Pontifcia Universidade Catlica de So PauloJornalismo MA3Carolina
Belleze M. Lima RA00135780Gabriela C. Bardusco Ribeiro
RA00135784Arte e Cultura Contempornea I Prof. Maria Ins dos Santos
Duarte
Trabalho sobre a visita ao acervo do MASP
Virgem com o Menino, So Joo Batista Criana e um AnjoImitador de
Lippi-Pesellino(1460-1470)Questo 1) Assim como a Idade Mdia (sculo
V-XIV) pode ser dividida em dois perodos: a Alta Idade Mdia, que
foi caracterizada por estar inserida em um momento histrico em que
os feudos estavam em constante crescimento em conjunto com a
ruralizao da economia, a imobilidade social e cultural e o forte
teocentrismo; e a Baixa Idade Mdia, que foi um perodo de muitas
mudanas com o progresso social iniciado pelas cidades, a mobilidade
social, em uma era pr-capitalista que levou a populao a um patamar
mais elevado na rea do conhecimento que, por conseguinte, foi
diminuindo o poder da Igreja; a Arte Medieval tambm pode ser
dividida em dois estilos: o estilo Romanico, que fez parte do
primeiro perodo e o estilo Gtico, que fez parte do segundo. Mesmo
que ambos tratassem de temas religiosos, o estilo Romanico tinha um
cunho religioso muito mais forte do que o Gtico, com a predominncia
de cores escuras para que o homem se sentisse como pecadores, j que
a Igreja utilizava-se do recurso da pintura como um meio de
transmitir informaes aos homens, enquanto o estilo Gtico deixou de
lado as cores escuras, dando lugar a um fundo dourado em suas
obras. Entretanto, a hierarquia religiosa no foi esquecida uma vez
que as imagens santas ainda eram colocadas em um cenrio humanizado
e a imagem de Nossa Senhora permanecia sempre ao centro das
obras.
Virgem com o Menino JesusMaestro di San Martino alla Palma
(1310-1320)Nestas duas pinturas, uma de Maestro di San Martino alla
Palma e outra do Imitador de Lippi-Pesellino, podemos enxergar
claramente caractersticas da arte medieval, do estilo gtico. O
fundo de ambas as imagem so, como j foi dito anteriormente,
dourados, desta maneira, era possvel santificar as imagens para que
parecessem ainda mais sagradas. possvel tambm enxergar a figura de
Nossa Senhora ao centro de ambas as imagens, representando a
hierarquia religiosa, inclusive, na primeira obra h uma hierarquia
to forte que as personagens retratadas vo diminuindo de tamanho de
acordo com sua importncia e isto tambm possvel de enxergar de nos
nomes de ambas as obras, no qual o nome Vigem aparece antes,
declarando-a como figura principal das pinturas. De certa maneira,
como j foi mencionado anteriormente, a distino acontece
principalmente no tamanho das personagens e no na fisionomia, pois
esta repetitiva e poderia ser confundida se no fossem por outros
elementos que compe o quadro. Em questes de tcnica, possvel
observar que no h profundidade, o que leva a obra a ter uma
caracterstica mais esttica e sem gestualidade, o fundo tambm pode
ser distinguido da imagem, com linhas bem definidas, ou seja, uma
pintura de caracterstica linear.
Questo 2) O perodo conhecido como Renascimento (sculo XV-XVI)
foi um momento do crescente antropocentrismo, ou seja, os homens
estavam sendo colocados como uma dimenso do divino, com uma nova
concepo do mundo por conta do domnio de conhecimentos que comeou
durante a Baixa Idade Mdia. As mudanas sociais refletem, inclusive,
na arte. Desta maneira, nasce junto ao Renascimento, a arte
clssica. O sagrado ainda continua presente na obra renascentista e
representa a sua centralidade ponto de fuga , mas desta vez
encarado como muito mais humanizado: as imagens santas esto
inseridas em um cenrio humano. Entretanto, a individualidade que
encontrada no perodo traz o homem semelhana de Deus, de uma maneira
que no h uma distino de imagens religiosas e homens comuns, todos
so iguais, mesmo que com diferentes fisionomias.
