ANÁLISE DE SÊMEN O Objetivo é demonstrar as características fisiológicas e anatômicas na formação do sêmen, sua análise e descrição baseadas em características físicas, químicas e microscópicas
ANÁLISE DE SÊMEN
O Objetivo é demonstrar as características fisiológicas e anatômicas na formação do sêmen, sua análise e descrição baseadas em características físicas, químicas e microscópicas
SÊMEN
É um líquido corporal viscoso ejaculado pelo pênis, sua composição é uma mistura de espermatozóides, secreções dos testículos, epidídimos, próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais.
PALAVRAS CHAVE
Sêmen
Espermatogênese
Canal Deferente
PALAVRAS CHAVE
Epidídimo
Próstata
Glândulas Bulbouretrais
PALAVRAS CHAVE
Testículos
Túbulos seminíferos
Vesícula Seminal
Espermograma
O SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Testículos
Vias espermáticas
Glândulas anexas
Pênis
SACO ESCROTAL
Assim como o pênis está localizado externamente ao corpo onde estão guardados os testículos
TESTÍCULOS
Os testículos possuem divisões chamados de lóbulos testiculares que podem chegar até 250 por testículo
TESTÍCULOS
VIAS ESPERMÁTICAS
É todo o trajeto percorrido pelos espermatozóides desde sua formação, armazenamento e ejaculação.
Trajeto: Túbulos seminíferos, epidídimo, canal deferente e uretra.
TÚBULOS SEMINÍFEROS
São estruturas dentro dos testículos onde são produzidos os gametas masculinos, o epitélio germinativo é constituído por células que estão se diferenciando para formar os espermatozóides.
EPIDÍDIMO
Tubo enovelado que se localiza na parte posterior do testículo
No epidídimo os espermatozóides são armazenados e passam pela fase de diferenciação
CANAL OU DUCTO DEFERENTE
Cada ducto deferente é uma continuação do epidídimo
O ducto parte do epidídimo entra na cavidade abdominal, contorna a bexiga e se liga ao ducto da vesícula seminal, formando o canal ejaculador, este por sua vez se liga a uretra
VESÍCULAS SEMINAIS
Localizada entre o fundo da bexiga e o reto, acima da próstata
Produzem o líquido seminal, um fluido viscoso que se mistura a outras secreções e aos espermatozoides para formar o sêmen. Junto com o líquido prostático funciona como fonte de energia para os espermatozoides
LÍQUIDO SEMINAL
Aminoácidos
Citrato
Enzimas
Frutose
PRÓSTATA
Próstata se localiza inferiormente à bexiga
Produz secreção prostática que é nutritiva para os espermatozóides.
PRÓSTATA
Enzimas
Fosfatase ácida
Ácido cítrico
Fibrinolisina
Antígeno específico da próstata
GLÂNDULAS BULBOURETRAIS
Glândulas BULBO-URETRAIS são duas e possuem o tamanho aproximado de um ervilha, localizadas inferiormente à próstata de cada lado da uretra
Têm como função produzir uma secreção mucosa lubrificante anterior a ejaculação, que também faz parte do sêmen.
GLÂNDULAS BULBOURETRAIS
Muco
Galactose
PÊNIS
É uma estrutura flácida, quando não estimulada, composto de três colunas longitudinais, duas de corpos cavernosos e um tecido esponjoso
PÊNIS
Tipicamente, 2-5 mL de sêmen são expelidos por ejaculação.
Cada mL de sêmen pode conter
300-500 milhões de espermatozóides
ESPERMOGRAMA
Análise do sêmen é indicada em casos de infertilidade, avaliação e controle do paciente pós-vasectomizado e avaliação de doenças testiculares e penianas sobre a espermatogênese
COLETA DO MATERIAL
A amostra deve ser coletada após um período de abstinência sexual de 2 a 5 dias. O paciente deve ser instruído para evitar perda de material, principalmente o 1º jato, que contém a maior concentração de espermatozóides.
COLETA DO MATERIAL
Se a abstinência sexual for superior a 5 dias, aumenta o número de formas imaturas, o número de espermatozóides mortos e o volume do sêmen; se a abstinência sexual for inferior a 2 dias, diminui o volume do sêmen e o número de espermatozóides.
