ÁGUA SEU USO E TRATAMENTO Disponibilidade e qualidade da água O ciclo hidrológico simplificado da água pode ser esquematizado conforme segue: Quando há precipitação as gotas absorvem o gás carbônico e o oxigênio da atmosfera. No solo a água incorpora matéria orgânica como: sais minerais, poeira, sílica, areia. Estas matérias ficam em suspensão na água. Nos mananciais, existe também uma grande variedade de organismos vivos como, peixes, algas, fungos e bactérias e que, podem alterar a água em sabor, odor e coloração. Na Terra, a água está distribuída da seguinte forma: 97,12%...................................nos oceanos; 2,15%.....................................nas geleiras; 0,62%.....................................águas subterrâneas; 0,005%...................................lagos e rios; 0,001%...................................umidade atmosférica.
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ÁGUA SEU USO E TRATAMENTO Disponibilidade e qualidade da água
O ciclo hidrológico simplificado da água pode ser esquematizado conforme segue:
Quando há precipitação as gotas absorvem o gás carbônico e o oxigênio da atmosfera. No
solo a água incorpora matéria orgânica como: sais minerais, poeira, sílica, areia. Estas matérias
ficam em suspensão na água. Nos mananciais, existe também uma grande variedade de
organismos vivos como, peixes, algas, fungos e bactérias e que, podem alterar a água em sabor,
odor e coloração. Na Terra, a água está distribuída da seguinte forma:
A dioxina, espécie de impureza de herbicidas derivados do petróleo; de acordo com o bioquímico Ames, é a substância mais tóxica que existe; sendo o valor máximo permitido é de 6
fentogramas diários (6 x 10-15 g / Kg). A dioxina pode causar câncer, problemas no sistema
imunológico e defeitos congênitos.
A dioxina foi localizada em alimentos na Bélgica, onde criou uma crise política com o
ministro responsável. No Brasil, país que só exportou a dioxina, ainda não esclareceu como
ocorre o controle do depósito, em área de manancial na bacia hidrográfica do Rio Grande,
armazenando toneladas desse produto.
"Um estudo feito em 1988 relatou que mais de 2.100 substâncias nocivas foram
encontradas na água potável dos EUA desde que o Safe Drinking Water Act foi passado, em
1974. Dos produtos químicos encontrados, 97 eram cancerígenos conhecidos, 82 causavam
mutações, 28 causavam toxidade aguda ou crônica, e 23 geravam tumores. As 1.900 substâncias
nocivas restantes não foram testadas adequadamente no que se refere a possíveis efeitos
adversos à saúde. Environment Policy Institute, jan 1988”.
O lixo pode tornar a água não potável
A água de rios e outras fontes podem se interligar com os lençóis freáticos que abastecem
Estações de Tratamento de Água e tais corpos quando contaminadas com substâncias tóxicas
como ácidos (sulfúrico, clorídrico, nitratos), restos de solventes, pinturas, cultivos de bactérias e
outras derivadas de atividades industriais, agrícolas, pecuárias, domésticas ou escolares, já não é
considerada potável.
O lixo deteriora o ambiente aquático e terrestre dos seres vivos
Um corpo d’água contaminada com grande quantidade de matéria orgânica, como restos
de alimentos humanos e animais (derivados de atividades domésticas, agrícolas e pecuária)
propiciam o crescimento desequilibrado de algas. Estas, ao morrer, apodrecem e permitem a
proliferação de bactérias que consomem o oxigênio disponível na água. Os peixes e outros
organismos aquáticos morrem por falta de oxigênio suficiente. Desta maneira, organismos
aquáticos morrem envenenados quando a água em que vivem se encontra contaminada por
substâncias tóxicas como ácidos sais de restos de solventes, pinturas, detergentes etc, estes
provenientes de atividades industriais, domésticas e escolares.
Os dejetos industriais afetam a água
Calcula-se que são produzidos diariamente milhares de toneladas diárias de dejetos
industriais, dos quais 14.500 têm características perigosas, sendo geradas por processos
petroquímicos e químicos. Alguns exemplos de resíduos perigosos produzidos pela industria são
. CETESB – Manual técnico – Técnicas e Controle no tratamento de água – SP, 1977. . MACEDO, J.A.B., - Água e Águas. São Paulo: livraria Varela, 2001. . MEES, J.B.R., - Tratamento de Efluentes Líquido I, UTF, Medianeira, PR, 2006. . BARUFFALDI, R. e MARIA N.OLIVEIRA,M.N. – Fundamentos de Tecnologia de Alimentos – Ateneu – SP, 1998. . Derísio, J.C., INTRODUÇÃO AO CONTROLE AMBIENTAL, 2ª ed. Sigmus
Sumário
Tratamento de Esgotos
Sistemas Anaeróbios
Tanque séptico;
Filtro anaeróbio;
Reator UASB.
Lagoas de Estabilização
Lagoa facultativa;
Lagoa anaeróbia;
lagoa aerada facultativa;
Lagoa de maturação.
Reatores Aeróbios com Biofilme
Filtro biológico percolar.
Disposição no solo
Escoamento superficial no solo.
Lodos Ativados
Flotação
Ultravioleta
Tratamento e disposição do Lodo
Resíduos e Poluição do Solo
Periculosidade de um resíduo;
1. Risco à saúde pública;
2. Risco ao meio ambiente.
Classificação dos Resíduos
Resíduos Industriais
1. Resíduos sólidos;
2. Resíduos líquidos.
Tratamento de resíduos industriais
Processos específicos de tratamentos.
