http://6cieta.org São Paulo, 8 a 12 de setembro de 2014. ISBN: 978-85-7506-232-6 ANÁLISE MORFOMÉTRICA E IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO IMBUIA EM TERRA BOA – PR Ricardo Henrique Bueno Universidade Estadual de Maringá- UEM [email protected]INTRODUÇÃO Este estudo abre uma brecha para questões pertinentes a gestão de recursos hídricos, bem como, Colavite (2008) considera que o estudo em bacias hidrográficas deve iniciar-se em sua estrutura física, ou seja, torna-se necessário estudar o tamanho, abrangência dos canais, importância e suas formas. Segundo a autora, as referidas informações obtidas pelo sensoriamento remoto e principalmente pela cartografia sistemática gerarão uma visão abrangente do todo, fornecendo informações confiáveis o suficiente para gestão dos recursos hídricos. Desta modo, objetivou-se neste trabalho, realizar a análise da bacia hidrográfica do córrego Imbuia correlacionando os parâmetros morfométricos com a fisionomia da dinâmica da paisagem, para identificação das áreas degradas na bacia em estudo, utilizando-se procedimentos cartográficos auxiliados pelas ferramentas geotecnologicas. Levantou-se os dados referentes ao local, tais como quantidade de canais, área de drenagem, coeficiente de compacidade, fator de forma, índice de circularidade, padrão de drenagem, comprimento total dos canais, densidade hidrográfica, textura da topografia e amplitude topográfica da bacia e assim, analisa-los por meio de cálculos específicos dos aspectos morfométricos e realizar mapeamento do local identificando quais são as possíveis potencialidades ou fragilidades existentes na área de estudo. Verificou-se na área da bacia, que a paisagem sofreu alterações ao longo dos anos, sendo que houve o crescimento da cidade de Terra Boa, criando novos conjuntos habitacionais que adentrassem a área da bacia. 4841
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ANÁLISE MORFOMÉTRICA E IDENTIFICAÇÃO DASÁREAS DEGRADADAS NA BACIA HIDROGRÁFICA
contendo as informações cartográficas da base (projeção, datum e meridiano de origem) e
as coordenadas que delimitam a área da bacia hidrográfica.
Para o georreferenciamento da carta topográfica abrangente da bacia
hidrográfica do córrego Imbuia necessitou-se realizar a transformação do tipo de arquivo da
referida carta (armazenada no computador em formato original JPEG). As cartas topográficas
encontram-se disponíveis para download no site do ITCG (Instituto de Terras e Cartografia e
Geografia).
Para a transformação de formato necessitou-se utilizar-se outro software, o
Microsoft Manager. Posteriormente, na extensão Imprima do SPRING converteu-se a carta
topográfica do formato TIF para SPG.
Posteriormente, com o arquivo da carta topográfica transformada para o
formato do SPRING e com a importação para o software realizada, digitalizou-se a área da
bacia e foram vetorizados também e ordenados no SPRING os rios que compõem a bacia de
acordo com o sistema de ordenamento dos canais proposto por Strahler. Os dados foram
armazenadas no BD de acordo com cada categoria utilizada para representar os planos de
informação (layers).
Para cada mapa criou-se uma categoria temática no SPRING, onde gerou-se as
matrizes dos mapas e o processo de acabamento dos produtos cartográficos se deu no
software Corel Draw X 4, em que foram organizados e finalizados.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os cálculos morfométricos da bacia hidrográfica do córrego Imbuia que é
afluente do córrego Azul e pertencente à bacia hidrográfica rio Ligeiro possuí uma rede de
drenagem composta por canais de terceira ordem, sua área de drenagem (AD) é de 4,203
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km² e seu perímetro (PE) é de 8,460 km, ou seja, seu tamanho é relativamente pequeno se
comparada a outras bacias hidrográficas de maiores extensões.
O comprimento total dos canais é de 7267 m, são cinco canais de primeira
ordem com 5741 m de comprimento na bacia do córrego Imbuia. Os canais de primeira
ordem são os com as maiores extensões como verifica-se na figura 2. Os córregos de
segunda ordem são compostos por dois canais e apresentam 1165 m de comprimento e por
fim o canal de terceira ordem é o menor com 631 metros.
Figura 2 – Mapa de Ordenação dos canais do córrego Imbuia
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Os resultados dos cálculos morfométricos da bacia hidrográfica do córrego
Imbuia estão apresentados na tabela – 1.
