Índice ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS Técnicas de Animação Vivemos numa sociedade que continua a transformar-se com uma profundidade e a um ritmo nunca visto, graças a acções realizadas por vários agentes (sociais, económicos, políticos, culturais…). Os empregos são cada vez mais absorventes, visto que existe uma maior competitividade, bem como um alargamento da carga horária, o que origina uma redução do tempo passado em família e, por consequência, um afastamento das crianças do seio familiar desde uma idade muito precoce. As crianças da actualidade nascem em hospitais (instituição). Ainda na idade latente, vão para o infantário (instituição), na infância continuam a frequentar o infantário e o ensino básico (instituições). Podemos concluir que, na sociedade actual, as crianças tem uma vivência em permanente afastamento de laços e afectos e, desde muito cedo, passam por sistemas agressivos de grande competitividade, tendo que provar que são detentoras de diversas competências, pois, socialmente, são-lhe impostas exigências. Neste contexto torna-se premente não só encarar a educação como algo mais que um meio de proporcionar/transmitir conhecimentos, mas também e acima de tudo como um meio de ligação do indivíduo à comunidade, um meio para comunicar, para promover a expressividade, a criatividade e a confiança. A concepção de educação limitada no tempo está condenada, pois na realidade o ser humano está em constante aprendizagem, tal como é referido por Lopes (2008) ao parafrasear Cardeira: ninguém é suficientemente culto que não tenha nada para aprender, por outro lado, ninguém é tão ignorante que não tenha nada para ensinar. Formadora: Liliana Brandão 1/55
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Índice
ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS
Técnicas de Animação
Vivemos numa sociedade que continua a transformar-se com uma
profundidade e a um ritmo nunca visto, graças a acções realizadas por
vários agentes (sociais, económicos, políticos, culturais…).
Os empregos são cada vez mais absorventes, visto que existe uma
maior competitividade, bem como um alargamento da carga horária, o
que origina uma redução do tempo passado em família e, por
consequência, um afastamento das crianças do seio familiar desde
uma idade muito precoce.
As crianças da actualidade nascem em hospitais (instituição).
Ainda na idade latente, vão para o infantário (instituição), na infância
continuam a frequentar o infantário e o ensino básico (instituições).
Podemos concluir que, na sociedade actual, as crianças tem uma
vivência em permanente afastamento de laços e afectos e, desde
muito cedo, passam por sistemas agressivos de grande
competitividade, tendo que provar que são detentoras de diversas
competências, pois, socialmente, são-lhe impostas exigências.
Neste contexto torna-se premente não só encarar a educação
como algo mais que um meio de proporcionar/transmitir
conhecimentos, mas também e acima de tudo como um meio de
ligação do indivíduo à comunidade, um meio para comunicar, para
promover a expressividade, a criatividade e a confiança. A concepção
de educação limitada no tempo está condenada, pois na realidade o
ser humano está em constante aprendizagem, tal como é referido por
Lopes (2008) ao parafrasear Cardeira: ninguém é suficientemente culto
que não tenha nada para aprender, por outro lado, ninguém é tão
ignorante que não tenha nada para ensinar.
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Na actual sociedade, onde a educação deve ser permanente e
comunitária, o processo educativo rejeita o modelo de
escola/armazém, valorizando a partilha de saberes entre os diferentes
contextos de aprendizagem, assim como a interacção com o meio
envolvente. Deve existir uma íntima relação entre o plano educativo e
o plano social, uma vez que e educação é condicionada e condiciona a
sociedade. É nesta interacção entre sociedade e educação que o acto
de animar deve assumir um papel de participação/acção, o que vai
também ao encontro do defendido por Ander-Egg (2000), que afirma
que a educação permanente, para construir uma acção válida, deve
ser complementada por acções de animação.
Ser animador é ser Educador e há que estar consciente
desta acção educativa. Há que querer ajudar no crescimento
de uma pessoa de uma maneira criativa.
Animação
Breve História da Animação
A animação Sócio Cultural, evidencia-se na Europa em meados dos
anos 60 do século XX e, em particular em Portugal, a partir da segunda
metade dos anos 70. Tentativa de resposta à anomia social e às
desigualdades de oportunidades sociais, consequência das
transformações sociais da época.
A Animação contempla duas vertentes: a Sócio cultural e a Sócio
educativa, embora não existam grandes diferenças de conceitos e
metodologias, porque “cultura” também é “educação”. A animação
Sócio cultural é uma modalidade de intervenção no âmbito da
educação social e pessoal, e assenta principalmente numa pedagogia
participativa, procurando estimular os sujeitos a desenvolver as suas
capacidades e competências, visando o seu bem-estar e o
desenvolvimento integral. É um método de intervenção natural porque
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respeita sempre todo o contexto envolvente, incutindo a integração,
comunicação e participação do indivíduo, incutindo a autonomia
necessária à construção do seu futuro, adaptando-o à sociedade em
que está inserido, desenvolvendo competências, capacidades e auto-
estima, que indubitavelmente levarão à mudança e à transformação
social.
Todas as acções de animação têm uma intenção educativa,
direccionada para a necessidade do desenvolvimento pessoal e social
do indivíduo. Este é o centro de tudo, é a sua participação, socialização
e auto-estima que estão a ser incentivadas, pretendendo-se acima de
tudo elevar o indivíduo ou a criança. Todas as pessoas podem ser
potenciais destinatários de acções da animação, mas estas também
pode ser dirigidas a alguns grupos específicos, como é o caso das
crianças, dos idosos ou pessoas com necessidades especiais, tendo em
conta o facto de poderem ser desenvolvidas nas mais variadíssimas
formas, modalidades ou infra-estruturas.
