- 1. 20:16 Universidade Federal de Mato Grosso Campus de Sinop
Curso de Medicina Psicologia Mdica Professor Nelson URIO Mdico
Especialista em Medicina de Famlia e Comunidade (P.S.F.) Mdico do
PSF de Sinop e Referncia Regional de MH e TB (Hansenase e
Tuberculose) Mdico Regulador e Autorizador do Estado no Escritrio
Regional de Sade de Sinop/MT
2. 20:16 Universidade Federal de Mato Grosso Campus de Sinop
Curso de Medicina Psicologia Mdica 3. 20:16 ....nica maneira de o
homem se realizar autenticamente, assumindo a responsabilidade da
prpria vida, enfrentar fria e corajosamente a sua finitude e
contingncia, isto , a sua inevitvel morte. (MARANHO, 1995)
PSICOLOGIA MDICA Adoecimento - Morte - Morrer 4. 20:16 Se estou com
medo da morte e tento neg-la, ajude-me na preparao para o adeus...
Se estou doente e sou um peso em sua vida, no me abandone, um dia
voc ter a minha idade... A nica coisa que desejo neste final de
jornada um pouco de respeito e de amor do muito que dei um dia.
PSICOLOGIA MDICA Adoecimento - Morte - Morrer 5. 20:16 PSICOLOGIA
MDICA Hierarquizao e Aplicao dos Princpios da Biotica na Evoluo de
uma DoenaADOECIMEN TO Inverso das expectativas Morte Inevitvel
Alvio do Sofrimento Preservao da vida No- MaleficnciaBeneficnci a
Vida Salvvel Preservao da vida Alvio do Sofrimento Beneficncia No-
Maleficncia Autonomia Justia 6. 20:16 PSICOLOGIA MDICA Adoecimento
- Morte - Morrer ... houve um tempo em que nosso poder perante a
morte era muito pequeno, e de fato ela se apresentava
elegantemente. E, por isso, os homens e as mulheres dedicavam-se a
ouvir a sua voz e podiam tornar-se sbios na arte de viver. Hoje,
nosso poder aumentou, a morte foi definida como a inimiga a ser
derrotada, fomos possudos pela fantasia onipotente de nos livrarmos
de seu toque. Ruben Alves 7. 20:16 A doena vista pelo indivduo como
uma ameaa do destino. Ela modifica a relao do paciente com o mundo
e consigo mesmo. Desencadeia uma srie de sentimentos como:
impotncia, desesperana, desvalorizao, temor, apreenso... Quando os
recursos teraputicos do modelo curativo se esgotam, e
principalmente na fase final da vida, evidenciam-se os limites da
vida dos pacientes, mas tambm dos saberes e das prticas mdicas e
dos profissionais de sade. PSICOLOGIA MDICA Adoecimento - Morte -
Morrer 8. 20:16 claro que o tipo e intensidade das reaes vo variar
de acordo com uma srie de caractersticas da doena e do prprio
indivduo: carter breve e duradouro da doena e seu prognstico
personalidade e capacidade de tolerncia a frustraes do indivduo;
relao com o mdico e demais membros da equipe de sade. PSICOLOGIA
MDICA Adoecimento - Morte - Morrer 9. 20:16 Pode-se dizer que tais
reaes variam em torno de trs possibilidades: Pacientes que se
entregam doena, dor e ao desespero; so aqueles que no lutam;
Pacientes que tratam a doena como se fosse banal, mesmo sendo
grave; Pacientes que promovem mudanas em sua vida, tentando se
adaptar situao adversa. PSICOLOGIA MDICA Adoecimento - Morte -
Morrer 10. 20:16 Assim, independente dos "ganhos" obtidos, todo
processo de adoecer ativa mecanismos fisiolgicos para restabelecer
a homeostase e mobiliza defesas psicolgicas no paciente. Entre as
possveis reaes emocionais podemos destacar: regresso, negao,
minimizao, raiva e culpa, depresso, doctor shopping rejeio,
pensamento mgico e aceitao. PSICOLOGIA MDICA Adoecimento - Morte -
Morrer 11. 20:16 No mundo atual de tecnologias, encontram-se
profissionais desprovidos de qualquer avano para enfrentar a morte
como algo que estar por vir, posto que sua viso de morte, em
ambiente hospitalar, vem acompanhada da ideia de fracasso do corpo,
falncia de rgos, do sistema de sade, da sociedade, das relaes com
Deus e com os homens, etc. (PITTA,1994) PSICOLOGIA MDICA
Adoecimento - Morte - Morrer 12. 20:16 A morte no vem de fora, mas
se processa dentro da vida com a perda progressiva da fora vital.
Morremos um pouco, a cada minuto e um dia este processo chegar ao
fim (BOFF, 2002). Uma coisa encarar a morte como algo inscrito
necessariamente no destino dos homens, em geral, enquanto membros
da classe dos seres vivos. Outra coisa pensar a realidade de cada
morte individual PSICOLOGIA MDICA Adoecimento - Morte - Morrer 13.
