AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO0 EM PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL 8,5 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Maria D’abadia da Rocha Oliveira [email protected]Orientador (a): Ilso Fernandes do Carmo PRIMAVERA DO LESTE/2012
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AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO0 EM PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL
AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO0 EM PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Maria D’abadia da Rocha Oliveira
Orientador (a): Ilso Fernandes do Carmo
“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Psicopedagogia e Educação Infantil.”
PRIMAVERA DO LESTE/2012
Dedico este trabalho a Deus, que me deu forças durante esta caminhada, a minha família, queridos companheiros dessa jornada, que me propiciaram a oportunidade de acreditar em mim mesma e vencer, a meus filhos pelo carinho, incentivo, pela minha luta diária, a coordenadora do Curso Lisiani Fortini e ao meu professor e orientador da monografia Ilso Fernandes do Carmo.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela a minha vida, pelo o meu trabalho e pela
oportunidade de estar aqui terminando uma batalha e conquistando mais uma
vitoria, também me tornar um ser capaz de realizar meus objetivos,
Aos colegas, a minha família e especial aos meus queridos filhos, Vanessa e
João Lucas que me fizeram perceber que sempre devemos lutar e ir atrás dos
Na educação infantil, as crianças compartilham varias situações que
envolvem ações estruturantes para o bem- estar das crianças e para a progressiva
construção de valores significativos na interação social como a autonomia e a
cooperação. Por isso é de suma importância valorizar desde muito cedo o mundo da
leitura, mostrar a ela que a leitura faz parte de nossa vida que sem ela é impossível
ter sucesso na vida. A leitura não é apenas um meio de decifrar, silabar e oralizar
palavras, mas deve sim ser uma forma de desenvolver seu hábito, transformando as
crianças em leitoras assíduas, que gostam e saibam ler, pois o aprendizado não é
regido através de imposições.
Esta pesquisa bibliográfica está dividida em sete capítulos.
O primeiro capítulo nos mostra a importância da Leitura e Literatura Infantil.
O segundo capítulo vem mostrando o valor da biblioteca.
O terceiro capítulo vem apresentando que ler é uma prática para todas as
áreas do conhecimento.
O quarto capítulo nos mostra a importância da historia lida e contada como
estratégia para a aprendizagem da criança.
O quinto capítulo nos apresenta o que é literatura infantil.
O sexto capítulo nos mostra a criança e a sua inserção no mundo da leitura
O sétimo capítulo enfoca a arte e o segredo da leitura.
CAPÍTULO I – A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E LITERATURA INFANTIL
Toda forma de conhecimento humano tem sido considerada, pela concepção
semiológica, como linguagem. Assim, cada vez mais a importância das práticas de
leitura é reconhecida em nossa sociedade, pois o meio dos seres humanos entrarem
em contato com esses conhecimentos só pode se dar pela leitura, que é a interação
entre sujeitos.
A crise de leitura pela qual vem passando o Brasil nas últimas décadas pode
revelar um perfil de professor marcado pelo pouco envolvimento com a leitura.
Segundo Neuza C. de Carvalho (1997), para vivermos em nossa sociedade,
faz-se necessário saber ler e para isso há que se considerar a leitura de diferentes
linguagens como da linguagem verbal, da linguagem visual, auditiva, olfativa,
gustativa, bem como os gestos, os sons, os sentidos, as coisas, os traços, as linhas,
a natureza, os comportamentos, a moda, a televisão, o cinema, o teatro, enfim, tudo
o que é vivo e significativo.
Segundo MACHADO,
A ideia de infância parece sempre estar associada à ideia da educação e porque essa tendência se mantém ainda nos dias de hoje, com a leitura na Educação Infantil não poderia ser diferente. "Daí a resposta para alguns livros infantis que não passam de uma simples desculpa para o autor dar suas aulinhas ou transmitir mensagens ideológicas" (1999, p. 32-33).
Falar sobre a significação da leitura nas crianças da Educação Infantil nos
leva a refletir sobre a atuação do professor, uma vez que é ele um dos mediadores
entre a criança e a leitura, influenciando de maneira decisiva a formação do sujeito
leitor.
A mudança paradigmática no ensino de leitura precisa urgentemente
ultrapassar os muros acadêmicos e chegar às escolas.
Ezequiel Silva (1993, p.38 e 39) afirma que:
Se faz necessária uma reformulação radical nas formas de encaminhamento da leitura escolar em termos de pedagogia de leitura. Principalmente porque os professores não estudaram elementos da teoria da leitura em sua formação, e, por isso, têm baseado suas práticas em imitações de experiências de outros professores, desconsiderando as características e necessidades específicas da turma em que estão desempenhando o papel de mediadores de leitura.
