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Eb1 de Santo Estêvão Trabalho e Projeto no âmbito do PES -Sou Responsável pela minha saúde - Ambiente Saudável
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AMBIENTE SAUDÁVEL

Mar 17, 2016

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Trabalho sobre o ambiente
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Page 1: AMBIENTE SAUDÁVEL

Eb1 de Santo Estêvão

Trabalho e Projeto no âmbito do PES -Sou Responsável pela

minha saúde - Ambiente Saudável

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“Ambiente Saudável”

(no âmbito do projeto “sou responsável pela minha saúde”)

Com a visita à nossa escola das senhoras Enfermeiras Carla e Clara, tendo como

principal objetivo pronunciarem-se, complementando o projeto em questão, resultou o

presente trabalho que agora divulgamos e, sobre o qual esta Eb1 continuará a trabalhar.

Em virtude de serem múltiplos os projetos, que direta ou indiretamente se

relacionam com o património natural, histórico e cultural português e a sua preservação

fazer parte das competências gerais a desenvolver pelos alunos ao longo do Ensino

Básico, este ano letivo, optamos por abordar o tema:

“Ambiente Saudável.”

Não deixaremos também de abordar alguns aspetos

considerados como mais importantes no contexto histórico e

cultural da região, nomeadamente: Reciclagem, Desenvolvimento

Sustentável, Cidadania e Crise Ambiental.

A formação de cidadãos ativos e responsáveis é um

desígnio de todos. O que amplamente se verifica é um

afastamento progressivo das esferas que apelam à

participação e à responsabilidade de todos na

comunidade, no que poderíamos apelidar por

privatização progressiva das nossas vidas. A Educação

para um Ambiente Saudável nas nossas Escolas é um dos espaços onde se deve trabalhar

para travar este movimento.

Esperamos que esta proposta de trabalho se revele útil para os nossos docentes e

consequente para

formação que

queremos dar às

nossas crianças e

jovens.

“Transformar

a escola num pólo de produção e difusão de informação sobre

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Educação para o Desenvolvimento Sustentável, assim como num agente de intervenção e

num motor de mobilização da sociedade através dos alunos e das suas famílias”

Tudo isto servirá de base à concretização das orientações curriculares de âmbito

nacional, tendo em conta propostas de intervenção pedagógico didáticas adequadas ao

contexto específico da escola. Serão indicadas algumas opções e prioridades curriculares,

tendo em vista a melhoria das aprendizagens dos alunos.

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1.1- FUNDAMENTAÇÃO

A elaboração deste projeto partiu essencialmente:

☞ Da necessidade de criar dinâmicas de trabalho que aproximem todos os

docentes em volta de princípios comuns de forma a vencer o isolamento favorecendo

desta forma o sucesso educativo;

☞ Da necessidade da participação dos diversos atores da comunidade

educativa tornando a escola num espaço comunitário e popular, conjugando a educação

formal e não formal alargando a escola à dimensão do seu contexto;

☞ Da necessidade de criação de espaços de troca que sejam ao mesmo tempo,

locais de identificação de problemas de produção de soluções;

☞ Da necessidade de tornar públicas as experiências pedagógicas levadas a

efeito nos diversos estabelecimentos de ensino, para que, as mesmas, sirvam de tema de

reflexão e debate, combatendo a insegurança que se gera nos docentes das escolas de

lugar único;

☞ Da necessidade de inserir gradualmente os alunos das escolas com

frequência reduzida em espaços escolares de maior dimensão, de modo a minimizar os

problemas de inadaptação às escolas do 2º Ciclo, tantas vezes a causa primeira do

insucesso escolar;

☞ Da necessidade de levar os Professores/Educadores a procurar a resolução

de alguns problemas no seu grupo profissional.

A sociedade está cada vez mais exigente logo, há

necessidade de constante inovação.

Essa exigência é cada vez maior pelo facto de se

recear que não se estejam a preparar convenientemente as

gerações do futuro. Daí que se desencadeiem estratégias

educacionais, políticas e administrativas, relevando a vertente histórica e patrimonial que

visem essa mesma mudança.

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Para a grande maioria, a questão fundamental que se coloca é saber se a mudança é

de fato prática no contexto educativo em que se encontra, de modo a permitir o

desenvolvimento do conhecimento, de forma a construir e valorizar uma identidade

coletiva.

Não podemos esquecer que estas exigências, neste contexto de mudança organizacional,

está a ter consequências profundas na educação e no ensino, como a da autonomia das

escolas, da devolução de poderes aos professores e da

reorganização curricular.

A relação pedagógica tem como finalidade criar

condições para o desenvolvimento global e

harmonioso da personalidade, através da descoberta

progressiva de interesses, aptidões e capacidades que

proporcionem uma formação pessoal, tanto na

dimensão individual, como social, tendo em

consideração a diferença e proporcionando a

igualdade de oportunidades, num clima onde seja

favorecida a tolerância, a compreensão mútua, o

respeito pelo outro, o respeito pelo ambiente que nos

rodeia e que imperiosamente é necessário preservar.