1. Laticínios;
2. Matadores;
3. Conservas de legumes e frutas;
4. Bebidas refrigerantes;
5. Usinas de açúcar;
6. Pescado.
Lodos Residuais das industrias alimentícias
Tratamento do lodo orgânico
Composição do lixo
1. Composição qualitativa;
2. Composição quantitativa ou variação;
3. Peso específico;
4. Quantidade de lixo por pessoa;
5. Coleta e transporte do lixo;
6. Tratamento e / ou disposição final do lixo;
7. Tratamento na fonte de produção;
8. Tratamento e / ou disposição final em instalações centrais;
1. Lançamento no solo;
2. Lançamentos em fontes de água;
3. Alimentação de animais;
4. Redução;
5. Incineração;
6. Tratamento para uso agrícola;
7. Conjugação com o sistema de esgotos sanitários.
Processos de reciclagens de materiais
Importância da qualidade da água na industria de alimentos
1. Qualidade da água para uso na industria;
2. Dureza da água;
3. Alcalinidade;
4. Conteúdo microscópio;
5. Conteúdo de ferro.
Tratamento de Esgotos
Cetesb, 2000.
Os processos de tratamento dos esgotos são formados por uma série de operações
unitárias empregadas para a remoção de substâncias indesejáveis, ou para transformação destas
substâncias em outras de forma aceitável.
A remoção dos poluentes no tratamento, de forma a adequar o lançamento a uma
qualidade desejada ou ao padrão de qualidade estabelecido pela legislação vigente, está
associada aos conceitos de nível e eficiência de tratamento.
O tratamento dos esgotos é usualmente classificado através dos seguintes níveis:
preliminar, primário, secundário e terciário.
Tratamento preliminar tem como objetivo apenas a remoção dos sólidos grosseiros (materiais
de maiores dimensões e areia) por meio de mecanismos físicos de sedimentação.
Tratamento primário visa, por meio de mecanismos estritamente físicos, a remoção de sólidos
sedimentáveis e, em decorrência, parte da matéria orgânica.
Tratamento secundário predomina os mecanismos biológicos, e o objetivo é principalmente a
remoção de matéria orgânica e eventualmente nutriente (nitrogênio e fósforo).
Tratamento terciário: objetiva a remoção de poluentes específicos, ou ainda remoção
complementar de poluentes não suficientemente removidos no tratamento secundário.
A remoção de nutrientes e de organismos patogênicos pode ser considerada como
integrante do tratamento secundário ou do tratamento terciário, dependendo do processo
adotado.
Os principais processos de tratamento de esgotos utilizados na RMBH são:
Sistemas Anaeróbios
O tratamento anaeróbio é efetuado por bactérias que não necessitam de oxigênio para sua
respiração. Há três tipos bastante comuns, o tanque séptico, o filtro anaeróbio e o UASB.
Tanque Séptico
O princípio do processo consiste, basicamente, em uma unidade onde se realizam,
simultaneamente, várias funções: decantação, flotação, desagregação e digestão parcial dos
sólidos sedimentáveis (lodo) e da crosta constituída pelo material flotante (escuma). Sendo, os
tanques sépticos, reatores de fluxo horizontal, tendo lodo passivo em relação à fase líquida, o
processo biológico que ocorre na fração líquida é de pouca importância. O principal fenômeno
que ocorre sobre o efluente é de ação física, através de decantação.
Filtro Anaeróbio
Neste reator a matéria orgânica é estabilizada através de microrganismos que se
desenvolvem e ficam retidos nos interstícios ou aderidos ao meio suporte que constitui o leito fixo
(usualmente pedras ou material plástico), através do qual os esgotos fluem. São, portanto,
reatores com fluxo através do lodo ativo e com biomassa aderida, ou retida, no leito fixo. Os filtros
anaeróbios podem ser de fluxo ascendente ou descendente. Nos filtros de fluxo ascendente, o
leito é submerso e no fluxo descendente, podem trabalhar submersos ou não.
Reator UASB
O princípio do processo consiste na estabilização da matéria orgânica, anaerobiamente,
por microrganismos que crescem dispersos no meio líquido. A parte superior do reator UASB
possui um separador trifásico, que apresenta uma forma cônica ou piramidal, permitindo a saída
do efluente clarificado, a coleta do biogás gerado no processo e a retenção dos sólidos dentro do
sistema. Esses sólidos retidos constituem a biomassa, que permanece no reator por tempo
suficientemente elevado para que a matéria orgânica seja degradada. O lodo retirado
periodicamente do sistema já se encontra estabilizado, necessitando apenas de secagem e
disposição final.
Lagoas de Estabilização
As lagoas de estabilização são sistemas de tratamento biológico em que a estabilização
da matéria orgânica é realizada pela oxidação bacteriológica (oxidação aeróbia ou fermentação
anaeróbia) e/ou redução fotossintética das algas. De acordo com a forma predominante pela qual
se dá a estabilização da matéria orgânica, as lagoas costumam ser classificadas em: facultativas,
anaeróbias, aeradas e de maturação.
Lagoa Facultativa
Neste processo, o esgoto afluente entra continuamente em uma extremidade da lagoa e
sai continuamente na extremidade oposta. Ao longo deste percurso, que demora vários dias, uma
série de eventos contribui para a purificação dos esgotos. Parte da matéria orgânica em
suspensão tende a sedimentar, vindo a constituir o lodo de fundo. Este lodo sofre processo de
decomposição por microorganismos anaeróbios. A matéria orgânica dissolvida, conjuntamente
com a matéria orgânica em suspensão de pequenas dimensões, não sedimenta, permanecendo
dispersa na massa líquida, onde sua decomposição se dá por bactérias facultativas, que têm a
capacidade de sobreviver tanto na presença, quanto na ausência de oxigênio.
Lagoa Anaeróbia
Neste processo, a lagoa possui menores dimensões e maior profundidade. Devido às
menores dimensões e à maior profundidade dessa lagoa, a fotossíntese praticamente não ocorre.
Predominam as condições anaeróbias, pois no balanço entre o consumo e a produção de
oxigênio, o consumo é amplamente superior. As bactérias anaeróbias têm taxa metabólica e de
reprodução mais lenta do que as bactérias aeróbias. Em assim sendo, para um período de
permanência de 2 a 5 dias na lagoa, a decomposição da matéria orgânica é parcial.
