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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE CINCIAS AGRRIAS E VETERINRIAS
CMPUS DE JABOTICABAL
ANLISE DE REMANESCENTES FLORESTAIS
NO MUNICPIO DE JABOTICABAL, SP
GUSTAVO FACINCANI DOURADO
Orientadora: Profa. Dra. Teresa Cristina Tarl Pissarra
Coorientadora: Ma. Beatriz de Oliveira Costa
Trabalho apresentado Faculdade de Cincias
Agrrias e Veterinrias - UNESP, Cmpus de
Jaboticabal, para graduao em AGRONOMIA.
Jaboticabal SP
1o semestre/2013
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I
Oferecimentos
UNESP, Cmpus Jaboticabal, ao corpo docente e administrativo, que
possibilitaram a
oportunidade de estudar em uma das melhores faculdades do
pas.
minha famlia, que mesmo nos momentos de minha ausncia dedicados
ao estudo
superior, sempre me auxiliaram na conduo das minhas atividades
para alcanar a
realizao de minha formao, visando meu futuro.
turma Agro 09, que me acompanhou durante o perodo de graduao,
convivendo juntos
os dias destes ltimos anos.
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II
Agradecimentos
A Jesus Cristo, sem o qual no haveria a possibilidade de
agradecer a mais ningum.
Aos meus pais pelo auxlio, pacincia, e exemplo de vida e
determinao, que tiveram
papel essencial para eu conseguir chegar at aqui.
Aos meus colegas de turma, pelo companheirismo e ajuda.
Professora Teresa Cristina Tarl Pissarra pela orientao e
disponibilidade para me
auxiliar no desenvolvimento deste trabalho.
minha co-orientadora Beatriz de Oliveira Costa, pelo auxilio na
confeco deste trabalho.
Aos funcionrios do Departamento de Engenharia Rural, Ronaldo Jos
de Barros e Izilda
Maria de Carvalho Mximo pelo auxlio no mapeamento das reas.
Aos professores e funcionrios do curso de Agronomia, que de
alguma forma contriburam
para a execuo deste trabalho e para minha formao como
profissional.
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III
ndice
1. INTRODUO
..................................................................................................................
1
2. REVISO DE LITERATURA
...........................................................................................
4
3. MATERIAIS E MTODOS
.............................................................................................
16
3.1. Caracterizao da rea de Estudo
..............................................................................
16
3.2. Metodologia
...............................................................................................................
18
4. RESULTADOS E DISCUSSO
......................................................................................
22
5. CONCLUSES
................................................................................................................
42
6. RESUMO
..........................................................................................................................
43
7. SUMMARY
......................................................................................................................
44
8. LITERATURA CITADA
.................................................................................................
45
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1
1. INTRODUO
Nos ltimos anos, tem sido verificada a ocorrncia da fragmentao
de remanescentes
naturais de florestas, o que um dos fenmenos mais marcantes e
graves do processo de
expanso da fronteira agrcola no Brasil, resultado da ocupao
desordenada da terra. Este
processo tem provocado impactos no meio e na qualidade de vida
da populao mundial.
Muito se tem discutido sobre questes ambientais e a necessidade
de recuperao de
reas degradadas, para evitar perdas dos recursos naturais. O
reflorestamento uma das
ferramentas utilizadas para a recuperao de reas que tiveram suas
vegetaes originais
removidas. Este processo realizado principalmente em reas nas
quais foram retiradas as
matas ciliares, bem como para a implantao de corredores
ecolgicos, no intuito de
estabelecer um equilbrio entre as espcies integrantes que ocupam
as comunidades e os
recursos naturais. Os corredores ecolgicos podem ser idealizados
nas zonas rurais entre as
atividades agropecurias para haver a conservao da
biodiversidade, o livre trnsito de
animais e a disperso de sementes das espcies vegetais. Isso
permite o fluxo gnico entre as
espcies da fauna e flora e a conservao dos recursos hdricos e do
solo, alm de contribuir
para o equilbrio do clima e da paisagem.
Os fragmentos florestais so reas de formao vegetal interrompidas
por barreiras
antrpicas ou naturais, inteiramente dominadas por rvores, de
estrutura complexa, que ainda
apresentam maior riqueza de espcies. So os menores elementos a
serem observados na
paisagem, mas formam uma unidade espacial importante a ser
estudada.
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As reas florestais desempenham papis importantes, como o de
direcionar a
circulao dos ventos; participar no controle do ciclo hidrolgico
local; favorecer a absoro
de gua da chuva pelo solo, diminuindo o escoamento superficial;
estruturar os solos,
minimizando o processo de eroso, evitando perda de solo,
assoreamento e contaminao de
rios com resduos qumicos e orgnicos de lavouras; e manter a
ciclagem de nutrientes, o que
traz incalculvel aporte fertilidade.
Essas vantagens ambientais favorecem diretamente os agricultores
e a sociedade em
geral. Os agricultores muitas vezes no percebem os benefcios
conseguidos com a
conservao da cobertura florestal.
A promoo eficiente de conservao e preservao florestal se
fundamenta na
anlise da estrutura da paisagem na qual os fragmentos florestais
esto inseridos. O
entendimento das relaes espaciais entre os fragmentos
florestais, das interaes e das
mudanas estruturais de uma paisagem, tem sido objeto de estudo
de diversas cincias:
Agronomia, Ecologia da Paisagem, Biologia, Engenharia Ambiental
etc.
Para o desenvolvimento das atividades na introduo do sistema
produtivo
agropecurio, necessrio compreender a paisagem para que as
atividades das prticas sejam
efetivas e causem menor impacto no meio. Assim, o estudo de uso
e da ocupao do solo
possibilita o entendimento das relaes entre o homem e o meio
natural, estabelecendo aes
de integrao entre gesto ambiental e planejamento
territorial.
O planejamento territorial, no que tange adequao ambiental de
propriedades rurais
uma atividade fundamental para a regulao do espao, e pode
auxiliar na minimizao de
impactos ambientais devido expanso das culturas, o que essencial
para a gesto e
preveno do meio rural.
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Uma das tecnologias disponveis para realizar a tarefa de
cadastro de reas nas zonas
rurais o sensoriamento remoto. A partir da anlise visual de
imagens orbitais possvel
realizar um mapeamento das unidades territoriais de conduo de
sistemas produtivos e reas
com vegetao nativa. Os sistemas de anlise so chamados de
Sistemas de Informaes
Geogrficas (SIG), os quais auxiliam na elaborao de mapas de uso
da terra no intuito de
facilitar a visualizao das reas que compem a paisagem.
Podendo-se, dessa forma, tomar iniciativas de ao e planejamento,
para indicar
respostas sobre planejamento regional e levantamento de recursos
renovveis, com a
finalidade adoo de medidas para mitigar os impactos decorrentes
da supresso florestal.
Com isso, h a preveno da extino da fauna e da flora local, e
auxlio no processo de
tomada de deciso, quanto formao de corredores ecolgicos e
preservao de
remanescentes florestais.
O objetivo deste trabalho foi analisar a representatividade dos
fragmentos florestais
no Municpio de Jaboticabal, para avaliar a quantidade, a forma e
as reas de remanescentes
de fragmentos florestais e apresentar um mapa da distribuio
espacial destes, no intuito de
coletar dados para elaborao de um diagnstico
conservacionista.
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2. REVISO DE LITERATURA
A anlise do uso da terra importante para verificar a estrutura
da paisagem no que
tange s alteraes do uso, a conduo das atividades antrpicas,
incluindo mudanas
climticas que interferem na vida do ser humano.
Segundo o conceito definido pela FAO (2013), Terra compreende o
ambiente fsico,
incluindo clima, relevo, solos, hidrologia e vegetao, na medida
em que estes so
potencialmente influenciados para o uso da terra. Ele inclui os
resultados da atividade
humana do passado e do presente e as caractersticas puramente
econmicas e sociais, no
entanto, no esto includos neste e fazem parte do contexto
econmico e social.
