DEPEC - Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos AÇÚCAR E ETANOL JUNHO DE 2017 O DEPEC – BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso.
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DEPEC - Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
AÇÚCAR E ETANOL JUNHO DE 2017
O DEPEC – BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções.
Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser
tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de
natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são
assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas
informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso.
PRODUTOS
CANA DE
AÇÚCAR
685 milhões de
toneladas 94% Mercado Interno
53% Etanol
40% Anidro (misturado à
gasolina)
60% Hidratado (usado como combustível)
6% Exportação
70% exportação
30% mercado interno
47% Açúcar 10% China
10% Bangladesh
8% Argélia
SAFRA 2016/2017
50% EUA
25% Coréia do Sul
Fonte: CONAB E SECEX, Bradesco
A cana-de-açúcar é uma cultura tropical, porém o açúcar
também pode ser obtido em regiões de clima frio, por meio
da beterraba e do milho. O açúcar obtido da cana-de-açúcar
tem menor custo de produção e maior rendimento;
representa 80% do açúcar produzido globalmente;
O álcool pode ser obtido da cana (Brasil), do milho (EUA), do
eteno (Arábia Saudita) e do carvão mineral (África do Sul).
SAZONALIDADE
CICLO OPERACIONAL DO SETOR SUCROALCOOLEIRO
NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR
Embarque de 70% das Exportações
Ociosidade
manutenção
PLANTIO
Tomada de ACC
COLHEITA
MOAGEM DA CANA utilização plena da capacidade
instalada - operação 24 horas em 3 turnos
BRASIL CENTRO-SUL: abril a novembro
BRASIL NORTE-NORDESTE: setembro a abril
EUA, UNIÃO EUROPÉIA, ÍNDIA: outubro a maio
TAILÂNDIA: novembro a junho
AUSTRÁLIA: julho a fevereiro
BRASIL É O ÚNICO GRANDE PLAYER COM
SAFRA NO 1º SEMESTRE DO ANO
COLHEITA/PROCESSAMENTO
6,6%
5,9%
5,4%
4,5%
6,7%
8,7%
10,3%
11,1%10,7%
11,1%
10,0%
9,2%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%ja
n
fev
mar ab
r
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
SAZONALIDADE DAS EXPORTAÇÕES DE AÇÚCAR
Fonte: SECEX, Bradesco
SAZONALIDADE DAS EXPORTAÇÕES DE ETANOL
6,6%
5,5%5,0%
5,3%
6,0%
7,9%
12,5%12,1%
11,2%11,6%
8,6%
7,8%
1,0%
3,0%
5,0%
7,0%
9,0%
11,0%
13,0%ja
n
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
Fonte: SECEX, Bradesco
A cana-de-açúcar é uma cultura perene, ou seja,
da mesma planta pode ser colhida cana até 5
vezes; depois de plantada a cana demora até 18
meses para ser colhida. Geralmente as usinas
renovam em torno de 20% do canavial por ano e a
cada 5 anos fazem rotação de cultura com a soja;
Após o corte a cana é perecível, devendo ser
processada em no máximo 48 horas.
VANTAGENS COMPETITIVAS
DO BRASIL
O BRASIL É REFERÊNCIA
INTERNACIONAL EM
TECNOLOGIA
SUCROALCOOLEIRA
Clima favorável e terras férteis garantem elevado teor de sacarose da cana;
Baixo custo da terra e da mão-de-obra;
Elevada produtividade;
O Brasil usa o bagaço e a palha de cana para a co-geração de energia elétrica, garantindo o auto-consumo ou a venda de energia;
As usinas de outros países são essencialmente açucareiras, ao passo que as usinas brasileiras têm flexibilidade de destino da cana, para álcool ou para açúcar, podendo maximizar receitas.
