-
~I1Abordagem PSicolingstica da Fluncia". ~--;.~'-:.
,Jr~:'.~ Ana Maria Schiefer..~4.~
'~f.. a....:~'i::.~-.~~.it INTRODU~AO.~-
!;:'r.~:
A prcduco da fala normal requer suaves transi-ces em diferentes
nveis lingsticos, ao passo quea fala disfluente resultado de
rupturas em qual-quer um desses nveis.
As pesquisas trn revelado que rupturas no fluxo_ verbal so
acontecimentos naturais na fala de qual-
quer pessoa, e so normalmente denominadas dis-fluncas. De acordo
com Ratner', essas disflunciasso mais freqentes do que se percebe.
Em estudo
. . bastante aprofundado com estudantes universitrios,-,.:,
Goldman- Eisler' afirmou que a fala espontnea urna
-~;
-00- atividade milito fragmentada e descontnua e que-- podem
ocorrer hesitaces a cada sete ou oito palavras.
Diferentes tipos de ruptura (ou seja, de disflun-~-' cia),
ocorrem de modo repentino e involuntario, tanto
em individuos fluentes quanto em gagos. Embora naot haja urn
limite definido entre os tipos de disfluncia~- e a freqncia com que
elas se manifestam na fala
dos individuos fluentes e nao fluentes, parece exis-tir urn
consenso na literatura a respeito das maiscomuns a ambos os grupos.
As disfluricias naorepetitivas, como hesitaces, interjeices,
revises1 e falsos cornecos, comumente so identificadas comotpicas
dos falantes fluemes, ao passo que as rupru-
""' ras no nivel da palavra, como repetices de sons
e~.=.__:_._:. slabas, prolorigarnentos e bloqueios, so mais as-.
sociadas aos gagos. A1m disso, Yairi e Lews+ressal-" taram o fato
de individuos gago s, principalmente.:.!' crancas, apresentarem
urna grande quantidade de~ disfluncias repetitivas e nao
repetitivas. Outros es-W_;:;; tudos tambm mostram evidencias de
urna grandelvariabilidadedos tipos e da freqnca das disflun-
cias intra e intersujeitos que manifestarn a gagueira ..
Provavelrnente, isso resultado dos inmeros fato-res que afetam
afluencia.
Apesar da dificuldade na obtenco de dados confi-veis para o
diagnstico diferencial, principalmenteentre criancas gagas e nao
gagas, a.rnensuraco doscomportamentos que indicam fluncia e
disflunciatem sido considerada um critrio seguro na caracteri-zaco
de limites entre as disfluncias comuns e aspatolgicas, segundo
Scarpa', Yairi e Lewis'.
Quanto a esse aspecto, na literatura internacio- .-'~al,
principalmente na americana, h inmeraspropostas de classificaces
das disfluncias. Den-tre elas, pode-se destacar a classificaco
propostapor Campbell e Hill" em 1995, que emprega a sla-ba como
unidade de medida e caracteriza os corn-portamentos de interrupco
observados no fluxoda fala em O) disfluncias tpicas -
interjeico,hesitaco, palavra inacabada, reviso e repetico defrase,
repetico de palavra (urna ou duas por emis-so) e (2) disfluncias
atipicas - repetico de pala-vra (tres ou rnais por emisso),
repetico de slabae de som, prolongamemo e bloqueio.
No portugus brasileiro, pode-se destacar o tra-balho
desenvolvido por Zackiewicz", Andrade? eAndrade et al" na
caracterizaco da tipologia dasdisfluncias de falantes nativos em:
O) disflunciasmais comuns= nmero de hesitaces, interjeices,revises,
palavras incompletas, repetices de pala-vras e de frases e (2)
disfluncias gagas - nmerode repetices de slabas e de scns,
prolongamen-tos, bloqueios e pausas longas ..
