectos de animais]

[PERSONAGENS não identificados dão palestra e visitam instalação

de indústria]

[PROCISSÃO RELIGIOSA em frente à Igreja Nossa Senhora da

Glória, no Rio de Janeiro]

Fonte: Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiG7nLHIPJpUZFJDVitwRbxxZIDy-hoNcHvsfv6CBQ2fM.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 22 mai 2014.

O interesse pelos documentos produzidos durante a ditadura militar brasileira

tem crescido nos últimos anos e a organização e a digitalização de documentos dessa época

estão sendo estimulados e patrocinados pelo governo federal brasileiro. Em 2009 a Casa Civil

da Presidência da República institucionalizou o Centro de Referência das Lutas Políticas no

Brasil, denominado "Memórias Reveladas" (MR)14. A implantação do centro ficou a cargo do

Arquivo Nacional, que reuniu em um banco de dados informações sobre os fatos da história

14 O portal Memórias Reveladas disponibiliza um banco de dados similar ao Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN). Disponível em: <http://www.an.gov.br/mr/Seguranca/Principal.asp>. Acesso em: 27 jul. 2013.

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política do período de 1964 a 1985. As informações sobre o Fundo Arquivístico da Agência

Nacional também estão descritas no banco de dados15 do Memórias Reveladas.

3.2 DIFUSÃO PARA ACESSO

Desde o início dos anos 2000 o Arquivo Nacional disponibiliza para acesso

on-line no Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) informações acerca dos seus

fundos arquivísticos. Nos últimos anos, além das informações, cópias digitais de uma pequena

parcela dos documentos (geralmente documentos textuais e iconográficos) passaram a ser

concedidas para acesso por meio do SIAN.

Com objetivo de também difundir na internet uma parte dos documentos

audiovisuais que estão na instituição foi estabelecido um acordo de cooperação técnica com o

Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por intermédio do Núcleo de Informação e

Coordenação do Ponto BR, para a digitalização e difusão das imagens em movimento da

Agência Nacional no Portal Zappiens.

o Zappiens.br é um projeto experimental criado para ser um serviço gratuito de agregação e distribuição de conteúdo audiovisual científico, educativo, artístico e cultural em língua portuguesa da Comissão de Trabalhos de Conteúdos Digitais (CT-Conteúdos) do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).16

Em 2010, no lançamento do Portal Zappiens.br, projeto do CGI.br para

divulgação, disseminação e distribuição de conteúdos digitais em língua portuguesa17, o

Diretor-Geral do Arquivo Nacional, Sr. Jaime Antunes, celebrou a parceria:

O Portal Zappiens.br, ao disponibilizar os cinejornais da Agência Nacional, irá proporcionar ao cidadão a oportunidade de acessar e pesquisar na web um rico acervo de imagens em movimento, que retratam a história de nosso país entre as

15 “O banco de dados Memórias Reveladas reúne, de forma cooperativa, informações sobre o acervo arquivístico relacionado à repressão política no período 1964-1985, custodiado por diferentes entidades brasileiras. As informações, exibidas em até cinco níveis de detalhamento, acham-se em constante atualização. Proporciona um panorama do acervo disponível à consulta em diferentes pontos do país e permite acompanhar a inventariação das fontes documentais. À medida que o banco cresce em registros, as buscas temáticas, por nomes e/ou datas, favorecem o cruzamento e a confrontação de dados, assim como a identificação dos documentos que servem à reconstituição de fatos e processos. As imagens dos documentos, gradualmente associadas aos registros, tornam possível a visualização de cartas, processos, mapas, desenhos, fotografias, folhetos e panfletos.” Disponível em: <http://www.an.gov.br/mr/Seguranca/Principal.asp>. Acesso em: 31 mar. 2014.16 Mais informações podem ser consultadas por meio do link Sobre o projeto. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/visualizarTexto.jsp?midia=sbprojeto>. Acesso em: 31 mar. 2014. 17 Portugal também possui um portal similar chamado Zappiens.pt, que tem como objetivo a agregação e a visualização de conteúdos multimídia educativos, científicos, culturais ou artísticos produzidos preferencialmente em ambiente escolar e em língua portuguesa. Disponível em: <http://zappiens.pt/>. Acesso em: 19 set. 2011.

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décadas de 30 e 70, divulgando o acervo, facilitando o acesso e colaborando para um melhor atendimento ao usuário do Arquivo Nacional.18

No mesmo ano o arquivo “Agência Nacional: a informação a serviço do

Estado” foi nominado no Registro Nacional do Programa Memória do Mundo da UNESCO –

Brasil, após proposição do Arquivo Nacional e da Fundação Cinemateca Brasileira. O

Programa Memória do Mundo da UNESCO tem por objetivo identificar documentos ou

conjuntos documentais considerados em situação de risco que tenham valor de patrimônio

documental da humanidade.19

Os cinejornais hoje são objetos de estudo de diferentes áreas do conhecimento.

O que restou desse tipo de jornalismo produzido pelo Estado tem despertado o interesse de

especialistas em cinema, história e ciência política (só para citar alguns exemplos). Esses

especialistas têm utilizado os cinejornais para o desenvolvimento de pesquisas com diferentes

enfoques, revelando a riqueza informacional que esse tipo de objeto pode oferecer.

Não por acaso o simpósio do 49º congresso anual da International Federation

of Film Archives (FIAF) foi dedicado aos cinejornais. Os maiores especialistas sobre o tema

se reuniram em 1993 na Noruega com o intuito de chamar a atenção para a importância de

quantificar e localizar o patrimônio de noticiários dos diferentes países do globo.

O simpósio “Newsreel Collections in Film Archives” deu origem a uma

publicação com o mesmo título no qual estão reunidos diversos relatos de experiências com

cinejornais. Destaca-se a experiência de Jan Asmund Jakobsen (1996, p. 90), sociólogo que

trabalhou com noticiários noruegueses de 1949. Para ele é de suma importância conhecer o

trabalho desenvolvido nos arquivos.

Para formar uma percepção clara do noticiário, é necessário abordá-lo a partir de vários ângulos. Por um lado, está a questão de acesso e visão geral do material em si – a coleta e registro dos filmes. Relevante para isso é o nível de conhecimento e experiência do pessoal do arquivo de filmes. (tradução nossa).

Logo, quem pretende estudar e pesquisar sobre os cinejornais deve levar em

consideração a experiência e o conhecimento produzido no dia a dia dos arquivos de filmes.

Trabalhar com os jornais cinematográficos é uma tarefa desafiadora e complexa tanto para os

pesquisadores quanto para os arquivistas. Souza (2003, p. 60) acredita que

18 Notícia divulgada no Portal Zappiens. Acervo completo dos Cine Jornais da Agência Nacional já está no Zappiens.br Disponível em: <http://www.zappiens.br/portal/visualizarDivulgacao.jsp?IdDivulgacao=1>. Acesso em: 19 set. 2011.1 9 A proposição foi feita pelas duas instituições, visto que a Fundação Cinemateca Brasileira também possui em seu acervo alguns documentos da Agência Nacional. Disponível em: <http://www.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=91>. Acesso em: 19 set. 2011.

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[…] o trabalho com cinejornais está longe de ser uma atividade fácil ou mesmo de gratificação imediata. Os resultados surgem após um longo percurso de arranjo e organização da documentação – situação que vem sendo minorada pelos arquivos –, análise cuidadosa das imagens, muitas vezes após detalhadas decupagens da película impressionada pela câmara e da voz gravada na banda sonora, que reforça o sentido por ela proposto.

Destacam-se, portanto, os esforços empreendidos pelo Arquivo Nacional e pela

Cinemateca Brasileira. O primeiro por disponibilizar a representação arquivística e os

próprios cinejornais no SIAN e no Portal Zappiens e a segunda por já ter editado dois

catálogos referentes aos cinejornais da série Brasil Hoje e da série Cine Jornal Informativo.

Entretanto, muito ainda precisa ser realizado no que diz respeito à organização, descrição,

indexação e difusão dos documentos arquivísticos, cabendo aos profissionais da informação,

em especial aos arquivistas, a contribuição para que novas interpretações, leituras e usos

sejam realizados quanto aos jornais cinematográficos.

Hoje em dia, com a rapidez da circulação das informações em dispositivos

móveis de comunicação, a veiculação de notícias nas salas de cinema no formato de jornais

cinematográficos parece não fazer muito sentido. Todavia, durante mais de meio século foi

um importante instrumento para a divulgação dos acontecimentos de uma cidade, de um país.

Os cinejornais estiveram presentes desde os primórdios do cinema e eram nomeados como

atualidades. Foram um importante instrumento nas mãos dos governantes, que por meio das

telas grandes faziam com que suas ideias e “brilhantes” realizações chegassem até aos

frequentadores das salas de cinema. No entanto, é preciso reconhecer que os cinejornais foram

muito além da propaganda política. Acabaram sendo responsáveis por registros do cotidiano,

história, costume e cultura de uma sociedade em determinada época. Com o passar do tempo

o caráter noticioso das imagens dos jornais cinematográficos começou a adquirir um certo

valor documental.

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4 REPRESENTAÇÃO ARQUIVÍSTICA DOS CINEJORNAIS

Dedicamos esta parte do trabalho ao entendimento do que é um cinejornal e ao

relato de como esse tipo de imagem em movimento da Agência Nacional foi descrito e

disponibilizado no Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) e no Portal

Zappiens. Além disso, procuramos mostrar como os documentos audiovisuais estão sendo

contemplados nas normas arquivísticas e nas normas de catalogação da International

Federation of Film Archives (FIAF).

4.1 SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO ARQUIVO NACIONAL (SIAN)

Antes de iniciar a exposição acerca da representação arquivística dos

cinejornais no Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) é importante retomar a

questão da conceituação do que se denomina cinejornal para se conhecer melhor o nosso

objeto de discussão. Um dos caminhos para dar início a esse esclarecimento é a verificação do

significado do termo em dicionários e enciclopédias.

CINEJORNAL – Noticiário produzido especialmente para apresentação em cinemas. É geralmente um filme de curta-metragem. É geralmente um filme de curta-metragem, periódico, e exibido como complemento de filmes em circuito comercial. Diz-se também atualidades ou jornal da tela. (BARBOSA; RABAÇA, 1978, p. 94).

CINEJORNAL – Noticiário produzido especialmente para apresentação em cinemas. É geralmente um curta-metragem periódico, exibido como complemento de filmes em circuito comercial. Diz-se também. Atualidade ou jornal da tela. (BARBOSA; RABAÇA, 1991, p. 133).

NEWSREEL (Cinejornal) – Produção que contém uma diversidade de noticiários, variando em conteúdo que vão desde estilo de vida até eventos internacionais. Os cinejornais normalmente tinham cerca de dez minutos de duração e eram exibidos duas vezes por semana nos Estados Unidos no período de 1911-1967. (LIBRARY OF CONGRESS. MOVING IMAGE GENRE LIST). (tradução livre).

A partir das definições acima apresentadas podemos compreender que um

cinejornal é:

1) Um noticiário para exibição em salas de cinema

2) Geralmente um curta-metragem

3) Geralmente periódico

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4) Geralmente exibido como complemento de filmes em circuito comercial

No contexto arquivístico compreendemos que um cinejornal faz parte do

gênero audiovisual, possuindo características próprias em relação a outros tipos de imagens

em movimento e gêneros cinematográficos. Logo, é possível perceber que, tanto no contexto

cinematográfico quanto no arquivístico, os cinejornais possuem atributos singulares.

Como já foi relatado, os cinejornais da Agência Nacional, que estão

depositados no Arquivo Nacional, integram um fundo arquivístico e possuem relação orgânica

com outros documentos do mesmo fundo. No entanto, nem sempre o tratamento técnico dos

diferentes gêneros documentais de um mesmo fundo é realizado de maneira integrada.

Rodrigues (2003, p. 223) acredita que “a descrição arquivística deve considerar que um fundo

de arquivo é geralmente constituído de diversas categorias de documentos (tipos e suportes)

que têm características próprias”. Essas especificidades acabam refletindo na divisão das

tarefas durante o tratamento técnico. No Arquivo Nacional, por exemplo, as esquipes de

trabalho são divididas de acordo com o gênero e o suporte dos documentos. O fundo Agência

Nacional no Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) obedece ao seguinte

sistema de arranjo:

• Documentos escritos: organizados [alfanumérica, assunto, cronológica, espécie/tipo,

procedência].

• Documentos iconográficos: organizados em oito subséries: Aeronáutica, Estado-Maior

das Forças Armadas, Eventos, Exército, Força Expedicionária Brasileira, Marinha,

Pessoas públicas, Presidentes da República.

• Documentos sonoros: organizados em duas subséries: Discursos (totalmente

organizados) e Música.

• Filmes: as películas acham-se organizadas em seis subséries, ordenadas

cronologicamente: Cine Jornal Informativo, Atualidades Agência Nacional, Brasil

Hoje, Documentários, Filmetes Institucionais e Programas de TV.

O conteúdo dos documentos está descrito na “ÁREA DE CONTEÚDO E

ESTRUTURA” do SIAN:

Documentos de caráter administrativo, textos do programa radiofônico A Voz do Brasil e boletins diários distribuídos à imprensa, contendo divulgação dos atos governamentais, discursos do presidente da República e resumo dos principais acontecimentos nacionais e internacionais. Discos, filmes, fitas videomagnéticas e

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fotografias referentes a eventos ligados aos presidentes da República, às Forças Armadas, a pessoas notórias relacionadas ao governo federal e à administração pública (reuniões ministeriais, revistas a tropas militares, recepção a autoridades, inaugurações e visitas oficiais, cerimônias de posse, celebração de datas cívicas). Filmetes de divulgação de atividades governamentais. Discos de programas musicais produzidos pela Agência Nacional e discos de música popular e erudita.

O tratamento técnico do Fundo Agência Nacional foi realizado de acordo com

cada gênero documental. As áreas e campos do SIAN relacionadas com as imagens em

movimento, por exemplo, foram preenchidas em uma primeira fase de acordo com as

descrições já estabelecidas no Catálogo de filmes da Agência Nacional. Após algumas

alterações e atualizações que se fizeram necessárias, as imagens em movimento foram

relacionadas com os outros documentos do mesmo fundo na série “Filmes” e subdivididas nas

seguintes diferentes subséries:

1) Atualidades Agência Nacional (1962-1964): 27 cinejornais

2) Brasil Hoje (1970-1979): 281 cinejornais. Brasil Hoje n. 102 (A e B). Subsérie incompleta,

pois falta o Brasil Hoje n. 262.

3) Cinejornais (1960-1975): 60 cinejornais de outras produtoras. Como por exemplo Canal

100, Publicine, Visor Produções Cinematográficas, Primo Carbonari, Herbert Richers.

4) Cinejornal Brasileiro (1940): apenas 1 cinejornal da época do Departamento de Imprensa e

Propaganda.

5) Cinejornal Informativo (1950-1970): subsérie incompleta com 406 cinejornais.

6) Documentários (1951-1977): 145 documentários. Produções da Agência Nacional e de

outras produtoras como Brazilian Film, Departamento Nacional de Estradas de Rodagem,

Jaraguá Filmes Ltda etc.

7) Filmetes institucionais (1970-1979): 129 filmetes de mais ou menos 1 minuto cada. O

conteúdo era sobre diferentes assuntos como “nacionalismo”, “patriotismo”, “amamentação”,

“higiene”, “cultura”, “merenda escolar” etc.

8) Transmissões de TV (1974-1976): 12 reportagens que foram transmitidas em canais de TV,

como, por exemplo, “Posse do Presidente Ernesto Geisel” e “1º Ministro de Portugal, Mário

Soares, visita o Brasil”.

As informações sobre o Fundo Agência Nacional no SIAN estão detalhadas em

diferentes níveis de descrição conforme a NOBRADE. As descrições são revistas e

atualizadas quando os usuários e os profissionais das áreas de atendimento verificam alguma

incongruência nas informações. Todavia, esse trabalho não é realizado de maneira sistemática

e nem está incorporado à rotina das atividades.