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Tabela 1 – Parâmetros morfométricos do Córrego Imbuia
De acordo com os cálculos realizados sobre a bacia hidrográfica do córrego
Imbuia, verificou-se que a bacia tende a ser circular, tendo o resultado do coeficiente de
compacidade = a 1,15, ou seja, próximo a 1 que é o resultado de uma bacia circular. Pelo
próprio mapeamento realizado na área da bacia, nota-se um padrão circular da mesma.
Simultaneamente, o índice de circularidade, foi de 0,738 o que indica a forma da bacia em
circulo, favorecendo inundações nos períodos de maior concentração de chuvas, por se
tratar de uma bacia com tendência circular, as chuvas são distribuídas igualmente ao longo
de toda a extensão da bacia. E como acontece no verão também, nesta estação do ano as
temperaturas são mais elevadas e a umidade relativa do ar também é maior, contribuindo
para maiores precipitações.
Vale destacar ainda que em bacias que tendem a circularidade de fato o canal de
ordem superior (neste caso 3ª ordem), se forma muito próximo ao exultório, por isso seu
comprimento é pequeno.
Quanto à densidade de drenagem, a bacia apresenta baixa densidade de
drenagem, com resultado de 1,36 km/km², Christofoletti (1969) destaca que valores menores
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que 7,5 km/km² apresentam baixa densidade de drenagem, valores entre 7,5 e 10 km/km²
apresentam média densidade de drenagem e valores acima de 10 km/km² apresentam alta
densidade de drenagem.
No caso da bacia do córrego Imbuia, esta apresenta uma baixa capacidade de
drenagem, com rampas longas e solos com muita infiltração, sendo também um dos
motivos pelo relevo ser pouco dissecado, apresentando formas suaves a onduladas.
A densidade hidrográfica é de 1,18, ou seja, pouco mais de um canal por km², ou
seja, 1 canal a cada 850 metros, como verificou-se nas visitas a campo, apesar da bacia ser
pequena, é bem ramificada com capacidade para gerar novos cursos d’água.
Para Colavite (2009) a rugosidade topográfica é resultado da multiplicação da
densidade de drenagem pela amplitude altimétrica, quanto maior a irregularidade do
terreno, maior será a rugosidade deste, neste caso obteve-se o valor 108,80, o que
corresponde a uma superfície de baixa irregularidade.
Em relação ao relevo, verificou-se a partir dos parâmetros morfométricos, pela
rugosidade topográfica que a área da bacia do córrego Imbuia possui uma superfície de
baixa irregularidade topográfica. A menor cota encontrada na área da bacia é de 480 metros
e a maior cota é de 560 metros ao longo de 2,561 km longitudinais.
A partir dos dados da altimetria, as cotas foram divididas em 6 faixas com
variação de 20 metros em 20 metros que forneceram base para a elaboração do mapa
Hipsométrico (figura 3). A faixa com maior representatividade é a ente as cotas de 500 – 520
m com área de 1251,200 m² e a faixa com a menor representatividade na área da bacia é de
540 – 560 m² com área de 432,875 m².
A área da bacia entre as cotas de 460 – 480 m é composta por um banhado,
relacionando-se área ao que já foi mencionado a respeito da forma da bacia favorecer a
ocorrência de inundações.
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Figura 3 – Mapa Hipsométrico da bacia do córrego Imbuia
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Em relação à declividade tem-se o predomínio de baixas declividades entre 06-
12%, o que caracteriza uma região com topografia pouco acidentada, de relevo suave e
suave ondulado. Apresentando baixa declividade nas áreas próximas as nascentes ao longo
da bacia (figura 4). Em razão da intensa exploração agrícola da bacia hidrográfica do córrego
Imbuia, encontram-se poucas áreas de vegetação original.
Ao longo do médio e baixo curso da bacia existe uma área de baixíssima
declividade, conforme Ross (2010) entre 0-06%, nesta região da bacia há o é caracterizada
pela vegetação de várzea e por ser uma área planície está sujeita as inundações nos
períodos de constantes chuvas.
Nas faixas hipsométricas entre 460-480m e 480-500m predominam áreas de
declividade baixa de 0-06%, a média entre 20-30%. E nas faixas hipsométricasentre500-520m
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predominam áreas de baixa declividade, entre 20-30%, nas faixas de 520-540m e540-560m
ocorrem pontos com declividade entre 30-45%, e com áreas com declividade média entre
20-30%.