Lagoa Aerada Facultativa
Neste processo, consegue-se um sistema predominantemente aeróbio e de dimensões
reduzidas. A principal diferença com relação à lagoa facultativa convencional é quanto à forma de
suprimento de oxigênio. Enquanto na lagoa facultativa o oxigênio é advindo principalmente da
fotossíntese, no caso da lagoa aerada facultativa o oxigênio é obtido através de equipamentos
denominados aeradores. A lagoa é denominada de facultativa pelo fato do nível de energia
introduzido pelos aeradores ser suficiente apenas para a oxigenação, mas não para manter os
sólidos em suspensão na massa líquida. Assim, os sólidos tendem a sedimentar e formar uma
camada de lodo de fundo, a ser decomposta anaerobiamente.
Lagoa de Maturação
Este processo possibilita um polimento no efluente de qualquer dos sistemas descritos. O
principal objetivo destas lagoas é a remoção de organismos patogênicos, e não da remoção
adicional de matéria orgânica. Diversos fatores contribuem para a remoção de patógenos, como
temperatura, insolação, pH, escassez de alimento, organismos predadores, competição,
compostos tóxicos, etc. Vários destes mecanismos se tornam mais efetivos com menores
profundidades da lagoa, o que justifica o fato das lagoas de maturação serem mais rasas e
consequentemente requererem grande área de implantação.
Reatores Aeróbios com Biofilme
A matéria orgânica é estabilizada por bactérias que crescem aderidas a um meio suporte
(usualmente pedras ou material plástico). Há sistemas nos quais a aplicação de esgotos se dá na
superfície, sendo o fluxo de esgoto descendente e havendo a necessidade de decantação
secundária; há também sistemas submersos com introdução de oxigênio, com fluxo de ar
ascendente, e fluxo de esgoto ascendente ou descendente.
Filtro Biológico Percolador
Nestes reatores, a matéria orgânica é estabilizada por via aeróbia, por meio de bactérias
que crescem aderidas a um meio suporte, que pode ser constituído de pedras, ripas, material
plástico ou qualquer outro que favoreça a percolação do esgoto aplicado.
Usualmente o esgoto é aplicado por meio de braços giratórios. O fluxo contínuo do esgoto,
em direção ao fundo do tanque, permite o crescimento bacteriano na superfície do meio suporte,
possibilitando a formação de uma camada biológica, denominada biofilme.
O contato do esgoto com a camada biológica possibilita a degradação da matéria orgânica.
A aeração desse sistema é natural, ocorrendo nos espaços vazios entre os constituintes do meio
suporte.
Disposição no Solo
Os esgotos são aplicados ao solo, fornecendo água e nutrientes necessários para o
crescimento das plantas. Parte do líquido é evaporada, parte pode infiltrar pelo solo, e parte é
absorvida pelas plantas. Em alguns sistemas, a infiltração no solo é elevada, e não há efluente.
Em outros sistemas, a infiltração é baixa, saindo o esgoto tratado (efluente) na extremidade
oposta do terreno. Os tipos de disposição no solo mais usuais são: infiltração lenta, infiltração
rápida, infiltração sub-superficial, escoamento superficial e terras úmidas construídas.
Escoamento Superficial no Solo
Esta forma de disposição / tratamento consiste na aplicação controlada de efluentes,
fazendo escoarem no solo, rampa abaixo, até alcançar canais de coleta. A aplicação deve ser
intermitente.
Lodos Ativados
Este processo consiste em um reator onde a grande concentração de biomassa fica em
suspensão no meio líquido. Quanto mais bactérias houver em suspensão, maior será o consumo
de alimento, ou seja, maior será a assimilação da matéria orgânica presente no esgoto bruto. A
biomassa (bactérias) que cresce no tanque de aeração, devido à sua propriedade de flocular, é
removida por sedimentação em um decantador secundário, permitindo que o efluente saia
clarificado. Para garantir a elevada concentração de biomassa no reator, o lodo sedimentado é
recirculado para a unidade de aeração. Este é o princípio básico do sistema de lodos ativados,
possuindo assim, dependendo das variantes, o decantador primário, o tanque de aeração, o
decantador secundário e elevatório de recirculação.
Flotação
Neste processo o ar é dissolvido sob pressão no esgoto a tratar, em um tanque de
pressurização, sendo em seguida liberado no tanque de flotação à pressão atmosférica. O ar
liberado ganha a superfície do tanque, carreando a matéria sólida, que tende a flotar. Esta
matéria flutuante forma umas camadas superiores, que é raspada por um braço raspador
apropriado e coletadas em dispositivos especiais para ser então removida. Em alguns processos
são utilizados produtos químicos para auxiliar a formação dos flocos.
Ultravioleta.
Como as lagoas de maturação, este processo objetiva a remoção de organismos
patogênicos. O esgoto tratado entra em uma das extremidades do reator, passando por um
conjunto de lâmpadas ultravioleta e sai pela extremidade oposta. A energia ultravioleta é
absorvida pelos microrganismos causando alterações estruturais no DNA que impedem a
reprodução. A baixa concentração de sólidos é de grande importância para a eficiência do
tratamento.
Tratamento e Disposição do Lodo
Todos os sistemas de tratamento de esgotos geram sub-produtos: escuma, material
gradeado, areia, lodo primário e lodo secundário.
O material gradeado, a escuma e a areia devem seguir para disposição final em aterro
sanitário. No entanto os lodos primário e secundário necessitam de tratamento antes da
disposição final.
Conceitos retirados diretamente pelo site no dia 27 de fevereiro
. CETESB – Manual técnico – Técnicas e Controle no tratamento de água – SP, 1977. . MACEDO, J.A.B., - Água e Águas. São Paulo: livraria Varela, 2001. . MEES, J.B.R., - Tratamento de Efluentes Líquido I, UTF, Medianeira, PR, 2006. . BARUFFALDI, R. e MARIA N.OLIVEIRA,M.N. – Fundamentos de Tecnologia de Alimentos – Ateneu – SP, 1998. . Derísio, J.C., INTRODUÇÃO AO CONTROLE AMBIENTAL, 2ª ed.