A unidade de mapeamento de solo uma rea mapeada de terreno com
caractersticas
especificadas. Unidades de mapeamento de terras so definidas e
mapeadas por
levantamentos de recursos naturais, por exemplo, levantamento de
solos e inventrio
florestal. O seu grau de homogeneidade ou de variao interna
varia de acordo com a
dimenso e intensidade do estudo (FAO, 2013).
A terra , portanto, um conceito mais amplo do que o solo ou
terreno. A variao na
paisagem muitas vezes a principal causa das diferenas entre as
unidades de mapeamento
de terra. Assim, necessrio definir a unidade territorial de
trabalho para anlise do uso da
terra. No entanto, a aptido dos solos para o uso da terra no
pode ser avaliada isoladamente,
e sim considerando outros aspectos como o ambiente e as aes que
ocorrem no meio.
A anlise do uso da terra envolve relacionar unidades de
mapeamento para
determinados tipos de uso. Os tipos de uso considerados so
limitados queles que parecem
ser relevantes em condies fsicas, econmicas e sociais que
prevalecem em uma rea. Esses
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tipos de uso da terra servem como objeto de avaliao do meio para
fins de estruturao da
paisagem.
Um fragmento florestal definido como qualquer rea de vegetao
natural contnua,
interrompida por barreiras antrpicas (estradas, culturas
agrcolas, etc.) ou naturais (lagos,
outras formaes vegetais, etc.) capazes de diminuir
significativamente o fluxo de animais,
plen e, ou, sementes (OLIVEIRA, 1998).
Os fragmentos florestais podem ser considerados como ilhas de
diversidade, por se
encontrarem desconectados de outras formaes florestais, e
cercados por diversos outros
usos da terra presentes na paisagem (GUARIZ, 2011).
A fragmentao florestal se d pela substituio de reas de floresta
nativa por outras
formas de uso da terra, deixando isoladas suas partes, com
consequncias negativas para o
conjunto de seus organismos. A fragmentao reduz a rea de
florestas, podendo resultar em
extino de algumas espcies (OLIVEIRA, 1998).
Dentre os problemas mais graves do processo de fragmentao
florestal esto: a perda
da biodiversidade e o efeito de borda, alm de distrbios do
regime hidrolgico das bacias
hidrogrficas, degradao dos recursos naturais e a deteriorao da
biodiversidade. A borda
do fragmento florestal a rea por onde se inicia a maior parte
dos processos fsicos e
biolgicos ligados fragmentao, demonstrando impactos negativos
como o aumento de
plantas invasoras, que abafa outras espcies vegetais de
importncia para a configurao e
longevidade do fragmento. Essas alteraes podem levar ao
isolamento de populaes e at
a extino de espcies, devido a perda de hbitat (GREGGIO et. al,
2009).
Interligando-se os fragmentos por meio de corredores de
biodiversidade, aumenta-se
o fluxo de animais e sementes e, portanto, a colonizao das reas
degradadas pelas espcies
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de plantas e animais presentes nos fragmentos florestais. Os
corredores devem atrair os
dispersores da biodiversidade, notadamente animais,
especialmente pssaros, mamferos,
insetos e anfbios.
Tambm se pode adotar o aumento da porosidade das paisagens, com
a adoo de
sistemas agroflorestais de alta diversidade e mosaicos de uso da
terra diversificados,
podendo-se obter resultados semelhantes e complementares aos
corredores.
A recuperao de fragmentos degradados, estabelecimento de
corredores florestais e
paisagens de maior porosidade, constituem-se num dos maiores
desafios para as atividades
de restaurao da biodiversidade em paisagens fragmentadas (VIANA
& PINHEIRO, 1998).
Os remanescentes florestais devem apresentar tamanhos que
permitam a existncia e
permanncia de todas as espcies ao longo do tempo, formatos que
impeam que o efeito de
borda os torne ineficientes, e se possvel, devem ser
interligados para haver o fluxo gnico
de um local para outro. Alm disso, a cobertura deve ser
localizada de maneira a evitar que
as guas superficiais sejam afetadas pelas reas de cultivo
(FLORIANO, 2007).
A rea dos fragmentos est relacionada com seus atributos
ecolgicos, especialmente
a diversidade de espcies. O grau de isolamento entre os
remanescentes florestais afeta o
fluxo gnico e, portanto, a sustentabilidade de populaes
naturais. A conectividade entre os
fragmentos florestais tende a diminuir em paisagens mais
intensamente cultivadas (VIANA
& PINHEIRO, 1998).
Os principais fatores que influenciam nas alteraes e interaes
dos processos
biolgicos das comunidades e a dinmica das populaes nos
fragmentos so tamanho,
forma, grau de isolamento, tipo de vizinhana e histrico de
perturbaes. Esses fatores se
relacionam com fenmenos biolgicos que afetam a natalidade e a
mortalidade de plantas
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como, por exemplo, o efeito de borda, a deriva gentica e as
interaes entre plantas e
animais. O efeito de borda o principal fator, pois ocorre no
ectone promovendo o aumento
da densidade e riqueza em espcie, mas em ambientes fragmentados
com intensa ao
antrpica, pode ocorrer um efeito inverso, com reduo na densidade
e riqueza em espcie,
assim como uma alterao na estrutura e dinmica das comunidades de
plantas (VIANA &
PINHEIRO, 1998; ALVES et. al., 2005).
Remanescentes sobre intenso efeito de borda podem sofrer, por
exemplo, com o
crescimento de cips que ficam na borda da mata, onde tm maior
rea para crescer e sufocar
as rvores, o que pode mat-las e destruir a mata em pouco tempo,
os animais ficam muito
desprotegidos de possveis predadores. Outro ponto a proteo de
nascentes, que ficam
sujeitas a secar (RESERVA LEGAL, 2011).
Os custos para recuperao variam de acordo com as prticas
utilizadas: aumento da
rea dos fragmentos, alterao na forma, estabelecimento de
corredores por meio de plantios,
plantio de sistemas agroflorestais ou reflorestamento na
bordadura, desenvolvimento de
programas de educao ambiental e vigilncia. A combinao desses
fatores resulta numa
matriz complexa, porm, com as principais informaes necessrias
para a tomada de
decises estratgicas (VIANA & PINHEIRO, 1998).
Os fragmentos florestais apresentam uma profunda relao com a
sociedade
envolvente e a tomada de deciso de proprietrios e trabalhadores
rurais um elemento
fundamental para a definio de uma estratgia para a conservao da
biodiversidade
(VIANA & PINHEIRO, 1998).
Cada propriedade rural tem a sua peculiaridade no quesito de uso
e ocupao do solo.
A adequao ambiental uma necessidade urgente para que cada
produtor tenha maior
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participao na conduo de sistemas produtivos dentro do contexto
da sustentabilidade
ambiental.
A aplicao da norma legal da Legislao Ambiental Brasileira cabe
ao dono da
propriedade.
O Cdigo Ambiental Brasileiro (Lei 12.651/12) determina que os
cursos dgua com
at 10 metros de largura devem ter APP correspondente a 30 m,
podendo esta superfcie ser
maior ou menor de acordo com o mdulo da propriedade rural e de
acordo com a Legislao
Ambiental Municipal.
A Legislao Ambiental entende que um estabelecimento rural
composto por trs
tipos de reas: rea de preservao (chamada de rea de Preservao
Permanente, onde no
permitido o uso direto); rea de conservao (chamada de Reserva
Legal, em que a
vegetao natural deve ser protegida, mas pode-se us-la de uma
forma sustentvel sem
prejudicar os recursos); e rea de produo.
reas de Preservao Permanente
As reas de Preservao Permanente devem ser protegidas e mantidas
com vegetao
natural. Os tipos de APP (Cdigo Florestal Brasileiro - Lei
Federal no 4.771/65) so:
Ao redor de nascentes ou olhos dgua;
Em topos de morros, montes, montanhas e serras;
Em encostas ou parte delas com declividade superior a 45;
Em faixas de terra que margeiam os rios (vegetao ciliar). O
tamanho mnimo exigido para
a faixa de vegetao ciliar varia de acordo com a largura do rio,
conforme a figura abaixo:
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Figura 1. Tamanho da faixa de APP em relao largura do rio
(Fonte: MIRANDA, 2009).
s margens de lagoas, lagos ou reservatrios de gua naturais ou
artificiais, a largura
depende da sua extenso (MIRANDA, 2009):
Tabela 6. Largura mnima exigida de faixa com cobertura vegetal
de mata ciliar em relao
extenso de lagos, lagoas e reservatrios de gua.