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A representação arquivística de um cinejornal deve levar em conta o que está

estabelecido nas normas e recomendações da área. Para isso é de fundamental importância

conhecer a NOBRADE (Norma brasileira de descrição arquivística), ISDIAH (Norma

internacional para descrição de instituições com acervo arquivístico), ISDF (Norma

internacional para descrição de funções) e ISAAR-CPF (Norma internacional de registro de

autoridade arquivística para entidades coletivas, pessoas e famílias). A partir do conhecimento

desses instrumentos normativos é possível saber como as imagens em movimento,

especificamente os cinejornais, estão sendo abordados. Mais que isso, saber se são objetos de

estudo e discussão no âmbito internacional.

Para os objetivos desse trabalho iremos nos deter mais à NOBRADE, que foi

publicada pelo Arquivo Nacional no ano 2006, com a finalidade de oferecer diretivas para a

descrição no Brasil de documentos arquivísticos,

A NOBRADE não é uma mera tradução das normas ISAD(G) e ISAAR(CPF), que já existem, e estão publicadas. Seu objetivo, ao contrário, consiste na adaptação das normas internacionais à realidade brasileira, incorporando preocupações que o Comitê de Normas de Descrição do Conselho Internacional de Arquivos (CDS/CIA) considerava importantes, porém, de foro nacional. Esta norma deve ser intensamente divulgada no âmbito das instituições arquivísticas e nos eventos ligados aos profissionais da área, de modo a possibilitar o seu aperfeiçoamento. (CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS, 2006, p. 9).

A NOBRADE estabelece uma descrição multinível, partindo-se do geral para o

particular, onde o contexto e a estrutura hierárquica do fundo e suas partes componentes são

representados. Considera que existem seis principais níveis de descrição:

– acervo da entidade custodiadora (nível 0)

– fundo ou coleção (nível 1)

– seção (nível 2)

– série (nível 3)

– dossiê ou processo (nível 4)

– item documental (nível 5)

Além disso, admite os seguintes três níveis intermediários:

– acervo da subunidade custodiadora (nível 0,5)

– subseção (nível 2,5)

– subsérie (nível 3,5)

A NOBRADE também prevê a existência de oito áreas, onde estão

compreendidos 28 elementos de descrição. Comparando com a ISAD (G), a norma brasileira

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possui mais uma área (área 8) e dois elementos de descrição (6.1 e 8.1), ficando assim

estruturada e sugerida (CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS, 2006, p. 18).

(1) Área de identificação, onde se registra informação essencial para identificar a unidade de

descrição;

(2) Área de contextualização, onde se registra informação sobre a proveniência e custódia da

unidade de descrição;

(3) Área de conteúdo e estrutura, onde se registra informação sobre o assunto e a organização

da unidade de descrição;

(4) Área de condições de acesso e uso, onde se registra informação sobre o acesso à unidade

de descrição;

(5) Área de fontes relacionadas, onde se registra informação sobre outras fontes que têm

importante relação com a unidade de descrição;

(6) Área de notas, onde se registra informação sobre o estado de conservação e/ou qualquer

outra informação sobre a unidade de descrição que não tenha lugar nas áreas anteriores;

(7) Área de controle da descrição, onde se registra informação sobre como, quando e por

quem a descrição foi elaborada;

(8) Área de pontos de acesso e descrição de assuntos, onde se registra os termos selecionados

para localização e recuperação da unidade de descrição.

Destacamos, para a representação arquivística da informação e sua posterior

recuperação, as seguintes áreas:

(3) Área de conteúdo e estrutura, onde se registra informação sobre o assunto e a organização

da unidade de descrição.

Área de conteúdo e estrutura (CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS, 2006, p. 39).

Âmbito e conteúdo

Objetivo: Fornecer aos usuários informações relevantes ou complementares ao Título (1.2) da

unidade de descrição.

Regra (s): Informe, de acordo com o nível, o âmbito (contexto histórico e geográfico) e o

conteúdo (tipologia documental, assunto e estrutura da informação) da unidade de descrição.

(8) Área de pontos de acesso e descrição de assuntos, onde se registra os termos selecionados

para localização e recuperação da unidade de descrição.

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Pontos de acesso e indexação de assuntos (CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS, 2006,

p. 59).

Objetivo: Registrar os procedimentos para recuperação do conteúdo de determinados

elementos de descrição, por meio da geração e elaboração de índices baseados em entradas

autorizadas e no controle do vocabulário adotado.

Regra (s): Identificar os pontos de acesso que exigirão maior atenção na geração de índices e

realizar a indexação de assuntos de maneira controlada sobre elementos de descrição

estratégicos para a pesquisa.

Essas duas áreas procuram contemplar o resultado da análise documentária,

onde é possível descrever o conteúdo de um documento (3 – de conteúdo e estrutura) e

também representá-lo por meio de termos de indexação (8 – área de pontos de acesso e

descrição de assuntos).

A representação arquivística do Cine Jornal Informativo n. 118, por exemplo,

pode ser visualizada da seguinte maneira no Sistema de Informações do Arquivo Nacional

(SIAN):

Figura 13: extrato do campo 3.1.1 – Especificação do conteúdo do Cine Jornal Informativo n. 118.

Fonte: Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN).

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Figura 14: extrato do campo 7.1.1 Termos de indexação do Cine Jornal Informativo n. 118.

Fonte: Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN).

Conforme indicado no campo “2.3.3 – Especificação da história arquivística”

do Fundo Agência Nacional no SIAN, a indexação das imagens em movimento foi realizada

pelo setor com base no Vocabulário Controlado Básico do Centro de Informática e

Processamento de Dados do Senado Federal (PRODASEN), no vocabulário controlado em

História do Brasil da Biblioteca do Arquivo Nacional, no volume 2 do Código de Catalogação

Anglo-Americano (AACR-2) e nas entradas para “Nomes Geográficos, normas para

indexação” do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Atualmente uma equipe

especializada é responsável pela normatização e sistematização da descrição multinível

integrada e pelo vocabulário controlado do SIAN. Todavia, não é objetivo desta pesquisa a

abordagem dos aspectos concernentes as linguagens documentárias usadas no sistema.

Portanto, é possível perceber que o resultado da representação arquivística de

um cinejornal pode ser realizada no SIAN, visto que o sistema oferece espaços destinados

para a descrição do conteúdo e para sua representação com termos de indexação. Além disso,

está em consonância com orientações arquivísticas internacionais, que foram plasmadas na

NOBRADE. Todavia, isso não impede que avaliações sejam realizadas para saber se a

representação arquivística da informação atual está de acordo com as singularidades dos

cinejornais e se contribui para a recuperação da informação.

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As imagens em movimento possuem orientações e regras próprias de

catalogação. Conhecer essas normas pode contribuir para uma melhor descrição arquivística

dos cinejornais, visto que, de acordo com Edmondson (2013, p. 174)

as normas são frequentemente adaptadas das regras de catalogação de imagens em movimento e de sons gravados elaboradas pela Fiaf, Iasa, Amia, Fiat e outras associações, em função das necessidades dos arquivos e de seus usuários, bem como da natureza dos acervos.

Entretanto, é importante ressaltar que as normas de catalogação não visam a

representação de conteúdos dos documentos e sim sua descrição de natureza formal

(elementos formais).

Foi criado no ano de 1989, no âmbito do Conselho Internacional de Arquivos

(CIA), um Comitê de Normas de Descrição a partir da necessidade de uma normalização de

descrição específica para os documentos arquivísticos. Desde 1968 a International

Federation of Film Archives (FIAF) abriga e incentiva os trabalhos da Comissão de

Catalogação e Documentação20, que tem dentre as suas responsabilidades o estudo de

catalogação e processamento automatizado de dados para os materiais de imagens em

movimento.

A FIAF, felizmente, contempla discussões acerca dos cinejornais. Já foi

realizado em 1993, na Noruega, um simpósio inteiramente dedicado aos cinejornais durante o

congresso anual da federação. Além disso, os jornais cinematográficos são objeto de estudo,

ainda que de maneira pouco exaustiva, em duas iniciativas da Comissão de Catalogação e

Documentação: "FIAF Moving Image Cataloguing Manual"21, que está sendo discutido e

atualizado e “Glossary of Filmographic Terms”.

A maior contribuição dessas duas iniciativas está no fato de categorizar e

definir os conceitos para que melhor sejam aplicados na descrição das informações de um

filme. Os cinejornais, na maioria das vezes, apresentam diferentes blocos de notícias. A

maneira como um jornal cinematográfico foi concebido acaba definindo como deve ser a sua

representação para que aconteça a recuperação da informação de seu conteúdo.

Estar de acordo com o que tem sido estudado e estabelecido pelas entidades

representativas dos arquivos, especificamente dos arquivos de filmes, parece ser um bom

caminho, pois facilita o intercâmbio de informações e experiências nos âmbitos nacional e

20 Mais informações sobre o trabalho desenvolvido pela Comissão de Catalogação e Documentação podem ser consultadas no site da FIAF. Disponível em:<http://www.fiafnet.org/~fiafnet/es/commissions/com_cat_intro.html>. Acesso em: 12 abr. 2014.21 O projeto de revisão das normas de catalogação mantém um documento de trabalho que pode ser acessado pela internet. Disponível em: <http://www.filmstandards.org/fiaf/wiki/doku.php>. Acesso em: 13 abr. 2014.

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internacional. Os usuários dos arquivos também podem se beneficiar ao perceberem que o

tratamento técnico de um arquivo audiovisual foi realizado consoante com metodologias

claras e que explicitam respostas às seguintes perguntas: Quais foram as escolhas

metodológicas? Quais fatores influenciaram tais escolhas? Qual era o contexto da época do

tratamento técnico do acervo? Quais foram as limitações profissionais, de equipamentos e

tecnologias durante a realização do tratamento técnico?

Um dos maiores problemas da recuperação da informação é não informar como

o trabalho de descrição de um documento foi realizado. Um documento arquivístico não vai

ser trabalhado da mesma forma que um documento bibliográfico ou museológico, ainda que

possa existir pontos de contato e influências. O ambiente de reflexão e tratamento da

informação precisa estar bem definido e explicitado. De acordo com a ISAD (G) (2000, p. 12)

“as normas de descrição arquivística são baseadas em princípios teóricos aceitos”, destacando

o princípio do respeito aos fundos22. Deve-se observar que os conceitos, metodologias e

práticas estão relacionados ao que foi construído em ambientes de discussão específicos.

Ainda segundo Edmondson (2013, p. 147) “as obras audiovisuais não são

produzidas no vácuo mas em uma época e em um lugar concretos. Como tais, só poderão ser

apreciadas em seu devido contexto” O autor chama a atenção para a necessidade de

contextualização do filme durante a apresentação. Com a internet parece que isso perde um

pouco o sentido, visto que os documentos podem estar replicados em diversos sites, porém o

esforço tem que ser feito e a NOBRADE prevê um campo onde as informações do contexto

podem figurar.

4.2 PORTAL ZAPPIENS

Atualmente o Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) é o

principal instrumento de pesquisa desenvolvido com intuito de possibilitar o acesso às

informações sobre as imagens em movimento da Agência Nacional. Para ter acesso ao próprio

cinejornal o usuário é direcionado ao Portal Zappiens23, onde foram disponibilizadas todas as

22 Conforme o Dicionário brasileiro de terminologia arquivística (2005, p. 136) o princípio de respeito aos fundos também é conhecido com princípio da proveniência. “Princípio básico da arquivologia segundo o qual o arquivo (1) produzido por uma entidade coletiva, pessoa ou família não deve ser misturado aos de outras entidades produtoras. Também chamado princípio do respeito aos fundos”.23 Nos dossiês de cada imagem em movimento da Agência Nacional estão anexados no ícone “arquivo digital” os vídeos correspondentes a cada título, que foi hospedado no Portal Zappiens. Só não foram hospedados os vídeos da subsérie “cinejornais” por questão de direitos autorais.

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imagens em movimento, telecinadas e digitalizadas, e as descrições dos cinejornais a partir

das suas respectivas representações arquivísticas estabelecidas no SIAN.

O Portal Zappiens funciona como um repositório digital de documentos

audiovisuais com o objetivo de divulgar, disseminar e distribuir conteúdos digitais em língua

portuguesa de diferentes instituições. Contribuem com conteúdo audiovisual o Arquivo

Nacional, Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), Internet Society (ISOC), Núcleo de

Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), NIC.br-Youtube, Rede Nacional de Ensino

e Pesquisa (RNP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São

Paulo (USP), World Wide Web Consortium (W3C) e o próprio Zappiens, utilizando o serviço

como repositório ou como mecanismo de busca.

o Zappiens.br é um projeto experimental criado para ser um serviço gratuito de agregação e distribuição de conteúdo audiovisual científico, educativo, artístico e cultural em língua portuguesa da Comissão de Trabalhos de Conteúdos Digitais (CT Conteúdos) do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).24

O Arquivo Nacional, até o momento, compartilhou por meio do Portal

Zappiens as imagens em movimento da Agência Nacional. As imagens representam o arquivo

audiovisual mais pesquisado e reproduzido da instituição. Logo, uma difusão mais ampla e

abrangente já era uma demanda há alguns anos.

Não houve a intenção de se reproduzir no Portal Zappiens a descrição

multinível integrada estabelecida no Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN),

apesar de cada imagem em movimento disponibilizada no portal possuir a mesma descrição

de conteúdo que foi estabelecida no campo “3.1.1 – Especificação do conteúdo” do sistema.

As informações sobre cada cinejornal estão relacionadas abaixo e ilustradas na figura 15:

– Título: o mesmo estabelecido no SIAN.

– Resumo: mesmo estabelecido no campo “3.1.1 – Especificação do conteúdo” do SIAN.

– Autor: instituição que disponibilizou a cópia digital.

– Publicação: data em que a cópia digital foi disponibilizada no portal.

– Duração: tempo total de duração da cópia digital.

– Nota: avaliação atribuída pelos usuários.

– URL: Uniform Resource Locator. “Padrão de endereçamento da Web. Permite que cada

arquivo na Internet tenha um endereço próprio, que consiste de seu nome, diretório, máquina

24 Mais informações podem ser consultadas por meio do link Sobre o projeto. Disponível em:<http://zappiens.br/portal/visualizarTexto.jsp?midia=sbprojeto>. Acesso em: 31 mar. 2014.

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onde está armazenado e protocolo pelo qual deve ser transmitido. Por isso se diz que cada

página da rede tem sua própria URL”25.

– Embed: ferramenta que permite a inclusão da cópia digital em outros sites.

Figura 15: Print screen das informações sobre o cinejornal Brasil Hoje n. 51 (1974) no Portal Zappiens.

Fonte: Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgilRoMW__mSWfP84f1yz0YsXM6lmikdBQRJT00wg8Mx4Q.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 23 mai. 2014.

A busca é feita por palavras, recuperando-se aquelas que constam no título o no

resumo de cada vídeo integrante do portal. Também se pode fazer uma busca avançada, onde

o usuário tem a possibilidade de definir o tipo, fonte, formato, taxa, resolução e período de

publicação do vídeo desejado.

No ANEXO D segue um exemplo de possibilidade de pesquisa no SIAN e no

Portal Zappiens e também de como as informações sobre os cinejornais estão estruturadas

nesses dois SRIs, com suas semelhanças e diferenças.

25 DICIONÁRIO de Informática on-line da Folha de São Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/sos_dic_uvwxyz.shtml#U>. Acesso em 23 mai. 2014.