A escola, além de contribuir para a aproximação da leitura, pode exercer um
papel crucial na formação do não leitor. O professor, nesse contexto, precisa
revolucionar sua prática pedagógica, questionar-se, refletir criticamente sobre seu
papel e valor na sociedade, para fazer de seus alunos cidadãos mais críticos e
participativos. A escola precisa ser formada por diretores, pedagogos,bibliotecários e
professores que tenham uma formação em leitura. Direcionados a uma prática de
leitura diferente daquela que há anos vem sendo adotada pela escola, bibliotecários
e professores poderão trabalhar em conjunto rumo à formação de alunos que
frequentem 394 assiduamente a biblioteca, que encontrem significados em suas
leituras e que programem um tempo para ler.
Leitura na Educação Infantil. Um dos eixos básicos da Educação Infantil é o
trabalho com a linguagem, pois é importante para a formação do sujeito, na sua
interação com as outras pessoas e na orientação das ações e desenvolvimento do
pensamento.
Segundo os RCNEI’s, “as práticas de leitura para as crianças que ainda não
sabem ler convencionalmente têm um grande valor em si mesmas, sendo que nem
sempre são necessárias atividades posteriores.” (BRASIL, 1998, p. 141). Atividades
como desenho dos personagens, dramatização de histórias ou perguntas sobre o
que foi lido só fazem sentido quando estão propostas dentro de um projeto mais
amplo.
Desde bem pequena, instintivamente, a criança percebe e estabelece uma
relação entre seus sentimentos e o meio. Aos poucos, se apropria desse valioso
instrumento de expressão e vai sendo tomada pela sonoridade e ritmo das palavras,
pela significação afetiva e imaginativa.
Uma aprendizagem significativa da língua, por meio de um trabalho com a
linguagem oral e escrita, desenvolverá gradativamente as capacidades associadas
às quatro competências linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever,
possibilitando o acesso da criança ao mundo letrado. (BRASIL, 1998, v. 3, p. 117).
Porém os alunos só aprenderão a ter cuidado com os materiais, se tiveram
em contato com os mesmos. A criança só construirá conhecimento a cerca da leitura
se estiver inserida em um ambiente favorável ao letramento que a possibilite
presenciar e participar de situações de iniciação a leitura.
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Segundo Rosana Becker, apud MARICATO (2005, p. 22)
Para trabalhar literatura com as crianças é preciso possibilitar a elas o contato com os dois materiais: aquele que é para ser lido (livros, revistas, jornais, entre outros) e, aquele que é para ser rabiscado (folha sulfite, caderno de desenho, lousa, chão).
Segundo Edmir Perrotti, apud MARICATO (2005 p.25), quanto mais cedo às
crianças tiverem contato com histórias orais e escritas, maiores serão as chances de
gostarem de ler.
Ao folhear um livro, tocá-lo e observar suas figuras, mesmo que ainda não
decodifique a língua escrita, a 1/6 criança está ao seu modo praticando a leitura e,
esta prática de leitura é denominada de “Letramento” por Magda Soares, apud
MARICATO (2005 p. 18).
O Letramento consiste em fazer uso social da leitura e da escrita e, isso
ocorre quando a criança desde cedo explora e vivencia práticas de leitura e escrita.
Diante disso, cabe ao professor possibilitar este contato do aluno com a literatura
orientando – sobre como fazer uso deste material escrito. Como podemos perceber
a concepção de criança nem sempre existiu da forma que conhecemos hoje.
O ato de ouvir e contar histórias está, quase sempre, presente nas nossas vidas: desde que nascemos, aprendemos por meios das experiências concretas das quais participamos, mas também através daquelas experiências das quais tomamos conhecimento através do que os outros contam. Todos temos necessidade de contar aquilo que vivenciamos, sentimos, pensamos e sonhamos. Dessa necessidade humana surgiu a literatura: do desejo de ouvir e contar para através dessa prática, compartilhar. (GRAIDY e KAERCHER, 2001, p.81).
Pode-se utilizar além do livro, fantoche, filme, peças de teatro produzidas
pelas próprias crianças, músicas e revistas.
A literatura é arte. Arte que se utiliza da palavra como meio de expressão para, de algum modo, dar sentido a nossa existência. Se nós na nossa prática cotidiana, deixarmos um espaço para que essa forma de manifestação artística nos conquiste seremos, com certeza mais plenos de sentidos, mais enriquecidos e felizes. (GRAIDY e KAERCHER, 2001, p.81).