Animar é:
Motivar para uma acção/actividade
Dar ânimo, dar vida
Aceitar uma iniciativa
Respeitar o projecto individual definido por cada um
Ajudar a pessoa a afirmar-se
Apoiar não substituir
Dar movimento a uma situação onde reina a imobilidade, o
aborrecimento
“ A Animação Sociocultural é um conjunto de práticas sociais que
têm como finalidade estimular a iniciativa, bem como a participação
das comunidades no processo do seu próprio desenvolvimento e na
dinâmica global da vida sociopolítica em que estão integrados”. Para
José Herrerias (2002), referido em Lopes (2008): “ A Animação
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sociocultural é uma metodologia para desenvolver a educação.
Metodologia essa que assenta nas palavras que a descrevem: animar,
potenciar, desenvolver a sociocultura como meio de optimizar o
potencial das pessoas”, “ (…) a Animação sociocultural não é
manipulação, é um trabalho directo com as pessoas a partir da acção e
não de discursos em abstracto.
Animação é acção, é vida…
Animação na Infância
Nunca houve melhor tempo para ser crianças como agora, pois as
crianças têm oportunidades, direitos e uma posição como nunca
tiveram na comunidade. Em contrapartida, ser-se criança actualmente,
pode trazer mais pressões e decisões que nunca. O facto dos pais
trabalharem e o acesso a maior variedade de informação através dos
mass-media e da internet obrigam muitas crianças a amadurecem
mais rapidamente. Brincar, assim como as oportunidades de lazer têm
um papel fundamental no desenvolvimento deste processo. É muito
importante proporcionar à criança oportunidades de vida que lhes
permita proceder à exploração de si, dos outros e dos contextos em
que se incluem, para progressivamente procederem à descentração de
si, de tal forma que estejam aptos para se situarem como seres únicos
no meio dos outros. Poder-se-á dizer que o brincar é um meio que
permite fomentar o desenvolvimento da criança e dos sujeitos em
geral.
A participação dos pais nas brincadeiras dos filhos também é
fundamental, sempre que solicitados para tal. É claro que podem
também tomar a iniciativa, no entanto, não devem exagerar e por
exemplo, fazerem eles a actividade quando a criança só pediu uma
pequena colaboração.
Toda a criança tem direito a brincar. Ela deve escolher aquilo que
lhe dá mais prazer. Cada criança tem os seus gostos próprios e que
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devem ser respeitados. Normalmente, há uma tendência dos adultos
em imporem as suas regras às crianças, não lhes dando oportunidade
de escolha.
As actividades de animação são, assim de extrema importância
para a criança, estimulando o seu desenvolvimento quer físico, quer
emocional. O brincar, em todos os aspectos, contribui para o
desenvolvimento integral das crianças, tornando-as felizes e alegres,
sensações que as acompanham durante todas as etapas da vida.
Através das actividades de animação desenvolvem a criatividade o que
lhes permite resolver os seus problemas, exploram o mundo físico,
preparando-se para no futuro serem adultos competentes,
responsáveis, sociáveis e tolerantes, contribuindo assim para a
solidariedade com os outros como pedras essenciais na construção de
um mundo mais feliz e justo para todos. É neste contexto que a
animação infantil deve desempenhar um papel primordial.
Segundo Lopes (2008) o desenvolvimento da Animação infantil
surgiu com o Portugal democrático, ganhando expressão como forma
de Animação socioeducativa. Teve como objectivo central
complementar as funções atribuídas tradicionalmente à escola, pela
via da Educação Não Formal.
A acção da Animação na Infância foi traduzida na execução de
actividades de carácter lúdico, destinadas a crianças entre os 8 e os 13
anos de idade, as quais se podem desenvolver independentemente ou
em articulação com a Educação Formal.
Num primeiro momento (anos 70), a Animação Infantil era
encarada como um conjunto de actividades que aconteciam no espaço
exterior á escola – Educação Não Formal. Estas actividades consistiam
em colónias de férias, passeios e visitas de estudo, permitindo às
crianças visitarem e conhecerem lugares e regiões diferentes dos seus
locais de residência. Deste tipo de actividades resultavam a partilha e
a interacção das crianças entre si e com os seus monitores, criando-se
assim uma dimensão intergeracional.
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Em concordância com esta opinião está Jaume Trilla (1998) quando
refere que a Animação Infantil tem como primeiro objectivo permitir à
criança que possa brincar, mas sobretudo que o faça em condições que
lhe permitam o seu desenvolvimento pessoal e em grupo.
Actualmente, a escola não é o único agente educativo, pois,
também se educa a partir de muitas outras instituições, meios e
âmbitos nem sempre reconhecidos como especificamente educativos.
Desta forma, a Animação Infantil é vista não só como um conjunto de
actividades escolares (Educação Formal), como também um conjunto
de actividades que se podem desenvolver independentemente ou em
articulação com a escola (Educação Informal e Educação Não Formal).
Estas últimas actividades consistem na realização de acções de
expressão dramática, plástica, musical, jogo dramático e jogo
simbólico.
Anos 70
Actividades exteriores à
escola:
Colónias de férias;
Passeios;
Visitas de estudo.
Actualidade
Actividades escolares:
Interdisciplinaridade;
Actividades extracurriculares
(Clubes);
Biblioteca.
Actividades que se podem
desenvolver
independentemente ou em
articulação com as escolas
recorrendo a variadas
técnicas:
Expressão dramática
Expressão plástica;
Expressão musical;
Jogo dramático;
Educação Não FormalEducação Formal + Não
Formal
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Importa salientar que é na interacção desta variedade de técnicas
que a Animação Socioeducativa pode contribuir para o sucesso da
educação formal, pois é nesta pluralidade/diversidade que encontra
espaços de acção, participação, motivação e envolvência para o estudo
de matérias consideradas pouco atractivas pois, são óptimos recursos
e técnicas de incentivo.