Lago, lagoa ou reservatrio
(zona rural)
Com menos de 20 ha 50 m
Com mais de 20 ha 100 m
Reservatrios artificiais at 20 ha 15 m
Represa de hidreltrica 100 m
Largura mnima de
faixa ao
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Fonte: MIRANDA, 2009.
Reserva Legal
A Reserva Legal uma rea de vegetao nativa que, deve ocupar pelo
menos 20%
do estabelecimento rural (Cdigo Florestal Brasileiro - Lei
Federal n 4771/65).
Ela existe para conservar e reabilitar processos ecolgicos e a
biodiversidade, bem
como para servir de abrigo e proteo a plantas e animais.
A Reserva Legal pode gerar renda para o produtor travs da
explorao sustentvel,
que garantida por um projeto tcnico de recuperao elaborado por
profissional habilitado,
sendo possvel fazer a extrao seletiva de madeira, de frutos,
leos, produzir mel, atividades
ligadas ao turismo rural, dentre outras, como formas de gerao de
renda.
Alguns dos benefcios ambientais com a presena de uma Reserva
Legal so o
aumento do nmero de polinizadores nas lavouras e o abrigo de
inimigos naturais das pragas
agrcolas, o que pode diminuir o uso de agrotxicos.
Alm dos ganhos ambientais diretos, h tambm benefcios financeiros
como:
Imposto Sobre Territrio Rural (ITR) mediante declarao no
Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente (IBAMA), possvel excluir as reas de Preservao
Permanente, Reserva
Legal e demais manchas de vegetao natural da rea da propriedade
que ser a base para o
clculo do imposto.
Explorao da Reserva Legal com a recomposio destas reas, h
possibilidade de
realizar plantios comerciais de espcies agrcolas e florestais
exticas em consorciao com
as rvores nativas. Desta maneira, na formao da mata, o
proprietrio pode explorar as
entrelinhas com produtos agrcolas comerciais, como abbora,
melancia, etc., formando um
Sistema Agroflorestal (SAF) e posteriormente iniciar o manejo
florestal de produtos
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madeireiros (extrao seletiva de madeira) e no madeireiros (ex.:
borracha de seringueira,
mel, frutos, leos, entre outros). A converso em pasto,
silvicultura ou rea agrcola
proibida.
Certificao de Produtos Rurais a certificao um processo voluntrio
em que
realizada uma avaliao da produo rural, por uma certificadora,
para verificao dos
cumprimentos de questes ambientais, econmicas e sociais da
propriedade rural.
Para obter a certificao, a adequao ambiental da propriedade em
que est inserida a
Reserva Legal exigida.
As principais vantagens da certificao so a diferenciao e a
valorizao dos
produtos agroflorestais no mercado, pois aumenta a credibilidade
junto aos consumidores,
atende a novas exigncias de mercado e aumenta o acesso a novos
mercados ambientalmente
e socialmente conscientes.
Uma propriedade que produz caf, por exemplo, possuindo a
certificao pode vender
seu produto no mercado interno e externo a um valor mais alto do
que o caf produzido sem
certificao.
O produtor pode certificar tambm os produtos agroflorestais
extrados da Reserva
Legal e consequentemente agregar valor a eles.
Pagamento por Servios Ambientais (PSA) servios ambientais so
iniciativas que
favorecem a conservao, manuteno, ampliao ou recuperao de
servios
ecossistmicos, como preservao, proteo e recuperao de florestas
nativas, adoo de
prticas de conservao do solo e da gua e de tcnicas de manejo
agroecolgico e aes para
a proteo e o manejo de fauna silvestre.
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As florestas e demais formaes vegetais naturais desempenham
papel fundamental
para garantir a qualidade e a quantidade de gua, por permitirem
a infiltrao da gua no solo
e protegerem os cursos dgua ao agir como filtros contra
sedimentos e poluentes, prestando
um excelente servio ambiental.
Outro servio ambiental a reduo de gs carbnico do ar, com a fixao
deste com
a realizao da fotossntese. Em vrios pases existem metas para que
as indstrias reduzam
a emisso de poluentes. Para alcanar essas metas, algumas
indstrias compensam a emisso
de poluentes, por meio da compra dos crditos de carbono das reas
com florestas em outros
pases, o que tambm passa a ser uma boa oportunidade.
Servido Florestal proprietrios que possuem mais de 20% de
Reserva Legal podem
averbar a rea remanescente como Servido Florestal e alugar para
outro proprietrio que
no tenha disponibilidade de averbar uma rea para Reserva Legal
em sua propriedade.
A Reserva Legal no deve ficar isolada na paisagem, preciso
interligar o mximo
possvel dos remanescentes de vegetao nativa de uma determinada
microbacia.
As APPs podem ser somadas nos 20% previstos para Reserva Legal
quando a soma
da vegetao nativa existente em APP mais a da Reserva Legal
exceder a:
25% da propriedade, no caso de pequenas propriedades (com at 30
hectares), em que o
proprietrio e sua famlia exploram a rea mediante trabalho
pessoal, e cuja renda bruta
familiar retirada da propriedade corresponda em pelo menos
80%;
50%, no caso das demais propriedades (RESERVA LEGAL, 2011).
Recuperao das reas de Preservao Permanente e Reserva Legal
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A recuperao deve ser feita por meio do plantio de plantas
nativas ou por
regenerao natural com isolamento da rea, de acordo com orientao
tcnica especfica de
profissionais habilitados (MIRANDA, 2009).
Locao da Reserva Legal na propriedade
Para se definir onde locar a Reserva Legal deve-se analisar
vrios itens, em que a prioridade
deve ser dada a:
vegetao existente;
proximidade de APP;
proteo das nascentes;
proximidade com outras Reservas Legais e manchas de matas;
vegetao que exera funo de preveno e controle de eroso;
classe de capacidade de uso do solo (solos fracos, pedregosos,
rasos, reas ngremes, ou
seja, reas de baixa produo agrcola);
proteo de vrzea (vegetao que fica ao redor de reas
alagveis);
sop e bordadura de cuestas (prximas a serra);
plano de bacia hidrogrfica ( o planejamento da regio onde a
propriedade est inserida.
Quem elabora o planejamento o Comit da Bacia Hidrogrfica);
Plano Diretor do municpio (so as regras para o planejamento do
municpio. No
planejamento algumas reas so destinadas conservao
ambiental);
zoneamento ambiental (algumas regies, tais como rea de recarga
de aqufero, cabeceiras
de bacias hidrogrficas, reas de mata nativa, etc., merecem maior
proteo ambiental que as
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demais. Sendo assim, os rgos ambientais elaboram leis especficas
que ordenam o uso do
solo para essas zonas);
proximidade com Unidades de Conservao (UCs) e outros espaos
territoriais
especialmente protegidos (propriedades que fiquem prximas aos
parques, estaes
ecolgicas, dentre outras);
reas de excepcional valor paisagstico ou protegidas por legislao
municipal (reas que
so eleitas pelo governo como belas reas e devem ser
preservadas);
reas prioritrias para incremento da conectividade (existe um
estudo que determina quais
regies no Estado so mais importantes para a formao de grandes
corredores ecolgicos).
