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Aplicao do Mtodo Custo de Viagemna Praia da Armao/
Florianpolis
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO TECNOLGICO
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ENGENHARIA AMBIENTAL
AVALIAO DE IMPACTOS AMBIENTAIS
Docente: Ctia Regina Silva de Carvalho Pinto.Discentes: Cssio
M.Schambeck; Gilberto Caye Daudt;
Gustavo D. S.Henschel; Jose Renato A.Schmidt;
Yuri Tonello.
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a mais antiga metodologia de valorao econmica, aplicada
principalmente a patrimnios naturais de visitao pblica , usado para
estimar valores de uso econmicos associados a ecossistemas ou
localidades que so utilizados para recreao.
O mtodo deriva os benefcios econmicos atribudos pela populao a
um patrimnio natural a partir dos gastos efetivos dos visitantes
para se deslocar at o local, o que inclui transporte, tempo de
viagem, taxa de entrada, hospedagem, alimentao, entre outros gastos
complementares.
Ele consiste em utilizar a informao relacionada com a quantidade
de tempo (custo de oportunidade) e do dinheiro despendido (custo
real) que uma pessoa ou famlia emprega ao visitar um espao natural
(nesse caso, a praia da Armao).
Mtodo Custo de Viagem
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Mtodo Custo de Viagem
O princpio do mtodo que o tempo e as despesas do custo de viagem
que
as pessoas gastam para visitar um local representa o "preo" de
acesso ao
local. Assim, a disposio das pessoas em pagar para visitar o
local pode ser
estimado com base no nmero de viagens que eles fazem em
relao
variao dos custos de viagem. Isso anlogo a estimar a disposio
das
pessoas para pagar por um bem comercializado com base na
quantidade
demandada a preos diferentes.
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A rea compreendida pelos pontos 0ABqo, representa o desejo total
de pagar dos consumidores. Desejo Total (DT) de pagar do
consumidor:
A rea compreendida pelos pontos 0PoBqo representa o valor
efetivamente pago pelos consumidores
A rea compreendida pelos pontos PoAB, seria a diferena das reas
anteriores ou o chamado excedente do consumidor.
Funo tpica de consumo
Efetivamente pago
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O excedente do consumidor uma medida do bem-estar da
populao,
obtido a partir da diferena entre a disposio a pagar da populao
por um
bem ou servio e seu custo efetivo de apropriao. Pode ser
facilmente
calculado quando se conhece a funo demanda pelo bem ou servio
que,
no caso do MCV, relacionaria a varivel dependente nmero de
visitantes
(taxa de visitao) varivel independente custo de viagem ao
patrimnio
natural
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Realizando o manuseio dos dados atravs da regresso , ser obtida
uma funo de demanda que a curva do grfico.
A funo Marshalliana:C=f(N)
Onde C representa o custo mdio da famlia visitante e N o nmero
mdio de visitas por famlia. Realizando o ajuste estatisco adequado
atravs da curva de potncia, a funo tpica da demanda C=N-1
Onde ser o parmetro da funo, N a varivel e t a taxa de
incremento da funo. Para identificao de rea e, como a funo tem
carter contnuo , dever se integrar os fatores nela definido.
VN-1 dN v
onde v o limite inferior e V o limite superior do nmero de
visitas por famlia ano.
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Desejo total mdio de pagar pelos consumidores: 4,580N-0,41 dN =
R$ 239,80 0,5
origem populao famlia media grupos familaires numero medio
visitas custo medio visitaexcedente consumo famlia excedente
total
a 100000 4 25000 4,5 46 55,8 1395000b 90000 4 22500 1,7 62 21,03
473175c 80000 4 20000 1,5 65 17,21 344200d 70000 4 17500 1,4 68
14,13 247275e 60000 4 15000 2,7 54 34,98 524700f 50000 4 12500 2,3
57 29,13 364125g 40000 4 10000 0,7 96 0,57 5700h 30000 4 7500 1,6
64 18,51 138825i 20000 4 5000 0,5 110 0 0 135000 3493000
Desejo total medio de pagar pelos consumidores (R$ 239,80) X
total de grupos familiares (135.000) = R$32.373.000
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Concluses
O grupo estudado no exemplo consome (despende) efetivamente, por
ano, o valor de R$ 3.493.000,00 em decorrncia da visita praia da
Armao.
Projetando-se, para toda a populao da regio, se ter um desejo
potencial de consumir da ordem de R$ 32.373.00,00, neste caso,
independente do tempo.
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Vantagens
Mtodo muito tradicional de valorao de bens que no possuem um
mercado.
Baixo investimento financeiro por poder ser aplicado utilizando
fontes indiretas de informao.
Baseia-se na observao do comportamento dos entrevistados em
detrimento de perguntar sobre o que cada um faria em situaes
hipotticas.
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Limitaes do MCV
No contempla custos de opo e de existncia, capta os valores de
uso direto e indireto, associados visita ao stio natural;
Deve ser realizado um grande nmero de entrevistas para que a
amostra seja representativa;
Analisa a mdia das respostas, que pode no representar a
realidade dos dados; muito subjetivo avaliar o custo de meios de
transporte, pois eles podem variar de uma situao para outra (modelo
de avio,carro,moto, pedgio etc);
Dificuldade na seleo da amostra dos entrevistados, para obter os
dados de custo de viagem.
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Referncias
- BRANDLI, E. N., PANDOLFO, A., BECKER, A. C., KUREK, J.,
BRANDLI, G. L. Anlise das vantagens e limitaes dos mtodos de
valorao de recursos ambientais: Mtodo do custo de viagem, mtodo de
valorao contingente e mtodo de preos hednicos. XIII SIMPEP, Bauru
(SP), Brasil, novembro de 2006.
- Economia do Meio Ambiente. Mtodo do Custo de Viagem. Acessado
em: 14 de maio de 2015.
- SEBOLD, S., DA SILVA, A. D. Uma aplicao do mtodo dos custos de
viagem para valorao de um parque ambiental. Revista Produo, UFSC,
Vol. 4, n. 3, 2004.