COLETA DO MATERIAL
A amostra deve ser obtida por masturbação e ejaculada dentro de um recipiente de boca larga de vidro ou plástico.
Deve-se evitar temperaturas extremas (-20°C ou +40°C ).
COLETA DO MATERIAL
O frasco contendo a amostra deve ser identificado, contendo o nome do paciente, o período de abstinência sexual, data e hora da coleta, o nome do medicamento em uso.
COLETA DO MATERIAL
Duas amostras devem ser coletadas num período de 7 dias à 90 dias. Se o resultado dessas duas análises for discrepante, análises adicionais deverão ser realizadas.
COLETA DO MATERIAL
O ideal é coletar o material no laboratório, porém, se isso não for possível, a amostra deve ser enviada ao laboratório dentro de no máximo 1 hora após a coleta.
COLETA DO MATERIAL
Preservativos não devem ser usados na coleta, pois podem interferir com a viabilidade dos espermatozóides.
COLETA DO MATERIAL
No caso da realização de uma avaliação microbiológica, o paciente deve primeiro urinar e depois fazer assepsia das mãos e pênis antes de ejacular num frasco esterilizado.
COLETA DO MATERIAL
Quando houver dosagem de frutose no sêmen, o paciente deve fazer um jejum alimentar de 12 horas
EXAMES MACROSCÓPICOS
Liquefação ou coagulação
Volume
Aspecto
Cor
Viscosidade
pH
LIQUEFAÇÃO E COAGULAÇÃO
Após a ejaculação, o esperma transforma-secoágulos para facilitar a dispersão dos espermatozóides e protegê-los do contato com o pH vaginal ácido. A amostra seminal normal se liquefaz em até 60 minutos devido à ação das espermolisinas contidas na secreção prostática.
LIQUEFAÇÃO E COAGULAÇÃO
Colocar a amostra em uma estufa a 37°C e verificar de 5 em 5 minutos quando se inicia a liquefação, cronometrando, assim, o tempo que leva para uma amostra se liquefazer totalmente.
LIQUEFAÇÃO E COAGULAÇÃO
Ausência de coagulação: ausência de fatores de coagulação: agenesia ou obstrução dos ductos das vesículas seminais;
Ausência de liquefação: ausência de fatores de liquefação: agenesia ou afecções da próstata;
Liquefação parcial: deficiência de fatores de liquefação (próstata)
VOLUME
O volume seminal final é diretamente proporcional à quantidade de secreção da próstata e das vesículas seminais e glândulas, já que o volume proveniente dos testículos e epidídimo é reduzido
VOLUME
- Hipoespermia: vol. < 2,0 ml
Insuficiência ou ausência de abstinência sexual ;
Insuficiência vesicular (Clamydia ou Mycoplasma) ;
Baixos níveis séricos de testosterona;
VOLUME
- Hiperespermia: vol. > 5,0 ml
Abstinência sexual prolongada;
Tumores benignos ou malignos próstato-vesiculares;
VOLUME
- Aspermia: ausência de ejaculado
Agenesias;
Alterações no controle neurológico da ejaculação
ASPECTO
Deve ser analisado após liquefação por simples inspeção à temperatura ambiente.
ASPECTO
Amostra normal: aparência homogênea e opaca
Amostra anormal: aspecto heterogêneo por agregados protéicos de consistência firme e incolor: causados por períodos prolongados de abstinência sexual, diminuição dos níveis de testosterona, alterações nas concentrações de espermolisinas, processos inflamatórios genitais
COR
Normalmente o sêmen é branco-opaco. A presença de leucócitos em grande quantidade confere ao esperma uma cor amarelada, enquanto que a presença de hemácias confere uma cor avermelhada. Outras tonalidades podem se dar devido ao uso de medicamentos.
VISCOSIDADE E CONSISTÊNCIA
Estimada através de uma pipeta de 5 ml, deixando o sêmen sair da pipeta pela ação da gravidade e observando
VISCOSIDADE E CONSISTÊNCIA
Viscosidade Diminuída: a amostra se desprende da pipeta em gotas;
Viscosidade Normal: a amostra se alongará em filetes com menos de 2 cm;
Viscosidade Aumentada: a amostra se alongará em filetes com mais de 2 cm de comprimento.