Sumário
Poluição Atmosférica
Introdução;
Geração da poluição;
Problemas gerados pela poluição;
Soluções e desafios;
Curiosidade.
Composição e propriedades do ar
Composição do ar;
Principais Poluidores;
Monóxido de Carbono;
Dióxido de Carbono;
Hidrocarbonetos;
Ozônio e outros oxidantes;
Chumbo.
Efeito Estufa;
Influência de cada gás estufa no agravamento do efeito estufa;
A que distancia a poluição pode ser transportada;
Interação entre qualidade de ar e mecanismos metereológicos;
Doenças respiratórias e Poluição do Ar;
Classificação dos poluentes atmosféricos;
Principais doenças Respiratórias.
Poluição Atmosférica
Introdução
Segundo site sua pesquisa.com
“A partir de meados do século XVIII, com a Revolução Industrial, aumentou muito a
poluição do ar. A queima do carvão mineral despejava na atmosfera das cidades
industriais européias, toneladas de poluentes. A partir deste momento, o ser humano teve
que conviver com o ar poluído e com todas os prejuízos advindos deste "progresso".
Atualmente, quase todas as grandes cidades do mundo sofrem os efeitos daninhos da
poluição do ar. Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e Cidade do México estão
na lista das mais poluídas do mundo.”
Geração da poluição
A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de
combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo ( gasolina
e diesel ). A queima destes produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de
carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera. Estes dois combustíveis são
responsáveis pela geração de energia que alimenta os setores industrial, elétrico e de
transportes de grande parte das economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado
atualmente é extremamente difícil.
Problemas gerados pela poluição
Esta poluição tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos. A
saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição. Doenças
respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas
aos hospitais todos os anos. Outros problemas de saúde são: irritação na pele, lacrimação
exagerada, infecção nos olhos, ardência na mucosa da garganta e processos inflamatórios
no sistema circulatório (quando os poluentes chegam à circulação). Em dias secos e com
poluição do ar alta, é recomendado beber mais água do que o normal, evitar atividades
físicas ao ar livre, utilizar umidificador dentro de casa (principalmente das 10h às 16h) e
limpar o chão de casa com pano úmido).
A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e
cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai
corroendo, com o tempo, monumentos históricos. Recentemente, a Acrópole de Atenas
teve que passar por um processo de restauração, pois a milenar construção estava
sofrendo com a poluição da capital grega.
O clima também é afetado pela poluição do ar. O fenômeno do efeito estufa está
aumentando a temperatura em nosso planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases
poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do
calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças
climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que poderemos ter a elevação do nível
de água dos oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas
espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer com mais
frequência.
Istoé, 2006
Soluções e desafios
Apesar das notícias negativas, o homem tem procurado soluções para estes
problemas. A tecnologia tem avançado no sentido de gerar máquinas e combustíveis
menos poluentes ou que não gerem poluição. Muitos automóveis já estão utilizando gás
natural como combustível. No Brasil, por exemplo, temos milhões de carros movidos a
álcool, combustível não fóssil, que poluí pouco. Testes com hidrogênio tem mostrado que
num futuro bem próximo, os carros poderão andar com um tipo de combustível que lança,
na atmosfera, apenas vapor de água.
Apenas como curiosidade
São considerados as cidades do mundo com o ar mais poluído: Karachi
(Paquistão), Cairo (Egito), Katmandu (Nepal), Nova Delhi (Índia), Pequim (China),
Lima (Peru) e Arequipa (Peru).
Acesso em 1 de março de 2012. Site: http://www.suapesquisa.com/poluicaodoar/
Composição e propriedades do ar
Denomina-se ar à matéria gasosa que circunda o Globo Terrestre. Ele é, por
conseguinte, a matéria constituinte da atmosfera terrestre. Na verdade ele é formado de
uma mistura de vários elementos e compostos distintos e, embora historicamente a sua
composição tenha sofrido um processo de evolução, pode-se considerar que, para fins
práticos, a sua composição não varia, pelo menos com relação aos seus componentes
principais.
Composição do Ar
Componentes Porcentagem
Nitrogênio 78%
Oxigênio 20%
Argônio 0,9%
gás carbônico (Dióxido de Carbônico) 0,033%
Neônio 0,001%
Hélio 0,0005%
Criptônio 0,0001%
Os elementos e compostos representados acima com exceção do gás carbônico
são invariáveis no ar atmosféricos. O gás carbônico sofre grandes variações de uma
região que pode ser de 0,01 a 0,1%.
Variam também as concentrações normais de vapor d’água, ozônio, dióxido de
enxofre e nitrogênio, amônia e monóxido de carbono (CO).
No ponto de vista de meio ambiente os dois mais importantes são o oxigênio e gás
carbônico.
Principais Poluidores
Monóxido de carbono (CO)
Sintomas associados: Angina Pectoris, Alteração na performance na condução de
veículos, dor de cabeça, fadiga, tontura e coordenação motora e exposição contínua perda
de consciência e morte.
Dióxido de nitrogênio (NO2)
Sintomas associados: Aumento de resistência do ar, Bronquiolite, Bronquite, diminuição
do sistema de defesa contra infecções pulmonares, Pneumonia e desenvolvimento de
enfisema.
Hidrocarbonetos e outros compostos orgânicos voláteis
Sintomas associados: Diminuição dos glóbulos vermelhos, leucemia,alterações no
material genético humano, edema pulmonar, inflamação e pneumonia e por fim a morte.
Ozônio e outros oxidantes fotoquímicos
Sintomas associados: Aumento da resistência à passagem de ar e frequência da
respiração, diminuição da capacidade vital e capacidade imunológica pulmonar, asma,
envelhecimento precoce, agrava as doenças cardíacas crônicas, bronquite, edema
pulmonar.