Onde possam ser desenvolvidas competências

intelectuais, valores, atitudes e práticas, que

contribuam para uma formação global, consciente e participativa, numa sociedade

democrática do cidadão.

O professor para além de prover tudo isto tem o papel de transmitir informações e

conhecimento.

A relação pedagógica

tem como finalidade criar

condições para o

desenvolvimento global e

harmonioso da personalidade,

através da descoberta

progressiva de interesses,

aptidões e capacidades que

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proporcionem uma formação pessoal, tanto na dimensão individual como social, tendo

em consideração a diferença e a igualdade de oportunidades.

1.2 - COMPETÊNCIAS GERAIS

As crianças e jovens devem dispor de todas as oportunidades que os levem à

descoberta e experimentação, no aspeto estético, artístico, desportivo, cultural e social, de

forma a desenvolver todas as competências e completar o seu “eu”.

Daí a necessidade de elaborar um Projeto Curricular, assente na realidade, motor de

desenvolvimento de uma comunidade e dinamizador do corpo docente e não docente.

Por isso enunciamos os seguintes objetivos gerais para o desenvolvimento deste

projeto:

OBJETIVOS:

Tornar os alunos sensíveis aos aspetos ambientais mais relevantes do concelho.

Criar e dinamizar um espaço permanente de promoção de um ambiente saudável e

participação pública.

Promover a participação juvenil e a sustentabilidade das comunidades escolares.

Incentivar uma “competição saudável” entre os diferentes agentes da comunidade,

valorizando a responsabilidade ambiental.

Promover uma “nova cultura da água”, racionando consumos e recuperando a

qualidade do sistema hídrico.

Compreender e defender o património ambiental, como valor coletivo que ninguém

tem o direito de destruir ou danificar.

Implementar uma gestão integrada e participada do território.

Apostar na prevenção e reciclagem de resíduos e evitar a sua deposição selvagem no

meio natural.

Sensibilizar sobre a importância da conservação de reservas naturais e referir as

potencialidades da criação de áreas protegidas.

Iniciar, valorizar, reforçar e ampliar a sistematização de experiências e saberes de

modo a permitir aos alunos a realização de aprendizagens posteriores;

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Compreender as realidades desconhecidas diretamente a partir do conhecimento

do meio próximo;

Desenvolver a capacidade de observação e análise crítica;

Promover a articulação entre a escola e o meio;

Levar à formação social e pessoal do aluno;

Desenvolver o espírito de autonomia, de iniciativa, de organização e solidariedade;

Sensibilizar os alunos para os problemas do meio onde vivem;

Proporcionar a liberdade de consciência, aquisições de noções para um ambiente

saudável;

Implementar a interdisciplinaridade;

Contribuir para a aquisição de aprendizagens básicas da vida em grupo através da

organização e partilha de materiais;

Promover a autoformação dos pais e/ou encarregados de educação;

Proporcionar às famílias momentos de contacto e participação com outros agentes

educativos, na vida escolar;

1.4 - COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS:

Observar a realidade que nos rodeia.

Tomar consciência da importância dos legados das gerações anteriores à nossa.

Identificar, através de vestígios do passado, situações, acontecimentos e atos que

levaram à modificação do meio ambiente e por sua vez à degradação do mesmo.

Criar um grupo de trabalho, com vista ao estudo e investigação ambiental da

região.

Promover o exercício de boas práticas e a participação pública, individual e

coletiva, para as questões do ambiente e do desenvolvimento sustentável, através da

conceção e do desenvolvimento de estratégias de informação e de comunicação, com

recurso aos canais e aos meios considerados mais adequados e levando em

consideração as exigências da sociedade de informação.

Dinamizar o desenvolvimento de ações que possibilitem a recolha, disseminação e

troca de informação, que permitam ao cidadão o acesso à informação e à participação

pública em matéria de ambiente e desenvolvimento sustentável, relevando as

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interações que devem ser estabelecidas entre o cidadão e as entidades públicas, como

uma expressão da promoção e cidadania ambiental no desenvolvimento sustentável.

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2 - TEMA: Ambiente saudável (na região: na aldeia/escola, medidas a serem

implementadas para preservar o ambiente e desenvolver a cidadania.)

2.1 - SUB-TEMAS: 1- Crise Ambiental / Ambiente Saudável

A crise ambiental não

transporta consigo a morte, mas sim a necessidade de

reforma da democracia representativa.

– Água: ameaça de esgotamento das fontes de água limpa; – Mudança climática; – Perda da biodiversidade; – A poluição; – A redução dos recursos energéticos.

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A questão ambiental está cada vez mais presente

no quotidiano da população das nossas cidades,

principalmente no que se refere ao desafio de

preservar a qualidade de vida.

Nos tempos em que a informação assume um papel

cada vez mais relevante, o ciberespaço, multimédia,

Internet e educação para a

cidadania representam a possibilidade de motivar e sensibilizar as

pessoas para transformar as diversas formas de participação na defesa da

qualidade de vida.

