Andre Sburdelini Arthur Pereira Neto Danilo Cisotto INSPE<;:AO, MANUTEN<;:AO E RECUPERA<;:AO DE MARQUISES E SACADAS Trabalho de Conclusao de Curso. aprcscnlado ao CUl'SO de P6s-graduayao em Pntologia IHIS Obrns Civis da Faculdade de Ciencias Exalas c de Tccnologia da Univcrsidadc Tuiuli do Parana. como rcquisito parcial para a obtcIl9fio do titulo de Espccialista. Orient ad or: Msc. Luis Cesar S. De Luca CURITIBA 2008
78
Embed
Andre Sburdelini Arthur Pereira Neto Danilo Cisotto …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/05/INSPACAO-MANUTENCAO-E-RECU… · DE MARQUISES E SACADAS ... As pessoas amadas, e amigas de
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Andre Sburdelini
Arthur Pereira Neto
Danilo Cisotto
INSPEltAO MANUTENltAO E RECUPERAltAO
DE MARQUISES E SACADAS
Trabalho de Conclusao de Curso aprcscnlado ao
CUlSO de P6s-graduayao em Pntologia IHIS Obrns
Civis da Faculdade de Ciencias Exalas c de
Tccnologia da Univcrsidadc Tuiuli do Parana
como rcquisito parcial para a obtcIl9fio do titulo de
Espccialista
Orient ad or Msc Luis Cesar S De Luca
CURITIBA
2008
III
TERMO DE APROVAtAO
Andre Sbardelini
Arthur Pereira Neto
Danilo Cisotto
INSPEtAO MANUTENtAO E RECUPERAtAO
DE MARQUISES E SACADAS
ESlc trabalho de conclusao roi julgado e aprovado para a oben~iio do titulo de Especialista em Patologias naObms Civis 110 Curso de Pos-Graduruao Espccia1iza~ao em Patologias nas Obras Civis dn Univcrsidadc Tuiulido Parana
Curitiba 14 de Agosto de 2008
Curso de P6s-Graduayltlo Espccializayao em Patologias nas Obras Civis
Univcrsidade Tuiuti do Parami
Universidade Tuiuti do Parana - Departamento de Engenharia Civil
IV
DEDICATORIA
Oedicamas este trohalIo a nossas Jamilias aD 110SS0 mais novo amigo 0
professor e JIeslre Luis Cesar S De Luca e fOda a cOl11unicace acacbnicQ cledicoda
aDdesenvovimelllo e evotucio da tecnoagia
IVlesJllo que elf (Jule peo vale da
sombra da marIe nora lemerei
pois tenho Deus 00 meu lado
v
SaIllo 23~
AGRADECIMENTOS
Aos JlOSSOS pais que com consante e amorosa assislencia e dedicaltdopellIflil 0 nasso erescer imeleellal e Illmano proporcionando amol compreensiioinceJllivo e equilibria sem as quais noD estariamos hoje lias dedicando COI11tantoesforroe determinoriio a esle cursa de graduQ(iia
Nosso agradecimenlo a todo 0 corpo docente do ewso de Palologias liaS ObrasCivis e em especial 00 professor Luis Cesar s De Luca que sempre feve apreoclfpcucio de illdicar a melltor forma de organizar 0 conleXlo desse trabalho eIOl11belll peas suas poavros de cOIfo-o e aUlo-estima naqueas horas elll que easeram sempre necessarias
Ao Engenheiro Cesar Salo Daher coordenacor do cursa de Engenharia CiyUqlle sempre trohahall para contribllir com (I exeelencia do cursa e que nos propieiolla possibilidade deaeimente ingressar no mereado de trabaho com exilo
As pessoas amadas e amigas de todas as hOlOSogradecemos par fOda aeompreensclo e apoio que sOllberam COlli a passar do fempo 1I0S dividir COIl1 IlossaOIlrapaixiio a El1gcnharia
SUMARIO
LlSTA DE FIGURAS
LlSTA DE TABELAS
LlSTA DE SiMBOLOS E NOTAltOES QUiMICAS
RESUMO
I INTRODUltAO
11 OBJETIVO GERAL
12 OBJETIVOS ESPECincos
13 JUSTIFICATIVA
104 IROCEDIMENTO METODOLOGICO
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
21 TIIOS DE SACADAS E MARQUISES
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E
MARQUISES EM BALANCO
221 Carregamcntos atuantcs em lajcs em balan90
23IROBLEMAS E ACIOENTES ESTRUTURAIS COM
SACADAS E MARQUISES
231 Problema com lissuras nas sacadas do ediflcio Anice
Daher
232 Acidentcs estruturais com marquises
233 Proibi9ao da COllstrUlao de marquises na cidadc do
Rio de Ianeiro 13
3 PRINCIPAlS AGENTES CAUSADORES DE COLAPSO
31 ERROS DE PROJETO
32 ERROS DE EXECUCAO
VI
IX
XI
XII
XIII
4
10
14
14
16
VII
321 Disposi~ao incorrcta das annaduras 16
322 Esconlmcnto incorrelo 18
33 CORROsAo NAS NMADURAS 19
331 Tipos de corr05ao 20
332 Corrosao das armaduras per cloretos 21
333 Corrosao das annaduras par cltlrbonatacao 22
334 Fissuracao do concreto devido it corrosao 23
34 FISSURACAO 24
35 SOBRECARGA 27
4 PATOLOGIA DE MARQUISES E SACADAS 30
41 METODO DE INSPECAO DE SiCADAS E MARQUISES 30
411 Dados cadastrais da edificacao 30
412 Infon1Uu6cs gerais 31
413 Planta de situacao da marquise au sacada 31
414 Levantamcnto gcometrico dos elementos estruturais
de uma marquise ou sacada 32
415 Vcrificaao do sistema de drenagcm c impermcabilizacao 34
416 Ensaio de cscleromelria no concreto 35
417 Avaliacao das annaduras com rcspcito as suas condi(ocs
Il1ccanicas c corrosao 35
418 Dcterll1inacaodas alturas relativas
419 Quadro de Analise de Difcrenas de Alturas
41 10 Aval iaao do teor de cloretos
4111 Ivaliacaoda corrosao por potencial clelrico de
SCll1ipilhas
41 12 Avaliacaoda carbonatacao
4113 Vcriticalilo da estabilidade segundo NBR 6118 em
runcaode cargas existentes
42 MANUTENcAo DE MARQUISES E SACADAS
36
3737
3840
41
42
VIII
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES
E SACAOAS 42
51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42
511 Dcmolicao da estrutura 43
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS
ARMADURAS 43
521 Inibidores de corrosao 43
522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45
53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45
531 A tccnica de injecao de fissuras 46
532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47
533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47
54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA
ESTRUTURA 48
55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49
551 Poiimcilto 49
552 LavagcI11
56 REFORltO ESTRUTURAL
50
52
561 Refono estrutural em lajes em balanyo
562 Refono de viga submetida a toryao
53
55
6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS
TRABALHOS 57
61 Consideracoes linais
61 Rccomcndmoes para novos trabalhos
57
58
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60
IX
LlSTA DE FIGURAS
Figura Pg
11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural
(RAUBER 2005)
22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6
_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte
engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS
e GROCHOSKI 2007)
24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)
25 Fachada do Edificio Anita Daher
26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio
27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste
28 Marquise da UEL apas 0 colapso
31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes
(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994
9
9
10
II
15
32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17
33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17
34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI
2007) 18
35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS
c GROCHOSKI 2007) 19
2036 Processo de corrosao
37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)
38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas
sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)
39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO
2007)
41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES
2007)
42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)
43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise
(JORDYe MENDES 2007)
44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD
e MENDES 2007)
45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY
e MENDES 2007)
46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos
47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de
marquise (JORDY c MENDES 2007)
48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO
2006)
51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)
52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)
53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)
54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)
55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)
56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)
57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas
(PIANCASTELLI 2004)
X
24
27
29
31
32
33
33
34
34
36
40
47
4850
54
54
55
56
L1STA DE TABELAS
Tabcla
Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas
similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)
2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas
XI
Pg
II
49
ABCI
ASTM
Ca(OHJ
CESA
CO
CREA
1-1
HO
HS
IIT
MPa
NBRpH
q
RAA
RJ
SO
UELV
LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS
Associacao Brasilcira de Cimento Portland
American Society lor Testing and Waterials
ion de calcio
Hidr6xido de cilcio
Centro de ESlUdos Sociais Aplicados
Gas carbonico
Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia
Carga horizontal
Oxida de hidrogenio (agua)
Gas 5ul(Jdrico
Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Mega Pascal
fon de sodio
Norma Brasileira
Potencial hidrogenionico
Carga acidcntal
Reacao ilcali-agrcgado
Rio de Janeiro
Dioxido de cnxofre
Universidade EstaduaI de Londrin3
Carga vertical minima
XII
XIII
RESUMO
Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao
Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras
I INTRODUltAO
A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises
onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs
patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT
aplicado em cada caso
E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos
Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando
dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim
levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste
Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais
de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem
dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado
nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do
incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial
Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se
inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em
sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao
de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ
(2003) e Souza e Ferrari (2007)
E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro
de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada
caso
11 OI3JETIVO GERAL
bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C
colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao
aplidtveis a cada caso
12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS
bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de
sacadas e marquises c suns respcctivas causas
bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas
bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e
sacadas
bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das
palologias assim como resistencia das marquises e sacadas
bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e
sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs
13 JUSTIFICATIVA
Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente
marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de
lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de
vidas
Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em
apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0
concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos
cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno
Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso
utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it
tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores
que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro
na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura
Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de
Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos
Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande
cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll
de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste
caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser
reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle
proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise
apos 0 colapso
Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura
12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve
fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As
causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter
sido a sobrecarga na sacada
Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e
mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias
aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos
preventivos aplicavcis a cada caso
14PROCEDIMENTO METODOL6GICO
NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos
a seguir de mancira sinttWca
bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)
bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos
rcccntclllcnle
bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes
patol6gicas em sacadas e marquises
bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas
bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a
rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados
problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas
21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES
Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1
apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da
editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais
podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo
consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em
Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas
lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis
aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as
solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados
Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo
adequado (RAUBER 2005)
(a) (b)
Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral
(RAUBER 2005)
~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr
(I b) Sa bullada em bol(lntO
com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam
Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)
HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo
estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de
intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado
estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm
balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a
2001)
A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises
a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas
(a) (b)
Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente
engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c
GROCHOSKI 2007)
SIOADE llt 7 ~ff ~
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I
BALANltO ~~
As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all
scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs
Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll
longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em
transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c
apoiadas elll tirantcs
Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes
transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura
configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de
hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser
condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)
o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com
as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um
material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc
lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra
(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte
estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao
c na sua utiliz3Cuo
Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar
economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc
necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca
221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco
Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a
sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI
considerados os scguintes carregamcntos
Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)
ollde
bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso
bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)
bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)
23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E
MARQUISES
231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher
o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro
Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando
com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores
Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das
sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0
servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11
situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que
gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A
Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher
Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher
Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao
entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26
figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio
10
o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao
it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas
estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico
f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle
232 Acidcntes cstnllurais com marquises
a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3
Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se
refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da
marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais
cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na
cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais
Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de
ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com
o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it
especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais
Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il
somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou
f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo
II
de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga
significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a
marquise ap6s 0 colapso
Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso
b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil
A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c
eSlruturas simi lares no Brasil
Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
III
TERMO DE APROVAtAO
Andre Sbardelini
Arthur Pereira Neto
Danilo Cisotto
INSPEtAO MANUTENtAO E RECUPERAtAO
DE MARQUISES E SACADAS
ESlc trabalho de conclusao roi julgado e aprovado para a oben~iio do titulo de Especialista em Patologias naObms Civis 110 Curso de Pos-Graduruao Espccia1iza~ao em Patologias nas Obras Civis dn Univcrsidadc Tuiulido Parana
Curitiba 14 de Agosto de 2008
Curso de P6s-Graduayltlo Espccializayao em Patologias nas Obras Civis
Univcrsidade Tuiuti do Parami
Universidade Tuiuti do Parana - Departamento de Engenharia Civil
IV
DEDICATORIA
Oedicamas este trohalIo a nossas Jamilias aD 110SS0 mais novo amigo 0
professor e JIeslre Luis Cesar S De Luca e fOda a cOl11unicace acacbnicQ cledicoda
aDdesenvovimelllo e evotucio da tecnoagia
IVlesJllo que elf (Jule peo vale da
sombra da marIe nora lemerei
pois tenho Deus 00 meu lado
v
SaIllo 23~
AGRADECIMENTOS
Aos JlOSSOS pais que com consante e amorosa assislencia e dedicaltdopellIflil 0 nasso erescer imeleellal e Illmano proporcionando amol compreensiioinceJllivo e equilibria sem as quais noD estariamos hoje lias dedicando COI11tantoesforroe determinoriio a esle cursa de graduQ(iia
Nosso agradecimenlo a todo 0 corpo docente do ewso de Palologias liaS ObrasCivis e em especial 00 professor Luis Cesar s De Luca que sempre feve apreoclfpcucio de illdicar a melltor forma de organizar 0 conleXlo desse trabalho eIOl11belll peas suas poavros de cOIfo-o e aUlo-estima naqueas horas elll que easeram sempre necessarias
Ao Engenheiro Cesar Salo Daher coordenacor do cursa de Engenharia CiyUqlle sempre trohahall para contribllir com (I exeelencia do cursa e que nos propieiolla possibilidade deaeimente ingressar no mereado de trabaho com exilo
As pessoas amadas e amigas de todas as hOlOSogradecemos par fOda aeompreensclo e apoio que sOllberam COlli a passar do fempo 1I0S dividir COIl1 IlossaOIlrapaixiio a El1gcnharia
SUMARIO
LlSTA DE FIGURAS
LlSTA DE TABELAS
LlSTA DE SiMBOLOS E NOTAltOES QUiMICAS
RESUMO
I INTRODUltAO
11 OBJETIVO GERAL
12 OBJETIVOS ESPECincos
13 JUSTIFICATIVA
104 IROCEDIMENTO METODOLOGICO
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
21 TIIOS DE SACADAS E MARQUISES
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E
MARQUISES EM BALANCO
221 Carregamcntos atuantcs em lajcs em balan90
23IROBLEMAS E ACIOENTES ESTRUTURAIS COM
SACADAS E MARQUISES
231 Problema com lissuras nas sacadas do ediflcio Anice
Daher
232 Acidentcs estruturais com marquises
233 Proibi9ao da COllstrUlao de marquises na cidadc do
Rio de Ianeiro 13
3 PRINCIPAlS AGENTES CAUSADORES DE COLAPSO
31 ERROS DE PROJETO
32 ERROS DE EXECUCAO
VI
IX
XI
XII
XIII
4
10
14
14
16
VII
321 Disposi~ao incorrcta das annaduras 16
322 Esconlmcnto incorrelo 18
33 CORROsAo NAS NMADURAS 19
331 Tipos de corr05ao 20
332 Corrosao das armaduras per cloretos 21
333 Corrosao das annaduras par cltlrbonatacao 22
334 Fissuracao do concreto devido it corrosao 23
34 FISSURACAO 24
35 SOBRECARGA 27
4 PATOLOGIA DE MARQUISES E SACADAS 30
41 METODO DE INSPECAO DE SiCADAS E MARQUISES 30
411 Dados cadastrais da edificacao 30
412 Infon1Uu6cs gerais 31
413 Planta de situacao da marquise au sacada 31
414 Levantamcnto gcometrico dos elementos estruturais
de uma marquise ou sacada 32
415 Vcrificaao do sistema de drenagcm c impermcabilizacao 34
416 Ensaio de cscleromelria no concreto 35
417 Avaliacao das annaduras com rcspcito as suas condi(ocs
Il1ccanicas c corrosao 35
418 Dcterll1inacaodas alturas relativas
419 Quadro de Analise de Difcrenas de Alturas
41 10 Aval iaao do teor de cloretos
4111 Ivaliacaoda corrosao por potencial clelrico de
SCll1ipilhas
41 12 Avaliacaoda carbonatacao
4113 Vcriticalilo da estabilidade segundo NBR 6118 em
runcaode cargas existentes
42 MANUTENcAo DE MARQUISES E SACADAS
36
3737
3840
41
42
VIII
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES
E SACAOAS 42
51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42
511 Dcmolicao da estrutura 43
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS
ARMADURAS 43
521 Inibidores de corrosao 43
522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45
53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45
531 A tccnica de injecao de fissuras 46
532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47
533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47
54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA
ESTRUTURA 48
55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49
551 Poiimcilto 49
552 LavagcI11
56 REFORltO ESTRUTURAL
50
52
561 Refono estrutural em lajes em balanyo
562 Refono de viga submetida a toryao
53
55
6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS
TRABALHOS 57
61 Consideracoes linais
61 Rccomcndmoes para novos trabalhos
57
58
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60
IX
LlSTA DE FIGURAS
Figura Pg
11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural
(RAUBER 2005)
22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6
_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte
engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS
e GROCHOSKI 2007)
24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)
25 Fachada do Edificio Anita Daher
26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio
27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste
28 Marquise da UEL apas 0 colapso
31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes
(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994
9
9
10
II
15
32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17
33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17
34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI
2007) 18
35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS
c GROCHOSKI 2007) 19
2036 Processo de corrosao
37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)
38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas
sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)
39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO
2007)
41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES
2007)
42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)
43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise
(JORDYe MENDES 2007)
44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD
e MENDES 2007)
45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY
e MENDES 2007)
46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos
47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de
marquise (JORDY c MENDES 2007)
48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO
2006)
51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)
52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)
53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)
54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)
55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)
56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)
57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas
(PIANCASTELLI 2004)
X
24
27
29
31
32
33
33
34
34
36
40
47
4850
54
54
55
56
L1STA DE TABELAS
Tabcla
Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas
similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)
2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas
XI
Pg
II
49
ABCI
ASTM
Ca(OHJ
CESA
CO
CREA
1-1
HO
HS
IIT
MPa
NBRpH
q
RAA
RJ
SO
UELV
LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS
Associacao Brasilcira de Cimento Portland
American Society lor Testing and Waterials
ion de calcio
Hidr6xido de cilcio
Centro de ESlUdos Sociais Aplicados
Gas carbonico
Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia
Carga horizontal
Oxida de hidrogenio (agua)
Gas 5ul(Jdrico
Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Mega Pascal
fon de sodio
Norma Brasileira
Potencial hidrogenionico
Carga acidcntal
Reacao ilcali-agrcgado
Rio de Janeiro
Dioxido de cnxofre
Universidade EstaduaI de Londrin3
Carga vertical minima
XII
XIII
RESUMO
Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao
Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras
I INTRODUltAO
A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises
onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs
patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT
aplicado em cada caso
E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos
Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando
dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim
levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste
Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais
de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem
dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado
nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do
incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial
Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se
inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em
sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao
de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ
(2003) e Souza e Ferrari (2007)
E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro
de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada
caso
11 OI3JETIVO GERAL
bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C
colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao
aplidtveis a cada caso
12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS
bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de
sacadas e marquises c suns respcctivas causas
bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas
bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e
sacadas
bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das
palologias assim como resistencia das marquises e sacadas
bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e
sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs
13 JUSTIFICATIVA
Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente
marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de
lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de
vidas
Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em
apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0
concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos
cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno
Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso
utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it
tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores
que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro
na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura
Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de
Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos
Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande
cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll
de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste
caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser
reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle
proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise
apos 0 colapso
Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura
12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve
fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As
causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter
sido a sobrecarga na sacada
Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e
mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias
aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos
preventivos aplicavcis a cada caso
14PROCEDIMENTO METODOL6GICO
NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos
a seguir de mancira sinttWca
bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)
bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos
rcccntclllcnle
bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes
patol6gicas em sacadas e marquises
bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas
bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a
rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados
problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas
21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES
Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1
apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da
editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais
podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo
consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em
Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas
lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis
aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as
solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados
Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo
adequado (RAUBER 2005)
(a) (b)
Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral
(RAUBER 2005)
~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr
(I b) Sa bullada em bol(lntO
com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam
Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)
HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo
estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de
intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado
estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm
balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a
2001)
A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises
a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas
(a) (b)
Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente
engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c
GROCHOSKI 2007)
SIOADE llt 7 ~ff ~
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I
BALANltO ~~
As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all
scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs
Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll
longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em
transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c
apoiadas elll tirantcs
Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes
transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura
configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de
hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser
condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)
o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com
as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um
material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc
lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra
(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte
estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao
c na sua utiliz3Cuo
Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar
economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc
necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca
221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco
Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a
sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI
considerados os scguintes carregamcntos
Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)
ollde
bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso
bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)
bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)
23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E
MARQUISES
231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher
o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro
Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando
com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores
Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das
sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0
servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11
situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que
gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A
Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher
Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher
Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao
entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26
figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio
10
o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao
it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas
estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico
f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle
232 Acidcntes cstnllurais com marquises
a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3
Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se
refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da
marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais
cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na
cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais
Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de
ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com
o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it
especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais
Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il
somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou
f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo
II
de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga
significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a
marquise ap6s 0 colapso
Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso
b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil
A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c
eSlruturas simi lares no Brasil
Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
IV
DEDICATORIA
Oedicamas este trohalIo a nossas Jamilias aD 110SS0 mais novo amigo 0
professor e JIeslre Luis Cesar S De Luca e fOda a cOl11unicace acacbnicQ cledicoda
aDdesenvovimelllo e evotucio da tecnoagia
IVlesJllo que elf (Jule peo vale da
sombra da marIe nora lemerei
pois tenho Deus 00 meu lado
v
SaIllo 23~
AGRADECIMENTOS
Aos JlOSSOS pais que com consante e amorosa assislencia e dedicaltdopellIflil 0 nasso erescer imeleellal e Illmano proporcionando amol compreensiioinceJllivo e equilibria sem as quais noD estariamos hoje lias dedicando COI11tantoesforroe determinoriio a esle cursa de graduQ(iia
Nosso agradecimenlo a todo 0 corpo docente do ewso de Palologias liaS ObrasCivis e em especial 00 professor Luis Cesar s De Luca que sempre feve apreoclfpcucio de illdicar a melltor forma de organizar 0 conleXlo desse trabalho eIOl11belll peas suas poavros de cOIfo-o e aUlo-estima naqueas horas elll que easeram sempre necessarias
Ao Engenheiro Cesar Salo Daher coordenacor do cursa de Engenharia CiyUqlle sempre trohahall para contribllir com (I exeelencia do cursa e que nos propieiolla possibilidade deaeimente ingressar no mereado de trabaho com exilo
As pessoas amadas e amigas de todas as hOlOSogradecemos par fOda aeompreensclo e apoio que sOllberam COlli a passar do fempo 1I0S dividir COIl1 IlossaOIlrapaixiio a El1gcnharia
SUMARIO
LlSTA DE FIGURAS
LlSTA DE TABELAS
LlSTA DE SiMBOLOS E NOTAltOES QUiMICAS
RESUMO
I INTRODUltAO
11 OBJETIVO GERAL
12 OBJETIVOS ESPECincos
13 JUSTIFICATIVA
104 IROCEDIMENTO METODOLOGICO
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
21 TIIOS DE SACADAS E MARQUISES
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E
MARQUISES EM BALANCO
221 Carregamcntos atuantcs em lajcs em balan90
23IROBLEMAS E ACIOENTES ESTRUTURAIS COM
SACADAS E MARQUISES
231 Problema com lissuras nas sacadas do ediflcio Anice
Daher
232 Acidentcs estruturais com marquises
233 Proibi9ao da COllstrUlao de marquises na cidadc do
Rio de Ianeiro 13
3 PRINCIPAlS AGENTES CAUSADORES DE COLAPSO
31 ERROS DE PROJETO
32 ERROS DE EXECUCAO
VI
IX
XI
XII
XIII
4
10
14
14
16
VII
321 Disposi~ao incorrcta das annaduras 16
322 Esconlmcnto incorrelo 18
33 CORROsAo NAS NMADURAS 19
331 Tipos de corr05ao 20
332 Corrosao das armaduras per cloretos 21
333 Corrosao das annaduras par cltlrbonatacao 22
334 Fissuracao do concreto devido it corrosao 23
34 FISSURACAO 24
35 SOBRECARGA 27
4 PATOLOGIA DE MARQUISES E SACADAS 30
41 METODO DE INSPECAO DE SiCADAS E MARQUISES 30
411 Dados cadastrais da edificacao 30
412 Infon1Uu6cs gerais 31
413 Planta de situacao da marquise au sacada 31
414 Levantamcnto gcometrico dos elementos estruturais
de uma marquise ou sacada 32
415 Vcrificaao do sistema de drenagcm c impermcabilizacao 34
416 Ensaio de cscleromelria no concreto 35
417 Avaliacao das annaduras com rcspcito as suas condi(ocs
Il1ccanicas c corrosao 35
418 Dcterll1inacaodas alturas relativas
419 Quadro de Analise de Difcrenas de Alturas
41 10 Aval iaao do teor de cloretos
4111 Ivaliacaoda corrosao por potencial clelrico de
SCll1ipilhas
41 12 Avaliacaoda carbonatacao
4113 Vcriticalilo da estabilidade segundo NBR 6118 em
runcaode cargas existentes
42 MANUTENcAo DE MARQUISES E SACADAS
36
3737
3840
41
42
VIII
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES
E SACAOAS 42
51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42
511 Dcmolicao da estrutura 43
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS
ARMADURAS 43
521 Inibidores de corrosao 43
522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45
53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45
531 A tccnica de injecao de fissuras 46
532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47
533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47
54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA
ESTRUTURA 48
55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49
551 Poiimcilto 49
552 LavagcI11
56 REFORltO ESTRUTURAL
50
52
561 Refono estrutural em lajes em balanyo
562 Refono de viga submetida a toryao
53
55
6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS
TRABALHOS 57
61 Consideracoes linais
61 Rccomcndmoes para novos trabalhos
57
58
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60
IX
LlSTA DE FIGURAS
Figura Pg
11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural
(RAUBER 2005)
22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6
_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte
engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS
e GROCHOSKI 2007)
24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)
25 Fachada do Edificio Anita Daher
26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio
27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste
28 Marquise da UEL apas 0 colapso
31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes
(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994
9
9
10
II
15
32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17
33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17
34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI
2007) 18
35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS
c GROCHOSKI 2007) 19
2036 Processo de corrosao
37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)
38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas
sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)
39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO
2007)
41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES
2007)
42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)
43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise
(JORDYe MENDES 2007)
44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD
e MENDES 2007)
45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY
e MENDES 2007)
46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos
47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de
marquise (JORDY c MENDES 2007)
48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO
2006)
51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)
52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)
53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)
54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)
55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)
56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)
57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas
(PIANCASTELLI 2004)
X
24
27
29
31
32
33
33
34
34
36
40
47
4850
54
54
55
56
L1STA DE TABELAS
Tabcla
Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas
similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)
2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas
XI
Pg
II
49
ABCI
ASTM
Ca(OHJ
CESA
CO
CREA
1-1
HO
HS
IIT
MPa
NBRpH
q
RAA
RJ
SO
UELV
LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS
Associacao Brasilcira de Cimento Portland
American Society lor Testing and Waterials
ion de calcio
Hidr6xido de cilcio
Centro de ESlUdos Sociais Aplicados
Gas carbonico
Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia
Carga horizontal
Oxida de hidrogenio (agua)
Gas 5ul(Jdrico
Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Mega Pascal
fon de sodio
Norma Brasileira
Potencial hidrogenionico
Carga acidcntal
Reacao ilcali-agrcgado
Rio de Janeiro
Dioxido de cnxofre
Universidade EstaduaI de Londrin3
Carga vertical minima
XII
XIII
RESUMO
Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao
Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras
I INTRODUltAO
A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises
onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs
patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT
aplicado em cada caso
E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos
Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando
dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim
levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste
Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais
de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem
dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado
nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do
incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial
Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se
inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em
sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao
de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ
(2003) e Souza e Ferrari (2007)
E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro
de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada
caso
11 OI3JETIVO GERAL
bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C
colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao
aplidtveis a cada caso
12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS
bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de
sacadas e marquises c suns respcctivas causas
bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas
bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e
sacadas
bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das
palologias assim como resistencia das marquises e sacadas
bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e
sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs
13 JUSTIFICATIVA
Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente
marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de
lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de
vidas
Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em
apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0
concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos
cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno
Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso
utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it
tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores
que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro
na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura
Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de
Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos
Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande
cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll
de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste
caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser
reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle
proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise
apos 0 colapso
Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura
12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve
fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As
causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter
sido a sobrecarga na sacada
Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e
mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias
aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos
preventivos aplicavcis a cada caso
14PROCEDIMENTO METODOL6GICO
NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos
a seguir de mancira sinttWca
bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)
bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos
rcccntclllcnle
bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes
patol6gicas em sacadas e marquises
bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas
bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a
rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados
problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas
21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES
Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1
apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da
editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais
podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo
consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em
Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas
lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis
aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as
solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados
Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo
adequado (RAUBER 2005)
(a) (b)
Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral
(RAUBER 2005)
~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr
(I b) Sa bullada em bol(lntO
com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam
Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)
HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo
estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de
intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado
estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm
balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a
2001)
A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises
a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas
(a) (b)
Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente
engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c
GROCHOSKI 2007)
SIOADE llt 7 ~ff ~
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I
BALANltO ~~
As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all
scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs
Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll
longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em
transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c
apoiadas elll tirantcs
Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes
transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura
configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de
hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser
condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)
o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com
as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um
material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc
lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra
(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte
estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao
c na sua utiliz3Cuo
Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar
economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc
necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca
221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco
Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a
sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI
considerados os scguintes carregamcntos
Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)
ollde
bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso
bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)
bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)
23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E
MARQUISES
231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher
o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro
Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando
com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores
Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das
sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0
servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11
situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que
gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A
Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher
Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher
Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao
entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26
figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio
10
o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao
it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas
estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico
f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle
232 Acidcntes cstnllurais com marquises
a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3
Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se
refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da
marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais
cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na
cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais
Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de
ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com
o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it
especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais
Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il
somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou
f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo
II
de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga
significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a
marquise ap6s 0 colapso
Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso
b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil
A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c
eSlruturas simi lares no Brasil
Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
v
SaIllo 23~
AGRADECIMENTOS
Aos JlOSSOS pais que com consante e amorosa assislencia e dedicaltdopellIflil 0 nasso erescer imeleellal e Illmano proporcionando amol compreensiioinceJllivo e equilibria sem as quais noD estariamos hoje lias dedicando COI11tantoesforroe determinoriio a esle cursa de graduQ(iia
Nosso agradecimenlo a todo 0 corpo docente do ewso de Palologias liaS ObrasCivis e em especial 00 professor Luis Cesar s De Luca que sempre feve apreoclfpcucio de illdicar a melltor forma de organizar 0 conleXlo desse trabalho eIOl11belll peas suas poavros de cOIfo-o e aUlo-estima naqueas horas elll que easeram sempre necessarias
Ao Engenheiro Cesar Salo Daher coordenacor do cursa de Engenharia CiyUqlle sempre trohahall para contribllir com (I exeelencia do cursa e que nos propieiolla possibilidade deaeimente ingressar no mereado de trabaho com exilo
As pessoas amadas e amigas de todas as hOlOSogradecemos par fOda aeompreensclo e apoio que sOllberam COlli a passar do fempo 1I0S dividir COIl1 IlossaOIlrapaixiio a El1gcnharia
SUMARIO
LlSTA DE FIGURAS
LlSTA DE TABELAS
LlSTA DE SiMBOLOS E NOTAltOES QUiMICAS
RESUMO
I INTRODUltAO
11 OBJETIVO GERAL
12 OBJETIVOS ESPECincos
13 JUSTIFICATIVA
104 IROCEDIMENTO METODOLOGICO
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
21 TIIOS DE SACADAS E MARQUISES
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E
MARQUISES EM BALANCO
221 Carregamcntos atuantcs em lajcs em balan90
23IROBLEMAS E ACIOENTES ESTRUTURAIS COM
SACADAS E MARQUISES
231 Problema com lissuras nas sacadas do ediflcio Anice
Daher
232 Acidentcs estruturais com marquises
233 Proibi9ao da COllstrUlao de marquises na cidadc do
Rio de Ianeiro 13
3 PRINCIPAlS AGENTES CAUSADORES DE COLAPSO
31 ERROS DE PROJETO
32 ERROS DE EXECUCAO
VI
IX
XI
XII
XIII
4
10
14
14
16
VII
321 Disposi~ao incorrcta das annaduras 16
322 Esconlmcnto incorrelo 18
33 CORROsAo NAS NMADURAS 19
331 Tipos de corr05ao 20
332 Corrosao das armaduras per cloretos 21
333 Corrosao das annaduras par cltlrbonatacao 22
334 Fissuracao do concreto devido it corrosao 23
34 FISSURACAO 24
35 SOBRECARGA 27
4 PATOLOGIA DE MARQUISES E SACADAS 30
41 METODO DE INSPECAO DE SiCADAS E MARQUISES 30
411 Dados cadastrais da edificacao 30
412 Infon1Uu6cs gerais 31
413 Planta de situacao da marquise au sacada 31
414 Levantamcnto gcometrico dos elementos estruturais
de uma marquise ou sacada 32
415 Vcrificaao do sistema de drenagcm c impermcabilizacao 34
416 Ensaio de cscleromelria no concreto 35
417 Avaliacao das annaduras com rcspcito as suas condi(ocs
Il1ccanicas c corrosao 35
418 Dcterll1inacaodas alturas relativas
419 Quadro de Analise de Difcrenas de Alturas
41 10 Aval iaao do teor de cloretos
4111 Ivaliacaoda corrosao por potencial clelrico de
SCll1ipilhas
41 12 Avaliacaoda carbonatacao
4113 Vcriticalilo da estabilidade segundo NBR 6118 em
runcaode cargas existentes
42 MANUTENcAo DE MARQUISES E SACADAS
36
3737
3840
41
42
VIII
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES
E SACAOAS 42
51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42
511 Dcmolicao da estrutura 43
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS
ARMADURAS 43
521 Inibidores de corrosao 43
522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45
53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45
531 A tccnica de injecao de fissuras 46
532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47
533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47
54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA
ESTRUTURA 48
55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49
551 Poiimcilto 49
552 LavagcI11
56 REFORltO ESTRUTURAL
50
52
561 Refono estrutural em lajes em balanyo
562 Refono de viga submetida a toryao
53
55