Qualquer acção a levar a cabo no domínio da Animação Infantil
deve obedecer a princípios que contemplem:
A criatividade (envolvimento em áreas expressivas, que
considerem formas inovadoras e processos de aprendizagem
estimulando a improvisação e a espontaneidade);
A componente lúdica (prazer na acção, alegria na participação
num clima de confiança);
A actividade (geradora de dinâmica, fruto de uma interacção
resultante da acção);
A socialização (envolvência com os outros);
A liberdade (fruto de acções sem constrangimento e repressões
na procura permanente da liberdade);
A participação (todos são actores protagonistas de papéis
principais). Jaume Trilla (1998) é da opinião que seria um erro
pensar que a Animação Sociocultural no meio Infantil tenta dar
resposta unicamente ao reconhecimento alargado do tempo livre
Infantil com o espaço educativo, apesar de a maior parte das
actividades desenvolvidas serem de carácter educativo possuindo
um leque de acções muito distintas.
Em suma, a animação sociocultural nesta faixa etária deve assumir
um carácter lúdico, tendo como objectivos principais:
Dar prazer/satisfação à criança;
Dar espaço à imaginação;
Dar espaço à criatividade;
Estimular a participação efectiva e real;
Promover a sociabilização;
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Fomentar a dimensão intergeracional;
Valorizar a educação nos seus três âmbitos (Formal, Não Formal e
Informal).
Papel do animador e os diferentes tipos de animação
O animador sócio – cultural é o agente que põe em funcionamento,
que facilita e dá continuidade à aplicação dos processos de animação.
O seu trabalho técnico apoia-se na relação pessoal com os
destinatários, o seu papel no seio do grupo é o de facilitar nele os
processos de coesão, vivências ou experiências e tomar posições
activas sobre o meio em que se realiza a animação.
O animador é também um membro do grupo, e tem como função
não só procurar a autonomia do mesmo, como também fomentar o
enriquecimento das actividades, tomando-as de qualidade e
enquadrando-as em função das necessidades e aspirações de todos, de
modo a que o conjunto de indivíduos envolvidos possa beneficiar da
criatividade de cada um.
O animador é um ser animado, corajoso, esperançado e que
possui animação e esta revela-se pela sua vivacidade e entusiasmo.
Resumindo, podemos dizer que é o que estimula espiritualmente,
socialmente…
O Animador tem como função promover e desenvolver, fora do
quadro escolar, actividades com finalidades educativas (recreativas,
culturais ou desportivas). Estas actividades têm como objectivo uma
educação global e permanente, podem dirigir-se a grupos específicos
ou serem abertas a toda a comunidade. Animador é aquele que
assume a responsabilidade de coordenar as tarefas e actividades de
um grupo. Este tem que ser capaz de estimular a participação activa
de todos levando-os a adquirirem um maior dinamismo e
desenvolvimento possível.
Perfil do Animador
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Pessoa Profissional Perante o
Trabalho
Perante os
SujeitosSimplicidade: livre
de preconceitos;
Auto – consciente;
Confiante: Firmeza e
entusiasmo;
Alegre: Alegria de
viver contagiante;
Corajoso: Enfrentar
os desafios;
Sensato: Lidar com
as perdas e erros;
Humilde: Não é
detentor de todo o
saber;
Paz de Espírito:
Harmonia;
Simpatia:
Sentido de humor;
Exemplar: Ético de
se comportar na
sociedade;
Solidário:
Compartilhar e valor
pelo ser humano;
Dignidade, razão e
afecto;
Equilíbrio pessoal:
intelectual, afectivo,
social;
Realista:
Exequibilidade;
Dialogante:
clareza nos
propósitos;
Interactivo;
Flexível: Adaptar-
se a qualquer
situação;
Mediador e
catalisador:
Deve ter a
capacidade de
intervir; antecipar,
tomar iniciativa,
improvisar,
inventar; evoluir;
estimular as forças
colectivas;
Problematizador:
Ter sentido crítico
e reflexivo;
despertador de
consciências;
Negociador:
Empatia relacional;
Líder
Democrático:
grupos ou
comunidades;
Interventor
social e cultural:
Agente de
Persistente:
Não deve recuar
ao primeiro
problema;
Prudente: Evitar
atitudes
precipitadas;
Facilitador:
Mobilizador e
optimizador de
recursos,
potencialidades e
iniciador de
processos sociais
Formação
Adequada: Deve
dominar as
técnicas
necessárias a
todas as fases
que compõem o
projecto:
diagnóstico,
planificação,
execução e
avaliação.
Atento: Bom
observador da
realidade, saber
diagnósticar as
situações
Promover a
participação
activa cívica e
democrática de
pessoas e grupos
rumo ao
desenvolvimento
pessoal e das
comunidades;
Conhecer os
sujeitos e a sua
realidade;
Criar e
descobrir
valores nos
sujeitos;
Estimulador do
grupo que
conduza à sua
autonomia e
maturidade;
O seu estilo deve
basear-se na
cooperação e
na igualdade,
em que o
animador e os
membros do
grupo decidem
em conjunto o
que pretendem
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Ágil: Habilidade para
executar alguma
actividade com
rapidez e destreza;
Ter ordem e
método;
Paciente e
compreensivo;
desenvolvimento
inicial
Inter – relação
entre saber, saber-
ser e saber-estar;
Dinâmico:
Sempre em
movimento e com
variedade na
intervenções;
Sociável,
Responsável,
Cumpridor e
Empenhado;
Formação ao
longo da vida;
Saber trabalhar
em equipa;
Crente e
motivado:
Trabalhar em
projectos que se
acredita;
Abertura:
Inovação e
criatividade;
individuais,
familiares,
grupais, sociais,
comunitárias e
institucionais.
Perspectiva
comunitária;
Função de
relações públicas
dentro e fora do
grupo;
Gerir
colectivamente
os conflitos;
Capacidade de
organizar e
gerir;
Imparcial: Boa
capacidade de
abstracção;
Filosofia:
Reconhecer a
responsabilidade
de estar ao
serviço dos
outros;
empreender;
Respeitar o
grupo;
Ser tolerante
com as formas de
pensar sentir e
agir;
Impulsionar à
criatividade e à
curiosidade
Levar o grupo à
auto-
aprendizagem;
Estar próximo
das pessoas e
integra-las;
Conscientizar o
grupo de seu
valor e
potencialidades;
Tornar o grupo:
lúcido, criativo,
objectivo, crítico,
tolerante, activo,
aberto.