Em relaco a freqncia das dsuencas, os pes-quisadores parecem
concordar que o nmero de 2%
-
1036 Audiologia e Linguagem
de disfluncias atpicas representa o limite para opadro de
fluncia aceitvel, ao passo que 3 a 4% dasdisfluncias atpicas podem
ser consideradas cornoindicios de patologia, segundo Yairi"e
Gregory eHill".Nesse sentido, o critrio proposto por Gregory e
Hill"em 1993 tem sido considerado corno mais um dosparrnetros que
auxiliam na caracterizaco de limi-tes entre as disfluncias comuns e
patolgicas. Essesautores considerararn corno: (1). gagueira- a
ocorrnciade 3% ou mais de disfluncias atipicas e/ou 10% oumais de
disfluncias totais; (2) disfluncias borderlineou limtrofes - a
ocorrnca de 2 a 3% de disflunciasatpicas e/ou 10% ou mais de
disfluncias tpicas; (3)disfiuncias tpicas- a ocorrncia de menos de
2% dedisfluncias atipicas e menos de 10% de tpicas.
Talvez a gagueira seja reconhecida como umtranstomo muito
complexo e de dificil definico poresse motivo. Segundo Perkns", a
maioria dos cu-vintes capaz de reconhecer quando algum
estgaguejando. Hurna grande prcbabilidde de esse --fato acorrer
principalmente por causa da escuta dasdsfluncias que caracterizam
el. fala de um gago.
Tal fato parece mostrar que a ocorr ncia dedisfluncias um dos
aspectos mais importantes paraa identificaco da gagueira e, por
isso, rnais dreta-.rnente associada ao plano da execuco motora
dafala. Urna observaco mais atenta das disfluncias,entretanto,
revela que elas nao ocorrem ao acaso nafala do individuo gago, e
sirn dentro da estrutura doenunciado. Segundo Ratner', h urna
variedade defatores lngsticos que podem afetar a probablida-de de
as disfluncias acontecerem.
Estudos sobre a lo calizaco dos eventos degagueira, descritos
por Blocdsten", trn mostradourn predominio de disfluncas no inicio
da unida-de lexical, em palavras iniciadas por
consoantes,pertencentes a determinadas categorias grarnaticais,mais
extensas, menos freqentes e de grande signi-ficado para o falante.
Fones mais freqentes so maisgaguejados e palavras mais freqentes so
acessadasde forma mais rpida e, portanto, trn menos chan-ce de
causar disfluncias. Em adultos, a maior fre-qncia de disfluncias
verificada em palavras decontedo, ao passo que, em crancas, as
disflunciasocorrem mais em palavras de funco. Alm disso, rnais
provvel que estruturas mais complexas doponto de vistasinttico
apresentern mas disfluncias,tanto em crancas quanto em adultos.
De acordo com Brown" e Slverman", o pressu-posto de ~e palavras
longas determinam maisdisfluncias o motivo pelo qual, h dcadas,
afreqncia da gagueira segundo a extenso da pa-
.~--~
lavra vem sendo investigada. Alguns autoresl.l~entretanto,
acreditam que a maior freqencia deeventos gaguejados em palavras
longas se devs ao 1aumrito da'taxa de elocuco. ..,' '.,~J:
Um estudo preliminar da freqnca da gagueir~'--~,~segundo a
extenso das palavras, realizado no Am-Ibulatrio dos Distrbos da
Cornunicaco Humana tda Unifesp, mostrou que amaior freqnca de even-
ttos gaguejados ocorreu em palavras longas". Para esse ~
~:esrudo.foram selecionados 19 protocolos de indiv- ~duos
adultos de 18 a 49 anos, com diagnsticos de fgagueira cujos graus
variavam de muito leve a severo,de acordo com a classifcaco pro
posta por Riley"em 1994. Do total de palavras enunciadas, 53%
fo-ram monosslabos, 31 % disslabos, 12% trisslabos e4% polisslabos.