6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS
TRABALHOS 57
61 Consideracoes linais
61 Rccomcndmoes para novos trabalhos
57
58
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60
IX
LlSTA DE FIGURAS
Figura Pg
11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural
(RAUBER 2005)
22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6
_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte
engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS
e GROCHOSKI 2007)
24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)
25 Fachada do Edificio Anita Daher
26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio
27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste
28 Marquise da UEL apas 0 colapso
31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes
(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994
9
9
10
II
15
32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17
33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17
34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI
2007) 18
35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS
c GROCHOSKI 2007) 19
2036 Processo de corrosao
37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)
38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas
sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)
39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO
2007)
41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES
2007)
42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)
43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise
(JORDYe MENDES 2007)
44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD
e MENDES 2007)
45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY
e MENDES 2007)
46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos
47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de
marquise (JORDY c MENDES 2007)
48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO
2006)
51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)
52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)
53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)
54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)
55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)
56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)
57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas
(PIANCASTELLI 2004)
X
24
27
29
31
32
33
33
34
34
36
40
47
4850
54
54
55
56
L1STA DE TABELAS
Tabcla
Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas
similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)
2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas
XI
Pg
II
49
ABCI
ASTM
Ca(OHJ
CESA
CO
CREA
1-1
HO
HS
IIT
MPa
NBRpH
q
RAA
RJ
SO
UELV
LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS
Associacao Brasilcira de Cimento Portland
American Society lor Testing and Waterials
ion de calcio
Hidr6xido de cilcio
Centro de ESlUdos Sociais Aplicados
Gas carbonico
Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia
Carga horizontal
Oxida de hidrogenio (agua)
Gas 5ul(Jdrico
Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Mega Pascal
fon de sodio
Norma Brasileira
Potencial hidrogenionico
Carga acidcntal
Reacao ilcali-agrcgado
Rio de Janeiro
Dioxido de cnxofre
Universidade EstaduaI de Londrin3
Carga vertical minima
XII
XIII
RESUMO
Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao
Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras
I INTRODUltAO
A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises
onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs
patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT
aplicado em cada caso
E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos
Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando
dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim
levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste
Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais
de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem
dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado
nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do
incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial
Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se
inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em
sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao
de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ
(2003) e Souza e Ferrari (2007)
E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro
de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada
caso
11 OI3JETIVO GERAL
bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C
colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao
aplidtveis a cada caso
12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS
bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de
sacadas e marquises c suns respcctivas causas
bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas
bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e
sacadas
bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das
palologias assim como resistencia das marquises e sacadas
bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e
sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs
13 JUSTIFICATIVA
Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente
marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de
lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de
vidas
Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em
apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0
concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos
cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno
Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso
utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it
tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores
que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro
na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura
Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de
Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos
Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande
cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll
de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste
caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser
reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle
proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise
apos 0 colapso
Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura
12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve
fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As
causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter
sido a sobrecarga na sacada
Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e
mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias
aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos
preventivos aplicavcis a cada caso
14PROCEDIMENTO METODOL6GICO
NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos
a seguir de mancira sinttWca
bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)
bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos
rcccntclllcnle
bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes
patol6gicas em sacadas e marquises
bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas
bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a
rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados
problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas
21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES
Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1
apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da
editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais
podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo
consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em
Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas
lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis
aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as
solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados
Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo
adequado (RAUBER 2005)
(a) (b)
Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral
(RAUBER 2005)
~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr
(I b) Sa bullada em bol(lntO
com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam
Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)
HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo
estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de
intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado
estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm
balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a
2001)
A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises
a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas
(a) (b)
Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente
engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c
GROCHOSKI 2007)
SIOADE llt 7 ~ff ~
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I
BALANltO ~~
As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all
scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs
Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll
longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em
transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c
apoiadas elll tirantcs
Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes
transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura
configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de
hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser
condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)
o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com
as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um
material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc
lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra
(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte
estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao
c na sua utiliz3Cuo
Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar
economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc
necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca
221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco
Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a
sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI
considerados os scguintes carregamcntos
Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)
ollde
bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso
bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)
bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)
23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E
MARQUISES
231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher
o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro
Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando
com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores
Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das
sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0
servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11
situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que
gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A
Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher
Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher
Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao
entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26
figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio
10
o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao
it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas
estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico
f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle
232 Acidcntes cstnllurais com marquises
a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3
Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se
refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da
marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais
cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na
cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais
Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de
ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com
o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it
especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais
Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il
somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou
f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo
II
de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga
significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a
marquise ap6s 0 colapso
Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso
b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil
A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c
eSlruturas simi lares no Brasil
Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
SUMARIO
LlSTA DE FIGURAS
LlSTA DE TABELAS
LlSTA DE SiMBOLOS E NOTAltOES QUiMICAS
RESUMO
I INTRODUltAO
11 OBJETIVO GERAL
12 OBJETIVOS ESPECincos
13 JUSTIFICATIVA
104 IROCEDIMENTO METODOLOGICO
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
21 TIIOS DE SACADAS E MARQUISES
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E
MARQUISES EM BALANCO
221 Carregamcntos atuantcs em lajcs em balan90
23IROBLEMAS E ACIOENTES ESTRUTURAIS COM
SACADAS E MARQUISES
231 Problema com lissuras nas sacadas do ediflcio Anice
Daher
232 Acidentcs estruturais com marquises
233 Proibi9ao da COllstrUlao de marquises na cidadc do
Rio de Ianeiro 13
3 PRINCIPAlS AGENTES CAUSADORES DE COLAPSO
31 ERROS DE PROJETO
32 ERROS DE EXECUCAO
VI
IX
XI
XII
XIII
4
10
14
14
16
VII
321 Disposi~ao incorrcta das annaduras 16
322 Esconlmcnto incorrelo 18
33 CORROsAo NAS NMADURAS 19
331 Tipos de corr05ao 20
332 Corrosao das armaduras per cloretos 21
333 Corrosao das annaduras par cltlrbonatacao 22
334 Fissuracao do concreto devido it corrosao 23
34 FISSURACAO 24
35 SOBRECARGA 27
4 PATOLOGIA DE MARQUISES E SACADAS 30
41 METODO DE INSPECAO DE SiCADAS E MARQUISES 30
411 Dados cadastrais da edificacao 30
412 Infon1Uu6cs gerais 31
413 Planta de situacao da marquise au sacada 31
414 Levantamcnto gcometrico dos elementos estruturais
de uma marquise ou sacada 32
415 Vcrificaao do sistema de drenagcm c impermcabilizacao 34
416 Ensaio de cscleromelria no concreto 35
417 Avaliacao das annaduras com rcspcito as suas condi(ocs
Il1ccanicas c corrosao 35
418 Dcterll1inacaodas alturas relativas
419 Quadro de Analise de Difcrenas de Alturas
41 10 Aval iaao do teor de cloretos
4111 Ivaliacaoda corrosao por potencial clelrico de
SCll1ipilhas
41 12 Avaliacaoda carbonatacao
4113 Vcriticalilo da estabilidade segundo NBR 6118 em
runcaode cargas existentes
42 MANUTENcAo DE MARQUISES E SACADAS
36
3737
3840
41
42
VIII
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES
E SACAOAS 42
51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42
511 Dcmolicao da estrutura 43
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS
ARMADURAS 43
521 Inibidores de corrosao 43
522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45
53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45
531 A tccnica de injecao de fissuras 46
532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47
533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47
54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA
ESTRUTURA 48
55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49
551 Poiimcilto 49
552 LavagcI11
56 REFORltO ESTRUTURAL
50
52
561 Refono estrutural em lajes em balanyo
562 Refono de viga submetida a toryao
53
55
6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS
TRABALHOS 57
61 Consideracoes linais
61 Rccomcndmoes para novos trabalhos
57
58
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60
IX
LlSTA DE FIGURAS
Figura Pg
11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural
(RAUBER 2005)
22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6
_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte
engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS
e GROCHOSKI 2007)
24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)
25 Fachada do Edificio Anita Daher
26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio
27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste
28 Marquise da UEL apas 0 colapso
31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes
(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994
9
9
10
II
15
32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17
33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17
34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI
2007) 18
35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS
c GROCHOSKI 2007) 19
2036 Processo de corrosao
37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)
38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas
sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)
39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO
2007)
41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES
2007)
42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)
43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise
(JORDYe MENDES 2007)
44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD
e MENDES 2007)
45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY
e MENDES 2007)
46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos
47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de
marquise (JORDY c MENDES 2007)
48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO
2006)
51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)
52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)
53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)
54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)
55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)
56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)
57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas
(PIANCASTELLI 2004)
X
24
27
29
31
32
33
33
34
34
36
40
47
4850
54
54
55
56
L1STA DE TABELAS
Tabcla
Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas
similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)
2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas
XI
Pg
II
49
ABCI
ASTM
Ca(OHJ
CESA
CO
CREA
1-1
HO
HS
IIT
MPa
NBRpH
q
RAA
RJ
SO
UELV
LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS
Associacao Brasilcira de Cimento Portland
American Society lor Testing and Waterials
ion de calcio
Hidr6xido de cilcio
Centro de ESlUdos Sociais Aplicados
Gas carbonico
Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia
Carga horizontal
Oxida de hidrogenio (agua)
Gas 5ul(Jdrico
Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Mega Pascal
fon de sodio
Norma Brasileira
Potencial hidrogenionico
Carga acidcntal
Reacao ilcali-agrcgado
Rio de Janeiro
Dioxido de cnxofre
Universidade EstaduaI de Londrin3
Carga vertical minima
XII
XIII
RESUMO
Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao
Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras
I INTRODUltAO
A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises
onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs
patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT
aplicado em cada caso
E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos
Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando
dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim
levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste
Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais
de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem
dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado
nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do
incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial
Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se
inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em
sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao
de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ
(2003) e Souza e Ferrari (2007)
E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro
de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada
caso
11 OI3JETIVO GERAL
bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C
colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao
aplidtveis a cada caso
12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS
bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de
sacadas e marquises c suns respcctivas causas
bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas
bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e
sacadas
bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das
palologias assim como resistencia das marquises e sacadas
bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e
sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs
13 JUSTIFICATIVA
Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente
marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de
lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de
vidas
Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em
apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0
concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos
cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno
Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso
utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it
tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores
que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro
na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura
Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de
Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos
Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande
cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll
de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste
caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser
reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle
proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise
apos 0 colapso
Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura
12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve
fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As
causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter
sido a sobrecarga na sacada
Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e
mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias
aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos
preventivos aplicavcis a cada caso
14PROCEDIMENTO METODOL6GICO
NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos
a seguir de mancira sinttWca
bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)
bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos
rcccntclllcnle
bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes
patol6gicas em sacadas e marquises
bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas
bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a
rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados
problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas
21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES
Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1
apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da
editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais
podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo
consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em
Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas
lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis
aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as
solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados
Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo
adequado (RAUBER 2005)
(a) (b)
Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral
(RAUBER 2005)
~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr
(I b) Sa bullada em bol(lntO
com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam
Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)
HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo
estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de
intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado
estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm
balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a
2001)
A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises
a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas
(a) (b)
Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente
engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c
GROCHOSKI 2007)
SIOADE llt 7 ~ff ~
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I
BALANltO ~~
As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all
scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs
Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll
longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em
transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c
apoiadas elll tirantcs
Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes
transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura
configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de
hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser
condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)
o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com
as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um
material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc
lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra
(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte
estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao
c na sua utiliz3Cuo
Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar
economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc
necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca
221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco
Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a
sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI
considerados os scguintes carregamcntos
Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)
ollde
bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso
bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)
bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)
23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E
MARQUISES
231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher
o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro
Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando
com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores
Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das
sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0
servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11
situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que
gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A
Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher
Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher
Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao
entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26
figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio
10
o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao
it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas
estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico
f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle
232 Acidcntes cstnllurais com marquises
a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3
Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se
refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da
marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais
cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na
cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais
Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de
ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com
o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it
especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais
Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il
somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou
f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo
II
de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga
significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a
marquise ap6s 0 colapso
Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso
b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil
A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c
eSlruturas simi lares no Brasil
Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
VII
321 Disposi~ao incorrcta das annaduras 16
322 Esconlmcnto incorrelo 18
33 CORROsAo NAS NMADURAS 19
331 Tipos de corr05ao 20
332 Corrosao das armaduras per cloretos 21
333 Corrosao das annaduras par cltlrbonatacao 22
334 Fissuracao do concreto devido it corrosao 23
34 FISSURACAO 24
35 SOBRECARGA 27
4 PATOLOGIA DE MARQUISES E SACADAS 30
41 METODO DE INSPECAO DE SiCADAS E MARQUISES 30
411 Dados cadastrais da edificacao 30
412 Infon1Uu6cs gerais 31
413 Planta de situacao da marquise au sacada 31
414 Levantamcnto gcometrico dos elementos estruturais
de uma marquise ou sacada 32
415 Vcrificaao do sistema de drenagcm c impermcabilizacao 34
416 Ensaio de cscleromelria no concreto 35
417 Avaliacao das annaduras com rcspcito as suas condi(ocs
Il1ccanicas c corrosao 35
418 Dcterll1inacaodas alturas relativas
419 Quadro de Analise de Difcrenas de Alturas
41 10 Aval iaao do teor de cloretos
4111 Ivaliacaoda corrosao por potencial clelrico de
SCll1ipilhas
41 12 Avaliacaoda carbonatacao
4113 Vcriticalilo da estabilidade segundo NBR 6118 em
runcaode cargas existentes
42 MANUTENcAo DE MARQUISES E SACADAS
36
3737
3840
41
42
VIII
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES
E SACAOAS 42
51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42
511 Dcmolicao da estrutura 43
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS
ARMADURAS 43
521 Inibidores de corrosao 43
522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45
53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45
531 A tccnica de injecao de fissuras 46
532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47
533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47
54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA
ESTRUTURA 48
55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49
551 Poiimcilto 49
552 LavagcI11
56 REFORltO ESTRUTURAL
50
52
561 Refono estrutural em lajes em balanyo
562 Refono de viga submetida a toryao
53
55
6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS
TRABALHOS 57
61 Consideracoes linais
61 Rccomcndmoes para novos trabalhos
57
58
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60
IX
LlSTA DE FIGURAS
Figura Pg
11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural
(RAUBER 2005)
22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6
_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte
engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS
e GROCHOSKI 2007)
24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)
25 Fachada do Edificio Anita Daher
26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio
27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste
28 Marquise da UEL apas 0 colapso
31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes
(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994
9
9
10
II
15
32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17
33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17
34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI
2007) 18
35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS
c GROCHOSKI 2007) 19
2036 Processo de corrosao
37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)
38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas
sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)
39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO
2007)
41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES
2007)
42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)
43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise
(JORDYe MENDES 2007)
44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD
e MENDES 2007)
45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY
e MENDES 2007)
46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos
47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de
marquise (JORDY c MENDES 2007)
48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO
2006)
51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)
52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)
53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)
54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)
55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)
56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)
57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas
(PIANCASTELLI 2004)
X
24
27
29
31
32
33
33
34
34
36
40
47
4850
54
54
55
56
L1STA DE TABELAS
Tabcla
Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas
similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)
2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas
XI
Pg
II
49
ABCI
ASTM
Ca(OHJ
CESA
CO
CREA
1-1
HO
HS
IIT
MPa
NBRpH
q
RAA
RJ
SO
UELV
LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS
Associacao Brasilcira de Cimento Portland
American Society lor Testing and Waterials
ion de calcio
Hidr6xido de cilcio
Centro de ESlUdos Sociais Aplicados
Gas carbonico
Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia
Carga horizontal
Oxida de hidrogenio (agua)
Gas 5ul(Jdrico
Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Mega Pascal
fon de sodio
Norma Brasileira
Potencial hidrogenionico
Carga acidcntal
Reacao ilcali-agrcgado
Rio de Janeiro
Dioxido de cnxofre
Universidade EstaduaI de Londrin3
Carga vertical minima
XII
XIII
RESUMO
Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao
Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras
I INTRODUltAO
A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises
onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs
patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT
aplicado em cada caso
E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos
Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando
dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim
levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste
Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais
de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem
dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado
nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do
incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial
Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se
inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em
sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao
de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ
(2003) e Souza e Ferrari (2007)
E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro
de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada
caso
11 OI3JETIVO GERAL
bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C
colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao
aplidtveis a cada caso
12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS
bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de
sacadas e marquises c suns respcctivas causas
bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas
bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e
sacadas
bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das
palologias assim como resistencia das marquises e sacadas
bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e
sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs
13 JUSTIFICATIVA
Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente
marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de
lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de
vidas
Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em
apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0
concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos
cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno
Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso
utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it
tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores
que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro
na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura
Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de
Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos
Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande
cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll
de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste
caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser
reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle
proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise
apos 0 colapso
Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura
12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve
fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As
causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter
sido a sobrecarga na sacada
Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e
mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias
aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos
preventivos aplicavcis a cada caso
14PROCEDIMENTO METODOL6GICO
NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos
a seguir de mancira sinttWca
bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)
bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos
rcccntclllcnle
bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes
patol6gicas em sacadas e marquises
bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas
bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a
rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados
problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas
21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES
Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1
apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da
editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais
podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo
consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em
Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas
lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis
aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as
solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados
Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo
adequado (RAUBER 2005)
(a) (b)
Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral
(RAUBER 2005)
~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr
(I b) Sa bullada em bol(lntO
com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam
Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)
HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo
estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de
intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado
estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm
balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a
2001)
A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises
a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas
(a) (b)
Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente
engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c
GROCHOSKI 2007)
SIOADE llt 7 ~ff ~
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I
BALANltO ~~
As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all
scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs
Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll
longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em
transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c
apoiadas elll tirantcs
Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes
transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura
configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de
hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser
condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)
o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com
as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um
material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc
lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra
(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte
estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao
c na sua utiliz3Cuo
Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar
economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc
necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca
221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco
Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a
sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI
considerados os scguintes carregamcntos
Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)
ollde
bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso
bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)
bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)
23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E
MARQUISES
231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher
o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro
Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando
com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores
Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das
sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0
servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11
situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que
gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A
Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher
Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher
Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao
entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26
figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio
10
o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao
it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas
estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico
f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle
232 Acidcntes cstnllurais com marquises
a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3
Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se
refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da
marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais
cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na
cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais
Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de
ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com
o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it
especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais
Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il
somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou
f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo
II
de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga
significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a
marquise ap6s 0 colapso
Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso
b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil
A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c
eSlruturas simi lares no Brasil
Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
VIII
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES
E SACAOAS 42
51 INTERVENltOES DEVIDO A ERROS DE PROlETO 42
511 Dcmolicao da estrutura 43
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS
ARMADURAS 43
521 Inibidores de corrosao 43
522 Emcndas nas annaduras cOIToidas 45
53 INTERVENltOES DEVIDO A FISSURAltAO DO CONCRETO 45
531 A tccnica de injecao de fissuras 46
532 A tccnica de seJagcl11 de fissuras 47
533 Costura das lissuras (grampeamcnto) 47
54 INTERVENltOES DEVIDO A SOBRECARGA NA
ESTRUTURA 48
55 INTERVENltOES NA SUPERFiclE DE CONCRETO 49
551 Poiimcilto 49
552 LavagcI11
56 REFORltO ESTRUTURAL
50
52
561 Refono estrutural em lajes em balanyo
562 Refono de viga submetida a toryao
53
55
6 CONSIDERAltOES FINAlS E RECOMENOAltOES PARA NOVOS
TRABALHOS 57
61 Consideracoes linais
61 Rccomcndmoes para novos trabalhos
57
58
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 60
IX
LlSTA DE FIGURAS
Figura Pg
11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural
(RAUBER 2005)
22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6
_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte
engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS
e GROCHOSKI 2007)
24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)
25 Fachada do Edificio Anita Daher
26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio
27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste
28 Marquise da UEL apas 0 colapso
31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes
(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994
9
9
10
II
15
32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17
33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17
34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI
2007) 18
35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS
c GROCHOSKI 2007) 19
2036 Processo de corrosao
37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)
38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas
sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)
39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO
2007)
41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES
2007)
42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)
43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise
(JORDYe MENDES 2007)
44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD
e MENDES 2007)
45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY
e MENDES 2007)
46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos
47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de
marquise (JORDY c MENDES 2007)
48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO
2006)
51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)
52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)
53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)
54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)
55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)
56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)
57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas
(PIANCASTELLI 2004)
X
24
27
29
31
32
33
33
34
34
36
40
47
4850
54
54
55
56
L1STA DE TABELAS
Tabcla
Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas
similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)
2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas
XI
Pg
II
49
ABCI
ASTM
Ca(OHJ
CESA
CO
CREA
1-1
HO
HS
IIT
MPa
NBRpH
q
RAA
RJ
SO
UELV
LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS
Associacao Brasilcira de Cimento Portland
American Society lor Testing and Waterials
ion de calcio
Hidr6xido de cilcio
Centro de ESlUdos Sociais Aplicados
Gas carbonico
Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia
Carga horizontal
Oxida de hidrogenio (agua)
Gas 5ul(Jdrico
Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Mega Pascal
fon de sodio
Norma Brasileira
Potencial hidrogenionico
Carga acidcntal
Reacao ilcali-agrcgado
Rio de Janeiro
Dioxido de cnxofre
Universidade EstaduaI de Londrin3
Carga vertical minima
XII
XIII
RESUMO
Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao
Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras
I INTRODUltAO
A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises
onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs
patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT
aplicado em cada caso
E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos
Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando
dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim
levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste
Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais
de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem
dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado
nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do
incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial
Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se
inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em
sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao
de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ
(2003) e Souza e Ferrari (2007)
E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro
de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada
caso
11 OI3JETIVO GERAL
bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C
colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao
aplidtveis a cada caso
12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS
bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de
sacadas e marquises c suns respcctivas causas
bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas
bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e
sacadas
bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das
palologias assim como resistencia das marquises e sacadas
bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e
sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs
13 JUSTIFICATIVA
Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente
marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de
lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de
vidas
Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em
apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0
concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos
cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno
Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso
utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it
tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores
que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro
na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura
Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de
Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos
Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande
cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll
de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste
caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser
reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle
proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise
apos 0 colapso
Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura
12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve
fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As
causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter
sido a sobrecarga na sacada
Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e
mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias
aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos
preventivos aplicavcis a cada caso
14PROCEDIMENTO METODOL6GICO
NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos
a seguir de mancira sinttWca
bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)
bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos
rcccntclllcnle
bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes
patol6gicas em sacadas e marquises
bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas
bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a
rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados
problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas
21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES
Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1
apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da
editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais
podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo
consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em
Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas
lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis
aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as
solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados
Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo
adequado (RAUBER 2005)
(a) (b)
Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral
(RAUBER 2005)
~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr
(I b) Sa bullada em bol(lntO
com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam
Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)
HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo
estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de
intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado
estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm
balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a
2001)
A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises
a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas
(a) (b)
Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente
engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c
GROCHOSKI 2007)
SIOADE llt 7 ~ff ~
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I
BALANltO ~~
As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all
scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs
Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll
longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em
transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c
apoiadas elll tirantcs
Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes
transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura
configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de
hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser
condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)
o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com
as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um
material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc
lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra
(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte
estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao
c na sua utiliz3Cuo
Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar
economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc
necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca
221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco
Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a
sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI
considerados os scguintes carregamcntos
Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)
ollde
bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso
bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)
bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)
23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E
MARQUISES
231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher
o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro
Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando
com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores
Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das
sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0
servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11
situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que
gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A
Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher
Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher
Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao
entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26
figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio
10
o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao
it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas
estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico
f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle
232 Acidcntes cstnllurais com marquises
a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3
Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se
refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da
marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais
cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na
cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais
Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de
ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com
o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it
especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais
Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il
somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou
f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo
II
de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga
significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a
marquise ap6s 0 colapso
Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso
b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil
A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c
eSlruturas simi lares no Brasil
Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
IX
LlSTA DE FIGURAS
Figura Pg
11 Queda da marquise do HOlel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
12 Colapso de uma sac ada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
21 Tipos de sacadas apropriadas para edificios em alvenaria estrutural
(RAUBER 2005)
22 Fonnas de inlrodwao de sacadas em balan~o (RAUBER 2005) 6
_ gt Dais tipos de sistemas estrulurais de marquises (a) laje diretamcnte
engaslada e (b) lajc apoiada sabre vigas engastadas(MEDEIROS
e GROCHOSKI 2007)
24 Carregamenlos em lajes em balan~o (CAMACHO 2004)
25 Fachada do Edificio Anita Daher
26 Fissuras l1a saeada do 10 andar do editicio
27 Rotacionamcnto da Ilt~jcda sacada em rela(fao a viga de cngaste
28 Marquise da UEL apas 0 colapso
31 Origens de problemas patol6gicos das cdilkaltoes
(Molleu e Cnudde 1989 apId Melhado 1994
9
9
10
II
15
32 Espa~amenlo irregular em armadums de lajes (SOUZA e RIPPER 1998) 17
33 Annadura negaliva da laje fom de posi~ao (SOUZA e RIPPER 1998) 17
34 Escala de momenlo scm escoramcnto (MEDEIROS e GROCHOSKI
2007) 18
35 Tipos de escoramento em eSlruturas em balanlto(MEDEIROS
c GROCHOSKI 2007) 19
2036 Processo de corrosao
37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)
38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas
sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)
39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO
2007)
41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES
2007)
42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)
43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise
(JORDYe MENDES 2007)
44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD
e MENDES 2007)
45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY
e MENDES 2007)
46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos
47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de
marquise (JORDY c MENDES 2007)
48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO
2006)
51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)
52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)
53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)
54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)
55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)
56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)
57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas
(PIANCASTELLI 2004)
X
24
27
29
31
32
33
33
34
34
36
40
47
4850
54
54
55
56
L1STA DE TABELAS
Tabcla
Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas
similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)
2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas
XI
Pg
II
49
ABCI
ASTM
Ca(OHJ
CESA
CO
CREA
1-1
HO
HS
IIT
MPa
NBRpH
q
RAA
RJ
SO
UELV
LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS
Associacao Brasilcira de Cimento Portland
American Society lor Testing and Waterials
ion de calcio
Hidr6xido de cilcio
Centro de ESlUdos Sociais Aplicados
Gas carbonico
Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia
Carga horizontal
Oxida de hidrogenio (agua)
Gas 5ul(Jdrico
Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Mega Pascal
fon de sodio
Norma Brasileira
Potencial hidrogenionico
Carga acidcntal
Reacao ilcali-agrcgado
Rio de Janeiro
Dioxido de cnxofre
Universidade EstaduaI de Londrin3
Carga vertical minima
XII
XIII
RESUMO
Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao
Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras
I INTRODUltAO
A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises
onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs
patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT
aplicado em cada caso
E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos
Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando
dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim
levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste
Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais
de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem
dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado
nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do
incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial
Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se
inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em
sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao
de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ
(2003) e Souza e Ferrari (2007)
E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro
de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada
caso
11 OI3JETIVO GERAL
bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C
colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao
aplidtveis a cada caso
12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS
bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de
sacadas e marquises c suns respcctivas causas
bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas
bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e
sacadas
bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das
palologias assim como resistencia das marquises e sacadas
bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e
sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs
13 JUSTIFICATIVA
Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente
marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de
lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de
vidas
Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em
apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0
concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos
cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno
Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso
utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it
tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores
que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro
na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura
Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de
Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos
Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande
cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll
de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste
caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser
reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle
proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise
apos 0 colapso
Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura
12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve
fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As
causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter
sido a sobrecarga na sacada
Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e
mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias
aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos
preventivos aplicavcis a cada caso
14PROCEDIMENTO METODOL6GICO
NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos
a seguir de mancira sinttWca
bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)
bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos
rcccntclllcnle
bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes
patol6gicas em sacadas e marquises
bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas
bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a
rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados
problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas
21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES
Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1
apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da
editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais
podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo
consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em
Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas
lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis
aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as
solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados
Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo
adequado (RAUBER 2005)
(a) (b)
Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral
(RAUBER 2005)
~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr
(I b) Sa bullada em bol(lntO
com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam
Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)
HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo
estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de
intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado
estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm
balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a
2001)
A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises
a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas
(a) (b)
Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente
engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c
GROCHOSKI 2007)
SIOADE llt 7 ~ff ~
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I
BALANltO ~~
As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all
scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs
Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll
longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em
transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c
apoiadas elll tirantcs
Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes
transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura
configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de
hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser
condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)
o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com
as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um
material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc
lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra
(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte
estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao
c na sua utiliz3Cuo
Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar
economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc
necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca
221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco
Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a
sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI
considerados os scguintes carregamcntos
Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)
ollde
bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso
bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)
bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)
23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E
MARQUISES
231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher
o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro
Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando
com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores
Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das
sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0
servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11
situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que
gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A
Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher
Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher
Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao
entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26
figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio
10
o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao
it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas
estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico
f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle
232 Acidcntes cstnllurais com marquises
a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3
Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se
refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da
marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais
cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na
cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais
Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de
ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com
o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it
especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais
Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il
somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou
f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo
II
de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga
significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a
marquise ap6s 0 colapso
Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso
b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil
A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c
eSlruturas simi lares no Brasil
Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
37 Mapeamento de flssuras (GOMES ef al 2007)
38 Exemplo de camadas de sistemas de impcrmcabilizacao sobrepostas
sabre laje de marquise (MEDEIROS e GROCHOSKI 2007)
39 Marquise dcformada pel a sobrccarga de paine publiciHirio (RIZZO
2007)
41 Sitwiio e elementos estruturais de uma marquise (JORDY e MENDES
2007)
42 Geometria dos elementos estruturais (JORDY e MENDES 2007)
43 Medilaquoao da sCyao transversal de armadura em viga de marquise
(JORDYe MENDES 2007)
44 Posicao de armaduras em pianla rcferida is pccas em concreto (lORD
e MENDES 2007)
45 Posicao de armaduras em corte referido as pccas em concreto ClORDY
e MENDES 2007)
46 ObSlrtHoeS no sistema de drenagem de marquises em centros urbanos
47 Vcrificacao da integridade cstrutural do alo denlro de viga de
marquise (JORDY c MENDES 2007)
48 Medida da profundidade de earbonata~iio com paquimetro (DUGA TTO
2006)
51 Excmplo da teeniea de injeliio de tissuras (SALES 2005)
52 Esquema Lipica do grampeamcnto de uma lajc (VEDACIT 2007)
53 Superficie antes e dcpois do polimento (ABREU 2007)
54 Rel()J~o Ila parte superior da laje (adaptada de PIANCASTELLL 2004)
55 Rcfara par embutimenta na annadura (PIANCASTELLL 2004)
56 Exempla de reforlo da viga submctida iI tor9aa (PIANCASTELII 2004)
57 Allificio estrutural para climinar ou rcduzir 0 esfono de tonao em vigas
(PIANCASTELLI 2004)
X
24
27
29
31
32
33
33
34
34
36
40
47
4850
54
54
55
56
L1STA DE TABELAS
Tabcla
Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas
similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)
2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas
XI
Pg
II
49
ABCI
ASTM
Ca(OHJ
CESA
CO
CREA
1-1
HO
HS
IIT
MPa
NBRpH
q
RAA
RJ
SO
UELV
LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS
Associacao Brasilcira de Cimento Portland
American Society lor Testing and Waterials
ion de calcio
Hidr6xido de cilcio
Centro de ESlUdos Sociais Aplicados
Gas carbonico
Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia
Carga horizontal
Oxida de hidrogenio (agua)
Gas 5ul(Jdrico
Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Mega Pascal
fon de sodio
Norma Brasileira
Potencial hidrogenionico
Carga acidcntal
Reacao ilcali-agrcgado
Rio de Janeiro
Dioxido de cnxofre
Universidade EstaduaI de Londrin3
Carga vertical minima
XII
XIII
RESUMO
Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao
Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras
I INTRODUltAO
A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises
onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs
patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT
aplicado em cada caso
E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos
Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando
dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim
levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste
Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais
de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem
dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado
nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do
incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial
Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se
inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em
sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao
de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ
(2003) e Souza e Ferrari (2007)
E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro
de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada
caso
11 OI3JETIVO GERAL
bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C
colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao
aplidtveis a cada caso
12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS
bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de
sacadas e marquises c suns respcctivas causas
bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas
bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e
sacadas
bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das
palologias assim como resistencia das marquises e sacadas
bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e
sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs
13 JUSTIFICATIVA
Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente
marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de
lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de
vidas
Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em
apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0
concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos
cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno
Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso
utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it
tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores
que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro
na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura
Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de
Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos
Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande
cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll
de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste
caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser
reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle
proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise
apos 0 colapso
Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura
12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve
fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As
causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter
sido a sobrecarga na sacada
Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e
mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias
aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos
preventivos aplicavcis a cada caso
14PROCEDIMENTO METODOL6GICO
NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos
a seguir de mancira sinttWca
bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)
bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos
rcccntclllcnle
bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes
patol6gicas em sacadas e marquises
bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas
bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a
rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados
problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas
21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES
Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1
apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da
editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais
podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo
consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em
Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas
lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis
aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as
solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados
Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo
adequado (RAUBER 2005)
(a) (b)
Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral
(RAUBER 2005)
~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr
(I b) Sa bullada em bol(lntO
com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam
Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)
HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo
estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de
intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado
estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm
balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a
2001)
A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises
a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas
(a) (b)
Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente
engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c
GROCHOSKI 2007)
SIOADE llt 7 ~ff ~
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I
BALANltO ~~
As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all
scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs
Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll
longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em
transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c
apoiadas elll tirantcs
Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes
transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura
configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de
hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser
condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)
o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com
as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um
material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc
lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra
(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte
estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao
c na sua utiliz3Cuo
Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar
economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc
necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca
221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco
Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a
sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI
considerados os scguintes carregamcntos
Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)
ollde
bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso
bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)
bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)
23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E
MARQUISES
231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher
o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro
Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando
com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores
Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das
sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0
servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11
situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que
gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A
Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher
Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher
Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao
entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26
figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio
10
o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao
it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas
estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico
f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle
232 Acidcntes cstnllurais com marquises
a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3
Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se
refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da
marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais
cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na
cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais
Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de
ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com
o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it
especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais
Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il
somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou
f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo
II
de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga
significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a
marquise ap6s 0 colapso
Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso
b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil
A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c
eSlruturas simi lares no Brasil
Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
L1STA DE TABELAS
Tabcla
Levantamento de casos de desabamento dc marquise e estruturas
similarcs no Brasil (Medeiros e Grochoski 2007)
2 Sobrccargas c ayoes a screm tomadas
XI
Pg
II
49
ABCI
ASTM
Ca(OHJ
CESA
CO
CREA
1-1
HO
HS
IIT
MPa
NBRpH
q
RAA
RJ
SO
UELV
LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS
Associacao Brasilcira de Cimento Portland
American Society lor Testing and Waterials
ion de calcio
Hidr6xido de cilcio
Centro de ESlUdos Sociais Aplicados
Gas carbonico
Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia
Carga horizontal
Oxida de hidrogenio (agua)
Gas 5ul(Jdrico
Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Mega Pascal
fon de sodio
Norma Brasileira
Potencial hidrogenionico
Carga acidcntal
Reacao ilcali-agrcgado
Rio de Janeiro
Dioxido de cnxofre
Universidade EstaduaI de Londrin3
Carga vertical minima
XII
XIII
RESUMO
Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao
Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras
I INTRODUltAO
A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises
onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs
patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT
aplicado em cada caso
E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos
Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando
dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim
levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste
Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais
de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem
dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado
nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do
incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial
Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se
inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em
sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao
de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ
(2003) e Souza e Ferrari (2007)
E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro
de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada
caso
11 OI3JETIVO GERAL
bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C
colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao
aplidtveis a cada caso
12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS
bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de
sacadas e marquises c suns respcctivas causas
bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas
bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e
sacadas
bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das
palologias assim como resistencia das marquises e sacadas
bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e
sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs
13 JUSTIFICATIVA
Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente
marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de
lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de
vidas
Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em
apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0
concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos
cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno
Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso
utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it
tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores
que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro
na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura
Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de
Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos
Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande
cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll
de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste
caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser
reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle
proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise
apos 0 colapso
Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura
12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve
fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As
causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter
sido a sobrecarga na sacada
Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e
mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias
aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos
preventivos aplicavcis a cada caso
14PROCEDIMENTO METODOL6GICO
NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos
a seguir de mancira sinttWca
bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)
bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos
rcccntclllcnle
bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes
patol6gicas em sacadas e marquises
bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas
bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a
rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados
problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas
21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES
Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1
apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da
editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais
podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo
consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em
Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas
lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis
aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as
solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados
Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo
adequado (RAUBER 2005)
(a) (b)
Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral
(RAUBER 2005)
~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr
(I b) Sa bullada em bol(lntO
com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam
Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)
HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo
estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de
intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado
estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm
balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a
2001)
A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises
a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas
(a) (b)
Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente
engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c
GROCHOSKI 2007)
SIOADE llt 7 ~ff ~
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I
BALANltO ~~
As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all
scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs
Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll
longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em
transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c
apoiadas elll tirantcs
Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes
transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura
configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de
hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser
condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)
o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com
as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um
material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc
lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra
(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte
estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao
c na sua utiliz3Cuo
Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar
economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc
necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca
221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco
Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a
sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI
considerados os scguintes carregamcntos
Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)
ollde
bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso
bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)
bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)
23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E
MARQUISES
231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher
o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro
Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando
com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores
Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das
sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0
servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11
situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que
gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A
Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher
Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher
Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao
entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26
figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio
10
o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao
it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas
estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico
f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle
232 Acidcntes cstnllurais com marquises
a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3
Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se
refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da
marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais
cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na
cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais
Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de
ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com
o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it
especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais
Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il
somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou
f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo
II
de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga
significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a
marquise ap6s 0 colapso
Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso
b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil
A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c
eSlruturas simi lares no Brasil
Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
ABCI
ASTM
Ca(OHJ
CESA
CO
CREA
1-1
HO
HS
IIT
MPa
NBRpH
q
RAA
RJ
SO
UELV
LISTA DE SiMBOLOS E NOTAcOES QUiMICAS
Associacao Brasilcira de Cimento Portland
American Society lor Testing and Waterials
ion de calcio
Hidr6xido de cilcio
Centro de ESlUdos Sociais Aplicados
Gas carbonico
Conselho Regional de Engenharia Arquitelura c Agronomia
Carga horizontal
Oxida de hidrogenio (agua)
Gas 5ul(Jdrico
Instituto de Pesquisas Tccnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Mega Pascal
fon de sodio
Norma Brasileira
Potencial hidrogenionico
Carga acidcntal
Reacao ilcali-agrcgado
Rio de Janeiro
Dioxido de cnxofre
Universidade EstaduaI de Londrin3
Carga vertical minima
XII
XIII
RESUMO
Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao
Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras
I INTRODUltAO
A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises
onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs
patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT
aplicado em cada caso
E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos
Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando
dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim
levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste
Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais
de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem
dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado
nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do
incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial
Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se
inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em
sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao
de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ
(2003) e Souza e Ferrari (2007)
E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro
de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada
caso
11 OI3JETIVO GERAL
bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C
colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao
aplidtveis a cada caso
12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS
bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de
sacadas e marquises c suns respcctivas causas
bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas
bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e
sacadas
bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das
palologias assim como resistencia das marquises e sacadas
bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e
sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs
13 JUSTIFICATIVA
Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente
marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de
lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de
vidas
Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em
apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0
concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos
cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno
Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso
utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it
tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores
que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro
na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura
Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de
Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos
Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande
cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll
de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste
caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser
reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle
proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise
apos 0 colapso
Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura
12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve
fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As
causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter
sido a sobrecarga na sacada
Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e
mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias
aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos
preventivos aplicavcis a cada caso
14PROCEDIMENTO METODOL6GICO
NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos
a seguir de mancira sinttWca
bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)
bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos
rcccntclllcnle
bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes
patol6gicas em sacadas e marquises
bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas
bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a
rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados
problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas
21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES
Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1
apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da
editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais
podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo
consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em
Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas
lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis
aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as
solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados
Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo
adequado (RAUBER 2005)
(a) (b)
Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral
(RAUBER 2005)
~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr
(I b) Sa bullada em bol(lntO
com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam
Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)
HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo
estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de
intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado
estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm
balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a
2001)
A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises
a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas
(a) (b)
Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente
engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c
GROCHOSKI 2007)
SIOADE llt 7 ~ff ~
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I
BALANltO ~~
As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all
scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs
Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll
longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em
transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c
apoiadas elll tirantcs
Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes
transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura
configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de
hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser
condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)
o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com
as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um
material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc
lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra
(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte
estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao
c na sua utiliz3Cuo
Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar
economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc
necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca
221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco
Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a
sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI
considerados os scguintes carregamcntos
Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)
ollde
bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso
bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)
bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)
23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E
MARQUISES
231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher
o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro
Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando
com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores
Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das
sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0
servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11
situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que
gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A
Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher
Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher
Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao
entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26
figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio
10
o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao
it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas
estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico
f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle
232 Acidcntes cstnllurais com marquises
a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3
Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se
refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da
marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais
cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na
cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais
Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de
ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com
o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it
especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais
Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il
somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou
f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo
II
de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga
significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a
marquise ap6s 0 colapso
Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso
b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil
A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c
eSlruturas simi lares no Brasil
Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
XIII
RESUMO
Estc trabalho aprescma mecanismos causadores de manifestacocs patol6gicas ecolapso de marquises e sacadas assim C0l110as tecnicas de recliperaCiio apiicavcisaos varias casos Os principais agentes causadores de colapsos abordados sao erros deprojcto crros de cxecucrao (disposiltao incorrcla das annaduras c escoramcntoincorreto durante a execucao) corrosao nas armaduras lissuracao sobrecarga e rcacaocl1cali-agrcgado Alcm e1issosao apresenlados casos de manifcstacoes patol6gicas emmarquises e sacadas tambem sao abordados cnsaios para detcrminacao das origens dasmallirestacoes patol6gicas e resislencia das marquises e sacadas Os ensaios abordadossao escleromctria avaliacao do tcor de clorelos pela litula~ao pOlenciometricaavalia~ao da corrosiio por pOlcncial eletrico de scmipilhas avalia~ao cia carbonala~aoulilizando a fcnolftaleina OUlras vcrifica~oes tambem sao abordadas Alcm dissocriou-se um mctodo de inspe~ao de marquises e sacadas 0 qual roi obtido a partir demClodos exislcnles e por rim sao descritas lccnicas de recuperacao e refono comoinibidores de corrosao tccnicas para 0 tralamenLo de tissuras e outras interven~oes nacstrutura da marquise Oll sacada As tecnicas de rcfor~o estrutural apresenLadas paralajes em balal1Cosao 0 reforco das armaduras negativas e 0 refono da annadura parembutimclllo Para 0 refor~o cstrulUral de vigas submctidas il tonao C l11os1radaumaHcnica de acrescimo de cstribos c de barras longitudinais C um artiricio estrutural comcontra peso capaz de reduzir Oll acabar com os csfbrcos de tor~ao
Palavras-chave Marquises sacadas estruturas em bahmco lissuras
I INTRODUltAO
A tcmatica deslc tTabalha e descnvolver um cstuda sabre sClcadas e marquises
onde serJo abordadas as principais causas para 0 surgimcilto de manifeslac6cs
patol6gicas e colapsos I1CSlas estruluras bem como a inspccao e 0 tratamenta a SCT
aplicado em cada caso
E para 0 desenvolvimento destc tTabalha foram abordados as scguintes 16picos
Iniciaimciltc foi desenvolvido lim cstuda sabre 0 tipo de sacadas e marquises visando
dcterminar qual 0 comport amen to estrutural dos mcsmos A scguir rai realizado lim
levant amCillO de casos ocorridos fecentemente COI11estas cstruluras Neste
Icvantamcnto cncontra-se lim descritivo dos casos cstudados bem como sells locais
de acontccimcnlo causas determinadas pelos rcsponsaveis peln inspejfao e tambem
dados rcfercntes a obra como idade das edificacroes etc E tamhem c aprescntado
nestc Icvmllal11cnto lllll caso mais detalhado Oilde roi possivel 0 acesso ao local do
incidcnlc inclusive com a possihilidade de fazer uma insperao superficial
Depois de linalizado 0 Icvanlamcnlo de casos ocorridos recentemenlC dCLI-se
inicio a lll11cstudo das possiveis caLlsas de manifcstaltroes patol6gicas c colapsos em
sacadas e marquises c entao roi dcsenvolvido LImmetoda de inspc91iOc manutcnltrao
de sacadas e marquises baseado no metodo de Jordy c Mendes (2007) Gomes Cl aJ
(2003) e Souza e Ferrari (2007)
E para linalizar este cstudo lora111abordadas tecnicas de recuperarao c reJorro
de marquises c sacadas a lim de determinar qual metodo cleve ser utilizado cm cada
caso
11 OI3JETIVO GERAL
bull Idenlificar os Il1ccanismos eausadores de manifcstaltr0es patol6gicas C
colapsos de marquises e sacadas assim como as tccllieas de rccliperacao
aplidtveis a cada caso
12 OI3JETIVOS ESPECiFICOS
bull Abordar as mccanislllos causadores mais freqUcntes do colapso de
sacadas e marquises c suns respcctivas causas
bull Abordar tecnicas de rcparo ou rcfonro de marquises e sac adas
bull Aprescntar casos de eolapso Oll problemas palol6gicos de marquises e
sacadas
bull Idcntilicar ensaios e melOclos para determina~50 das origens das
palologias assim como resistencia das marquises e sacadas
bull Aprcsentar um metoda para inspciao e manulcnltao de marquises e
sacadas obtido a panir de Illctodos existenlcs
13 JUSTIFICATIVA
Nas ultim8s decadas acidentes estruturais com sacacias c principalmente
marquises de cdificios 1em aparecido com ccrta frcqih~ncia nos jornais A qllccla de
lima sacada au marquise pode gerar alem de gastos com rcconstrucao a pcrda de
vidas
Ullla marquise ou sac ada e uma cstrutura em balanyo ou seja upoiadas em
apcnas uma cxtrcmidadc Essas estruturas normulmentc sao fcitas de concreto 0
concreto c um material fnigil pois lem pouea dcionnayao antcs de romper Concretos
cOJ1vcncionais tem boa rcsistencia a compressao porcm pouca resistcncia it trayno
Estruturas em balanco sao mllito solicitadas tracionadas na parte superior eom isso
utiJizilm-se armaduras na parte superior para aumcntar a rcsislencia da cstrutura it
tracao Problemas com a armadura superior de sacadas sao lim dos principais fatores
que levam csla cstrutura ao colapso como sub-dimcnsionamcnto das annaduras crro
na cxecucao destas corrosiio das annaduras c sobrccarga na estrutura
Como cxcmplo de coapso de marquise cita-sc 0 Hotel Canada no Rio de
Janciro que miu no inicio do ano de 2007 onde houve duas mortes e quatorzc feridos
Na cpoca 0 cdil1cio tinha 40 anos e a marquise de 3 m mill causando um grande
cSlrago As causas idclllificaelas desle eolapso toram a corrosao das armaduras alclll
de uma sobrecarga l1a marquise 0 Hotel estava com a fachada reformada c neste
caso segundo as leis da cidade do Rio de Janeiro a marquise tambcm deveria ser
reronnada Dias apos a queda () prereit) da cidade Cczar Maia decretou ullla lei qlle
proibe a constrLHaOde marquises nest a cidade A Figura 11 aprcsenta a marquise
apos 0 colapso
Figura I I Queda da marquise do Hotel Canada no RJ (GOLDFARD 2007)
Cita-sc como exemplo a queda de lima sac ada do Edificio Champagnat (Pigura
12) em uma area Ilobre de Curitiba ocorrida no dia 03042007 Por sorte nao houve
fcridos c apenas lima caminhonctc que estava estacionada na rua roi danificada As
causas deste acidentc ainda estao sendo investigadas porcm a principal causa pode ter
sido a sobrecarga na sacada
Figura 12 Colapso de uma sacada na cidade de Curitiba (PEREIRA 2007)
Por isso verifica-se a importancia de aprofundar os conhecimentos nas causas e
mccanismos causadores do colapso de sacadas e marquises assim como as patoiogias
aplicaveis a cada caso Tambem se veritica a importancia de identificar as mctodos
preventivos aplicavcis a cada caso
14PROCEDIMENTO METODOL6GICO
NeSle cSludo foram dcscnvolvidos os scguinlcs passos 111etodol6gicos descritos
a seguir de mancira sinttWca
bull ESluda das estruturas em balan~a (sacadas C marquises)
bull Lcvantamcnto dos casas de colapsos com estruturas em balan~o ocorridos
rcccntclllcnle
bull Estudo dos principais agenlcs causadores de colapsos e maniresla~oes
patol6gicas em sacadas e marquises
bull Desenvolvimento do metodo de inspe~ao de marquises e sacadas
bull Estudo das lecnicas de recupera~ao e reror~o de sacadas e marquises
2 ESTRUTURAS EM BALANltO - SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo rai dcscnvolvido um estuda dos lipos de sac ad as c marquises a
rim de delenninar 0 seu comporlamento estruluraL e tam hem fcram abordados
problemas e acidcntes eSlruturais C0111estes tipos de cstruturas
21 TIPOS DE SACADAS E MARQUISES
Ao cOlltnirio do que muitos pcnsa111 edificios em alvenaria estrulural podcll1
apresentar elementos em balanro nas fachadas projetados para fora cia projerao da
editicacao C0l110 sacadas c marquises Contudo estes dcvcm ser estudados pais
podem introduzir cargas con centrad as em areas relativamcnte pcquenas elcvalldo
consideravelmcnte as tcnsocs de compressao induzindo a fOfmacao de fissuras Em
Icrmos de dcscmpenho sacadas inlernas a pr~ic~ao do edif1cio (nichos) ou com apenas
lima parle avan~ando em baJan~o em rela~ao a proje9ao da fachada sao muis
aconselhadas (Figura 21) Ponlll as sacadas em balan~o podclll ser rcsolvidas com as
solu~oes aprcsenladas na Figura 22 apJicadas corrente mente com bons resultados
Logicamente todas as vigas e trans passes devclll ser dimcnsionados por calcuJo
adequado (RAUBER 2005)
(a) (b)
Figura 21 Tipos de sacadas apropriadas para cdif1cios em alvcnaria eSlflilliral
(RAUBER 2005)
~) s bullbullclaquoUU crlllJl~r bullbullbulloflgUIgt1ltJuaomigasulmrtllldaeIOIltr
(I b) Sa bullada em bol(lntO
com prolongamenlopfIgtl gtl1l((Irrigam
Figura 22 Formas de introdtHrao de sacadas em balanco (RAUBER 2005)
HI as marquises se destacam par estarcm semprc Irenic das editicltlcoes scndo
estas respons3veis pela proteltltlo de transeuntes e cobertura contra as ac6cs de
intemperies (sol e chuva) e qucdas de o~ietos Sao em Slla maioria de concreto armado
estas possuem normalmente lima forma retangular e sao tratadas como lajes cm
balancoem relaltao il Hlchada integrante de projeto aprovado (MAGALI-IAES el a
2001)
A f-igura 23 a seguir apresenta dais tipos dc sistemas estruturais dc marquises
a lajc dirctamente engastada e a laje apoiada sobre vigas engastadas
(a) (b)
Figura 23 Dois tipos de sistemas eSlrllturais de marquises (a) Jajc diretamente
engaslada e (b) laje apoiada sobre vigas engasladas (MEDEIROS c
GROCHOSKI 2007)
SIOADE llt 7 ~ff ~
22 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE SACADAS E MARQUl~EJ~~[~~t )_~I
BALANltO ~~
As sacadas c marquises sao consideradas uma lajc em balanYo da cslrulUra all
scja lui pelo menos lima borda livre NOfmaimenlc tC1l1-se uma au tres bordas livrcs
Em gera 0 esquema estrutural das marquises pade scr dividido elll
longitudinal com lajes vinculadas a vigas continu3S de bordo e de tonao c em
transversal com lajcs e vigas vinculadas a vigas em balancos ou a vigas cngasladas c
apoiadas elll tirantcs
Devido ao esquema cstrutural principal gcralmcnle nas suas dirccoes
transversais as marquises apresentam pOllen vinculaCfio ao rest ante da estrulura
configurando eslruturas isostaticas au em alguns casas estruturas com baixo grau de
hipcrestaticidade Assim a perda de uma vincula=uo por fortuito que scja pode ser
condiao suflciente para sun instabilidade (IORDY e MENDES 2007)
o concreto C considerado lim material fragil porclll no concreto arm ado com
as armaduras que e um material ductil 0 COIHretoannada passa a ser considerado um
material intermcdiario Oll seja e ductil e fnigi Em outras palavras a concrcto sofimiddotc
lim POtlCOde dcforma~uo antes de romper-se
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) a marquise e uma cxcecao a csta regra
(tcnde a sofrer ruptura brusca tiro fragil scm aviso) c par isso e tlln componcnte
estrutural que mais do que nunca precisa ser pcrfeito no sell projcLo na sua execwao
c na sua utiliz3Cuo
Portanto lima manutcll(uo peri6dica pode-se evitar tragcdias e lambcm gerar
economia quando comparada com uma rcforma cmergencia Assim lorna-sc
necessario investir em vislorias e reparos para obter-sc seguranca
221 Carrcgamentos atuantes em lajes em balanco
Segundo a NBR 61201980 nas lajes em balanco que podcm dcstinar-se a
sacadas Oll marquises alcl11 das cargas permancntcs e acidenlais dcvem SCI
considerados os scguintes carregamcntos
Figura 24 Carregamentos em lajes em balatwo (CAMACHO 2004)
ollde