A definição "arte de ler" (HOUAISS, 2001, p. 1739), nos remete a
antiguidade, mais precisamente na Grécia, onde a história entre leitura e escrita
começa a ser traçada.
De acordo com CAVALLO e CHARTIER (1998),
Estes veículos de comunicação estavam presentes na estrutura funcional da democracia ateniense, sendo produzidos textos voltados para a leitura pública, ou seja, pela oratória. Começam a surgir os primeiros traços da leitura como a conhecemos hoje, um ato íntimo e silencioso, mostrando a
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mudança de pensamento da sociedade, que nesse momento estava no período helenístico, representando a transformação do olhar sobre o ato de ler para um "dobrar-se sobre si mesmo. (p. 15).
De acordo com CAVALLO e CHARTIER (1998), no século XIX surge um
novo grupo de leitores, que compreende mulheres, crianças e operários,
completando assim a expansão da produção escrita. Nesse momento, todos os
indivíduos da sociedade tinham a oportunidade de acesso a livros pensados para
cada tipo de leitor, e também disseminando uma linguagem carregada de um
pensamento do papel de cada um na sociedade.
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CAPÍTULO II – A IMPORTÂNCIA DA BIBLIOTECA
RIBEIRO (1994, p.61), diz que a biblioteca escolar: Possui as funções
educativas e culturais. A primeira auxilia a ação do aluno e a do professor e, a
segunda complementa a educação formal, ao oferecer possibilidades de leitura,
colaborando para que os alunos ampliem os conhecimentos e as idéias acerca do
mundo, além de incentivar o gosto pela leitura na comunidade escolar.
Quando o termo educação é mencionado com o intuito a despertar uma
cultura que integralize crianças e jovens junto à sociedade trazemos a importância
da família, a escola e a biblioteca que são três fatores essenciais para o crescimento
da leitura em diferentes aspectos.
Para LEITE (1999, p.32)
[...] a família desempenha papel preponderante no processo de formação de leitores, pois seus membros [...] são os primeiros incentivadores da criança. Mas se dentro da família não ocorrer tal incentivo, cabe à escola e biblioteca cumprir esse papel de despertar a educação que refletirá no aprendizado.
No ponto de vista de Freire, a leitura da realidade precede a leitura da
palavra. Aprendemos a ler o mundo antes mesmo de decodificar os sinais gráficos
das letras sendo assim, ler o mundo é tão importante quanto ler a palavra, pois um
não está dissociado do outro. São dois momentos que se comunicam no ato de
pensar, pois existe uma relação mútua entre a leitura do mundo e a leitura da
palavra, entre a linguagem e a realidade, entre o texto e o contexto. (FREIRE,1994).
Segundo ARANHA,
O trabalho do educador é estimular e orientar estas crianças e suas experiências que são vividas diariamente em seu cotidiano. “A verdadeira educação deve dissolver a assimetria entre o educador e o educando, pois, se há inicialmente uma desigualdade, esta deve desaparecer à medida que se torna eficaz a ação do agente da educação. (1989, p.51).
Segundo SOSA (1978, p. 25)
A literatura infantil, esta em acordo como base a se trabalhar, pois, surge para instruir, divertir, educar e construir um mundo onde ela se identifica, e sente-se livre para captar e adequar suas capacidades, ainda em processo de formação às experiências reais, dando asas a sua fértil imaginação. “A criança serve-se do real, justamente, para penetrar em sua fantasia” e assim viver seu lúdico, e aprender a conhecer os signos e significados do mundo que lhe cerca. Ela aprende a todo o momento, a cada segundo, assimilando assim, todos os mecanismos para, agir.
CAPÍTULO III – LER, UMA PRÁTICA PARA TODAS AS ÁREAS DO
CONHECIMENTO
YUNES e PONDE (1988, p. 58-59), também contribuíram para nossa
discussão quando afirmaram: “[...] ler é – além da “atribuição de significados à
imagem gráfica segundo o sentido que o escritor lhe atribui – a relação que o leitor
estabelece com a própria experiência, através do texto”
Segundo LEFFA (1996, p. 10)
(…) ler é, na sua essência, olhar para uma coisa e ver outra.” Neste processo ler, compreender textos da forma “correta”, implica em auxiliar no desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas. Emocionais, estéticas, éticas e sociais na perspectiva de contribuir para a formação de crianças/cidadãos mais saudáveis, pois as literaturas relatam sobre o homem e de como ele se porta em seus meios, “ser educado não é saber informações, não é saber falar as coisas.