20:16 Com o aumento do nmero de pessoas morrendo de doenas crnicas
e progressivas, vem aumentando tambm, gradualmente, o percentual de
doente em estado terminal nos hospitais ou em seus domiclios. Isto
exige dos profissionais da rea da sade no apenas a construo de
novas perspectivas, mtodos e tcnicas, mas tambm um novo olhar sobre
os processos de adoecimento em condies crnico-degenerativas,
enfocando o atendimento em Cuidados Paliativos. PSICOLOGIA MDICA
Adoecimento - Morte - Morrer 14. 20:16 . PSICOLOGIA MDICA Biotica a
reflexo sobre a adequao ou inadequao de aes envolvidas com a
vidaCompetn cia Cientfica Conhecime nto Tecnolog ia Tecnolog ia
Competn cia Humanista Sabedori a Confian a tica 15. 20:16 JUSTIA
DISTRIBUITIVA - Se o paciente est na fase de morte inevitvel e so
oferecidos cuidados desproporcionais (Obstinao Teraputica),
estaremos utilizando inadequadamente os recursos existentes, que
poderiam ser aplicados a outros pacientes. O princpio da justia
deve ser levado em conta nas decises clnicas, mas no deve
prevalecer sobre os princpios da beneficncia, da no-maleficncia e
da autonomia PSICOLOGIA MDICA Biotica e Terminalidade 16. 20:16 Se
h um consenso de que um paciente, mesmo em estado crtico, ser
beneficiado com um determinado tipo de medicao e procedimento, a
despeito de que o produto esteja escasso, preservam-se os princpios
da beneficncia e da autonomia sobre os da justia. - Cuidado
Paliativo no abandono teraputico! PSICOLOGIA MDICA Adoecimento -
Morte - Morrer 17. 20:16 A Eutansia - originalmente definida como a
boa morte; no grego eu - bom e thanatos - morte. Nos dias de hoje,
a isto acrescentou-se mais um sentido: o da induo, ou seja, um
apressamento do processo de morrer. S se pode falar em eutansia se
houver um pedido voluntrio e explcito do paciente se este no
ocorrer, trata-se de assassinato, mesmo que tenha abrandamento pelo
seu carter piedoso. E s neste sentido que difere de um homicdio,
que ocorre revelia de qualquer pedido da pessoa. PSICOLOGIA MDICA
Adoecimento - Morte - Morrer 18. 20:16 DISTANSIA a manuteno dos
tratamentos invasivos em pacientes sem possibilidade de recuperao,
obrigando as pessoas a processos de morte lenta, ansiosa e sofrida;
morte lenta, ansiosa e com muito sofrimento. Trata-se de um
neologismo composto do prefixo grego dys - ato defeituoso, e
thanatos - morte. Trata-se de morte defeituosa, com aumento de
sofrimento e agonia. conhecida tambm como obstinao teraputica e
futilidade mdica. A distansia sempre o resultado de uma determinada
ao ou interveno mdica que, ao negar a dimenso da mortalidade
humana, acaba absolutizando a dimenso biolgica do ser humano.
PSICOLOGIA MDICA Adoecimento - Morte - Morrer 19. 20:16 Ortotansia
- Seguindo a sequncia da aplicao dos princpios ticos, to logo seja
definido que o paciente no mais salvvel, nossos esforos devem ser
dirigidos no sentido de promover e priorizar o seu conforto,
diminuir o seu sofrimento, e evitar o prolongamento de sua vida "a
qualquer custo". Essa postura est muito distante da promoo do bito,
como proposto pela eutansia que, luz dos conhecimentos atuais, no
se enquadra nem no princpio da beneficncia nem no da
no-maleficncia. PSICOLOGIA MDICA Adoecimento - Morte - Morrer 20.
20:16 MISTANSIA: Morte como um fato scio-poltico: pobreza, violncia
e excluso. E somos Severinos iguais em tudo na vida, morreremos de
morte igual, da mesma morte Severina. Que a morte de que se morre
de velhice antes do trinta, de emboscada antes dos vinte, de fome
um pouco por dia. de fraqueza e de doena que a morte Severina ataca
em qualquer idade, e at gente no nascida. (MORTE E VIDA SEVERINA
Joo Cabral de Mello Netto) PSICOLOGIA MDICA Adoecimento - Morte -
Morrer 21. 20:16 REFERNCIAS: ANGERAMI, Camon. E a Psicologia Entrou
no Hospital. So Paulo: Pioneira, 1995. p.147 BOFF, L. Saber Cuidar:
tica do humano: compaixo pela terra. 8 ed. So Paulo: Vozes, 2002.
DASSUMPO, E.A. Comportar-se fazendo biotica: para quem se interessa
pela tica. Rio de Janeiro: Vozes, 1998. KOVACS, M. J.Morte e
Desenvolvimento Humano. Casa do Psiclogo, So Paulo, 1992.
RODRIGUES, Marysia Mara do Prado De Carlo. Cuidados Paliativos.
Universidade de So Paulo Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto
PSICOLOGIA MDICA Adoecimento - Morte - Morrer 22. 20:16 ao cuidar
de voc no momento final da vida, quero que voc sinta que me importo
pelo fato de voc ser voc, que me importo at o ltimo momento de sua
vida e faremos tudo que estiver ao nosso alcance, no somente para
ajud-lo a morrer em paz, mas tambm para voc viver at o dia de sua
morte. Cicely Saunders PSICOLOGIA MDICA Adoecimento - Morte -
Morrer