Os monosslabos forampronuncia-dos com mais freqncia e, do seu
total, 6,03% fo-rarn gaguejados. Nos disslabos, ocorrerarn 8,68%
deeventos gaguejados, nos trisslabos, 9,48% e nospolisslabos,
21,97%. Est sendo desenvolvido urntrabalho complementar que analisa
a relaco entrea taxa de elocuco e a extenso da palavra, corn
oobjetivo de elucidar a alta freqncia de eventos ga-guejados em
palavras longas, corno se pode obser-var na Figura 83.l.
Em relaco aos fato res lingsticos envolvidos nasdisfluncias,
Yaruss 17 ressaltou as evidencias de quemuitos desses aspectos
podem estar sobrepostosquando interpretados segundo as regras da
lingua(palavras mais extensas tendem a cornecar porconsoantes e as
coristruces mais complexas somais extensas) mas, rnesmo assim, sua
participa-co na distribuico das disfluncias na fala de in-dividuos
que rrianifestam gagueira evidente.
O fato de as disfluncias terem relaco com as-pectos lingsticos
parece indicar que elas resultamde falhas, tanto no processo de
planejamento quantono de execuco motora da fala.
Nesse sentido, para facilitar o estudo das disflun-cias, alguns
pesqusadores':":" trn proposto examina-las por meio dos aspectos
envolvidos nos processosde prcduco da fala, delineados pelos
modelospsicolingsticos. Por meio deles, possvel identifi-car os
aspectos do planejarnento e, da produco aserem considerados na
anlise das disfluncias.
I ,.,.
PSICOLlNGUIST1CA E PRODU~AO DAFALA FLUENTE E DISFLUENTEA
pscolngstica, tambm denominada psco-
logia da linguagem, urna ciencia que estuda os
-
,--,
4%
'f.i A~'
~:.~-e,..r
B
93; 7%I
!
8,68%
.~-v-
9,48%
D
o MonosslabosO Dissilabos
~ Trisslabcs
fi Polisslabos ,
o Palavrasgaguejadas
El Palavras fluentes
o Palavrasgaguejadas
O Palavras fluentes
o Palavrasgaguejadas
@ Palavras fluentes
o Palavrasgaguejadas
~ Palavras !luentes
Figura3.1 ;- (Al Total de palavras enunciadas por nmero
desilaba~8 a El Porcentagem de palavras gaguejadas e fluentes
deaordoorn a extenso: monossilabos, dissilabos, trissilabos epoiss.
lOS,
prcc.sospelos quais a fala encadeada produzi-da e 'u
compreendida, ou seja, a ccdicaco e adecccaco. As investigaces em
psicolingsticatm onrribudo para o entendimento de que,qua lo um
segmento de fala produzido, nao sepcd r a um compartimento de
estocagem e sim-ples nte selecionar a mensagem mais adequa-da. :d,a
impossvel guardar dessa rnaneira toda ainfc raco que se deseja
transmitir. Por isso, se-
Abordagem Psicolingstica da Fluencia 1037
gundo Fromkin e Ratner1B, tudo o que mernori-zad~ ~eve ser
composto por unidades em nme-r~ limitado, as quais podem ser
combinadas dediversas maneiras par " ", " a constltUlr a mensagem
que "se quer transmitir. .., ,' .. ," , ..-;
De acordo com essas autoras os pr o " ..d:"", . ,:, , cessos
e'," :."percepco e prcduco da fala pelos quais um
fa~-:":::';::','lante transforma urn conceito mental numaemis~:'
,,'so oralizada so muito complexos. Ainda nao h
-
1038 Audioloqia e Linguagem
Assim, a produco da fala pode ser entendidaprincipalmente por
meio de tres etapas:
Etapa do conceitualizador, em que se estabe-lece aintenco, ou
seja, o propsito social oupragmtico da cornunicaco. e em que
cria-da urna mensagem pr-verbal,
Etapa doformulador, em que a mensagem ini-cialmente codificada
em parmetros gramati-cais e sintticos (lemas) e depois em
parrnetrosfonolgicos (lexemas). Desse modo, preesta-belecido o
plano pr-articulatrio darnensagemidealizada, ou seja, o programa
motor da fala ..
