PROJETO DE AO EM SADE INDIVIDUAL DESENVOLVIDO NO PROGRAMA DE
INTEGRAO COMUNITRIA (PIC)
Tuberculose e dengue
Amely Covalero
Projeto de ao em sade individual apresentado Faculdade de
Medicina - FACERES, como requisito parcial para obteno de nota da
disciplina Programa de Integrao Comunitria (PIC), sob a superviso
da Preceptora Andiara Arruda.
SO JOS DO RIO PRETO2014
SUMRIO
1
.INTRODUO..............................................................................................................3
2
.JUSTIFICATIVA...........................................................................................................4
3.
OBJETIVOS...................................................................................................................4
4.METODOLOGIA
..........................................................................................................4
4.1.Local da Ao em
Sade...............................................................................................4.2.
Casustica.....................................................................................................................4.3.
Material
utilizado.........................................................................................................FISIOPATOLOGIA5.
REFERNCIAL
TERICO........................................................................................Referncias
Bibliogrficas
............................................................................
57
1. Introduo
Nenhuma outra patologia incitou tanto os estudiosos mdicos,
juristas, administradores pblicos, religiosos, escritores de fico e
pesquisadores em geral quanto a tuberculose. Enfermidade mortal que
s no sculo XX foi responsabilizada por cerca de um bilho de mortes,
a tsica favoreceu, na linha histrica, a elaborao de um campo
conceitual prprio. Com isso sendo dito, a ao de sade proposta pela
faculdade CERES visa educar a populao local a respeito desse mal, j
que desde os primrdios do curso de medicina os alunos so motivados
a dedicar-se a sade coletiva, analisando os dados epidemiolgicos e
trabalhando afim de que as principais causas de adoecimento dessas
pessoas seja previnida. As duas primeiras dcadas do sculo XX foram
marcadas pelo convvio sombrio com a morte e pelo grande nmero de
pessoas acometidas pela doena. A tuberculose assumiu um carter de
pandemia de repercusso nacional. Porm, as projees sociais da doena
caram desproporcionalmente sobre a populao desfavorecida que no
encontrou interlocutores nas esferas de governo e na sociedade. Em
larga medida, a maioria dos doentes acabou excluda do acesso s aes
em sade e carregando o estigma social de portadores do
mal.Atualmente, o conhecimento sobre a etiologia, o modo de
transmisso, as manifestaes clnicas, o tratamento e as medidas de
controle para tuberculose esto muito bem estabelecidas. No entanto,
nem sempre o conhecimento sobre a doena foi esse. At o
descobrimento do agente etiolgico, no final do sculo XIX,
atribua-se tuberculose uma presumvel origem hereditria e havia uma
atmosfera romntica em torno da doena. Tornou-se motivo explorado
por escritores de prestgio, os quais buscavam compartilhar o drama
ntimo com a infeco, buscarando inspirao no realismocientificista
para descrever a individualidade enfermia. Nesta cirurgia, a pena
literria serviu-se sobretudo de uma nova concepo de peste que,
roubada dos ensinamentos tradicionais e das cogitaes mdicas,
situando-a como uma ameaa as coletividades. Com a descoberta do
bacilo por Robert Koch, em 1882, ocorreu um grande avano no
conhecimento e gradativamente a tuberculose passou a ser vista como
molstia transmissvel.Com a nova organizao social, resultante do
processo de industrializao, criou-se um ambiente favorvel
transmisso da doena entre a classe operria. Isso se deu em
decorrncia das precrias condies de vida impostas a esse segmento da
populao, e dessa forma, a tuberculose assumiu definitivamente o
papel de patologia transmissvel e de carter social.Desse modo, a
necessidade de solues eficientes para conter a disseminao da
molstia deve-se ao fato de a tsica se constituir em uma das maiores
ceifadoras de populaes, pois, apesar da diminuio de infectados
graas as polticas sanitaristas, o mal mantm-se em estado endmico
atravs de geraes, comprometendo assim sucessivas sociedades. A
tuberculose matou 1,4 milho de pessoas no mundo em 2010, e continua
negligenciada. necessrio, portanto, educao, vigilncia dos grupos de
risco, testes com as drogas anunciadas como curativa dos pulmes,
formao de tisiologistas, cirurgias torcicas, assistncia clnica e
amparo social, fins almejados pelos acadmicos de medicina, para que
a TB, no futuro, seja finalmente erradicada.