PH
Medir o pH do sêmen através de fita de pH.
Valor Normal: 7,5 a 8,5
pH acima de 8,5: deficiência da glândula prostática
pH abaixo de 7,5: deficiência das vesículas seminais
EXAMES MICROSCÓPICOS
Motilidade
Vitalidade
Contagem dos espermatozóides
Contagem de leucócitos e hemácias
Morfologia dos espermatozóides
ESPERMATOZÓIDES
ESPERMATOZÓIDES
MOTILIDADE
A avaliação da motilidade deve ser realizada até 60 minutos após a coleta, observando os espermatozóides em objetiva de menor aumento, rastreando 8 a 10 campos para avaliar 100 espermatozóides obtendo a porcentagem
MOTILIDADE
Classificação
A-espermatozóides com motilidade rápida e progressiva (para frente);
B-espermatozóides com motilidade lenta e progressiva;
C-espermatozóides com motilidade não progressiva;
D-espermatozóides imóveis.
MOTILIDADE
VALOR NORMAL: Acima de 50% de espermatozóides em A + B
Acima de 25% de espermatozóides em A
Astenospermia: abaixo de 50% das categorias A + B
MOTILIDADE
Astenospermia extrínseca: devido a aumento da viscosidade;
Astenospermia intrínseca: nível baixo ou ausente de frutose
VITALIDADE
A vitalidade dos espermatozóides se reflete na proporção de espermatozóides que estão vivos
VITALIDADE
O resultado é expresso em % de espermatozóides vivos
Valor Normal: acima de 70% de espermatozóides vivos
Necrospermia: acima de 30% de espermatozóides mortos.
CONTAGEM DOS ESPERMATOZÓIDES
São contados apenas os espermatozóides maduros, com cauda
Contar em Câmara de Newbauer, ou lâmina de vidro
CONTAGEM DOS ESPERMATOZÓIDES
1:20 ou 1:200 sêmen + líquido diluidor
Resultado da contagem multiplica por 500.000
CONTAGEM DOS ESPERMATOZÓIDES
Valor Normal: acima de 20.000.000/ml
Oligozoospermia: quando o número de espermatozóides é menor que 20.000.000/ml
A oligozoospermia pode ser permanente e periódica
Causas: infecção do trato genital, anomalias cromossômicas, alterações hormonais e pouca abstinência sexual.
CONTAGEM DOS ESPERMATOZÓIDES
Azoospermia: ausência de espermatozóides no sêmen.
Causas: são as mesmas que causam oligozoospermia, além de agenesias gonodais
CONTAGEM DE LEUCÓCITOS E HEMÁCIAS
O procedimento é o mesmo para contar leucócitos/hemácias em Hematologia. Na diluição 1:200, multiplica-se o resultado por 500. O valor é expresso em mm³.
CONTAGEM DE LEUCÓCITOS E HEMÁCIAS
Leucospermia: valor de leucócitos acima de 5 por campo
Eosinofilia de até 25%: processos auto-imunes
Neutrofilia: prostato-vesiculites agudas
Linfócitos e Monócitos: processos crônicos
CONTAGEM DE LEUCÓCITOS E HEMÁCIAS
Eritrospermia (sem alteração da cor do sêmen) até 2 por campo,
Espermorragia (sêmen cor hemorrágica): processo infeccioso em atividade, neoplasias ou sinal precoce de hipertensão arterial sistêmica.
MORFOLOGIA DOS ESPERMATOZÓIDES
Espermatozóide normal: cabeça oval, o acrossoma ocupa uma área entre 40% - 70% da região cefálica, peça intermediária e flagelo normais.
Espermatozóides anormais: com defeitos na forma e tamanho da cabeça, defeitos na peça intermediária e com defeitos da cauda
MORFOLOGIA DOS ESPERMATOZÓIDES
Macrocéfalos : 15%
Microcéfalos : 10%
Bicéfalos : 05% Ectasias : 05%
Amorfos : 10%
Bicaudais : 05%
MORFOLOGIA DOS ESPERMATOZÓIDES
Valor Normal: acima de 60% de espermatozóides normais.
Teratospermia: acima de 40% de formas anormais.
FIM