No seu dia-a-dia deve:
- Desempenhar papéis diferenciados;
- Designar quem realiza as tarefas e as actividades;
- Actuar como catalisador que desencadeia e anima processos;
- Saber gerir os recursos humanos e materiais necessários e geri-los
de acordo com as necessidades;
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- Proporcionar momentos de alegria, tem que intervir, respeitar,
acarinhar, ser bom comunicador, etc;
- Ter a capacidade de se modificar conforme as situações que lhe
vão aparecendo;
O animador trabalha em e para o grupo, a ele compete criar
movimento, vida, actividades, apresentar propostas e sugestões,
imaginar, despertar, influenciar, sem exercer qualquer tipo de
obrigação ou criar um sentimento de obrigatoriedade. O animador
deve ser activo, comunicador, alegre, destemido, entusiasta, optimista
e ter espírito de adaptação. Deve também ter:
Entusiasmo - para motivar as crianças;
Empatia - para compreender as crianças, colocar-se no lugar
delas;
Atitude construtiva – ser positivo, demonstrar seriedade,
comentários positivos;
Capacidade de organização do espaço;
Uma grande variedade de actividades/jogos;
Competências para planificar e preparar os jogos /actividades
com antecedência;
A figura do animador desempenha um papel central no método da
animação. É ele quem assume a responsabilidade de promover a vida
do grupo ou da criança. Para que desempenhe eficazmente as suas
funções, existem três áreas de competências fundamentais, que o
animador deve ter em conta:
O saber-saber
O saber ser
O saber-fazer
- O saber-saber, refere-se aos conhecimentos que deve possuir para
desempenhar convenientemente a sua tarefa. Além disso, um
animador, conforme a área específica do seu desempenho, deverá uma
formação adequada.
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- O saber-ser, é constituído pela identidade pessoal, pelas nossas
características próprias, ou seja, saber ser e saber estar, diante das
mais diferentes situações. É reagir de forma assertiva e com uma
postura exemplar às situações difíceis.
- O saber-fazer, reporta-se à metodologia que usa para dar vida ao
grupo que anima, a qual é sempre o reflexo do seu ser e do seu saber.
Ao animador, compete dar tempo e espaço para que a vida
desabroche nos animados. Através das suas atitudes, o animador
promove a liberdade, a responsabilidade e o crescimento do
destinatário. Tendo em conta que a animação
socioeducativa/sociocultural abrange várias áreas de intervenção, o
animador tem também ele mesmo várias áreas de intervenção, logo a
sua definição vai ser também muito vaga. Seguindo este fio condutor,
ligado à acção cultural, temos o animador que se dedica
essencialmente aos acontecimentos e actividades culturais; o
animador que abarca as suas actividades ao extra-escolar, está ligado
à actividade de formação, por fim o animador que tem como objectivos
as causas sociais, está presente na animação/acção social.
Em suma, podemos dizer que o animador é o pilar central de toda
a actividade da animação, uma vez que é ele quem assume a
responsabilidade de promover a vida do grupo, dinamizando deste
modo as vidas dos “animados”.
Para que o animador possa desempenhar da melhor maneira as
funções que lhes estão determinadas devem ter em conta os
conhecimentos que possui, que pode e deve partilhar e, claro, ter em
atenção os métodos que irá utilizar para atingir os seus objectivos
através das actividades predefinidas. O animador é o indivíduo que
deve promover da melhor forma o bem-estar, o conhecimento, a
responsabilidade, a autonomia, o sentido crítico da vida e de tudo o
que a envolve.
O animador é muitas vezes o confidente, o conselheiro, o amigo, e
com o decorrer do tempo, torna-se em alguém muito próximo (isto é
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mais notório, especialmente quando se trata de pessoas mais carentes
ou com alguma limitação física ou psicológica). É necessário que o
animador tenha muita estabilidade afectiva e emocional, para poder
desempenhar este papel de disponibilidade e presença, atenção e
afecto, que lhe é exigida. Embora o trabalho de grupo seja muito
importante, na animação a criança enquanto ser único e distinto é
também muito importante. Se houver uma única que goste muito de
fazer uma determinada coisa, o que fazemos? É preciso apoiar e
facilitar essa opção. É preciso o animador estar disponível e propor
actividades adaptadas ao gosto e desejos dos participantes.
Perfil do Animador Sociocultural Infantil
Em Portugal, os animadores distribuem-se por uma tipologia muito
diversificada e o seu perfil é difícil de definir, visto tratar-se de uma
figura abrangente e ambígua. Deste modo, existem diferentes perfis de
Animadores Socioculturais, dependendo dos vários âmbitos de
intervenção de cada Animador (teatro, música, cinema, actividades
interculturais, …).
Podemos, no entanto, afirmar que um animador é um Educador
Social que trabalha nos campos: Social, Cultural e Educativo. Este,
deve centrar-se não no produto mas sim no processo, que passa pela
envolvência no sentido de levar as pessoas a: participar, interagir,
sociabilizar, vencer medos e inibições, de forma a estimular as pessoas
para o SER e não para o TER. Como referido em Lopes (2008) “ (…)
Que se projecte um sistema educativo de acordo com os quatro pilares
da educação criados e defendidos pela UNESCO no séc. XX que
preconizam para o séc. XXI o Ser, o Sabre Fazer e o Aprender a viver
juntos (…) Queremos uma animação (…) que valorize o Ser pessoa e
que o Ser seja sempre mais importante que o ter (…).”
O trabalho do animador sociocultural visa a animação dos tempos
livres – ATL – e não a ocupação dos tempos livres – OTL. Podemos
assim dizer que o Animador não faz “Para”, mas sim “Com”.