A ocorrência de áreas com maior declividade próximo as vertentes dos canais
fluviais, verificando-se em alguns trechos dos canais faixas de declividade em torno de 30-
45%, principalmente no alto curso e no baixo curso da bacia, como pode-se observar pelo
mapa de declividade. (figura 4).
Figura 4 – Mapa de Declividade na bacia hidrográfica do córrego Imbuia
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O principal impacto ambiental verificado na bacia hidrográfica do córrego Imbuia
é a erosão do solo. Destaca-se que a área da bacia encontra-se localizada no substrato
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rochoso de Formação Caiuá, portanto, seu solo é bastante friável com textura arenosa, que
favorece a ação de processos erosivos. Aliado a maneira como se deu a ocupação e uso da
terra nesta área, verifica-se que a proximidade com o setor urbano acelera o processo de
erosão dos solos e quanto ao uso rural, verificou-se que este também contribuiu para o
aparecimento de ravinas, voçorocas e processos de escorregamento superficial ao longo da
bacia, especialmente associados às áreas de pastagem.
Como Guerra e Botelho (2006) afirmam, um dos processos que mais contribuem
para o aparecimento de feições erosivas em um determinado terreno está relacionado com
o manejo inadequado do uso do solo, muitas vezes associada à retirada da cobertura
vegetal o que leva ao aparecimento de processos de erosão por ação hídrica, como a erosão
laminar, causando o assoreamento do leito dos canais.
Com o crescimento urbano e o aumento das construções civis, o processo de
assoreamento dos canais do córrego é acelerado e conforme aumenta-se o número de
construções, tem-se a perda de solos permeáveis na área da bacia, próximo a este ponto,
verifica-se maior incidência deste processo de sedimentação do canal principal do córrego.
Observa-se que o gado bovino nas propriedades ao médio curso da bacia
procuram água diretamente no córrego e quando estes animais dirigem-se ao córrego para
dessedentação, estes caminham em grupo e acabam compactando o solo, provocando o
inicio dos processos de erosivos.
Um dos principais problemas referentes ao processo erosivo na área da bacia
está localizado em sua montante, próximo as nascentes do córrego Imbuia, área mais
próxima ao centro urbano de Terra Boa encontra-se uma voçoroca, causada pelas galerias
pluviais.
O local onde estão localizadas as principais nascentes do córrego e onde são
liberadas as águas das chuvas possui uma declividade média entre 20-30%. Gasparetto et
al(1995) destacam que áreas de declives e uso de pastagens são áreas de grande fragilidade
e que os processos erosivos são detonados pela abertura de construções de ruas e pelo
pisoteio do gado, bem como, apresenta-se no presente estudo. A figura 5 apresenta áreas
com processos erosivos, principalmente pelo uso inadequado da terra, e provocadas pelos
sistemas de drenagem e pelo pisoteio do gado.
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Figura 5 – Quadro de imagens na bacia do córrego Imbuia
Fotos: Ricardo Henrique Bueno
Como verifica-se na figura 5, a bacia apresenta sérios problemas com processos
erosivos, principalmente em decorrência do tipo de solo, ausência de vegetação ripária,
manejo do uso da terra de modo inadequado e proximidade com centro urbano. Na cena (A)
verifica-se o sistema de drenagem que deveria captar o escoamento superficial na área
urbana, porém, este sistema conduz a água da chuva com muita energia para a área da
bacia gerando voçorocas, cena (B), além de acelerar o processo erosivo, o sistema de
drenagem escoa também os sedimentos de construções contribuindo para o assoreamento
dos córregos.
A voçoroca é provocada principalmente pela água das chuvas que chegam até o
córrego com energia potencializada e pelo escoamento superficial de áreas
impermeabilizadas próximas a cabeceira de drenagem do córrego Imbuia.
Na cena (C) nota-se o processo de movimentação gravitacional de massa, em um
dos afluentes do córrego Imbuia, sendo possível verificar que algumas árvores que existiam
ali foram levadas pelo desmoronamento do solo, já a cena (D) apresenta um dos afluentes
do córrego Imbuia desprovido de vegetação ripária.
PONTOS DE COLETA
A figura 6 apresenta os pontos principais onde foram coletados dados a respeito
da bacia hidrográfica do córrego Imbuia. Destacam-se os quadros A e B, onde mostra-se as
classes de declividade e a imagem de satélite da área de estudo.
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O ponto 1 localizado sob as coordenadas de 23º 46’ 08,92” de latitude Sul e 52º
27’34,65” de longitude Oeste à direção Sul e apresenta o uso do solo naquele ponto, onde
existe um recente loteamento de terras urbanas.