“Educar-se é passar por uma transformação da própria pessoa, atingir um
nível mais alto de poder”, (TEIXEIRA,1954, p.3-20), é estar à frente de seus
questionamentos e saber atribuir-lhes respostas consideráveis, mudar o constante
ciclo de evolução para um patamar mais justo onde possa se ter um nível cultural,
social realmente interessado no bem-estar comum, sabendo-se que a escola, a
família e o convívio entre os seus, é fundamental, é o farol que ilumina e guia os
desbravadores destes novos intentos.
A proposição que guiou o trabalho é que a concepção do leitor é um método
que se inicia bem antes da alfabetização e que atividades de estímulo à leitura
podem ser aplicadas durante o desenvolvimento da linguagem.
MARTINS (1994, p. 30), que afirma:
Seria preciso, então, considerar a leitura como um processo de compreensão de expressões formais e simbólicas, não importando por meio de que linguagem. Assim, o ato de ler se refere tanto a algo escrito quanto a outros tipos de expressão do fazer humano, caracterizando-se também como acontecimento histórico e estabelecendo uma relação igualmente histórica entre o leitor e o que é lido.
Segundo a fala de MARTINS, ler é, antes de qualquer diagnóstico do
conteúdo, uma intervenção mental, de percepção. A compreensão é o desígnio da
leitura. Não se trata, no então, de pura e simplesmente entender completa ou
incompletamente um texto escrito para que haja a significação do mesmo, ou seja,
para que a compreensão ocorra. Existem inúmeros motivos envolvidos nesse
processo, de entender e compreender.
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CAPÍTULO IV – A HISTÓRIA LIDA E CONTADA COMO ESTRATÉGIA PARA A
APRENDIZAGEM DA CRIANÇA
A Literatura Infantil, lida ou contada é um vasto caminho no qual as crianças
se envolvem e contribuem para o desenvolvimento afetivo, cognitivo, imaginativo,
fantasioso e escrito. E estas possibilidades, englobam o direito da criança ser
criança, sonhadora e questionadora na sua totalidade.
Conta, conta contador! Conta à história que eu pedi. Quando as crianças tem proximidade com as histórias e os contadores, o pedido vem. E o educador deve receber esses pedidos com alegria, mergulhando na paixão do redescobrir os contos. O jeito de contar será uma consequência do desejo de ler história para as crianças. No início pode ser até tímido, mas depois tende a crescer. (OSTETTO, 2000, p. 97).
Inicialmente o livro é só um brinquedo. É a presença de adultos, no
momento em que a criança tem relacionamento com ele, é que a levará a descobrir
o seu verdadeiro sentido e suas múltiplas possibilidades.
Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... Escuta-las é o inicio da aprendizagem para ser um leitor, e ser um leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descobertas e compreensão do mundo. (ABRAMOVICH, 1993, p. 16).
Ao contar uma história deve-se falar com entonação e descrever algumas
características dos personagens e o lugar onde se passa a história, para que as
crianças tenham elementos para usar a sua imaginação. É poder sorrir, rir e
gargalhar com as situações vividas pelos personagens, é também dar lugar ao
imaginário, fantasiar e ter curiosidade saciada sobre as mais diversas questões.
Para que uma história realmente prenda a atenção da criança, essa história deve de fato entretê-la e despertar sua curiosidade. Mas, para enriquecer sua vida, deve estimular-lhe a imaginação: ajudá-la a desenvolver seu intelecto e a tornar claras suas aspirações. (BETTELHEIN, 1980, p. 94).
O momento da história, não é uma hora de ouvir o professor e sim o
momento prazeroso em que a criança tem oportunidade para fazer comparações da
história narrada com sua convivência.
É por meio de uma história que se podem descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser. Por isso o cotidiano educativo deve contemplar essa prática de contar histórias, aumentando muitos pontos para a vida humana. (OSTETTO, 2000, p. 51).
Portanto vale a pena valorizar a história lida ou contada.
Devemos mostrar o livro para classe, virando lentamente as páginas com a mão direita, enquanto a esquerda sustenta a parte inferior do livro aberto de frente para o público. Narrar com o livro não é, propriamente, ler a história.
O narrador o conhece, já a estuda e vai contando com suas próprias palavras, sem titubeios, vacilações ou consultas com o texto, o que prejudicaria a integridade da narrativa. (COELHO, 1991, p. 78).
A história sendo lida da maneira como Betty Coelho (1991), relata, satisfaz o
desejo, os olhares e a impaciência das crianças, pois as mesmas ouvindo a história
sem olhar as gravuras do livro agem de forma desassossegada. Assim o mediador
conta a história, que por hora já a conhece, motivando-a com as gravuras da história
e principalmente com a entonação da voz.
