FUNDAÇÃO UNIMED PÓS GRADUAÇÃO – GESTÃO DE NEGÓCIOS EM SAÚDE IMPACTO DA ADOÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA NA UNIMED VOLTA REDONDA Andréia Aparecida Parente de Resende Cristiane da Silva Gomes Orientador Professor: Walden Carvalho Volta Redonda/RJ 2012
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Andreia Aparecida Parente e Cristiane Da Silva Gomes
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7/17/2019 Andreia Aparecida Parente e Cristiane Da Silva Gomes
Andréia Aparecida Parente de ResendeCristiane da Silva Gomes
IMPACTO DA ADOÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE
GOVERNANÇA CORPORATIVA NA UNIMED VOLTA REDONDA
Monografia apresentada ao curso de PósGraduação em Gestão de Negócios emSaúde, da Fundação Unimed, comorequisito parcial para obtenção do título deespecialista.
Orientador: Prof. Walden Carvalho.
Volta Redonda/RJ2012
7/17/2019 Andreia Aparecida Parente e Cristiane Da Silva Gomes
O presente trabalho tem como objetivo destacar a importância das boas práticas de
Governança Corporativa não só dentro das organizações, como também das Cooperativas
de saúde. Para isso, faz-se importante mostrar todo o trabalho já desenvolvido pela Unimed
Volta Redonda em relação ao seu comprometimento com tais práticas, oportunizando um
melhor desempenho organizacional diante de um cenário tão competitivo, como o da área
de planos de saúde.
Um fator relevante que pode contribuir para a melhoria das boas práticas de
Governança Cooperativa, que neste caso está mais representativo na Unimed Volta
Redonda, seria a construção de um Portal de Governança, propiciando uma maiortransparência na divulgação e comunicação com seus cooperados, colaboradores e clientes.
Palavras-chave: Governança Corporativa – Unimed Volta Redonda – desempenho
3 – Governança Corporativa no Brasil.................................................................................15
4 – Governança Corporativa em Cooperativa de Saúde no Brasil.......................................17
5 – Impactos da adoção da Governança Cooperativa na Unimed Volta Redonda...............195.1 – Planejamento Estratégico............................................................................................215.2 – Estatuto Social e Regimento Interno...........................................................................225.3 – Práticas de Governança de TI......................................................................................245.4 – Responsabilidade Social e Relações Humanas...........................................................265.5 – Publicação do Balanço Patrimonial e Balanço Social ................................................305.6 – Fale conosco – “Ouvidoria”........................................................................................31
PARTE 2 – INCLUSÃO DA GOVERNANÇA APLICADA NO PORTAL UNIMEDVOLTA REDONDA
6 – A necessidade do desenvolvimento de um espaço de Governança Corporativa no PortalUnimed Volta Redonda........................................................................................................336.1 - Definição de Portal de Governança.............................................................................356.2 - Alinhamento do Portal com as Melhores Práticas de Governança Corporativa..........366.3 - Fases Recomendadas para a implementação do Portal................................................386.4 - Ações Recomendadas para Motivar o Público-Alvo...................................................39
Nos últimos anos a importância da utilização de boas práticas de governança
corporativa no cenário das empresas que atuam na área da saúde vem ganhando maiordestaque, pois o ambiente organizacional de empresas do ramo financeiro já está inserido
nesse contexto há algum tempo.
A governança corporativa está relacionada à gestão de uma organização, sua
relação com os acionistas (shareholders) e demais partes interessadas (stakeholders):
clientes, funcionários, fornecedores, comunidade, entre outros. Sua essência está baseada
em mecanismos de solução para o conflito de agência, decorrente da assimetriainformacional e conflito de interesses entre as partes envolvidas.
A importância da governança não se concentra apenas em disciplinar e harmonizar
as relações entre as diversas áreas de uma organização ou com partes externas, está
presente também na criação do conselho de administração, no qual deve ser o órgão
máximo da empresa, responsável pela definição dos objetivos e estratégias que serão
implementadas pela administração executiva.
A governança corporativa é um dos pilares do enfoque em sustentabilidade. Uma
empresa com boa governança corporativa é responsável e transparente para com seus
acionistas e outras partes interessadas tais como empregados, credores, clientes e a
sociedade em geral, contribuindo de várias formas para o crescimento sustentável em
longo prazo.