bull q = carga acidenlal do compartimcnto que Ihe da acesso
bull H ~ 08 kNm (cargo horizontal)
bull v~ 20 kNm (carga vertical minima)
23 PROBLEMAS E ACIDENTES ESTRUTURAIS COM SACADAS E
MARQUISES
231 Problema com tissuras nas sacadas do cditicio Anice Daher
o edificio Anice Daher esta localizado na Rua Princcsa Izabeillo 210 bairro
Sao francisco e tem 15 lt1nosde idade ESle edificio possui seis pavimcnlos contando
com lllll andar subsolo um terreo e quutro andares supcriores
Como alegado por alguns moradorcs no pndio cxistem tissuras nas lajes das
sacadas elll pralicamenle lodos os pavimcntos Entao um dos moradorcs acionou 0
servico de engcnheiros (autorcs do trabalho) que em visila ao local encontrarat11
situacocs de fissuracao em praticamcnte todas as lajcs de sacada do edificio 0 que
gerou a necessidade da rcalizacao de um diagnostico para possiYcis intervenc6es A
Figura 25 apresenla a fachada do editicio Aniee Daher
Figura 25 Fachada do Edit1cio Anice Daher
Foram detectados dais problemas nas sacadas do edilicio lllll roi a fissurafao
entre as laje da sacHda e a vigas de apoio como mostra a Figura 26
figura 26 Fissuras Ila sacada do 1deg andar do cdificio
10
o Qutro problema encontrado rei 0 rotacionamcnlo da aje da sacada em relacao
it viga de apoio C01110 mostra a Figura 27 As causas dcstas manifestac6es patol6gicas
estao sendo estudadas para que se passa chegar a um diagnoslico
f-igura 27 Rotacionamcnlo da laje da sacada elll relaiao a viga de engasle
232 Acidcntes cstnllurais com marquises
a) Marquise do anlitealro dn Univcrsidade Estadual de Londrill3
Segundo Londrix (2006) de acordo com 0 relat6rio da Comissao no que se
refercm ao pr~ieto estrutural as principais falores que levaram ao desabamcnto da
marquise do Antiteatro do CESA toram t~lIlas de dctalhamento em pe~as estruturais
cia obra Alem disso naa foram consideradas corrctamcnte tadas as ronas atuantes na
cstrlltura C lambem houvc falhas de dimcnsionamcnto cm pccas estfutllrais
Em relaC50it cxecucao da obra hOllvc posicionamenlo illcorrcto e allscncia de
ancoragcm em armacuras algumas pccas loram cxecliladas em desconlormidade com
o projeto e 0 concreto utilizado nas peras aprcscntava rcsistencia inferior it
especificada c loram dctcetadas falhas de concretagcm em algumas pccas estruturais
Para a Comissao de Sinciicfll1cia 0 colapso da marquisc ocorreu devido il
somatoria dcsscs fatores Com relacao a manutencao da obra a Comissao nao detectou
f~llhasque pudcsscm provocar 0 desabamcnto Poi constatada a cxistcncia de aClllllulo
II
de agua porcm 0 volume annazenado na marquise nao represent8va lima carga
significativa para 0 dcsabamcnto da marquise do anfitcatro A Figura 28 Illostra a
marquise ap6s 0 colapso
Figura 28 Marquise cia UEL ap6s 0 colapso
b) Resumo de casos do colapso de marquises no Brasil
A Tabela I aprescnta um levalltamcnto de casos de dcsabamcnto de marquises c
eSlruturas simi lares no Brasil
Tabela 1 Levantamento de casos de desabamento de marquise e eslrulUras similares
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
CI-SA da UEI 2006 7 al10s2mortosc21 I~je sobre nlodrcnadac
Sill
-IIfCrldo~ vigtlCngaslada c(lrro~lo (ic
rmaduras
Bar Parada
Obrigal(lria- 2006 50allM3mortosc-l Corrosilodc
NlnuccJarado NDIltJ
Iridos armaduras
CorroSllodc
110lciCmadli 2007 40anns2111()rtoscl4
fcridosNlodcclantdo arnmdurll~C 3m
obrccarga
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
233 Proibi~ao da construcao de marquises na cidade do Rio de Janeiro
No dia 9 de n1ltro de 2007 fai estabelceido a Decreta n 2766307 que proibc
a conslrwao de marquises na cidade do Rio de Janciro Esta medida roi cstabclccida
apas a queda do -Iolel Canada em Copacabana Segundo Alencar (2007) a decisao da
Prcfcitura ocorreu scm qualqucr consulta aos argaos de representaltao dos cngenheiros
e arquitetos
De acordo com Alencar (2007) as marquises sao criadas para proteger a
transcuntc do sol e da chuva tanto quanta da eventual queda de objctos dos andarcs
superiores portanto sao parte rclcvante da arquitetura dos cdil1cios e ao contrario do
que parece ao exeeutivo municipal sao elementos de scguran~a da cdificacao estando
presentes nas cOllstrucoes ao lange da histaria das cidadcs
Nota-se na Tabela I que a maioria da rUlna de marquises como a Edit1cio
Canadl sao edif1cios considerados middotmiddotvelhos Estes edificios prccisam de maior
rreqiiencia de fiscalizaltao da prcfeitura para analisar a estrutura e maior freqiiencia
de mltUllllenltao pais quanta mais velhos sao mais susceptiveis a problemas
cSlrllturais
Alem da proibiltao da constru~ao de marquises 0 artigo 2deg do Decreto ndeg
2766307 trata que No licenciamento de obras de refonnas modificayao e
acrcscimos nas cdificacoes existentcs que possuam marquises construidas sobre
logradouros e areas de afastamenta fronlal devera ser exigida a demolicao das
I11csmasmiddotmiddot
De acorda com JUllqueira (2007) a redaltao do Art 2deg e inadequada Lcndo em
vista quc pllne a as proprietarios engenheiros c arquitetos par lima failla da
administrayao publica que nao promoveu uma vistoria adequada na marquise no hotel
cm Copacabana
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
14
3 PRINCIPAlS AGENTES CAVSADORES DE COLAPSO
Neste capitulo rai realizado um estudo a tim de dclcrminar quais sao os
principais agentcs callsadores de colapsos e maniresta~oes palol6gicas em sacadas e
marquises
Durante a clapa de concepVao cia cstrutura de uma sac ada Oll marquise ll1uitas
sao as Illhns possivcis de ocorrcr Elas podcll1 originar-sc durante 0 estuda preiiminar
(concep~50 c lan~amenlo cia estrutura) na execwiio do antcprojeto au durante a
elaboracao do projcto de exccwao
Na cxecucao podcm ocorrer falhas das mais divcrsas naturezas associadas as
caUSilS tao variadas COIllO a falta de condicoes locais de trabalho (cuidados e
mOlivacao) nao capacitacao profissional da mao-de-obra inexistencia de controlc de
qualidade de execu9ao ma qualidade dc materiais c compOI1Cnles irresponsabilidade
Iccnica e ate mesmo sabolagem (MA TrIE 2002)
Quando terminada a etapa de execu~ao da sacada Oll marquise llleSlllO que
tcnham sido executadas COIll qualidade adequada eslas estruluras podcm ler durante a
sua vida luil problemas patol6gicos por falta de manutcmao adcquada ou pela
lllilizayao crronea POI cxemplo uma marquise pode SCI projctada apenas para
protegeI os Iranseuntes e cobertura contra as ayoes de intcmpcrics (sol e chuva) c
quedas de objctos Porcm csta marquise pode SCI utilizada incorrctamcnle em lll11
carllava Oilde pessoas licam em cima dela c pulam 0 que pocic acarretar cm lUll
colapso devido a sobrecarga nao cOllsiderada durante 0 projcLO
31 ERROS DE PROlETO
Segundo Helene (1988) a maior parte dos problemas patologieos na Construyclo
Civil lem origem na ctapa de projeto - variando de 36 a 49 COilforme 0 caso
Segundo Molteu e Cnudde (1989) aplld Melhado (1994) lambem aponlam a
ligaltao entre erros de projeto e problemas patol6gicos (Figura 31) Segundo os
autores a rase de cOllcepltao e projelo e a principal origem de defcitos das constrwoes
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
15
participando com 46 do total das falhas Outra colocaltao feita por cles destaca 0 rata
de que apcnas 22 dos problemas ligam-se a fase de execultao
EXECU(AORAPIDA
5
OUTROS
4
15
MATERIAlS
46
CONCEPltAOE PROJETO
22EXECUltAO
Figura 31 Origcns de problemas patol6gicos das cdificacoes (Motteu e Clludde 1989
apud Melhado 1994
Conslata-se que as nilhHs originadas llllte-projeto cquivocado sao rcsponslvcis
pelo cncarecimcnto do processo de construcao au por tranSlornas relacionados autiliz3Cltlo da obra cnquanto as falhas geradas durante a rcalizacao do projeto
geraimcntc sao as responsaveis pela implantacao de problemas patol6gicos serios Os
problemas deslas fases podem ser lao diversos como (PIANCASTELLI 2004
DAIHA2004)
bull Lamamcnto inadequado a solucao estnllural pretend ida qucr par balan~os
exccssivltllllente gran des qucr por rcgi6es com esfor~os clevados
bull elemcntos de projeto inadequados (ma defini9iio das a~oes aluanles ou das
combina90cs mais desfavoraveis das Illcsmas nao considcra9ao de cargas quc
surgclll em fUIl9iiodo processo cxecutivo escolha infeliz do modelo analitico
elc)
bull falta de lima drcnagtm elicieJ1lCnas estruturas de sacadas e marquises
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
16
bull ausencia de impcrlllcabilizacao nas estruluras de sacadas e marquises as quais
podcm licar predispostas a patologias de corrosao
bull falta de compatibilizacao entre a eslrutura e a arquitetura bem como com os
dcmais projetos civis~
bull especilicacao inadequada de matcriais
bull delalhamcnto insuticienle ou enado por excmplo mi distribuicao cia annadura
(congestionamcnto )
bull cletalhes constnllivQs incxcqUiveis
bull falta de padroniza9ao das representacocs (convencoes)
bull erros de modelagcm carrcgamcnto c dimcnsionamento
bull falta de contrale cia lissuraltao e
bull faha de controle das deformacocs
Vale saJicntar que lim dos pontos que mais podem afctar a durabilidade das
estruturas de sacadas e marquises e 0 detalhamcllto das barras 0 projctista deve ter em
conta que a bam adcnsamcnto do concreto em especial do cobrimento dependc
dirct3mcIlle de bons afastamentos horizontais e verticais entrc as barras
Segundo Helene (1988) as falhas dc piancjamcnlo ou de projcto sao em gcral
mais graves que as falhas de qualidade dos l11ateriais all de 1118execu~ao l11otivopclo
qual e scmprc preferivcl investir mais tcmpo no delalhamento e estudo da cstrutura
que pOI falta de previsao lomar dccisocs apressadas a au adapladas durante a
cxecu~ao
32 ERROS DE EXECUcAo
321 Dispasicao incorrela das annaduras
Uma sacada Oll lI1na marquise sao estruturas em balanyo ou scja apoiados cm
uma cXlrcmidadc e OUlracXlrcmidadc livre Portanto sujeita a mom en loS negativos e
conseqiicntcl11entc as armaduras devcm estar dispostas na parte superior da lajc c viga
Estltlsarmaduras devcm scr cxccutadas com cuidado especial
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
17
o posicionamcnto incorreto das armaduras que se pode traduzir na nao
obscrvancia do correta esparamcnto entre as barras (em Jajcs iSla C l11uito cOlllum)
como sc ve na Figura 32 au no dcslocamcnto das barras de 390 dc suas posiyoes
originais l11uitas vezcs l11otivado pelo trflllsito dc opcnirios e carrinhos de mao por
cim3 cia malha de aero durante as opcrayoes de concretagcm - 0 que e praticamcntc
COlllum nas armaduras ncgativas das lajes (Figura 33) c podent seT critico 110Scasos de
balan~o 0 rccursa a dispositivos adequados (espayadorcs pastilhas caranguejos) efundamental para garantir 0 correta posicionamenlo das harras da armadura (LIMA c
PACI-lA2000)
fgt~Ii~lItlt1110 Irrfgllial+--t--I---t-----t- - _
r
I-j-- I
Figura 32 Espaamento irregular em armaduras de lajcs (SOUZA e RIPPER 1998)
IllHuhUlfUdui1
Iosil)((111111
Figura 33 Annadura ncgativa da laje fora de posirao (SOUZA e RIPPER 998)
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
18
322 Escoramcnto incorrcto
Muito cuidado precisa ser lomado quando se resolve cscarar lima marquise
Para isso nao se pade esquccer como lima marquise e armada e quais os csfonos
atuantes na meSilla 0 cscoramcnto isolado da ponta de uma marquise promovc lima
1lludanca no comportamcnta cstrulUral cia peca que neste caso passaria a trabalhar
COIllO lima estrutura engastltlda em UIlHl extremidadc e apoiada na culra
Essa Illudama de compOrlamCnlO pode levar a modilicacoes cOllsideniveis nos
diagralll3s de csfonos solicitantes na marquise como Illostra a Figura 34 e 35 Dcsse
modo na auscncia de dilculos cou verilicacoes que provcm 0 conlriuio a forma mais
correta de se rcalizar 0 escoramcnto de uma marquise c introduzir apoios ao longo dc
toda a sua ext ensao com escoras desdc sua extrcmidade ate 0 engastc (MEDEIROS e
GROCI-IOSKI2007)
Obviamcntc nao se podcm retirar prcmaturamcntc os escoramentos 0 que podc
resllitar em dclormalt6cs indescjiIvcis na cstrutura c em mllitos casas cm acenlLlada
lissuraltao Segundo Lima c Pacha (2000) a rClllo~ao incorrcta dos escoramentos
(espccialmente em baJanltoscasas em que as cscoras dcvem scr scmprc rctiradas da
ponta do balanltopara 0 apoio) 0 quc provoca 0 surgimento de trincas las peltas
como conseqliencia da imposiltaode comportamcnto estatico nao previsto em pr~ieto
(cstonos nao dimcnsionados)
Egtcilln do momenta 113)
Figura 34 Escala de momento scm escoramcnto (MEDEIROS c GROCI-IOSKI
2007)
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
19
E~C3Odo momento 111 I
Figura 35 Tipos de cscoramcnto em estruluras em balan~o (MEDEIROS e
GROCHOSK12007)
33 CORROSAO NAS ARMADURAS
o concreto devido a sua nalUral a1calinidadc proporciona ao a~o alem da
protcltao quimica (pH gt 12) a IIsica provcniente do rccobrimento da armadura
Talvcz pOl esse motivo acreditava-se que as obras conslruidas CIll concreto scriam
clernas Porcl11 0 alto submerso no concreto esui sujcito ao ataquc de agcntcs
agressivos causando problemas de corrosao (NOBREGA c SIL VA 2002)
Segundo Genlil (2003) et 01 Freire (2005) de uma forma gcral a corrosiio edefinida como scndo a dcterioraltao de lim material geralmcntc mClCilico par 3ltao
quimica au cletroquimica do meio umbiente aliada au nao a esfonos medinicos Em
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
20
alguns casas a corrosJQ pode scr admitida como scndo 0 inverso do processo
mClalurgico confonnc 1110slrat Figura 36 cujo principal objctivo e a extraltJo do
metal a partir dos sellS minerios au de outros C0l11p05t05
metlurgia
1111l1ermS metaiscOIo~fio
Figura 36 Proccsso de corrosiio
331 Tiros de corrosao
A corrosao pode classificar-sc segundo a natureza do proccsso e segundo sua
morlalogia Segundo a natureza do processo classifica-sc a carrosao em quimica c
elclroquimica
A carfasno quimica tambem chamada de corrosao seea pais ocorre scm a
presen98 de agua e ocorre por uma rearao gas-metal e resuita em lima pelicula de
oxido Este processo ocorrc em tcmperaturas elevadas C lim proccsso extremamente
lenta e nao provocltlm delcrioraltao substancial das superficies melllicas exccto se
cxistircm gases cxtremllmente agressivos na atmosfera
Segundo Helene (1986) este fcnomcno ocorrc prcponderanlemcnlc durante a
fabricalt3odas barras Ocorrc a formaltao sabre a supcrficie dc uma pelicula compacta
1I1liforll1cCpouco pClll1cavelpodendo ate scrvir de protecrao relatiya contra a cOllOsao
de natureza cletloquill1ica
Dc acordo COIll Polito (2006) a corrosno eietroquimica ou em meio aquoso
resulta-sc da formaltao de lima celuia de COflOSaocom eletrolito C ditercllca de
potencial entre pontos cia supcrfieie Se qualqucr um destes clementos for retiraclo ou
se nao hOllyer a cmrada de oxigcnio 0 processo c paraiisado
Na corrosao elclroquimica os elclrons moyimentam-se no metal pallindo das
regi6cs anodieas para as cat6c1icas c0111pletando-se 0 circuito cletrico atravcs do
eletr6lito que e lima solultao ionica (FREIRE 2005)
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
Segundo Gentil (2003) et af Freire (2005) a corrosao
annadura pode tcr (IS seguintcs rannas
bull corrosao unironne corfosno em toda a cxtCI1Saoda armadura quando
liea exposta ao mcio agressivo
bull corrosao puntifonne au por pite os desgastes sao localizados sob a
forma de pequcnas cavidadcs tambcm cham ados alvco105
bull corrosiio intragranular processa-se entre os graos dos crislais do
metal e quando os vcrgalh6es solrem principaimentc tcnsoes de
traltaopodclll fissurar ou fraturar perdendo a estabilidadc
bull corrosao lransgranular rcaliza-se iJ1lragdios da rcdc cristalina
podcndo levar it fialura da cstrutura quando houvcr esfonos
mcdillicos c
fragilizacao pelo hidrogenio corrosao originada pela lt1950do
hidrogcnio at6mico na sua difusao pel os vergalh6cs da annadura
propiciando a sua rragiliza~ao c em conscqUcncia a fralura
A corrosiio uniforl11c nao e lao prejudicial a estrulura pois cia oconc em loda a
cxtcnsao da barra ]a as qualro ultimas fonnas podcm ser extrcmamentc prejudiciais aestrulura de concrelo quando existcl11alt6es conjuntas de solicita~ao I11ccanica c mcio
corrosivo pois ocasionam a COITosao sob tcnsao fraLuramc podendo provocar a
ruplma da armadura
332 Corrosao das armaduras par c1orctos
AI-AMoudi c Maslehuddin (1993) aplId Dal Ri (2002) atirmmn que a corrosltio
das armaduras e dcvida principalmcnte aos ions cloretos e que as condicocs
agrcssivas do I11cio-ambicntc caracterizadas pOl elevadas tClllperaturas vltlrialtJode
umidade e prCSCllyltlde ions agressivos como sais de clorCLOe sulfato sao cntendidos
como principais fatorcs contribuintcs na deterioraltao da eslrulura de concrcto
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
22
Os clorelos podem ser encontrados nos concretos de duas fonnas como clorclO
livre soluvel Oll dissociavel na forma de ion na ilgua dos poros OLl como clorclO
combinado formando parle das rases hidratadas do cimento 0 primciro lrata-se do
clorcto realmcnle agrcssivo a armadura c 0 segundo geralmente se encontra
combinado na forma de cloroaluminato conhecido como sal de Friedel (OAL RJ
2002)
Delagrave el al (1996) apud Dal Ri (2002) descreve que os ions clorcto
normalmcnte penelram no concreto por capilaridade Oll difusao Elcs migram para 0
lt1CO dcstruindo a camada passivadora e podendo descncadcar 0 processo corrosivo
podendo interagir com alguns hidralos da pasta de cimento
As corrosocs devido aos ions de clorclo ocorrCIll principal mente em lreas em
torno do mar dcvido a prcseIl~a de cloreto de s6dio na atmosfera mas podcm ocorrcr
cm regioes continentais devido it contamina~ao de agregados Oll pcla 1I1ilizacaode
aguas salobras
Segundo Fortes (1995) apld Dal Ri (2002) U1nvalor mcdio aceito para 0 leor
de cloreto e dc 04 em relacao iJ massa de cimento ou 005 a 01 em rclacao il
massa do concreto Na America do Norte segundo Neville (1997) 0 ttor de clorelo no
concreto arm ado e fixado em 015 da massa de cimcnto
A NBR 6118 (2003) nao cspecifica 0 tear maximo de clorclo admissivel de
concreto apenas especilica que quando 0 risco de contaminacao por cloretos for alto
deve-se enquadrar esse trccho da estrutura na c1asse IV E 0 caso cia zona de respingos
de marc A NBR 6118 naG pennite 0 usa de aditivos con tendo clarcta na sua
composiciio em cstruturas de concrcto armado ou protendido
333 Corrosao das armaduras par carbonatacao
Segundo Polito (2006) nonnalmenlc a carbonatacao c condicao essencial para
o inicio da corrosao da armadura no interior do concreto A alcalinidade do concreto eobi ida principal mente pela prcscllca de Ca(OH)2 (hidr6xido de calcio) libcrado das
reac()csdo cimcnto e pode ser reduzida com 0 tempo
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
23
Os ConstilLlintes presentes na atmosfera que podcm causar a rcdu~fio do pi-I sao
o CO (gilS carbonico) 0 SO (dioxido de enxofre) e 0 HS (gas sulndrico) sendo que
o principal e 0 primciro dai 0 nome de carbonatarao (POLITO 2006)
Segundo Frcire (2005) a conseqUencia da carbonatarao e a redurao da
alcanilidadc do concreto dcvido a lixiviarao dos composlos cimcl1licios que reagcm
com as componentes acidos da atmosfera principal mente 0 dioxido de carbono (CO])
resllitando na fonna~ao de carbonatos e H20
Pelo fato do concreto ser um material poroso 0 CO2 presentc no ar penetra
com ceria facilidade atraves dos poros do concreto ate 0 sell interior Com isso
acontece 11 rearao do CO2 C0111 0 hidr6xido de caleio provocando a carbonatarao
(FREIRE 2005)
334 Fissurarao do concreto dcvido a corrosfio
A corrosao das armaduras e tim processo eletroquimico que provoca a
dcgradarfio (oxidarfio) do arOdo concreto Os fatores que afctam cste fcnol11cno estao
associados esscncialmcnte as earacteristieas do concreto ao meio ambicnle c adisposirao das armaduras nos componentcs estruturais arctados
Os danos causados pcla corrosao de armaduras geralmcnte manilestalll-se
atraves de fissuras no concreto paralelas it direrao do reforro dclaminarao cou
lascltlmento do cobrimcnto Em componentes cstruturais que apresentam lim elcvado
teor de umidade as primeiros sintomas de corrosao evidenciam-se par mcio de
manchas de oxidos na sllperncie de concreto
Os danos par corrosao podcm afetar a capacidade portantc dos componentes
cstruturais em fun9ao da perda de serao transversal das annaduras da perda de
aderencia entrc 0 a90 C 0 concreto e da fissura9ao dcstc Mcsmo assim a
dctcriorizaruo progrcssiva das cstruturas por corrosao provoca lascamcntos de
material que podcm eompromctcr a seguranra das pcssoas
A corrosao e lim processo que ocorre na fasc aquosa no caso de concrcto annado 0
fenomcno oconmiddotc na solu9ao cxistente nos poros internos
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
24
o fenomcno e obscrvado com frcqihl1cia em concretas de baixa qualidadc
claborados com altas rcacrocs aguacimcnto e por conseguintc que aprcsenta elevada
porosidadc assim como em componentes estruturais afetados por umidadc ou ciclos
de molhagcm (I-Iusni 8cnilz Manzelli Macchi Charreau Riselto Luco Guitelman
Morris 2003)
34 FISSURAltAO
As fissuras podcl11 ser consideradas como manifestaltocs patol6gicas
caracteristica das eslruluras de concreto Para que sc consiga identifiear COIll precisao
causa(s) c cfcito e necessaria dcsenvolvcr amilises consistentes que incluam a mais
correta dClcrmina~ao cia conligura~ao clas fissuras bem C0l110 da abcrtura cia extensao
e cia prorundidadc das meslllas
Ao se analisar uma estrutura de concreto que cSlcja fissurada os prill1eiros
passos a sercm dados consislcm na elaboracao do mapcamento das fissuras e em sua
c1assiticltHao que VCIll a ser definicao da atividade au nao das Il1csll1as Classificadas
as tissuras e dc posse do 111apeamcnto (Figura 37) pode-sc dar inicio ao proccsso de
detcrminacao de suas causas de forma a estabelecer as mctodologias c proccder aos
trabalhos de reeupera~iio ou de refor~o (GOMES el a 2007)
( )(1)- nu
~l q~~~~Itr~~~i~i2-(bmiddottnl5h
Figura 37 Mapeamento de flssuras (GOMES el a 2007)
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
25
a) Deficicncias de projelo
As falhas aconlccidas em projelos eSlrulurais pod em scr as mais diversas
assumindo correspondentes fissllras a con(jgura~ao propria ao tipo de cslono a que
eSlao submctidas
Tambcm nos casos em que 0 esfono predominante e compressivo seja em
situCHaode compressao simples ou de tlexao composta poderao ser desenvolvidos
quadros cle lissuralYaode alguma importancia
b) Conlra~ao phistica
Estc proccsso de fissuramcnto e mais comum elll superficies cxtensas com as
lissuras scndo Ilonnalmente paralelas entrc si fazcndo angulo de aproximalYao de 45deg
com as cantos sendo supcrpoundiciais na grande maioria dos casos (GOMES el a 2003)
c) Asscntamento do concreto - Perda de aderencia da annadunt
A fissura~ao por assentamento do concrcto ocorrc sempre que cstc movimento
ciamassa C i111pedidopeJa presenlfa de f6r111asou de barras
ciaarmadura scndo tanto maior quanta 111aiscspessa for a camada de concreto
As fissuras formadas pelo assenla111entodo concreto acompanham 0 desenvolvimcnlo
das armaduras e provocam a cria~ao do chamado dcito de parcde que cOllsistcm na
formacao de lim vazio por baixo da barra que reduz a adcnllcia dcsta ao concreto
Gomes el al (2003)
d) Movil11cn(a~ao dc formas e escoramenlos
Segundo Gomes el a (2003) 0 1110vimcnto de formas e escoramcnlos pode
acarretar cm
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
26
bull Delorll1a~fio accntuada da pe~a gerando aileracao de sua geomclria com perda
de sua rcsistencia e descl1voivimcnto de um quadro de IissLlracfio
bull Defonnacao das r6rmas por mall posicionamento por raha de fixacao
adequada pela existencia de juntas mal vedadas au de fenclas au por absonao
cia agua do concreto pennitindo a criacao de juntas de concretagem nao
previstas 0 que leva a lissuracao
e) Rctracao plflstica do concreto
Logo apos 0 adenSJmCnLO do concreto c acabamento da supcrficie do concreto
pode-sc obscrvar 0 aparecimcnto de flssuras na sua superficic Essa retracao plastica edevida a perda nipida de agua de amassamenlO seja por evaporacao seja por absorcao
Dal Molin (1988)
f) Reacoes cxpansivas
As rcacoes alcali-agrcgado podcm original lissuras dcvido a formacao de lun
gel expansivo dentro do concreto (PAULON 1981 apud SABBAG 2003)
g) Outras causas
I-In l11uitas Ol1lras causas que podcm c3usar lissuras no concreto como
bull Retralao lcrmica
bull Retrayao hidnllllica
bull Deformidade excessiva do concreto annado
bull Movilllentacao higrosc6pica
bull Atllacao de sobrccargas
bull Ilccalque de fundacao
bull Altcra~6cs quil11icas dos materiais de construcao
bull Corrosao nas armaduras (item 33 destc trabalho)
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
27
bull Dcsagrega~ao do concreto
bull Carbol1ala~ao do concreto
bull Dcsgaste do concreto
bull Outras causas
35 SOI3RECARGA
A aplica=ao de cargas nao previstas em projcto e l11uito comllm em lajes de
sacadas ou marquises antigas e pode ser tanlo um fator prejudicial a sua durabilidade
COIllO 0 proprio agente caLisador isolado da ruina da estrutura (MEDEIROS c
GROCI-IOSKI 2007)
Anomaiias rclacionadas as instalayoes de drcnagem de aguas pluviais sao
prejudiciais ao descmpcnho das estruturas de sacadas ou marquises uma vez que
atraves delas podcm ocorrcr em situa~ocs especilicas 0 ac(unulo de ilgll8 sabre as Jajes
das marquises c como conseqUcncia jl1lrodu~ao de sobrecarga excess iva (JORDY e
MENDES 2007) Estc acumulo de agua pode ocorrer quando 0 sistema de drenagcm
esta sub-dimcnsionado ou quando as tubula(ocs Cslao obSlruidas
Outra sobrecarga frcqUcnte acontcce quando muitas cmprcsas do ramo tendem a
tomar 0 caminho mais facil para a renova~ao dos sistemas de impenncabilizaltiio
vcncidos das marquises Ao inves de remover todo 0 sistema antigo juntamcnle COIll
sua argamassa de proteltaopara so entao aplicar a nova impermcabilizltl9ao instala-sc
o sistema novo sabre 0 antigo como cxempli1icado na Figura 38
Figura 38 Excmplo de camadas de sistemas de imperll1eabiliza~ao sobrepostas sabre
lajc de marquise (MEDEIROS e GROCI-IOSKI 2007)
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
28
o caso mais critico que Medeiros e Grochoski (2007) obscrvaram rai ullla
marquise com lajc de 7 em de cspessura com inll111CraScamadas de impermc(lbiiizaclt10
superposlas totalizando 56 CITI
ESlc tipo de ocorrencia se nao rei a unica c(Jusa mas roi um dos agravantes nos
casos do dcsabamcnto das marquises do editicio Terminus em 1992 e do Hospital
Municipal Barata Ribeiro em 1996 ambos no Rio de Janeiro
De acordo com Goncalvcs (2006) Lima marquise nonnalmenle e dimcnsiollada
para suporlar atem de seu proprio peso e do sistema de impermcabilizI(50 c
sobrecmgas leves decorrcl1tes de servicos de manulencao de sua superficie Nao
podcm em absolulO scrvir como area de cstocagcl11 do entulho de dcmolic50 de
be had as a menDS que csteja adcquadamente escorada
Segundo Medeiros e Grochoski (2007) outra fonte de sobrecargas em
marquises e a inslaialtao de equipamenlos C0l110 ar-condicionado enlre oulros e de
eslruluras sccundilrias C01110 ietrciros uma vez que l11uitas lojas lem marquises em sua
fachadltl Esta foi tunas dltls causas do desabamento da marquise do edificio Tavares no
Rio de Janeiro em 1995
Ainda sobre eSle aspecto e importanle salicntltlr que os esfonos do vento sobre
estes lelreiros sao transmitidos a marquise que pode ter Slla estabilidade 3mealtada
podendo vir a ruir Portanlo nao sc trata simpiesmente de suporte aD peso da cstnilura
do painel
Segundo Rizzo (2007) a instalayao de paineis publicitarios impoe uma carga
vertical decorrente do peso e lim esforlto de nexao dccorrente da forlta do vento
incidindo sobre 0 paine Via de regra esse ultimo aspecto e desprezado Mas veleiros
impulsionados pcla iorlta do vento Essa mesma forlta que move uma cmbarcaltao pode
derrubar llma marquise A Figura 39 mostra lima marquise deformada pela sobrecarga
de painel publicitario
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
29
Figura 39 Marquise dcformada pcla sobrccarga de painel publicilario (RIZZO 2007)
Outm tipo de sobrccarga em marquises frcqiiente em epocas de testa C0l110 0
carnaval ( a utiliza9ao das marquises como camarote Dc acordo COI11 Medeiros e
Grochoski (2007) as marquises 11aOsao projetadas para absorver 0 peso e 0 impacto
provocado por dczenas de pessoas pulando c danltando sabre cia Em Recife e
Salvador 0 pader ll1unicip(li tem um programa de inspcltaoe inlerciiltaodas marquises