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55

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para alcançar os objetivos deste estudo, de natureza exploratória, os seguintes

procedimentos metodológicos foram realizados:

– Pesquisa bibliográfica (subseção 5.1)

– Recorte do campo empírico (subseção 5.2)

– Análise dos pedidos de informação enviados à Coordenação de Atendimento à Distância

(COADI) do Arquivo Nacional (subseção 5.3)

– Estudo comparativo de iniciativas semelhantes de difusão de documentos audiovisuais na

internet (subseção 5.4)

Para os objetivos da nossa discussão é importante salientar que definimos

como amostra do estudo os cinejornais da Agência Nacional que receberam comentários dos

usuários do Portal Zappiens. Pois, o artigo Requests for information from a film archive: a

case study of multimedia retrieval, de Morten Hertzum (2003) nos despertou sobre a

possibilidade do uso e análise dos pedidos de informação dirigidos à Coordenação de

Atendimento à Distância (COADI) do Arquivo Nacional, durante o período de 2009 a 2013,

com a intenção de verificar como são realizadas as solicitações de imagens em movimento.

5.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

A pesquisa bibliográfica foi realizada, em âmbito nacional, na Base de Dados

Referencial de Artigos e Periódicos em Ciência da Informação (BRAPCI) e no Portal de

Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A

primeira inclui a produção de artigos de periódicos da Ciência da Informação no Brasil. A

segunda abrange publicações nacionais e internacionais de diferentes áreas do conhecimento.

Procurou-se levantar nas fontes consultadas publicações sobre os temas imagens em

movimento e cinejornais no âmbito brasileiro.

Na Base de Dados Referencial de Artigos e Periódicos em Ciência da

Informação (BRAPCI), sem a definição de um recorte cronológico para a pesquisa, foram

encontradas apenas três (3) referências para o termo “imagem em movimento” e quatro (4)

referências para o termo “imagens em movimento”. Um mesmo artigo é recuperado quando

se pesquisa “imagem em movimento” e “imagens em movimento”, revelando que o número

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de referências é ainda menor. O panorama é um pouco melhor no Portal de Periódicos da

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Em uma busca no

conteúdo gratuito do portal e sem o estabelecimento de um recorte cronológico, foram

recuperadas quinze (15) referências para o termo “imagem em movimento” e dezenove (19)

para o termo “imagens em movimento”, entre artigos, teses, ata de congresso e resenha de

livro.

Quadro 2: resultado comparativo de termos pesquisados na BRAPCI e no Portal de Periódicos da Capes.

Termo pesquisado BRAPCI Portal de Periódicos da Capes

Imagem em movimento 3 referências 15 referências

Imagens em movimento 4 referências 19 referências

Os termos “cinejornal” e “cinejornais” também foram pesquisados na BRAPCI

(sem a definição do recorte cronológico) e no Portal de Periódicos da CAPES (conteúdo

gratuito do portal e sem a definição do recorte cronológico). Na base voltada para a área de

Ciência da Informação não foi possível recuperar nenhum dos dois termos. Já no Portal de

Periódicos da CAPES foram recuperadas cinco (5) referências para “cinejornal” e seis (6)

para cinejornais.

Quadro 3: resultado comparativo de termos pesquisados na BRAPCI e no Portal de Periódicos da Capes.

Termo pesquisado BRAPCI Portal de Periódicos da Capes

Cinejornal 0 5 referências

Cinejornais 0 6 referências

A revisão de literatura foi efetuada de modo a melhor conhecer as concepções

teórico-metodológicas sobre o objeto de estudo e sua problematização.

5.2 CAMPO EMPÍRICO

O campo empírico da pesquisa é um recorte de parte do fundo arquivístico da

Agência Nacional, que integra o acervo do Arquivo Nacional. O fundo é composto por

documentos dos gêneros textual, iconográfico e audiovisual. No gênero audiovisual estão

inseridos os documentos sonoros e as imagens em movimento. Hoje em dia as imagens em

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movimento estão relacionadas na série “Filmes” e subdivididas nas seguintes diferentes

subséries:

1) Atualidades Agência Nacional

2) Brasil Hoje

3) Cinejornais

4) Cinejornal Brasileiro

5) Cine Jornal Informativo

6) Documentários

7) Filmetes institucionais

8) Transmissões de TV

Para este trabalho foram selecionados os cinejornais das subséries Atualidades

Agência Nacional, Brasil Hoje e Cine Jornal Informativo que receberam comentários dos

usuários do Portal Zappiens (APÊNDICE A), que perfazem um total de 35 jornais

cinematográficos (quadro 8).

Quadro 4: comparação da quantificação total de cada tipo de cinejornal e os a quantidade de comentários recebidos no Portal Zappiens.

Atualidades Agência Nacional Brasil Hoje Cine Jornal Informativo

Total de Registros: 27

Vídeos com comentários: 2

Total de registros: 281

Vídeos com comentários: 13

Total de Registros: 406

Vídeos com comentários: 20

Total geral de cinejornais com comentários: 35

Os comentários foram classificados de acordo com o teor das mensagens

publicadas pelos usuários.

Quadro 5: classificação dos tipos de comentários postados no Portal Zappiens.

Tipo de comentário Atualidades Agência Nacional Brasil Hoje Cine Jornal Informativo

Correção 1

Correção e Elogio 1

Elogio 2 6 10

Reclamação 5

Outro 8 10Nota: um mesmo cinejornal pode ter recebido mais de um comentário

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Apresentamos, a seguir, alguns comentários para exemplificar a classificação

de cada tipo de comentário.

1) CORREÇÃO

Brasil Hoje n. 206 (1977)

Figura 16: Print screen de um comentário sobre o cinejornal Brasil Hoje n. 206 (1977).

Fonte: Portal Zappiens.

2) CORREÇÃO e ELOGIO

Brasil Hoje n. 134 (1976)

Figura 17: Print screen de um comentário sobre o cinejornal Brasil Hoje n. 134 (1976).

Fonte: Portal Zappiens.

3) ELOGIO

Atualidades Agência Nacional n. 2 (1963)

Figura 18: Print screen de um comentário sobre o cinejornal Atualidades Agência Nacional n. 2 (1963).

Fonte: Portal Zappiens.

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4) RECLAMAÇÃO

Cine Jornal Informativo n. 120 (1968)

Figura 19: Print screen de um comentário sobre o cinejornal Cine Jornal Informativo n. 120 (1968).

Fonte: Portal Zappiens.

5) OUTRO

Cine Jornal Informativo n. 147 (1969)

Figura 20: Print screen de um comentário sobre o cinejornal Cine Jornal Informativo n. 147 (1969).

Fonte: Portal Zappiens.

5.3 ANÁLISE DOS PEDIDOS DE INFORMAÇÃO ENVIADOS À COORDENAÇÃO DE

ATENDIMENTO À DISTÂNCIA (COADI) DO ARQUIVO NACIONAL

Analisamos também os pedidos de informação enviados pelos usuários para a

Coordenação de Atendimento à Distância do Arquivo Nacional (COADI) durante o período

de 2009 a 2013, a fim de verificar como os usuários do Arquivo Nacional solicitam

informações sobre imagens em movimento. Atualmente existem dois canais formais para

solicitação de informações ao Arquivo Nacional. Um é o “Atendimento Presencial” nas

cidades do Rio de Janeiro e Brasília. Outro é o “Atendimento à Distância”. Optamos pelo

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segundo canal em virtude da possibilidade de se ter acesso aos pedidos registrados em cartas,

e-mails e formulário próprio26.

Quadro 6: pedidos de informação enviados à Coordenação de Atendimento à Distância do Arquivo Nacional.

2009

Total geral de cartas expedidas pela Coordenação de Atendimento à Distância (COADI) do Arquivo Nacional em resposta aos pedidos de informação: 4000.Total de pedidos de imagens em movimento enviados à Coordenação de Atendimento à Distância do Arquivo Nacional: 57.

2010

Total geral de cartas expedidas pela Coordenação de Atendimento à Distância (COADI) do Arquivo Nacional em resposta aos pedidos de informação: 2200.Total de pedidos de imagens em movimento enviados à Coordenação de Atendimento à Distância do Arquivo Nacional: 18.

2011 Total geral de cartas expedidas pela Coordenação de Atendimento à Distância (COADI) do Arquivo Nacional em resposta aos pedidos de informação: 3560.Total de pedidos de imagens em movimento enviados à Coordenação de Atendimento à Distância do Arquivo Nacional: 42.

2012 Total geral de cartas expedidas pela Coordenação de Atendimento à Distância (COADI) do Arquivo Nacional em resposta aos pedidos de informação: 2600.Total de pedidos de imagens em movimento enviados à Coordenação de Atendimento à Distância do Arquivo Nacional: 61.

2013 Total geral de cartas expedidas pela Coordenação de Atendimento à Distância (COADI) do Arquivo Nacional em resposta aos pedidos de informação: 2821.Total de pedidos de imagens em movimento enviados à Coordenação de Atendimento à Distância do Arquivo Nacional: 56.

Os pedidos de informação enviados à COADI foram classificados no

APÊNDICE B de acordo com a constância dos tipos de informações solicitadas e estão

resumidos no quadro abaixo.

Quadro 7: classificação dos pedidos de informação de imagens em movimento enviados ao Arquivo Nacional.

Ano Pedidos de imagens em movimento

Palavras-chave Notação Título Zappiens Youtube /

OutrosTemas Onomásticas Geográficas Cronológicas

2009 57 40 23 32 19 2 6 0 1

2010 18 10 4 4 4 1 8 2 0

2011 42 26 15 12 15 2 14 8 1

2012 61 24 10 14 10 5 27 11 5

2013 56 28 21 17 20 5 21 13 1

26 Os pedidos de informação podem ser enviados por carta para Arquivo Nacional (Praça da República, 173. Rio de Janeiro, RJ – 20211-350, para o e-mail [email protected] e por meio do preenchimento de um formulário que está disponível em: <http://www.arquivonacional.gov.br/templates/htm/arquivonacional/atendimento-a-distancia_FORM.htm>. Acesso em: 04 mai. 2014.

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A seguir, relacionamos alguns pedidos de informação para exemplificar como

foram classificadas as solicitações.

Figura 21: extrato de um pedido de informação do ano de 2009.

Palavra-chave temática: “Visita do Rei Leopoldo III da Bélgica no Brasil em 1964”.

Palavra-chave onomástica: “Rei Leopoldo III”.

Palavras-chave geográficas: “Brasil” / “Parque Indígena do Xingu”.

Palavra-chave cronológica: “1964”.

Figura 22: extrato de um pedido de informação do ano de 2010.

.

Título: “Brasil Hoje n. 169 – Edição Especial (1976)” / “Brasil Hoje n. 239 (1978)”.

Zappiens: “pesquisei no http://www.zappiens.br”.

Figura 23: extrato de um pedido de informação do ano de 2011.

Notação: “EH/FIL 0552”.

Título: “Brasil Hoje 114”.

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Figura 24: extrato de um pedido de informação do ano de 2012.

Youtube / Outros: “obter o vídeo que aparece no Youtube”.

Figura 25: extrato de um pedido de informação do ano de 2013.

Palavra-chave temática: “Diretas Já”.

Palavras-chave onomásticas: “Miguel Arraes” / “Ulisses Guimarães” / “Fernando Henrique

Cardoso” / “Eduardo Suplicy” / “Mario Covas” / “Teotônio Vilela” / “Brizola” / “Dante de

Oliveira” / “Tancredo” / “Luis Carlos Prestes” / “Orestes Quercia” / “Luis Inácio Lula da

Silva”.

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5.4 ESTUDO COMPARATIVO SOBRE A DIFUSÃO DE DOCUMENTOS

AUDIOVISUAIS

Selecionamos três experiências de difusão de documentos audiovisuais na

internet para serem comparadas com os cinejornais da Agência Nacional no Portal Zappiens,

com o objetivo de conhecermos as ferramentas disponíveis para a interação do usuário com o

portal e sites. Assim, começamos descrevendo a parceria entre a Filmoteca Española e a

Corporación Radiotelevisión Española - RTVE.ES que possibilitou a disponibilização dos

noticiários e os documentários NO-DO na internet, depois apresentamos sucintamente a base

de dados Accessus do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do

Brasil (CPDOC) e terminamos com o Banco de Conteúdos Culturais (BCC), que é um

resultado do trabalho realizado pela Cinemateca Brasileira e pelo Centro Técnico Audiovisual

(CTAv).

A experiência com os noticiários e documentários NO-DO na internet é aqui

que mais se aproxima dos cinejornais da Agência Nacional no Portal Zappiens. O NO-DO e a

Agência Nacional eram empresas, respectivamente, dos governos da Espanha e do Brasil.

Tinham como finalidade a cobertura e divulgação dos atos e atividades de seus governantes.

Os noticiários, na maioria das vezes, foram instrumentos de propaganda política. Segundo

Castro (2012, p. 12) “o enfoque na Propaganda Política como forma de expressão do poder e

de sua consciência de identidade nos permite enxergar parte das demandas de uma época,

através dos conteúdos produzido”.

O NO-DO foi criado no ano de 1942 durante a ditadura do General Francisco

Franco. Após uma parceria entre a Filmoteca Espanhola e RTVE.ES todas as imagens do

maior fundo audiovisual da Espanha foram disponibilizadas para acesso por meio da internet.

As imagens em movimento do NO-DO possuem uma grande identificação com as imagens da

Agência Nacional, pois são noticiários cinematográficos, como se pode observar nas cartelas

da figura 26. A outra relação está no conteúdo, visto que a maior parte dos cinejornais que

serão analisados cobrem os governos dos ditadores militares brasileiros.

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Figura 26: cartelas dos Noticiarios NO-DO.

Fonte: Portal NO-DO.

A descrição do conteúdo dos Noticiarios y documentales cinematográficos é

apresentada de duas maneiras. Na primeira delas é descrito um breve resumo das imagens.

figura 27). Na segunda maneira o conteúdo é dividido por notícias, com a indicação do time-

code de cada uma delas. (figura 28).

Noticiario 05-01-1970 Nº 1409A27

Primeira maneira

Figura 27: extrato da descrição do conteúdo do Noticiario 05-01-1970 Nº 1409A.

Fonte: Portal NO-DO.

27 O noticiario pode ser consultado no Portal NO-DO. Disponível em: <http://www.rtve.es/filmoteca/no-do/not-1409/1487064/>. Acesso em: 7 abr. 2014.

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Segunda maneira

Figura 28: extrato da descrição de conteúdo dividida por título de notícia do Noticiario 05-01-1970 Nº 1409A.

Fonte: Portal NO-DO.

A segunda maneira direciona o usuário para uma notícia específica. Com a

divisão e indicação do time-code de cada notícia não é necessário assistir o noticiario na

íntegra, facilitando a pesquisa pelo conteúdo.

O Portal NO-DO oferece uma gama maior de opções de compartilhamento em

redes sociais (figura 29 e quadro 8) dos seus vídeos em relação ao Portal Zappiens.

Entretanto, isso não parece ser uma desvantagem muito relevante, já que o portal brasileiro

está conectado com duas redes sociais bem populares no país: Facebook e Twitter.

Figura 29: identidade visual das diferentes redes sociais existentes atualmente no Portal NO-DO.

Fonte: Google Imagens.

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Quadro 8: comparação de redes sociais “conectadas” com o Portal Zappiens e com o Portal NO-DO.

Portal Zappiens Portal NO-DO

Twitter

Facebook

Não possui conexão Google +

Não possui conexão Tuenti

Não possui conexão Menéame

Não possui conexão Delicious

Não possui conexão Envio por e-mail

Diferentemente do Portal Zappiens, o Portal NO-DO não oferece um espaço

destinado para os comentários dos usuários. O contato com a Filmoteca Espanhola, onde estão

depositadas as matrizes e cópias dos noticiários e documentários, pode ser realizado por meio

de um correio eletrônico: [email protected].