Apesar do aprofundamento nos debates sobre governança e da crescente pressão
para a adoção das boas práticas de Governança Corporativa, o Brasil ainda se caracteriza
pela alta concentração do controle acionário, pela baixa efetividade dos conselhos de
administração e pela alta sobreposição entre propriedade e gestão. O que demonstra vasto
campo para o incentivo ao conhecimento, ações e divulgação dos preceitos da Governança
Corporativa.
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O termo governança corporativa foi criado no início dos anos 90 nos países
desenvolvidos, mais especificamente nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, para moldar e
estabelecer as regras que regulamentam o relacionamento dentro de uma companhia, desde os
interesses de acionistas controladores e acionistas minoritários até dos administradores.
Governança Corporativa, de acordo com Antonio Carlos Vidigal1, é o que se pode
chamar de uma tradução malfeita de uma expressão inglesa corporate governance.
Segundo o professor:
A origem vem do verbo latino gubernare, que quer dizer “governar”, ou“dirigir”, “guiar”. O significado, meio vago, é o sistema pelo qual osacionistas de uma empresa (corporation, em inglês) “governam”, ou seja,tomam conta de sua empresa.
Desde sua criação, apareceram várias definições para explicar o surgimento do
termo Governança Corporativa, como, apresenta-se na Tabela 1:
Exemplos de Definições de Governança Corporativa
Estudo Definição
Blair(1995)
Todo o conjunto de meios jurídicos, culturais e arranjos institucionaisque determina o que as empresas de capital aberto podem fazer, quempode controlá-las, como seu controle é exercido, e como os riscos eretornos das atividades das quais são responsáveis são alocados.
CVM
(2002)
Conjunto de práticas que tem por finalidade aperfeiçoar o desempenhode uma companhia ao proteger todas as partes interessadas, tais comoinvestidores, empregados e credores, facilitando o acesso ao capital.
Fiss
(2008)
Relacionamentos explícitos e implícitos entre a corporação e seusconstituintes, tão quanto o relacionamento entre esses grupos deconstituintes.
OECD
(2004)
Envolve o conjunto de relacionamentos entre a gestão da companhia,
seus acionistas e seus stakeholders. A Governança Corporativa tambémprovê a estrutura por meio da qual os objetivos da firma são realizados,assim como determina as formas de atingir os objetivos e de monitorarseus resultados.
Nota. Legenda: Comissão de Valores Mobiliários [CVM]; Organization for Economic Co-operation and
Development [OECD]. Fonte: Monografia: Institucionalismo Organizacional e Práticas de Governança Corporativa.RAC, Curitiba, Edição Especial 2010, art. 7, pp. 177.
De modo geral, podem-se dividir os sistemas de Governança Corporativa no mundo
em:
1Consultor e Administrador de empresas e ex-professor de “Governança Corporativa” no mestrado doIBMEC-RJ.
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- Outsider System (acionistas pulverizados e tipicamente fora do comando diário
das operações da companhia); Ex: Estados Unidos e Reino Unido.
- Insider System (grandes acionistas tipicamente no comando das operações diárias
diretamente ou via pessoas de sua indicação); Ex: Europa Continental e Japão.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC – antes
denominado IBCA (Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração), criado em 1995
pelo administrador de empresas Bengt Hallqvist e o professor e consultor João Bosco,
apresentou a seguinte definição, bastante abrangente e estabelecendo seus principais objetivos:
Governança Corporativa é o sistema que assegura aos sócios-proprietários o governo estratégico da empresa e a efetiva monitoração da
diretoria executiva. A relação entre propriedade e gestão se dá através doconselho de administração, a auditoria independente e o conselho fiscal,instrumentos fundamentais para o exercício do controle. A boaGovernança assegura aos sócios eqüidade, transparência,responsabilidade pelos resultados (accountability) e obediência às leis dopaís (compliance). No passado recente, nas empresas privadas efamiliares, os acionistas eram gestores, confundindo em sua pessoapropriedade e gestão. Com a profissionalização, a privatização, aglobalização e o afastamento das famílias, a Governança Corporativacolocou o Conselho entre a Propriedade e a Gestão.
