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Trabalho feito para aula de Esttica, I semestre de 2000,
professora Rosngela Arajo Ainbinder
EXISTEM TO POUCAS PESSOAS QUE COMPREENDEM, E QUANDO TODOS TE
ADMIRAM
POUCOS COMPREENDEM... QUASE TO POUCOS COMO ANTES."
pablo picasso
Tudo vale a pena, se a alma no pequena. (Fernando Pessoa)
ste pequeno trecho da vasta poesia de Pessoa tem muito a ver com
o artista Pablo Ruiz
Picasso. Este soube viver e com muita alma; com grandiosidade de
esprito fez de sua vida uma
busca pela felicidade.
Em toda sua obra existe parte da vida de Picasso, nascido em 25
de Outubro de 1881, em
Malaga, Sul da Espanha. Nas mulheres por ele retratadas est a
prova de como a figura feminina
motivou e participou de sua vida. No s nos quadros femininos,
mas em toda a sua obra existe
uma sria mensagem subjacente, ou apenas uma exploso de
alegria.
Pablo Picasso comeou a pintar muita criana
descompromissadamente, quase que sem
querer. Seu pai, Jos Ruiz Blasco, era pintor. Costumava pintar
os pombos que pousavam nos
pltanos da Plaza de La Merced. Ocasionalmente, Jos Blasco pedia
para o seu filho terminar seus
quadros.
As touradas tiveram muita importncia para Pablo Picasso que
desde cedo era levado por seu
pai para assistir ao espetculo. Mais uma vez suas vivncias se
refletiram em suas pinturas. A sua
primeira obra, um leo sobre madeira pintada aos 8 anos, chamada
O Toureiro.
Este quadro era uma espcie de xod do artista que por toda a sua
vida amou as touradas.
Todos os anos ele regressava a Mlaga, sendo assim, as corridas
continuavam presentes em seu
trabalho.
Picasso teve duas irms: Lola e Concepcin que precocemente morreu
de difteria. O homem
Picasso esteve sempre rodeado de mulheres. Uma delas, Maria
Picasso Lopez, sua me, exercia uma
grande influncia sobre Pablo talvez por ela ter tido uma
personalidade conhecidamente forte. Lola
permanecia o modelo favorito de Picasso.
Dono de uma inteligncia surpreendedora e de capacidade
assustadora, Pablo Picasso com
apenas 14 anos candidatou-se escola superior de La Lonja e foi
aprovado. Foi considerado por
todos como um prodgio.
Filho de peixe peixinho .
Ser?
Fato que incomodava muito a Picasso era a influncia de seu pai.
Cedo, Pablo percebeu que
deveria libertar-se desses resqucios quase genticos. Decidiu ir
para Madri onde ganhou uma
E
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bolsa de estudos para a Academia Real. Entretanto descobriu que
seus verdadeiros mestres estavam
em Padro.
O abandono da Academia custou caro a Picasso que teve sua mesada
cortada pelo pai. De
repente ele estava s e sem dinheiro na cidade de Madrid.
TUDO AQUILO QUE SEI, APRENDI NA ALDEIA DE PALARS
(Picasso)
Horta tornou-se a Pasrgada de Picasso, ou seja, o seu local de
refgio. A regressou no
momento da virada decisiva na sua pintura, em direo ao cubismo,
na Primavera de 1909.
Os olhos de Picasso parecem ter sido alvo de muitos comentrios a
cerca de sua pessoa:
No entanto, a sua estranha e insistente forma de olhar exigiam a
nossa ateno.
(Fernande Olivier)
Seus ardentes olhos negros como diamantes negros.
(Brassa)
Estes extraordinrios olhos dominavam os seus auto-retratos.
Os olhos so o espelho da alma, no nos recordamos o autor da
frase que com certeza se
confirma mais uma vez.
PICASSO EM PARIS:
Paris para ele significava liberdade, lindas mulheres, o intenso
perfume de La Bohme.
Picasso instalou-se em Mont-Martre. Com apenas 22 anos, j havia
conhecido muitas angstias da
vida. Fernande Olivier, da mesma idade foi morar com Picasso,
que a pintou apaixonadamente por
mil vezes. Todas as mulheres que ele amou obcecaram o seu
trabalho.
O atelier de Picasso era freqentado por figuras como Alfred
Jarry, Charles Vildrac, Pierre
MacOrlan, Guillaume Apollinaire e Max Jacob.
Logo que ganhou algum dinheiro, Picasso e Fernande foram viajar.
Pararam em Barcelona e
Pablo Picasso apresentou sua mulher a famlia.
As imagens passaram da monumentalidade para a plenitude mas, ao
mesmo tempo, foram
introduzidas distores que alternavam a pureza esttica e
geomtrica das naturezas-mortas.
(Pierre Daix)
PICASSO x CUBISMO:
Logo foi para Gosol, uma aldeia somente acessvel por mula. Esta
viagem no vero de 1906
teve extrema importncia no seu desenvolvimento.