A postura de dependência e de

desresponsabilização da

população decorre

principalmente da desinformação, da falta de

consciência ambiental e de um défice de práticas

comunitárias baseadas na participação e no

envolvimento dos cidadãos, que propunham uma nova cultura de direitos baseados na

motivação e na participação da gestão ambiental das cidades.

Nesse sentido, a Educação Ambiental representa um

instrumento essencial para superar os atuais impasses

da sociedade. A relação entre meio ambiente e

educação para um ambiente saudável, assume um

papel cada vez mais desafiador, demandando a

emergência de novos saberes para apreender processos

sociais que se complicam e riscos ambientais que se

intensificam.

No entanto, devemos procurar uma perspetiva de ação

holística que relaciona o homem, a natureza e o universo,

tomando como referência que os recursos naturais se

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esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o homem.

Quando nos referimos à educação

ambiental, situamo-la num contexto

mais amplo, o da educação para um

ambiente saudável, configurando-se

como elemento determinante para

consolidar a conceito de sujeito

cidadão. O desafio de fortalecer a

cidadania para a população como um todo, e não para um

grupo restrito, concretiza-se a partir da possibilidade

de cada pessoa ser portadora de direitos e deveres e

de cada pessoa passar a ser “ator” responsável

pela defesa da qualidade de vida.

Mas como relacionar ambiente saudável com a cidadania?

Cidadania tem a ver com o facto de pertencer a uma

coletividade e criar identidade com ela. A educação

ambiental, como formação e exercício de cidadania, está

relacionada com uma nova forma de encarar a relação do

homem com a natureza, baseada numa nova ética, que

pressupõe outros valores morais e uma forma diferente de

ver o mundo e os homens.

A educação ambiental, para um ambiente saudável, deve ser vista como um processo de

permanente aprendizagem que valoriza as

diversas formas de conhecimento e forma

cidadãos com consciência local e

planetária. O grande salto de qualidade

tem sido dado pelas ONG e organizações

comunitárias, que têm desenvolvido ações

não-formais centradas principalmente em

ações com a população infantil e juvenil.

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A lista de ações é interminável e essas

referências são indicativas de práticas

inovadoras centradas na preocupação de

incrementar a responsabilidade das

pessoas em todas as faixas etárias e

grupos sociais quanto à importância de

formar cidadãos cada vez mais

comprometidos com a defesa da vida.

A educação para um ambiente saudável, representa a possibilidade de motivar e

sensibilizar as pessoas para que transformem as diversas formas de participação em

potenciais caminhos de dinamização da sociedade e de concretização de uma proposta de

sociabilidade, baseada na educação para a participação.

O desafio da construção de um ambiente saudável,

considera-se como elemento determinante para

constituir e fortalecer cidadãos que, ao serem

portadores de direitos e deveres, possam assumir a

importante missão de abrir novos espaços de

participação. A educação ambiental, como componente

de uma cidadania abrangente, está relacionada com

uma nova forma da relação entre homem e natureza.

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2.2 – Água: ameaça de esgotamento das fontes de água limpa

Proteger e despoluir a água

A água é um recurso natural limitado que enfrenta muitas

agressões, nomeadamente devido à poluição do ambiente em

geral e à destruição progressiva das florestas.

Como exemplos de fontes de poluição da água temos:

poluentes libertados para a atmosfera por algumas fábricas,

centrais elétricas e automóveis, que originam chuva

ou neve ácidas; falta de tratamento ou tratamento

inadequado de efluentes domésticos, de pecuárias e

indústrias e de lixiviados de aterros sanitários e

lixeiras; pesticidas e adubos químicos usados na

agricultura e nos jardins; deposição ilegal de

resíduos sólidos e deposição aleatória e/ou

lançamento nos esgotos de produtos tóxicos como pilhas, baterias, tintas, solventes, óleos

queimados de motores, resíduos fotográficos, etc..

Convém exemplificar melhor o impacto que algumas destas ameaças

representam, assim:

- Uma única pilha contamina o solo durante 50 anos. As pilhas mais

perigosas são as pilhas-botão e as alcalinas. Uma pilha-botão liberta em

média 1 gr. de mercúrio que é suficiente para contaminar 20.000 litros de águas residuais

ou 200.000 litros de águas continentais ou marítimas. Uma única

pilha alcalina é suficiente para contaminar 175.000 litros de água,

mais do que uma pessoa bebe em toda a vida.

- Um litro de óleo para automóvel pode poluir 950 000 litros de

água potável. Meio litro de óleo usado pode

originar uma mancha venenosa com cerca

de meio hectare.

- Três litros de solvente (para tintas, por

exemplo) podem contaminar 60 milhões de

litros de água subterrânea.

- Mais de metade dos fosfatos existentes nos lagos e rios vêm dos detergentes.

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Os fosfatos funcionam como fertilizante provocando o excesso de desenvolvimento,

principalmente de algas, o que impede a sobrevivência de outras plantas e animais

aquáticos.