Trptico: Cristo Carregando a Cruz, a Crucificao e o
SepultamentoJan van Dornicke(Sculos XV-XVI)Nesta obra de Jan van
Dornicke, possvel enxergar claramente o que foi exposto
anteriormente: no existe mais um fundo de cor uniforme, toda cena
ocorre em um ambiente totalmente humanizado, com castelos,
montanhas e natureza muito presentes. O ponto de fuga tambm muito
explicito, o olhar do apreciador vai direto para a imagem de Cristo
sendo crucificado para depois percorrer o restante da obra. Uma
outra caracterstica da obra Renascentista presente, que no foi
mencionada anteriormente, a janela. Mesmo que no caracterizada por
uma janela real, o furo na pedra que faz o papel da janela,
representando um fundo constante, que beira a ideia de infinito. Se
comparada a arte medieval tomando como exemplo a obra de Maestro di
San Martino alla Palma o primeiro ponto de diferenciao ,
claramente, a dedicao do artista em construir um fundo, incluindo
as imagens em um contexto mais humanizado, o que se deve
principalmente pelo crescente antropocentrismo que nasceu com o
Renascimento. Outra diferena est na crescente riqueza de detalhes
que a obra renascentista traz, dando espao verossimilhana. Se
comparada a medieval, podemos enxergar como as vestes das
personagens parecem mais palpveis e reais do que as anteriores,
devido a uma filosofia de correo do real, com uma
tridimensionalidade ao invs da falta de profundidade das obras
medievais e tambm a uma mudana na centralidade das obras: Nossa
Senhora ao centro no mais uma regra, o ponto de fuga ocupado pelo
objetivo principal do quadro, que pode variar de uma figura santa
maioria a uma figura humana. Um outro ponto muito importante est na
individualidade presente na obra Renascentista que j foi mencionada
anteriormente, entretanto, tal individualidade no demarca uma
distino entre o que santo e o que humano, muito pelo contrrio, os
aproxima por trazer o homem a semelhana de Deus, o que no visto na
obra medieval, j que a hierarquia mencionada na questo anterior um
das caractersticas presentes nesse perodo. Uma ltima caracterstica,
relacionada mais a tcnica do que a um estilo, a mudana do material
a ser usado para a pintura, enquanto a pintura medieval usa a
madeira como base, a renascentista j dispe da tela e da tinta a
olo, o que d s obras uma maior mobilidade, sendo possvel levar a
arte a mais lugares. Mesmo com todas as diferenas, ambas as
pinturas podem ser consideradas lineares.
Questo 3) Se colocadas lado a lado, as obras de Bartolomeo
Passante Adorao dos Pastores e de Pietro Passante So Sebastio na
Coluna demonstram ser claramente de dois momentos da histria
diferentes. A primeira, claramente, do perodo renascentista e a
segunda do perodo conhecido como Barroco (sculo XVII-XVIII). Como j
foi dito anteriormente, o Renascimento foi um momento de
crescimento desenfreado do antropocentrismo e dos conhecimentos
gerais, que vai levando a Igreja a uma derrocada de seu poder. O
Barroco foi um prolongamento deste antropocentrismo, uma vez que a
burguesia e a nobreza excluindo o clero tornaram-se, os mecenas das
artes, o que levou a um ataque ainda maior a Igreja, que no
aceitava perder seu poder, e, por este motivo, o movimento tem um
carter de resgate de fiis. A arte barroca pode ser considerada o
incio do homem moderno, apesar de ainda ser considerada como arte
clssica.
