Funções do omento maior Vasos e nervos do estômago ANA CAROLINA ANDRADE ABDOME
Funções do omento maior Vasos e nervos do estômago
ANA CAROLINA ANDRADE
ABDOME
O que é omento maior?
É uma prega peritonial proeminente que se
projeta para baixo como um avental a partir da
curvatura maior do estômago e da parte proximal
do duodeno. Após descer ela dobra-se para trás
e prende-se à face anterior do colo transverso e
seu mesentério.
FUNCÕES
Impede o peritôneo visceral de aderir ao
peritôneo parietal que reveste a parede
abdominal ântero-lateral. Ele move-se em torno
cavidade peritoneal com os movimentos
peristálticos das vísceras;
Ele próprio enrola-se em torno de um órgão
inflamado, como o apêndice, protegendo outras
vísceras;
Protege os órgãos abdominais contra lesão e
forma um isolamento contra perda de calor do
corpo.
Graças a sua capacidade de bloquear os
processos inflamatórios intra-abdominais, devido
à riqueza de suas células mesoteliais, de sua
mobilidade e de sua propriedade absortiva, o
omento ficou conhecido como o "guardião
abdominal”.
VASOS DO ESTÔMAGO As artérias gástricas se originam do tronco
celíaco e seus ramos.
Artéria gástrica esquerda: origina-se do tronco celíaco, corre no omento menor em direção à cárdia e depois curva-se para seguir ao longo da curvatura menor e anastomosar-se com a artéria gástrica direita.
Artéria gástrica direita: origina-se da artéria hepática própria, às vezes da hepática comum ou da gastroduodenal. Corre para a esquerda ao longo da curvatura menor para anastomosar-secom a artéria gástrica esquerda. Irriga a parte distal da pequena curvatura.
Artéria gastromental direita: artéria hepática comum vai dar a artéria hepática própria que sobe para o fígado, e a artéria gastroduodenal, que desce passando atrás do duodeno e vai dar a artéria gastromental direita (ou gastroepiplóica direita) que irriga a parte lateral direita (distal) da grande curvatura. Corre pela esquerda ao longo da curvatura maior para anastomosar-se com a artéria gastromental esquerda.
Artéria gastromental esquerda: origina-se da artéria esplênica. Segue ao longo da curvatura maior para anastomosar com a artéria gastromental direita.
Artérias gástricas curtas: originam-se da extremidade distal da artéria esplênica ou de seus ramos esplênicos e passam para o fundo do estômago.
As veias gástricas são paralelas às artérias em
posição e trajeto, e desembocam na veia porta
hepática.
As veias gástricas esquerda e direita drenam para a
veia porta do fígado.
As veias gástricas curtas e a veia gastromental
esquerda: drenam para a veia esplênica, que se une
à mesentérica superior para formar a veia porta do
fígado.
A veia gastromental direita esvazia-se na veia
mesentérica direita.
Veia pré-pilórica sobe acima do piloro em direção à
veia gástrica direita (cirurgiões a usam para
identificar o piloro).
Os linfonodos geralmente acompanham as artérias. Temos linfonodos gástricos esquerdos e paragástricos, gástrico direito, gastroepiplóico e esplênicos. E toda a drenagem linfática do estômago vai para os linfonodos do tronco celíaco.
Todos convergem para o Gânglio Celíaco (o principal) e depois para o ducto torácico.
Quando se opera um tumor gástrico, ressecar todos os linfonodos é difícil O sistema linfático anastomosa-se entre si, e a disseminação de tumores é grande.
Linfa dos dois terços superiores: drena ao longo
dos vasos gástricos direito e esquerdo para os
linfonodos gástricos.
Linfa do fundo e parte superior do corpo: também
drenam ao longo das artérias gástricas curtas e
vasos gastromentais esquerdos para os linfonodos
pancreáticos e esplênicos.
Linfa do terço inferior, dois terços direitos: drena
ao longo dos vasos gastromentais direitos para os
linfonodos pilóricos.
Linfa do terço esquerdo da curvatura menor drena
ao longo dos vasos gástricos curtos e esplênicos
para os linfonodos pancreático-duodenais.
NERVOS
O nervo vago faz toda a inervação
parassimpática das vísceras abdominais. O vago
direito é também chamado de vago posterior, e o
vago esquerdo é o vago anterior, são dois
troncos vagais.
Ao nível de junção esôfago-gástrica é possível
palpar o nervo vago. A importância do nervo vago
é, através da acetilcolina, aumentar a secreção
de ácido.
O nervo vago também aumenta o peristaltismo e
abre o piloro.
Suprimento nervoso parassimpático do
estômago: troncos vagais anterior e posterior e
seus ramos, que entram no abdome através do
hiato esofágico.
Tronco vagal anterior: derivado do nervo vago
esquerdo. Entra no abdome como um único ramo
que se localiza na face anterior do esôfago. Corre
em direção à curvatura menor, onde emite ramos
hepáticos e duodenais que saem do estômago pelo
ligamento hepatoduodenal. O resto continua ao
longo da curvatura menor, dando origem aos ramos
gástricos anteriores.
Tronco vagal posterior: é o maior, derivado do
nervo vago direito. Entra no abdome na face
posterior do esôfago e passa em direção à curvatura
menor do estômago.
Fornece ramos para as faces anterior e posterior do
estômago.
Emite um ramo celíaco que corre pelo plexo celíaco
e depois continua ao longo da curvatura menor,
Suprimento nervoso simpático do estômago:
segmentos T6 até T9 da medula espinhal. Passa
para o plexo celíaco através do nervo
esplâncnico maior e é distribuído através dos
plexos em torno das artérias gástricas e
gastromental.
ÚLCERAS GÁSTRICAS
A secreção de ácidos pelas células parietais do
estômago é amplamente controlada pelos nervos
vagos, por esta razão, a vagotomia (secção dos
troncos vagais no hiato esofágico), é realizada
em algumas pessoas com úlceras peptídicas
(lesões da túnica mucosa do estômago
comumente associados à presença de
Helicobacter pylori, para reduzir a produção de
ácido.
Existe muco revestindo a túnica mucosa,
separando as células do ácido. Mas, algumas
vezes essa proteção é inadequada e o suco
gástrico corrói a túnica, formando a úlcera. Se a
úlcera corroer as Aa. Gástricas haverá
Na vagotomia seletiva, retira-se parte nervosa do
estômago, mas os ramos vagais para o piloro,
trato biliar, intestinos e plexo celíaco são
preservados. Uma vagotomia das células
parietais tenta desnervar ainda mais
especificamente a área na qual as células
parietais estão localizadas, esperando afetar as
células produtoras de ácido enquanto poupa
outras estruturas abdominais supridas pelo nervo
vago.
Uma úlcera gástrica posterior pode erodir o
pâncreas através da parede do estômago,
resultando em dor referida no dorso. Em tais
casos, a erosão da a. esplênica resulta em
hemorragia severa na cavidade peritoneal.
Impulsos de dor provenientes do estômago são
conduzidos pelas fibras aferentes viscerais que
acompanham os nervos simpáticos. Este fato é
evidente porque a dor de uma úlcera peptídica
recorrente pode persistir mesmo após uma
vagotomia total, enquanto pacientes que tiveram
uma simpatectomia bilateral podem ter uma
úlcera peptídica perfurada e não sentirem dor.
OBRIGADA!