- Dos vinte produtos tóxicos cuja produção origina mais resíduos perigosos, cinco de

entre os seis primeiros são vulgarmente usados na indústria dos plásticos.

- A chuva ácida destrói a fauna e flora

dos rios, danifica as florestas e até os

edifícios. Cerca de ¼ das florestas

europeias estão danificadas pela

chuva ácida. A destruição das

florestas, por sua vez, diminui a

infiltração da água para recarga dos

aquíferos.

Seguem-se alguns exemplos para proteger e despoluir a água:

1- Poupar energia (exemplos: usar lâmpadas

economizadoras, isolar tetos, utilizar transportes públicos, poupar água) e/ou

usar formas de energias mais limpas para o Ambiente (exemplos:

adaptar os automóveis a GPL, usar energia

solar, eólica)

2- Usar detergentes menos agressivos para

o ambiente, sem fosfatos. Em alternativa na

lavagem da roupa na máquina pode usar-se sabão em pó, e no

caso das águas calcárias adicionar 1 colher de sopa de bicarbonato de sódio e duas

colheres de sopa de vinagre por lavagem. O vinagre tem as particularidades de amaciar a

roupa e fixar as cores da roupa escura.

3- Não abusar dos produtos de higiene

pessoal.

4- Poupar papel e usar papel reciclado,

uma vez que na produção de papel a

partir de papel usado há uma redução para metade no consumo

de energia, uma redução de 95% da poluição atmosférica.

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5- Entregar os óleos usados nos recolhedores autorizados pela Direção Geral de Energia,

ou fazer as mudanças de óleo nas oficinas onde haja a sua recolha adequada.

6- Evitar sobras de tintas. A tinta de óleo é um resíduo perigoso deve

por isso ter um destino apropriado, assim como as suas embalagens.

As sobras de tinta de esmalte devem ser evaporadas ao ar (pode

demorar 1 ano!) e depois pode-se colocar as latas no lixo. Usar “tintas

ecológicas” em alternativa.

7-Nunca colocar as pilhas gastas no lixo, mas sim nos pilhómetros. Usar

sempre que possível, pilhas recarregáveis (são quase eternas!) ou aparelhos a

energia solar direta (exemplo: calculadoras), que dispensam pilhas!

8- Evitar os plásticos, preferindo produtos em embalagens de vidro,

reutilizando os sacos de plástico, etc.

9- Adotar boas práticas agrícolas e nos relvados, evitando o uso excessivo de adubos e

pesticidas, por exemplo.

10- Fazer compostagem no quintal.

11- Tratar os efluentes, mesmo que haja saneamento

público podemos sempre que possível fazer o

tratamento doméstico dos nossos efluentes, por

exemplo através de fossas biológicas.

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2.3 – Mudança climática

Alterações climáticas em Portugal

Uma investigação

sobre mudanças

climáticas em

Portugal traça um

cenário futuro de impactos negativos que vão desde o

aumento da temperatura à diminuição da precipitação.

Para minimizar estes cenários é necessário diversificar

as fontes de energia, adotar políticas que obriguem à

diminuição das emissões dos gases catalisadores do

efeito de estufa, de que é exemplo o Protocolo de

Quioto, e dialogar com todos os agentes implicados.

Tempestades inesperadas e violentas. Incêndios cada vez mais incontrolados. Derrocadas

no litoral. Doenças inusitadas e habitualmente restritas a climas tropicais. Ondas de calor.

Chuvas torrenciais. Cheias catastróficas. Calotes polares a

derreter. Instabilidade

climática com

variações de

temperatura abissais na

mesma semana e no

mesmo lugar. Picos de

poluição nas cidades,

obrigando a alertas públicos. Estas são algumas das

consequências que já se fazem sentir em todo o mundo e que se prevê que se agravem nos

próximos anos.

A Terra está a

atravessar um

período de fortes e

rápidas mudanças

atmosféricas: aquecimento e grande instabilidade

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climática. Até mesmo Portugal, em tão pouco espaço de tempo nunca viu tanta

enxurrada, cheia, seca, maré viva; e os próprios incêndios atingem uma dimensão cada

vez maior.

O nível dos oceanos sobe mais rapidamente do

que se esperava. A temperatura das águas

muda também mais rapidamente e, com ela, as

espécies marinhas desaparecem ou migram

mais depressa.

Somos particularmente vulneráveis às alterações climáticas.

Temos uma frente marítima extensa a cotas baixas e estamos numa posição intermédia

entre a linha de avanço da desertificação e a das chuvas torrenciais.

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2.4 – Perda da biodiversidade

Numa cerimónia organizada pela Universidade das Nações

Unidas, na cidade de Kanazawa, Japão, em conjunto com

o secretariado da Convenção sobre Diversidade

Biológica (CDB), foi lançada a Década da

Biodiversidade.

A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o período 2011-2020 como a Década da

Biodiversidade para incentivar a implementação do plano estratégico da CDB e a sua

visão geral de viver em harmonia com a natureza.