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Ele renovou o contato com a arte romana e o gtico catalo e sua
paixo por El Grego (pintor
barroco) renasceu. Mas o mais marcante de tudo foi a sua
descoberta da escultura ibrica pr-
romana. A sua influncia pode ser observada nos traos esculturais
e crticos do retrato feito para a
amiga Gertrude Stein e em quase todos os nus deste perodo.
Picasso, deixara de pensar em termos
de matria; comeara a desenvolver um espao pictrico baseado na
efetiva afinidade entre
corpos e objetos, o princpio fundamental do cubismo.
Outubro de 1908, Braque (pintor contemporneo e admirado por
Picasso) apresentou seis
telas novas, pequenas paisagens. O jri estava perplexo perante a
nova corrente. A cor j no era o
elemento principal. A tnica acentuava em simples formas
geomtricas. Matisse, como parte do jri,
advertiu sobre estes pequenos cubos.
O vero de 1909 marcou o verdadeiro incio do cubismo. A essncia
das idias cubistas
residia em experincias com a realidade. Inicialmente,
predominavam objetos e pessoas.
As suas formas em vez de serem literalmente reproduzidas eram
analisadas, mas pouco a
pouco era a prpria anlise que se passava a impor.
Fernande e Pablo se separaram. Surge Eva como se fosse a
primeira e nica paixo dele. Morre Eva
em dezembro de 1915.
SOFRI UM GRANDE DESGOSTO, E SEI QUE DEVER LAMENTAR A SUA PERDA.
ELA FOI TO BOA PARA MIM.
(Picasso)
Picasso conheceu o poder da paixo. Em 1917 estava ele
completamente apaixonado por
Olga Koklova, bailarina russa. Casou-se e deste casamento nasceu
Paulo, primeiro filho de Picasso.
Entre 1914 e 1917 ele atinge a perfeio tcnica de sua arte.
Picasso se desencanta com a vida e se separa de Olga.
As liberdades que Picasso estava agora preparado para tomar com
o corpo humano, no
conheciam limites. O mtodo cubista permitira-lhe, j em 1913,
apresentar o estudo de um retrato.
Em 1926 olhos, boca, dentes, lngua, orelhas e nariz esto
distribudos aqui, ali e em todo o
lado com uma nica linha de contorno para representar a diviso
central da cabea.
Marie-Thrse, me de uma de suas filhas, foi grande fonte de
inspirao de espantosos
retratos. Com esse novo amor, a pintura de Picasso comeou a
ondular. Braos rolios, cabelos
ondulados, curvas sinuosas....
UM OBJETO ! COM QUE ENTO MEU PSSARO S UM OBJETO ! QUEM PENSA QUE
ELE , ESSE HOMEM,
PARA ME DIZER A MIM, PICASSO, O QUE E O QUE NO UMA ESCULTURA?
QUE DESCARAMENTO !
(Picasso - furioso com um editor que no levava a srio o seu
Pssaro)
Picasso teve de dividir todo os seus bens no divrcio com Olga.
Durante este perodo o qual
chamou O PIOR DA MINHA VIDA , Picasso comeou a escrever
poesia.
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Picasso demasiado inteligente para no sentir que escrever com
palavras , para ele, no
escrever de todo.
(Gertrude Stein)
Em julho de 1936, a guerra civil explodiu na Espanha. Picasso
estava horrorizado.
A GUERRA EM ESPANHA A LUTA ENTRE AS FORAS DE REAO CONTRA O POVO
E CONTRA A
LIBERDADE. TODA A MINHA VIDA COMO ARTISTA TEM SIDO
EXCLUSIVAMENTE DEDICADA LUTA
CONTINUA CONTRA A REAO E A MORTE DA ARTE. NA OBRA EM QUE ESTOU A
TRABALHAR, A
QUE CHAMAREI GUERNICA, ESTOU A EXPRESSAR LIVREMENTE O MEU HORROR
CASTA MILITAR
QUE AFUNDOU A ESPANHA NUM OCEANO DE DOR E MORTE.
(Picasso)
Picasso pintava sua mulher Marie-Thrse e Dora Maar (pintora e
fotgrafa. Visitava a casa
de Picasso e foi uma de suas muitas amantes) .
No fim da guerra aparece Franoise Gilot tambm pintora. Seria a
sua camarada de
compromisso com o comunismo.
A adeso de Picasso ao Partido Comunista no alterou a sua pintura
porque esta no estava
servio da ideologia Comunista.
Em 1947 um filho nasceu da unio com Franoise, o que muito
encantou Picasso. Dois anos mais
tarde nasceu Paloma, a ltima dos seus quatro filhos.
Franoise deixa Picasso pois no queria viver sombra do
pintor.
QUANDO TU TENS UM MODELO, ACABAS SEMPRE NA CAMA.
(Picasso)
Picasso morreu em casa, em Hougins, em 8 de abril de 1973.