Todas as definições apresentadas anteriormente servem para caracterizar o que vem
a ser “Governança Corporativa”, e de que maneira esses conceitos podem ser adaptados as
realidades das organizações brasileiras.
Assim, em resposta à crescente demanda por melhores padrões de governança nas
empresas, já no ano de 2000, a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) instituiu o
chamado Novo Mercado, bem como os Níveis Diferenciados de Governança Corporativa.
O Novo Mercado caracteriza-se por ser um segmento destinado à negociação de açõesemitidas por empresas que se comprometem, de modo voluntário, com a adoção de boas
práticas de Governança Corporativa adicionais às previstas na legislação.
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), lançou em 1999, o Código
Brasileiro das Melhores Práticas de Governança Corporativa, cujo principal objetivo é “indicar
caminhos para todos os tipos de sociedade comercial, visando a aumentar seu valor, melhorar
seu desempenho, facilitar o acesso ao capital a custos mais baixos e contribuir para sua
sustentabilidade de longo prazo”.
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A expressão “Governança Cooperativa” é relativamente nova no vocabulário do
cooperativismo, e por se basear nos princípios da “Governança Corporativa”, tem-se
mostrado um diferencial competitivo na gestão das cooperativas médicas.
Sendo as cooperativas caracterizadas como sociedade de pessoas, e não de capital,
têm na união de indivíduos pela adesão voluntária e livre, na gestão democrática, na
participação econômica dos membros e na autonomia e independência princípios basilares
de sua gestão.
Devido às particularidades do setor e respeitando as singularidades de cada tipo de
organização, o IBGC apresenta o conceito de Governança Cooperativa, como sendo:
“Conjunto de mecanismos e controles, internos e externos, que permite aos cooperados
definir e assegurar a execução dos objetivos da cooperativa, garantindo sua continuidade e
os princípios cooperativistas.”
De acordo com Roberto Rodrigues2, as cooperativas estão servindo de ponte entre o
bem-estar coletivo e o mercado, buscando melhores práticas de governança e gestão. Como
embaixador da ONU para as cooperativas, afirma Roberto Rodrigues:
“O cooperativismo se firma como motor de igualdade social e inclusãoeconômica. Esse fato levou a ONU a promulgar 2012 o AnoInternacional das Cooperativas, reconhecendo o papel das cooperativasna promoção da paz. Cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundosão integrantes de cooperativas de diferentes ramos como o de crédito,agricultura, saúde, entre outros, que geram mais de 100 milhões deempregos em 100 países.”
Por isso, a importância da adoção das práticas de Governança Cooperativa, que
segundo o IBGC, são: representatividade, participação, direção estratégica, gestão
executiva e fiscalização (controle interno e externo).
2 Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Estudos do Agronegócio na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex- ministro da
Agricultura.
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No Brasil, os conselheiros profissionais e independentes surgiram em resposta ao
movimento pelas boas práticas de Governança Corporativa e à necessidade das empresas
modernizarem sua alta gestão, visando tornarem-se mais atraentes para o mercado. O
fenômeno foi acelerado pelos processos de globalização, privatização e desregulamentação
da economia, que resultaram em um ambiente corporativo mais competitivo.
Oligopólios, empresas exclusivamente de controle e gestão familiar com alta
concentração do capital, acionistas minoritários passivos e conselhos de administração
figurativos passaram a dar lugar a investidores institucionais mais ativos, maior dispersão
do controle acionário, maior foco na eficiência econômica e transparência da gestão.
Muitos elementos têm levado a mudanças nas empresas brasileiras, entre elas as
privatizações e o impacto da globalização, que acabaram influenciando o início das
primeiras experiências de controle compartilhado no Brasil, instituído por meio de acordo
de acionistas. Nessas empresas, os investidores participantes do bloco de controle
passaram a dividir o comando da empresa, estabelecendo contratualmente regras.
Os investidores institucionais - seguradoras, fundos de pensão e fundos de
investimentos, entre outros - assumiram uma postura ativa, passando a comparecer nas
assembleias gerais, a exercer os direitos de voto de suas ações e a fiscalizar de modo mais
próximo a gestão das companhias investidas.