2.JUSTIFICATIVA
O projeto necessrio para enfatizar a importncia da conscientizao
a respeito das seguintes doenas: tuberculose e dengue, que afetam a
populao local.
3. OBJETIVOS
Preveno e orientao a respeito da tuberculose e da dengue, alm da
identificao de grupos de risco, pacientes que apresentam sintomas
das doenas citadas e seu encaminhamento para a unidade de sade
adequada.
4. METODOLOGIA
4.1 .Local da Ao em SadeA ao ser realizada na UPA (unidade de
pronto atendimento) Norte.
4.2. Casustica
Os participantes da ao sero os acadmicos de medicina da
faculdade CERES que estagiam na UBSF Maria Lcia e os pacientes que
aguardam atendimento na UPA Norte.
4.3. Material utilizadoOs materiais utilizados sero cartazes
explicativos e material biolgico (pulmo), para demonstraes.
FSIOPATOLOGIAA tuberculose uma doena infecto-contagiosa que, de
regra, assume evoluo crnica e tem como agente etiolgico a
Mycobacterium tuberculosis. Acredita-se que este micrbio tambm
conhecido como bacilo de Koch seja anterior ao prprio Homem,
sucedendo formas ainda mais elementares de vida microscpica. O
encontro entre o germe da tuberculose e a espcie humana levou o
agente infeccioso a desenvolver estratgias de adaptao ao novo
hospedeiro. Nessas condies, o micrbio da tsica encontrou nos pulmes
do ser humano um microecossistema favorvel sua sobrevivncia,
ganhando possibilidade de reproduo. Com a proliferao bacilar em
forma de colnias, parte das sementes usualmente migram para outras
regies do aparelho respiratrio, podendo se disseminar por todo o
organismo contaminado por meio das vias broncognica, linftica e
hematognica. Outra parcela dos germes expulsa pelas vias
areas.Instalando-se no organismo humano sadio, o bacilo de Koch
permanece inativo por cerca de trs dias. A partir deste momento
inicia-se o ciclo de reproduo que se renova a cada 18 horas, mdia
bem superior de outras variedades microbianas. Tambm neste perodo
ativado o processo de defesa orgnica, primeiramente como resposta
imunitria inespecfica e logo depois por meio de reaes imunolgicas
especficas, mediante a ampliao da capacidade de fagocitose das
clulas mobilizadas contra o elemento invasor.
Aps a transmisso do BK pela via inalatria, quatro situaes podem
ocorrer: a eliminao do BK pelas defesas do hospedeiro, o
desenvolvimento de uma infeco latente (primo-infeco ou infeco
tuberculosa), o desenvolvimento progressivo da tuberculose
(tuberculose primria), a ativao da doena vrios anos depois
(reativao endgena ou tuberculose ps-primria).
Eliminao do bacilo: em algumas circunstncias, o bacilo inalado
pode ser fagocitado e destrudo por macrfagos alveolares, antes de
se multiplicar e causar qualquer inflamao ou mesmo resposta
imunolgica do hospedeiro. Essa eliminao do BK depende de sua
virulncia e de sua viabilidade ao chegar ao alvolo, da capacidade
dos macrfagos, a qual determinada por fatores genticos e estmulos
inespecficos que chegaram ao alvolo em condies prvias (ex: outros
germes).