CUSTOS DE PRODUÇÃO DO BRASIL (Região Centro/Sul são os menores do mundo)
CUSTOS DE PRODUÇÃO DA LAVOURA DE CANA-DE-AÇÚCAR
EM PERÍODOS DE BAIXA RENTABILIDADE, OS PRINCIPAIS GASTOS CORTADOS SÃO OS TRATOS CULTURAIS E A RENOVAÇÃO DOS CANAVIAIS, QUE JUNTOS
REPRESENTAM 53% DOS CUSTOS
Fonte: ORPLANA, Bradesco
Tratos Culturais
33%
Transporte
27%
Corte da Cana
20%
Gastos com
Plantio20%
As unidades produtoras mistas (produzem
açúcar e álcool) têm capacidade limitada de
fabricação de açúcar e de álcool, portanto não
é possível a concentração em um só produto
quando este apresenta maior rentabilidade.
FORNECEDORES
Há usinas que têm canaviais próprios, bem como usinas
que adquirem cana de fornecedores;
Em média, os fornecedores independentes de cana-de-
açúcar representam cerca de 30% do consumo total de
matéria-prima. Nos demais players a cana é adquirida
totalmente de terceiros;
Não há relação integrada entre usinas e produtores
independentes;
O pagamento aos fornecedores é balizado no teor de
sacarose e pureza da cana.
REGIONALIZAÇÃO
N/NE
7,7%
CENTRO-SUL
92,3%
Safra - set a abr
Safra - abr a nov
PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR (por região - safra 2015/2016)
Fonte: CONAB, Bradesco
PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR POR REGIÃO (por região - safra 2015/2016)
Sudeste
65,8%
Centro-Oeste
19,7%
Nordeste
7,2%
Sul
6,7%
Norte
0,5%
Fonte: CONAB, Bradesco
SP55,2%
GO10,7%
MG10,1%
MS7,0%
PR6,7%
AL2,6%
MT2,1%
PE2,0%
Outros3,6%
PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR POR UF (safra 2015/2016)
Fonte: CONAB, Bradesco
RANKING
PLAYERS
MUNDIAIS
60% do etanol produzido no mundo
é originado da cana-de-açúcar e da
beterrada, os 40% restantes são de
grãos como o milho.
Brasil20,3%
Índia16,6%
UE9,4%Tailândia
6,3%
China6,1%
EUA4,6%
México3,7%
Paquistão3,2%
Austrália2,9%
Rússia2,7%
Guatemala1,7%
Indonésia1,3%
África do Sul1,0%
Outros20,1%
MAIORES PRODUTORES MUNDIAIS DE AÇÚCAR (safra 2015/16)
Fonte: USDA, Bradesco
Índia16,2%
UE10,9%
China10,1%
Brasil6,5%
EUA6,2%
Rússia3,4%
Indonésia3,2%
Paquistão2,8%
México2,7%
Tailândia1,5%
Outros36,6%
MAIORES CONSUMIDORES MUNDIAIS DE AÇÚCAR (safra 2015/16)
Fonte: USDA, Bradesco
Brasil43,4%
Tailândia16,1%
Austrália6,7%
Índia4,6%
Guatemala4,3%
UE2,7%
México2,6%
Cuba1,6%
África do Sul1,3%
Outros16,7%
MAIORES EXPORTADORES MUNDIAIS DE AÇÚCAR (safra 2015/16)
Fonte: USDA, Bradesco
MAIORES EXPORTADORES MUNDIAIS DE AÇÚCAR (safra 2015/16)
BRASIL UE
TAILÂNDIA AUSTRÁLIA
Exportação68%
Consumo Interno
32%
Exportação9%
Consumo Interno
91%
Exportação81%
Consumo Interno
19%
Exportação73%
Consumo Interno
27%
Fonte: USDA, Bradesco
China10,5%
Indonésia6,1%
EUA5,9%
UE5,4%
Emirados Árabes4,8%Malásia
4,0%
Coréia do Sul3,6%Rússia
2,2%
Outros57,4%
MAIORES IMPORTADORES MUNDIAIS DE AÇÚCAR (safra 2015/16)
Fonte: USDA, Bradesco
EUA57,5%
Brasil27,7%
UE5,4%
China3,2%
Canada1,7%
Tailândia1,3%
Argentina0,8% India
0,8%Outros1,5%
MAIORES PRODUTORES MUNDIAIS DE ETANOL (2015)
Fonte: RFA, Bradesco
PLAYERS
NACIONAIS
EXPORTAÇÕES DE
AÇÚCAR E ETANOL