A ideia da Década da Biodiversidade foi inicialmente trazida pelo Japão e aprovada pela

10° Conferência das Partes da CDB, em Nagoya, em

outubro de 2010. A principal meta é garantir que até

2020 todas as pessoas do mundo estejam cientes do

significado da biodiversidade e seu valor.

“Que trabalhemos juntos para viver em harmonia

com a natureza, que preservemos e gerenciemos

sabiamente as riquezas da natureza para a prosperidade hoje e para o futuro que

queremos”, declarou o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon.

O lançamento internacional foi precedido por eventos regionais

na Costa Rica, Cuba,

Equador, Etiópia, Índia,

Filipinas e República da

Coreia.

Os principais objetivos do

plano de ações a desenvolver a

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nível internacional visam reforçar a importância da conservação da Biodiversidade tanto

para o bem-estar do Homem como para o desenvolvimento da economia e

consciencializar o maior número de pessoas possível.

O que é a Biodiversidade?

Biodiversidade ou

diversidade biológica

é, genericamente, a

soma de todas as

formas de vida que

habitam o nosso

planeta, ou seja, é a

diversidade da natureza viva.

Este termo e conceito têm sido crescentemente utilizados desde 1986 entre biólogos,

ambientalistas, líderes políticos e cidadãos informados em todo o mundo, coincidindo

com o aumento da preocupação com a extinção das espécies, observado nas últimas

décadas do Século XX.

Ainda se conhece

pouco sobre a

Biodiversidade do

planeta,

calculando-se que

existam entre 10 a 20 milhões de espécies, das quais

só 10% estão estudadas a nível científico.

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Biodiversidade significa a variabilidade de organismos vivos, compreendendo os

ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos. Refere-se à variedade

de vida na Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a

variedade de espécies da fauna, da flora, de fungos macroscópicos e de microrganismos,

a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas e

ainda a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos.

Refere-se também à riqueza (número) de diferentes categorias biológicas e à abundância

relativa dessas mesmas categorias, incluindo variabilidade ao nível local,

complementaridade biológica entre habitats e variabilidade entre paisagens.

A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, sendo responsável

pelo equilíbrio e pela estabilidade dos ecossistemas.

A perda da Biodiversidade

O principal impacto da perda da Biodiversidade

traduz-se na extinção das espécies que são

irrecuperáveis.

Durante as últimas

décadas a grande

maioria dos biólogos acredita que está prestes a acontecer

uma extinção em massa, dado que a taxa de perda de espécies

é maior agora do que em qualquer outra época da história da Terra.

Estudos mostram que cerca de 12,5% das espécies

de plantas conhecidas estão sob ameaça de extinção

e cada ano entre 17.000 e 100.000 espécies

desaparecem do nosso planeta. Alguns estudiosos

preveem que cerca de 20% de todas as espécies

vivas poderão desaparecer nos próximos 30 anos.

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O Homem é o principal responsável pela perda da Biodiversidade. As espécies têm sido

exterminadas de maneira muito rápida pela ação humana,

com uma taxa de extermínio 50 a 100 vezes superior aos

índices de extinção por causa natural. De entre algumas

das principais ações do homem e suas consequências na

perda da Biodiversidade do planeta poderemos apontar:

- A eliminação ou alteração dos habitats naturais, com a

eliminação da vegetação local para construção de casas ou para atividades agropecuárias,

o que altera o meio ambiente; em média, 90% das espécies extintas acabaram em

consequência da destruição do seu habitat;

- A superexploração comercial das florestas, oceanos,

rios, lagos e solos que ameaça muitas espécies

marinhas e terrestres;

- A poluição das águas, do

solo e do ar que desgastam os

ecossistemas e matam os

organismos;

- A introdução de espécies exóticas e de espécies alóctones

invasivas que ameaçam os locais por predação, competição ou

alteração do habitat natural.

A tendência crescente para a perda da Biodiversidade pode vir a ter profundas

implicações no desenvolvimento económico e social da comunidade humana, pois é

frequentemente acompanhada por profundas alterações ambientais

Page 22: AMBIENTE SAUDÁVEL

22

Conservar, preservar e proteger

A humanidade é ela

própria parte da

Biodiversidade e por

isso a nossa existência

seria impossível sem

ela. Qualidade de vida,

competitividade económica, emprego e segurança, tudo depende deste capital natural.

A Biodiversidade é fundamental para os "serviços ecos sistémicos", ou seja, os serviços

que a natureza

fornece, como a

regulação do clima,

da água e do ar, a

fertilidade dos solos

e a produção de

alimentos, combustíveis, fibras e medicamentos.

A Biodiversidade é essencial para manter a viabilidade da agricultura e das pescas a

longo prazo e é a base de muitos processos industriais e da

produção de novos medicamentos.

Assim, a conservação da diversidade biológica, ou

Biodiversidade, tornou-se uma preocupação global. Neste

contexto os conceitos de conservação, proteção e preservação

da natureza têm vindo a evoluir no sentido da manutenção da Biodiversidade.