Outra experiência que possui pontos de contatos com o Portal Zappiens é a do

Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC). O

CPDOC é um dos mais importantes centros de pesquisa e documentação do Brasil. Reúne

manuscritos, impressos, fotos, discos, filmes e fitas sobre a história recente do país, com

destaque para arquivos pessoais de homens públicos. As informações sobre os documentos e

grande parte do acervo estão disponíveis na base de dados Accessus, que pode ser acessada

por meio da internet. Os usuários podem realizar suas buscas pelo tipo dos documentos

(“textual”, “audiovisual”, “livro/folheto”, “capítulo de livro”, “exemplar periódico”, “artigo

periódico”), por assunto, título, autor e data de produção.

Partindo do assunto “visita da Rainha Elizabeth II ao Brasil”, que está presente

nos cinejornais da Agência Nacional, realizamos uma busca simples na base de dados

Accessus pela palavra-chave “Rainha Elizabeth”, seguindo uma das recomendações do

espaço “Ajuda”.

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Figura 30: extrato das orientações do espaço “Ajuda” da Base de Dados Accessus.

A nossa busca resultou em um total de 16 ocorrências. Selecionamos um

documento audiovisual para exemplificar como as informações sobre um filme estão

registradas e estruturadas na base de dados Accessus. É possível notar três grandes áreas para

a descrição de um documento. Na área de “Identificação” estão descritas informações

sumárias como: notação, gênero documental, título, data de produção, quantidade e descrição

física. A área “Arquivo” relaciona o documento a um fundo específico. Por último a área

“Resumo” é dedicada ao conteúdo do documento.

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Figura 31: extrato da descrição do conteúdo do filme “Visita da rainha Elizabeth II ao Rio de Janeiro” na Base de Dados Accessus.

Fonte: Base de Dados Accessus do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil

(CPDOC).

Destaca-se na base de dados a ferramenta “Colabore”, que tem por objetivo a

melhoria da qualidade das informações disponíveis no portal. Por meio do “Colabore” Os

usuários podem enviar correções e/ou novas informações sobre determinado item documental.

É recomendável que os usuários enviem a fonte utilizada para que os técnicos do CPDOC

possam confirmar a exatidão das informações para posterior incorporação.

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Figura 32: exemplo de como funciona a ferramente “Colabore” na Base de Dados Accessus.

Fonte: Base de Dados Accessus do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC).

A ferramenta “Colabore” proporciona um diálogo constante entre os usuários e

os técnicos responsáveis pelo tratamento técnico de um arquivo. Por meio de um

acompanhamento sistemático as informações sobre um determinado documento poderão ser

enriquecidas. Os usuários poderão contribuir, principalmente, com informações sobre pessoas,

lugares, eventos e datas.

O Portal Zappiens pode receber contribuições dos usuários por meio de um

campo destinado a comentários. Entretanto, não funciona como uma ferramenta para a

melhoria da qualidade das informações. O “Colabore” do CPDOC é um bom exemplo a ser

avaliado pelo Arquivo Nacional. Uma verificação sistemática do que tem sido postado poderá

enriquecer as informações sobre os cinejornais. Lembrando que a digitalização e

disponibilização de documentos na internet não é o fim. Um constante diálogo com os

usuários deve ser uma nova atividade a ser incorporada. Além de elogios e sugestões, alguns

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comentários apontam para equívocos que precisam ser corrigidos, como pode ser verificado

no Apêndice A.

Por último apresentamos brevemente o Banco de Conteúdos Culturais (BCC),

que foi viabilizado pelo Ministério da Cultura e o Ministério da Ciência e Tecnologia, por

meio do trabalho realizado pela Cinemateca Brasileira e pelo Centro Técnico Audiovisual

(CTAv). A finalidade do Banco de Conteúdos Culturais é a disponibilização de conteúdo

cultural na internet. Atualmente o conteúdo do site está dividido em cinco (5) blocos:

FILMES: Atlântida, Vera Cruz, Silenciosos e Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE)

CARTAZES: Nacionais e Estrangeiros

FOTOS: Galerias

TV TUPI: Telejornalismo, Roteiros de telejornalismo e Telenovelas

PROJETOS ESPECIAIS: Encontros transversais e Arquivo para uma obra-acontecimento

O conteúdo do telejornalismo da TV Tupi é o exemplo que mais se aproxima

dos cinejornais, visto que tanto o primeiro quanto o segundo possuem caráter noticioso. O que

difere, basicamente, um do outro é o meio de veiculação da notícia. Realizamos, portanto,

uma pesquisa básica pela palavra “Pelé”, sem especificação de data, no espaço do banco de

conteúdos destinado ao acervo audiovisual jornalístico da TV Tupi. A busca resultou em 140

reportagens que traziam a palavra “Pelé”, que podia estar configurada nos campos “assunto”,

“identidades”, “descritores primários” e “descritores secundários”.

Abaixo segue um exemplo de como as informações sobre uma reportagem da

TV Tupi estão estruturadas no Banco de Conteúdos Culturais.

Pelé dá autógrafos28

Telejornal:?

Data: 31/12/1969

Descritores primários: Futebol

Identidades: Pelé; Nascimento, Edson Arantes do

Número de entrada: 18305-10

28 O vídeo pode ser consultado no Banco de Conteúdos Culturais. Disponível em: <http://www.bcc.org.br/tupi/detalhe/44890>. Acesso em: 10 fev. 2014.

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Figura 33: exemplo de como se apresenta uma notícia no Banco de Conteúdos Culturais (BCC).

Fonte: Banco de Conteúdos Culturais (BCC).

Por meio de um quadro comparativo podemos perceber que a representação da

informação dos cinejornais da Agência Nacional no Portal Zappiens é bem parecida com a

representação das notícias da TV Tupi no Banco de Conteúdos Culturais.

Quadro 9: comparação da descrição de conteúdo no Banco de Conteúdos Culturais (BCC), Portal Zappiens e Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN).

Banco de Conteúdos Culturais Portal Zappiens e Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN)

Telejornal:? Brasil Hoje n. 6 (1971)

Título Pelé dá autógrafos O REI PELE

Descrição do conteúdo

Não tem [Comemoração do 87º aniversário de Três Corações, MG e inauguração de uma estátua do jogador Pelé]

Data 31/12/1969 1971

Representantes da informação

Descritores primários: Futebol / Identidades: Pelé; Nascimento, Edson Arantes do

Termos de indexação: Futebol; Nascimento, Edson Arantes do; Três Corações (MG).

Não foi possível identificar a existência de um vocabulário controlado. A

pesquisa básica que realizamos levou a concluir que a recuperação da informação está

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baseada em palavras que constam no título, assunto, descritores primários e secundários e

também em datas e número de entrada.

A interação dos usuários com o Banco de Conteúdos Culturais pode ser

realizada por meio do ícone “contato”.

Figura 34: tela que representa a maneira de como entrar em contato com o Banco de Conteúdos Culturais (BCC).

Fonte: Banco de Conteúdos Culturais (BCC).

No campo “categoria” estão listados os possíveis tipos de assuntos que os

usuários podem enviar: exibição, cartazes, filmes, fotos, pesquisa de imagens, problemas no

site, licenciamento de imagens TV Tupi e outros. Todavia, não foi possível constatar se a

ferramenta de “Contato” contribui para a melhoria da “qualidade das informações”.

Ressaltamos que as iniciativas apresentadas demonstram que a internet e as

novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) contribuíram para uma importante

mudança na maneira de difundir e proporcionar o acesso às imagens em movimento em

diferentes ambientes de informação. De acordo com Edmondson (2013, p. 125),

As novas tecnologias ampliam rapidamente as possibilidades de consulta pela Internet a base de dados, a documentos sonoros e visuais (mediante autorização do titular dos direitos de autor) e essas possibilidades criam, em contrapartida, novas demandas. O catálogo tradicional está em processo de mudança. O texto das

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entradas enriquece-se com ícones, imagens e sons. Também é possível realizar pesquisas simultâneas em múltiplas bases de dados. Esses sistemas, cada vez mais aperfeiçoados, revolucionarão as práticas de catalogação e de acesso dos arquivos audiovisuais, e oferecerão ao usuário maiores possibilidades e opções.

Cada vez mais o perfil dos usuários dos arquivos se diversifica. A internet tem

possibilitado diferentes tipos de pesquisas. Alguém que busca uma imagem, no Google por

exemplo, poderá chegar até a uma instituição arquivística. Há alguns anos o relacionamento

dessas instituições era muito mais frequente com usuários especializados e pesquisadores

acadêmicos. Hoje em dia um adolescente que “navega” pela rede mundial de computadores

poderá conhecer um outro universo.

Os exemplos mostram que existe uma necessidade real de se estabelecer novos

tipos de relacionamentos. Os arquivos, bibliotecas e museus precisam estar preparados para

atender as diferentes demandas colocadas pelos seus usuários e pelo público em geral. Podem

assumir um papel importante na mediação de trocas de informações e conhecimento. De

acordo com Weinberger (2007, p. 147)

À medida que as pessoas se comunicam on-line, a troca de ideias torna-se parte de um conhecimento digital público vibrante e significativo – em vez de conversar por alguns momentos com um pequeno grupo de amigos ou colegas, cada pessoa tem, potencialmente, acesso a um público universal de interlocutores. Como um todo, essa troca de ideias cria também uma forma de saber que jamais esteve disponível antes; como a subjetividade, tem raízes em pontos de vista e paixões individuais que lhe conferem autenticidade.

O autor continua dizendo que “agora podemos constatar que o saber não está

na nossa cabeça, está entre nós. Emerge do pensamento público e social e ali permanece[...]” (

WEINBERGER, 2007, p. 147). Essa constatação afeta diretamente os tradicionais ambientes

de informação, que durante muito tempo foram espaços privilegiados de saber e

conhecimento. Tanto o que foi concebido ao longo da história, quanto o que está sendo

produzido nos dias atuais, podem circular de uma nova maneira.

Deve-se levar em conta que a difusão de documentos na internet gera novas

demandas. As ferramentas de contato disponibilizadas precisam ser bem gerenciadas. No

Portal Zappiens, por exemplo, o campo destinado aos comentários deveria ser constantemente

verificado para saber quais são as dúvidas, interesses, críticas e problemas encontrados pelos

usuários. As ferramentas oferecidas para o contato devem ser vistas como espaços reais de

intercâmbio de informação e conhecimento. Os usuários podem se tornar colaboradores em

potencial. É preciso salientar que a difusão na internet não é o final. Pelo contrário. Pode

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gerar novos desafios e demandas. Uma relação de diálogo pode trazer alguns benefícios,

como a melhoria das descrições arquivísticas e pontos de acesso.

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6 ANÁLISE, DISCUSSÃO E RESULTADOS: APONTANDO PRINCÍPIOS

METODOLÓGICOS

A partir do arcabouço teórico do nosso estudo, das características próprias dos

cinejornais e dos pedidos de informação direcionados à Coordenação de Atendimento à

Distância (COADI) do Arquivo Nacional concluímos que os princípios metodológicos para a

análise e a representação dos cinejornais devem levar em consideração, principalmente, o

contexto de produção e os aspectos que são comuns aos jornais cinematográficos.

Para esclarecer melhor a importância do contexto de produção de um filme,

retomamos, algumas reflexões do domínio da história. Rosenstone (2010, p. 48) acredita que

uma obra considerada filme histórico pode ser dividida em três partes: gênese, sinopse e

julgamento.

a) Gênese: quem teve a ideia para o filme, quais foram as suas fontes, como vários

produtores-roteiristas-diretores o levaram para a tela e quais eram as intenções; b) Sinopse:

que destaca os personagens e os acontecimentos e também indica os principais desvios em

relação ao registro histórico; c) Julgamento: por que devemos dar importância ao filme, o que

ele contém que nos faz pensar de maneira séria a respeito do passado e como ele poderia ser

modificado para se tornar mais valioso como obra histórica?

A “gênese” é a que mais nos interessa, visto que está explicitamente

relacionada com o contexto de produção de um filme. A partir do exposto pelo autor,

acreditamos que alguns questionamentos podem ser feitos com a finalidade de se conhecer a

“gênese” ou o contexto de produção de um filme.

– Quem teve a ideia para o filme?

– Quais foram as fontes de quem teve a ideia?

– De que maneira produtores, roteiristas e diretores levaram o filme para a tela?

– Quais eram as intenções?

Ainda que Rosenstone não fale sobre os cinejornais especificamente,

acreditamos que os mesmos questionamentos não se restringem aos filmes considerados

históricos.

Ao interrogar um filme, vários filmes, ou parte de um ou mais filmes mediante determinada opção metodológica, deve-se tratar esse objeto de estudo como um conjunto de representações que remetem direta ou indiretamente ao período e à sociedade que o produziu. A análise das narrativas e do momento de produção dos filmes comprova que estes sempre falam do presente. Dizem algo a respeito do

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momento e do lugar que constituem o contexto de sua produção. (VALIM, 2012, p. 285)

Nessa mesma linha de raciocínio Lagny (2011, p. 113) acredita que a

abordagem histórica de um filme passa por questionamentos tradicionalmente já realizados

em relação a um texto: “onde, quando, por quem, por que foi feito?”

Partindo do que foi exposto sobre o contexto de produção de um filme, dos

pedidos de informação enviados para Coordenação de Atendimento à Distância (COADI) do

Arquivo Nacional, dos comentários que foram publicados no Portal Zappiens, do Glossary of

Filmographic Terms da FIAF e do FIAF Moving Image Cataloguing Manual, identificamos e

estabelecemos alguns princípios que devem ser considerados na análise, descrição e

representação dos cinejornais. Os princípios estão relacionados com a ESTRUTURA, o

CONTEÚDO e as RESPONSABILIDADES que representam, quase sempre, os jornais

cinematográficos da Agência Nacional. Portanto, consideramos que esses três aspectos devem

ser contemplados na linguagem natural (descrição do conteúdo) e controlada (termos de

indexação / descritores / cabeçalhos de assunto).

ESTRUTURA:

Considerando que os jornais cinematográficos seguem quase sempre uma

forma de apresentação, é importante perceber como são estruturadas as notícias.

1) A maior parte dos cinejornais veiculava mais de uma notícia. Geralmente a notícia era

antecedida por uma cartela. O Glossary of Filmographic Terms da FIAF define esse tipo de

cartela como “título do segmento” ou “título da notícia” (Título que apresenta um segmento

individual dentro de um cinejornal ou filme de atualidades);

2) De acordo com o Glossary of Filmographic Terms da FIAF um cinejornal ou um filme de

atualidades, na maioria das vezes, possui o “número do volume” e o “número da edição”, o

primeiro geralmente indica o ano e o segundo a ordem sequencial do filme dentro do volume;

3) De acordo com o FIAF Moving Image Cataloguing Manual a hierarquia indicada pelo

“número do volume” e o “número da edição” deve ser respeitada, visto que a maioria dos

cinejornais pertence a uma série específica.

4) Certificado de censura, geralmente antecedendo o título do cinejornal.

CONTEÚDO:

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1) Os cinejornais foram produzidos por uma agência de propaganda do governo federal

brasileiro. Portanto, é recomendável que o contexto de produção seja muito bem explicitado;

2) O conteúdo dos cinejornais privilegiava as atividades do governo federal, como, por

exemplo: obras, construções, inaugurações, visitas, paradas militares, encontros diplomáticos;

3) As autoridades governamentais eram destacadas nas imagens e na narração em off.

Presidentes da República, ministros, governadores, prefeitos, presidentes e diretores de

empresas públicas e privadas;

4) Além das atividades do governo federal, notícias sobre cultura, esportes e localidades

geográficas também foram veiculadas, destacando artistas, esportistas etc.

RESPONSABILIDADES:

Considerando que os cinejornais são obras coletivas, com funções e atribuições

quase sempre muito bem definidas, é recomendável que as responsabilidades sejam

identificadas e representadas arquivisticamente.

