Olimpíadas 2016: Confecções e tecelagens atentas ao segmento esportivo Olimpíadas 2016: “Confecciones e industrias telares atentas al segmento deportivo Etnias que viram moda Etnias que se transforman en moda Moda Infantil: negócio de gente grande Moda Infantil: negocio de gente grande Nº 04 | ANO 02 | SETEMBRO 2010
Revista ABIT n4 - Publicaçao Trilingue - Portugues/Ingles & Portugues/Espanhol
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Olimpíadas 2016: Confecções e tecelagens atentas ao segmento esportivoOlimpíadas 2016: “Confecciones e industrias telares atentas al segmento deportivo
Etnias que viram modaEtnias que se transforman en moda
Moda Infantil: negócio de gente grandeModa Infantil: negocio de gente grande
Nº 04 | ANO 02 | SETEMBRO 2010
Expediente / Editorial Staff – A Revista ABIT/Texbrasil é uma publicação da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confeção (ABIT), produzida através do Texbrasil – Programa de Exportação da Indústria da Moda Brasileira desenvolvido pela ABIT em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) – e da Agência J3P. • Expediente / Staff Editorial - La Revista ABIT/Texbrasil es una publicación de la Asociación Brasileña de la Industria Textil y de Confección (ABIT), producida por medio de Texbrasil – Programa de Exportación de la Industria de la Moda Brasileña desarrollado por ABIT en asociación con la Agencia Brasileña de Promoción de Exportaciones e Inversiones (Apex-Brasil) – y de la Agencia J3P. • Conselho Editorial / Consejo Editorial – Fernando Valente Pimentel – Diretor Superintendente da ABIT / Director Superintendente de ABIT • Rafael Cervone Netto – Diretor do Texbrasil / Director de Texbrasil • Frederico Bernardo – Diretor Técnico do Texbrasil / Director Técnico de Texbrasil • Lilian Kadissi – Gerente de Marketing do Texbrasil / Gerente de Marketing de Texbrasil • Ligia Santos – Coordenadora de Comunicação / Coordinadora de Comunicación • Produção Editorial/ Producción Editorial • Edição Geral / Edición General: Ligia Santos • Reportagem e Redação/ Reportaje y Redacción – GaPconteúdo: Janaina Gimael, Andreia Brasil, Ana Carolina Alves, Leandro Lanzoni, Solange Veiga, Alessandra Moura.• Tradução / Traducción: Gama Traduções e Interpretações • Revisão Espanhol/ Revisión español: Arabera traduções • Equipe J3P / Equipo J3P: Cesar Rodrigues (Projeto Gráfi co e Direção de Arte / Proyecto Gráfi co y Dirección de Arte), Jamile Kobuti (Direção de Arte e Diagramação / Dirección de Arte y Diagramación) • Chico Volponi (Coordenador de Custom Publishing / Coordinator Custom Publishing) • Tatiana Volpe (Coordenação / Coordinación), Osmar Tavares Jr. (Arte Final / Artwork), Sandro Biasoli (Produção Gráfi ca/ Producción Gráfi ca) e Helder Lange Tiso (Revisão/ Revisión) • Direção Comercial / Dirección Comercial – Publishing Comunicação: Claudia Sano Vassellucci - Tel. +55 11 5055-3118. Publicação trimestral, trilíngue, tiragem inicial de 10 mil exemplares, distribuída para o mailing selecionado da ABIT no Brasil, nas Américas Latina, Central e do Norte, Europa, em países da África, Leste Europeu e também no Japão, Escandinávia e Austrália / Publicación trimestral, trilingüe, tiraje inicial de 10 mil ejemplares, distribuida por mailing seleccionado de ABIT en Brasil, en América Latina, Central y del Norte, Europa, en países de África, Este Europeo y también en Japón, Escandinavia y Australia • ABIT – Rua Marquês de Itu, 968 – CEP 01223-000 – São Paulo/Brasil – Tel. +55 11 3823 6100 Fax +55 11 3823 6122 – E-mail address [email protected] – www.abit.org.br