A espécie humana depende da Biodiversidade

para a sua sobrevivência. Assim, todos nós

somos responsáveis por esta perda crescente da

Biodiversidade, pelo que caberá a cada um de

nós dar um pequeno passo que seja para fazer

regredir este estado de degradação e para evitar

uma iminente catástrofe a nível planetário.

A Terra está na tua mão!...

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23

2.5 - A redução dos recursos energéticos.

A Terra é só uma, mas a multiplicidade dos sistemas/organismos que a utilizam não

o são.

Os seres humanos individualmente ou em comunidade, numa região ou país lutam pela

sobrevivência e pela prosperidade sem cuidar muito do que daí possa resultar para os

outros. As consequências são desastrosas e globais e não dependem do grau de

desenvolvimento.

Nos países industrializados, os elevados

padrões de consumo estimulam a utilização dos

recursos não renováveis e favorecem o desperdício.

Nos países em desenvolvimento, com dívidas

externas asfixiantes, a luta pela sobrevivência

determina níveis de exploração dos recursos

insustentáveis no futuro.

A crescente internacionalização da economia

alarga a dimensão das consequências do

funcionamento do sistema a todo o planeta. Os efeitos ambientais globalizam-se; a

economia e a ecologia não podem dissociar-se.

Face à delapidação dos recursos no nosso planeta, teremos

que crescer a um ritmo mais lento e até inverter as

tendências de

crescimento

demográfico, de modo a

reduzir as necessidades

de consumo sem

prejudicar o processo de desenvolvimento.

Page 24: AMBIENTE SAUDÁVEL

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A sustentabilidade do desenvolvimento está intimamente relacionada com a

dinâmica do crescimento demográfico.

Se é verdade que a redução das taxas atuais de crescimento populacional nos

países em desenvolvimento é um imperativo ao desenvolvimento sustentável, também

não é menos verdade que qualquer indivíduo que viva num país industrializado

representa um encargo maior para a capacidade da Terra do que qualquer cidadão de

um país mais pobre.

As ameaças à sustentabilidade dos recursos tanto vêm das

desigualdades de acesso a esses mesmos recursos, como da forma

como são usados, ou simplesmente do número de pessoas que os

utilizam. Os padrões de consumo são tão importantes como o

número de consumidores para a conservação dos recursos.

O equilíbrio entre a dimensão da população e os recursos

disponíveis, a taxa de crescimento demográfico e a capacidade da economia em satisfazer

as necessidades básicas da população, sem pôr em risco as gerações futuras serão com

certeza o grande desafio das políticas de desenvolvimento nos próximos anos.

O caminho a percorrer rumo à sustentabilidade não é fácil, pois terá obviamente que

passar por um conjunto de ações diversificadas:

limitar o crescimento demográfico;

controlar o impacto deste crescimento sobre os recursos;

aumentar a eficiência dos recursos (menos desperdício, menor consumo, maior

durabilidade);

elevar o potencial humano (educação e formação);melhorar os sistemas de

segurança social.

A gestão dos recursos e as alternativas ao seu

esgotamento

Biotecnologia

pode representar de

alguma maneira a

evolução da ciência e

Page 25: AMBIENTE SAUDÁVEL

25

da técnica postas ao serviço da defesa e boa gestão dos recursos e do ambiente.

Pode ser aplicada na:

Silvicultura – maior resistência das árvores às doenças, otimização dos rendimentos,

menor recurso aos adubos.

Benefícios na agricultura:

luta contra a erosão dos solos;

tolerância vegetal às intempéries;

criação de espécies resistentes aos parasitas;

melhoria do valor nutritivo dos vegetais;

luta contra a putrefação dos frutos e legumes;

aumento dos rendimentos agrícolas e da fertilidade

dos solos;

melhoria do processo de fotossíntese.

Criação de gado – impulso das terapias

hormonais, aperfeiçoamento de novas vacinas, novas

técnicas de inseminação artificial.

Domesticação de micro-organismos –

melhorando a eficiência do

processo de fermentação com

aplicações na produção agroalimentar (queijo, iogurte,

cerveja), plásticos biodegradáveis, energias a partir de

resíduos de matérias-primas e de lixos diversos.

Saúde – permitindo a produção da insulina e da hormona do crescimento

por crescimento por bactérias previamente programadas em laboratório.

Page 26: AMBIENTE SAUDÁVEL

26

A biotecnologia permite reduzir os níveis de poluição dos processos de fabrico,

aumentando o número e a intensidade de reações químicas idênticas às da

natureza.

Utilização de energias alternativas

A utilização de energias alternativas

(solar, eólica, geotérmica, das marés e

das ondas, hidroeletricidade, fusão

nuclear e biomassa – matéria orgânica

de origem animal ou vegetal e os

resíduos resultantes da transformação

natural ou artificial dessa matéria) a

partir de fontes renováveis, em conjunto

com uma maior eficiência energética,

poderão conduzir à manutenção ou até à redução dos níveis de consumo das fontes

tradicionais.