A Literatura é arte, e traz uma aprendizagem que deve ser vivenciada pela
criança em formação do seu eu com o mundo. Como uma das artes mais
importante, desperta a imaginação e contribui com a formação em conjunto com as
atividades básicas da criança. É um instrumento ideal no processo educativo,
colaborando na formação de um bom leitor.
Como afirma COELHO (2000, p.15):
Estamos com aqueles que dizem: sim a literatura, e em especial a infantil, tem uma tarefa fundamental a cumprir nesta sociedade em formação: a de servir como agente de formação, seja no espontâneo convívio leitor/ livro, seja no diálogo leitor/ texto estimulado pela escola... É ao livro à palavra escrita, que atribuímos à maior responsabilidade na formação da consciência de mundo das crianças e dos jovens.
A prática de ler e de ouvir histórias na Educação Infantil transforma-se em
um ato de aprendizagem, desenvolve valores, levando o leitor a atingir maturidade
crítica em sua formação, e faz interagir as crianças entre si, estimulando a
capacidade e a percepção. Se observarmos com atenção, podemos perceber que a
prática de contar e ouvir histórias vai formar crianças que gostem de ler e que vejam
a leitura como divertimento.
CRAIDY E KAERCHER (2001, p.82) afirmam que:
Este processo se dá através da interação com o meio: em se tratando de literatura e leitura isso acontece por meio das interações que ocorrem entre as crianças, entre elas e os adultos, entre os adultos. Portanto, acredito que somente iremos formar crianças que gostem de ler e tenha uma relação prazerosa com a literatura se propiciar a elas, desde muito cedo, um contato frequente e agradável com o objeto livro e com o ato de ouvir e contar histórias, em primeiro lugar e, após, com o conteúdo desse objeto, a histórias propriamente dita- com seus textos e ilustrações.
Isto equivale dizer que tornar o livro parte integrante do dia-a-dia das nossas
crianças é o primeiro passo para iniciarmos o processo de sua formação como
leitora.
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CAPÍTULO V – O QUE É LITERATURA INFANTIL?
A Literatura infantil é, antes de tudo, literatura, ou melhor, é arte: fenômeno
de criatividade que representa o Mundo, o Homem, a Vida, através da palavra.
Funde os sonhos e a vida prática; o imaginário e o real; os ideais e sua
possível/impossível realização.
Para CAGNETI (1996, p.7), a literatura infantil leva a criança à descoberta
do mundo, onde sonhos e realidade se incorporam, onde a realidade e a fantasia
estão intimamente ligadas, fazendo a criança viajar, descobrir e atuar num mundo
mágico; podendo modificar a realidade seja ela boa ou ruim.
A história da literatura infantil tem relativamente poucos capítulos. Começa a delinear-se no início do século XVIII, quando a criança pelo que deveria passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a preparasse para a vida adulta. (CUNHA, 1999, p. 22).
Antes disso, a criança, acompanhando a vida social do adulto, participava
também de sua literatura. Existiam no século XVIII, duas realidades. A criança da
nobreza, orientada por preceptores, lia geralmente os grandes clássicos, enquanto a
criança das classes desprivilegiadas lia ou ouvia as histórias de cavalaria, de
aventuras.
As lendas e contos folclóricos formavam uma literatura de cordel de grande
interesse das classes populares.
Segundo LAJOLO e ZILBERMAN (1991, p. 18):
Devido à concepção de infância que estava se constituindo, fez-se necessários novos mecanismos para “equipar” e “preparar” a criança para enfrentar mais tarde o meio social. A escola tornou-se, então, uma instituição legalmente aberta, não só para a burguesia, mas para todos os segmentos da sociedade e a literatura infantil vem então validar esse processo de escolarização; isto porque, como a escola “trabalha sobre a língua escrita, ela depende da capacidade de leitura das crianças, ou seja, supõe terem esta passada pelo crivo da escola.
No caminho percorrido, à procura de uma literatura adequada para a infância
e juventude, podem-se observar duas tendências próximas daquelas que já
influenciavam a leitura das crianças: dos clássicos, fizeram-se adaptações e do
folclore, nasceu os contos de fada, até então quase nunca voltados especificamente
para a criança.
Nas palavras da psicolinguista Emilia Ferreiro (1999 p. 175):
A leitura é um momento mágico, pois o interpretante informa à criança, ao efetuar essa aparentemente banal, que chamamos de “um ato de leitura”, que essas marcas têm poderes especiais; basta olhá-las para produzir linguagem.
A linguagem oral está presente no cotidiano e na prática das instituições de
educação infantil à medida que todos que dela participam: crianças e adultos, falam
se comunicam entre si, expressando sentimentos e ideias.