1) Créditos Iniciais, Créditos de Abertura, Letreiros Iniciais. Créditos que aparecem no início

do filme. Glossary of Filmographic Terms – FIAF

2) Créditos Finais, Letreiros Finais. Créditos que aparecem no final do filme. Glossary of

Filmographic Terms – FIAF

3) Narração Escrita por, Texto de Narração, Texto de Locução Escrito por, Comentário. Autor

de um texto informativo e explicativo, normalmente lido em off. Não confundir com Narrado

por/Comentário por (B.7.10). Glossary of Filmographic Terms – FIAF

4) Narrador, Narração, Narrado por, Comentador, Locutor, Comentários, Comentário Falado

por. Não confundir com Narração Escrita por/Comentário Escrito por (B.4.15). Glossary of

Filmographic Terms – FIAF

Narração descritiva do evento, personagens e lugares

5) Trilha Musical, Trilha Sonora, Música. Música arranjada ou composta para o filme com as

partes para instrumentos ou vozes tanto gravada ou em partitura. Glossary of Filmographic

Terms – FIAF

De maneira geral os diferentes aspectos reunidos nos três grandes grupos

podem ser percebidos nos jornais cinematográficos da Agência Nacional e contemplam os

comentários publicados no Portal Zappiens (APÊNDICE A) e principais descritores

identificados nos pedidos de informação (APÊNDICE B).

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ESTRUTURA: descritor cronológico. A partir das cartelas e dos certificados de censura pode

ser possível a identificação da data de um cinejornal.

CONTEÚDO: descritores temáticos, onomásticos e geográficos.

RESPONSABILIDADES: descritores onomásticos.

Todavia, não se pode esquecer que nem sempre todos os aspectos referentes à

ESTRUTURA, CONTEÚDO e RESPONSABILIDADES estarão presentes

concomitantemente em um mesmo cinejornal.

Retomando os aspectos da ESTRUTURA cabem algumas considerações sobre

o título do segmento. Julgamos que por meio da identificação do “título do segmento” ou

“título da notícia” e também da “narração em off” outros aspectos de um cinejornal poderão

ser percebidos ou indicados.

Primeiramente, destacamos da amostra selecionada três exemplos que

exprimem como se pode apresentar o “título do segmento” ou “título da notícia” em um

cinejornal.

Exemplo 1: Atualidades Agência Nacional n. 28 (1963)

Figura 35: Print screen de fotogramas do cinejornal Atualidades Agência Nacional n. 28 (1963).

1 2 3

4 5

Fonte: Portal Zappiens.

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A partir da análise das cartelas acima podemos concluir que o cinejornal em

questão foi produzido pela “Agência Nacional” (1 e 2), faz parte da série “Atualidades

Agência Nacional” (1 e 3), tem como título da notícia “Tito no Brasil” (4) e indica os

responsáveis pela fotografia, narração e roteiro (4). Logo, partindo de um aspecto relacionado

à ESTRUTURA temos condições de perceber aspectos relacionados ao CONTEÚDO e às

RESPONSABILIDADES.

CONTEÚDO: Trata-se de uma visita - “Tito no Brasil”.

RESPONSABILIDADES: “Fotografia Ramon Garcia e Romeu Pascoalini” / “Narração

Alberto Cury” / Roteiro Almôr Azevedo”.

Exemplo 2: Brasil Hoje n. 1 (1970)

Figura 36: Print screen de fotogramas do cinejornal Brasil Hoje n. 1 (1970).

1 2 3 4

5 6 7

Fonte: Portal Zappiens.

No segundo exemplo constatamos pelas cartelas que o cinejornal pertence à

série “Brasil Hoje” (1), indica as responsabilidades (2, 3, 4, 5, 6 e 7) e por fim o “título de

cada notícia” (3, 4, 5, 6, e 7). Partindo-se também de um aspecto relacionado à ESTRUTURA

temos condições de perceber aspectos relacionados ao CONTEÚDO e às

RESPONSABILIDADES.

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CONTEÚDO: notícias sobre “Cerveja em Blumenau”, “Colheita da uva”, “Quebra-mar de

Salvador”, “Paisagem de Burle” e “Parque dos Guararapes”.

RESPONSABILIDADES: “texto Edson Nequete”, “locutor Alberto Curi”, “montagem Pery

Santos”, “laboratório Lider Cinematográfica” e “fotografia André Palluchi, Fernando Stamato

e Valmir Ribeiro”.

Exemplo 3: Cine Jornal Informativo n. 120 (1968)

Figura 37: Print screen de fotogramas do cinejornal Cine Jornal Informativo n. 120 (1968).

1 2 3 4

Fonte: Portal Zappiens.

Com base na análise das cartelas do último exemplo sabemos que se trata de

mais um cinejornal da “Agência Nacional” (1), integrante da série “Cine Jornal Informativo”

(2) e com notícias do especial “Imagens do Brasil” (3).

O conhecimento dos títulos dos segmentos ou notícias é fundamental para

iniciar a representação arquivística do cinejornal. Os documentos não-gráficos (audiovisuais,

visuais ou sonoros), de acordo com os “Princípios de indexação” do UNISIT (1981, p. 87),

algumas vezes são indexados a partir do título ou da sinopse, mas isto carece de cuidados

especiais. Além disso, como demonstrado no quadro sobre pedidos de informação, os usuários

muitas vezes buscam os filmes e os cinejornais pelos títulos.

Vale ressaltar, que na maioria das vezes, o analista de filmes terá condições de

ir muito além dos títulos. Somente a partir do que foi visto e escutado, tivemos condições de

constatar o seguinte:

– Atualidades Agência Nacional n. 28 (1963) é realmente monotemático;

– Brasil Hoje n. 1 (1970) é composto por diferentes notícias, conforme já indicado nos “títulos

das notícias”;

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– Cine Jornal Informativo n. 120 (1968) é composto por diferentes notícias, embora não

apresente cartelas com os respectivos “títulos das notícias”.

O “título do segmento” ou “título da notícia” pode oferecer pistas sobre

aspectos do CONTEÚDO e das RESPONSABILIDADES de um cinejornal. Todavia, somente

o visionamento de um cinejornal na íntegra, atentando-se para as imagens e sons, fará com

que a sua representação seja muito mais completa.

Além das cartelas com os títulos das notícias, a narração em off é um outro

aspecto comum aos jornais cinematográficos que deve ser observado. A partir do que é

narrado pode ser possível identificar personagens, lugares, eventos, datas etc.

Apresentamos um exemplo da representação arquivística de um cinejornal e a

sua narração em off.

Atualidades Agência Nacional nº 2 (1963)

Quadro 10: comparação entre a “especificação do conteúdo” e “termos de indexação” estabelecidos com a “narração em off de um cinejornal.

Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) - Especificação do conteúdo e termos de indexação

Transcrição da narração em off

[PRESIDENTE JOÃO GOULART E MINISTRO SANTIAGO DANTAS em reunião, após concluída a missão econômica desempenhada por este último nos EUA] / “Dantas, Francisco Clementino de San Tiago, 1911-1964” / “Estados Unidos” / “Goulart, João Belchior Marques, 1919-1976” / “Relações exteriores” / “Ribeiro, Darci”.

“Vitorioso na missão que o levou aos EUA o ministro Santiago Dantas, valiosos recursos econômicos foram obtidos num clima de alto entendimento em que se fizeram respeitar mais uma vez as diretrizes da independência política. Graças a sua importante atuação, inspirada no plano da nossa recuperação econômica, revitalizasse o conceito internacional de confiança no governo João Goulart. As linhas de crédito do Brasil nos EUA serão dinamizadas sem que se comprometam os princípios básicos de nossa soberania.”

[LOGRADOUROS DO RIO DE JANEIRO – Denúncia sobre a falta de preservação de locais históricos, como Arcos da Lapa, Igreja da Glória, Largo do Boticário, Igreja da Candelária etc] / “Arcos da Lapa (Rio de Janeiro, RJ)” / “Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro (Rio de Janeiro, RJ)” / “Largo do Boticário (Rio de Janeiro, RJ)” / “Patrimônio histórico”

“Os aspectos tradicionais do Rio antigo resistem ainda apesar das imposições da vida moderna, mas nem todos resistirão muito tempo à onda de demolições, trazida por uma urbanização que não respeita os nossos mais preciosos valores históricos. O famoso Largo do Boticário, por exemplo, encantador recanto do Cosme Velho está ameaçado pela picareta dos violadores de nossa paisagem. A providencial abertura de um túnel, velho projeto que se arrasta através de sucessivas administrações, por si só não deveria implicar na mutilação de lugares pitorescos como este. Além do inestimável valor da sua arquitetura colonial, o Largo do Boticário frequentemente serve de palco às mais expressivas e admiráveis manifestações de arte.”

[REFORMA AGRÁRIA – Problemas de terra e o interesse do governo em resolvê-los mediante projeto enviado ao Congresso Nacional] / “Reforma agrária”

“Não são muito numerosas no nosso imenso Brasil as ricas propriedades como esta, mas são cada vez mais prósperas. E sua prosperidade cresce na medida em que se isolam os

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menos afortunados dando razão a quem disse que no arame farpado está a desgraça de nosso país. No entanto, não é mais possível ignorar o clamor dos que são íntimos da terra e dela não podem sequer colher o seu sustento. O homem do campo, esquecido e abandonado durante séculos, ver surgir no horizonte de nossa terra uma esperança de melhores dias. A reforma agrária, já proposta ao congresso, poderá ser a realização dessa esperança. A de uma justa distribuição de nossos recursos.”

[SANTOS X FLAMENGO – Torneio de futebol entre o time paulista e o carioca, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro] / “Estádio Mário Filho (Rio de Janeiro, RJ)” / “Futebol”

“Santos mais uma vez campeão. Agora do último torneio Rio x São Paulo. Mas o Flamengo chegou a dar no primeiro tempo a impressão de que as coisas não seriam assim tão fáceis para o seu adversário. A um ataque do Santos, como sempre sob a inspiração do Pelé, segue-se um ataque do Flamengo buscando impor-se pela abertura da contagem. A segunda etapa se inicia sob a impressão de que o Flamengo poderá ainda repetir o recente feito do Fluminense, resistindo às investidas dos Santos e por sua vez pondo em perigo a defesa contrária. Aos 8 minutos, todavia, Coutinho recebe um passe magistral de Pelé e armando uma meia bicicleta consigna o primeiro gol do Santos. Inutilmente o Flamengo procura igualar a contagem. Em pouco seria vencido outra vez. O terceiro tempo do Santos assinalado ainda num belo drible de Pelé confirma a magnífica vitória.

Com base no exemplo selecionado podemos perceber que nem sempre o que é

narrado aparece nas imagens. Como também o contrário. Em sua análise dos cinejornais da

Era Vargas, Castro (2012, p. 102) identificou uma característica da narração em off que

permaneceu durante a ditadura militar: exaltação e supervalorização do que estava sendo

apresentado. Segundo a autora (2012, p. 102), a narração

guia todas as cenas e muitas vezes as exalta e valoriza, conferindo a elas uma importância ou um status além do exposto. Palavras que conferem grandeza e monumentalização eram empregadas, às vezes até destoando das próprias imagens. O narrador preocupava-se em enaltecer todos os feitos do governo, tornando impecáveis as aparições de seus elementos e incutindo nestes uma maior credibilidade e segurança.

A falta de sincronia entre a imagem e o som da documentação audiovisual de

televisão foi observada por Caldera-Serrano e Arranz-Escacha (2012, p. 71), por isso, os

autores recomendam que na análise de conteúdo deve se separar a banda de imagem da banda

de som, visto que em algumas ocasiões não oferecem a mesma informação.

A relação não é sempre sincrônica e às vezes vai por um lado a informação da banda sonora e por outro a informação da banda visual. Igualmente é necessária a descrição das duas bandas de forma conjunta quando estão sincronizadas, embora em caso de redundância terá prioridade a descrição da parte visual. (CALDERA-SERRANO, ARRANZ-ESCACHA, 2012, p. 72). (tradução livre).

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A representação arquivística da informação de um cinejornal pode ser facilitada

pelo conhecimento que o analista de filmes tem acerca de determinado assunto. No caso

específico dos jornais cinematográficos da Agência Nacional é de fundamental importância

uma certa especialização em história do cinema e do Brasil.

O tratamento das imagens em movimento requer que esteja familiarizado com o vocabulário específico e com o processo de produção cinematográfica, e se tenha um bom conhecimento da história do cinema e da sua evolução. Os instrumentos técnicos utilizados, a forma e o género cinematográfico, a originalidade dos temas, e até o modo como são abordados são outros tantos elementos que podem influenciar a avaliação e a selecção. (FILLION, 1998, p. 238).

Souza (2003, p. 66) diz que “o desafio da leitura proposto pelos cinejornais é

tão complexo quanto o dos filmes de ficção [...] faltam fichas técnicas, documentação escrita

sobre as condições de filmagem, quais foram os redatores dos textos de locução”. A ausência

dessa documentação correlata faz com que o trabalho de análise dos cinejornais seja mais

complexo, demandando um tempo maior de pesquisa.

Logo, o conhecimento especializado dos assuntos veiculados pelos cinejornais

da Agência Nacional contribui para o reconhecimento dos aspectos relacionados ao

CONTEÚDO, que como já vimos, enfatizaram obras, construções, inaugurações, visitas,

paradas militares, encontros diplomáticos; autoridades governamentais: Presidentes da

República, ministros, governadores, prefeitos, presidentes e diretores de empresas públicas e

privadas; e notícias sobre cultura, esportes e localidades geográficas, destacando artistas,

esportistas etc.

Caldera-Serrano e Arranz-Eschacha (2012, p. 70), que são especialistas em

análise de imagens em movimento de televisão, preconizam que a indexação de um

documento audiovisual deve levar em conta as “pessoas físicas e jurídicas, lugares

geográficos e termos que sirvam para a descrição temática do documento” (tradução livre).

Partindo das características próprias dos cinejornais, das demandas dos

usuários diante desse tipo de documento audiovisual e considerando a política de indexação

do sistema de informação é que pode se estabelecer o que deverá ser indexado.

O indexador não necessita obrigatoriamente registrar, como termos indexadores, todos os conceitos identificados durante o exame do documento. A escolha dos conceitos que serão selecionados ou rejeitados depende do objetivo para o qual as informações são indexadas. (UNISIST, 1981, p. 88).

Deve-se oferecer a maior e melhor qualidade de informações para que a

multiplicidade de usuários possa ser capaz de fazer as análises críticas concernentes as suas

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áreas de estudo e pesquisa. O analista de filmes deve procurar, portanto, ser o mais fiel

possível ao que as imagens e sons “dizem” e não o que queriam “dizer”.

As contribuições para a análise, descrição e representação arquivística da

informação dos cinejornais poderão ser realizadas no Sistema de Informações do Arquivo

Nacional (SIAN) e no Portal Zappiens. Aspectos relacionados à ESTRUTURA,

CONTEÚDO e RESPONSABILIDADES podem ser descritos em áreas e campos específicos

do SIAN, isto é, áreas 1, 3 e 7 do sistema. Tomemos como exemplo o cinejornal Brasil Hoje

n. 1.

– Área relacionada à ESTRUTURA no SIAN:

1 – ÁREA DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 – Código de Referência: BR AN,RIO EH.0.FIL, BHO.1

1.2 – Título

1.2.1 Indicação do título

Brasil Hoje n. 1

– Áreas relacionadas ao CONTEÚDO no SIAN:

3 – ÁREA DE CONTEÚDO E ESTRUTURA

3.1 – Âmbito e conteúdo

3.1.1 – Especificação do conteúdo

CERVEJA EM BLUMENAL [SC – Aspectos do 5º Festival da Cerveja] COLHEITA DA UVA [em Bento Gonçalves, RS] QUEBRA MAR DE SALVADOR [Ministro Mário Andreazza visita obras] PAISAGENS DE BURLE [MARX Depoimento do paisagista e aspectos de jardins projetados por ele] PARQUE DOS GUARARAPES [em Jaboatão, PE – Cerimônia de inauguração; presentes o presidente Médici, a primeira-dama Scila e o governador Eraldo Gueiros]

7 – ÁREA DE CONTROLE

7.1 – Nota do Arquivista 7.1.1 Termos de indexação: Termo Andreazza, Mário Davi Bento Gonçalves (RS) Blumenau (SC) Festival da Cerveja, 5º, Blumenau (SC), 1971 Leite, Eraldo Gueiros

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Marx, Roberto Burle Médici, Emílio Garrastazu Médici, Scila Gaffrée Paisagismo Parque dos Guararapes (Jaboatão, PE) Vinicultura

– Área relacionada às RESPONSABILIDADES no SIAN:

1 – ÁREA DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 – Código de Referência: BR AN,RIO EH.0.FIL, BHO.1

1.2 – Título

1.2.1 Indicação do título

Brasil Hoje n. 1

1.2.2 – Indicação de Responsabilidade

As cartelas do Brasil Hoje n.1 apresentam as “RESPONSABILIDADES” do

cinejornal, mas na representação arquivística da informação já estabelecida elas não foram

consideradas.