Portanto, deve-se analisar se a propriedade no se encontra numa
dessas reas. Caso esteja,
deve-se estudar a melhor forma de locao da Reserva Legal, a fim
de se conseguir ligar os
capes de mata existentes na regio (Reserva Legal, 2011).
Grandes reas de florestas garantem a sobrevivncia dos vegetais,
dos animais e o
equilbrio do meio ambiente. Mas, com o desmatamento, essa
vegetao diminuiu muito,
existindo hoje apenas fragmentos de florestas, dos quais muitos
sem ligao uns com os
outros, o que impede que os animais se locomovam com liberdade e
que as sementes sejam
produzidas e espalhadas, afetando a preservao de plantas e
animais. (MIRANDA, 2009).
Um dos fatores que melhor explica a estrutura e a dinmica de
fragmentos florestais
o histrico de perturbaes, que inclui todas as atividades de
extrao vegetal e animal e o
processo de reduo da rea dos remanescentes florestais. O emprego
de um pequeno nmero
de espcies nos projetos de recuperao ambiental um dos problemas
srios para a
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restaurao da biodiversidade em reas degradadas pela ao antrpica
(VIANA &
PINHEIRO, 1998).
Da forma como so tratadas as propriedades rurais, estas esto
inadequadas. A cultura
popular deve adaptar-se para que tais propriedades possam ser
utilizadas de forma
sustentvel. O conhecimento necessrio para isso j existe, mas
deve ser desenvolvido e a
populao conscientizada de forma a se adaptar para poder evoluir
sem destruir
(FLORIANO, 2007).
O estudo dos fragmentos florestais em municpios importante para
se definir
programas de manejo e locar futuros corredores ecolgicos para
incrementar a fauna e flora
no s no municpio, mas tambm no Estado e na Federao (GREGGIO et.
al, 2009).
Com o sensoriamento remoto tem-se a obteno de imagens distncia,
sobre a
superfcie terrestre. O uso de imagens de satlite tem sido de
grande valia, principalmente
devido reduo do tempo de trabalho de campo e custos para este
fim. Estas imagens so
adquiridas por aparelhos denominados sensores remotos. Estes
sensores ou cmaras so
colocados a bordo de aeronaves ou de satlites de sensoriamento
remoto. O sensor a bordo
de um satlite, gera uma imagem; ao passo que uma cmara
aerofotogrfica a bordo de uma
aeronave, gera uma fotografia area (INPE, 2013).
Como ferramenta de anlise destas imagens, so amplamente
utilizados os sistemas
de informao geogrfica (SIG), que so tcnicas computadorizadas que
facilitam a anlise
das imagens de sensoriamento remoto, tornando-se essencial para
anlise do uso da terra,
porque tem a capacidade de caracterizar no espao e no tempo, os
padres de uso e cobertura
do solo, que so a base para posterior quantificao da estrutura e
definio dos padres da
paisagem (LUCAS, 2011).
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ArcGIS uma plataforma de anlise e mapeamento geogrfico, formada
por
programas informticos que constitui um sistema de informao
geogrfica. utilizado para
criao e gerenciamento de solues com a aplicao do conhecimento
geogrfico,
permitindo que seja executada uma anlise profunda, com maior
compreenso dos dados,
tomando-se decises de alto nvel (ESRI, 2012).
3. MATERIAIS E MTODOS
3.1. Caracterizao da rea de Estudo
O Municpio de Jaboticabal est localizado na regio nordeste do
Estado de So
Paulo, Regio Administrativa e de Governo, Municpios de Ribeiro
Preto, na Microrregio
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de Jaboticabal, com os municpios limtrofes de Guariba,
Taquaritinga, Monte Alto, Taiva,
Pitangueiras, Sertozinho, Barrinha e Pradpolis (Anexo I).
Este Municpio est localizado a uma distncia aproximada de 330 km
da cidade de
So Paulo, com posio geogrfica definida entre as coordenadas UTM,
longitudes 768.000
e 792.000 m E, latitudes 7.668.000 e 7.638.000 m N, MC 51oW Gr
(PISSARA, 2009).
A rea territorial total do Municpio de 706,602 km, com populao
de 72.305
habitantes na zona urbana, caracterizando uma densidade de
102,33 habitantes/km (IBGE,
2012).
Segundo a classificao de Kppen, o clima do tipo Cwa-
subtropical-mesotrmico.
A temperatura mdia anual na regio do ms mais quente superior a
22 oC e a do mais
frio inferior a 18 C. A precipitao mdia anual est ao redor de
1.424,6 mm.
Os solos predominantes no municpio so Latossolo Vermelho-Escuro
de fase
arenosa e Latossolo Roxo.
O relevo em grande extenso apresenta-se como suave-ondulado e
ondulado, com
altitude variando entre 465 e 685 m.
A cobertura vegetal natural predominante a floresta latifoliada
tropical e trechos de
Cerrado. Com o avano da monocultura, inicialmente pelo caf e,
posteriormente, por citrus
e cana de acar, houve excessivo desmatamento, restando poucas
reservas de mata nativa.
O Municpio de Jaboticabal est vinculado ao Comit de Bacias do
Rio Mogi-Guau
(CBH-Mogi), segundo a Diviso Hidrogrfica do Estado de So Paulo,
e por meio de suas
inmeras microbacias drena 100% de suas guas em redes de drenagem
que desguam no rio
Mogi-Guau. (GREGGIO et. al., 2009).
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3.2. Metodologia
No estudo para a anlise dos fragmentos florestais do municpio de
Jaboticabal foram
utilizadas imagens do Google Earth e do satlite LANDSAT 5
adquiridas pelo site do INPE
(Instituto Nacional de Pesquisas Espacias).
O reconhecimento da rea foi realizado no Google Earth, para
interpretao visual da
paisagem terrestre do Municpio, indicando os elementos ligados
topografia e solo,
retratando as condies do ambiente, para se formular medidas que
apontem alternativas para
a interveno do homem na paisagem (PISSARRA, 2004).
A vetorizao dos fragmentos florestais e da rea de cobertura
vegetal ao longo das
redes de drenagem do municpio de Jaboticabal foi realizada nas
imagens obtidas do Google
Earth, por meio da ferramenta Adicionar polgono ( ). Os polgonos
foram gerados ao
redor de cada uma delas. Dessa maneira, a imagem encontrada como
raster (com descrio
da cor de cada pixel), foi transformada em vetor (imagens
geradas a partir de descries
geomtricas de formas como pontos, curvas e polgonos). Cada
fragmento tambm foi
cadastrado com a ferramenta Adicionar marcador ( ), o que
permite uma melhor
visualizao geral.
A rea, o permetro e a localizao geogrfica de cada rea de
cobertura vegetal que
circunda as redes de drenagem, e de cada remanescente florestal
localizado foram gerados
no programa earthpoint (EARTHPOINT, 2013). As instrues para isso
so encontradas no
prprio site (em ingls), podendo-se escolher as unidades
desejadas para cada uma destas
medidas.
-
19
As unidades escolhidas para a medio de rea, permetro e localizao
geogrfica,
foram, respectivamente, hectares, metros e coordenadas em graus.
Os dados obtidos foram
exportados para planilhas do Excel, por meio de uma opo do
prprio site, com os quais
foram feitas as tabelas deste trabalho.
Os polgonos no Google Earth so arquivos Kmz (extenso .kmz), que
no so aceitos
pelo ArcGIS, desta maneira, para que estes sejam exportados para
o ArcGIS, foram salvos
como Kml (extenso .kml).
Os arquivos Kml foram passados para o ArcGIS pela ferramenta KML
To layer,
encontrada na aba ArcToolbox, menu Conversion Tools, item From
KML.
Ento, os polgonos foram carregados no ArcGIS, em que os
fragmentos e as reas
de cobertura vegetal ao longo da rede de drenagem podem ser
visualizados individualmente,
possibilitando estudos mais aprofundados.