Chumbo
Sintomas associados: Anemia, distúrbios gastro-intestinais, danos no sistema nervoso e
renal, fadiga, convulsão, perda de apetite, paralisia das pernas e braços.
Efeito Estufa
O efeito estufa ou efeito de estufa é um processo que ocorre quando uma parte da
radiação infravermelha emitida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases
presentes na atmosfera. Como consequência disso, o calor fica retido, não sendo libertado para o
espaço. O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância pois, sem ele, a
vida como a conhecemos não poderia existir. Serve para manter o planeta aquecido, e assim,
garantir a manutenção da vida.
O que se pode tornar catastrófico é a ocorrência de um agravamento do efeito estufa que
destabilize o equilíbrio energético no planeta e origine um fenômeno conhecido como
aquecimento global. O IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas,
estabelecido pelas Organização das Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial
em 1988) no seu relatório mais recente[1] diz que a maior parte deste aquecimento,observado
durante os últimos 50 anos, se deve muito provavelmente a um aumento dos gases do efeito
estufa.
Os gases de estufa (dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), Óxido nitroso (N2O), CFC´s
(CFxClx) absorvem alguma radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra e radiam por
sua vez alguma da energia absorvida de volta para a superfície. Como resultado, a superfície
recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que a que recebe do Sol e a superfície fica
cerca de 30 °C mais quente do que estaria sem a presença dos gases «de estufa».
Um dos piores gases é o metano, cerca de 20 vezes mais potente que o dióxido de
carbono, é produzido pela flatulência dos ovinos e bovinos, sendo que a pecuária representa 16%
da poluição mundial. Cientistas procuram a solução para esse problema e estão desenvolvendo
um remédio para tentar resolver o caso. Na Nova Zelândia pensou-se em cobrar-se taxas por
vaca, para compensar o efeito dos gases emitidos.[2]
Ao contrário do significado literal da expressão «efeito estufa», a atmosfera terrestre não
se comporta como uma estufa (ou como um cobertor). Numa estufa, o aquecimento dá-se
essencialmente porque a convecção é suprimida. Não há troca de ar entre o interior e o exterior.
Ora acontece que a atmosfera facilita a convecção e não armazena calor: em média, a
temperatura da atmosfera é constante e a energia absorvida transforma-se imediatamente na
energia cinética e potencial das moléculas que existem na atmosfera. A atmosfera não reflete a
energia radiada pela Terra. Os seus gases, principalmente o dióxido de carbono, absorvem-na. E
se radia, é apenas porque tem uma temperatura finita e não por ter recebido radiação. A radiação
que emite nada tem que ver com a que foi absorvida. Tem um espectro completamente diferente.
O efeito estufa, embora seja prejudicial em excesso, é na verdade vital para a vida na
Terra, pois é ele que mantém as condições ideais para a manutenção da vida, com temperaturas
mais amenas e adequadas. Porém, o excesso dos gases responsáveis pelo Efeito Estufa, ao qual
desencadeia um fenômeno conhecido como Aquecimento Global, que é o grande vilão.
O problema do aumento dos gases estufa e sua influência no aquecimento global, tem
colocado em confronto forças sociais que não permitem que se trate deste assunto do ponto de
vista estritamente científico. Alinham-se, de um lado, os defensores das causas antropogênicas
como principais responsáveis pelo aquecimento acelerado do planeta. São a maioria e
onipresentes na mídia. Do outro lado estão os "céticos", que afirmam que o aquecimento
acelerado está muito mais relacionado com causas intrínsecas da dinâmica da Terra, do que com
os reclamados desmatamento e poluição que mais rápido causam os efeitos indesejáveis à vida
sobre a face terrestre do que propriamente a capacidade de reposição planetária.
Ambos os lados apresentam argumentos e são apoiados por forças sociais.
A poluição dos últimos duzentos anos tornou mais espessa a camada de gases existentes
na atmosfera. Essa camada impede a dispersão da energia luminosa proveniente do Sol, que
aquece e ilumina a Terra e também retém a radiação infravermelha (calor) emitida pela superfície
do planeta. O efeito do espessamento da camada gasosa é semelhante ao de uma estufa de
vidro para plantas, o que originou seu nome. Muitos desses gases são produzidos naturalmente,
como resultado de erupções vulcânicas, da decomposição de matéria orgânica e da fumaça de
grandes incêndios. Sua existência é indispensável para a existência de vida no planeta, mas a
densidade atual da camada gasosa é devida, em grande medida, à atividade humana. Em escala
global, o aumento exagerado dos gases responsáveis pelo efeito estufa provoca o aquecimento
do global, o que tem consequências catastróficas. O derretimento das calotas polares, dos
chamados "gelos eternos" e de geleiras, por exemplo, eleva o nível das águas dos oceanos e dos
lagos, submergindo ilhas e amplas áreas litorâneas densamente povoadas. O super aquecimento
das regiões tropicais e subtropicais contribui para intensificar o processo de desertificação e de
proliferação de insetos nocivos à saúde humana e animal. A destruição de habitats naturais
provoca o desaparecimento de espécies vegetais e animais. Multiplicam-se as secas, inundações
e furacões, com sua sequela de destruição e morte.
Acesso em 10 de março de 2012. http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufa
Influência de cada gás estufa no agravamento do efeito estufa.
Toda a absorção da radiação terrestre acontecerá próximo à superfície, isto é, nas partes
inferiores da atmosfera, onde ela é mais densa, pois em maiores altitudes a densidade da
atmosfera é baixa demais para ter um papel importante como absorvedor de radiação (exceto
pelo caso do ozono). O vapor de água, que é o mais poderoso dos gases estufa, está presente
nas partes inferiores da atmosfera, e desta forma a maior parte da absorção da radiação se dará
na sua base. O aumento dos gases estufa na atmosfera, mantida a quantidade de radiação solar
que entra no planeta, fará com que a temperatura aumente nas suas partes mais baixas. O
resultado deste processo é o aumento da radiação infravermelha da base da atmosfera, tanto
para cima como para baixo. Como a parte inferior (maior quantidade de matéria) aumenta mais
de temperatura que o topo, a manutenção do balanço energético (o que entra deve ser igual ao
que sai) dá-se pela redistribuição de temperaturas da atmosfera terrestre. Os níveis inferiores
ficam mais quentes e os superiores mais frios. A irradiação para o espaço exterior se dará em
níveis mais altos com uma temperatura equivalente a de um corpo negro irradiante, necessária
para manter o balanço energético em equilíbrio.