O começo da abertura e consequente modificação na estrutura societária das
empresas também ocorreram no mercado financeiro, influenciadas pelo movimento
internacional de fusões e aquisições e a necessidade de captação de financiamentos
externos para suportar o crescimento. O surgimento do aumento de investimentos de
estrangeiros no mercado de capitais reforçou a necessidade das empresas se adaptarem às
exigências e padrões internacionais.
O Consultor e Administrador de Empresas, Antonio Carlos Vidigal entende a
questão da Governança Corporativa no Brasil, da seguinte maneira:
“A meu ver, a resposta é: a questão básica da Governança Corporativa noBrasil é a preocupação com a melhoria da gestão. É como formar umbom Conselho e como utilizá-lo, juntamente com a Auditoria Externa, e
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5 – Governança Corporativa na Unimed Volta Redonda
De acordo com o manual de Governança Cooperativa 2012 da Unimed do Brasil,pág. 10:
Todas as empresas e entidades que adotam o conceito de “governançacorporativa” ganham em troca o respeito dos seus colaboradores, oreconhecimento do mercado, e passam a ser respeitadas nas sociedades ecomunidades onde estão inseridas. Todas as empresas e entidades,portanto, tem um compromisso em buscar e aprimorar constantementeesse conceito, assim como cada pessoa tem a oportunidade de evoluirenquanto ser humano no decorrer de sua vida.
Diante desse cenário criado pela Unimed Brasil, as cooperativas do sitema também
vem adotando já há algum tempo, importantes práticas de governança com o objetivo de
aprimorarem o controle e a transparência dos resultados obtidos, sejam eles financeiros ou
organizacionais.
Sendo assim, em 22 anos de existência, a Unimed Volta Redonda tornou-se a maior
organização de trabalho médico do Sul Fluminense. Oferece um atendimento de qualidade
a mais de 55 mil clientes, aliando humanização e tecnologia e garantindo à Cooperativa
93% de satisfação dos clientes.
Além disso, existem conquistas que garantem sua posição única no mercado. Uma
delas, é o Selo de Responsabilidade Social conferido pela Unimed Brasil, por dez anos
consecutivos (2003 a 2012) além do reconhecimento local no evento Mérito Lojista como
Destaque Empresarial, com a inauguração do Hospital Unimed.
Com 93% de satisfação entre os mais de 55 mil clientes, investe-se em
empreendimentos próprios como o Centro de Vida Saudável, que está formado pela SedeAdministrativa, Pró Vida com suas unidades de Promoção e Gerenciamento em Saúde e
futura intalação para Atendimento Médico, Lojas de Conveniência com farmácia e um
Hospital próprio com ampla área de convivência ao ar livre.
E com uma estrutura formada
por:
• 404 médicos;
• Mais de 750 empregos diretos;
•
Mais de 3,5 mil empregos indiretos;• Maior cooperativa de trabalho médico da região;
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• Ampla rede credenciada com 05 Hospitais e 74 Clínicas e Laboratórios;
• Rede Própria com:
01 Hospital próprio;
02 Postos de Coleta do Laboratório Unimed;
01 Centro de Diagnóstico por Imagem próprio;
01 Unidade de Atenção à Saúde - Pró Vida.
Ao ser escolhida como uma das 50 maiores empresas de planos de saúde do país,
segundo a pesquisa Valor 1000, do Jornal Valor Econômico; e uma das 150 Melhores
Empresas para se trabalhar no Brasil, segundo as Revistas Você S/A e Exame; que a
Unimed Volta Redonda vem se comprometendo com o passar dos anos com aimplementação de boas práticas de Governança Corporativa em sua unidade.
Para a Unimed Volta Redonda as características da boa governança são:
1. Participação
2. Estado de direito
3. Transparência
4. Responsabilidade
5. Orientação por consenso
6. Igualdade e inclusividade
7. Efetividade e eficiência
8. Prestação de conta
Considerando todos esses elementos como fundamentais, a Unimed Volta Redonda
entende a importância de manter e fortalecer em todos os momentos de sua trajetória ocompromisso de trabalhar a Governança Corporativa como uma estratégia fundamental
para alcançar o respeito e o reconhecimento de toda a comunidade.