O download da imagem orbital do satlite LANDSAT 5 foi realizado
no site INPE,
da rbita 220 e ponto 75 (quadrante 220/75), e sensor TM. A
imagem selecionada datada
de 15/06/2011, sendo a mais recente com ausncia de nuvens sobre
o municpio de
Jaboticabal, o que permite uma melhor visualizao, garantindo a
fotointerpretao.
O sensor TM do satlite LANDSAT 5 possui sete bandas, com numerao
de 1 a 7,
sendo que cada banda representa uma faixa do espectro
eletromagntico captada pelo satlite.
A resoluo geomtrica das imagens nas bandas 1, 2, 3, 4, 5 e 7 de
30 m, em que cada
"pixel" da imagem representa uma rea no terreno de 0,09 ha. Para
a banda 6, a resoluo
de 120 m, em que cada "pixel" representa 1,4 ha. A imagem
inteira do satlite representa no
solo uma rea de abrangncia de 185 x 185 km.
-
20
Neste estudo foram utilizadas as bandas 1, 2 e 3, para elaborao
dos mapas e as
principais caractersticas de aplicaes de cada banda so:
Banda 1 => intervalo espectral: 0,45 - 0,52 m. Apresenta
grande penetrao em corpos de
gua, com elevada transparncia, permitindo estudos batimtricos.
Sofre absoro pela
clorofila e pigmentos fotossintticos auxiliares (carotenides).
Apresenta sensibilidade a
plumas de fumaa oriundas de queimadas ou atividade industrial.
Pode apresentar atenuao
pela atmosfera.
Banda 2 => espectral: 0,52 - 0,60 m. Apresenta grande
sensibilidade presena de
sedimentos em suspenso, possibilitando sua anlise em termos de
quantidade e qualidade.
Boa penetrao em corpos de gua.
Banda 3 => espectral: 0,63 - 0,69 m. A vegetao verde, densa e
uniforme, apresenta grande
absoro, ficando escura, permitindo bom contraste entre as reas
ocupadas com vegetao
(ex.: solo exposto, estradas e reas urbanas). Apresenta bom
contraste entre diferentes tipos
de cobertura vegetal (ex.: campo, cerrado e floresta). Permite
anlise da variao litolgica
em regies com pouca cobertura vegetal. Permite o mapeamento da
drenagem por meio da
visualizao da mata galeria e entalhe dos cursos dos rios em
regies com pouca cobertura
vegetal. a banda mais utilizada para delimitar a mancha urbana,
incluindo identificao de
novos loteamentos. Permite a identificao de reas agrcolas.
A imagem orbital foi exportada para o ArcGIS pela ferramenta
Composite Bands,
encontrada na aba ArcToolbox, no menu Data Management Tools,
item Raster,
subitem Raster Processing. Tal ferramenta permite a criao de um
nico conjunto de
-
21
dados raster a partir de vrias bandas ou um subconjunto de
bandas. Desta maneira, foi
formada uma imagem com a composio RGB (Red Banda 1, Green Banda
2, Blue
Banda 3).
Por georreferenciamento, constatou-se que os polgonos criados no
Google Earth,
transportados para o ArcGIS, coincidiram com os fragmentos e
reas de cobertura vegetal ao
redor da rede de drenagem, encontrados respectivamente na imagem
orbital.
No site do IBGE fez-se o download do shape (arquivo digital que
representa uma
feio ou elemento grfico, seja em formato de ponto, linha ou
polgono e que contm uma
referncia espacial (coordenadas geogrficas)) do Estado de So
Paulo, e no ArcGIS, na
tabela de atributos, selecionou-se o Municpio de Jaboticabal
(polgono) delimitando a
cidade.
Com a ferramenta Extract by Mask, possvel recortar/extrair
reas
individualizadas da imagem, por meio da seleo destas. Esta
ferramenta encontrada na aba
ArcToolbox, no menu Spatial Analyst Tools, item Extraction, e
foi utilizada para
extrair da imagem orbital o Municpio de Jaboticabal.
Com a separao espacial do Municpio, foi realizada em seguida com
a mesma
ferramenta, a extrao das reas demarcadas pelos polgonos
representantes dos fragmentos
florestais e das reas de cobertura vegetal ao longo das redes de
drenagem.
Os mapas foram elaborados no ArcGIS com a localizao e
caractersticas especficas
dos fragmentos, necessrias para realizao do diagnstico
ambiental, como rea e permetro.
Com os valores de rea e permetro de cada fragmento florestal,
foram determinadas
as caractersticas correspondentes forma de cada fragmento com
base no ndice de
-
22
circularidade ou da relao borda/interior, pela seguinte equao,
conforme se segue
(CHATURVEDI, 1926):
Em que: IC = ndice de circularidade; A = rea do fragmento, em
ha; e P = permetro do
fragmento, em m.
O fragmento apresentar tendncia forma arredondada, quando o
valor do ndice de
circularidade (IC) for prximo de 1. medida que este se distancia
de 1, tem-se um
fragmento alongado.
Como ferramenta de trabalho utilizou-se a planilha de clculo
Excel para Windows.
4. RESULTADOS E DISCUSSO
Com as anlises realizadas no Google Earth e no ArcGIS 10, foram
observados 140
fragmentos florestais, com rea total de 922,07 ha, e permetro
total de 133.199,25 m (Anexos
II e III, e Tabela 1).
Nas tabelas seguintes podem ser observadas a rea e a localizao
dos fragmentos
florestais do municpio de Jaboticabal, Estado de So Paulo.
-
23
Tabela 1. rea e localizao dos fragmentos florestais do municpio
de Jaboticabal, SP.
Nome rea (ha) Localizao
F1 11,62 -2116'57.5723", -04819'57.8258"
F2 7,73 -2117'42.9486", -04817'34.9832"
F3 1,91 -2117'17.5128", -04817'32.9421"
F4 1,95 -2116'49.7692", -04818'19.6919"
F5 0,45 -2116'53.7168", -04818'27.9456"
F6 0,85 -2116'59.9924", -04818'29.0926"
F7 0,67 -2116'59.4296", -04818'34.7793"
F8 2,09 -2116'48.4463", -04819'20.1664"
F9 5,47 -2115'23.3110", -04818'30.5960"
F10 13,52 -2117'07.7014", -04810'33.1952"
F11 1,34 -2114'41.8399", -04826'04.1507"
F12 22,34 -2114'52.0452", -04816'03.6356"
F13 8,04 -2114'14.3128", -04814'43.5180"
F14 2,99 -2114'13.8230", -04814'31.3461"
F15 34,56 -2114'11.9851", -04813'26.4466"
F16 15,46 -2114'58.2236", -04814'22.0565"
F17 51,01 -2114'54.3725", -04809'07.0844"
F18 0,53 -2119'26.7186", -04813'03.0779"
F19 1,09 -2117'47.4427", -04815'23.0925"
F20 2,02 -2117'34.6453", -04814'47.2069"
Continua...
Continuao da Tabela 1:
-
24
Nome rea (ha) Localizao
F21 15,70 -2119'29.2721", -04817'48.5257"
F22 5,60 -2119'33.6984", -04818'01.9485"
F23 1,93 -2119'05.2279", -04818'23.8529"
F24 1,35 -2120'57.3777", -04817'15.6137"
F25 1,06 -2120'09.2814", -04817'30.6506"
F26 4,19 -2120'49.6883", -04817'43.3987"
F27 3,49 -2119'53.3560", -04819'34.6079"
F28 4,19 -2120'01.9246", -04819'43.8982"
F29 3,16 -2118'59.3375", -04820'27.2185"
F30 7,76 -2118'47.0093", -04821'35.6896"
F31 7,69 -2119'06.2253", -04822'52.1514"
F32 1,96 -2117'45.2025", -04821'54.0063"
F33 1,12 -2117'28.9070", -04822'21.9445"
F34 9,99 -2117'28.9070", -04822'21.9445"
F35 0,53 -2117'22.1191", -04822'00.2490"
F36 1,09 -2117'16.0614", -04821'45.8017"
F37 8,89 -2118'13.5201", -04819'47.0617"
F38 1,66 -2118'16.5748", -04819'21.0570"
F39 2,10 -2118'24.0520", -04817'41.3161"
F40 1,67 -2118'29.5132", -04817'47.9154"
F41 1,29 -2118'09.8936", -04818'20.0682"
F42 3,00 -2117'11.8548", -04815'57.8318"
F43 1,50 -2119'05.5017", -04825'11.6141"
F44 0,47 -2118'48.3180", -04825'26.8242"
F45 1,26 -2118'16.7411", -04824'57.0235"
F46 7,89 -2117'40.3901", -04824'44.1806"
F47 1,89 -2116'23.0604", -04823'15.0398"
F48 0,44 -2115'02.8338", -04824'20.1339"
F49 11,00 -2116'16.4155", -04822'47.4966"
F50 7,66 -2114'17.4473", -04820'14.5910"
F51 13,23 -2116'15.0837", -04821'23.9560"
F52 1,31 -2116'07.6322", -04821'24.9319"
F53 0,71 -2115'56.4907", -04821'07.6205"
Continua...