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Lopes (2008) refere que em 1979 – Ano Internacional da Criança –
a Revista “Intervenção nº9” demonstra preocupações constantes sobre
o rumo a dar à preparação de Animadores para intervirem junto da
Infância. O referido documento manifesta, ainda, que nos processos de
aprendizagem e de formação dos Animadores Infantis se deve ter
presente a especificidade deste escalão etário.
Considerava-se que esta formação deveria incidir no apelo
constante à criatividade, à imaginação e à capacidade expressiva dos
animadores. Nesta faixa etária o animador deve ter uma formação
voltada para o âmbito socioeducativo, em que utiliza como meios para
a sua actuação suportes de índole recreativo e cultural voltados,
fundamentalmente, para o estímulo da criatividade. Os seus objectivos
devem estar direccionados para o desenvolvimento integral da
personalidade, da capacidade expressiva e da vivência colectiva da
criança.
Principais actividades do Animador
As actividades principais a desempenhar por este técnico são:
- Diagnosticar e analisar, em equipas técnicas multidisciplinares,
situações de risco e áreas de intervenção sob as quais actuar, relativas
ao grupo alvo e ao seu meio envolvente;
- Planear e implementar em conjunto com a equipa técnica
multidisciplinar, projectos de intervenção sócio-educativa;
- Planear, organizar, promover e avaliar actividades de carácter
educativo, cultural, desportivo, social, lúdico, turístico e recreativo, em
contexto institucional ou na comunidade, tendo em conta o serviço em
que está integrado e as necessidades do grupo e dos indivíduos, com
vista a melhorar o seu desenvolvimento integral.
- Elaborar relatórios de actividades desenvolvidas.
Compete ao animador motivar as crianças:
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Criando condições que orientem a sua vontade para a
participação nas actividades propostas;
Conhecendo-as muito bem, propondo actividades adaptadas aos
desejos delas, às necessidades de desenvolvimento assim como
aos objectivos por ele delineados;
Estabelecer um clima de confiança, ajudando-as a vencer os
medos ou inseguranças;
Quebrar hábitos errados das crianças, favorecendo o dinamismo,
ajudando-as a melhorar a sua confiança e valorização;
Percebendo que a recusa de uma criança revela muitas vezes
medo ou insegurança;
Utilizando um vocabulário adaptado e apresentando os seus
projectos e explorando os seus conteúdos e objectivos;
Actividades de animação
A primeira questão que devemos formular, é acerca do porquê das
actividades nos programas de animação. Do que se trata é de tentar
alternativas contra a passividade e o individualismo, favorecer os
contactos humanos e, na medida do possível, espicaçar para que as
crianças “aumentem” o seu esforço, as suas capacidades e o seu
entusiasmo para realizar tarefas de interesse comum.
Normalmente o que faz uma criança se não brincar? Até aos 6
anos, a criança viverá uma das mais complexas fases do
desenvolvimento humano, nos aspectos intelectual, emocional, social e
motor, que será tanto mais rica quanto mais qualificadas forem as
condições oferecidas pelo ambiente e pelos adultos que a cercam.
Para isso, uma criança necessita de ser estimulada através de um
quotidiano rico e diversificado de situações de aprendizagem,
planeadas para desenvolver as linguagens e as emoções e estabelecer
os pilares para o pensamento autónomo.
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A animação apresenta actividades diversificadas que podem servir
como complemento para a educação e desenvolvimento de uma
criança. Para tal, é fundamental:
Criar lugares e ocasiões de encontro (creche, jardim, escola, mas
também com outras crianças)
Constituir um ponto de partida para depois empreender tarefas de
maior amplitude
Criar espaços e lugares para a participação intergeracional, familiar
e social.
Erikson baseia-se na teoria psicossocial do desenvolvimento, que
defende, que cada indivíduo molda a sua vida de acordo com as suas
experiências. Para este autor, todas as pessoas atravessam oito
momentos, que levam a que o indivíduo, consecutivamente, vá
acumulando experiências, e isso pode ser um ponto a seu favor, se o
indivíduo, continuadamente, for fazendo a actualização dos seus
conhecimentos. Nunca nos devemos contentar apenas com o que
adquirimos anteriormente, é importante saber e constatar que temos
necessidade de adquirir novos conhecimentos. E as crianças também
são assim, com a fase dos porquês e sempre a quererem saber tudo…
Todo o desenvolvimento psicológico ocorre sempre num contexto
sociocultural, o que nos leva a perceber que nos desenvolvemos em
conjunto com o contexto onde nos encontramos inseridos e que o que
pode ser importante para uma dada cultura, pode não o ser para outra.
Para o mesmo problema, os adultos ou as crianças reagem de maneira
diferente, de acordo com as marcas e os conhecimentos que
adquiriram ao longo da vida. Como tal, a animação deve ser
intergeracional e não sectária, ou seja, a maior parte das dinâmicas
que se utilizam na animação de crianças ou idosos, podem ser
adaptadas a todas as faixas etárias. É evidente, que ao trabalhar com
crianças ou com idosos, ou grupos específicos, temos que ter em
consideração o seu grau de autonomia, idade, etc, adaptando os
exercícios, sempre que necessário.
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A animação pode actuar em todos os campos, quer seja mental,
física ou afectiva, incitando a uma melhor participação e inserção na
comunidade ou no grupo.
A animação deve centrar-se sempre, sobre as necessidades, os
desejos e os problemas vividos por cada membro do grupo, ninguém
pode ficar de fora ou estamos a contrariar precisamente aquilo que
serve de base à animação. Ao propor qualquer actividade, (o que é
preciso ter em conta, para começar) o animador tem primeiro que
avaliar as condições físicas e psicológicas dos animados e perceber as
suas capacidades e motivações.