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CAPÍTULO VI – A CRIANÇA E A SUA INSERÇÃO NO MUNDO DA LEITURA.
A criança quando apresentada ao mundo da leitura necessita receber apoio
e incentivos para que tal prática se concretize, uma vez que, a participação dos
adultos durante esta fase de compreensão e conhecimento da leitura é
extremamente importante, pois é a partir das expressões e hábitos cotidianos (dos
que as rodeiam) que a criança realiza o entendimento desse universo desconhecido.
Os conhecimentos pré-escolares são valorizados, contribuindo para o
processo de ensino e aprendizagem da leitura e escrita, pois a todo o momento a
criança se depara com imagens e ilustrações que colaboram na distinção da escrita
mesmo sem haver oralidade. Entretanto, cabe aos pais contribuírem para o
desenvolvimento desse processo, mas na maioria das vezes as crianças não
recebem o auxílio dos mesmos, pois estes também não o receberam no passado, e
não detém conhecimento e até mesmo habilidades de contribuírem para com a
formação de seus filhos; assim pais que leem formam crianças leitoras.
Segundo JOLIBERT (1994, p. 129):
É importante dizer também o quanto pode ser significativo que os pais leiam histórias para seus filhos ou folheiem com eles um álbum de literatura infantil, levando-os a dizerem o que imaginam que irá acontecer na página seguinte depois de virada.
De acordo com a fala de JOLIBERT, ao ser inserido na escola, a criança
passa a ser orientada pelo educador, que através de suas práticas pedagógicas
apresenta a ela o mundo das palavras, portanto, cabe a ele criar situações e gerar
incentivos para que a prática da leitura seja efetivada, formulando projetos que insira
a criança em sua própria realidade, despertando o interesse e a curiosidade por tal
prática.
No entanto, as práticas metodológicas utilizadas pelos professores se
restringem à fase cognitiva apresentada pelas crianças, sem que favoreça o seu
desenvolvimento. É necessário aplicar novos métodos que ultrapassem o nível de
conhecimento de tais crianças (por exemplo: o silábico), apostando na construção
cooperativa do currículo educacional, o que contribui para uma aula mais interativa e
criativa.
Muitos pais apoiam a concepção tradicional, não compreendendo a
liberdade dada as crianças durante a construção da aprendizagem. Entretanto,
essas novas práticas pedagógicas aplicadas colocam a criança em conflito,
estimulando-as e desinibindo o seu interesse em aprender.
Portanto, a leitura não é apenas um meio de decifrar, silabar e oralizar
palavras, mas deve sim ser uma forma de desenvolver seu hábito, transformando as
crianças em leitoras assíduas, que gostam e saibam ler, pois o aprendizado não é
regido através de imposições.
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CAPÍTULO VII – A ARTE E O SEGREDO DA LITERATURA
Desenvolver o ato de ler em uma criança é um processo constante que se
inicia muito cedo e exige do leitor uma arte que pode ser desencadeada a partir do
momento no qual se descobre o segredo da leitura, a fim de promover ao leitor
infantil uma possível formação de futuros leitores, que sejam críticos, criativos e
pensantes.
Paulo FREIRE (2008), afirma: “A leitura do mundo precede a leitura da
palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da
leitura daquele.” (p.11). A leitura é um processo continuado que se inicia no berço e
só termina no momento de sua morte, a leitura do mundo possibilita ensinar,
fornecer dados e revelar-nos o oculto conforme afirma Vera Maria Tietzmam Silva
(2008), “A leitura de mundo nos ensina a ler mais do que os sinais preto na folha
branca.” (p.33).
Desta forma, considera-se que a leitura é realizada em um sentido que
venha alcançar uma maior amplitude. Em um mundo de signos, ler é condição
primordial para uma participação efetiva na sociedade, já que a leitura propõe as
bases para as aprendizagens múltiplas e a escola, centro das atividades do
conhecimento, torna-se um dos instrumentos de poder e de transformação na
sociedade.
De acordo com a fala de SILVA, o ato de ler traz em si uma complexidade tal
qual sua amplitude, na medida em que a leitura é concebida como um ato de
desvendar, ou seja, ir além dos códigos lingüísticos, saber fatos que nos rodeiam, ler
o mundo. A leitura é um processo no qual o leitor pode realizar um trabalho ativo de
construção do significado do texto. Para leitores que estão no processo de
formação, a mediação do professor é indispensável. A escola assume um papel
primordial a respeito do aprendizado e a valorização da literatura na leitura, porém
percebemos uma grande preocupação com o ato de decodificar as palavras.