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O Planejamento Estratégico do Sistema Unimed Volta Redonda está alinhado as
questões relevantes quanto a importância da Governança Corporativa, pois a estrutura
organizada para a sua prática está composta das seguintes estratégias:
• A manutenção dos Conselhos de Administração, Fiscal e Técnico atuantes e
efetivos, e que são eleitos pela maioria.
• Auditoria Independente idônea e reconhecida pelo mercado.
• Prestação de contas clara e constante através do balanço patrimonial publicado no
Jornal Diário do Vale.
•
Disponibilidade das informações contábeis e financeiras para os cooperados.• Participação dos Cooperados através de Assembleias, Oficinas, Reuniões e outros
eventos.
• Decisões tomadas em consenso, avaliadas e aprovadas pelo Conselho de
Administração.
• Investimento constante na profissionalização dos gestores.
• Desde 2003, passou a adotar total transparência do planejamento e suas diretrizes,
envolvimento de Cooperados e Conselhos.
• Planejamento Orçamentário desde 2003, com total controle de desembolsos e
investimentos.
• Prestação de contas para os Conselhos e nas Assembleias.
• Parceria com a Fundação Dom Cabral para aprimoramento da gestão, com ações de
monitoria e acompanhamento do planejamento e resultados.
A Unimed Volta Redonda criou um sistema próprio para o acompanhamento das
ações do Planejamento Estratégico da empresa que fica disponível no portal para o
acompanhamento de todos.
Todas essas estratégias se tornam muito valiosas, para que as boas práticas de
Governança Corporativa se tornem realidade no dia-a-dia da organização e de seus
colaboradores.
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Governança de TI é “um braço” da Governança Corporativa e a sua atuação está
relacionada ao fato das informações financeiras das empresas estarem salvas em sistemas
de informação, os gestores de negócio precisam ter garantias que as informações nestessistemas são confiáveis. Para se ter uma idéia, após os escândalos de 2001, o congresso
americano aprovou uma lei chamado Sarbanes-Oxley, mais conhecida como SOX, onde os
executivos de empresas com ações na bolsa de Nova York são responsabilizados
criminalmente por desvios nas demonstrações financeiras, podendo além de levar multa ser
preso também. Mesmo que os executivos não tenham participação em fraudes das
demonstrações financeiras, caso for detectado alguma fraude, eles são penalizados.
A premissa mais importante da Governança de TI é o alinhamento entre as
diretrizes e objetivos estratégicas da organização com as ações de TI. A definição do
professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Sr. João R. Peres, demonstra este conceito
de forma abrangente, atribuindo os papéis e as responsabilidades conforme abaixo:
“Governança de TI é um conjunto de práticas, padrões e relacionamentosestruturados, assumidos por executivos, gestores, técnicos e usuários deTI de uma organização, com a finalidade de garantir controles efetivos,
ampliar os processos de segurança, minimizar os riscos, ampliar odesempenho, otimizar a aplicação de recursos, reduzir os custos, suportaras melhores decisões e conseqüentemente alinhar TI aos negócios.”
Para garantir que os dados nos sistemas são fidedignos, a Governança de TI tem o
papel de criar estes controles de forma que a TI trabalhe de uma maneira o mais
transparente possível perante os stakeholders (executivos, conselho de administração,
acionistas).
O framework , ou guia de melhores práticas mais utilizado no mundo em sefalando de Governança de TI, e também utilizado pelo Sistema Unimed Volta Redonda, é
o COBIT, mantido pela ISACA, que está na sua versão 4.1. O COBIT sugere uma série de
processos a serem seguidos, chamados de objetivos de controle como: gerenciamento de
incidentes, problemas, segurança da informação, indicadores, auditoria externa entre outros
objetivos para que se possa garantir o controle das informações que se encontram em
sistemas de informação.
Atualmente, o Sistema Unimed Volta Redonda utiliza o ITIL V3 nos processos de
gestão de incidentes, onde desde sua implantação foi possível perceber um avanço com
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relação a uma melhor análise das solicitações e melhor atendimento. Contudo, a gestão de
problemas ajuda a identificar os problemas crônicos e assim dar uma solução mais
eficiente em sua solução.
