Trecho de 19,2 km começaria com a Via 710, no entroncamento com a av. dos Andradas (bairro São Geraldo), passando pela as avenidas Bernardo Vasconcelos, Américo Vespúcio e Catalão. No cruzamento da Catalão com Pedro II, seria construído um túnel sob o bairro Padre Eustáquio, saindo na av. Tereza Cristina. Depois, seguiria pelas avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo, terminando na av. Raja Gabaglia. EDITORIA DE ARTE FONTE: fonte Alto custo do túnel de 2 km sob o bairro Padre Eustáquio tornou a obra inviável. A obra demandaria R$ 400 milhões A construção da Via 710 esbarra em dificuldades de desapropriação e terá o projeto refeito Vários trechos, como o da av. Américo Vespúcio, teriam que ser redimensionados para receber o aumento do tráfego COMO SERIA A OBRA COMO SERÁ Trecho de 7,4 km composto pela Via 710 e av. Bernardo asconcelos. ANEL INTERMEDIÁRIO Novo corredor de trânsito que ficou pelo caminho Via 710 Av. Bernardo Vasconcelos Av. Américo Vespúcio Av. Catalão Túnel (Via 800) Av. Tereza Cristina Av. Silva Lobo Av. Barão Homem de Melo 1 1 2 2 3 3 REGIÃO CENTRAL O que tem inviabilizado o contorno viário Nº Nº O consultor em trans- porte e trânsito Osias Baptista Neto ressalta que não é possível trans- formar a cidade inteira em um canteiro de obras, tanto pelo trans- torno que isso causaria à população quanto pe- las limitações em ter- mos de financiamento e recursos. Ao mesmo tempo, ele afirma que é preciso priorizar no or- çamento quando essas intervenções planejadas serão feitas. “Entendo que é preci- so realizar os projetos importantes. Se não é possível neste momen- to, é preciso que essas intervenções sejam prio- rizadas e que seja mon- tado um programa para viabilizá-las, para que se tenha de onde tirar di- nheiro”, aponta. Para o consultor, não há obras de mobilidade que sejam consideradas inviáveis, mas sim uma questão de priorização das intervenções, para que haja continuidade entre os governos. Ao mesmo tempo. milhões de reaisfoio custo estimado da Via 800, conjunto de dois viadutos e um túnel, porbaixo dos bairros Padre Eustáquio e Carlos Prates; o valor foi considerado alto pela prefeitura O que falta é priorizar o essencial, diz especialista quilômetros seriao trajeto total doAnel Intermediá- rio; agora, apenas7,4 quilômetros serão feitos Corredorviárioem versãoresumida As obras para a construção de corredores de tráfego que criem outras centralidades na cidade e inibam o tráfego na região Central são essenciais para Belo Horizonte. Essa é a opinião do consultor em transporte e trânsito Silvestre de Andrade Filho. “Grandes investimentos devem ser feitos nas vias transversais. Elas são muito importantes para tirar volume do Centro da cidade. Mas nem sempre os recursos estão disponíveis. Agora, há disponibilidade para o Vetor Norte. A prefeitura não poderia perder essa oportunidade”, enfatizou. Elesereferiuàsobrasda Copa do Mundo 2014 nas avenidas Antonio Carlos, Pedro I e Cristiano Machado, onde serão instalados corredores doBRT. > Alto custo do Anel Intermediário leva PBH a rever projeto 400 19 CARO DEMAIS – Da Carlos Luz, partiria um túnel rumo à Tereza Cristina Vias transversais desafogam o Centro RENATO COBUCCI NOSSO DESTAQUE Bruno Moreno [email protected] Dos 19 quilômetros pre- vistos para o Anel Inter- mediário, importante via transversal ligando as regiões Leste, Nordes- te, Noroeste, Oeste e Sul de Belo Horizonte sem passar pelo Centro, ape- nas 7,4 devem sair do papel. A via, que teria o desenho de um semicír- culo, entre as avenidas do Contorno e o Anel Ro- doviário, beneficiaria milhares de pessoas coti- dianamente. O projeto foi lançado em 2009 pelo prefeito Marcio Lacerda. Na re- gião Leste, começaria na avenida dos Andra- das, próximo ao bairro São Geraldo, com a Via 710, rumo às avenidas Cristiano Machado e Bernardo Vasconcelos. De lá, seguiria até a ave- nida Antônio Carlos, passando pela avenida Américo Vespúcio e chegando às avenidas Ca- talão e Pedro II. No encontro entre essas duas avenidas, seria cons- truído um túnel e dois via- dutos no sentido norte- sul, nomeados de Via 800, com 2 quilômetros de extensão, chegando à avenida Tereza Cristina, no bairro Carlos Prates. Depois, seguiria pelas ave- nidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo, termi- nando na Raja Gabaglia. O principal motivo para a não conclusão do Anel Intermediário, segundo a Prefeitura de Belo Hori- zonte, foi o alto custo da Via 800, cujo orçamento alcançou R$ 400 milhões. Já a Via 710, que está in- cluída na Matriz de Res- ponsabilidades da Copa 2014 e deveria ficar pron- ta para o Mundial no ano que vem, só começará a receber veículos quase dez meses após o torneio. De acordo com a prefeitu- ra, as obras da Via 710 en- contram-se paralisadas pa- ra a conclusão das desapro- priações e de algumas ade- quações no proje- to. A licita- ção para a retomada dos traba- lhos está prevista ainda pa- ra este ano, e a previsão é de que a obra seja concluí- da em abril de 2015. Como um dos principais proble- mas foi a desapropriação de residências, é possível que o trajeto, à beira da li- nha do metrô, seja altera- do. Quando estiver concluí- da, a Via 710 será conecta- da à avenida Bernardo Vasconcelos, na altura do Minas Shopping, até a avenida Antônio Carlos. Assim, esse será o trajeto do Anel Intermediário, que ligará, agora, apenas as regiões Leste e Nordes- te, com 7,4 quilômetros. SEM TRANSPARÊNCIA A assessoria de imprensa da prefeitura informou que não há um plano B, ou seja, o Anel Interme- diário não será implanta- do em sua completude. A administração municipal se negou a informar qual seria o impacto no trânsi- to da capital com a conclu- são do projeto original, ou mesmo quantos veícu- los deixariam de trafegar pelo Centro. A proposta do Anel In- termediário foi lançada pela prefeitura e BHTrans em 2009, como uma das soluções para o trânsito na cidade. A iniciativa faz parte do progra- ma Viurbs, que de- pois passou a se chamar Corta Caminho. TRÂNSITO SAIBAMAIS > hojeemdia.com.br 03 BeloHorizonte,segunda-feira,28.10.2013 HOJEEMDIA