Continuao da Tabela 1:
-
25
Nome rea (ha) Localizao
F54 0,20 -2116'10.3029", -04815'07.4509"
F55 0,75 -2117'49.0236", -04815'49.6459"
F56 0,93 -2115'24.2704", -04815'43.2118"
F57 8,31 -2112'26.5620", -04826'21.6108"
F58 0,40 -2118'38.2670", -04824'36.6155"
F59 1,05 -2111'36.2077", -04825'04.8851"
F60 1,46 -2110'53.4573", -04823'23.8992"
F61 35,89 -2109'30.4485", -04821'47.8215"
F62 8,20 -2104'36.4010", -04817'01.3497"
F63 2,52 -2106'18.9342", -04816'39.4663"
F64 2,06 -2105'42.0500", -04815'52.6756"
F65 1,54 -2105'55.1516", -04811'54.6202"
F66 29,53 -2106'20.6736", -04812'09.6682"
F67 26,86 -2106'44.2399", -04812'37.8093"
F68 0,28 -2116'44.0811", -04813'29.6585"
F69 13,75 -2107'12.3309", -04812'58.5277"
F70 21,57 -2107'23.2595", -04813'13.6461"
F71 10,41 -2106'47.3524", -04813'05.9153"
F72 15,27 -2107'19.0875", -04811'48.0226"
F73 21,25 -2107'31.9978", -04812'03.0790"
F74 2,53 -2107'48.3011", -04812'47.2687"
F75 1,03 -2114'13.0863", -04821'31.9578"
F76 0,69 -2113'03.7837", -04825'29.1251"
F77 29,78 -2109'29.8211", -04816'58.9411"
F78 8,18 -2113'21.3285", -04818'36.1222"
F79 0,35 -2115'51.6968", -04816'24.6215"
F80 1,16 -2115'49.4950", -04816'36.7943"
F81 0,42 -2116'43.8594", -04817'19.1569"
F82 0,78 -2116'37.3625", -04818'09.6116"
F83 1,67 -2110'47.8610", -04819'11.1467"
F84 1,31 -2112'01.4077", -04820'04.1314"
F85 1,79 -2112'55.1846", -04821'03.1029"
Continua
Continuao da Tabela 1:
-
26
Nome rea (ha) Localizao
F86 2,51 -2115'39.5348", -04817'55.6432"
F87 2,09 -2114'51.2070", -04817'54.3634"
F88 0,59 -2113'33.8662", -04823'55.9912"
F89 1,11 -2114'51.7315", -04825'11.3469"
F90 1,65 -2117'48.9594", -04823'13.0734"
F91 0,25 -2113'46.6439", -04819'13.3031"
F92 0,25 -2113'37.7647", -04819'37.7866"
F93 3,33 -2114'46.2349", -04817'29.7913"
F94 1,79 -2115'22.7261", -04818'59.3798"
F95 3,79 -2116'55.0823", -04810'48.1776"
F96 0,83 -2112'16.6722", -04812'54.6152"
F97 11,86 -2112'22.1210", -04813'03.8190"
F98 10,91 -2114'52.4089", -04813'14.9798"
F99 16,25 -2118'34.9847", -04809'46.1821"
F100 1,41 -2118'21.1479", -04809'39.7125"
F101 1,69 -2118'18.4569", -04809'28.1239"
F102 1,33 -2118'43.0168", -04809'53.8021"
F103 1,42 -2118'42.7509", -04810'01.4143"
F104 1,57 -2118'40.3783", -04810'06.6579"
F105 1,39 -2118'44.4591", -04810'29.1521"
F106 8,10 -2114'46.1002", -04811'10.5244"
F107 32,86 -2120'52.9453", -04819'38.5163"
F108 1,65 -2111'29.1173", -04816'21.8051"
F109 57,63 -2110'30.7065", -04815'57.6021"
F110 2,57 -2113'23.1812", -04818'50.4117"
F111 0,58 -2114'38.6321", -04826'00.8648"
F112 33,01 -2115'27.6512", -04817'00.6118"
F113 3,13 -2115'19.5349", -04816'33.0419"
F114 0,54 -2111'13.0126", -04819'45.1112"
F115 0,80 -2107'59.3189", -04817'57.1533"
F116 5,60 -2107'37.7778", -04817'57.7328"
F117 5,88 -2106'48.4068", -04817'14.7165"
F118 0,73 -2106'15.5789", -04815'26.8351"
Continua
Continuao da Tabela 1:
-
27
Nome rea (ha) Localizao
F119 1,54 -2112'10.7386", -04810'46.0366"
F120 1,19 -2113'11.9304", -04810'18.3033"
F121 1,10 -2113'00.1545", -04810'49.8608"
F122 1,81 -2112'55.0839", -04810'45.8288"
F123 2,32 -2114'01.8755", -04816'20.3663"
F124 2,55 -2112'54.5310", -04826'30.0300"
F125 2,28 -2113'59.1614", -04816'02.6887"
F126 3,68 -2116'39.7316", -04820'04.0839"
F127 0,24 -2116'49.7194", -04821'35.5914"
F128 1,65 -2115'22.3510", -04813'36.1776"
F129 0,24 -2116'08.5084", -04814'19.1401"
F130 2,05 -2116'33.4766", -04815'52.6064"
F131 0,65 -2117'55.0975", -04818'37.8225"
F132 0,16 -2114'30.3073", -04825'39.8801"
F133 0,64 -2116'27.1025", -04814'15.0735"
F134 1,24 -2104'02.4892", -04818'09.0194"
F135 1,59 -2110'39.0507", -04814'22.9058"
F136 9,82 -2105'44.0692", -04817'04.4707"
F137 11,37 -2114'32.6945", -04821'03.1410"
F138 0,34 -2110'05.9683", -04822'04.5767"
F139 0,73 -2109'54.3033", -04814'30.7672"
F140 0,39 -2108'46.0589", -04817'03.3458"
Total 922,07
As classes de rea dos fragmentos florestais do Municpio de
Jaboticabal, SP, podem
ser observadas na Tabela 2.
Tabela 2 Classes de rea dos fragmentos florestais do Municpio de
Jaboticabal, SP.
-
28
Absoluto % ha % Mdia
At 2,0 73 52,14% 77,85 8,44% 1,07
2,0 - 5,0 23 16,43% 64,64 7,01% 2,81
5,0 - 10,0 18 12,86% 136,32 14,78% 7,57
10,0 - 20,0 13 9,29% 170,36 18,48% 13,10
20,0 - 30,0 6 4,29% 151,32 16,41% 25,22
30,0 - 40,0 4 2,86% 136,33 14,79% 34,08
40,0 - 50,0 0 0,00% 0,00 0,00% 0,00
50,0 - 60,0 2 1,43% 108,64 11,78% 54,32
60,0 - 70,0 0 0,00% 0,00 0,00% 0,00
70,0 - 80,0 1 0,71% 76,60 8,31% 76,60
Total 140 100% 922,07 100% 6,59
Fragmentos FlorestaisClasse de rea (ha) reaNmero de
ocorrncias
No ano de 1971 havia 122 fragmentos florestais, que ocupavam uma
rea
correspondente a 3,63% do municpio; e em 2000, restavam 121
fragmentos florestais, que
ocupavam 1,55% do municpio (GREGGIO et. al., 2009).