Infeco latente: quando os bacilos no so eliminados, eles se
proliferam no interior dos macrfagos, os quais liberam citocinas e
atraem outras clulas inflamatrias (macrfagos, moncitos e
neutrfilos). Essa reao inflamatria local forma o granuloma e
coincide com o surgimento da imunidade celular, caracterizada pela
positividade ao teste tuberculnico (PPD). Esse granuloma no pulmo
chamado de foco de Ghon. Persistindo a replicao dos bacilos, eles
podem alcanar a drenagem linftica e o gnglio satlite. O conjunto
formado pelo foco de Ghon, a linfangite e a adenopatia satlite
chamado de complexo de Ranke. Ainda nesse perodo, os bacilos podem
alcanar a circulao sangunea e se alojarem em diferentes rgos. Os
bacilos podem alcanar a circulao por via linftica, at o duto
torcico, que drena para a subclvia, ou por invaso direta de
capilares a partir do foco pulmonar, ou por retorno circulao de
clulas inflamatrias contendo BK no seu interior. Em funo da
imunidade celular adquirida, esses bacilos tm sua proliferao
controlada, impedindo a progresso para a tuberculose doena em 95%
dos pacientes. Nessa situao ocorreu uma disseminao hematognica ou
bacilemia assintomtica.
Tuberculose primria: em 5% dos pacientes, a resposta imunolgica
no suficiente para impedir a proliferao do BK e a tuberculose
primria, tambm conhecida como da criana, pode se desenvolver.
Conceitualmente, considera-se tuberculose primria aquela que se
desenvolve nos primeiros cinco anos aps a primo-infeco ou infeco
tuberculosa. Mais comumente, a tuberculose primria acomete os
pulmes e gnglios satlites dos hilos, mediastino ou peribrnquicos,
podendo levar a ocluso dos mesmos, constituindo a epituberculose
(ver pergunta sobre tuberculose primria). As formas extrapulmonares
da tuberculose ocorrem aps a disseminao hematognica do foco primrio
e so, na maioria das vezes, formas de tuberculose primria (ver
pergunta sobre tuberculose extrapulmonar). Quando a disseminao
hematognica macia, e sintomtica, o que ocorre com maior frequncia
em crianas e adultos imunossuprimidos, tem-se a tuberculose miliar,
um quadro grave, caracterizado por leses micronodulares
disseminadas pelos pulmes, podendo ainda acometer outros rgos.
Reativao endgena: Resulta da reativao lenta e progressiva de
bacilos que se encontravam quiescentes. Condies de imunossupresso
do hospedeiro podem determinar essa reativao endgena, como a infeco
pelo HIV, insuficincia renal ou heptica, diabetes, linfoma,
corticoterapia, idade avanada etc. s vezes, pode ocorrer de uma
reinfeco exgena, que muito difcil de ser diferenciada da reativao
endgena, mas que do ponto de vista prtico no altera a conduta. A
reativao ocorre predominantemente nos pulmes, resultando na
tuberculose pulmonar, na sua forma ps-primria ou do adulto.
5. REFERNCIAL TERICOReferencias Bibliogrficas
Gomes EP, Carvalho EV, Oliveira JCA. Tuberculose [Internet].;
2010. [acesso em 2015 maro 3]. Disponvel em:
http://www.pneumoatual.com.br/secao/per/perLeituraContinua.aspx?IDAssunto=19
III Diretrizes para Tuberculose da Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia. SociedadeBrasileira de Pneumologia e
Tisiologia. Jornal Brasileiro de Pneumologia 2009;35:1018-1048
Tuberculose, Guia de Vigilncia Epidemiolgica. Ministrio da Sade,
Fundao Nacional deSade. Braslia, outubro 2002
Dolin PJ, Raviglione MR, Kochi A. Global tuberculosis incidence
and mortality during 1990-2000. Bull WHO 1994; 72:213-220
IMAGENSREFERNCIAL TERICO
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