da cidade na epoca do carnaval como ilustrado pclos trechos das materias
aprescntados a seguir
Outro caso que padc levar a sobrccarga e a falta de limpeza e de aplicaltao de
dcsJ110ldantes nas lonna5 antes da COllcrctagCI11 0 que acaba por ocasiollaf distonoes e
cmbarrigamcntos natos nos elementos estrulurais (0 que leva it neccssidade de
enchimCnlOS de argamassa maiores dos que os lIsuais c consequentcmcnte asobrecarga da estrutura) (LIMA E PACHA 2000)
A[em e1issoessas sobrecargas descritas podcm nao levar a estrutura aD colapso
mas poclem causar trincas e tissuras nas marquises 0 que pode favorccer a penetraltiio
de agua e agentes agressivos 0 que pode causar corrosao das armaduras c por
conscguinlc lcvar a eslrutura il ruina
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
30
4 METODO DE INSPE(AO DE SACADAS E MARQUISES
Neste capitulo foi desenvolvido um metoda de inspecao de sacadas e marquises
baseado em Illctodosiil existcntes
41 METODO DE INSPEltAo DE SACADAS E MARQUISES
Devido aD cenario de desaslres recenlc$ ocorridos com marquises e sacadas no
Brasil como cxposto anleriormcnle C de sum8 imporHincia 0 estabclecimento de
mcdidas C0111vislas it analise das rcais condj~6es de funcionamcnto das marquises
cxiSlentes Tais mcclidas visam 0 estabclecimento de um plano de mallulclHao
prevent iva c de providencias imcdiatas como H recupcracao coll refono cia marquise
(SOUZA e rERRARI 2007)
o metoda de inspecao de marquises e sacadas prop0510 abaixo roi claborado
ulilizando como base os melOcios de inspccao sugcridos pOI Jordy c Mendes (2007)
Gomes el af (2003) c Souza e rerrari (2007)
411 Dados cadastrais da edificacao
Primciramcntc dcverao ser obtidos os dados cadastra is da cdilicaCao os quais
sao
bull Nome da cdilicacao
bull Tipo de EdificaCao(comercial pilbJico residencial ou religioso)
bull Endcreco
bull Data da construcao
bull Nome do sindico ou orgao rcsponsavel pela obra
bull Agrcssividade do ambiclltc
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
31
412 Infonna~6es gerais
Tambem deverao ser obtidas informa~6es gerais como
bull Idcntiticayao da construtora
bull Identifica~ao dos projctistas cstruturais (as ITIcsmos deverao ser comunicados
sabre a inspe~ao da marquise)
bull CREA do Responsavel Tccnico da Marquise
bull Ulilizmao da cdificayao versus concep950 de projeto
bull Caracterizay30 da edificay30
bull Rcgistros de intervenyoes antcriorcs na marquise em avaliayao
bull Analise dos projetos da editicacao (projeto versus utilizayao da marquise)
413 Planta de situacrao cia marquise OLi sac ada
A marquise au sac ada em analise deve scr localizada em rclayao ltI cdilicacrao e
aos logradouros por meio da elaborayao de planta de SitU3950 Nessa planta devem ser
idcntilicados os posicionamentos de todos os seus elementos estruturais con forme el11os1rado na Figura 41 (JORDY e MENDES 2(07) Tambcm deve scI apresentado na
planta 0 indice cadastral da Prefeitura Municipal
Figura 41 Situaltao e elementos estruturais de lima marquise (JORDY e MENDES
2007)
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
32
414 Levantall1ento geomclrico dos elementos estJuturais de uma marquise ou sacada
Devera SCI obtida ill loeo a espcssura c a largura da marquise ou sacada eom
o lISO de trcnas pOI se tratar de um equipamento de facil manuscio c barato podcndo
tmnbem scr utilizado 0 tcodolito caso se tenha a disponibilidade do 111csmo Em
seguida dcvc-se rcalizar 0 mapea111cnloda ar111a~aoque consiste na obten~ao cia bilola
das barras de a~o existentcs e 0 rcspectivo espa~a11lento entre elas (GOMES el al
2003) A oblencJodestes dad os c de extrema impor1ltinda para verifica~6es estruturais
A rcprcsentacJo gcomelrica das peeras em concreto deve SCI rcgistrada em
descnhos em plama e cortes cspecificos como mostrado na figura 42
SE~AO TRANSVERSAL MARQUISE(DETAlHE T[P1CO)
_---1-v~yEtJampAlO TIICOI
I
lttl5Dn~1-1gt$[[~yen~~I~qEIgtp (poll
Figura 42 Gco111ctriados elementos cstrulUrais (JORDY e MENDES 2007)
Para detenninacao da malha de armadura diimctro das barms c cobrimento de
concreto das barras de concreto podc-se uti Iizar lllll metoda nao-dcstrutivo para isso
utiliza-sc 0 aparelho Pro(oll7erer 5+ (PROCEQ 2008) Segundo Gomes el al
(2003) a fUllcionamenlo deste aparclho consiste em percorrcr manualmente IOda a
area da marquise ou sacada a scr cstudada com um sensor que emite ondas disparalldo
um sinal sonoro ao detcctar 0 inicio e 0 tinal de barras de 8lt0 cxistentes
H~iLllll programa de cOlllputador da cmpresa PROCEQ fabricantc do aparclho
Prolomeler j+ que permite ao opcrador visualizar as resultados recebidas da
unidade de leillira de dados em formate grafico Oll l1u111cricodcssa forma permitindo
que elcs sejam editados para preparaerao de relat6rios ou para execuyao de amiliscs Oll
armazenados para utilizacrao posterior
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
33
Muilas vczcs sao inexislcntcs os projelOS especificnyocs c as plantas de fonnas
Oll de armaduras all diliculdadc financeira em fazer um cnsaio nao-destrutivo entao
se vcrilica a I1cccssidade a execu((ao de cortes no concreto para elucidaltao c
levantamento das scltocs de a90 assim C0l110 para vcrificayao de suas integridades c
cSlados de conservaltao I Figura 43 masLra a mcdirrao da scltiiotransversal de
armadura em viga de marquise
Figura 43 Mediltao da seltao transversal de annadura em viga de lTIltlrquise (JORDY c
MENDES 2007)
Ap6s isso as posiltoes de alt05 em relaltao IS pclaquoas estruturais de concreto
devcm scr registradas em plantas e cortes (Figuras 44 c 45) sendo subsidios para
erificaao cta estabilidade estrutural (JORDY e MENDES 2007)
Figura 44 Posiyao de armaduras em planta rcfcrida as pecas em concrelO (lORDY c
MENDES 2007)
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
34
=CI~~on[=[b~~~~~~gtIO=IB~middot~~omiddotliOltJ
VGAMSALAtJCOVTJLPoNTAtENTOGEOlETRICO(sEcAoTFWISERSALEBITOtAS E POiCIONAANTOOASAAMADJ~SESCAlAitO
Figura 45 Posicao de armaduras em corte rcferido as pcltasem concreto (JORDY c
MENDES 2007)
415 Verificaltao do sistema de drenagcm e impcrmeabilizacao
Devenl ser verificada a impermcabilizacao nas marquises as anomalias que
podcm ocorrer sao a auscncia de impenncabilizel(ao na partc superior da marquise ou
entao a sobreposicao de sistemas de impermcabilizaltao que podcm acarrctar em uma
sobrecarga Nas sacadas devcll1 ser verilicados as condiltocs do piso nonnalmente
cenlmico Clambcm as juntas destes
Segundo a NBR 95752003 a situaltao do sistcma de drenagcm de (iguas
pluviais dcve SCI vcrificada naa sOlllcnle em 1~ICC da capacidade de atcndimcnto ao
dimcnsiollHlllcnto hidnlulico mas lambem considerando as obstrucoes causadas per
sobrcposicocs nas impermcabilizaltoes junto aos ralos ou seja obslrucoes deSIes C0l110
mostrada na figura 46 dcvem ser coibidas
Figura 46 Obstrultoesno sistema de drenagem de marquises cm cClllros urbanos
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
35
416 Ensaio de esclcrometria no concreto
Segundo a NBR 75841995 0 ensaio de esclerometrico e um cnsaio que mede a
dureza supcrlicial do concreto forncccndo elementos para a avaliaYao da qualidade do
concreto endurecido
Gomes ef al (2003) propoe para detcc~ao das ireas de reboco ou cl11boYoque
aprcsclltel11patologias (deseoiamcnlo esboroamcllto pcrda dc adercneia cle) devcm-
sc realizar ensaios com um csclerol11ctro pcndular Sao escolhidos pontos aleat6rios na
marquise e realizadas tres I11edi~oes para cada ponto tomando-se como valor dc
mcdicao a media pondernda destes valores obtidos
Valorcs situados nUllla faixa fomccida pelo fabricantc indicam perda de
adcrcncia do embororeboco COI11 0 substrato cou a prcscnCa de alguma patologia do
genera ncccssilundo-sc de uma analise visual detalhada c dos rcsultados obtidos
quanto a corrosao das armaduras para se obter 0 diagnostico prcciso da palologia
existciltc
Com base nos dados obtidos antcrioflncntc os meS1110Ssao lancados na
Planilha de Calculo de Armacao da Marquise el11anexo onde a partir dos dados de
saida dcsta sera verificado se a marquise executada atcnde au nao as especifica~oes de
calculo de armacao
417 Avaliacao das armaduras com respcito as suas condicocs mccanieas e corrosao
Apes a cxecu~ao dos cortes no concreto devcm 5er vcrificadas as armaduras
expostas quanto as slIas integridadcs cstruturais iSlOC danos par diminuicao de sccao
resistente causados por process05 corrosivos como e 11105tradona Figura 47
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
36
Pthruia11perfitiJ1 ellOJ-ieio ~oLJ l
pt)~j~11 ill
bullbull~Irioo jlllltual) (gt11~1lt1t
Blnacb1r1IIIIU111J1olt
1l~plgluIIClInula~uIH1 fi(i1II~uxico A~o ~o
Figura 47 Verificaltao da integridade estrutural do 90 denlro de viga de marquise
(JORDY e MENDES 2007)
418 DClcfminaltao das alturas relativas
Gomes el 01 (2003) propos para a dClerminarao das alturas relativas quando
primciramcnte realiza-se tim reconhccimcnlo do objcto de estudo e proccdc-sc a
dcfiniltao dos pontos a scrcm avaliados Sendo que 0 I1lllnero de pontcs a sercm
avaliados e no minima de seis pOnies e nea a criteria do rcsponsilvcl pela mcdicao
acresccntar Quiros POlllOS que sejam relevantes para a avaliacao
Primciramcntc define-se 0 ponto de referencia que deve ser 0 primeiro ponlo
da esquerda proximo ao engasle da marquise Oll sacada tendo como refercllcia 0
opcrador estando de frente para a marquise Em scgllida passe~sc para a rase de
nivclamento do nivel de bolha do tripe Dcpois loca-se este ponto com relacao a
disliincia ate a parede de engastc da marquise au sacada e a extrcmidadc da mcsm3
Tendo estes procedimcntos anteriores sidos exccutados procedc-se para a rcalizaCltlo
da obtencao da leitura vertical com relaY3o a base do tripe situado 110 ponto de
rcrcrencia ate a superficie inferior da marquise
Tendo tenninado 0 procedimento quanl0 ao ponto de referencia parte-se para a
rcalizaYao das medicoes dos demais POI11OS prcviamcnte cstabelccidos sendo que 0
tripe do ponto de referencia pennallcce inalterado ate 0 termino do Irabalho e utiliza-
se 0 segundo tripe para a obtcncao de clados dos ouiros pOIHOS Nos oulros pontos
deve-se inicialmcntc rcalizar 0 l1ivelalllento do nivel de bolha do tripe
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
37
Em seguida coloca-se a nivel de Ires cixos perpendicularcs a laser para 0
nivclamcnto da base do segundo tripe Tal nivelamento c auxiliado por lima mira
(acess6rio do nivelador) anele 0 laser que se cnconlra instalado no tripe de referencia
que sera projetacio sabre a meSllla Depois loca-se estc ponto com relarao a distancia
ate a parcde de engaste cia marquise au sacada c a extrcmidadc cia mCSl11a Tendo estes
procedimcnlos anteriores sidos exccutados proccde-se para a realizarao da oblcn~ao
da leitura vertical com reiacao it base do tripe ate a slIperf1cic inferior cia marquise Oll
sacada
419 Quadro de Analise de Diterenas de Alturas
Atraves das ieiluras das alturas realizadas no item anterior obtc111-se as
difcrencas de desnivcl de todos as pontos em relaltao ao ponto de refercncia
Tal Icitura e importante para avaliar as diferellltas de nivel entre os pontos na
marquise tcndo como um limite maximo de desnivel a Ilccha admissivel calculada Epassive I vcrificar sc a dcformayuo da marquise au sacada eSHiocorrendo com maior
Oll menor inlensidadc em relayao ao senlido perpendicular ao cngasle au pmmiddotalclo a
cstc e aindn num scntido inclinado ao engaste (GOMES el al 2003) Por conseguinte
analisn-se a origem da deformaltrao da estrulura
4110 Avalialtao do leor de c1orelos
Sabc-se que em zonas costeiras normalmcnte tem-sc maior intcnsidade de
ataque de cloretos do que C111zonas distantcs do mar dcvido it prcsenltra de uma
concentracao grande de sais fla atmostera e isto favorece a corrosiio nas armaduras de
concreto Segundo Neville (1997) opud Silva el 01 (2006) os ciorclOs tambem podem
ser incorporados aD concreto atravcs de agregados coma minados uso de agua do mar
Oll agua salobra ou por aditivos de c1oretos acclerando assim a processo de corrosao
das armaciuras Portanlo a avalialtao do teor de c1oretos pode scr indispcnslvel e111
cidades litodineas como 0 Rio de Janeiro ande houvc muitos coJapsos com marquises
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
38
Existcm vlrios melodos para dctermina~ao do tcor de cloretos no concreto
como a gravimetria a lilulomClria a pOlcnciomctria c metodos microanaliticos como
a cromatogralia de ions Abaixo sent descrito 0 metoda da tituhHao potenci0111clrica
que c abordado por PEREIRA e CINCOTIO (2001) Este metodo foi comprovado
com clkiencia c contiabilidade por diversos autorcs para a delerll1ina~ao do teor de
clorctos no concreto
A titu]aC3o pOlenciomctrica e 0 metoda adotado pela ASTM para H
dClcrmimHao de clorcto total CIll concreto segundo a norma ASTM C 1152 (1999) c
do clorelo soltvel elll agua para cimento mas tambcm aplicavci para concreto Vale
salicllIar que CSlc metoda e utilizado pcla ABCP - Associacao Brasileira de Cimento
Portland e a IPT - Instituto de Pesquisas Tecnol6gicas do Estado de Sao Paulo
Dispondo-se de um potenciomelro a determimHao e leiLa com liln lmico
eletrodo indicador a qual dcpende do tipo de reaCaoenvoi vida Para a determinaltao
do clarcto a clerodo ell1pregada code prala-cloreto de prata (BASSETT ef 0 1981
apId PEREIRA e CINCOTTO 2001)
ESIC eletrodo constitui-se CIll lim lio dc prata ou de platina prateado por
deposito cletrolltico recobeno com lima fina pelicula de c1oreto de prata imerso em
lima solwao de cloreto de potassio de conccntracao conhceida elljo potencial lido
depende da coneentracao de cloreto da soillcao permitindo 0 sell acompanhamcnto ao
longo do tilUlailo (BASSEn ef ai 1981 apId PEREIRA e CINCOTro 2001)
41 II Avaliacao da corrosao por potencial cletrieo de scmipilhas
A avaliacao da carrosaa par potencial eielrico de semipilhas poden ser
rcalizado caso haja indicioscomprovacoes de corrosao nas armaduras para
dctcnninar as causas e par conseguinte aplicar 0 tratamento necessaria nestas
armaduras Casa OAgua (2006) descreve 0 metoda de avaliacao da corrosiio par
potencial cletrico de semipilhas os quais deverao scr atcndidos algumas
parliclliaridadcs
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo
RAUBER Felipe Claus Conlribuifoes ao projelo arquitel6nico de ediflcios em
alvenaria eSlrlllllral DissertHCaode meslrado UFSM-RS Santa Maria 2005
RIZZO Bruno E Marquises - wna abordagem teenico Rio de Janeiro 2007
SALES A T C Tratomel11o de fissures - Estru(uras de concreto armado Notas de
aula PUC-Rio Rio de Janeiro 2005
SOUTO flll-IO Marcello Varellu Modelagell1 J1lllmirica de reforfo eSlrwural em
vigas de COI1CrefOarmado Dissertu~ao (Meslrado em Engcnharia) PUC-Rio
DepartamcJ1Io de Engcllharia Civil Rio de Janeiro 2002
SOUZA V C M RIPPER T Palgia Recuperariio e Reorro de ESlrlllwas de
Concreto Edilora Pini Sao Paulo1998
66
SOUZA Rafael A de FERRARI Vladimir 1 InspefGo em marquises de pntdios
residel1ciais e cOlllerciais Arligo lccnico SECOVI-PR Curitiba 2007 Disponivel
em htlpwVwsecoviprcombrOl-sec-nol-csphtmlid=1733 Acesso em 4 de jun
2008
TOMAZELI A MARTINS F de C Recllperaccio de EslrUlllras Revista Concreto e
Constrwoes - IBRACON n 49 pg 13-20 2008
TROCONIS 0 ROMERO A ANDRADE c HELENE P DiAZ I Manllal de
il1Speccioll evaluacion y diagnosfico de corrosion en eslruclurQS de honlligon
arlllodo CYTED - Programa Ibcroamericano de Ciencia e Tccnoiogia para 0
Descnvolvimcnto Rcdc Tcmcltica XVB Durabilidadc da armadura - DURAR 1997
VEDAe)T Recllperofiio de estrllturas Manual Tecnico 2(Ed Sao Paulo 2007
39
a supcrficic do concreto nas regiocs onde sera fcito 0 teste naa dcvera
aprcscntar despiacamclltos ou trincas
bull Ii neccsslrio que haja continuidade ChLrica entre as barras das armaduras das
estruturas
bull 0 leste devera ser executado em lim dia considcrado lfpico Por excmplo evitar-
sc-a a situa~ao de eslruturas l1101hadas ou umidas devido a chuvas que tenham
caido na vespera
A analise C0111a scmi-pilha nos dii uma indicmao l11omcntclI1ca do equilibria
cxistcnte no cstado de corrosao ao lango das annaduras que l11uda elelivamentc it
mcdida que a umidade C Qutros fatorcs sao alterados Todo e qualquer proccsso de
corrosao dcOagrado ao lango das armaduras sent dctcctado pclos potenciais da semi-
pilha a nao scr que cste processo scja ainda 11111itoincipicnte Em eertos casos as
carepas de corrosao rormadas tanto de magnctita quanto hemalila (pois possucm
cslrulura de porus scmcihantes) formadio lim escudo ao circuilo cxislenlc impedindo a
medi~Jo dos pOlenciais Neste caso esla se medindo os pOlcnciais da magnetila que elim oxido eslavei iiudindo 0 operador da semi-pilha jl que os pOlcnciais deste metal
nno sugcrcm COITosao ESla situa~ao nao c lacil de ser observada Logo lorna-Sf
ill1porlame abrir middotjanelasmiddot de modo a checar 0 produto da corrosuo Naturalmcnle os
poteneiais lcvanlados variam de cstrulura para estrutllra e devcm ser avaliados
individuaimcilte
Quando se walia os eleitos da corrosao torna-se importanle analisar sua
reia~ao produ~aoqual1tidade dos produtos de eorrosao formados A umidade do
concreto c a possibilidadc haver surgimcnto de corrosao por pites au I11CSl110
gCl1cralizada ao longo da supedicic da annaciura poderao scr parciaimcnle
determinadas tanto pela analise das barras afetadas quanta pela resistencia elctrica do
concreto (resistividadc) Se estivesse analisando a condirrao de surgimenlo de corrosao
por pites dever-sc-~i considerar 0 historico as condi~ocs do ambiente 0 que podcr1 ser
reito tanto invcstigando a posslvel fonte de cloretos (ou 0 maior local de evidcncia) e
de Olltres contaminantcs como 0 nivel de l110lhagem do concreto
40
4112 A valiayao da carbonataltuo
Caso haja indicios de carbonataryao pode-sc avaliar a profundidade de
carhonataltao Dugalto (2006) dcscrcve um ensaio quimico COIll a ulilizayao de
fenolftaleina para dcterminar a prolhndidadc de carbonalacao
Para sc ter a medida de profundidadc de carbonalaltao c1eve-se cxtrair cia lajc da
111(]rquise au sacada lima amoslra Os testcl11unhos extraidos devclll scr conservados
rapidamcilte em recipientes cstanqucs com 0 menor conleudo passive] de ar
Ap6s isso rempe-sc 0 carpo de prova e em seguida cfeluar a Illcdida sabre a
(ratma fresca 0 mais rpida passive I pais as superficies expost as se carbonatam
rapidamcnte
Conscguida lima Cralura reecnle e ortogonal a superficic do componente de
concrcto pulvcriza-se uma solU(ao de fenolftaldna a 1 e csperara-sc par dais
minutos ate ser alterada a sua cor
Logo alterada a cor efctuar a mcdida com Ulll paquimetro com prccisuo de
milimetros e efetuar no minima 5 medidas em pontos difcrentcs e calcular a media
aritmetica para poder obler um rcsultado mais preciso
Dc posse as profundidades de carbonata~ao e os respectivos cobrimcntos
podc-se fazer Lllllgrafico com estes resultados A Figura 48 apresenta um cxcmpla de
Il1cdida dn profundidadc de carbonata9ao com paquimctro
Figura 48 Medida da profundidade de carbonata~ao com paquimetro (DUGATTO
2006)
41
4113 Veriticmao da cstabilidadc segundo NBR 6118 em fun~ao de cargas cxistcntes
Na analise estrutural da estabilidade de marquises ou sacadas devem scr
scguidas os preceitas da NBR 6118 (2003) eng lab and a as candiltoes ambientais
carregamentos aluantcs esquema estrulural gcolllctria dos elementos cstruturais
posicionamento e densidade das armaclunls analise de secoes resislenles avaliacao de
dclormacocs c con forme 0 casa anlisc dinmica (JORDY e MENDES 2007)
42 MANUTENCAo DE MARQUISES E SACADAS
Segundo Gomes et 01 (2003) as marquises dcvem ser projetadas calculadas
dctalhadas e conslruidas sob a consideracrao do ambicnlc que as envolvc
considerando-sc scmprc que devam tamar possive durante a sua vida uti 0
desenvolvimcnto cia mais apropriada manutcllyao 0 que implica poderem ser
comociamentc inspecionlveis
Par outro lado as pontos mais vulnenlveis clesta estrutura devem sempre estar
pcrfeitamente iclcnliticados lanto na fase dc pr~ieto quanta na de constnllao para que
scja possivel estabeleccr para estes pontos 1Il11 programa mais intensivo de inspeoes
C Lim sistema de manutcnao particular (GOMES el al 2003)
42
5 TECNICAS DE RECUPERAltAO E REFORltO DE MARQUISES E
SACA()AS
Neste capitulo forum eSludadas as tecnicas de recupem~ao e refono de
marquises C sacadas utilizadas atualmcnte a tim de se detcrminar qual a lccnica a ser
cmpregada em cada caso de manifestacao patol6gica
Apcs a inspccrao e realizado 0 parceer tecnico de uma marquise ou uma sac ada
COIll isso sao fornccidos subsidios para avalia~ao dcterminacao das causas e
diagnosticos que par conscguinte seni realizada a tomada de decisao quanta as
soU(6cs que podcrao SCf a rccupcra~ao 0 relono ou a demoli~ao da cslrutura de
marquise au sacada em anltilisc
Segundo Jordy e Mendes (2007) a rccupcracao sera indicada no caso de perda
de desempcnho por dimilluicao cia SCCao de ~uoOll de concreto (alcm de limites
considerados) motivados pur anomalias para rcstaurmao da capacidacle resistcnte cia
estrulura 0 rclorco cSlrutural sera indicado quando as sobrecargas permanenles ou
acidentais aluantes cstivercm alc~mda capacidade resistcnte da cstrULura
A dccisao por clcmolifao cleve ser considerada levando-se em conta custos para
rccuperacao Oll reforco versus custos para demolicao ou aspectos arquitctonicos ou
aspectos legais No caso de demoliyao da marquise e indicada a veriticacao da
cSlrulura na rcgiao de influcncia cia eslrutura dCl110lida(JORDY e MENDES 2007)
51INTERVEN(OES DEVIDO A ERROS DE PROJETO
Sabe-se que a maim parte dos problemas patol6gicos provcm de eITos de
concepfao e projeto Diagnosticar a manifcstacaa patal6gica deve-se lOmar llma
decisao no que fazer Devida a erros cle prqjeto podcl11 ser realizadas algumas
inlcrvencoes como
bull Limitacoes do usa ciaeSlrutura
bull Reparo cstrutural
bull Rcforco cstrutural
43
bull Dcmolicao da estrutura
A seguir e dcscrito uma abordagcm da necessidade de dcmolicao da estrutura
cm certos casos Rcparos e rcfonos estruturais estao dcscrilos nos prcximos tcpicos
eleste trabalho pais ccrios reparos e reforyos dcvido a erros de projeto silo scmelhantes
a rcparos c rcforCosdevido a patoiogias geradas na execlUiioau durante a vida (Itil da
marquise Ollsaeada
511 Dcmolicao da estrutura
Scgundo Gomes el al (2003) em muitas SiIU3yOCS uma obra de recuperacao ou
reorco exige que parte da eSlrlltura ou mcsmo que a estrulura C0l110um todo seja
demolida narlllaimente por not6ria incapacidade de reaprovcitalllento au par outro
lado ainda que cst~ia sa por nao cstar integrada J111111futuro processo de rcconstrll(ao
ou de mclhoralllento
I dClllolicao mais tradicional e a exccutada por martelos dcmolidares pesados
normailllcnte pneUlTIltlticos sendo muito COlllum a situacao de cxistirelll varios
lllartclos trabalhando em conjllnto rccebendo ar de um mesmo compressor que para
tanto cleve SCI eonvenientclllcntc climcnsionado (GOMES el al 2003)
52 INTERVENltOES DEVIDO A CORROSAO NAS ARMADURAS
521 Inibidares de corrosao
Inibidorcs de corrosao vem scndo usados C0l110metodo compementar de
protecao Sao adicionados na agua de amassamcnto dos concretos c argamassas de
cimcnto Ponland durante a cxeclIcao da estrutllra (LIMA et al 2001) Segundo
Maeder (1996) apud Lima el al (200 I) estes tambem podem ser lIsados em
argamassas de reparo para esiruturas em ambientes de alta agrcssividade como em
regioes litonineas all areas industriais
44
As argamassas de reparo exercem lima prote~ao indireta sabre 0 8tO
restabelecendo sua pelfcula passivaciora Sao geralmcnte constituidas por uma mistura
de agregados lines selecionados c um aglomcrantc cimcntante que pode scr organico
(aerilieo epoxieos poliuretano) ou a base de cilllento Portland (TROCONIS e1 al
1997 apud LI MA e1al 2001)
Os inibidores de carfasao cia armadura de concreto mais utilizados
comcrcialmentc sao a base de nitrito de caleio e nitrilo de sodio e os organicos
principalmcntc a base de aminas (FREIRE 2005) Os principais tipos de inibidores de
corr05ao sao
illibidorcs an6dicos aluam rctardando ou impcdindo a reaao no anodo
Rcagem COIll 0 prociulo de corrosao formado iniciaimenlc produzindo lima
c8macia adcrentc e insoilivel na supcrlicic do metal Ex hidroxidos
carbonatos silicatos boratos e fosfatos lerciarios de metais alcalinos
bull inibidores cmodicos que atual11 rcpril11indo as reafoes cat6dicas Mais
proprial11entc atuam impedindo a difusao do oxigenio e a condufao de elclrons
inibindo 0 processo calodico Ex Sulfatos de zinco de magnesio e de niquel
bull inibidores de adsorfao (mislos) funcionam como peliculas protetoras de
rcgi6cs cat6dicas e anodicas inlcrferindo na 39ao elctroquimica Ex coloides
aldeidos aminas compostos heterociclicos nitrogcnados polifosHItos e ureia
Nitrito de calcio
o nitrilo de calcio e LIm inibidor de carater an6dico que ll10difica as
propricdadcs quimicas nas sLiperlkies do a~o Dc forma gerai podc-se dizer que 0
nitrito de cilcioauxilia a pelicula passivadora a nao se dissolver para forma9ao de ions
complexos com as ions agressivos
Dc acordo eom Hcleba e Weil (1991) opud Freire (2005) 0 nitrito de calcio age
quimic3mente de Ires maneiras
bull oxidando os oxidos ferrosos a oxidos ferricos (passivayao)
45
bull 0 anion nitrito adsorve-se quimicamenle cl supcrficie do a~o lortalecendo a
c3mada de passivaltao e
bull dcfeitos na c3mada de passivaltao sJo revcstidos com ions nitrito existindo
en tao uma menor suscctibilidadc ao ataque por ions agrcssivQs
522 Emcndas nas annaduras corroidas
Um modo a corrigir certos tipos de corrosoes C executar emendas nas
arl11aduras corroidas Segundo Gomes el al (2003) para iSla e necessaria que 0
comprimenlo de emenda seja suficienlc para garantir que sejam transferidos para a
barra de complcmentaltao os esfonos que solicitam a barra corroida de forma que 0
trabalho soJidltlrio das duas cfetivamente se consolidc
53 INTERVENCOES DEVIDO A FISSURACAO DO CONCRETO
A fissura se caracteriza por lima abcrtura em linha irregular que contorna os
agregados graudos e tem como parametros de qllolificaYao a sua abertura media
profundidade extensao e distribuilao (DER-SP 2006)
Segundo Gomes ef al (2003) a tra1al11cI110dc PC9ltlSfissliradas est a diretamente
Jigado a perfcita idcnlifica91io da causa da lisstlraYaoall dito de Dutra forma do lipo
de fissura com que esta a lidar particularmenlc no que diz respeilo a atividade
(varia9ao de espessura) ou nao da mesma e da nccessidade au nao de se executar
relonos estrllturais
No tratamento de fissuras passivas a injecrao de resinas de cpoxi deve ser
executada quando existe lim problema estrutural onde 11 principal dcmanda c a
recllpcra9ao da correta c eficicntc distribui((ao das tOf9as dinamicas e a conscqUenle
protc9ao da armaclura contra a corrosao recuperando a cOlldi9ao de rigidcz C cSlatica
da cstrutura (CALDAS 2007) Vale salicnlar que as resinas cpoxi nOfmalmentc sao
mais resistentes que 0 concreto alcm de sercm aderentes ao concreto
No tratamcnlo de fissuras ativas deve-se prom over a veda9ao cobrindo os
bordos cxternos das mesmas c eventualmcnte prcenchcndo-as com material ellstico e
46
nao resistente (GOMES el al 2003) Para tratar este tipo de fissuras podem ser
utilizada a resina poliurctanica ou a resina acrilica
531 A Hcnica de injecao de fissuras
E a tccnica que garante 0 precnchimcnto do cspalto entre as faces cia fissura para
restabclecer 0 lllonolitisl11o da pclta Oll simplesmcnte vedar a pcnetrayao de
subs(incias prcsentcs no meio exlcrno
Segundo Gomes et al(2003) 0 processo de injeyao cleve obscrvar os seguintes
passos
bull abertura dos rums ao 1011g0 do dcscnvolvimento cia fissura C0111 diametro cia
ordc1l1 dos 10 min e nao mllito profundos (30 111m)e espaltamenlo entre 50 c
300 mm
bull exaustiva e conscientc limpeza cia fenda e dos furos com jatos de ar
comprimido e posterior aspirayao
bull os ruros sao fixados tubinhos plilslicos de diamctro men or que 0 da fura~ao
atraves dos quais serHOinjctados os produtos
bull a sclagclll entre os Curos e dos tubinhos c reita pela aplica~ao de uma cola
epoxidica bicolllponentc em geral aplicada com espMula ou col her de pcdreiro
bull antes de iniciar a injc~ao a eficicncia do sistema deve scr testada pcla
aplica~ao de ar comprimido Sc hOlvcr obslru~HO de um ou mais tubas ser1
indicia de que havenI neccssidade de rcduzir a espa~amento entre os furos
bull tcstado 0 sistema e cscolhido 0 material a injeyao pode iniciar tubo a lubo