Animação Lúdica
A criança precisa ter tempo e espaço para brincar. É importante
proporcionar um ambiente rico para a brincadeira e estimular a
actividade lúdica no ambiente familiar e escolar, lembrando que rico
não quer dizer ter brinquedos caros, mas fazer com que elas explorem
as diferentes linguagens que a brincadeira possibilita (musical,
corporal, gestual, escrita), fazendo com que desenvolvam a sua
criatividade e imaginação. É a brincar que aprende o que mais
ninguém lhe pode ensinar. É dessa forma que ela se estrutura e
conhece a realidade. Além de estar a conhecer o mundo, está-se a
conhecer a si mesma. Ela descobre, compreende o papel dos adultos,
aprende a comportar-se e a sentir-se como eles.
O acto de brincar pode incorporar valores morais e culturais, em
que as actividades podem promover a auto-imagem, a auto-estima, a
cooperação, já que o lúdico conduz à imaginação, fantasia, criatividade
e à aquisição dum sentido crítico, entre outros aspectos que ajudam a
moldar as suas vidas, como crianças e, futuramente, como adultos.
É através da actividade lúdica que a criança se prepara para a
vida, assimilando a cultura do meio em que vive, integrando-se nele,
adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a
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competir, cooperar com os seus semelhantes: a conviver como um ser
social.
Materiais lúdicos e brinquedos
Às vezes, no jogo utilizam-se alguns elementos que o completam,
enriquecem e estimulam o desenvolvimento da criança. De facto,
existe uma relação entre o jogo e o material que se vai usar. Estes
elementos podem ser:
-Materiais de natureza tais como a água, a terra, barro, folhas, pedras,
ossos, entre outros.
-Objectos e materiais variados destinados a ser usados como objectos
lúdicos, tais como cortiças, caixas, cordéis, trapos, entre outros.
-Objectos quotidianos que se transformam automaticamente em
brinquedos com a ajuda da imaginação e criatividade da criança: um
desses exemplos pode ser o facto de uma vassoura se converter num
cavalo, entre muitos outros exemplos.
-Criações artesanais ou industriais especialmente desenhados e
confeccionados para um fim. Estes elementos são os brinquedos.
Para que servem os brinquedos?
O primeiro objectivo dos brinquedos é conseguir que a criança
jogue; é fazer com que o brinquedo seja visto pela criança como um
objecto de jogo. O brinquedo faz com que a criança se entretenha, se
divirta, de maneira a que esta não perca a imaginação e não a impeça
de se expressar.
Nem todos os brinquedos cumprem os seus objectivos nem
apresentam as mesmas possibilidades lúdicas e educativas. Entre
outros aspectos, os adultos julgam que no geral, quanto menos
estruturado e complexo é um brinquedo, maiores são as probabilidades
de interacção.
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A evolução dos brinquedos através do tempo
Os brinquedos estão directamente ligados ao universo infantil,
estão presentes desde os tempos remotos através da sua estética e
dos valores da sociedade. Os brinquedos acompanham não só as
crianças e adolescentes, como também os adultos, e oferece a cada
idade o elemento que mais se ajusta aos interesses e capacidades das
pessoas.
-Existiu um período em que o brinquedo era fabricado em casa e
manualmente, a partir de materiais quotidianos.
Este sistema predomina desde a Antiguidade até à Idade Média.
Assim, na cultura Persa, encontram-se pequenas figuras de pedra ou
de barro; no Egipto, bonecas de trapo e esferas de papiro; na Grécia,
jogos de pratos de barro e mármores; em Roma, bonecas de marfim e
jogos de mesa. Jogos como damas e xadrez foram introduzidos em
Espanha pela civilização árabe e da Idade Média chegaram-nos os
cavalos e cavaleiros feitos de argila.
-O segundo período de fabricação artesanal e manufactura, são os
brinquedos que são elaborados para vender. Aparecem soldados de
ligação do séc. XIII, também surgem bonecas de madeira e
posteriormente de porcelana, cavalos e bonecas de cartão, etc. Mais à
frente, aparecem brinquedos de lata e em muitos casos com
mecanismos incorporados que deram lugar aos autómatos, chamados
agora, os brinquedos tecnológicos.
-Com a fabricação industrial dos brinquedos, incorpora-se um terceiro
período e o actual. É na metade do séc. XX quando se generaliza o
acesso aos brinquedos por parte das crianças nas sociedades
industrializadas, comportando uma fabricação industrial de grande
escala. Espanha é um dos países pioneiros na indústria de brinquedos
com uma larga tradição de indústrias concentradas em Alicante e
Valência, a metade das quais são pequenas empresas com menos de
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dez trabalhadores. O acesso generalizado aos brinquedos traduz-se no
desenvolvimento da fabricação industrial.
Classificação dos brinquedos
Existem várias formas de classificar os brinquedos. Existem
classificações concentradas no brinquedo, outras baseadas no tipo de
jogo que proporcionam, outras que se apoiam na etapa evolutiva,
outras segundo o seu valor educativo, também segundo os aspectos da
personalidade que desenvolvem, entre outros. Em seguida, classificam-
se algumas delas:
Segundo a idade
A maioria dos catálogos de brinquedos baseia a sua classificação
na idade de quem o usa. Todos os fabricantes são obrigados a indicar
de forma visível em etiquetas, a idade mínima de referência a que o
seu produto se destina, com a seguinte frase: “Brinquedo
recomendado a partir de… anos”
Segundo o âmbito de desenvolvimento que fomentam
A variável em que se baseia esta classificação é: sensorial,
motricidade, cognitiva social ou emocional.
- Sensorial ou de desenvolvimento da criatividade
Este tipo de brinquedos facilita o conhecimento e domínio do
próprio corpo e ajuda a criança desde a primeira infância a entrar em
contacto com o que a rodeia a partir da estimulação dos sentidos,
favorecendo o descobrimento e o prazer de novas sensações. Jogos
tais como: moldar plasticina, os jogos de pinturas, criações de moda,
bijutaria, maquilhagem ou até mesmo os jogos de disfarce.