Etapa do articulador, em que as instruces doplano articulatrio
ou fontico da mensagemso transferidas para o sistema
neuromuscular(lbios, lngua, palato, etc.) e, assim, a rnensa-gern
pretendida fmalmente executada.
.. Essa etapa final muito cornplexa, pois envolve ouso
coordenado de aproximadamente 100 msculos,tres cmaras iniciadoras
da corrente de ar, duas dre-s6es dessa corrente e 15 sons por
segundo. A unida-de de controle motor da fala a slaba,
especificadapor meio dos gestos articulatrios. Inspirada
nafonologia artculatria", Albanc" descreve os gestosarticulatrios
como unidades de representaco abs-tratas, as quais formam padr6es
de movimentos deurn articulador ou de urn subsistema de
articuladoresno tempo e no espaco. Dessa forma, os fonemas
sur-giriam em decorrncia da realzaco coordenada dediversos gestos
articula trios. O gesto u urna en-tidade fsica cujas possibilidades
de cornbinaco sodeterminadas pela fisiologia articulatria e suas
re-laces com a fisiologia auditva".
Segundo Ratner' e Yaruss", as etapas j descritasrelacionara-se
rnais diretamente a prcduco da falae ocorrem de modo simultneo e
interativo. O mo-delo proposto por Levelt muito mais dinmico e
.complexo que o apresentado neste captulo, urna vezque preve a
partcipaco de outros componentes(auditivo e de compreenso). e
descreve urn meca-nismo demonitoramento da prcduco da fala,
quepermite a autocorreco por parte dos falantes.
Sob esse ponto de vista. tem sido levantada urnahiptese
consensual entre os pesquisadores. segundoa qual um atraso ou
lentificaco em qualquer pontoda cadeia de fala pode 'resultar ern
interrupces aserem consideradas na anlis~ das dsfluncias.
Assim, acredita-se que o modelo de prcduco dafala proposto por
Levelt permite explicar nao s arnanifestaco d~s disfluncias, mas
tambm darsustentaco a modelos propostos por outros auto-res para a
gagueira.
-MODELOS PSICOLlNGSTICOSDA GAGUEIRA~Para Van Riper", a gagueira
urn distrbio tempo_
ral da fala, que se caracteriza por rupturas na progra.rnaco e
execuco dos movimentos seqenciaisenvolvidos nesse processo. Na
literatura especializa_da. alguns pesquisadores':" tm examinado
essasrupturas no contexto de modelos psicolingsticospropostos para
a gagueira.
Apartir desse ponto devista.podem ser citadosalgunsmodelos j
amplarnente descritos na literatura:
Em 1988. Wingate", em seu trabalho The Structure, of Stuttering:
a psycholinguistics analysis,levan-tou a hiptese de que as
disfluncias seriarncausadas por urn dficit no plano da
codifcacafonolgica. A diculdade do gago estara na re-cuperaco da
slaba inicial da palavra, decorrentede inadequaces dentro da
seqncia temporal .:no plano fontico,
Em 1993, Postma e Kolk", em seu estudo Thecouert repair
hypothesis, afirmaram que asdisfluncias ocorreriam em raza o de
falhas noprocesso de autocorreco, o que ocasionara di-ficuldades no
plano de codificaco adequadodo segmento lingstico, Os autores ainda
pre-surniram que essas dificuldades seriam subja-
-centes a um mecanismo de baixa atvaco, quetornaria mais lema a
seleco dos itens fono-lgicos (lexernas).