Perante a esta postura assumida pelo sistema educacional, a leitura passa a ser
apenas uma memorização de palavras, e o verdadeiro sentido de formar cidadãos
críticos torna-se cada vez mais distante do que realmente possa ser o ato de ler.
Paulo Freire (2008) afirma que:
Os alunos não tinham que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas aprender a sua significação profunda. Só aprendendo-a seriam capazes de saber, por isso, de memorizá-la, de fixá-la. A memorização mecânica da descrição do objeto não se constitui em conhecimento do objeto (p. 17).
Dessa forma, ler não é uma tarefa de juntar uma palavra a outra, ao
contrário, a leitura deve ser algo que contribua para a inserção do indivíduo na
sociedade, fazendo do mesmo um ser crítico capaz de tentar transformar a realidade
em que vive, como ressalta Maria Helena Martins:
... O ato de ler permite a descoberta de características comuns e diferenças entre os indivíduos, grupos sociais, as várias culturas, incentiva tanto a fantasia como a consciência da realidade objetiva, proporcionando elementos para uma postura críticas, apontando alternativas (MARTINS, 1994, p. 29).
A leitura representa a experiência em ação, as vontades, as necessidades, a
visão do mundo, valores e os pontos de vista de cada leitor. A leitura tende a ampliar
a construção do conhecimento.
Segundo MARTINS (1994), “a leitura vai muito além do texto, seja ele qual
for e tem início antes do próprio contato com ele.” (p.32).
O leitor neste dado momento passa a assumir um papel atuante deixando de
ser assim um simples decodificador ou receptor passivo.
Para LAJOLO (1985), assumir responsabilidade de formar leitores dá a
escola à tarefa de se organizarem através de projetos educativos que sejam
comprometidos com a formação de futuros leitores.
Ler não é decifrar, como um jogo, de adivinhação, o sentido de um texto. É a partir de o texto ser capaz de atribuir-lhe significações, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e da própria vontade entregar-se a essa leitura, ou revelar-se contra ela, propondo outra não prevista. (LAJOLO, 1985, p. 59).
Diante da fala de LAJOLO, a leitura muitas vezes não está ligada ao prazer.
Várias são as situações em que os alunos se sentem constrangidos por não
conseguirem realizar com sucesso a tarefa de ler um texto.
Para Vera Maria Tietzmam Silva “imagina-se que a leitura seja um percurso,
que prepara o leitor, progressivamente, a ser capaz de fluir a literatura para adultos.”
(2008, p. 39). Sendo assim, um bom leitor é capaz de ir além do texto, se inserir no
contexto lido e absorver informações que lhe serão fundamentais para ampliar sua
capacidade de ler.
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Maria Helena Martins (1994), ao se debruçar em Frank-Smith, revela que a
leitura se realiza a partir do diálogo do leitor com o objeto lido – seja escrito, sonoro,
seja um gesto, uma imagem, um acontecimento. Esse diálogo é referenciado por um
tempo e um espaço, uma situação desenvolvida de acordo com os desafios e as
respostas que o objeto representa, em função de expectativas e necessidades, de
prazer das descobertas e do conhecimento de vivências do leitor. A leitura é a forma
pela qual o indivíduo conquista a formação do pensamento.
Para LAJOLO e ZILBERMAM (1985, p.20), a partir da revolução de 30 foi
gerado o populismo, um momento em que foi caracterizado pela violência arbitrária
e pela violação dos direitos civis e das liberdades democráticas.
É necessário lembrar que a obra literária é um objeto social e para que ela
venha existir é preciso que leitor e autor criem um vínculo de ligação. A literatura
infantil não é um simples recurso didático, ela é arte, pois é a porta de um mundo
autônomo e a leitura literária pode ser utilizada como meio para sensibilizar a
consciência, para expandir a capacidade de interesse de analisar o mundo; lidar
com o processo evolutivo do mundo, melhorando seu discurso
Rolan Barthes ressalta: “é a escrita que absorve daqui em diante toda
identidade literária de uma obra.” (2000, p 77). Para o autor é a escrita de um
determinado texto, poesia ou romance que o faz aparecer, não importa se o mesmo
ocupa um importante lugar na categoria das Belas Artes, é necessário que
apresente uma fascinante e bela aparência, no que se refere à escrita, pois para
Barthes, o aumento da escrita faz nascer uma nova literatura, de modo que esta não
invente sua própria linguagem, caso isso venha ocorrer estaria se tornando um
projeto irrealizável da linguagem.