NOTE: Este trabalho foi realizado por trs pessoas. Tanto a
introduo quanto a biografia
ficou por conta da aluna Paula Doce. Mariana fez uma das trs
anlises da pintura em
questo (Os Trs Msicos) e a formatao do trabalho final. Daniela
Lace responsvel
pela parte que inicia agora, alm da anlise sobre o quadro que
consta no trabalho.
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cubismo - poca
Cronologia da poca:
Temos por finalidade comentar o movimento Cubista na histria da
arte. Ao analisar o estilo
de uma poca, torna-se importante contextualizar o perodo num
espao de tempo linear.
Historicamente falando, para melhor compreenso do por qu dos
movimentos e revolues
artsticas, necessrio entender o que veio antes e que levou.
O Cubismo surge na Frana, em torno de 1907, mas no como uma
manifestao isolada ou
espontnea. Entre 1895 e 1905, surgiu na Europa, estendendo-se
pelas Amricas, o movimento
nomeado como Art Nouveau, a Nova Arte, caracterizando-se por uma
estilizao complexa e
detalhada (explorando o efeito das curvas sinuosas da arte
oriental transpostas para estruturas de
ferro), utiliza-se de novos materiais e ornamentaes, sendo
visto, principalmente, na arquitetura e
no tipo de decorao deste perodo.
Na arte, completara-se meio sculo de Arte Moderna, conjunto de
vrios movimentos
eminentes do sentimento de inconformismo que se apossou dos
jovens artistas perto do final do
sculo XIX. Caracteriza-se aqui uma forte tendncia desassociao
dos requerimentos rigorosos
enfocando o objeto da obra, dando mais valor forma.
Alguns estimam o Impressionismo (considerado o mais importante
fenmeno artstico do
sculo XIX, tendo como seu principal representante o pintor
Claude Monet,1840-1944) o primeiro
movimento dos modernos, porque desafiava regras da pintura
ensinadas nas academias. Todavia,
os impressionistas no divergiam, em seus propsitos, das tradies
da arte que vinham sendo
desenvolvidas desde a Renascena. Pintavam a natureza tal como
viam, e sua controvrsia com os
mestres conservadores girava mais em torno dos meios
utilizados para alcanar esse objetivo. O impressionismo
tinha como meta atingir o mximo do naturalismo atravs
da anlise de tons e cores, tentando imprimir o jogo de
luz na superfcie dos objetos, trazendo, assim, uma certa
sensualidade arte que contrastava com as idias
tradicionais sobre composio e desenho daquela poca.
(Fig.1 Rouen Cathedral, Monet)
Surgiu em Paris, por volta de 1905, o estilo apelidado
pelos crticos como Les Fauves (animais selvagens),
devido s distores das figuras e moldes planos,
utilizando cores violentas que retratavam certo furor. So
os ps-impressionistas, tendo em Henri Matisse
Fig.1 Rouen Cathedral, Monet
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(1869-1954, Frana) seu principal representante.
Apesar de sua curta durao o
Fauvismo dado como sendo a primeira
revoluo artstica do sculo XX, dando origem,
aps 1907, em Paris, ao movimento Cubista,
principal manifesto da Arte Moderna e
progenitor de todas as formas da Arte Abstrata -
onde a forma enfatizada sobrepondo o tema
em si (o sujeito da obra nem sempre
reconhecido).
A Arte Moderna surge em meados do
sculo XIX, na Europa e nos Estados Unidos,
aps o Romantismo. Surgem vrios
movimentos expressivos refletidos na
arquitetura, literatura, msica e arte.
Movimentos esses bastante distintos uns dos
outros, por vezes surgindo simultaneamente. O Impressionismo
marca esse desdobramento de
expresses artsticas, seguido pela Arte Nouveau que tem na
arquitetura seu alvo principal. Surge
o Fauvismo, como a primeira revoluo artstica do novo sculo,
contribuindo para o surgimento do
movimento Cubista que influenciou tantos outros movimentos
(Surrealismo e Expressionismo
Abstrato entre muitos) e o qual procuramos entender um pouco
melhor neste ensaio.
histrias da Histria:
Na virada do sculo, Paris era uma cidade de encantamentos e
festividades culturais,
intelectuais e polticas. O distrito de Montmartre era o local de
encontro dos artistas avant-garde
(termo designado, em 1910, ao conceito de arte nova e
experimental, usado para descrever obras
inovadoras e fora do convencional), assim como escritores e
msicos. Eram moradores dos atelis
nos bairros de paraleleppedo, escarpados, no muito diferentes do
bairro de Santa Teresa, RJ.
Freqentavam regularmente os diversos cafes de Paris:
O bistr Moulin Rouge (1903), durante muitos anos, foi local
predileto dos artistas. Mais
tarde, o Cafe Lapin Agile comeou a atrair um grupo de pintores,
entre eles, Pablo Picasso. Em
1889, outro lugar popular era o Cafe Chat Noir, onde os
representantes da avant-garde se
encontravam e trocavam idias. Era comum encontrar l o pianista e
compositor francs Erik Satie
(1866-1925), que especializara-se em composies de curta durao,
freqentemente influenciadas
pela msica popular. Suas partituras demonstravam um senso de
humor deturpado, usualmente
brincando com as tradies da msica clssica. Suas peas
complementavam muito bem obras do
Cinema Mudo.
