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XIII MPG - MOSTRA DE PÓS-GRADUAÇÃO
da UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
Ações Colaborativas entre Empresas em
Responsabilidade Social Corporativa
(Autor) – UNITAU - Ricardo Mutuzoc
[email protected]
(Orientador) – UNITAU - Prof. Dra. Marilsa de Sá Rodrigues Tadeucci
[email protected]
Taubaté
16 de Outubro de 2012
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Como crescer em intensidade e maturidade na atuação
de responsabilidade social corporativa (RSC) em um
ambiente de negócios de alta competitividade?
Uma das respostas é minimizar custos e maximizar
resultados através de ações colaborativas entre empresas.
Objetivo: conceituar com uma abordagem bibliográfica recente a
responsabilidade social inserida no negócio, caracterizar os
benefícios das ações colaborativas entre empresas e posicionar o
cenário de alguns dos principais dilemas mundiais e do Brasil
como indicação ou inspiração para gerar oportunidades de atuação
das empresas.
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Introdução
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Conceito de RSC
A forma de gestão que se define pela relação ética e
transparente da empresa com todos os públicos com os quais
ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que
impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade,
preservando recursos ambientais e culturais para as gerações
futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das
desigualdades sociais (ETHOS, 2012).
O comprometimento contínuo do negócio para contribuir
com o desenvolvimento econômico ao mesmo tempo em que
melhora a qualidade de vida da força de trabalho e de suas famílias
assim como da comunidade e da sociedade de forma geral
(WBCSD, 2000)
•Lucro
•Pessoas
•Planeta
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Benefícios para as Empresas
Porter e Kramer (2002) tratam do caráter estratégico da
responsabilidade social corporativa.
Prates Rodrigues coloca a necessidade de abordar
conjuntamente a eficácia pública e a eficácia privada de ação
social da empresa.
Kotler (2010): Marketing 3.0
Vantagem competitiva aos clientes.
De baixo para cima – fornecedores.
De cima para baixo – clientes.
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Parcerias entre Empresas
Georg Kell (2012), Diretor Executivo do Global Compact das
Nações Unidas: os esforços colaborativos de responsabilidade
social corporativa permitem a redução de custos e o aumento do
impacto para a sociedade.
Porter e Kramer (2006): o investimento social coletivo com um
grupo de participantes pode melhorar o contexto para todos os
atores.
Utting (2005): grandes empresas se mostram capazes de
organizar uma rede de relacionamentos e de mobilizar outros
agentes através da responsabilidade social corporativa.
Exemplo: Rio Cidade Sustentável – CEBDS.
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Dilemas e Megaforças
Áreas temáticas da Visão 2050 do CEBDS:
• Valores e Comportamento,
• Desenvolvimento Humano,
• Economia,
• Biodiversidade e Florestas,
• Agricultura e Pecuária,
• Energia e Eletricidade,
• Edificações e Ambiente Construído,
• Mobilidade,
• Materiais e Resíduos.
Megaforças globais de sustentabilidade (KPMG, 2012):
• Mudança climática,
• Energia e Combustível,
• Escassez de recursos materiais,
• Escassez de água,
• Urbanização,
• Economia,
• Segurança alimentar,
• Declínio de ecossistemas,
• Desmatamento.
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Valores e Comportamento
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Kotler (2010): estamos testemunhando o surgimento do Marketing
3.0, ou a era voltada para os valores.
Juergen H. Daum: apenas 20% do valor das empresas é captado
pelo sistema contábil e grande parte do valor de mercado das
organizações de negócio se baseia na marca e na reputação, em vez
de nos chamados ativos concretos.
Pesquisa CP2 e MMA “O que o Brasileiro pensa do Meio Ambiente
e do Consumo Sustentável” (Junho/2012)
Pesquisa CNI-IBOPE “Retratos da Sociedade Brasileira: Meio
Ambiente” (Maio/2012 )
•A mudança climática e sua interferência nos valores dos
consumidores e clientes B2B
•Maior participação da marca e da reputação no valor total das
organizações
•Aumento da consciência do consumidor brasileiro
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Desenvolvimento Humano
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Declaração do Milênio da ONU
Crescimento populacional. Ásia e da África acumulurão 77% da
população mundial em 2032.
•Mobilização internacional crescente no estabelecimento de
critérios e metas, como por exemplo os Objetivos do Milênio
(ONU, 2000) e o foco da Rio+20 com economia verde no contexto
do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza
(2012).
•Alto crescimento populacional global, principalmente nos
países em desenvolvimento (KPMG 2012).
Segundo Porter e Kramer (2006) as empresas devem se
concentrar em questões que tenham alguma interseção
com sua área de atuação.
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Economia
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Intenção declarada do consumidor para priorizar questões
ambientais na decisão de compra (pesquisa CNI-IBOPE, 2012)
e na economia da comunidade (pesquisa CP2 feita para o MMA,
2012).
Alto crescimento da classe média (KPMG 2012), com impacto
no consumo de bens e recursos naturais. A classe C no Brasil, ou a
nova classe média, cresceu de 62 milhões de pessoas em 2005
para 101 milhões em 2010, segundo Data Popular e Samyra Crespo
(2012).
Princípios do Equador
Sustentabilidade Ponta a Ponta
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Biodiversidade e Florestas
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Valor não mensurável das florestas, como conservação do solo
e da água, estabilização da superfície contra avalanches e ainda
redução nas emissões de gases de efeito estufa.
O Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta, tendo mais
de 20% do número total de espécies e sendo o maior entre os 17
países megadiversos do mundo.
• Redução das florestas e da biodiversidade em consequência
do maior consumo e das mudanças climáticas.
• Maior conhecimento por parte das empresas da dependência dos
negócios em relação à Biodiversidade.
• Maior preocupação e envolvimento da população brasileira
com o tema.
FSC – Forest Stewardship Council
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Materiais e resíduos
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Mais de 40% de todo o lixo gerado não é destinado
corretamente sendo despejado em aterros controlados ou
lixões.
52% dos entrevistados declararam que não fazem separação do
lixo da residência para reciclagem, e 41% praticam sempre o
descarte inadequado de pilhas e baterias no lixo.
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
Escassez de materiais. Em 2030 cerca de 83 bilhões de
toneladas de minerais, metais e biomassa serão extraídos da Terra,
55% mais que em 2010.
Minerais de zonas de Conflito no Congo
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Considerações Finais
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Modelo de boas práticas de comunicação em responsabilidade
social
•estágio inicial de explicação de que o produto ou serviço foi
gerado com responsabilidade,
•estágio intermediário, onde são demonstrados os diferenciais
de sustentabilidade que o cliente pode desfrutar
•divulgação do envolvimento da empresa com o cenário e com as
oportunidades de influenciar positivamente a agenda dos
dilemas de responsabilidade social que afetam seus negócios e
seus stakeholders.
Ricardo Mutuzoc
UNITAU
[email protected]