Desta forma, a escola não poderá impor condições aos seus educandos a
ler um determinado texto somente para fechar um currículo que é imposto a eles,
sem respeitar as individualidades de cada um. O ato de decodificar os signos
lingüísticos por si só não podem ser considerado como leitura, haja vista que ler vai
muito além de decifrar as palavras. Ler é acima de qualquer coisa interpretar e dar
sentido ao que está escrito.
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Conforme o que enfatiza os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL,
1997), que é função da escola assumir o papel de formar leitores, quando esta lhes
oferece textos que estejam ligados ao mundo.
É preciso, portanto, oferecer-lhes os textos do mundo: não se formam bons
leitores solicitando aos alunos que leiam apenas durante as atividades na sala de
aula, apenas no livro didático, apenas porque o professor pede. Eis a primeira, e
talvez a mais importante estratégia didática para prática da leitura: o trabalho com a
diversidade textual. Sem ela pode-se até ensinar a ler, mas certamente não se
formarão leitores competentes. (BRASIL, 1997, p. 55).
Diante desta visão, a escola necessita realizar uma reformulação em seus
conceitos em relação à leitura, porque o desejo de formar leitores competentes faz
com que os professores lançam aos alunos uma variedade de textos que, às vezes,
são incompreendidos pelos mesmos.
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CONCLUSÃO
Depois de tantas leituras bibliográficas sobre a importância da leitura na
Educação Infantil, conclui-se que existem diversas maneiras para incentivar o aluno
em adquirir o hábito da leitura, ainda é possível despertá-los através de atividades
de pesquisas para desenvolver conhecimentos no contexto cultural e educacional.
Compreende-se também que a biblioteca escolar enfrenta vários desafios
para exercer seu verdadeiro papel, a falta do bibliotecário neste ambiente tem
proporcionado certo desinteresse no alunado, já que o mesmo possui habilidades
para atuar nesta área construindo métodos no incentivo à leitura e desempenho na
pesquisa.
O descaso do governo em relação às escolas pouco mudou. Para que
ocorram mudanças no ensino é preciso que haja vontade políticas tanto no poder
Executivo quanto no Legislativo Estadual na propagação de novos sistemas
educacionais, sendo alertado para importância da busca de novos conhecimentos
dentro de uma biblioteca bem estruturada a fim de suprir as necessidades dos
alunos e demais usuários.
Assim, para que este processo ocorra, é necessária tanto a instituição
educacional como a família, permitir, incentivar, proporcionar e desenvolver o hábito
da leitura, considerar como uma das atividades mais importantes para o
desenvolvimento da sensibilidade, da memória, da fantasia e da imaginação. É por
meio deste contato que a criança adquire vocabulário e conhecimento para fazer sua
própria leitura do mundo. A leitura nas crianças da Educação Infantil nos leva a
refletir sobre a atuação do professor, uma vez que é ele um dos mediadores entre a
criança e a leitura, influenciando de maneira decisiva a formação do sujeito leitor.
A leitura nos dias de hoje, é a chave para alcançar o sucesso, porque
através da leitura o individuo é capaz de ver outros horizontes. A leitura acontece
quando se organiza os conhecimentos, partindo de situações impostas pela
realidade, quando se estabelece relações entre experiências e procura-se resolver
os problemas apresentados. O leitor então tem impressão de que o mundo está o
seu alcance, que pode compreendê-lo, conviver com ele e até modificá-lo, pois além
da inteligência tem consciência crítica.
É fundamental que o professor conheça a maneira como a criança aprende
para se ter condições de propor atividades desafiadoras que provoquem nos alunos
reestruturações de conhecimentos prévios, despertando-lhes o interesse pela leitura
do mundo, partindo, assim para a leitura da palavra. O papel do professor é
coordenar as atividades em andamento, a quem as crianças devem recorrer se
necessário.
O que se percebe com esta pesquisa bibliográfica é que o processo de
formação do leitor está vinculado primeiramente ao contexto familiar, isto é, se há
presença de livros, leitores e situações de leitura no lar. Mas infelizmente a maioria
das famílias que passam por muitos problemas de caráter familiar, social e
econômico não consegue passar nenhum tipo de estímulo para seus filhos.
Assim cabem a nós, professores preocupados com a prática docente,
buscarmos caminhos para melhorarmos a nossa prática de ensino, levando os
alunos a receberem condições adequadas para se tornarem leitores críticos e
conscientes.
Percebe-se o quanto às crianças gostam de histórias lidas e contadas,
mergulhando de corpo e alma nos encantos que podem proporcionar, porém, esta
relação com os livros, além de desenvolver a imaginação, poderá fazer destas
crianças futuros leitores, ampliando e permitindo conhecer cada vez mais as
diversidades culturais e sociais, aproximando as situações do mundo imaginário
para o mundo real.
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