Entre os pintores, Matisse estava dentre os que causaram sensao
em 1905. Na exibio
anual de Arte Avant-Garde ele, juntamente com um grupo de
companheiros, revelaram uma vasta
Fig.2 The Woman With the Hat Madame Matisse, Matisse
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coleo de telas intensamente coloridas. Um crtico proeminente da
poca comparou as pinturas a
fauves, ou animais selvagens, e este virou o apelido adotado
pelos jovens pintores para o seu
manifesto artstico. Optavam por utilizar as cores de forma
decorativa, ao invs de uma forma
realista. Em 1909, Matisse produziu duas telas de grande porte
que sintetizavam suas idias: Music
(Fig.4), onde as vivas cores criam uma forte sensao, mas o
posicionamento das figuras formal e
sereno. Na obra The Dance (Fig.5), as figuras esto subordinadas
ao trao e moldes; Matisse
destila a essncia do movimento. Ao completar essas duas obras,
Matisse tornara-se uma
personalidade proeminente no mundo artstico parisiense. Era
membro de um grupo seleto e distinto
de artistas e notveis escritores que rodeavam a escritora
americana Gertrude Stein (1874-1946,
exilada em Paris a partir de 1903. Apoiava e era amigas de vrios
artistas, entre eles Matisse e
Picasso). Ela e o irmo, Leo, foram um dos primeiros patronos dos
estilos emergentes da nova arte.
Em 1904, o jovem pintor espanhol, Pablo Picasso, visitava os
Stein regularmente. No ano seguinte,
produziu a pintura mais revolucionria do sculo XX: Les
Demoiselles dAvignon (Fig.6). Essa
obra tornou-se smbolo do nascimento do Cubismo.
Fig.4 Music, Henri Matisse
Fig.5 Dance, Henri Matisse
Fig.6 Les Demoiselles dAvignon, Pablo Picasso
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Picasso nunca exps essa tela, mas diversos artistas iam at o seu
ateli para admirarem
esta obra. Um desses pintores foi George Braque. Braque e
Picasso desenvolveram uma grande
amizade e, juntos, criaram o estilo cubista (Fig.6).
Na msica, em 1909, o empresrio russo Sergei Diaghilev levou o
Ballets Russes para
Paris. Diaghilev tinha descoberto o jovem compositor, Igor
Stravinsky (1882-1971) que teve sua
estria em 1910, com o bal The Firebird, baseado numa lenda
folclrica russa. No ano seguinte,
Stravinsky comps outro bal, a Petruska. O ambiente era de uma
feira em St. Petersburg e a
msica mudava abruptamente de uma frase para a outra. Em 1913 foi
a vez de Rite of Spring - o
trabalho mais radical de sua carreira. Temos aqui uma revoluo na
msica de tal proporo
equivalendo-se ao impacto dos cubistas na pintura. Os fragmentos
musicais aqui presentes esto
em justaposio com as mltiplas perspectivas presentes
simultneamente na pintura cubista. A
composio no desenvolve as idias gradualmente, mas repete-as
insistentemente, no diferente
ao que se v na pintura revolucionaria de Picasso, Les
Demoiselles dAvignon.
Na literatura, em 1912, temos o lanamento do livro Der Blaue
Reiter, de Wassily
Kandinsky, em Munique, Alemanha. Der Blaue Reiter reuniu
trabalhos literrios sobre pintura,
msica e teatro. Entre os pintores retratados, estavam Picasso e
Matisse. Sobre msica, encontrava-
se os comentrios de Arnold Schoenberg (1874-1951). Kandinsky
dizia sobre sua obra:
Minha idia era mostrar que a diferenciao entre arte oficial e
arte tnica no existe; que a
prtica prejudicial de no reconhecer, sob diferentes formas, as
verdadeiras razes da arte em
geral, levaria ao fim da interao entre a arte e a vida social
humana.
cubismo - estilo
Tudo na natureza baseado na esfera, no cone e no cilindro
(Czanne)
Caractersticas do Estilo:
Encontra-se no Cubismo a manifestao de maior impacto do
movimento da Arte Moderna,
introduzindo uma nova forma de ver. Sua origem relacionada s
prticas de Czanne (1839-
1906, nascido em Aix-en-Provence, Frana, considerado o pai da
pintura moderna) de dar
pintura uma base slida de construo. Apesar de no fazer meno ao
cubo propriamente dito,
entende-se que as figuras geomtricas so inerentes a todos os
objetos naturais e passa a ser uma
realidade essencial em quaisquer de suas formas. A esta
interpretao vemos uma total dedicao
por parte dos fundadores do movimento cubista, Pablo Picasso
(vide a biografia do pintor) e
Georges Braque (1882-1963, nascido em Argenteuil, Frana).
Matisse j havia expressado certo desdm aos cubos referindo-se
uma pintura de Braque,
em 1908, numa conversa com o cronista Loius Vauxcelles que
popularizou o termo em crticas
pstumas.