Importante destacar um capítulo especial para se falar da Governança em TI, poisesta se mostra fundamental para mapeamento e integração de processos e sistemas
utilizados na área de saúde. Não existe no mercado de prestação de serviços em saúde um
sistema maduro que atenda de forma plena todas as complexas variáveis existentes no
ramo da Saúde Suplementar.
A Unimed Volta Redonda acaba de receber um novo título que corrobora com a sua
busca pela governança cooperativa: a gestão de TI da Cooperativa está entre as 100
melhores do Brasil, de acordo com o levantamento feito pela Revista Computer World,edição 2012. O estudo tem o objetivo de valorizar a organização e os projetos em TI,
considerando investimentos e atuação dos líderes da área e o prêmio destaca o novo perfil
dos líderes de TI no Brasil, cada vez mais alinhados à estratégia e ao grupo de trabalho.
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A Unimed Volta Redonda tem trabalhado as questões pertinentes a
Responsabilidade Social com o objetivo de elaborar e apresentar um instrumento que
forneça a nossa cooperativa uma possibilidade de avaliar a extensão de nossas práticas
sociais, a partir de um conjunto de dimensões propostas. Nele, procuramos correlacionar
aspectos da gestão integrada com enfoque na responsabilidade social, encarado aqui, como
diferencial competitivo no acirrado ambiente de negócios e com o princípio da obtenção de
melhoria contínua.
Como exemplo de responsabilidade e comprometimento social, a Unimed Volta
Redonda tornou-se signatária da Carta de Compromisso da Rio+20, assinando um
documento que tem como objetivo reforçar os valores descritos no Pacto Global da ONU,
cujo valores esses que a Cooperativa já integra desde 2009. Através da Carta, a Unimed
Volta Redonda reafirma sua contribuição para o desenvolvimento de uma economia mais
verde e inclusiva.
Outro fator importante a ser destacado em relação a Responsabilidade Social, é o
fato do Sistema Unimed Volta Redonda ter recebido o seu 10º Selo de Certificação deResponsabilidade Social, sendo que o referido Selo está em sua 10ª Edição e é entregue
pela Unimed do Brasil aos Sistemas que se destacam devido ao trabalho realizado.
O título é um reconhecimento ao trabalho realizado pela Cooperativa na
implementação da Responsabilidade Social como ferramenta de gestão, no fortalecimento
dos princípios do Cooperativismo e na construção de uma sociedade mais justa e
sustentável.
Em relação a área das relações humanas a Unimed Volta Redonda também
direciona seus esforços em vários projetos que serão apresentados a seguir:
Inimigos do Dodói
Cinco anos distribuindo alegria e boas risadas a crianças hospitalizadas de nossa
cidade. Faça chuva ou faça sol, dois colaboradores se vestem de palhaço,
transformam-se em Dr. Tourão e Dr. Batatinha e visitam crianças hospitalizadas em
Instituições da região. O projeto tem como principal objetivo ajudar na recuperação
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da saúde emocional das crianças, através do amor, do humor e da alegria. São
"visitas médicas" semanais que promovem a diversão com jogos, brinquedos e
fantoches. Até hoje, os "doutores" visitaram mais de 3.000 crianças nos hospitais da
cidade.
Grupo de Voluntários
O grupo de voluntários tem a intenção de incentivar a doação de talento e o
desenvolvimento da comunidade. O grupo se reúne para arrecadar fundos e
descobrir novos voluntários. A Unimed Volta Redonda, além de incentivar as ações
de voluntariado, apoia, investe e oferece capacitação para os coordenadores do
grupo. Temos em nossa cooperativa cerca de 60 colaboradores voluntários. Dentre
eles, 25 formam o Grupo de Voluntários - que capta recursos financeiros e talentos
para as entidades filantrópicas da nossa cidade.
Projeto Hora Certa
Iniciativa que visa suprir a necessidade das escolas quanto à abordagem
específica/técnica de assuntos relacionados à sexualidade. Ele está amparado por
três pilares que atuam de forma conjunta: pais, professores e alunos, e suas
respectivas posturas responsáveis. O projeto acontece em parceia com a Secretaria
Municipal de Educação. Atuando em 6 escolas da rede municipal.
