Análise de desempenho dos indicadores Análise de desempenho dos indicadores econômicos e ambientais em diferentes econômicos e ambientais em diferentes modelos de produção cafeeira na região da modelos de produção cafeeira na região da Média Mogiana do Estado de São Paulo. Média Mogiana do Estado de São Paulo. SARCINELLI, Oscar ; ORTEGA, Enrique SARCINELLI, Oscar ; ORTEGA, Enrique Laboratório de Eng. Ecológica e Informática Aplicada Laboratório de Eng. Ecológica e Informática Aplicada – FEA / UNICAMP – FEA / UNICAMP Trecho do Rio Mogi que atravessa o município de Espírito Sto. do Pinhal - SP
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Análise de desempenho dos indicadores econômicos e ambientais em diferentes modelos de produção cafeeira na região da Média Mogiana do Estado de São Paulo.
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Análise de desempenho dos indicadores econômicos e Análise de desempenho dos indicadores econômicos e ambientais em diferentes modelos de produção cafeeira na ambientais em diferentes modelos de produção cafeeira na
região da Média Mogiana do Estado de São Paulo.região da Média Mogiana do Estado de São Paulo.
SARCINELLI, Oscar ; ORTEGA, Enrique SARCINELLI, Oscar ; ORTEGA, Enrique
Laboratório de Eng. Ecológica e Informática Aplicada – FEA / UNICAMPLaboratório de Eng. Ecológica e Informática Aplicada – FEA / UNICAMP
Trecho do Rio Mogi que atravessa o município de Espírito Sto. do Pinhal - SP
1 - Introdução:
• A queda no preço internacional do café nos últimos anos;
• Aumento nos custos de fertilizantes e defensivos químicos;
• Falta de uma política nacional de apoio à cafeicultura;
Fonte: Revista Agrianual 1999 – 2001 – 2002 – 2004 - 2005. “Preços do café beneficiado em São Paulo. “Custo de produção do café tradicional em São Paulo.”
30405060708090
100110120130140150160170
1999 2001 2003 2004
US$
Preço dos insumos químicos na cafeicultura US$/unidadePreço do café em US$
.
1 - Introdução:
• Novos processos foram desenvolvidos pelo mercado visando o aumento da produtividade da lavoura por área (a mecanização, a irrigação e o adensamento);
• Estas inovações proporcionaram ganhos de eficiência produtiva e de qualidade ao café brasileiro;
• Altos custos dos materiais que permitem acesso a estas inovações tecnológicas;
• Pequenos produtores: pequena escala de produção e necessidade de substituição do trabalho familiar;
1 - Introdução:
• Crescente interesse dos pequenos cafeicultores sobre os
diferentes modelos agroecológicos;
• Capacidade de reduzir os custos diretos de produção?
Existe um sobre preço pago pelo mercado aos produtos
agroecológicos?
• Economicamente: reduzir os custos com agrotóxicos,
gerar rendas monetárias e não monetárias;
• Socialmente: os sistemas agroecológicos são capazes de
gerar empregos nas áreas rurais.
Agroecologia na cafeicultura visa:
• Aumento da diversidade biológica (policultura) na lavoura;
• Produção de biomassa por longo prazo;
• Reduzir a incidência de insetos nocivos e doenças;
Regiões cafeeiras do Estado de São Paulo : Região da Média Mogiana
FIGURA 1: Regiões produtoras de café no Estado de São Paulo e a localização geográfica da área onde
a pesquisa foi desenvolvida, compreendendo as cidades de Espírito Santo do Pinhal, Mococa, Pedreira,
Santo Antonio do Jardim e São Sebastião da Grama (Projeto LUPA, 2000).
2- Justificativa:
4 - Hipótese:
• As vantagens econômicas e ambientais da cafeicultura agroecológica permitem o aumento da competitividade da lavoura a longo prazo e a melhora no desempenho econômico das pequenas propriedades.
3 - Objetivos:
• Analisar indicadores econômicos e sócio-ambientais em
diferentes propriedades cafeicultoras a fim de discutir
modelos alternativos de gestão da pequena empresa rural
cafeicultora em direção ao desenvolvimento econômico
sustentável.
5 - Materiais e Métodos:
• As propriedades foram escolhidas de acordo com os seguintes
critérios:
– Localização dentro da área do projeto temático da FAPESP;
– Modelo produtivo (agroecológico, convencional ou misto);
– Tamanho das propriedades;
• Coleta dos dados quantitativos (recursos naturais, materiais e
serviços);
• Qualidade do café produzido: café de varrição – café natural
colhido no pano – café cereja descascado;
• Utilização de fonte secundária de dados para identificação dos
custos de materiais utilizados no plantio convencional;
5 - Materiais e Métodos:
• Apuração dos resultados econômicos;
• Obtenção de indicadores de sustentabilidade ambiental
utilizando a metodologia Emergética;
• Obtenção de indicadores sociais (geração de empregos por área
e rendas não monetárias);
• Avaliação dos resultados através da combinação das
metodologias visando ampliar a visão custos x benefícios
tradicional;
5 - Materiais e Métodos:
Visita PropriedadeCaracterísticas do
modeloOcupação do solo
Número detrabalhadores
Preparo do café ecomercialização
16/08
- Sítio Terra Verde- Espírito Sto. Pinhal- Manuel Carlos Gonçalves- F: (19) 3668-9450
TABELA 5.1: Fluxos de emergia para a fazenda Pealton.
Fluxo EconômicoFazenda Pealton para safra 2004/2005 (R$/hectare).