H certa discrdia com relao s fases do Cubismo. Duas ou trs,
dependendo do valor dado
ao estudo calcado na caracterstica estrutural indicada por
Czanne, enfatizada por Braque e
desenvolvido por Picasso em linhas correspondentes, dando maior
importncia comparao de
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aspectos essenciais forma, baseando-se no estudo de esculturas
africanas e esculturas-primitivas
ibricas, no perodo entre 1906-1909 (Fig.3):
[...] caracterizado pela desestruturao da obra em todos os seus
elementos. Decompondo a
obra em partes, o artista registra todos os seus
elementos em planos sucessivos e superpostos,
procurando a viso total da figura, examinando-a
em todos os ngulos no mesmo instante, atravs
da fragmentao dela. Essa fragmentao dos
seres foi to grande, que se tornou impossvel o
reconhecimento de qualquer figura nas pinturas
cubistas.
A seguinte fase do estilo chamado de
Sinttico. Surge a partir de 1912, caracterizado por
uma perspectiva bem mais bidirecional e de carter
decorativo, combinando arbitrariamente objetos em
vrios aspectos e re-introduzindo a cor definida.
Um produto desse estgio a natureza morta
cubista, que trabalha temas familiares como
uma bandeja de frutas, uma mesa de centro, um jornal - a exemplo
da obra Os Trs Msicos, de
Pablo Picasso. O Cubismo Sinttico se manifesta:
[...]...reagindo excessiva fragmentao dos objetos e destruio de
sua estrutura.
Basicamente, essa tendncia procurou tornar as figuras novamente
reconhecveis. Tambm
chamado de Colagem porque introduz letras, palavras, nmeros,
pedaos de madeira, vidro,
metal e at objetos inteiros nas pinturas. Essa inovao pode ser
explicada pela inteno do
artista em criar efeitos plsticos e de ultrapassar os limites
das sensaes visuais que a pintura
sugere, despertando tambm no observador as sensaes tteis.
Fala-se em arte moderna pensando num tipo de arte que rompeu por
completo com as
tradies do passado tendo, como sua caraterstica maior: a inovao,
o ainda no-realizado. Mas a
situao no to simples assim. A arte moderna, no menos que a arte
antiga, surgiu em resposta
a problemas bem definidos em sua poca. Ela surge como uma
terminologia histrica, em meados
do sculo XIX, com o realismo de Gustave Coubert (1819-77, Frana,
pintor). Nesta poca, a arte
comea a se liberar do enfoque temtico e passa a se preocupar com
a forma.
O Impressionismo vem desafiar as regras das academias
tradicionais, mas a a partir do
trabalho de Paul Czanne, apesar de ter pertencido mesma gerao
dos mestres impressionistas,
por intermdio de sua dedicao a achar soluo para os problemas
artsticos que surgiam em sua
poca, que ocorre uma quebra definitiva dos padres clssicos da
pintura. Czanne antecipou a
manifestao da insatisfao com a habilidade adquirida nas escolas
de arte.
Fig.3 Girl With Madolin, Picasso
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A soluo de Van Gogh (1853-90, Holanda) levou ao Expressionismo,
que encontrou sua
principal resposta na Alemanha; a de Guaguin (1848-1903, Frana)
nas vrias formas de
Primitivismo; e a de Czanne levou ao Cubismo.
Sumariamente, o Cubismo um dos estilos da Arte Moderna, a origem
de todas as formas
desenvolvidas na Arte Abstrata. O Cubismo substituiu os efeitos
puramente visuais caracterstico do
Impressionismo por objetos contendo uma concepo mais
intelectualizada na forma e nas cores.
Desprendendo-se da representao das coisas como elas so a favor
de vrias interpretaes de um
mesmo objeto, expressando uma idia ao invs de uma imagem do
tema.
1- Referncia tirada da Internet,
http://pessoal.mandic.com.br/~madolo/Cubismo.htm
2- ZANE, Home Library. Art & Music
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Trabalho feito para aula de Esttica, I semestre de 2000,
professora Rosngela Arajo Ainbinder
(ANLISE DO QUADRO OS TRS MSICOS) por marina movschowitz:
Desde muito pequena que a vida das pessoas me fascina. Pode ser
a vida da mais
insignificante pessoa, no importa. Gosto de saber tanto como
viver na simplicidade das atitudes
quanto na exuberncia de uma forte personalidade. Mas, penso que
na verdade, a forma como
lidamos com a vida que me intriga. Qual a maneira correta de
encarar um acontecimento com
tantas e tantas vises diferentes? At hoje, (tenho 19 anos) a
nica concluso a qual cheguei foi: o
ser humano muito estranho. No cabe aqui enumerar nossas
esquisitices (e nem daria). O fato
que desenvolvi enorme admirao pela personalidade que pintou a
obra dupla Trs Msicos e no
estou falando de outro seno Pablo Picasso !
