1 ANÁLISE FOLIAR E AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DAS PLANTAS Milton Ferreira de Moraes Técnico Agrícola, Eng. Agrônomo, M.Sc. e Dr. Curitiba-PR, 03 de setembro de 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SOLO 2 LITERATURAS B LITERATURAS BÁSICAS SUGERIDAS SICAS SUGERIDAS (1) FERNANDES, M.S. (Ed.). Nutrição mineral de plantas. Viçosa: SBCS, 2006. 432p. (2) EPSTEIN, E.; BLOOM, A.J. Nutrição mineral de plantas: princípios e perspectivas. 2.ed. Tradução: Maria E.T. Nunes. Londrina: Editora Planta, 2006. 403p. (2) MALAVOLTA, E. ABC da análise de solos e folhas. São Paulo: Agronômica Ceres, 1992, 124p. (4) MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C.; OLIVEIRA, S.A. Avaliação do estado nutricional das plantas: princípios e aplicações. 2.ed. Piracicaba: POTAFOS, 1997. 319p. (1) (2) (3) (4)
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ANÁLISE FOLIAR E AVALIAÇÃO DO ESTADO …nutricaodeplantas/anafoliar.pdf · 3 Justus von Liebig 1803 -1873 Desenho: Peres, L.E.P Lei do m ínimo de Liebig 4 Lei do m ínimo de Liebig
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1
ANÁLISE FOLIAR E AVALIAÇÃO DO
ESTADO NUTRICIONAL DAS PLANTAS
Milton Ferreira de MoraesTécnico Agrícola, Eng. Agrônomo, M.Sc. e Dr.
Curitiba-PR, 03 de setembro de 2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SOLO
NUTRINUTRIÇÇÃO MINERAL DE ÃO MINERAL DE PLANTASPLANTAS
FERTILIDADE DO FERTILIDADE DO SOLOSOLO
AVALIAAVALIAÇÇÃO DO ESTADO ÃO DO ESTADO NUTRICIONALNUTRICIONAL
FERTILIZANTES E FERTILIZANTES E CORRETIVOSCORRETIVOS
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ANANÁÁLISE QULISE QUÍÍMICA DO SOLOMICA DO SOLO
O que se faz normalmente paraO que se faz normalmente pararecomendar a adubarecomendar a adubaçção?ão?
77
PrPráática da adubatica da adubaçção ão -- perguntasperguntas:
O que? Qual elemento falta
Quanto? que dose usar
Quando? pré-plantio, plantio, cobertura
Como? Localização: solo ou folha
Com que? que adubo usar
Compensa? paga?
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“Adubação” começo – amostragem,continua com análise e correção de acidez e (NÃO) termina com a aplicação do adubo... diagnose foliar e produção.
Adaptado de: Soil Fertility Manual (2004)
99
�� PRINCPRINCÍÍPIOS:PIOS:Adubaçãocorreção
(solo e planta)
Adubaçãomanutenção
(solo e planta)
Faixa adequada
C M
Ren
dim
ento
rel
ativ
o. %
Muitobaixo
Baixo Médio Alto Muito alto
Nutriente no solo = mg/dm 3
100
80
60
40
20
1010
P Mehlich 1 P2O5 K trocável K2O S solo Smg/dm 3 kg/ha cmol c/dm 3 kg/ha mg/dm 3 kg/ha
≤ 3,0 90 - 100 ≤ 0,10 90 ≤ 2,5 60
3,1 - 6,0 70 - 80 0,11 - 0,20 70 2,6 - 5,0 60
6,1 - 9,0 50 - 60 0,21 - 0,30 50 5,1 - 10,0 45
> 9,0 50 - 60* > 0,30 40* > 10,0 30*
B no solo** B Mn solo*** Mn Zn solo*** Znmg/dm 3 kg/ha mg/dm 3 kg/ha mg/dm 3 kg/ha
< 0,3 1,5 < 15 6 < 3,0 6
0,3 - 0,5 1,0 15 - 30 4 3,0 - 7,0 5
> 0,5 0,5 > 30 2 > 7,0 4
Recomendação de adubação para soja – PR
(Solos argilosos - teor de argila ≥≥ 36%)36%)
Fonte: pouco modificado de Oliveira (2007); *Adubação pode ser calculada para repor a
exportação pela colheita; **Extração com Cloreto de Bário; *** Extração com Mehlich 1.
1111
Avaliação do estado nutricional das plantas
PrincPrincíípiopio:
Sabe-se que esse meio (o solo) varia durante um mesmo ano e mais ainda de um para outro. Não é por isso suficiente procurar, numa amostra de solo, levada ao laboratório e fixa nas suas características, a representação das probabilidades nutricionais de espécies vegetais muito diversas... (Maume, 1957)
1212
Avaliação do estado nutricional das plantas
� Diagnose foliar NÃO substitui a análise de solo;
�Relação concentração foliar x produtividade;
� Planta como extrator universal;
� Identificação de “fome oculta ou excessos”;
� Ajustes da adubação / recomendações (perenes);
� Permite calcular a exigência das plantas;
� Essencial para obtenção elevados rendimentos
(estudo em andamento - Palotina).