As avaliações do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) são os mais
completos resumos do estado da arte nas previsões do futuro do planeta, considerando vários
cenários possíveis.
Comentários
Jamil Chade - O Estado de S. Paulo
GENEBRA - O Rio de Janeiro, cidade que irá sediar os Jogos Olímpicos de 2016 e parte importante da Copa
do Mundo de 2014, tem um índice de poluição do ar três vezes superior aos níveis recomendados pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) e pior que o da cidade de São Paulo. Em uma avaliação inédita com 1,1
mil cidades pelo mundo, a OMS alerta que as cidades de países emergentes são hoje não apenas as que mais
se beneficiam de uma expansão econômica, mas também são as mais poluídas, seja no Brasil, Indonésia,
Coréia, China ou Índia.
São Paulo, apesar de estar em uma situação melhor que a do Rio de Janeiro, não tem
nada a comemorar. A capital paulistana tem um índice duas vezes superior às recomendações da
OMS. No geral, o Brasil também tem uma média de poluição do ar duas vezes superior ao que
estabelece a entidade mundial de saúde.
De 91 países avaliados, o Brasil é o 44° com maior índice médio de poluição do ar. Todo o
Leste Europeu, apesar das acusações de ter uma indústria ainda obsoleta, herança da União
Soviética, já apresenta taxas de poluição do ar mais adequadas que o Brasil. O Brasil é ainda
hoje o nono país do mundo com maior número de mortes por problemas respiratórios.
Entre as 1,1 mil cidades avaliadas, a situação mais preocupante no Brasil é a do Rio, na
144ª colocação entre as mais poluídas, superando Istambul, Tijuana, Seul e Dar Al Salaam. Por
cada metro cúbico de ar, foram encontrada uma taxa de 64 microgramas de poluição. Para a
OMS, o ideal seria uma taxa de apenas 20 por metro cúbico de ar. Um cidadão no Rio respira um
ar seis vezes mais poluído que na Austrália ou Luxemburgo. Essas micropartículas, uma vez no
pulmão, podem passar ao sangue e causar asma, câncer e doenças cardíacas.
Uma parcela do interior paulista ainda seria considerada como o 204° local mais poluído,
rivalizando com Chennai, na China. Mas grande parte do interior paulista tem uma taxa de
poluição perto do que pede a OMS. A região metropolitana de São Paulo vem na 268ª posição
no mundo, com uma taxa de 38 microgramas por metro cúbico. A taxa é quase duas vezes
superior aos níveis recomendados pela OMS, mas está na mesma posição que Paris e Buenos
Aires. São Paulo ainda é mais poluída que Caracas e Roma. Um paulistano respira quatro vezes
mais partículas de poluição que alguém em Ottawa, Dublin ou na Finlândia.
O brasileiro Carlos Dora, coordenador do Departamento de Saúde Pública e Meio
Ambiente da OMS, estima que um dos principais responsáveis por essas taxas é o transporte.
Mas alerta que uma solução deve ser pensada de forma estratégica e adequada a cada cidade.
"O problema da poluição não é isolado. Portanto, uma solução deve ser de uma constelação de
medidas", disse. Segundo ele, uma redução da poluição aos níveis aceitáveis pela OMS
reduziria em 15% o número de mortes anuais na cidade carioca por problemas respiratórios.
Maria Neira, diretora da OMS para Saúde Pública e Meio Ambiente, acredita que o
investimento justamente em transporte público pode ser a solução para reduzir de forma
importante a taxa de poluição do ar. "Essa redução é possível. Basta ver o que os países ricos
fizeram. Há décadas, estavam entre os locais mais críticos do mundo e conseguiram reverter
essa situação com políticas e leis", disse.
Mas questionada sobre a realização dos Jogos Olímpicos no Rio e o impacto da poluição
nos atletas, a diretora da OMS evitou comentar. “Já fizeram os Jogos em Pequim”, respondeu. A
capital chinesa tem um índice de poluição seis vezes superior à meta da OMS.
No Brasil, as cidades de porte grande com melhor qualidade do ar são Curitiba, com uma
taxa de 29 e equivalente a Londres e Belo Horizonte, que no ranking aparece como a metrópole
brasileira melhor colocada, com um ar dentro dos limites que pede a OMS e na 615ª posição das
mais poluídas. A cidade mineira de Ibirité tem uma taxa de poluição que sequer chega ao teto
estabelecido pela OMS, assim como partes do interior de São Paulo. Os dados são baseados em
68 estações de captação do próprio País, mantidas em quatro estados brasileiros.
Emergentes. A avaliação da OMS é de que a contaminação atmosférica mata 1,3 milhão de
pessoas por ano no mundo por doenças respiratórias. Um milhão e cem mil dessas mortes
poderiam ser evitadas se a taxa de poluição fosse reduzida. Dos 91 países avaliados, 80 estão
acima do padrão da OMS. Mas os dados também mostram que são os moradores de países
emergentes com fortes taxas de crescimento que mais são vítimas da poluição do ar. "Em muitas
cidades, a poluição chega a níveis que ameaçam a saúde humana", afirma Maria Neira. Grande
parte das 1,3 milhão de mortes ocorre em países emergentes.