- Motricidade ou de desenvolvimento da mesma
A experiência, diz que a prática melhora qualquer habilidade de
maneira a que haja uma forma estupenda de dominar o próprio corpo,
ganhando destreza, coordenação, equilíbrio, exercitada através dos
jogos. Este âmbito pode dividir-se em motricidade global
Formadora: Liliana Brandão 20/55
(coordenação de movimentos de todo o corpo) e motricidade fina
Apresentação aos encarregados de educação: da docente, da auxiliar de educação, dos diferentes espaços do jardim de infância, dos horários e pausas lectivas do jardim, do funcionamento e tabela de preços do apoio à família e por fim, dos objectivos a desenvolver no jardim de infância.
Encarregados de Educação, Educadores de Infância e Auxiliares de Acção Educativa dos diferentes Jardins.
Educadores dos diferentes Jardins de Infância.
5 ou 6 de Setembro
Início do ano lectivo Promover a integração dos alunos na comunidade escolar, no espaço físico e no espaço social.
Encarregados de Educação, Educadores, Auxiliares e crianças.
Educadores e Auxiliares de Educação.
11 de Setembro
Dia Mundial da Água História da menina gotinha de água.Consciencializar os alunos para a importância da água.Hábitos de higiene.
Educadores, Auxiliares e grupos de crianças.
Educadores de Infância
1 Outubro
Desfolhada Tradicional A realizar na comunidade local. (*)
Preservar o património cultural.Promover a Socialização.Contribuir para o alargamento de saberes globais.
Educadores, Auxiliares, grupos de crianças e comunidade local.
Educadores e Auxiliares.
Outubro (data sujeita a marcação)
Dia Mundial da Alimentação (semana da alimentação) – fabrico de pão, confecção de um doce com frutos da época.
Promover uma alimentação racional.A roda dos alimentosSensibilização para regras de higiene alimentar.
Educadores, Auxiliares, grupos de crianças, Encarregados de Educação
Educadores de Infância e Auxiliares de Educação.
16 Outubro
Visita ao CastanheiroApanha de castanhas
Conhecer a árvore.Como nascem as castanhas.Sensibilização para as regras de andar no exterior em grupo.Promover a amizade e a convivência entre o grupo
Educadores, Auxiliares, grupos de crianças.
Educadores de Infância
? Outubro (data sujeita a marcação)
Formadora: Liliana Brandão 48/55
Magusto (*) Manter as tradições populares: História de S. Martinho, canções, lenga-lengas Levantamento e registo. Jogos tradicionais. Adquirir vocabulário relacionado.Promover valores e relações humanas: amizade, partilha, solidariedade.
Educadores, Auxiliares, grupos de crianças.
Educadores e Auxiliares de Educação.
11 Novembro
Festival de pequenos artistas "Corpo Mágico"
Desenvolver as capacidades preceptivas, coordenativas, físicas, intelectuais, da sociabilidade e afectividade.
Educadores, Auxiliares, grupos de crianças do Jardim-de-infância de Aldeia Nova, Animadoras
Animadoras do Centro de Recursos
12/11 19/1126/11
Comemoração do NatalVisita do Pai NatalFesta de Natal (*)
Conhecer os costumes e tradições da época natalícia.Histórias, canções e lenga lengas alusivas á época - Levantamento e registo.Promover o convívio e a confraternização.Promover a criatividade
Educadores, Auxiliares, grupos de crianças, Encarregados de Educação e Animadores da Câmara.
Educadores, Auxiliares de Educação e Animadores da Câmara.
DezembroFesta de Natal-18/12Visita do Pai Natal em data a combinar.
Festival de pequenos artistas "Corpo Mágico"
Desenvolver as capacidades preceptivas, coordenativas, físicas, intelectuais, da sociabilidade e afectividade.
Educadores, Auxiliares, grupos de crianças do Jardim de Infância de Aldeia Nova , Animadoras
Animadoras do Centro de Recursos
7/Janeiro14/ Janeiro21/Fevereiro
Festa das FogaçasConfecção de fogaças
Promover valores tradicionais da região.Promover o convívio e a confraternizaçãoContribuir para o alargamento de saberes globais
Educadores, Auxiliares, grupos de crianças, Encarregados de Educação
Educadores e Auxiliares de Educação.
17 de Janeiro
Festival de pequenos artistas "Corpo Mágico".
Desenvolver as capacidades preceptivas, coordenativas, físicas, intelectuais, da sociabilidade e afectividade.
Educadores, Auxiliares, grupos de crianças do Jardim de Infância de Igreja nº1,Animadoras do Centro de recursos
Animadoras do Centro de Recursos
19/2 26/219/3
Dia do Livro Promover o gosto e respeito pelos livros.Construção de histórias tradicionais ou inventadas, em livros.
Educadores, Auxiliares, grupos de crianças.
Educadores de Infância.
15 de Março
Dia do Pai Fomentar e fortalecer laços familiares.Valorizar a figura paterna. Promover a interacção escola/família; Visita do Pai à escola.
Educadores, Auxiliares, grupos de crianças e pais.
Educadores de Infância.
19 de Março
Formadora: Liliana Brandão 49/55
Dia Mundial da Árvore
Sensibilizar a criança para a importância da árvore na Natureza; Motivar a criança para a preservação e protecção da Natureza.
Educadores, Auxiliares, grupos de crianças.
Educadores de Infância.
21 Março
Festival de pequenos artistas "Corpo Mágico"
Desenvolver as capacidades preceptivas, coordenativas, físicas, intelectuais, da sociabilidade e afectividade.
Educadores, Auxiliares, grupos de crianças do Jardim de Infância de Igreja nº1,Animadoras do Centro de recursos
Animadoras do Centro de Recursos
2/4
9/4
Festa da Páscoa:História do coelhinho da Páscoa.Lanche convívio (*)
Reviver as tradições da Páscoa.Proporcionar à criança momentos de alegria e diversão.Promover a socialização.Desenvolver capacidades de expressão oral: canções, quadras, rimas etc. relativas à ocasião.