1313
Relação concentração foliar x produtividade
Fon
te:
Bata
glia &
San
tos
(20
04
) –
Com
un
icaçã
o p
ess
oal
1414
Relação concentração foliar x produtividade
Fonte: Malavolta (2006)
1515
Relação concentração foliar x produtividade
Fon
te:
Bata
glia &
San
tos
(20
04
) –
Com
un
icaçã
o p
ess
oal
1616
Planta - extrator universal ?!
O nível de nutrientes na planta é um valor integral de todos os fatores que interagiram para afetá-la durante seu desenvolvimento.
Deficiência de K: "creasing" (trinca no albedo)em laranja Hamlin causada pela falta de K oupela má assimilação em períodos de seca. Àesquerda, em cima, fruto normal.
Citros
Deficiência de P no fruto
Malavolta et al. (1994)
2929
Deficiência de K: queda de frutos Deficiência de Ca
Citros
Efeito da geada em plantas com K(à esq.) e com deficiência de K (à dir).
Deficiência de K (à esq. fruto normal)
Malavolta et al. (1994) 3030
MamonaLavres Jr et al. (2005)
Deficiência de N (à esq. folha normal)
3131
Mamona
Deficiência de N (à esq. folha normal)
Lavres Jr et al. (2005)
3232
Mamona
Deficiência de K (à esq. folha normal)
Lavres Jr et al. (2005)
3333
Mamona
Deficiência de Ca (à esq. folha normal)
Lavres Jr et al. (2005)
3434
Mamona
Deficiência de Mg
Lavres Jr et al. (2005)
3535
Mamona
Deficiência de S (à dir. folha normal)
Lavres Jr et al. (2005)
3636
3737
Diagnose visual - QUALIDADE
+ ENXOFRE- ENXOFRE
Fonte: The Sulphur Institute (1987)
a
b
Deficiência??
3838
Foto: Helton C Leão (2012)
Deficiência??
3939
Foto: Helton C Leão (2012)
Deficiência??
4040
Foto: Helton C Leão (2012)
Pêssego
Experimento Wilson – Mestrado Ci Solo UFPR4141
Pêssego
Experimento Wilson – Mestrado Ci Solo UFPR4242
Pêssego
Experimento Wilson – Mestrado Ci Solo UFPR4343
4444
Diagnose foliar� Recomendações resumidas para amostragem de
folhas diagnóstico
Cultura Época Recomendação Tamanho da amostra
Cafeeiro Verão 3º par de folhas a partir do ápice dos ramos
100 folhas em 25 plantas
Citros Verão Folhas geradas na primavera nos ramos com
frutos
100 folhas em 25 plantas
Cana Verão 20 cm centrais da folha +3 100 folhas, 1 por planta
Soja Florescimento 3ª folha na haste principal 30 folhas, 1 por planta
Fontes: Bataglia (1991) e Raij et al. (1997)
4545
Amostragem de folha no cafeeiro
Fonte: Oliveira (2004)
4646
Amostragem de folha na cana-de-açúcar
Fonte: Oliveira (2004)
4747
Amostragem de folha de milho
Foto: W.J. Melo
4848
ANÁLISE FOLIAR-Amostragem;
-No laboratório – LIMPEZA:
*Remover poeira, defensivos e adubos foliares
*Água detergente diluído a 0,1%
*Adubação com Zn, Mn, B – HCl 3%
* Perdas K
-SECAGEM: Temperatura 60-65ºC
MOAGEM: Amofariz, moinho
ARMAZENAGEM: frascos de vidro ou plástico
4949
ANÁLISE FOLIAR
DECOMPOSIÇÃO OU ABERTURA DA AMOSTRA
Via Seca
Via Úmida
*Sistemas Abertos
*Sistemas Fechados
5050
ANÁLISE FOLIARVIA SECA
Calcinação a temperatura de 500 ºC (lento)
Mufla ou forno micro-ondas
Dissolução da cinza em ácido forte (HCl, HNO3)
VIA ÚMIDA
HNO3, H2SO4, HClO4, H2O2
Destruição da matéria orgânica
HF, HCl
Dissolução de compostos inorgânicos (sílica).
5151
ANÁLISE FOLIAR
Fonte: Abreu (2003)
5252Fonte: Epstein & Bloom (2005)
5353
TABELAS PARA INTERPRETATABELAS PARA INTERPRETAÇÇÃO DO TEORES FOLIARESÃO DO TEORES FOLIARES
(1) RAIJ, B. van et al. Recomendações de Adubação e Calagem para o Estado de São Paulo. 2ed. Campinas: IAC/Fundag, 1996. 285p.
(2) RIBEIRO, A.C. et al. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5ed. Viçosa: CFSEMG, 1999. 359p.
(3) Manual de adubação e calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 10ed. Porto Alegre: SBCS-NRS, 2004. 394p.
(4) SOUSA, D.M.G. LOBATO, E. Cerrado: correção do solo e adubação. 2ed. Planaltina: Embrapa