Acreditamos que a 7 – ÁREA DE CONTROLE, na qual são estabelecidos os

termos de indexação, também poderá ser utilizada para as RESPONSABILIDADES, visto

que algumas vezes os usuários estão em busca de um narrador, roteirista etc.

A representação arquivística da informação no Portal Zappiens está de acordo

com o SIAN apenas no que diz respeito à “indicação do título” e “especificação do conteúdo”.

Quadro 11: comparação entre a representação arquivística da informação no Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) e no Portal Zappiens.

Sistema de Informações do Arquivo

Nacional (SIAN)

Portal Zappiens

1.2.1 Indicação do título: Brasil Hoje n. 1 Título: Brasil Hoje n. 1 (1970)

3.1.1 – Especificação do conteúdo

CERVEJA EM BLUMENAL [SC – Aspectos do 5º Festival da Cerveja] COLHEITA DA UVA [em Bento Gonçalves, RS] QUEBRA MAR DE SALVADOR [Ministro Mário Andreazza visita obras] PAISAGENS DE BURLE [MARX Depoimento do paisagista e aspectos de jardins projetados por ele] PARQUE DOS GUARARAPES [em Jaboatão, PE – Cerimônia de inauguração; presentes o presidente Médici, a primeira-dama Scila e o governador Eraldo Gueiros]

Resumo: CERVEJA EM BLUMENAL [SC – Aspectos do 5º Festival da Cerveja] COLHEITA DA UVA [em Bento Gonçalves, RS] QUEBRA MAR DE SALVADOR [Ministro Mário Andreazza visita obras] PAISAGENS DE BURLE [MARX – Depoimento do paisagista e aspectos de jardins projetados por ele] PARQUE DOS GUARARAPES [em Jaboatão, PE – Cerimônia de inauguração presentes o presidente Médici, a primeira-dama Scila e o

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governador Eraldo Gueiros]

7.1.1 Termos de indexação:Andreazza, Mário DaviBento Gonçalves (RS)Blumenau (SC)Festival da Cerveja, 5º, Blumenau (SC), 1971Leite, Eraldo GueirosMarx, Roberto BurleMédici, Emílio GarrastazuMédici, Scila GaffréePaisagismoParque dos Guararapes (Jaboatão, PE)Vinicultura

Não possui termos de indexação

Percebe-se que falta uma correspondência entre a representação arquivística da

informação do SIAN com a do Portal Zappiens no que diz respeito aos termos de indexação,

que são fundamentais para a representação e a recuperação da informação, demonstrando a

necessidade de ajustes de critérios entre esses dois Sistemas de Recuperação da Informação

(SRIs).

O estudo aqui pretende contribuir para a análise dos cinejornais da Agência

Nacional, considerando que outras maneiras de analisar filmes e documentos arquivísticos

existem.

[...]seja qual for a abordagem escolhida, o objectivo da análise é elaborar uma espécie de 'modelo' do filme (no sentido cibernético, e não no normativo, como é evidente), e que por consequência, tal como qualquer objecto de pesquisa, o objecto da análise do filme exige ser construído. (AUMONT; MARIE, 2011, p. 39).

Por fim, julga-se adequado que uma metodologia específica para a análise,

descrição e representação arquivística da informação de um cinejornal esteja em

conformidade com as normas arquivísticas e também com as normas de catalogação da

International Federation of Film Archives (FIAF), visando a possibilidade de garantir o

acesso aos documentos audiovisuais em ambientes digitais.

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7 CONCLUSÃO

A experiência do Arquivo Nacional em disponibilizar o seu mais importante

arquivo audiovisual na internet abriu caminhos para estudos e pesquisas acerca da análise,

descrição e representação arquivística da informação de documentos audiovisuais em

ambientes digitais.

No âmbito da Ciência da Informação, por causa principalmente de seu caráter

interdisciplinar, foi possível agregar reflexões de diferentes áreas do conhecimento que

possuem relação com os jornais cinematográficos da Agência Nacional, com destaque para a

Arquivologia, História e Cinema.

Percebemos que a análise dos cinejornais da Agência Nacional a partir das

descrições arquivísticas estabelecidas no Sistema de Informações do Arquivo Nacional

(SIAN) e dos próprios vídeos disponibilizados no Portal Zappiens vai ao encontro da

necessidade de se incorporar novas reflexões e práticas de representação arquivística da

informação, visando, principalmente, o acesso.

Procuramos conhecer um pouco o perfil e os interesses dos usuários por meio

da verificação dos pedidos de informação que foram enviados à Coordenação de Atendimento

à Distância (COADI) do Arquivo Nacional durante o período de 2009 a 2013 e também dos

comentários que foram publicados sobre os cinejornais no Portal Zappiens, acreditando que a

qualidade da representação arquivística da informação poderá ser melhorada por meio da

interação com os usuários.

A identificação de iniciativas semelhantes de difusão de imagens em

movimento na internet demonstrou que estamos em uma época de oportunidades inéditas,

onde as trocas e compartilhamentos de informação estão colaborando para o alargamento da

concepção de lugar e materialidade dos documentos. Portanto, a partir do estudo comparativo

realizado na pesquisa (três experiências, subseção 5.4), apontamos a necessidade de

incorporação das informações que são fornecidas pelos usuários sobre os cinejornais no

campo destinado aos comentários no Portal Zappiens e a inclusão de um campo semelhante

no SIAN.

O propósito principal do nosso estudo foi buscar princípios metodológicos que

contribuíssem para análise, descrição e representação arquivística da informação dos

cinejornais da Agência Nacional, considerando que a representação já estabelecida no Sistema

de Informação do Arquivo Nacional (SIAN) e no Portal Zappiens não estava contemplando

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todos os aspectos formais e as singularidades dos jornais cinematográficos. Acreditamos que o

nosso objetivo foi atingido, reconhecendo que outras maneiras de análise possam existir.

Os princípios propostos por esta pesquisa, expostos na seção 6 do trabalho,

referem-se aos aspectos relacionados à ESTRUTURA, CONTEÚDO e

RESPONSABILIDADES. Para os cinejornais esses aspectos precisam estar sempre presentes

na descrição e representação dos mesmos nos sistemas (SIAN e Portal Zappiens), pois muitas

vezes não são incluídos ou ficam dispersos.

Percebemos que trabalhar com os jornais cinematográficos, com enfoque na

representação arquivística da informação, é uma tarefa desafiadora e complexa. Ficou ao

final da pesquisa um desejo de continuar conhecendo melhor os usuários dos cinejornais da

Agência Nacional com o propósito de estreitar os laços entre o fazer análise, descrição e

representação arquivística da informação com os interesses de quem busca e utiliza as

informações.

Após a apresentação desse estudo no ambiente acadêmico, com base em

discussões teóricas fundamentais e comparação de experiências, esperamos contribuir para a

realização de mais estudos e pesquisas acerca das imagens, principalmente as imagens em

movimento, na Ciência da Informação, levando em consideração as maneiras inovadoras e

contemporâneas de disseminação e compartilhamento possibilitadas pela internet.

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APÊNDICE A – Seleção dos cinejornais que receberam comentários dos usuários do Portal

Zappiens

Atualidades Agência Nacional

Total de Registros: 27

Vídeos com comentários: 2

Atualidades Agência Nacional n. 2 (1963)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiBDVTRMYHL9_Yqm1LLZTmBoRVpwo3D1t02VP_yUddY5Q.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

Atualidades Agência Nacional n. 28 (1963)

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Brasil Hoje

Total de registros: 281

Vídeos com comentários: 13

Brasil Hoje n. 1 (1970)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgifxv0W8uQLwOqQ4KLjJO40-APg2DnqI0OWnRI-WWhpSg.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

Brasil Hoje n. 29 (1973)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiQEsB7cdYETBtoutSiE2fvPB6a0aD0S9lhwsSAQnFXAU.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

Brasil Hoje n. 51 (1974)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgilRoMW__mSWfP84f1yz0YsXM6lmikdBQRJT00wg8Mx4Q.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

Brasil Hoje n. 57 (1974)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiPyx-09NdZIsQ6eE7M10cqSnecQIueuLbUtJ3-umqfk0.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

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Brasil Hoje n. 78 (1974)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiNZZkuMjr45uqQo7qlyWZkRaBLYKFWRa1yyeosAPZqeM.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

Brasil Hoje n. 129 – Edição Especial (1975)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiS4KIR-73eVcfDjdMQTluEry0tJMZj054bWVjTrCNvCA.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

Brasil Hoje n. 134 (1976)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgi30zErmrDtMIPg8a_9H2Z5EzB7r_esqy0jpY6d2ChFpo.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

Brasil Hoje n. 139 – Edição Especial (1976)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgid-jkseubtiOd44epijs-ufjETKAO4D_0mHrG5GOq6MQ.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

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Brasil Hoje n. 169 – Edição Especial (1976)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiEM6AcPG_uvgo5F5BXOOce2QptGSUuo93EmsQvPKhrxQ.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

Brasil Hoje n. 198 (1977)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgix1M8frRq6FJVML0AP80ZuOtPoleKVQmCZhyN8lzrRhg.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

Brasil Hoje n. 206 (1977)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgi040MiZC7xXaJroaH2WTn4qmFMQwI6M7_8qVg3UlKvIE.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

Brasil Hoje n. 264 (1979)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiYXmCvbm8XAKziiEiq0NiR-DP57Ew-xjitvntKCoA1LY.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

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Brasil Hoje n. 274 (1979)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiMshL3G0PpMIUOdOFr2_4mFRVwdebn1pMacrzmDzA3ug.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

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Cine Jornal Informativo

Total de Registros: 406

Vídeos com comentários: 20

Cinejornal Informativo v. 2 n. 37 (1951)

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Cinejornal Informativo v. 2 n. 52 (1951)

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Cinejornal Informativo v. 3 n. 22 (1952)

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Cinejornal Informativo v. 3 n. 37 (1952)

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Cinejornal Informativo v. 3 n. 38 (1952)

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Cinejornal Informativo n. 38/53 (1953)

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Cinejornal Informativo n. 39/54 (1954)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgipA45yBYMKNS76D8HXBiCHV5skFoF-j3aP03-rofmt8U.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

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Cinejornal Informativo n. 2/55 (1955)

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Cinejornal Informativo n. 17/55 (1955)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiG3KPRIDPoMiM1tcvAPjB1yO9UVMvJlfzECQYVn5PFrg.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

Cinejornal Informativo n. 20/58 (1958)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgigkA1QX87ut82j0bgpLZmKXPQ6Ra31XPGRf37F0WRa0E.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

Cinejornal Informativo n. 4/60 (1960)

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Cinejornal Informativo n. 10 (1965)

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Cinejornal Informativo n. 112 (1968)

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Cinejornal Informativo n. 118 (1968)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cgiqRW56xRInsJhsEGMcF1wuaAl1op8YcFGd1CYOynw2Og.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

Cinejornal Informativo n. 119 (1968)

O cinejornal pode ser consultado no Portal Zappiens. Disponível em: <http://zappiens.br/portal/VisualizarVideo.do?_InstanceIdentifier=0&_EntityIdentifier=cginouPYTB0nplHX78xrmen4OqQi0avRLvdOmD4ljtqr_U.&idRepositorio=0&modelo=0>. Acesso em: 02 abr. 2014.

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Cinejornal Informativo n. 120 (1968)

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APÊNDICE B – Categorização dos pedidos de informação enviados à Coordenação de Atendimento à Distância (COADI) do Arquivo Nacional no

período de 2009 a 2013

2009Total geral de cartas expedidas pela Coordenação de Atendimento à Distância (COADI) do Arquivo Nacional em resposta aos pedidos de informação: 4000Total de pedidos de imagens em movimento enviados à Coordenação de Atendimento à Distância do Arquivo Nacional: 57

PedidosPalavras-chave

Notação Título ZappiensTemas Onomásticos Geográficos Cronológicos

1 “trem em movimento” 1

2 1 13 Compositor, radialista, ator e apresentador “Gordurinha” 1

4 1 15 “Brigitte Bardot” em “Búzios” 1 1

6 1 1

7 18 “Bar Zicartola” / “Show Opinião” / “conjunto “A voz do morro”” 1 19 “Construção de Brasília” 1 110 “Brasília” 1

11 1 1

12 1 1

13 1 1 1 1

14 1 1 1 1

Youtube / Outros

“navios brasileiros perseguidos por alemães na Segunda Guerra” / “soldados da borracha”

Títulos específicos: “Brasil ano 2000” e “Nossa Senhora dos Remédios”. Imagens de “Paraty” “Festas religiosas” “Divino” São Benedito”

“coffee plantation with workers” / “motives of Rio (architecture, monuments)” / “everiday life in favelas or mid class neighbordhoods” / “kids playing and swimming in river or waterfalls” / “kids playing soccer in dusty streets, or on beach etc” / “nostalgic motives (not so rich) of fisherman's ships, beaches, little fisherman's village (Brazil)”“Golpe de 64”: “imagens relacionadas ao evento”, “conflitos entre a força policial e a população”

“Passagem de refugiados durante a Segunda Guerra Mundial por Lisboa em direcção ao continente americano”.“Vídeos de futebol” oriundos da “TV Tupi” das décadas de “60 e 70”, mais especificamente do “Botafogo”“Visita do Rei Leopoldo III da Bélgica” no “Brasil” em “1964”, mais especificamente no “Parque Indígena do Xingu”“Visita do Vice-Presidente João Goulart à China” / “Presidente Juscelino Kubitscheck vista as obras de construção de Brasília”

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15 1 1

16 1 1 1

17 118 Título específico: “O Barão Otelo no barato dos bilhões” 1

19 1 1 120 “Bienal Internacional de São Paulo de 1951” 1 1 121 Título específico: “O preço da vitória” 122 “Brasília sendo construída, nos anos 60” 1 1 1

23 1 1 1 1

24 1 1 1

25 1 126 “Filmes do Ipês (Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais)” 127 “História dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro” 1 128 “Construção de Brasília” 1 1

29 1 1 1 1

30 1

31 1 1 1 132 “Lei da Anistia no Congresso Federal” / “Geisel” / “Wladimir Herzog” 1 133 “Tancredo Neves” “1950 à 1951” 1 134 Apenas notação 135 “Pelé” 1

“Nelson Leirner” / “Grupo Rex”: “Geraldo de Barros”, “Wesley Duke Lee”, “Carlos Fajardo”, “José Resende” / “José Celso Martinêz Correa” (ver também “Zé Celso”) / “Teatro Oficina”“Diretas Já” / “Presidentes na ditadura” / “Grande depressão de 29” / “CSN” / “Governo Getulio Vargas”“animation during WWII” / “animated films from Brasil which the military/political situation during WWII”

“Governador do estado de Sergipe Seixas Doria” no dia “13 de março de 1964” na “Central do Brasil”