As novas tecnologias permitem reduzir os custos e os gastos de energia sem prejudicar

o conforto dos seres humanos e a produtividade das suas economias.

Os 4 Erres: Recuperar/Reduzir, Reciclar, Reutilizar.

2.6 – Reciclagem

A reciclagem é o termo geralmente

utilizado para designar o

reaproveitamento de materiais

beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos

materiais podem ser reciclados e

os exemplos mais comuns são o

papel, o vidro, o metal e o

plástico. As maiores vantagens da

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reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não

renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final,

como aterramento, ou incineração O conceito de reciclagem serve apenas para os

materiais que podem voltar ao estado original e ser transformado novamente em um

produto igual em todas as suas características. O conceito de reciclagem é diferente do de

reutilização.

O reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um determinado material já

beneficiado em outro. Um exemplo claro da diferença entre os dois conceitos, é o

reaproveitamento do papel.

O papel chamado de reciclado não é nada parecido com

aquele que foi beneficiado pela primeira vez. Este novo

papel tem cor diferente e textura diferente. Isto acontece

devido a não possibilidade de retornar o material utilizado

ao seu estado original e sim transformá-lo em uma massa

que ao final do processo resulta em um novo material de características diferentes.

Outro exemplo é o vidro. Mesmo que seja "derretido", nunca irá ser

feito um outro com as mesmas características tais como cor e dureza,

pois na primeira vez em que foi feito, utilizou-se de uma mistura

formulada a partir da areia.

Já uma lata de alumínio, por exemplo, pode ser derretida de

volta ao estado em que estava antes de ser

beneficiada e ser transformada em lata,

podendo novamente voltar a ser uma lata

com as mesmas características.

A palavra reciclagem ganhou destaque na

mídia a partir do final da década de 1980, quando foi

constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-

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primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço

para a disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza. A expressão vem do inglês

recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).

2.7– Como poderemos melhorar o ambiente ter um ambiente saudável?

Muito do que atrás foi mencionado, permite preservar o ambiente e poupá-lo à

degradação a que assistimos sistematicamente.

Com pequenos gestos e alguma informação, poderemos na escola incutir regras e

pequenos atos que levem as crianças a compreender o quão importante é preservar para

que as gerações futuras possam usufruir de um ambiente menos doente e onde a

cidadania é ponto fulcral para que isso aconteça.

Iremos assim aplicar a política dos 4 rs, para que de uma forma simples se possa trabalhar

e fazer compreender a importância do tema em questão.

4 Rs DA RECICLAGEM

REDUZIR

RECUPERAR

REUTILIZAR

RECICLAR

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Exemplos de transformação de resíduos em produtos reciclados

papel

vidro

plástico

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metal

Avaliação:

Nada a alterar nos critérios gerais do PCE referentes aos seguintes parâmetros conhecimentos;

atitudes, comportamentos e vapores; capacidades e aptidões;

Relativamente aos instrumentos de avaliação:

- Grelha de observação direta;

- Autoavaliação do trabalho individual e de grupo;

- Trabalhos individuais:

- Trabalhos de grupo;

- Organização do caderno diário;

- Trabalhos de pesquisa;

- Trabalhos de projeto;

Produto final;

Resposta ao problema.

3- ABORDAGEM METODOLÓGICA DO PROJETO

Os aspetos particularmente importantes e diferenciadores deste Projeto são a

intencionalidade e as metodologias a ele associadas. Assim, pretende-se uma articulação

com a realidade concreta da comunidade escolar, tendo em conta os seus problemas e as

suas potencialidades, os seus saberes, interesses e necessidades.

Esta abordagem metodológica assente no princípio fundamental da globalização,

partindo-se do meio experimental da criança, centrando-se na abordagem de problemas e

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situações reais, do seu quotidiano, que por si só as motivam, despertam, alicerçam e

facilitam a integração das novas aquisições, tornando as aprendizagens mais

significativas e funcionais.

Neste contexto, nunca se deve esquecer as características psicológicas da criança, de

modo a que as aprendizagens sejam feitas de forma clara, coerente, articulada, utilizando

processos ativos.

Nesta perspetiva metodológica, o professor será sempre um facilitador, um

orientador, contribuindo para um ambiente propiciador do exercício frutuoso e

responsável dos direitos de participação, que assistem aos alunos como cidadãos e

membros de uma organização pessoal.

O trabalho de colaboração entre professores/alunos, escola/Agrupamento e o

contexto social/comunitário, revestem grande importância para o sucesso, o bem-estar e o

desenvolvimento dos alunos enquanto pessoas.

3.1 - MEMÓRIA JUSTIFICATIVA:

O exercício da cidadania, bem como a formação de cidadãos conscientes, o

reconhecimento e valorização do património ambiental, histórico e cultural português são

uma das competências gerais do 1º ciclo.

Ao pesquisar sobre o passado ambiental do meio local, os alunos reconhecerão a

importância da preservação do mesmo, relacionando-o com a necessidade de tomar

decisões para que se possa ter um desenvolvimento sustentável, evitando novos danos ao

meio ambiente e recuperar aquilo já danificado.