Produção 16,6 sacas beneficiadas por hectare de lavoura
Preço de venda R$ 291,00 por saca de 60,5 kg
Receita total de vendas 852,00
Renda não monetária R$ 213,33/ trab. permanente.ano
(-) ICMS (18%) 153,36
(-) custo de produção 15,80
(-) despesas operacionais 185,81
(-) custo de capital 0
(-) impostos (Funrural/ITR) 28,00
(-) Imposto de Renda 42,77
Despesas totais de produção 696,46
Custo de produção para 1 saca de café 42,00
Lucro líquido 226,26
Rentabilidade (R-C/R) 18,0%
TABELA 5.2: Demonstrativo do Resultado de Exercício para a fazenda Pealton (estimativa).
* Cafeicultura + culturas produzidas na propriedade dividida pela área total da mesma.
6 - Resultados: Índices Emergéticos
Índices Ambientais Emergéticos
Área subaproveitada*
Y(10E+15)
Ep(10E+10)
Tr (sej/j)
(10E+8)%R EIR EYR EER Ponderação
SS - 13,2 2,97 1,07 18,0 0,4 3,5 2,5 3
STV 25,4% 10,5 3,97 9,88 4,9 10,4 1,1 2,6 1
FCP 16% 13,7 8,09 0,91 25,5 2,6 1,4 2,2 2
FAF 55,4% 3,67 10,6 1,54 61,2 0,2 7,2 3,5 4
FP 65% 1,51 2,71 1,11 48,9 0,4 3,6 1,5 5
TABELA 6: Indicadores Ambientais coletados e analisados pela pesquisa.
• Foram consideradas áreas subaproveitadas, as áreas de pastagens com média abaixo de 1/2 cabeça de gado por hectare. Nestes locais acreditamos possível uma exploração mais racional econômica e ambientalmente.
6 - Resultados: Índices Econômicos
Indicadores Econômicos
Receita vendaspor hectare
Despesas produçãopor hectare
Rendapor hectare de propriedade
% Ponderação
SS R$ 4.490,0 3.071,0 R$ 1.557,3 31,6 5
STV R$ 3.411,2 4.164,7 R$ - 673,5 25,2 2
FCP R$ 5.314,8 5.096,6 R$ 273,7 4,1 3
FAF R$ 889,5 1.113,6 R$ - 153,6 25,1 1
FP R$ 852,0 696,5 R$ 226,3 18,2 4
TABELA 7: Indicadores Econômicos coletados pela pesquisa.
6 - Resultados: Índices Sociais
Indicadores Sociais
Renda não-monetária
por trabalhador permanente**
Trabalhopermanente
por ha
Trabalhotemporário
por ha
Trabalhofamiliarpor ha
Ponderação
SS R$ 112,8 0 0 0,29 5
STV R$ 350,4 0,18 0,25 0 3
FCP R$ 292,0 0,26 0,15 0 4
FAF R$ 547,5 0,04 0,07 0 2
FP R$ 213,3 0,02 0,05 0,01 1
TABELA 8: Indicadores Sociais coletados pela pesquisa.** Rendas não monetárias por trabalhadores permanentes (ha/ano).
7 - Discussão:
FIGURA 8: Desempenho sócio-ambiental e econômico do sítio Sossego.
7 - Discussão:
FIGURA 8: Desempenho sócio-ambiental e econômico do Sítio Terra Verde.
7 - Discussão:
FIGURA 9: Desempenho sócio-ambiental e econômico da fazenda Córrego das Pedras
7 - Discussão:
FIGURA 10: Desempenho sócio-ambiental e econômico da fazenda Ambiental Fortaleza.
7 - Discussão:
FIGURA 11: Desempenho sócio-ambiental e econômico da fazenda Pealton.
8- Conclusões:Os pontos críticos identificados na produção convencional de café na região pesquisada foram:
• Baixa utilização de recursos naturais renováveis;
• Rápida exaustão dos recursos naturais não renováveis (solo e água);
• Necessidade de utilização de fontes externas de energia que substituam os recursos exauridos
• Necessidade de financiamentos externos
• Vulnerabilidade econômica dos pequenos produtores
8- Conclusões:
As vantagens competitivas da produção agroecológica de café na região onde a pesquisa foi desenvolvida são:
Permite o maior aproveitamento dos recursos naturais renováveis locais;
Menor dependência por materiais e financiamentos externos;
Menores custos diretos de produção;
Rendas adicionais (monetárias e não monetárias) geradas por cultivos complementares à lavoura cafeeira;
Melhor utilização da mão de obra familiar;
Geração de empregos permanentes na Zona rural do Estado;
8- Considerações Finais:
Observou-se que não é apenas o modelo produtivo que influencia os bons resultados econômicos nas propriedades, mas também o desenvolvimento de seu modelo administrativo!
Pequenas propriedades familiares produtoras de café devem :
• avançar no caminho da agroecologia a fim de melhorar a qualidade ambiental das propriedades e promover uma fonte local de recursos permanentes à produção;
• saber aproveitar algumas características do modelo convencional como: semi-mecanização da colheita e racionalização econômica dos custos de produção;
• diversificar a produção agrícola no sentido de proteger-se contra oscilações no preço do café através da geração de rendas adicionais à cafeicultura;
8- Considerações Finais:
As médias e grandes propriedades cafeicultoras devem:
• Trabalhar a propriedade como um todo, observando a existência de áreas subaproveitadas;
• Adotar práticas agroecológicas a fim de aumentar seus estoques de recursos naturais de baixa renovabilidade (solo e água).
• Promover o consórcio entre culturas visando o aumento de receitas monetárias da propriedade;
• A maior utilização de serviços no modelo agroecológico não implica em maiores custos de produção desde que estes recursos sejam bem utilizados;
• Saber comercializar a produção (falta de know how exportador) a fim de conseguir melhores preços de venda;