No ponto 1 verifica-se o conjunto habitacional em expansão, o que levará as
construções até muito próximo do córrego, e como a declividade naquele ponto é média
surgiram problemas futuros relacionados a sedimentação do córrego e aos processos
erosivos, causando problemas para a população que ocupar estas áreas, podendo
prejudicar as estruturas das casas, causando inundações próximas a essas áreas.
No segundo ponto, como não existe vegetação ripária, o córrego está totalmente
desprotegido e consequentemente a ação deposicional age acumulando com maior
facilidade os sedimentos, causando deste modo o assoreamento do corpo hídrico, e desta
maneira, os próprios proprietários de lotes próximos a área podem se prejudicar com
ausência de água para o uso em suas atividades.
Figura 6 – Quadro de imagens dos pontos de coleta de dados da bacia hidrográfica do córregoImbuia
Foto: Ricardo Henrique Bueno
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A paisagem referenciada ao ponto 2 apresenta o canal principal do córrego
Imbuia localizado sob as coordenadas 23º 46’ 20,67” de latitude Sul e 52 º 27’ 35,17” de
longitude Oeste. Verifica-se pela carta de declividade que esta região possui declividade
média a forte e nota-se que o córrego está assoreado contendo sedimentos oriundos de
construções civis do centro urbano.
O ponto 3 apresenta um dos canais afluentes do córrego Imbuia assoreado
desprovido de vegetação ripária ao longo de seu curso. Este ponto localizado sob as
coordenadas 23º 46’ 04,78” latitude sul e 52º 27’ 59,45” longitude oeste.
O ponto 4 apresenta a jusante do córrego Imbuia e verifica-se nesta paisagem
existe uma área significativa de vegetação ripária em virtude da obrigação de áreas de
preservação permanente ao longo dos corpos hídricos, apesar de não ocorrer em toda a
bacia. Este ponto está localizado nas coordenadas 23º 46’ 44,16” de latitude sul e 52º 27’
59,45” de longitude oeste.
Verificou-se que na paisagem de toda a extensão da bacia hidrográfica que o
predomínio da pecuária, e cultura de mandioca, além da proximidade com área urbana do
município de Terra Boa, inclusive existe o sistema de drenagem urbana que despeja o
excesso de águas das chuvas no córrego.
Na paisagem do ponto 4 próximo a jusante do córrego é ainda um dos pontos da
bacia que encontra-se vegetação nativa em estado de conservação, sendo até dificultado o
acesso à área por conta da vegetação cerrada e densa. Portanto, considera-se o local de
maior preservação da área de estudo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio deste estudo, verificou-se que a bacia hidrográfica do córrego Imbuia
possui impactos ambientais provocados em grande parte pelo uso inadequado dos recursos
naturais pelo homem, destacando-se que a região onde localiza-se a bacia é de uma
fragilidade maior em decorrência do tipo solo e estrato geológico da área.
Dentre os principais problemas relacionados à bacia hidrográfica leva-se em
consideração a proximidade com o centro urbano e uso rural do tipo pecuária, onde os
animais provocam impactos ao longo da bacia, pelo continuo pisoteio.
Em relação às áreas de vegetação, estas são mais comumente encontradas
próximos aos cursos d’água como áreas de preservação permanente e em alguns casos
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constituídas de vegetação exótica como o Eucalipto (Eucalyptus globulus Labill) e em alguns
pontos, há a ausência total de vegetação, favorecendo a chegada dos sedimentos com maior
intensidade ao córrego, acelerando o processo de erosão das vertentes e de assoreamento
do canal.
Deste modo, considera-se fundamentalmente a elaboração de um plano de
manejo para a bacia hidrográfica, pois, constitui-se um recurso natural de grande valia para
o município, levando-se em conta as discussões geradas entorno da ausência de água
potável no futuro.
Destaca-se, a necessidade de projetos para recuperação e proteção das
nascentes que compõem esta bacia, bem como, a recuperação das áreas de preservação
permanente na área da bacia e trabalhos de sensibilização ambiental por parte da
população e produtores rurais que moram e utilizam os recursos da bacia hidrográfica.
Por ultimo, mas não menos importante, em relação aos sistemas de drenagem
urbana, estes devem possuir dissipadores de energia para que a água das chuvas cheguem
até o córrego com menor energia, evitando assim a aceleração dos processos erosivos,
principalmente nesta região, onde predominam solos de textura arenosa.
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