A humanidade enfrenta, neste novo século, as consequências de um agir impensado em

relação ao futuro. Isto porque, durante décadas, o homem consumiu os recursos naturais

como se os mesmos fossem infindáveis. Tal comportamento agravou-se com a Revolução

Industrial, momento histórico em que o homem começou a produzir em larga escala

produtos para consumo em massa. Daí a necessidade de se recorrer a natureza para obter

matéria-prima visando atender a esse novo mercado consumidor cada vez maior e mais

voraz.

O panorama acima levou a um quadro de alteração do meio ambiente, com a ocorrência

de tufões, maremotos, terramotos e outros eventos que demonstram, sobretudo, a reação

violenta e insatisfeita da natureza.

Com isso, o Estado viu-se obrigado a criar normas de proteção do meio ambiente que,

por consequência, limitam a capacidade produtiva do mercado.

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Novos valores para uma nova cidadania. A crise ambiental não transporta consigo a

morte, mas sim a necessidade de reforma da democracia representativa. Esta tem de se

abrir a formas mais ágeis e efetivas de exercício da cidadania. A combinação entre

exercício indireto e exercício direto do poder pelos cidadãos é perfeitamente viável e

coerente, já que muitas questões ambientais (redução e tratamento de resíduos,

ordenamento do território, uso eficiente de recursos, etc.) exigem modalidades de decisão

política, definidas num quadro de ativa participação dos cidadãos na vida das

Comunidades locais.

Em síntese, a crise ambiental, coloca a cidadania perante o repto de conferir à política

mais eficácia, o que é inseparável tanto da aquisição de novas competências como do

primado da cooperação face à lógica do conflito.

É o contacto direto com estas realidades, os testemunhos e colaboração de

familiares e vizinhos, que permitem o conhecimento e a afetividade indispensáveis para o

desenvolvimento de atitudes que conduzem à preservação do ambiente e ao

desenvolvimento de uma cidadania completa em toda a sua plenitude.

3.1.1 - CALENDARIZAÇÃO DAS ATIVIDADES:

O projeto será tratado ao longo do ano escolar, sendo dividido em três períodos

para mais fácil concretização. No 1º e 2º períodos será feito o levantamento das Lendas e

Tradições locais. No 3º período será feito o levantamento de todo o Património histórico-

cultural existente no meio onde a escola está inserida.

1º Período:

- Inventariação do património ambiental existente na região.

- Elaboração de um roteiro onde conste esse património.

-Desenvolver novos valores para um ambiente saudável.

-Compreender que a crise ambiental não transporta consigo a

morte, mas sim a necessidade de reforma da democracia representativa.

- Inquéritos e entrevistas.

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2º Período:

- Pesquisa sobre algumas espécies de fauna e flora existentes na região.

- Tomar consciência de espécies em vias de extinção.

- Dramatizações.

3º Período:

- Compreender que a combinação entre exercício indireto e exercício direto do poder

pelos cidadãos é perfeitamente viável e coerente, já que muitas questões ambientais

(redução e tratamento de resíduos, ordenamento do território, uso eficiente de recursos,

etc.)

- Participar em jogos onde sejam explícitos os valores de cidadania em relação ao meio

ambiente e consequentemente obter um ambiente saudável.

- Compilação e arquivo do material recolhido, num dossier para a biblioteca da escola.

3.1.2 - ATIVIDADES GERAIS A DESENVOLVER:

1º Período:

- Inventariação do património ambiental existente na região.

- Organização de:

- Entrevistas

- Inquéritos

- Debates

- Pesquisas orientadas

- Pesquisa e recolha de informação através de:

- Familiares e vizinhos

- Livros

- Biblioteca

- Comunidade local

- Trabalho de grupo

- Compilação da informação

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2º Período:

- Elaboração de uma resenha onde conste o património recolhido (inseridas

também no P.C.T.).

- Elaboração de cartazes, painéis, exposições.

- Recitações/debates.

- Dramatizações.

- Leitura e interpretação de textos.

- Realização de fichas de trabalho a partir da observação da realidade,

imagens, vídeos, etc...

3º Período:

- Jogos de reprodução onde sejam explícitos os valores de cidadania em

relação ao meio ambiente da literatura oral recolhida no meio (factos culturais e

históricos).

- Exposição de trabalhos realizados (em placards para o efeito).

3.1.3 - RECURSOS:

Humanos:

- Alunos.

- Professores.

- Pais e encarregados de educação.

- Comunidade local.

- Autarquia.

Materiais:

- Canetas.

- Cadernos, folhas.

- Quadro da escola.

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- Gravador.

- Livros.

- Filmes.

- Máquina fotográfica.

- Gravuras e cartazes.

- Internet

- Desdobráveis.

- Inquéritos.

- Postais.

PARCERIAS:

Centro de Formação de Professores;

Autarquia;

Junta de freguesia;

Associações locais;

Biblioteca Municipal;