“Rio de Janeiro do ano de 1948/50” / “ruas da Urca, Flamengo” e de “artistas” e ou “exposições” do “primeiro núcleo de arte abstrata”, do qual fazia parte “Abraham Palatinik”“manifestações populares a acontecimentos acerca da política nacional entre os anos de 1974 a 1981” / “Movimento estudantil no Brasil de 1974 a 1981” / “Movimento estudantil e de acontecimentos políticos em Santa Catarina de 1974 a 1981”“Usina de Itaipu”: “construção”, “trabalhadores”, “custos”, “relações com Paraguai no período ditatorial”

“Discurso do ex-presidente João Goulart – Jango – na Central do Brasil em 1964” / “Golpe militar” nos “desfiles de canhões, caminhões” / “repressão às manifestações políticas nas ruas do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília”Títulos específicos: “Ninguém segura essas mulheres” / “Marília e Marina” / “Insônia”“reportagem” da cobertura do “Título de Cidadão Francano” a “Francisco Cândido Xavier” / “TV Tupi” / “Franca” / “Clube dos Bagres” / “outubro-novembro de 1975”

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36 1 1 1 137 “Geada negra” / “Discurso da pá de cal” 1

38 1 1 1

39 1 1 140 “ditadura militar” / “manifestações” / “golpe” / “Diretas Já” 141 “Obras da Transamazônica” / “Presidente Médici” / “Ministro Andreaza” 1 1 142 “FEB (Força Expedicionária Brasileira)” / “1944 até nossos dias” 1 1

43 1 1

44 1 1 1

45 1 1 1 146 Filme apresentado no REcine censura 147 “Programa Abertura” / “TV Tupi” / “Fevereiro de 1979 até julho de 1980” 1 1

48 “Brigitte Bardot” em “Copacabana” em “1964” / Agência Nacional” / “TV Tupi” 1 1 1

49 1 1 1

“presidente deposto João Goulart, deposição do presidente” / “tropas nas ruas” / “prisão de militantes” / “repressão, imagens de repressão nas ruas” / “tortura, protestos” / “as passeatas pela abertura política” / “posse de Castelo Branco, em 9 de abril” / assaltos a bancos” / “13 de março de 1964 – Comício da Central” / “30 de março de 1964 – Jango discursa no Automóvel Clube” / “Imagens dos Atos Institucionais” - relaciona todos os atos

“Flavio de Carvalho (1899-1973)” / “New look, traje para um homem tropical” - cobriram o evento “O Cruzeiro” / “Atualidades Atlântida” / “Amplavisão” / “TV Tupi”. Indica palavras-chaves: “Flavio de Carvalho” / “New look” / “Saiote” / “Clube de artistas modernos” / Experiencia numero 3” / “Experiencia No 3” / “Experiencia 3” / “Experiencia social numero 3” / “Experiencia numero tres” / “De saiote de blusa de nylon” / “A fleugma do genio” / “A idumentaria do homem do futuro” / “Flavio de saia e blusa” / “A arte e o homem social” / “moda” / “verao”“Raul Seixas” / “Ouro de tolo” no “Programa Flavio Cavalcanti” “TV Tupi” do “Rio de Janeiro”

“criação e início das atividades da EMBRAFILME” / “seus ex-presidentes no exercício do cargo” / “criação do INC, CONCINE” / “órgãos públicos da política audiovisual do cinema brasileiro”“Brasília”: “tratores iniciando as obras” / “Presidente Juscelino visitando as obras” / “Oscar Niemayer” / “Maquete das obras” / “Aérea sobre a cidade” / “Formato do avião” / “Cena de pessoas chegando de ônibus, trabalhadores das obras” / “Cena externa de ônibus trazendo os imigrantes” / “Outras mais sobre o assunto”“Discurso do presidente Jango na Central do Brasil dia 13 de março de 1964” / “imagens diversas/avulsas do presidente Jango no referido período” / “imagens da repressão militar”

“José Antonio de Aguirre y Lecube (1904-1960)” / “Presidente del Gobierno Vasco” / 7 de octubre de 1936” / “Lehendakari Aguirre” visitou o “Brasil” em “1942”

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50 1

51 1 1

52 1 1 1 1

53 154 “doação de acervo para Memórias Reveladas” 155 “Dalva de Oliveira” nos arquivos da “TV Tupi” 1

56 1

57 1 1 1Total 40 23 32 19 2 6 0 1

Vídeo da exposição “O cinema nas ondas do rádio” que aconteceu no Arquivo Nacional“Território federal de Rondônia” nos “anos 30, 40, 50, 60, 70” / “Estrada de Ferro Madeira-Mamoré”

“Epitácio Pessoa inaugurando a I exposição de gados e derivados e, Cordeiro RJ, em 1921, e de Getúlio Vargas inaugurando a mesma exposição em 1943”“cinejornal do DIP” com imagens de bastidores de um filme chamado “Moleque Tião”

“Escola de Música da UFRJ” localizada na “Rua Luiz de Camões” e que hoje abriga o “Centro Cultural Helio Oiticica”

“Golpe militar de 1964 no Brasil” / “Golpe militar no Chile em 1973” / “Santigo do Chile no período de 1965-73” / “Aeroporto de Viracopos em 197?” / “aeroportos internacionais brasileiros na década de 70 – congonhas, viracopos, galeão, etc”

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2010Total geral de cartas expedidas pela Coordenação de Atendimento à Distância (COADI) do Arquivo Nacional em resposta aos pedidos de informação: 2200Total de pedidos de imagens em movimento enviados à Coordenação de Atendimento à Distância do Arquivo Nacional: 18

PedidosPalavras-chave

Notação Título ZappiensTemas Onomásticos Geográficos Cronológicos

1 “David Cardoso” 12 IPÊS – Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais 1

3 1

4 15 “Posse de Anísio Teixeira na direção do INEP” 1 1 1 16 Títulos específicos: “Mateo 00” e “Mieczyslaw” 17 “Amaral Neto, o repórter” 1

8 1

9 1 1 1 110 “trem em movimento e em estações” 111 Cinejornais da Agência Nacional: descrição 1 1

12 1 1 113 Cinejornais da Agência Nacional 1 114 IPÊS 1

15 1 1 1

16 1 1 117 “Departamento Nacional de Informações (DNI)” 118 “Campanha Esporte para Todos – EPT” / “1977 e 1979” 1 1

Total 10 4 4 4 1 8 2 0

Youtube / Outros

“Desenhos animados da Disney” sobre a “Política da Boa Vizinhança entre Brasil e EUA”Cinejornais específicos pelo título: “Brasil Atualidades” / “Imprensa Animada” / “Cine Jornal Brasileiro” / “Bandeirante da Tela” / “DEIP Jornal” / “Novos combatentes para a Força Aérea Brasileira” / “Escola Técnica de Aviação de São Paulo”

Vídeo sobre a exposição “Capitais da Bossa Nova” que aconteceu no Arquivo Nacional“Tuca”/ “Valeniza Zagni da Silva” / “Rolando Farias (les etóiles)” / “Teca Calazans” / “Ricardo Vilas” / “Nara Leão” / “Produção musical de artistas brasileiros na França” durante o período de “1964 a 1985”

“DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda)” / “cine-jornais” / “Discurso do G. Vargas sobre DIP, etc” / “Discurso de Vargas proferido em 1943” / “Consolidação da CLT” / “Discurso em defesa/exaltação da Pátria”

“CEI (Campanha de Erradicação de Invasões)”, que originou a cidade de “Ceilândia/DF” / “anos de 1969 a 1971” / “campanha governamental” / “A cidade é uma só” / “jingle” ou “campanha veiculada em tevê”Cinejornais da Agência Nacional / “Graminha”, pequeno município de “Oscar Bressane”, a 45 km de “Marília”

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2011Total geral de cartas expedidas pela Coordenação de Atendimento à Distância (COADI) do Arquivo Nacional em resposta aos pedidos de informação: 3560Total de pedidos de imagens em movimento enviados à Coordenação de Atendimento à Distância do Arquivo Nacional: 42

PedidosPalavras-chave

Notação Título ZappiensTemas Onomásticos Geográficos Cronológicos

1 1 1 12 Cinejornal da Agência Nacional 1 1

3 1 1 1

4 1 1 15 Notícias da TV Tupi com a indicação dos títulos e notações 1 16 informações sobre o “acervo do cineasta Cesar Nunes” 17 Cinejornais da Agência Nacional 1 1

8 1 1 1

9 1 1 1 110 “filmes angolanos” realizados a partir de “1975” 1 111 URL do Zappiens (apenas) 1

12 1 1 1 113 “Posse do Presidente Castello Branco”, no dia “15 de abril de 1964” 1 1 1

14 1 1 1 115 Cinejornais da Agência Nacional 1 116 “Pronunciamento do Presidente Geisel na inauguração da ferrovia do trigo” 1 1 117 “Goiânia”, independente da época 1

Youtube / Outros

“anos 80”: “mobilizações”, “atos”, “passeatas”, “comícios de 80 a 92” / “impeachment de Collor de Melo”

“Rio Amazonas” / “Arvores sendo derrubadas” / “tratores e plainadoras” / “construção da transamazônica” / “vista aerea da Floresta Amazonica e da estrada” / “tratores na transamazônica” / “trator no Rio Xingu” / “Presidente Medici hasteia a bandeira do Brasil, em Itaituba” / “O min. dos transportes, Mario Andreazza fazendo palestra mostrando o mapa / “construção de estrada”cantor “Taiguara” / “TV Tupi” / “1966 a 1968” / “Programa Fahrenheit 2000” com a cantora “Eliana Pittman”

“Discurso do Getúlio Vargas em 31 de dezembro de 1937” / “Irmãos Villas Boas” / “Expedição Roncador Xingu”“prisioneiro no momento da troca dos mesmos pelo embaixador” / “Ilha das Flores” / “embaixador suíço, em 1971”

Indicação de palavras-chaves: “Uberaba” / “ABCZ” / “Sociedade Rural do Triângulo Mineiro” / “exposições de gado em Uberaba”. / Cinejornais da Agência Nacional

“Graciliano Ramos” / “viagem e retorno de Graciliano à União Soviética em 1952” / “comemoração de seus 60 anos na Câmara Municipal em 1952” / “falecimento em 1953” na “TV Tupi”. Listagem de “eventos públicos” relacionados ao Graciliano Ramos

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18 “Posse do Presidente Castello Branco, no dia “15 de abril de 1964” 1 1 119 Cópia do catálogo da TV Tupi 1 1

20 1 1 121 “Projeto Rondon” 1

22 1 1 1 123 “acontecimentos políticos brasileiros” / “anos 70 e 80” 1 124 Cinejornais da Agência Nacional e César Nunes 1 1 1

25 1 126 “Núcleo colonial Pio XII” 1

27 1 1 1 1

28 129 Títulos específicos sobre Marc Ferrez 1

30 1 131 Cinejornais da Agência Nacional 132 Título específico: “Um morto ao telefone” 133 “Samba” / “Carnaval” / “Bossa Nova” 1

34 “Novelas” da “TV Excelsior” “A muralha” 1968 e “Sangue do meu sangue” 1969 1 1

35 1 1

36 1 1 137 Cinejornais da Agência Nacional e César Nunes 1 138 “Assis Valente” / “Mario Lago” 139 Títulos específicos: “Jornal da Tela 66*04” e “Resenha de 1967” 1

“Fundação Brasil Central” / “Projeto Altamira-1/Transamazônica” / “1a Missa realizada em Brasília” / 'Processo Constituinte / Participação-presença da questão indígena e dos índios no processo constituinte de 1988”

“visita do diretor de cinema americano, Orson Welles, ao Brasil, em 1942 e de Carmem Miranda” / “Orson Welles” / “Carmem Miranda”

Gravação “Integralismo Brasileiro” / “Getúlio Vargas” anunciando o “Plano Cohen”

“Cinegráfica São Luiz” / “Cinegrafista Eurico Richardes” / “Realizado em 20/12/1951” / “Natal no Rio Grande do Norte”. Tem mais informações relacionadas às responsabilidades“usina elétrica de Itaipú” / “redes elétricas de alta tensão” / “pesquisa e produção de biodisel” / “médicos trabalhado e tratamentos de ponta na área da medicina” / “pesquisadores e produtos da Embrapa”

“cinejornais” e/ou “documentários” de “curta-metragem” produzidos pela(o) “Agência Nacional/DIP” entre os “anos de 1942 a 1945” que tenham como assunto a “Segunda Guerra Mundial” e a “Força Expedicionária Brasileira” ou outros arquivos de “conteúdo propagandístico” sobre a “Segunda Guerra” e a participação brasileira.

Discurso “João Batista Figueiredo” / “terceiro aniversário do seu governo” / “pornografia”“fotograma” de uma das entrevistas que o “Glauber” fez com o “Nelson Motta” para o programa “Abertura” na “TV Tupi” em 1979

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40 1 141 “Jogos Pan-Americanos de São Paulo”, em “1963” 1 1 1 142 Cinejornais da Agência Nacional: trechos selecionados 1

Total 26 15 12 15 2 14 8 1

“Brasília” / “construção” / “inauguração”, enfim, imagens de fatos importantes para a história da cidade

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2012Total geral de cartas expedidas pela Coordenação de Atendimento à Distância (COADI) do Arquivo Nacional em resposta aos pedidos de informação: 2600Total de pedidos de imagens em movimento enviados à Coordenação de Atendimento à Distância do Arquivo Nacional: 61

PedidosPalavras-chave

Notação Título ZappiensTemas Onomásticos Geográficos Cronológicos

1 “Trapalhões” da “TV Tupi” 12 Cinejornal da Agência Nacional 1 13 Cinejornais da Agência Nacional 1 14 São Cristovão 15 Título específico: “Jardim de guerra” 16 Cinejornal da Agência Nacional 1

7 1 1 1 18 “telejornais” da “TV Tupi” 19 Cinejornais da Agência Nacional 1 110 “Canal 100” 111 Cinejornais da Agência Nacional 1 112 “telejornais censurados” “Excelsior” / “Tupi” / “Globo” 113 Cinejornais da Agência Nacional: trechos selecionados 1 114 “morte de Getúlio Vargas” 115 Cinejornal da Agência Nacional 1

16 1 1 1 1 117 Cinejornal da Agência Nacional: trecho selecionado 1 118 Cinejornais da Agência Nacional: trechos selecionados 1 1

19 1 120 Cinejornais da Agência Nacional 121 “Santos-Dumont” 122 Cinejornais da Agência Nacional: trechos selecionados 1 123 Cinejornais da Agência Nacional: trechos selecionados 1 1

Youtube / Outros

trechos do “discurso pronunciado por Vargas” no “Estádio São Januário”, no “Rio de Janeiro”, em “1951”

“Desfile de 07 de setembro1975” / “Ditadura militar” / “Posse de João Figueiredo – 1979” / “Posse de Geisel – 1974” / “Pessoas em Brasília durante as Diretas Já” / “Morte de Tancredo/Bandeira em Brasília” / “Personalidades voltando para o Brasil pós anistia

“Garimpeiros trabalhando em Serra Pelada no auge do garimpo” / “Closes dos garimpeiros de Serra Pelada cobertos de lama. “Detalhes do ouro que era extraído” / “Maços de dinheiro. Homens armados” / “Por último, a imensa cava com mais de 100 mil homens trabalhando” /

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24 1 1

25 1 1

26 1 127 “TV Record” 128 Cinejornal da Agência Nacional 129 “TV Tupi” do “Rio de Janeiro” 130 “Programa Amaral Neto, o repórter” 1 1 131 “vídeos antigos da Avenida Paulista” 132 “vídeos antigos da construção do Aeroporto Santos Dumont” 1 133 cenas do “presidente Figueiredo” em “1979” 1 134 Título específico: “Vidas secas” 135 “material institucional” sobre a história da “caderneta da poupança” 136 “Dalva de Oliveira” 137 Cinejornais da Agência Nacional 138 lista dos diálogos em inglês do filme “Os herdeiros” 1