Profissionais do Futuro
O projeto oferece atividades de aprendizado técnico, social e cultural através da
participação nas rotinas da empresas. São contemplados alunos destaques do ensino
médio da rede pública de Volta Redonda. Ao final das atividades, que tem duração
de cinco meses, cria-se um banco de dados que fica a disposição dos médicoscooperados com os currículos e referência dos alunos. Os estudantes que
apresentam boas notas e que são pró-ativos durante esse período de treinamento
também têm chance de conquistar uma vaga de emprego na Unimed Volta
Redonda. Desde 2006, cinco estagiários acabaram se tornando colaboradores.
Coral
Cantar para melhorar o próprio equilíbrio emocional e estimular a recuperação dasaúde de outras pessoas. Esse é maior objetivo do projeto coral: levar a magia do
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canto aos pacientes de hospitais da cidade. É uma doação de carinho, arte e saúde.
Nos últimos dois anos, mais de 900 pacientes já foram visitados. Pessoas da
comunidade e colaboradores da Unimed Volta Redonda compõem o coral.
Por isso, ele está baseado em temas como Valores, Transparência e Governança,
Público Interno, Meio Ambiente, Fornecedores, Comunidade e Governo e Sociedade. O
Selo está em sua 10ª edição e desde o primeiro ano a Unimed Volta Redonda mantém a sua
certificação. Neste ano de 2012, a Cooperativa aumentou sua pontuação em relação ao ano
passado.
Outra importante iniciativa dentro dessa temática foi promover o plantio de mudas
nativas do Palmito Juçara na área de sua sede administrativa, no Jardim Belvedere, emparceria com o Instituto Educa Mata Atlântica. As duas instituições querem fazer mais. Em
uma ação promovida nas redes sociais, a Unimed Volta Redonda e o Instituto Educa Mata
Atlântica pretendem plantar outras duas mil mudas de espécies nativas na comunidade.
Para isso, bastou curtir os posts da Semana do Meio Ambiente na página da Unimed Volta
Redonda. A data do plantio será divulgada posteriormente. O local será na Reserva da
Cicuta, às margens do Rio Brandão.
Todos esses exemplos mostram o quanto envolvido se encontra a Unimed Volta
Redonda com questões que ultrapassam as relações internas da organização e vão até a
comunidade da cidade em que está sediada. O que causa impacto na qualidade de vida não
só de seus clientes, como também de toda a população que vive em Volta Redonda e
depende das boas práticas utilizadas pelas empresas que estão dispostas a se
responsabilizarem pela construção de uma sociedade melhor.
A Superintendência de Desenvolvimento Humano empenha-se em propiciar umambiente onde haja o desenvolvimento das melhores práticas de gestão e governança
cooperativa para a organização, buscando sempre tirar o máximo de rendimento dos
colaboradores, valorizando as qualidades e habilidades de cada um para a área que se
identifica, ou seja, usar a ferramenta certa para cada operação, e com isso atender os
requisitos básicos de uma gestão responsável focando o desenvolvimento de pessoas.
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Segundo Ana Lúcia Tateshita e Fábio Lopes, no artigo: Quais os benefícios da
criação de uma Ouvidoria? Guia de Ouvidorias – Brasil (08/11/2011):
(...) Uma Ouvidoria é única em sua representação, mesmo que atuandoem modelos de gestão públicos e privados: seu papel é o de representar avoz do cidadão dentro da organização e propor melhorias contínuascapazes de satisfazer aspectos legais, como os previstos no Código deDefesa do Consumidor ou de gestão, mobilizando ações que resultam emresultados positivos nos controles internos.
Sendo assim, a ouvidoria aparece como uma forma de re-estabelecer o equilíbrio
das relações, darem o direcionamento as manifestações do cliente quando nas instituições
os demais canais de acesso já foram esgotados.
A partir do momento que o canal da Ouvidoria é devidamente implantado, pode se
transformar em um eficiente elo estratégico para possibilitar a transformação dentro de
uma cooperativa como a Unimed Volta Redonda.
O fato de receber diretamente do cliente as manifestações em relação as mais
variadas questões, desde reclamações, sugestões e elogios pode fazer desta comunicação
uma arma eficiente na resolução de questões importantes envolvendo processos e
mudanças na cultura organizacional, e também a manutenção do que está dando certo.