Educadores, Auxiliares de Educação, Pais e grupos de crianças
Educadores de Infância
11 de Abril
Dia da Mãe Fomentar e fortalecer laços familiares; Valorizar a figura materna; Promover a interacção escola/família: visita da mãe à escola.
Educadores, Auxiliares de Educação, Pais e grupos de crianças
Educadores de Infância e Auxiliares de Educação
2 Maio
Passeio à Quinta Pedagógica de Aveiro - Projecto da Câmara de Stª Mª da Feira
Proporcionar novas situações de aprendizagem.Aquisição de novos conhecimentosPromover o convívio e a confraternização entre Jardins.
Educadores, Auxiliares de Educação, e grupos de crianças, Câmara de Stª Mª da Feira
Educadores de Infância
Maio (data a combinar).
Dia Mundial da Criança ( actividade a desenvolver em parceria com a Câmara e/ou Agrupamento da Corga) (*)
Sensibilizar a comunidade escolar para a importância dos direitos da criançaPromover o convívio entre crianças de outras escolasProporcionar momentos de alegria e diversão
Educadores, Auxiliares de Educação, e grupos de crianças, Câmara de Stª Mª da Feira e/ou Agrupamento da Corga
Educadores de Infância Câmara e/ou Agrupamento da Corga.
1 de Junho
Dia Mundial do Ambiente (actividade a desenvolver em parceria com a Câmara) (*)
Sensibilizar a comunidade escolar para a defesa e conservação do ambiente
Educadores, Auxiliares de Educação, e grupos de crianças, Câmara de Stª Mª da Feira
Educadores de Infância e Câmara
5 de Junho
Passeio de Final de Ano BRACALÂNDIA
Promover o convívio entre crianças de outras escolasProporcionar momentos de alegria e diversão
Educadores, Auxiliares de Educação, e grupos de crianças
Educadores de Infância
Junho (em data a combinar)
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Feira Medieval (*) Vivênciar épocas ancestrais (costumes hábitos, trajes etc.)Contribuir para o alargamento de saberes globais
Educadores, Auxiliares de Educação, e grupos de crianças, Câmara de Stª Mª da Feira
Câmara de Stª Mª da Feira
Junho (?)
Festa Final de Ano (*) Promover a relação escola/famíliaPromover momentos de diversão e alegria
Educadores, Auxiliares de Educação, grupos de crianças Pais
Educadores Auxiliares de Educação
Junho (em data a combinar)
Retirado do site: http://infancia.no.sapo.pt/plano_de_actividades.htm
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Conclusão
Brincar tem moldado as normas, valores e costumes de todas as
culturas; é uma força maior na qual todas as culturas participam, é
como que uma auto-expressão para o próprio prazer da criança, é um
comportamento auto-motivado, pois ninguém pode forçar uma criança
a brincar; contudo, para a criança, brincar, pode ser um assunto sério.
Brincar é fundamental, pois permite à criança enfrentar desafios,
resolver problemas, aperfeiçoar o pensamento e desenvolver
potencialidades, é um comportamento muito habitual em períodos de
desenvolvimento do conhecimento de si próprio, do mundo físico e
social e dos sistemas de comunicação. As crianças brincam e isso
constitui para elas uma actividade normal, fundamental. É através das
actividades de animação que a criança explora o mundo e se conhece
a si mesma. Longe de serem meros passatempo, as actividades de
animação são, simultaneamente, reflexo e estímulo do seu
desenvolvimento motor, cognitivo e afectivo, constituindo a base das
suas actividades futuras. A criança ao realizar actividades específicas
para a sua idade, para além de explorar o mundo ao seu redor,
também comunica sentimentos, ideias, fantasias, revelando-se nas
suas futuras actividades culturais. O facto de os pais trabalharem fora
de casa deixando os filhos entregues a amas ou instituições, o uso
excessivo da televisão, a falta de espaços na rua e as casas demasiado
pequenas, são factores que diminuem as oportunidades de brincar,
indispensáveis ao desenvolvimento integral da criança.
É cada vez maior a importância que se atribui ao “brincar” e é
relevante o papel pedagógico desta acção que se reflecte na
aprendizagem da criança em todos os seus níveis de desenvolvimento,
desde a afectividade, a criatividade, a partilha, a socialização, a
inexistência de egoísmo, a construção da sua personalidade.
Defender a importância da educação ao longo da vida é pensar no
futuro e pensar no futuro, qualquer que seja a dimensão considerada,
obriga a pensar na criança, obriga sobretudo a reflectir se o que hoje
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investimos na criança é suficiente para garantir o melhor do seu
desenvolvimento.
Desta forma é importante transmitir às minhas crianças
conhecimento, mas mais que isso, comportamentos, destrezas,
atitudes, valores e um grande sorriso. Porque o poder do sorriso é
grande, e saber sorrir é algo muito importante. Antoine Exupéry diz:
“No momento em que sorrimos para alguém, descobrimo-lo como
pessoa, e a resposta do seu sorriso quer dizer que nós também somos
pessoa para ele”.
.
Bibliografia
Formadora: Liliana Brandão 53/55
ANDER-EGG, Ezequiel. 2000. Metodologias y Práticas de la animación
sociocultural. Madrid: Editorial CCS.
BADESA, Sara (1995). Perfil del Animador Sociocultural. Madrid:
Narcea, S.A. de Ediciones.
BERGE, Yvone (1976). Viver o corpo. Para uma pedagogia de
movimento. Lisboa: Biblioteca de Pedagogia.
FAURE, Gérard&LASCAR, Serge (1982). O jogo dramático na Escola
Primária. Lisboa: Editoral Estampa.
FERREIRA, Paulo (1999). Guia do Animador: Animar uma actividade de
formação (3ª Edição). Lisboa: MULTINOVA - União Livreira e Cultural
S.A.
GARCÍA, José Antonio Cieza (2006). Educación Comunitária. In Revista
de Educación, 339, 765–799.
GARCÍA, María Jesús Morata (1998). Animación sociocultural y
desarrollo comunitario. In: BERNET, J. T. (coord.). Animación