Em 1991, Perkns, Kent e Curlee", na dsserta-co A theory of
neuropsycholinguistic functionin stuttering, afirmaram que as
disfluncas na-turais e da gagueira seriam resultantes de
urnadessincronia no processo de recuperaco entegraco entre as
estruturas gramaticais e oscomponentes nao lngstcos, processados
pordiferentes sistemas neurais. Apresso do tern-po, percebida pelo
falante para dar continui-dade a conversaco, seria urn aspecto de
grandeimportancia para a transformaco das disfluen-cias em eventos
de gagueira.
Na anlise dos modelos citados, Ratner' salen-tou que as
propostas descritas por Wingate27 ePostma e Kofr28 diferem apenas
na previso de qualparte do plano fontico nao pode ser executada
demaneira fluente, e que Perkins et al:" inovararn aoadicionar a
presso do tempo, envolvida na comu-nicaco, a teoria de dessincronia
na recuperaco eintegraco dos segmentos lingsticos.
- ---._---"-
-
-Assirn, considerando a fala como o produto de
urna complexa rede de processos lingisticos ecognitivos, segundo
Munhall", pode-se afirmar queos modelos de prcduco da fala, assirn
como osconstruidos para a gagueira, fornecem subsidiospara que as
razes lingsticas das disfluncias se-[arn mais bem compreendidas e,
assim, propiciamurna intervenco teraputica mais adequada.
REFERENCIAS BIBLJOGRFICAS1. RATNER,N. B.Stutterng: a
psycholinguistic perspective. In:
CURLEE,R E;SIEGEL,G.M Nature and TreatmenrofStuttering.2. ed,
Boston: Allyn and Bacon, 1997. cap. 5, p. 99-127.
2. GOLDMAN-EISLER, E Psycnolinguistics: experimerus
inspontaneous speech. New York: Acadernic Press, 1968.
3. YAIRI, E.; LEWIS. B. Disfluencies at the onset of
sruttering.f. Speech Hear. Res., v. 27, p. 154-159,1984.
4. SCARPA. E. M. Sobre o sujeito fluente. CadoEst. Ling.,
Cam-pinas, V. 29, p. 163-184, jul-dez. 1995.
5. CA1\1PBELL,J.; HILL, D. Systernatc disfluency analyss.
In:NORTHWESTERN UNIVERSITY AND STUTTERINGFOUNDATION OF AiYIERICA-
STUTTERING THERAPY:A WORKSHOP FOR SPECIALISTS, 1995.
Evanston.Northwestern University and Srurtering Foundation
ofAmrica, Jul. 1995, p. 173-184.
6. ZACKJEWICZ, D. V Aualiaco Quantitativa e Qualitativadas
Disfluncias em lndiuiduos Gagos eFluentes. So Pau-lo, 1999. 214p.
Dissertaco (Mestrado) - Universidade deSo Paulo. .
7. Al'\lDRADE, C. R. F. Protocolo para avalaco da flunciada
fala. Pro-fono (Revista deAtualizaco Cientfica), V. 12,n. 2, p.
131-134,2000.
8. ANDRADE, C. R. E; BEFI-LOPES, D. M.; FERNANDES, F.D. M.;
WERTZNER, H. E ABFvV - Teste e Linguagem Infan-til nas reas de
Fcnologia, vocabuirio, Fluncia e Prag-mtica. Carapicuba: Pr-Fono,
2000. 90p.
9. YAlRI, E. Disfluency characteristics of childhood
sruttering.In: CURLEE,R E;SIEGa G.M.Nature and Treatmentcf Stutte-
.ring: new directions. Boston: Allyn and Bacon, 1997. p. 49-78.
10. GREGORY,H.; HILL, D. Differential evaluation -
differentialtherapy for stuttering children. In: CURLEE, R.
F.Stutteringand Related Disorders ofFluency. NewYork: Thierne,
1993.chap. 5, p. 23-44.
11. PERKJNS, W. H. What is stuttering and why? In: BOBERG,E.
Neuropsychology ofStuttering. Edmonton: The Unversiryo Alberta
Press, 1993. p. 215-227.