Adorao dos PastoresBartolomeo Passante (1630-1635)So Sebastio na
ColunaPietro Perugino (1500-1510)As diferenas so claras se
observarmos a tcnica, j que os perodos tem propostas muito
parecidas, mesmo que com algumas pequenas diferenas. A primeira, e
mais marcante, a inexistncia de um espao pr-determinado, ou seja,
as personagens esto includas em um fundo escuro, no qual h apenas
um ponto de luz e no uma janela que ilumina o ambiente inteiro,
criando um ambiente com sombras e sem uma distino muito clara do
que fundo e o que so as personagens, caracterizando um estilo
pictrico, de manchas, enquanto a renascentista considerada linear.
Outro ponto o desaparecimento do ponto de fuga, enquanto nas obras
renascentistas a imagem comea a partir de um ponto, determinado
como de fuga, deixando as obras com uma caracterstica muito mais
simtrica, a obra barroca no dispe desta simetria, ao contrrio, ela
disposta de uma maneira muito no-geomtrica e em um ambiente ldico.
Por mais que a imagem renascentista traga uma ideia de
tridimensionalidade, esta no to forte quanto a que existe na
pintura barroca, o jogo de luz e sombra que mostrado na pintura de
Bartolomeo Passante da uma ideia de profundidade muito grande,
apesar de no ter uma paisagem representando o fundo. Tambm possvel
enxergar que as imagens santas so ainda menos valorizadas, de
maneira que, apesar de existerem na obra barroca, so ainda menos
ressaltadas, sendo possvel enxergar apenas dois pequenos anjos, um
ao lado esquerdo do beb e o outro ao lado direito, que so quase
imperceptvel, s sendo reconhecidos por suas asas e aparncias
angelicais. Eles colocam o beb que, provavelmente representa Jesus,
em um ambiente completamente humanizado, no por seus arredores
serem reconhecidos como um espao humano, mas pelas personagens que
rodeiam a criana serem figuras humanas.
Passeio ao CrepsculoVincent Van Gogh (1889-1890)O Grande
PinheiroPaul Czanne (c.1896)Questo 4) O conceito de arte pode ser
descrito como a caracterizao do espao e da forma, desta maneira, a
arte clssica d espao a arte moderna, no fim do sculo XIX, com o
surgimento do Impressionismo. A primeira e mais marcante
caracterstica que possvel enxergar para distingui-la da arte
clssica, a ausncia das imagens santas que deram espao ao retrado do
dia-a-dia, uma vez que datado em meio a Revoluo Industrial, no qual
h uma mudana do modo de produo, o que leva, consequentemente, a uma
mudana de representao, com novos pontos de vista, novas percepes de
tempo e espao. O surgimento da fotografia um fator muito importante
para a arte moderna, uma vez que este acontecimento tira da pintura
a obrigao de imitar a realidade, e d espao a interpretao da
realidade de acordo com a caracterstica e ideia do artista. Esta
nova tecnologia tambm tira da pintura a obrigo do enquadramento, as
imagens no precisam aparecer inteiras, ou sequer representarem algo
muito visvel, uma vez que a verossimilhana uma caracterstica da
arte clssica e no da moderna. A Obra de Van Gogh, mesmo sendo
posterior a de Czanne, retrata ainda mais esta caractertica da arte
impressionista, uma vez que no mostra nenhum detalhe muito forte,
apenas traos que formam uma cena, ainda sendo possvel entender o
que era a ideia do autor, com uma caracterstica abstrata. A pintura
comea a representar a forma como autor se sente, a prpria figura do
artista comea a sofrer modificaes, no trata-se mais de quem domina
a tcnica, mas de quem tem uma percepo aguada, baseada nas diversas
variaes de cor e luz. A arte continua a ser pictrica, como as
ltimas da arte clssica, mas com uma perspectiva totalmente
diferente das vistas antes. Mesmo ambos os artistas serem
considerados ps-impressionistas, suas obras revelam caractersticas
fortes desse movimento, por estarem em um momento de transao.
