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Aclimatização de Mudas de Flores Prof. Paulo Hercilio Viegas Rodrigues LPV ESALQ - USP
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Aclimatização de Mudas de Flores - Universidade de São ... · condições assépticas. T 2 Propagação dos propágulos através de subculturas sucessivas, em meio de cultura ...

Jan 24, 2019

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Page 1: Aclimatização de Mudas de Flores - Universidade de São ... · condições assépticas. T 2 Propagação dos propágulos através de subculturas sucessivas, em meio de cultura ...

Aclimatização de Mudas de Flores

Prof. Paulo Hercilio Viegas Rodrigues LPV – ESALQ - USP

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Produção em grande escala, pequeno espaço, durante o

ano todo

Propagação de espécies de difícil propagação por

sementes

Produção clonal de plantas, alta qualidade fitossanitária

Conservação de germoplasma

Manipulação genética

Estudos de desenvolvimento

Cultivo Cultivo in in vitrovitro

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Etapas de desenvolvimento no processo Etapas de desenvolvimento no processo

de propagação de propagação in vitroin vitro

T0 Preparo do material (planta matriz) para coleta

do explante.

T 1 Seleção, coleta e desinfestação dos

explantes e sua introdução in vitro em

condições assépticas.

T 2 Propagação dos propágulos através de

subculturas sucessivas, em meio de cultura

apropriado.

T 3 Alongamento e enraizamento das partes

aéreas produzidas.

T 4 Transplante das plântulas obtidas para

substrato ou solo e aclimatização em casa-

de-vegetação.

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PROPAGAÇÃO PLANTAS ORNAMENTAIS

• NOVIDADE

• VELOCIDADE

• QUALIDADE

• COMPETITIVIDADE

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EFICIÊNCIA NO PROCESSO DE PROPAGAÇÃO

CONHECIMENTO

ESTRUTURA FÍSICA ADEQUADA

MÃO OBRA QUALIFICADA

CAPACIDADE DE GERENCIAMENTO

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AclimatizaçãoAclimatizaçãoAclimatização e aclimataçãoaclimatação são termos que apresentam

conotações diferentes. • O primeiro trata dos processos para a passagem da

planta que está in vitro para o ambiente e é definidocomo a adaptação climática de um organismo, especialmente uma planta, que é transferida para um novo ambiente, sendo todo esse processo realizadoartificialmente.

• O termo aclimataçãoaclimatação tem um significado similar, mas é um processo no qual as plantas ou outros organismos se tomam ajustados a um novo clima ou situação, comoresultado de um processo essencialmente natural.

Preece & Sutter (1990); Kozai (2000)

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CONDIÇÕES “IN VITRO”:

• ELEVADA UMIDADE (90 – 100%)

• FONTE DE CARBONO (SACAROSE)

• LUMINOSIDADE REDUZIDA

• TROCAS GASOSAS LIMITADAS

• CONDIÇÕES ASÉPTICAS

• TEMPERATURA CONTROLADA

QUAIS SÃO AS

CONSEQUÊNCIAS

PARA AS PLÂNTULAS

MICROPROPAGADAS?

ANORMALIDADES:

ANATÔMICAS

MORFOLÓGICAS

FISIOLÓGICAS

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[PGRs]

Velocidade ar

DFF

Temperatura meio

N

Volume ar

Culturas

Temperatura ar

Respiração

Potencial hídrico (UR)

[Vitaminas], etc... pH Firmeza

[Açúcares]

Potencial hídrico

Evaporação

Temperatura ar

Frasco

MeioMassa seca Conteúdo clorofilas

[Minerais

]

Evapotranspiração

[CO2][O2][C2H4]

[C2H4]

Produção C2H4

[O2] [CO2] Potencial hídrico (UR)

Transmissividade

Fotossíntese

Transferência calor

Coeficiente

de difusão

Absorção minerais Absorção açúcares Mov. H2O

Coeficiente

de difusão

Condutividade

térmica

[Açúcares] Potencial hídrico

Trocas O2Trocas CO2Trocas C2H4

Absorção água

Volume meio

[Minerais]

Transf. calor

condutivaTranspiração

O2 dissolvido

Potencial hídrico

Adaptado de Kozai, 2000; 2005)

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ESTAQUIA / ACLIMATIZAÇÃO PLÂNTULAS MICROPROPAGADAS

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PLANTA DE ESTUFA PLANTA “IN VITRO”

FOTOS MICROSCOPIA ELETRONICA DE VARREDURA (Barra = 20 μm)

Chrysanthemum morifolium

Fonte: Debergh P.C. & Zimmerman R.H. – 1991

Micropropagation Technology and Application

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ANORMALIDADES: ANATÔMICAS / MORFOLÓGICAS / FISIOLÓGICAS

• CUTÍCULA (CAMADA DE CERA)

• FOLHAS MAIS FINAS / TENRAS / FOTOSSÍNTESE

• PARÊNQUIMA PALIÇÁDICO MENOR E COM MENOS CÉLULAS

• PARÊNQUIMA ESPONJOSO MAIOR

• ESTÔMATOS NÃO FUNCIONAIS

• CONEXÕES VASCULARES DEFICIENTES

• RAÍZES POUCO OU NÃO FUNCIONAIS (MEIO SÓLIDO)