12. BLOODSTEIN, O. A Handbook on Stuttering. San Diego:Singular,
1995. 586p.
13. BROWN, S. E The loci of sruttering in the speech sequence.f.
Speech Dis., V. 10, p. 181-192, 1945.
Abordagem Psicolingsticada Runcia _ '039
14. SILVERMA..N,E H. Disfluency and word length.]. SpeechHeat.
Res., V. 15, p. 788-791, 1972.
15. SCHIEFER. A. M.; BRAGAGNOLO, JUNG, P. D.; DUARTE:T. L.;
FRElIAS, G. A.; CIBOTO, T. A freqncia da gagueir~segundo a extenso
da palavra. In: X CONGRESSGllRA-SILEIRO DE FONOAUDIOLOGIA, 2002.
Belo Horizonte.Anais do X Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia e
doII Encontro Mineiro de Fonoaudiologia, 2002, n. 769.
16. RILEY,G. D. Stuttering Severity Instrument for Children
andAdults. Austin: Pro-Ed, 1994.
17 .. YARUSS, J. S. The relationship between language
andstuttering. In: NORTHWESTERN UNIVERSITY ANDSTIJITERING
FOUNDATION OFAMERICA- STUTIERINGTHERAPY: A WORKSHOP FOR
SPECIALISTS, 1995.Evanston. Northwestern Universiry and
StutteringFoundation of Arnerica, Jul. 1995, p. 173-184. .
18. FROMKJN, V A.; RATNER, N. B. Speech production. In:GLEASON,
J. B.; RATNER, N. B. Psycolinguistics. 2. ed.Orlando: Harcourt
Brace College Publishers, 1998. cap. 7,p.310-346.
19 .: PERElRA, M. M. B. Anlise Lingstica da Gagueira. Belo.
Horizonte, 2001. 336p. Tese (Doutorado) - Unversidade'. _.-
.Federal de Minas Gerais.
20. ROCHA, E. M. N. As Rupturas na Fala da Crian~a "Fluen-te" e
da Crian~a "Disfluente". So Paulo, 1989. 124p. Dis-sertaco
(Mestrado) -Pontificia Universidad e Catlica deSo Paulo.
21. MACLAY, H.; OSGOOD, C. E. Hesitation phenornena
inspontaneous English speech. Word, V. 15, p. 19-44, 1959.
22. ZACKJEWICZ, D. V; ANDRADE, ea E Seis parrnetrosda fluncia,
Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudio-logia, ano 5, V. 7, p.
59-64, 2000.
23. LEVEIT, W. J. M. Speaking.from intention to articulation.2.
ed. Cambridge: MIT, 1991. 233p.
24. BROW!vLAN,c.: GOLDSTEIN, 1. Towards an
articulatoryphonology. Phonology Yearbook, V. 3, p. 219-252,
1986.
25. ALBANO, E. C. OsGestos e suas Bordas: esboce
defonologaacstico-articulatria do portugus brasiieiro.
Campinas:Mercado de Letras, 2001. 272p.
26. VANRIPER, C. The Nature ofSruttering. 2. ed.
EnglewoodCliffs: Prentice-Hall, 1982. 349p.
27. WINGATE, M. The structure of stuttering: a psycholinguistic
.analysis. New York:Wiley, 1988.
28. POSTl'vIA, A.; KOLK, H. The covert repair
hypothesis:prearticulatory repair processes in normal and
sruttereddisfluencies. J. Speech Hear. Res., V. 3, p. 472-487,
1993.
29. PERKJNS, W. H.; KENT, R. D.; CURLEE, R. E A theory ofneuro
psycholinguistic function in sruttering. J. Speech Heat:Res., V.
34, p. 734-752, 1991.
30. MUNHALL, K.G. Functional imaging during speechproduction.
Acta Psychologica, V. 107, p. 95-117, 2001. :