Transporte, plantas de produção de energia e mesmo o aquecimento de casas estão entre
os principais fatores. No topo da lista das cidades mais poluídas estão várias no Irã, Índia,
Paquistão e China, com taxas de até 300 microgramas por metro cúbico. A China também é o
país com o maior número de mortes por doenças respiratórias, com mais de 400 mil vítimas por
ano. Com 23,7 mil mortes, o Brasil é nono colocado no mundo. “Os locais com o crescimento
mais rápido também são os que apresentam maior taxa de poluição”, disse Neira. "Os mais
pobres são hoje os mais vulneráveis", disse.
Com a publicação da lista, a OMS espera mobilizar a sociedade para lutar por um ar mais
adequado. “Muitas das cidades com a pior taxa sequer está na lista”, alertou Dora. "Esperamos
gerar uma pressão pública sobre as autoridades", disse Maria Neira. A diretora também insiste
sobre a necessidade de governos de adotar leis para exigir reduções nas emissões de poluentes.
"Investir nisso permite ao estado reduzir custos com hospitais", disse. “As intervenções não são
caras”, alertou, apontando que para cada 1 dólar investido em reduzir a poluição, 10 são
economizados.
Comentários de Prof. Dr. György Miklós Böhm
Sem dúvida, a doença mais frequente é a inflamação. Durante os episódios de poluição, quando a
CETESB avisa que o ar está ruim, muitas pessoas sentem ardência nos olhos, nariz, garganta, traquéia e, por
vezes, tossem. A inflamação nada mais é do que uma das formas com que os tecidos reagem perante irritantes
químicos, físicos ou microrganismos. Nestas áreas do corpo haverá maior produção de lágrima ou muco e os
tecidos ficam vermelhos. Trata-se de um incômodo maior ou menor, porém que depois de algumas horas cessa
espontaneamente.
Não há muito que fazer: um colírio para lavar o olho e uma pastilha para a garganta traz alívio
embora não sejam realmente necessários. Estas manifestações são as conjuntivites (conjuntiva do olho), rinites
(nariz), faringites, traqueites, bronquites e alveolites (alvéolos pulmonares). Enquanto, agudas e passageiras,
as inflamações não são alterações preocupantes, entretanto, se crônicas transformam-se em doenças que podem
complicar.
OS POLUENTES que causam inflamação são muitos, os mais importantes são : óxidos de
nitrogênio, dióxido de enxofre, hidrocarbonetos, aldeídos, material particulado e oxidantes
fotoquímicos (por exemplo, ozônio).
Se os problemas de saúde parassem por aí, seria muito bom. Entretanto, as sucessivas
reações inflamatórias acabam provocando infecções. Os tecidos aguda e, sobretudo,
cronicamente inflamados perdem suas capacidades de defesa contra os microrganismos que
estão presentes no próprio organismo e no ar que respiramos. O equilíbrio entre o organismo e
estes agentes é mantido por meio de engenhosos sistemas de proteção que garantem a saúde,
porém, quando minados por inflamações crônicas, os microrganismos instalam-se nos tecidos,
proliferam e causam uma infecção. Assim, as faringites, rinites e bronquites, por exemplo, ficam
inflamações infectadas. A mais temível das infecções é a pneumonia, quando as bactérias
atacam os pulmões, que é uma doença grave que necessita de socorro médico. Em crianças e
idosos, as pneumonias podem levar a morte.
A poluição atmosférica das cidades causa câncer? Certamente, alguns poluentes são
cancerígenos, principalmente os hidrocarbonetos policíclico aromáticos. A concentração desta
substância ou de qualquer outro poluente no ar de São Paulo não é suficiente para causar câncer
por si só. Contudo, junto com outros cancerígenos, o cigarro, por exemplo, aumentam a
incidência do câncer pulmonar que, geralmente, não tem cura. O problema da incidência de
neoplasias (câncer) induzidas pela poluição atmosférica de São Paulo precisa ser vigiado porque,
repetimos, existem vários poluentes cancerígenos.
É preciso entender a ação do monóxido de carbono (CO), que muitas vezes é o
responsável pela má qualidade do ar. Essencialmente, trata-se de uma substância que prejudica
a oxigenação dos tecidos e, por isso, é classificado como um asfixiante sistêmico. A substância
que carrega oxigênio aos tecidos é a hemoglobina que está dentro dos glóbulos vermelhos do
sangue (também chamados de hemácias ou eritrócitos). Ao nível dos capilares pulmonares, a
hemoglobina recebe oxigênio do ar que está nos alvéolos e, depois, continua pelos vasos
sangüíneos para levar este elemento vital a todos os tecidos. Lá ele troca o oxigênio por dióxido
de carbono que transporta até aos pulmões para liberá-lo no ar alveolar e carregar-se,
novamente, com oxigênio.
O perigo do CO reside no fato de que impede a oxigenação dos tecidos, que é um
fenômeno biológico complexo e suas manifestações clínicas são complicadas. Todos os órgãos
necessitam de oxigênio, principalmente o sistema nervoso central. Portanto, casos graves de
intoxicação por CO, que jamais ocorrem ao ar livre mas apenas em ambientes fechados
(garagens, túneis longos e mal ventilados), provocam confusão mental, inconsciência, parada das
funções cerebrais e morte. No caso das poluições atmosféricas de São Paulo, a inalação crônica
de CO não é perceptível. No entanto, sabe-se que pode agravar ateroscleroses, principalmente
do coração, sobretudo em fumantes.
É importante saber que nas intoxicações agudas ou crônicas, se a vítima não mais respirar
CO, após vários dias restabelece-se o ciclo normal da oxigenação celular. A absoluta maioria dos
pacientes tem recuperação completa e sem seqüelas, se definitivamente afastados da poluição
por CO.
A que distância a poluição pode ser transportada?
Se você olhar para a fumaça que sai de uma chaminé, verá que em poucos dias do ano ela
sobe verticalmente. Na maior parte das vezes ela se inclina, porque o ar ao redor da chaminé
está em movimento. Mesmo quando parece haver apenas uma brisa próxima ao solo, nas
camadas mais altas o vento pode ser bem mais forte.