Apesar de haver um aumento no nmero de fragmentos florestais em
relao aos anos
anteriores, de 122 para 140, observou-se a diminuio na rea de
mata no municpio, pois
considerando os fragmentos florestais mapeados, tem-se apenas
1,20% da rea com
vegetao natural. Assim, denotou-se que o municpio j estava aqum
da rea natural
exigida pelas leis ambientais anteriormente.
Em 1971, foram observados 24 fragmentos com rea inferior a 5 ha,
33 com rea
entre 5 e 10 ha, 28 com rea entre 10 e 20 ha, 30 com rea entre
20 e 80 ha, 6 com rea entre
80 e 200 ha, e 1 com rea maior que 200 ha, ocupando uma rea,
respectivamente de, 2,02%;
6,47%; 11,28%; 30,67%; 26,63%; 20,91%, de um total de 3770,7 ha
da rea relativa dos
fragmentos mapeados (GREGGIO et. al., 2009).
-
29
Em 2000, foram observados 69 fragmentos com rea inferior a 5 ha,
26 com rea
entre 5 e 10 ha, 13 com rea entre 10 e 20 ha, 12 com rea entre
20 e 80 ha, e 1 com rea
entre 80 e 200 ha, ocupando uma rea, respectivamente de 13,60%;
19,23%; 15,78%;
40,54%; 10,84%; de um total de 1038,26 ha da rea relativa dos
fragmentos mapeados
(GREGGIO et. al., 2009).
J em 2011 (Tabelas 1 e 2), foram observados 96 fragmentos com
rea inferior a 5
ha, 18 com rea entre 5 e 10 ha, 13 com rea entre 10 e 20 ha, e
13 com rea entre 20 e 80
ha, ocupando uma rea, respectivamente de, 15,45%; 14,78%;
18,48%; 51,29%; de um total
de 922,07 ha da rea relativa dos fragmentos mapeados.
Os fragmentos com reas maiores que 80 e 200 ha no so mais
encontrados em
relao a anos anteriores.
A menor classe de rea, correspondente a fragmentos com menos de
2 ha, foi a mais
encontrada, apresentando 73 remanescentes florestais, que
contabilizam 52,14% do nmero
de fragmentos, ocupando 77,85 ha, o que corresponde 8,44% da rea
total. A rea mdia
dos fragmentos desta classe de 1,07 ha (Tabela 1 e 2).
A maior classe de rea, referente a fragmentos que possuem de 70
a 80 ha de rea, foi
a menos encontrada, apresentando um s remanescente com rea de
76,60 ha, contabilizando
0,71% do nmero de fragmentos, ocupando 8,31% da rea total
(Tabela 1 e 2).
Tabela 3 Classes de permetro dos fragmentos florestais do
Municpio de Jaboticabal, SP.
-
30
Classes de
Permetro (m)
Absoluto % m % Mdia
-
31
A forma dos fragmentos constitui uma caracterstica importante no
estudo da
dinmica e estrutura dos remanescentes florestais (ANDRADE, 2012)
e foi determinada na
anlise do ndice de Circularidade (IC), ou relao borda/interior
(Tabela 4).
Os fragmentos com valores de IC mais prximos de 1 so
considerados arredondados,
apresentando menor efeito de borda, alm de serem mais protegido
de fatores externos, pois
o centro da rea est mais distante das bordas (ANDRADE,
2012).
A anlise para estudos da dinmica e estrutura dos fragmentos
florestais tem sua
importncia evidenciada devido a possibilidade de indicar o nvel
de proteo de seu interior
em relao aos efeitos de borda.
Segundo Viana e Pinheiro (1998), ao estudar a forma de
fragmentos florestais na
regio de Piracicaba, foram observadas a relao entre a rea do
fragmento e seu permetro,
e a classificao determinada foi a seguinte: fragmentos com fator
de forma superior a 0,8
so considerados arredondados; entre 0,6 e 0,8 so alongados; e
inferior a 0,6, muito
alongados (GREGGIO et. al., 2009).
-
32
Tabela 4 Classes de ndice de circularidade dos fragmentos
florestais do Municpio de
Jaboticabal, SP.
Classes IC Nmero de
ocorrncias
-
33
Com a fragmentao da floresta ocorrem mudanas como maiores ndices
de
luminosidade, temperatura, umidade e velocidade do vento, que so
mais pronunciadas na
borda, diminuindo em direo ao interior da floresta.
Nas plantas, os efeitos de borda podem ser diretos (climticos)
ou indiretos
(interaes com polinizadores, dispersores, presena de cips,
etc.). Por exemplo, com o
aumento da luminosidade na borda dos fragmentos ocorre aumento
no crescimento de
espcies pioneiras invasoras, especialmente cips (GREGGIO et.
al., 2009).
Segundo Andr et. al. (1997) o efeito de borda chega ao redor de
80 a100 m,
adentrando a mata; e Lovejoy et. al. (1986) declararam que
fragmentos de at 10 ha so
totalmente afetados por esse efeito. Sendo assim, de acordo com
as Tabelas 1 e 2, observa-
se que, em 2011, 81,43% dos fragmentos mapeados apresentam reas
menores que 10 ha, e
estes esto sob o efeito de borda total.
Enfim, a situao da vegetao natural do municpio encontra-se
fortemente
fragmentada. Estas reas degradadas devem ser recuperadas, como
alternativa para que no
ocorra o aumento do risco de perda de espcies e ecossistemas
ameaados de extino,
resgatando importantes funes perdidas durante o processo de
degradao da cobertura
florestal.
Com o delineamento da cobertura vegetal analisada ao longo da
rede de drenagem,
as reas reservadas para matas ciliares foram mapeadas (Tabela 5
e Anexo IV).
-
34
Tabela 5. rea e localizao da cobertura vegetal analisada ao
longo da rede de drenagem,
Municpio de Jaboticabal, SP.
Nome rea (ha) Localizao
MC1 4,94 -2118'50.3285", -04810'27.0758"
MC2 17,18 -2120'35.0135", -04816'20.5952"
MC3 1,10 -2120'29.7618", -04820'02.8620"
MC4 0,78 -2120'46.4644", -04820'02.5257"
MC5 133,12 -2119'02.2359", -04823'44.9589"
MC6 3,59 -2105'08.8740", -04811'22.3195"
MC7 21,85 -2105'15.8029", -04821'01.0172"
MC8 6,14 -2104'18.6656", -04820'20.8248"
MC9 5581,12 -2113'16.2419", -04816'41.8858"
MC10 24,76 -2119'35.1480", -04814'25.0517"
MC11 0,14 -2104'01.7231", -04820'06.7514"
MC12 0,98 -2103'51.2327", -04819'54.6701"
MC13 1,17 -2103'36.4748", -04819'16.2123"
MC14 0,66 -2103'40.3848", -04818'44.7478"
MC15 19,90 -2104'17.2205", -04818'53.7925"
MC16 2,11 -2103'56.8060", -04818'27.0824"
MC17 5,00 -2103'49.2514", -04817'55.1758"
MC18 7,70 -2103'46.4574", -04819'27.7133"
MC19 1,37 -2103'40.2634", -04819'02.0026"
MC20 6,47 -2103'54.6316", -04817'24.0708"
MC21 4,62 -2104'16.9834", -04817'14.3753"
MC22 5,65 -2104'17.6867", -04816'47.7673"
MC23 1,79 -2104'29.0218", -04816'30.5110"
MC24 15,70 -2104'59.6403", -04816'42.6980"
MC25 0,33 -2104'56.2120", -04815'30.3275"
MC26 3,30 -2104'52.1851", -04815'49.4337"
MC27 2,31 -2104'58.4191", -04814'45.9469"
MC28 13,86 -2105'21.7256", -04814'37.3609"
MC29 2,47 -2105'08.9829", -04813'45.2234"
MC30 0,17 -2105'06.3289", -04813'37.3682"
MC31 0,41 -2105'08.9626", -04813'30.7728"
MC32 0,28 -2105'10.9837", -04813'04.8236"
MC33 6,27 -2105'05.7813", -04812'30.2611"
MC34 2,53 -2105'02.3543", -04811'49.8689"
Total 5899,78
-
35
A superfcie mapeada no necessariamente uma rea de preservao
permanente
(APP), mas podem ser consideradas como APP nas propriedades
rurais locadas no municpio,
que possuem essa condio de cobertura vegetal, de acordo com a
Legislao Ambiental em
vigor.