39 1 1 140 Cinejornais da Agência Nacional 141 Filme da “Vickers Limited” / distribuído por “Marc Ferrez e Filhos” 142 Cinejornais da Agência Nacional 143 Títulos específico: “O apito da panela de pressão” 144 “Marcha dos 100 anos” 1

45 1 146 vídeos antigos do “Corcovado” e “Cristo Redentor” 1

47 148 “Discurso de posse de João Goulart” em “7 de setembro de 1962” 1 1 149 Título específico: “DVD Rádio Nacional” 1

“comemorações do 4a Centenário da Cidade de Vitória” “Cemitério da Quarta Parada”, em “São Paulo”, do “final da década de 50/início da década de 60”Cinejornal da Agência Nacional. Print-screen da tela do cinejornal selecionado a partir do Zappiens

possibilidade de visualizar os “desfiles” de algumas “escolas de samba” do “Rio de Janeiro”, nos “anos 70”

“história do álcool” / Transmissão de TV e cinejornais selecionados a partir do SIAN

Títulos específicos: “Ganga Zumba”, “Desesperato”, “Máscara da traição”, “Se segura malandro”, “Tudo bem”, “Bye Bye Brasil”, “Eu te amo”

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50 1 1 151 “instalação dos postes do Aterro do Flamengo” 1 152 “Adhemar Ferreira da Silva” 153 Cinejornal da Agência Nacional 1 154 Cinejornal da Agência Nacional: trecho selecionado 1 1

55 1 1 1 156 “Estado Novo” 1

57 1 1 1

58 1 1 1 1 159 Cinejornais da Agência Nacional 1 160 Programas da TVE 1 161 algum filme sobre “Ruy Santos” e “Jorge Amado” 1

Total 24 10 14 10 5 27 11 5

“Manifesto feminino nas décadas de 40, 50, 60 e 70” / “Candidatas votando”, como por exemplo: a “Deputada Benedita da Silva”, mas pode ser qualquer outra também / “Artistas famosas em algum manifesto ou votando” / “mulheres em algumas atividades de trabalho, etc”

construção do “Elevado da Perimetral no Rio de Janeiro” nas “décadas de 60 e 70” / “Viaduto JK” / “Zona Portuária do Rio de Janeiro” / Cinejornal da Agência Nacional selecionado a partir do SIAN

“construção da BR 101” nos “anos 70 e 80” / “desmatamentos” / “madeireiras” / “queimadas” “Queima das sacas de café no Brasil devido a crise de 1929” / “delegação brasileira no navio Itaquicê, no Rio de Janeiro, na tarde do dia 26 de junho de 1932, dia da partida para as Olimpíadas de Los Angeles. Getúlio Vargas estava presente” / “mulheres em sua vida cotidiana, nas ruas, no cafés. De 1930 a 1933” / “cidade de SP no início da década de 30” / “Qualquer vídeo que tenha o nadador MARIA LENK presente” / “nadadores realizando a Travessia de SP a nado no Rio Tietê. As travessias foram realizadas nos anos de 1932 a 1936” / “Imagens do voto feminino em 1932”

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2013Total geral de cartas expedidas pela Coordenação de Atendimento à Distância (COADI) do Arquivo Nacional em resposta aos pedidos de informação: 2821Total de pedidos de imagens em movimento enviados à Coordenação de Atendimento à Distância do Arquivo Nacional: 56

PedidosDescritores

Notação Título ZappiensTemáticos Onomásticos Geográficos Cronológicos

1 1 1 12 “Dorival Caymmi” / “TV Tupi” 13 Cinejornais da Agência Nacional 1 1

4 15 Cinejornais da Agência Nacional: descrição e trechos selecionados 1 16 Cinejornais da Agência Nacional: trechos selecionados 1

7 1 1 1 1

8 1 1 19 “filmes produzidos pelo IPES” 1

10 “candidatura de Ernesto Geisel à Presidência da República, datado de 1973” 1 1 111 Cinejornais da Agência Nacional: descrição 1 112 Cinejornais da Agência Nacional: trechos selecionados 1 1

13 1 1

14 1 1 1

Youtube / Outros

“construção e inauguração do sanatorio de curicica em jacarepagua rio de janeiro”, que aconteceu entre “1946-1942”

Títulos específicos: “Garota de Ipanema” / “O homem Nu” / “Rio 40 graus” / “Cinema Novo” / “Vinícius de Moraes, um rapaz de família”

“discurso de JK”, em “31 de maio de 1958”, na “inauguração da “Rádio Nacional de Brasília”“Eduardo Marcic” / “inventor da Máquina de Amaciar Carnes” / “início dos anos de 1960” / “TV Tupi”

“Diretas Já” / “Miguel Arraes” / “Ulisses Guimarães” / “Fernando Henrique Cardoso” / “Eduardo Suplicy” / “Mario Covas” / “Teotônio Vilela” / “Brizola” / “Dante de Oliveira” / “Tancredo” / “Luis Carlos Prestes” / “Orestes Quercia” / “Luis Inácio Lula da Silva”

“RIO DE JANEIRO, FINAL DOS ANOS 50/INICIO ANOS 60” / “BRASIL ANOS 50: VIDA URBANA/INDUSTRIALIZAÇÃO/ESTRANGEIRISMOS” / “Ônibus (trajeto Centro-Copacabana), anos 50” / “pessoas batucando nas mesas, em garrafas, caixas de fósforo, latas. (vídeo em anexo, obtido de produção amiga, com a informação de que pertencia ao arquivo nacional)” / “Anúncios de 'produtos bossa nova': geladeiras, roupas, etc.” / “IMAGENS DE PESSOAS DANÇANDO, CLUBES/BAILES ANOS 60” / “Rio de Janeiro, anos 60, praia” / “Brasil anos 70, discotecas, programas de auditório”

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117

15 1 1 1 1

16 1 1

17 1 1 118 Cópia da descrição a partir do SIAN 1 119 “final da Copa de 50” 120 “Brasil do século XX” 1 1 1

21 1 1 1 1 122 Título específico: “A constituição acima de tudo” 123 “Porto do Rio de Janeiro” / “prefeito Pereira Passos” / “1902 a 1915” 1 1 124 “Cacilda Becker” 1

25 1 1 1 1 1

26 1 1 127 Cinejornais da Agência Nacional 1 128 Cinejornais da Agência Nacional: trechos selecionados 1 1

“cinejornais mais antigos, dos períodos de 1920/1930/1940?” / “imagens mais antigas, da cidade do Rio de Janeiro ou mesmo de outras capitais” / “Petróleo é nosso” / “cantoras do rádio” / surgimento da bossa nova”“cine-jornais” referentes à “história política do Brasil” / “Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais – IPES” “Mariel Mariscott” / “Homem de Ouro da polícia carioca” / “Escuderia Detetive Le COCQ” / “Esquadrão da Morte” / “Estado da Guanabara” / “Guarda-Vidas” / “Copacabana Palace” / “Mário Andreazza” / “Elza de Castro” / “Darlene Glória” / “bicheiros” / “Castor” / “Anísio” / “China” / “Raul Capitão” / “Jorge Elefante” / “Luisinho Drummond” / “presídios” / “Regimento Marechal Floriano de Faria” / “Freia Caneca” / “Ilha Grande” / “Mariscot” / “Mariscote” / “Mariscott” / “Mariscotte” / “Mariscoty” / “Moriscot” / “Mouriscott” / “Mouriscot” / “Mouriscote”

“linhas de montagens” na “industria automobilística” no final da “década de 50” e início dos “anos de 1960” / “industria automobilística brasileira” / “primeiros dias de trabalho da Mercedes, Volks ou outra empresa multinacional” / “construção e inauguração da via Anchieta” em “São Paulo” / “Industria Naval” / “Industria Siderúrgica” / “abandono dos estaleiros e portos” nos anos de “1980 e 1990” / “cinejornal sobre a industria naval brasileira na década de 1970” / “presidente Lula inaugurando estaleiros ou portos” entre os “anos de 2003 e 2010” / “ex-presidente Lula no Estaleiro Mauá (RJ), no Porto de Suape (PE) ou no Porto de Itajaí (SC) / “Siderúrgica” / “Iperó/SP” / “Fazenda Ipanema”

“Juscelino Kubitscheck” “inaugurando a fábrica da Mercedes Benz e Volks” em “São Bernardo do Campo” em 28/09/1956”

“Elza Soares / Carnaval” / “Elza Soares / Grande Otelo” / “Elza Soares / Garrincha” / “Elza Soares / Garrinchinha” / “Elza Soares / Copas do Mundo” / “Elza Soares / Louis Armstrong” / “ Elza Soares / rádio” / Elza Soares / TV” / Elza Soares / Jornais” / “Festa de São Jorge no Rio de Janeiro”

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29 1 1 130 “TV Excelsior” / “A cidade se diverte” 131 Cinejornais da Agência Nacional: trechos selecionados 132 1 1

33 1 1 1 134 Título específico: “Carlos Castello Branco, o jornalista” 135 “Jogos Pan Americanos” de “1963” ocorridos em “São Paulo” 1 1 136 “imagens de arquivo” da “época da Chancada” no “Brasil” 1 1 137 “Paraty-rj” / “aldeias indígenas” 1 1

38 1 139 Cinejornais da Agência Nacional a partir do SIAN: trechos selecionados 140 Cinejornais da Agência Nacional 1 1 141 Cinejornais da Agência Nacional 1

42 1 1 1 1

43 1 1 144 Cinejornal da Agência Nacional: trechos selecionados 1 1

45 1 1 1 146 Cinejornais e filmete da Agência Nacional: trechos selecionados 147 Cinejornais da Agência Nacional 1

“governo do Presidente Juscelino Kubitscheck” no ano de “1958” / “Copa do Mundo de Futebol”

Cinejornais da Agência Nacional: trechos selecionados, print screen da tela“indústria naval” / “máquinas antigas” / “J.K (Juscelino Kubitscheck e seu período)” / “Metalúrgicas em geral” / “Operários e máquinas trabalhando nas ruas e Maracanã” / “Estradas do Brasil com carros antigos”

Cinejornais, filmetes e documentários da Agência Nacional: trechos selecionados

“transplante cardiaco” na “africa do sul” em “Camp Town” pelo “Pr. Barnard” em “1967”

“lutas” / “Maguila x Holifield – Disputa pelo título mundial do Conselho Mundial de Boxe – 1989” / “Acelino Freitas (Popó) x Anatoly Alexandrov – título Mundial Superpena da WBO – 1999” / “Sarah Menezes x Alina Dumitru, nos Jogos Olímpicos de 2012” / “Tiago Camilo x Anthony Rodriguez, no Campeonato Mundial de Judô, em 2007” / “Aurélio Miguel x Marc Meiling, nas Olimpiadas de 1988” / “Waldemar Santana x Helio Gracie, 1955” / “Sertão x Phafrakorb Rakkietgym , 2006” / “Waldemar Santana x Carlson Gracie, década de 50 (foram várias lutas, durante a década)” / “Servílio de Oliveira x Toni Moreno, mundial de boxe, 1971” / “Eder Jofre x Eloy Sanchez – Final do Mundial de Boxe – Peso Galo – 1960

“ex-presidente Médici” recebendo a “Seleção Brasileira de Futebol” no “Palácio do Planalto” após a vitória na “Copa do Mundo de Futebol” de “1970”

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48 1 1 149 Cinejornal da Agência Nacional: trecho selecionado 1 1 150 “Ivon Curi”51 URL do Youtube 152 “campanha publicitária do cruzado” / “governo Sarney” 1 153 “cine-jornal 'Atualidades O Globo' de 1942” 1 1

54 1 1 1 155 “agricultura brasileira” 1

56 1Total 28 21 17 20 5 21 13 1

“11/04/1964: Castello Branco e eleito presidente (vídeo da posse)” / “março de 1967: Costa e Silva toma posse (vídeo da posse) / “outubro de 1969: reaberto, o Congresso elege Médici (vídeo da posse)”

“cinematógrafo” / “Instituto Nacional de Cinema Educativo – INCE” / “exposição de aparelhos de projeção fixa e animada de 1929” / “Escola José de Alencar” no “Largo de Alfandega” / “Cecília Meirelles e a Exposição” / “Jonathan Serrano e o Instituto Nacional de Cinema” / “Nereu Ramos” / “Cecília Meirelles, Carlos Drummond e Vinicius de Moraes no Instituto Nacional do Cinema Educativo” / “Propaganda sobre o Instituto Nacional do Cinema Educativo” / “venda de cinematógrafos” / “exposição de 1929” / “difusão das ações para o cinema educativo”

“centenas de policiais fardados marchando na rua”, em algum “desfile militar” ou imagens de “confronto entre militares e a população civil”

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ANEXO A – Artigo de jornal: Todos os planos da nova Agência Nacional1

1 O Estado de São Paulo disponibiliza as edições dos seus jornais no site “Acervo Estadão”. Disponível em: <http://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19700920-29281-nac-0035-999-35-not/busca/Agencia+Nacional>. Acesso em: 22 jul. 2013.

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ANEXO B – Tela de apresentação do Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN)

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ANEXO C – Tela de apresentação do Portal Zappiens

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ANEXO D – Possibilidades de pesquisa no Sistema de Informações do Arquivo Nacional

(SIAN) e no Portal Zappiens

Nas páginas seguintes segue um exemplo de como as informações sobre os

cinejornais estão estruturadas no Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN) e no

Portal Zappiens, com suas semelhanças e diferenças. O exemplo também mostra como pode

ser realizada a pesquisa nos dois Sistemas de Recuperação da Informação (SRIs).

SIAN: pesquisa “multinível” e “livre”

Zappiens: pesquisa “livre”

Cinejornal selecionado: Atualidades Agência Nacional n. 2

Caminho a ser percorrido para a pesquisar o cinejornal Atualidades Agência Nacional n. 2

Multinível

Fundo/Coleção – Nível 1

Agência Nacional

Série – Nível 3

Filmes

Subsérie – Nível 3.5

Atualidades Agência Nacional

Brasil Hoje

Cinejornais

Cinejornal Brasileiro

Cinejornal Informativo

Documentários

Filmetes institucionais

Transmissões de TV

Fundo/Coleção:

Associação: Atualidades Agência Nacional – Nível 3.5

Dossiê – Nível 4

Atualidades Agência Nacional n. 2

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Todas as informações sobre o cinejornal podem ser consultadas no endereço

<http://www.an.gov.br/sian/Multinivel/Exibe_Pesquisa.asp?v_CodReferencia_ID=145899 > e

estão reproduzidas nas próximas telas.

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1 – ÁREA DE IDENTIFICAÇÃO – SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO ARQUIVO NACIONAL (SIAN)

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2 – ÁREA DE CONTEXTUALIZAÇÃO – SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO ARQUIVO NACIONAL (SIAN)

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3 – ÁREA DE CONTEÚDO E ESTRUTURA – SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO ARQUIVO NACIONAL (SIAN)

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4 – ÁREA DE CONDIÇÕES DE ACESSO E USO – SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO ARQUIVO NACIONAL (SIAN)

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5 – ÁREA DE FONTES RELACIONADAS – SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO ARQUIVO NACIONAL (SIAN)

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6 – ÁREA DE NOTAS – SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO ARQUIVO NACIONAL (SIAN)

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7 – ÁREA DE CONTROLE – SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO ARQUIVO NACIONAL (SIAN)

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PESQUISA “LIVRE” NO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO ARQUIVO NACIONAL (SIAN)

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Termo pesquisado: Santiago

Total de registros recuperados: 444

Entre eles o cinejornal: Atualidades Agência Nacional n. 2

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Problema do termo pesquisado: diferença na grafia do nome nos níveis de descrição “Especificação do conteúdo” e “Termos de indexação”

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PESQUISA LIVRE NO PORTAL ZAPPIENS

Termo pesquisado: Santiago

Total de vídeos recuperados: 3

Entre eles o cinejornal: Atualidades Agência Nacional n. 2

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