A poluição que sai das chaminés é levada pelo vento. Uma parte dela pode permanecer no
ar durante uma semana ou mais, antes de se depositar no solo. Nesse período ela pode ter
viajado muitos quilômetros. Mesmo um vento fraco de 16 km/h poderia transportá-la para além de
1600 km em cinco dias. Quanto mais a poluição permanece na atmosfera, mais a sua
composição química se altera, transformando-se num complicado coquetel de poluentes que
prejudica o meio ambiente.
Nas mais importantes áreas industriais do Hemisfério Norte, o vento predominante (aquele
que sopra com maior freqüência) vem do oeste. Isso significa que as áreas situadas no caminho
do vento, que sopra dessas regiões industriais, recebem uma grande dose de poluição. Cerca de
3 milhões de toneladas de poluentes ácidos são levados a cada ano dos Estados Unidos para o
Canadá. De todo o dióxido de enxofre precipitado no leste canadense, metade dele provém das
regiões industriais situadas no nordeste dos EUA. Na Europa, a poluição ácida é soprada sobre a
Escandinávia, vinda dos países circunvizinhos, especialmente da Grã-Bretanha e do Leste
Europeu.
Os poluentes gerados no Pólo Petroquímico de Cubatão (SP) freqüentemente são levados
para o litoral norte de São Paulo (Ubatuba, Caraguatatuba), onde ocorre a chuva ácida. O dióxido
de enxofre da Termelétrica de Candiota (RS) precipita-se no Uruguai.
O vapor produzido por usina termelétrica é inofensivo, mas a fumaça resultante da queima
dos combustíveis fósseis causa a chuva ácida.
Fogueiras e chaminés industriais lançam fuligem no ar, escurecendo edifícios e
ocasionando densa neblina em regiões de climas úmidos. Atualmente as queimadas contribuem,
de forma decisiva, para o aumento da poluição.
A explosão da usina nuclear de Chernobyl desprendeu radiação que atingiu vários países
do oeste europeu. Como resultado, algumas renas da Noruega e Lapônia não puderam ser
consumidas pelo homem.
Toda combustão elimina dióxido de carbono e sua quantidade está cada dia maior na
atmosfera do planeta, retendo o calor que escaparia para o espaço. Esse fenômeno é conhecido
como "efeito estufa" e está provocando um maior aquecimento da Terra. O perigo está na
possibilidade de as camadas polares degelarem, o que causaria uma elevação no nível dos
mares. Se isso acontecer, o clima do planeta será alterado, principalmente no que se refere à
distribuição das chuvas. A vida terrestre estaria ameaçada, pois se o clima sofresse uma
mudança abrupta, os seres vivos não teriam tempo suficiente para uma adaptação necessária à
sua sobrevivência.
A fumaça que se desprende da queima de combustível fóssil contém óxidos de enxofre e
nitrogênio, que reagem com a umidade do ar, gerando o ácido sulfúrico e o nítrico. A fumaça é
então carregada pelo vento, até encontrar um local úmido, formando ácidos que caem sob a
forma de chuva – a chuva ácida –, que pode matar peixes de rios e lagos, e é responsáveis pela
morte de árvores em grandes áreas da Europa, Escandinávia, norte dos Estados Unidos e
Canadá.
Interação entre qualidade de ar e mecanismos metereológicos
A atmosfera pode ser considerada o local onde ocorrem, permanentemente, reações
químicas. Ela absorve uma grande variedade de sólidos, gases e líquidos, provenientes de
fontes, estacionárias (industriais e não-industriais), móveis (transportes aéreos, marítimos e
terrestres, em especial os veículos automotores) e de fontes naturais (mar, poeiras cósmicas,
arraste eólico, etc.). Essas emissões podem se dispersar, reagir entre si, ou com outras
substâncias já presentes na própria atmosfera. Estas substâncias ou o produto de suas reações
finalmente encontram seu destino num sorvedouro, como o oceano, ou alcançam um receptor
(ser humano, outros animais, plantas, materiais).
A concentração real dos poluentes no ar depende tanto dos mecanismos de dispersão
como de sua produção e remoção. Normalmente a própria atmosfera dispersa o poluente,
misturando-o eficientemente num grande volume de ar, o que contribui para que a poluição fique
em níveis aceitáveis. As velocidades de dispersão variam com a topografia local e as condições
atmosféricas locais.
Em suma, é a interação entre as fontes de emissão de poluentes atmosféricos e as
condições meteorológicas que define a qualidade do ar.
Acesso em 09 de março de 2012 . Fonte: www.feema.rj.gov.br
Doenças Respiratórias x Poluição do Ar
Classificação dos poluentes atmosféricos
a). Quanto ao estado físico:
. Material particulado;
. Gases e vapores.
b) Quanto à origem:
. Primários (1º);
. Secundários (2º).
c). Quanto à classe química:
. Orgânicos;
. Inorgânicos.
-Quanto à fonte:
. Naturais;
. Antropogências.
Principais doenças respiratórias Acessado em 8 de março: http://engolindoosol.tripod.com/doencas.html
“As doenças respiratórias são a 3ª causa de mortes no mundo todo, ganhando da AIDS
e só perdendo para as doenças cardiovasculares e os derrames.
Dividimos este capítulo em 3 tópicos gerais:
- Infecções respiratórias causadas pelos vírus:
resfriado e gripe.
- Infecções respiratórias causadas pelas bactérias:
. CETESB – Manual técnico – Técnicas e Controle no tratamento de água – SP, 1977. . MACEDO, J.A.B., - Água e Águas. São Paulo: livraria Varela, 2001. . MEES, J.B.R., - Tratamento de Efluentes Líquido I, UTF, Medianeira, PR, 2006. . BARUFFALDI, R. e MARIA N.OLIVEIRA,M.N. – Fundamentos de Tecnologia de Alimentos – Ateneu – SP, 1998. . Derísio, J.C., INTRODUÇÃO AO CONTROLE AMBIENTAL, 2ª ed. Sigmus