REPRESENTAM 5,2% DAS
EXPORTAÇÕES
BRASILEIRAS
Complexo Soja13,0%
Material de Transporte9,8%
Minérios Metalúrgicos9,0%
Petróleo e Derivados8,7%
Complexo Carnes7,6%
Produtos Siderúrgicos e
Metalúrgicos7,3%
Produtos Químicos7,2%
Açúcar e Etanol5,2%
Papel e Celulose4,1%
Máquinas e Instrumentos
3,9%
Café3,4%
Calçados e Couro1,9%
Materiais Elétricos e Eletrônicos
1,8%
Madeira e Manufaturas
1,2%
Fumo e Cigarros1,1%
Suco de Laranja0,5%
Outros14,3%
PAUTA DE EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS (2015)
Fonte: SECEX, Bradesco
CONSUMIDORES
A cultura é exportadora – o consumo interno de açúcar é estável em
torno de 11 milhões de toneladas por ano, isso significa que qualquer
crescimento da produção nacional gera maior excedente exportável;
Os preços do açúcar são balizados no mercado internacional, na Bolsa
de Nova Iorque – NYBOT – açúcar demerara (bruto), sendo a unidade de
medida a libra peso (453,6 gramas). O açúcar branco ou refinado tem
contrato na Bolsa de Londres; a unidade de medida é a tonelada;
A comercialização interna de álcool é realizada das destilarias
diretamente para as companhias distribuidoras de combustível, que
buscam o álcool nas destilarias em caminhões próprios;
A mistura de etanol na gasolina é realizada nas distribuidoras.
No mercado doméstico o tipo mais utilizado de açúcar é o refinado amorfo
(açúcar branco). Cerca de 60% da produção interna é voltada para o
consumidor final e 40% para a indústria (fabricação de biscoitos, sorvetes,
refrigerantes);
O consumo de açúcar é determinado pelo nível de renda e pelo
crescimento populacional;
O consumo de álcool está mais relacionado ao preço da gasolina,
lançamentos da indústria automobilística e do percentual de mistura de
álcool à gasolina que oscila entre 20% e 27%.
O anidro passa pelo processo desidratação para eliminar o máximo de
água, por isso o custo de produção é maior.
PAÍSES DE DESTINO DAS EXPORTAÇÕES DE AÇÚCAR (2015)
China
10,4%
Bangladesh
10,3%
Argelia
6,8%
Índia
6,3%
Emirados Árabes
Unidos
6,0%
Nigéria
5,6%
Arábia Saudita
4,7%
Egito
4,5%
Rússia
4,3%
Malásia
4,1%
Outros
32,9%
Fonte: SECEX, Bradesco
AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE ÁLCOOL
PARA OS EUA SÃO TAXADAS EM US$ 0,54
POR GALÃO. PARA CONTORNAR A TARIFA, A
MAIOR PARTE DAS VENDAS SÃO FEITAS VIA
PAÍSES DO CARIBE, COMO EL SALVADOR,
JAMAICA E COSTA RICA, ONDE NÃO HÁ
COBRANÇA DE TARIFAS
PAÍSES DE DESTINO DAS EXPORTAÇÕES DE ETANOL (2015)
EUA
49,2%
Coréia do Sul
25,2%
China
6,4%
Índia
5,0%
Países Baixos
3,4%
Japão
2,6%
Nigéria
2,5%
Arábia Saudita
1,8% Turquia
1,0%
Outros
2,9%
Fonte: SECEX, Bradesco
FATORES DE
RISCO
Risco Climático;
Incidência de pragas e doenças;
Setor exportador – dependente do comportamento do câmbio;
Commodity sujeita ao comportamento das cotações internacionais. Risco elevado em períodos de alta volatilidade dos preços nos mercados futuros, o que pode levar a perdas com ajuste de margem;
Custos de produção cotados em dólar e dependendes da
matéria-prima petroquímica (fertilizantes e defensivos agrícolas).
