“Eu sou do tamanho daquilo que vejo e não do tamanho da minha altura.”
Fernando Pessoa
Não conheço nada mais entediante que um país em crescimento económico à custa de subsidios. É a negação da competitividade e da inovação. Não existindo uma causa-efeito entre o reconhecimento e a competência, o país fica entregue aos amigos. Aos amigos dos amigos. E aos amigos do alheio.
Só a crise nos pode salvar do lodo social. Uma crise que nos conduza à reflexão colectiva sobre aquilo que pretendemos para Portugal. E que promova novas ligações em detrimento das velhas, isto é, novas combinações sociais e empresariais. Para criar algo que seja novo. Porque foi o “velho” que nos trouxe até aqui.
Este manifesto não é inconsequente. Portugal é uma referência na criação de novos produtos. A industria de moldes da Marinha Grande é um marco. O sistema integrado de pagamentos bancários é outro marco. As máquinas e equipamentos, o calçado, a gastronomia...
Sim. Somos um país de criação de novos produtos. Ao invés dos países asiáticos que replicam em escala os produtos já consagrados pelos mercados.
E isso não acontece por acaso. Temos 4 características intrinsecas que nos trouxeram a esta vocação:
a) Networking - a capacidade de relacionamento com todos os povos, herança dos Celtas. Os portugueses são um denominador comum a todas as culturas. Não temos barreiras ideológicas para compreender aqueles que pensam de forma diferente. Podemos exportar novos conceitos para todos os países.
b) Desenrascanço (lusitanus crisis management) - influência herdada dos mouros pelos países mediterrânicos. Com esta influência somos capazes de resolver novos problemas. (E de criar outros, como a dívida externa!)
c) Inovação - somos um povo apaixonado por ela, fruto da influência dos romanos. Gostamos de testar novos produtos. Temos o contexto social perfeito para beta-testers.
d) Mercado reduzido - o nosso mercado interno é pequeno. Ideal para a implementação de novas soluções com risco controlado. Esta reduzida dimensão resulta dos problemas familiares de D. Afonso Henriques.
Com estes quatro condimentos, Portugal tem a oportunidade de ser um player global na prototipagem de novos produtos e serviços. A aldeia da inovação a nivel global.
Isto significa que podemos estar num sector de elevado valor acrescentado, capaz de remunerar bem a sua mão-de-obra.
Para isso precisamos de unir esforços entre três tipos de instituições:
a) Governos (nacional e locais) - representação democrática do povo. Principais responsáveis pelas decisões estratégicas de um país
b) Universidades e centros de saber - capazes de desenvolver investigação aplicada para as empresas
c) Empresas - conversores de conhecimento em valor. Principais criadores de emprego nas sociedades globais
Julgo que este é o caminho para uma nova economia em Portugal.
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(cada um destes players não compreendeu o negócio subsequente)