Questo 5) Descoberta em 1826 pelo francs Joseph Nicphore Nipce,
a fotografia foi um grande marco, que teve reflexos em vrios
segmentos da poca, inclusive na arte. Como j foi mencionado na
questo anterior, o incio da fotografia tirou das obras de arte um
certo compromisso com o real, j que este era o objetivo fotogrfico,
portanto, uma porta para o olhar subjetivo e pessoal do artista foi
aberta, dando incio ao que chamamos de impressionismo.
A Canoa Sobre o EpteClaude Monet (c. 1890)Se levarmos em conta
uma das obras renascentistas apresentadas aqui, como um exemplo, a
obra de Jan van Dornicke, Trptico: Cristo Carregando a Cruz, a
Crucificao e o Sepultamento (questo dois), clara a ideia de que a
temtica entendida pela obra totalmente religiosa. Apesar de ter se
diferenciado da arte medieval em um sentido de no santificar tanto
estas imagens, ainda h um enorme apelo emocional sobre como so
tratados os santos, em questo de expresso e tambm de como so
posicionados na obra. Esta obra de Monet, A Canoa Sobre o Epte
transmite uma ideia totalmente diferente: o artista representa uma
cena que possa ter visto em seu cotidiano, e no necessriamente algo
santo, o que uma caracterstica muito presente no Impressionismo,
tudo que est ao redor do artista uma possibilidade para se criar
arte. Outro ponto muito importante que podemos ressaltar, a mudana
do espao geomtrico. Se observarmos como so dispostos os elementos
da obra de Dornicke, podemos entender que o quadro desenvolve-se a
partir de seu ponto de fuga que no caso Cristo sendo crucificado
-este elemento cria uma harmonia no quadro e d tambm uma impresso
de que tudo est disposto para que os olhos do observador corram
sempre para aquele ponto, mesmo quando est observando todo o resto
do quadro. Pudemos entender que a arte barroca tira um pouco desta
centralidade, mas a arte impressionista d um olhar totalmente novo
para esta disposio de elementos o que tambm devido a fotografia. No
h mais um enquadramento, possvel enxergar que a canoa esta cortada
pela metade, mesmo sendo um dos elementos principais do quadro.
Entretanto, esta composio no tira d ao quadro nenhum tipo de
informao especial ou o deixa parecendo como se fosse incompleto,
mas ao contrrio, d a obra uma caracterstica nica que agrada aos
olhos do observador. Uma ltima diferena est em uma das
caractersticas mais marcantes do Renascimento: a verossimilhana.
Enquanto observamos os objetos da obra de Dornicke podemos ver uma
grande quantidade de detalhes, tornando como j foi dito
anteriormente a obra quase palpvel e tactil, apesar de ter uma
caracterstica linear. J a obra de Monet, apesar de transmitir sua
inteno em mostrar uma canoa sobre o rio Epte, no h uma riqueza de
detalhes to visvel. Muito ao contrrio, o artista tenta colocar o
menos de informao possvel para que a obra seja entendida em sua
caracterstica pura e simples que uma caracterstica forte do perodo.
Mesmo que os detalhes no sejam to presentes nas duas mulheres, o
rio , ainda, muito real, podendo ser caracterizado com massas, ou
seja, de um estilo pictrico.
Questo 6) O Realismo e o Impressionismo so dois momentos muito
prximos na histria da arte, ainda que to diferentes. O primeiro
datado de 1850 1880, e o segundo, a partir de 1872 com a obra
Impresso: nascer do sol, de Claude Monet, que tambm deu nome ao
movimento. Desta maneira, seria quase impossvel distinguir as duas
obras, se no fosse por uma enorme diferena de estilos: uma que
retrata a realidade como ela e a outra como ela vista pelo artista,
dando espao para nascer a pessoalidade em cada obra.