O retorno ao cliente não atendido pelos demais canais de relacionamento da
organização, de uma resolução definitiva, acaba agregando valor na capacidade de
entender as suas reais necessidades, possibilitando uma melhoria contínua de processos,
levando a otimização de seus serviços, capazes de realizar diferenciais competitivos emanutenção de sua marca em relação à concorrência.
A criação de um espaço Fale conosco – “Ouvidoria” no site da Unimed Volta
Redonda demonstra a intenção de vivenciar a Governança Corporativa através de um
relacionamento próximo com o cliente, possibilitando a transparência no dia-a-dia destes
que estão presentes no Hospital, Pró-vida, Centro de Diagnóstico por Imagem, Laboratório,
Unidade 33 e também sendo atendidos pelos médicos em seus consultórios.
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De acordo com o Guia de Orientação para Implementação de Portal de Governança,
produzido em 2007 por um grupo de profissionais apoiados pelo IBGC, definem-no da seguinte
maneira:“O Portal de Governança Corporativa é uma ferramenta interativa queatende às boas práticas de governança corporativa e que pode seracessada de qualquer local, dentro ou fora da organização, para facilitar aconsulta dos conselheiros de administração, demais administradores econselheiros fiscais às informações necessárias para o desempenho desuas responsabilidades legais e estatutárias da melhor forma possível.”
O Portal acaba proporcionando também uma maior interação entre seu público por meio da
troca de ideias e informações, exemplificado pelas notícias de jornais, comunicados institucionais,informes financeiros, entre outros. O Portal pode ser destinado a uma organização ou a um grupo
empresarial.
No caso do Sistema Unimed Volta Redonda, seria muito importante a implantação
do Portal de Governança Corporativa, pois facilitaria a aquisição de informações tanto para
os cooperados quanto para seus clientes. Oportunizando maior transparência nas
informações a serem divulgadas por vários setores da organização.
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Procuramos com o presente trabalho demonstrar a importância do estudo da
governança corporativa, hoje já adaptada ao conceito de Governança Cooperativa para o
aperfeiçoamento e desenvolvimento de cooperativas especializadas em saúde. Com o
inexorável movimento de globalização da economia, e seu reflexo no ambiente
organizacional das empresas é inevitável que haja uma maior homogeneização das regras
que as regem.
A adoção de boas práticas de governança tem se mostrado fundamental para o
sucesso e a perenidade das organizações, principalmente no que tange à segurança a ao
retorno aos associados. Diante disso, observamos que as regras de governança corporativa
não estão dissociadas da realidade do Sistema Unimed Volta Redonda, principalmente em
relação às práticas que já vem sendo utilizadas nas áreas de Tecnologia da Informação,
Recursos Humanos, Responsabilidade Social, Contabilidade, entre outros.
A Unimed Volta Redonda obteve 96 pontos na primeira edição do Selo Nacional
Unimed de Governança Cooperativa e conquistou com esse resultado o Selo Prata. Essa
pontuação indica que a Unimed Volta Redonda possui e pratica a Governança Cooperativa,atendendo aos critérios definidos no Regimento do Selo para a respectiva categoria.
A proposta de implantação de um Portal de Governança Corporativa no site do
Sistema Unimed Volta Redonda, se faz relevante para que a adoção dessas boas práticas de
governança corporativa possa ser divulgada tanto para seus associados, quanto para seus
clientes, possibilitando assim que a Unimed obtenha um melhor resultado nas próximas
edições do Selo visando alcançar o Selo Diamante.
É certo que não se trata de modismo gerencial, pois as boas práticas de governança
trazem contribuições para reduzir os desafios de tomada de decisão coletiva e do
acompanhamento da ação executiva, e para assegurar aos cooperados o direito, e o dever,
de definirem sobre os caminhos futuros da cooperativa. Assim, a criação do Portal visa
contribuir para a construção de um sólido e adequado ambiente de governança e que
considere as especificidades desse tipo de sistema.
7/17/2019 Andreia Aparecida Parente e Cristiane Da Silva Gomes
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7/17/2019 Andreia Aparecida Parente e Cristiane Da Silva Gomes