Toda a trajetria deste, hoje, renomado artista impressionante
!!! Uma pena no poder me
dedicar ao estudo de uma nica biografia. Se pudesse, talvez
fosse a dele. H tantas vidas
interessantes na Terra.... eu gostaria de conhecer todas...
enfim, o pouco que consigo desvendar
das pessoas j me deveras interessante e gratificante.
A obra Trs Msicos me lembrou os quebra-cabeas que meu pai
montava. Eu era muito
pequena mas recordo o ritual.
Ns montvamos puzzles com temas de pinturas famosas e em formatos
mdios e grandes
(at 3000 peas). O puzzle da vez ficava habitando a mesa da sala
durante longas temporadas. E
todas as noites, depois do jantar, eu sentava ao lado do meu pai
para acompanhar o
desenvolvimento da construo de cada figura. Invariavelmente,
neste final de noite meu pai abria
um bom vinho e colocava um excelente blues ao fundo. Me recordo
bem de um puzzle em especial
chamava-se Carnaval em Veneza. Era lindo !!! Ns o montamos
diversas vezes.
Ento, assim que olhei a obra Trs Msicos pela primeira vez,
pensei: Puxa ! Esses
quadros dariam excelentes quebra-cabeas. E agora, olhando bem (e
os estou olhando h algum
tempo) vejo que de fato se parecem com puzzles. A impresso que
passa que Picasso montou
seus trs msicos na tela como se tivesse apanhado peas coloridas
e unido de um jeito tal que
formasse figuras.
Apesar da diferenas de cores, os quadros passam uma alegria
de.... de... de um Carnaval
em Veneza! Exatamente como o quebra-cabea que mais gosto. As
roupas dos msicos lembram
fantasias alm de todos estarem mascarados, claro. Como Picasso
no definiu exatamente um
ambiente (apenas colocando uma mesa e os msicos em banquinhos),
podemos imaginar a cena em
qualquer lugar! Quem sabe num baile de carnaval mesmo. Ser que
Picasso conhecia carnaval? E
se conhecia, ser que gostava ?
Portanto, a obra dupla Trs Msicos me remete aos tempos de
infncia e da alegria que eu
tinha quando via um quebra-cabea quase todo montado.
por paula ramalho doce:
OBS: A minha observao sobre a observao da Paula (trabalho que
vem a seguir).
Foi uma enorme coincidncia ler a crtica da Paula porque a obra
nos trouxe lembranas de quando criana.
Vale ressaltar, assim como a Paula fez, que na poca da criao do
primeiro quadro, Picasso tornava-se pai.
No descobrimos se isso influenciou ou no sua pintura. Mas que o
fato deve ser levado em considerao.
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Observando a obra Trs msicos de Pablo Picasso, tive uma
surpresa: existem duas
verses sobre o mesmo quadro. Todas as duas lindssimas e fiquei
muito indecisa sobre qual delas
falaria. Todas as duas pertencentes ao Cubismo Sinttico.
Resolvi falar sobre a obra Museum of Modern art, Nova York. Uma
dessas duas verses dos
Trs Msicos.
uma obra potica e totalmente musical. As trs figuras mascaradas
me fazem lembrar
palhaos que mascaram seus rostos tristes para se tornarem
alegres.
Uma das trs figuras veste um capuz negro que lembra fantasia,
infncia. O que realmente chama
ateno na obra so os olhos arredondados dos trs que parecem sugar
voc para dentro da
pintura. Eles te absorvem em todos os seus sentidos.
Logo depois d uma vontade de tocar neles trs e sentir o que
tocam; ao que no se torna
difcil. Voc acaba ouvindo uma msica volumosa como as figuras
mascaradas.
As pequenas mos dos msicos em contraste com a construo de grande
volume da figura,
parecem ser propositais. como se fosse para lembrar que s mesmo
mos delicadas produziriam
to sonora e envolvente msica.
Data do mesmo ano o nascimento de um dos filhos de Picasso com
Olga e, talvez por isso,
ele estivesse to musical.
Na minha opinio essa obra remete infncia, aos palhaos, aos
mascarados do carnaval. E
nada mais musical, mais tocante, mais sensibilizador, mais
alegre do que a infncia. E esta no s
uma poca em nossas vidas, tambm um sentimento que carregamos
dentro de ns para sempre.
Pode ter sido este sentimento que Picasso tenha deixado aflorar
quando pintou Trs
Msicos, influenciado ou no pelo nascimento de seu filho.
Quero fazer uma observao: este quadro realmente me lembrou a
infncia e s depois fiquei
sabendo que Picasso teve um filho naquele ano que o pintou. No
fao assim, nenhuma anlise
forosamente comparativa.
Este quadro lembra uma colagem que perfeitamente se sintoniza
com a msica produzida.
Esta obra possui tudo o que mais me emociona: a msica, os olhos
cheios de vida (mesmo
que mascarados), as formas significativas, as cores da prpria
pintura (cheias de fantasia), a
sonoridade, ou seja, a arte em si. uma obra repleta de arte e no
apenas de arte.