CENÁRIO
ATUAL E
TENDÊNCIAS
PRODUÇÃO MUNDIAL X CONSUMO MUNDIAL DE AÇÚCAR (mil ton)
130.632
134.270
148.516
142.409144.860
164.526
144.014
162.219
172.349
177.958
144.719
164.737
179.636
153.488155.403
165.761
169.423171.867 171.559
112.000
122.000
132.000
142.000
152.000
162.000
172.000
182.000
192.000
00/0
1
01/0
2
02/0
3
03/0
4
04/0
5
05/0
6
06/0
7
07/0
8
08/0
9
09/1
0
10/1
1
11/1
2
12/1
3
13/1
4
14/1
5
15/1
6
16/1
7
17/1
8*
mil ton
Fonte e (*) Projeção: USDA Elaboração: BradescoProdução mundial x consumo mundial de açúcar 1997 – 2012
Produção
Consumo Mundial
Fonte: USDA, Bradesco
3.959
-749-2.665
2.210
5.188
2.704
6.312
9.000
737
-184
9.569
2.809
-2.063
1.893
14.115
11.499
-9.474
-1.013
6.816
12.75212.296
10.340
-4.686
-1.053
8.077
20,2%
21,7%
19,2%
24,9%
26,3%
29,8%29,1%
21,7%
28,1%
18,2%
29,1%
25,9%
22,6%
22,3%
15,0%
19,0%
23,0%
27,0%
31,0%
-11.000
-7.000
-3.000
1.000
5.000
9.000
13.000
17.000
90/9
1
91/9
2
92/9
3
93/9
4
94/9
5
95/9
6
96/9
7
97/9
8
98/9
9
99/0
0
00/0
1
01/0
2
02/0
3
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4
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5
05/0
6
06/0
7
07/0
8
08/0
9
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0
10/1
1
11/1
2
12/1
3
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4
14/1
5
15/1
6
16/1
7
EM MIL TONELADAS
FONTE: USDA ELABORAÇÃO: BRADESCO
Excedente de produção sobre o consumo mundial e relação estoque consumo de açúcar 1991 - 2012
excedente de produção sobre o consumo
Relação Estoque Consumo
EXCEDENTE DE PRODUÇÃO SOBRE O CONSUMO MUNDIAL E RELAÇÃO ESTOQUE CONSUMO DE AÇÚCAR (mil ton)
Fonte: USDA, Bradesco
20,2%
21,7%
20,8%
19,2%
22,3%
24,9%
23,8%
22,4%
26,3%
28,3%
29,8%
27,2%
29,1%
27,5%
23,9%
21,7%
26,2%
28,1%
19,9%
18,2%
19,0%
22,0%
25,7%
27,1%
29,1%
25,9%
22,6%22,3%
12,54 12,13
6,16
8,34
6,44
14,64
9,91
22,36
27,14
16,34
13,14
18,14
16,74
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
15,0%
17,0%
19,0%
21,0%
23,0%
25,0%
27,0%
29,0%
31,0%
90/9
1
91/9
2
92/9
3
93/9
4
94/9
5
95/9
6
96/9
7
97/9
8
98/9
9
99/0
0
00/0
1
01/0
2
02/0
3
03/0
4
04/0
5
05/0
6
06/0
7
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8
08/0
9
09/1
0
10/1
1
11/1
2
12/1
3
13/1
4
14/1
5
15/1
6
16/1
7
17/1
8*
US$ c / libra peso
FONTE: USDA e NYBOT ELABORAÇÃO: BRADESCO
Relação estoque consumo mundial de açúcar 1991 - 2012
Relação Estoque Consumo
Preços Internacionais
•Projeção de estoque e consumo: USDA•Projeção de preço: média dos preços futurosRELAÇÃO ESTOQUE - CONSUMO MUNDIAL DE AÇÚCAR