O Senhor Pertuiset, Caador de LeesEdouard Manet (1881)Nesta obra
de Manet, intitulada como O Senhor Pertuiset, Caador de Lees uma
das que fecha o movimento, mas ainda possvel entender a ideia do
Realismo. possvel enxergar detalhes na obra que transmitem certa
verdade dos elementos em cena, pos exemplo, possvel enxergar nas
expresses do leo o sofrimento da morte, tambm possvel entender
certa profundidade do cenrio, as rvores perecendo por ser inverno,
ou melhor, o fim da estao, uma vez que, a aparncia de neve no cho j
interrompida por pequenos buracos de verde, ou seja, a neve j est
em processo de derretimento e a primavera est prxima. O primeiro
tronco, que est mais evidente na pintura, bem detalhado, possvel
enxergar todos seus veios e entender que se trata de uma rvore mais
antiga, por conta de suas imperfeies que na verdade so perfeies
para tornar a obra mais verdadeira.
A Ponte Japonesa sobre a Lagoa das Ninfias em GivernyClaude
Monet (1920-1924)J a obra de Monet, contrape-se completamente ao
Realismo e abre as portas ao Impressionismo. Se olhada rapidamente
pode ser quase confundida com uma pintura abstrata por no
transmitir nada de incio. Entretanto, se observada cuidadosamente,
seus traos em vrias direes acabam formando um esboo de uma ponte
com um rio fluindo embaixo dela. possvel tambm identificar alguns
detalhes da prpria ponte, como postes que do suporte queles que
passam por ela e at algumas rvores em suas extremidades. O mais
interessante como Monet lidou com o elemento da gua, que uma das
partes mais reais da obra. A mistura de cores faz com que este
elemento tenha certo movimento na obra, possvel entender que a gua
tem um curso que continua at o fundo do quadro. Tambm fcil de
enxergar alguns cascalhos na borda do rio e at o que parece ser um
pequeno barco logo embaixo da ponte, ao lado esquerdo. O que
podemos inferir destas duas obras que ambas retratam um ambiente,
mas a primeira de uma maneira precisa e a segunda de uma maneira
pessoal, de uma maneira que o pintor se da a liberdade de expressar
seus sentimentos a partir de sua arte, desde a escolha de cores at
a maneira de representao da cena.
Questo 7) O Renascimento, como j foi comentado anteriormente, um
perodo na histria da arte que preza muito a perfeio e a
racionalidade. Entretanto, nestas duas obras, uma de Quentin Metsys
e outra de Hieronymus Bosch, ambas feitas no perodo renascentista,
no seguem muito os padres, principalmente no quesito
racionalidade.
As Tentaes de Santo AntoHieronymus Bosch (c. 1500) impossvel no
observar as particularidades de cada uma. Se anilisarmos a obra de
Bosch, podemos ver clamente que, mesmo se tratando de uma paisagem
parcialmente renascentista, por ter muitos detalhes, e tambm
utilizar-se da linearidade para compor o quadro e, por estes
motivos, relembrar a lgica da pintura do Renascimento, impossvel no
notar os seres estranhos criados pelo artista. Um par de pernas com
cabea , possivelmente, o que choca mais, mas tambm so notveis vrios
tipos de hbridos tanto animais misturados entre si, como humanos
misturados com animais. Tambm possvel ver um cenrio repleto de
destruio, podendo significar algum tipo de indignao do pintor com o
mundo feudal, talvez por acreditar que este meio fosse digno de
destruio por sua hierarquia desenfreada.
O Casamento DesigualQuentin Metsys (1525-1530)J esta obra de
Metsys, podemos enxergar uma cena de um casamento normal, porm, se
observada mais atentamente, possvel entender que o que h de
desigual no casamento apontado que, na verdade, a figura de cabelos
longos o marido e a outra figura a mulher, s podendo chegar a esta
concluso se olhado a personagem ao lado esquerdo da mesa que parece
com a noiva.