Este quadro pertence ao Cubismo Sinttico que tem como
caractersticas a colagem de
objetos para criar efeitos plsticos.
Entretanto, preferi relatar aqui o que apreendi da obra, do que
enquadr-la num perodo ou
tendncia.
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13
A msica assemelha-se pintura; em ambas h encantos sem nome que
nenhum mtodo ensina, e que s podem ser alcanados por mo de
mestre.
(Pope)
por daniela lace lopes:
A obra Os Trs Msicos, de Pablo Picasso, uma excelente ilustrao
do mais importante
movimento na Arte Moderna, o Cubismo, com especial ateno ao
Cubismo Sinttico. Neste
trabalho, o efeito da colagem reproduzido na pintura e a
vivacidade da composio atingida
dentro de uma disciplina consideravelmente mais severa que as
das obras Fauvistas.
Nesta anlise pretendo enfocar trs aspectos: os princpios de
arte, os elementos visuais e de
textura na obra e o paralelo entre pintura e msica.
Os Princpios da Arte:
Para podermos entender a arte de nosso tempo, ou de qualquer
poca, necessrio
consideramos a natureza da arte em si, assim como os princpios
pelos quais elas operam. Para essa
pesquisa, considero a obra de arte um objeto que tem a
capacidade de expressar e estimular
experincia dentro de uma disciplina. Essa experincia pode vir
tanto da pena evocada pela imagem
de uma criana com fome, quanto pela revelao de extrema
estruturao refletida na arquitetura.
A disciplina pode variar entre a mais rgida organizao geomtrica
e a irregularidade espontnea
que aproxima-se ao acidental; no entanto a disciplina
proporciona ordem, plenitude e intensidade.
O embasamento para as artes plsticas a experincia visual e
tctil, mas nem toda
experincia visual e tctil arte; a diferena est no propsito, na
inteno do autor. O autor
organiza tal experincia para o espectador atravs da manipulao,
dentro das limitaes da
disciplina, de elementos tais como: trao, forma, massa,
contraste, textura e cor. O artista pode
utilizar esses elementos para representar objetos conhecidos no
dia-a-dia, sugerindo sentimentos e
sensaes sobre os mesmos, assim como pode criar um mundo
inteiramente inusitado de
contemplao da obra.
Elementos Visuais e Tcteis na obra Os Trs Msicos:
A obra toma formas que caiem (inclinam), deslizam, dobram de
repente, quebram, e
interlaam num estilo estacato (solto, no associado uns a outros,
independente); o efeito de
muito movimento, de grande atividade na tela. Isso devido,
principalmente, aos elementos do
trao e da forma. O trao, mais precisamente a linha, pode ser
pensado como a passagem de um
ponto em movimento, como a borda de uma forma plana, como o eixo
(direo dominante) de um
feitio, ou como o contorno de um objeto slido. Pode ser
espessura constante ou variante. O alcance
da personalidade que pode expressar grande: rpido, devagar ou
imvel; nervoso, majestoso ou
rgido. Pode sugerir massa, textura, luz e sombra; pode enfatizar
a forma ou estabelecer um clima
(uma disposio). J a forma (feitio) uma rea ou um plano com
limites distintos. Se pensarmos
em feitio como tendo somente comprimento (extenso) e largura,
damos a ele uma definio mais
limitada que forma, e distinguvel de massa, que requer
profundidade assim como uma terceira
dimenso (apesar de ser possvel relevarmos esta terceira dimenso
se olharmos a massa, levando
em considerao o feitio de cada um de seus lados individualmente,
ou at vendo-a em perfil). A
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forma, como o trao (linha), tambm retrata personalidades
diversas: rgida, flexvel, precisa,
incerta, calma, ligeira (viva), desajeitada ou graciosa. A
irregularidade das formas sugere muito
mais movimento. Na obra Os Trs Msicos a vivacidade se da,
justamente, pela variao,
expandindo e contraindo partes que levam a ateno a diversas
direes.
As formas neste trabalho so definidas pela variao nos valores
aplicados. Ao contrrio do
pode-se imaginar. O valor de uma obra refere-se a variao entre
claridade e escurido
(sombreamento) utilizado na obra. Esse valor contribui
fortemente na definio das formas, na
sugesto do trao, na criao da iluso de massa e espao numa
superfcie plana, na nfase de
determinadas partes da pintura e na expresso de sentimentos. J a
intensidade, a personalidade
to quo agressiva desta obra, depende dos contrastes das cores,
valores e formas. Entende-se por
contraste no as diferenas dissonantes de uma obra, mas a
ferramenta fundamental para a
variao. de grande importncia para o interesse visual de uma obra
por parte do espectador. O
contraste pode ser usado para esclarecer ou modificar a forma,
para criar massa e espao, para
sugerir atividade, proporcionar equilbrio, expressar sentimento
e focalizar a ateno do espectador.