Os fragmentos florestais analisados no municpio de Jaboticabal
podem servir como reas de
Reserva Legal. Esta condio depende da conscincia ambiental dos
donos das propriedades.
Caso esta medida seja adotada, tais reas devero ser locadas,
preferencialmente prximas a
outras Reservas Legais j existentes, reas de APP, fragmentos
florestais, nascentes, dentre
outras.
Reserva Legal tpica
Figura 2. Reserva Legal da propriedade A, locada ao lado da
Reserva Legal da propriedade
B, formando um grande bloco de mata preservada, sendo este
ligado mata ciliar.
-
36
Reserva Legal ligada na Reserva Legal do vizinho
Figura 3. Propriedade agrcola com a Reserva Legal locada,
aproveitando os fragmentos de
mata preservados. Nota-se que o fragmento localizado na parte
inferior esquerda da figura
ligado ao fragmento localizado no centro superior, pela mata
ciliar do crrego, que funciona
como um corredor ecolgico, interligando os remanescentes
florestais.
-
37
rea de diminuio de efeito de borda no fragmento florestal ou da
APP
Figura 4. Fragmento florestal muito sujeito a efeitos externos
por apresentar um grande
permetro em relao sua rea total, sendo caracterizado por uma
borda muito recortada.
Figura 5. As reentrncias na mata devem ser eliminadas para que o
efeito de borda seja
reduzido, o que, com uma perda de rea de produo, permite um
grande ganho ambiental e
para o produtor, que pode ter mais gua, no caso de haver uma
nascente no local.
-
38
Fragmentos ligados por corredores ecolgicos
Figura 6 e 7. Fragmentos florestais que devem ser ligados com
corredores ecolgicos entre
si, e com a mata ciliar, possibilitando o fluxo gnico para a
manuteno da biodiversidade.
-
39
Figura 8 e 9. A proximidade dos fragmentos e da mata ciliar
facilita a ligao entre as
unidades.
-
40
Consideraes Gerais
As reas de remanescentes de fragmentos florestais do Municpio de
Jaboticabal -
SP tem diminudo em tamanho e aumentado em quantidade,
apresentando-se ainda mais
fragmentados na paisagem, principalmente devido expanso de
fronteiras agrcolas, em
especial da cultura de cana-de-acar.
Os remanescentes florestais de maior rea antigamente encontrados
j no existem
mais, e o aumento do nmero de fragmentos deve-se possivelmente
fragmentao dos
prprios remanescentes j existentes anteriormente.
Como os fragmentos florestais no so autossustentveis, e devido
tais
caractersticas que levam a uma maior degradao.
A conservao e recuperao da diversidade biolgica so comprometidas
nas reas
de cobertura florestal identificadas, sendo necessrias
providncias para mitigar os impactos
ambientais que possam levar supresso florestal.
H a necessidade de se manejar estes fragmentos e as paisagens em
que esto
inseridos, e tambm de conscientizar a populao local, os
trabalhadores rurais e os
proprietrios, para a importncia da cobertura florestal, podendo
utiliz-la como reas de
Reserva Legal, que obrigatria segundo o Cdigo Ambiental.
A atuao eficaz destes fragmentos com sua permanncia no meio em
que esto
inseridos depender da identificao dos fatores de degradao e da
tomada de alternativas
sustentveis para minimizar o processo de degradao, visando a
recuperao da estrutura
dos fragmentos florestais.
-
41
Tais fragmentos florestais apresentam um papel importante na
recuperao da
qualidade da paisagem, quanto sustentabilidade, preservao da
biodiversidade e melhoria
da qualidade de vida, em meio a reas intensamente
cultivadas.
Concluiu-se que os fragmentos encontrados so em sua maioria
pequenos, alongados,
estando isolados e sob intenso efeito de borda e so muito
vulnerveis s presses antrpicas,
devido principalmente expanso de fronteiras agrcolas.
Os resultados indicam a necessidade de se manejar os fragmentos
florestais e as
paisagens em que esto inseridos, bem como desenvolver atividades
de educao ambiental
com a populao local com relao importncia da cobertura florestal
para o
desenvolvimento sustentvel. As reas fragmentadas devem ser
recuperadas, pois so
consideradas ilhas de biodiversidade e a interligao destes por
meio de corredores
ecolgicos e vizinhanas de alta porosidade.
-
42
5. CONCLUSES
A situao da vegetao natural do municpio de Jaboticabal
encontra-se fortemente
fragmentada.
A maior parte dos fragmentos florestais encontrados foi
caracterizada por tamanhos
pequenos, formas alongadas, estando isolados.
-
43
6. RESUMO
Nos ltimos anos, tem sido verificada a ocorrncia da fragmentao
de remanescentes
naturais de florestas, o que um dos fenmenos mais marcantes e
graves do processo de
expanso da fronteira agrcola no Brasil, resultado da ocupao
desordenada da terra. O
objetivo deste trabalho foi analisar a estrutura da paisagem
para checar a representatividade
dos fragmentos florestais no Municpio de Jaboticabal, para
avaliar a quantidade, a forma e
as reas de remanescentes de fragmentos florestais e apresentar
um mapa da distribuio
espacial destes, no intuito de coletar dados para elaborao de um
diagnstico
conservacionista. Para tanto, os fragmentos foram cadastrados em
imagens de satlite
utilizando tcnicas de sensoriamento remoto e sistema de informao
geogrfica. Aps a
anlise dos resultados denota-se que a situao da vegetao natural
do municpio de
Jaboticabal encontra-se fortemente fragmentada. A maior parte
dos fragmentos florestais
encontrados foi caracterizada por tamanhos pequenos, formas
alongadas, estando isolados.
-
44
7. SUMMARY
ANALYSIS OF FOREST FRAGMENTS IN THE MUNICIPALITY OF
JABOTICABAL, SP
In recent years, it has been found the occurrence of
fragmentation of remaining
natural forest, which is one of the most striking phenomena and
serious process of expansion
of the agricultural frontier in Brazil, due to the disorderly
occupation of the land. The aim of
this study was to analyze the landscape structure to check the
representativeness of forestry
fragments in Jaboticabal to assess the quantity, shape and areas
of remnant forest fragments
and display a map of the spatial distribution of these in order
to collect data for making a
conservationist diagnosis. Therefore, the fragments were
registered in satellite images using
remote sensing and geographic information system. After analysis
of the results indicates
that the state of the natural vegetation in Jaboticabal is
heavily fragmented. Most forestry
fragments found were characterized by small sizes, elongated
shapes, and they are isolated.
-
45
8. LITERATURA CITADA
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-
47
Anexo I. Localizao do Municpio de Jaboticabal, Estado de So
Paulo, Brasil.
-
48
Anexo II. 140 fragmentos florestais encontrados no Municpio de
Jaboticabal, SP.
-
49
Anexo III. Localizao dos 140 fragmentos florestais encontrados
no Municpio de Jaboticabal, SP.
-
50
Anexo IV. Cobertura vegetal ao redor da rede de drenagem do
Municpio de Jaboticabal, SP.