PLÂNTULAS EXTREMAMENTE SENSÍVEIS AO AMBIENTE EXTERNO

• GRANDE VARIAÇÃO UMIDADE

• GRANDE VARIAÇÃO TEMPERATURA

• ELEVADA LUMINOSIDADE

• PRESENÇA MICRORGANISMOS

• PRESENÇA DE PRAGAS

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LUZ

Cultivo in vitro:

Níveis de Luminosidade muito baixos

Folhas Finas / Similares as de ambiente sombreado

Falta de células especializadas para níveis elevados de luz

Ausência de Pigmentos de Proteção

Mecanismos inadequados para Fotossíntese

Controle precário da Transpiração

Sombreamento:

Reduz a demanda de transpiração

Evita destruição da Clorofila

90% (Verão) – 50% (dependente espécie / condições ambientais)

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TÉCNICAS DE ACLIMATIZAÇÃO:

FOCO: MAIOR GRADUALIDADE POSSÍVEL NA TRANSIÇÃO:

Estrutura Física Planejamento Prévio

Pessoal: Treinamento / Gerenciamento

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SISTEMA DE MIST

DISPERSÃO GOTÍCULAS DE ÁGUA: Ø ≥ 50 μ (40-50 PSI = 2,8-3,5 Kg/cm2)

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VANTAGENS DO SISTEMA MIST:

• Sistema relativamente simples

• Reduzidas Pressões de Trabalho (40 – 50 psi)

• Relativamente econômico

• Ajuda manter Temperatura das Plântulas ( +/- 1ºC )

• Contribui manutenção do turgor

• Média exigência de Qualidade de Água

DESVANTAGENS DO SISTEMA MIST:

• Ø gotas grande elevadas vazões elevado consumo de água

• Não forma “filme” na epiderme inferior das folhas

• Maior variação nos níveis de umidade

• Lixiviação Nutrientes ( Folhas / Substrato )

• Encharcamento do Substrato

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SISTEMA “FOG”

Finíssimas Gotículas de Água Ø ≤ 15 μ (500 PSI = 35 Kg/cm2)

Umidade constante 93 – 100%

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VANTAGES DO SISTEMA FOG:

• Gotículas Água (≤ 15 μ) em suspensão até evaporar

• Aumenta Umidade do ar (93-100%) e reduz Temperatura

• Finíssimo “filme de Água” em ambas faces foliares plântulas túrgidas

• Distribuição mais homogênea de umidade

• NÃO ENCHARCA O SUBSTRATO (< INCIDÊNCIA DOENÇAS)

• Não lixivia Nutrientes das Folhas

• Reduz Stress das plântulas micropropagadas

• Melhor pegamento e enraizamento das mudas

• Pode reduzir o tempo para aclimatação das mudas

• Consome 25 vezes menos Água que o sistema Mist

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DESVANTAGENS DO SISTEMA FOG:

• Exige Água de excelente qualidade

• Essencial o uso de filtros

• Conjunto moto-bomba e tubulações Altas Pressões (≥ 500 PSI)

• Necessita de Sistema de Irrigação em paralelo• Custo mais elevado

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FOG ULTRASSÔNICO ( “FOG SECO” )

Gotículas de Água com Ø entre 1 e 10 μ

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SOBRETUNEL DENTRO DA ESTUFA

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TECNOLOGIA VITRO-PLUG™ - LABORATÓRIO / ESTUFA

1º PRÊMIO INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – HORTIFAIR NOV 2008 – HOLANDA

VITRO-PLUS / VISSER / JIFFY

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VITRO-PLUG™

Bandejas Plásticas 48 ou 126 Células com Jiffy-Pellet®- 7C

Esterelizadas por Raios Gama

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VITRO-PLUG™

SUBSTITUIR O ESTÁGIO III IN VITRO

CONJUNTO DEVE SER MANUSEADO NA CAPELA FLUXO LAMINAR

CADA BANDEJA 400 ml MEIO CRESCIMENTO (50º C) SEM ÁGAR

MESMO pH E COMPOSIÇÃO DO MEIO DE CRESCIMENTO (ESTÁGIO III)

JIFFY-PELLETS-7C SE EXPANDEM PRONTOS PARA REPICAGEM

BANDEJAS COM PLÂNTULAS DEVEM SER SELADAS COM FILME

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VITRO-PLUG™

VANTAGENS:

Mecanização da maioria dos processos do Laboratório

Plântulas já saem do Laboratório com Raízes ativas em Substrato

Menor “choque de transplantio”

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Mudas de H.bihai

enraizadas e aclimatizadas

com 80% de sombreamento

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0

5

10

15

20

25

0 15 30 45 60 75 90

sombreamento (%)

mu

da

s s

ob

reviv

en

tes

plant areia vermiculita

yPlantmax = - 22,563 + 1,0576x – 0,0061x2 R

2 = 0,92

yAreia = -19,906 + 0,9704x – 0,0054x2 R

2 = 0,92

yVermiculita = -2,6857 + 0,1343x R2 = 0,88

Figura 1 – Efeito dos níveis de sombreamento e dos substratos na sobrevivência

de mudas de helicônia durante a aclimatização, 28 dias de cultura ex vitro.

Tratamentos seguidos de letras distintas diferem entre si, pelo teste de Tukey. (P<0,05)

a

a

b

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Aclimatização Curauá - CBA