A dissonncia relativa e a vivacidade do quadro de Picasso pode
representar certo
desconforto queles mais acostumados a harmonias flutuantes
caracterstica de outros autores, de
outros estilos. Por isso a importncia que temos que tomar com
julgamentos de valor sobre uma
obra de arte. Tal crtica envolve fatores objetivos e subjetivos
que devem ser dados peso
equivalente. fcil determinar fatores objetivos quando fala-se de
aspectos como a durabilidade de
uma obra (referente ao equipamento usado, por exemplo, o tipo de
tinta, o material da tela), ou
mesmo da tcnica do autor em retratar objetos reconheceis.
Contudo, surgem dificuldades
complexas ao julgarmos trabalhos no-objetivos ou abstratos. A
arte vai alm da habilidade de
descrio de fatos e sentimentos. Ela atinge o domnio da sutileza
e subjetividade das diferentes
formas de expresso e evocao. No bastar que o artista tenha a
tcnica de reproduo assim
como uma sensibilidade para os elementos visuais e tcteis da
obra. Ele ter que ter tambm
sensibilidade a experincia humana, uma capacidade de empatia com
o trabalho, uma imaginao
gil e uma compreenso dos smbolos representativos no cdigo
lingstico do grupo social que o
cerca. A anlise tcnica e formal de uma obra como Os Trs Msicos
pode ser feita com
embasamento terico adquirido. No entanto, nunca estar completa
sem a reflexo introspectiva do
observador tendo como ponto de partida como tal obra atinge o
seu emocional, reconhecendo a
relao afetiva com o trabalho em si.
Paralelo Entre Pintura e Msica:
Toda a matria de um quadro se realiza de acordo com o movimento
dado objetivamente, o
que impe sua fora ao ato da contemplao. A pintura, como a msica,
obedece a uma
regularidade de curvas sinusides - que desperta a sensao rtmica.
So linhas que danam,
segundo os preceitos da mais perfeita harmonia, desenvolvendo-se
dentro do tempo-espao. Mas
este ritmo contem, em si, uma frao importante da individualidade
esttica e no deve ser
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confundido com o que se chama a maneira. O maneirismo
considerado uma manifestao inferior
de arte: quando um artista se limita a reproduzir a natureza,
revestindo-se com superfluidade dum
maneirismo agradvel, no sai do campo inferior da arte, revelando
assim pobreza criadora.
O ato criador tomando conscincia de si, no se experimenta no
plano da reflexo terica,
podendo o artista trabalhar, fantasia de sua intuio, sem o
necessrio conhecimento claro das
diversas possibilidades ou de uma escolha pretendida entre a
esttica exigida na histria do
pensamento artstico. o que se observa em certos artistas
modernos: uma espcie de divrcio
entre a esttica interior que os governa e aquela que eles
pretendem realizar.
Quando contemplamos um quadro, nosso olhar oscila, demorando-se
continuamente, de um
lado para outro, num mesmo trajeto de repouso. Esta oscilao
entre pontos fixos; esta eterna volta
ao mesmo lugar; este equilbrio esttico (determinado pelos
valores entre si e em relao ao todo),
so os elementos caractersticos da obra pictrica.
Assim como a pintura - que procurava estampar impresses sobre
coisas reais, escolhendo
como tema paisagens e a vida cotidiana e que simbolizava a
alegria da luz, usando cores brilhantes
- nasce do movimento IMPRESSIONISTA, com Manet, Renoir, Monet,
Pissaro e Degas, indo at aos
EXPRESSIONISTAS: Kandisnky e Kokoschka (cujo movimento surgiu
para indicar uma completa
inverso de idias, isto , mudana das impresses obtidas no mundo
exterior para a expresso do
mundo interior, melhor dizendo, do eu subconsciente, no sentido
psicolgico) - assim tambm a
msica - (cuja coerncia demonstrada nos grandes compositores do
passado foi desmembrada pelo
IMPRESSIONISMO, POLITONALISMO e CROMATISMO, que floresceram
atravs do papel
desempenhado dentro da tonalidade tradicional) - marcou, a sua
evoluo em Debussy, Strawinsky
e Schoenberg, pela considervel contribuio que eles deram formao
da msica moderna.
Constitui, sem dvida, observao atraente pesquisar at onde os
compositores
contemporneos se correspondem nos processos de coerncia
artstica.
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Trabalho feito para aula de Esttica, I semestre de 2000,
professora Rosngela Arajo Ainbinder
Bibliografia:
GAUNT, William. Everymans Dictionary of Pictorial Art. . London:
J.M.Dent & Sons LTD,Vol. I, 1962.
GOMBRICH, E.H. A Histria da Arte. 2nd Ed. Rio de Janeiro: Zahar,
1981.
VAN LOON, H.W. The Arts. New York: Simon and Schuster, 1939.
ZANE, Home Library. Art & Music. CD-ROM. Texas: Zane
Publishing, 1996.
BOONE, Danle. Lisboa: Ed. Estampa, 1992
Referncias Bibliograficas:
1- Internet.
http://pessoal.mandic.com.br/~madolo/Cubismo.htm
2- ZANE, Home Library. Art & Music