[ Editorial > Nota del editor ]Estamos às vésperas da Conferência Anual do International Textile Manufacturers Federation (ITMF) que, neste ano, será realizada aqui no Brasil, na cidade de São Paulo entre os dias 17 e 19 de outubro. É uma responsabilidade enorme para a ABIT sediar esse evento, o mais representativo do setor no mundo e que reunirá os maiores players internacionais da indústria têxtil. Delegações da China, da Índia, da Alemanha, Japão, Itália, Turquia, México, EUA, e de mais de 30 países, se encontrarão no hotel Hilton da capital paulista. É uma oportunidade ímpar para os profi ssionais e empresários brasileiros participarem de discussões que envolvem diferentes realidades para um mesmo setor. É também uma chance única de aumentar e fazer o networking com clientes e fornecedores, mas também com investidores e parceiros. Desde novembro de 2009, a ABIT montou um Comitê Gestor que, semanalmente, vem se reunindo nestes meses todos para organizar cada detalhe da Conferência, além de sair a campo em busca de patrocínio, pois um evento dessa envergadura tem um custo muito elevado. E faremos bonito. O conteúdo foi trabalhado e escolhido com afi nco, buscando os assuntos que mais mobilizam o setor dentro da temática “Conformidade, Sustentabilidade e Rentabilidade”. Painéis que discutirão desde a questão do algodão geneticamente modifi cado, passando pelas novas tecnologias de produção, perspectivas macroeconômicas do setor no mundo e no Brasil, até o neoconsumidor, dentre outros assuntos que serão debatidos por convidados nacionais e internacionais. Durante os mais de 100 anos do ITMF, pouco mais de uma dezena de brasileiros tem conseguido viajar e participar das Conferências Anuais que são realizadas cada vez em um país. Não perca essa oportunidade. Gostaria, ao fazer o discurso de abertura do ITMF, olhar para a plateia e ver muitos brasileiros, a grande maioria se possível. Associados, não associados, empresários, colaboradores e até estudantes. Vamos mostrar ao mundo que a nossa moda tem uma história, mas, principalmente, um grande futuro.
Até lá. Um abraço,Aguinaldo Diniz Filho, Presidente da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confeção)
Estamos en vísperas de la Conferencia Anual del International Textile Manufacturers Federation (ITMF) que, este año, será realizada aquí en
Brasil, en la ciudad de São Paulo entre los días 17 y 19 de octubre. Es una responsabilidad enorme para ABIT ser sede de este evento, el más
representativo del sector en el mundo y que reunirá a los mayores players internacionales de la industria textil. Delegaciones de China, de
India, de Alemania, Japón, Italia, Turquía, México, EE.UU., y de más de 30 países se encontrarán en el hotel Hilton de la capital paulista. Es
una oportunidad sin igual para los profesionales y empresarios brasileños para participar en discusiones que involucran diferentes realidades
para un mismo sector. Es también una chance única de aumentar y hacer el networking no solamente con clientes y proveedores, sino
también con inversionistas y partners. Desde noviembre de 2009, ABIT montó un Comité Gestor que, semanalmente, viene reuniéndose
en todos estos meses para organizar cada detalle de la Conferencia, además de salir a campo en busca de patrocinio, pues un evento de
esa envergadura tiene un costo muy elevado. Y lo haremos bien. El contenido fue trabajado y escogido con ahínco, buscando los asuntos
que más movilizan al sector dentro de la temática “Conformidad, Sostenibilidad y Rentabilidad”. Paneles que discutirán desde la cuestión
del algodón genéticamente modifi cado, pasando por las nuevas tecnologías de producción, perspectivas macroeconómicas del sector en el
mundo y en Brasil, hasta el neoconsumidor, entre otros asuntos que serán debatidos por invitados nacionales e internacionales. Durante los
más de 100 años del ITMF, poco más de una decena de brasileños ha conseguido viajar y participar en las Conferencias Anuales que son
realizadas cada vez en un país. No pierda esta oportunidad. Me gustaría, al hacer el discurso de abertura del ITMF, mirar hacia la platea y
ver muchos brasileños, la gran mayoría, si fuera posible. Asociados, no asociados, empresarios, colaboradores y hasta estudiantes. Vamos a
mostrarle al mundo que nuestra moda tiene una historia, pero, principalmente, un gran futuro.
Hasta luego, nos vemos allá. , Un abrazo,
Aguinaldo Diniz Filho / Presidente de ABIT (Asociación Brasileña de la Industria Textil y de Confección)
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São Paulo/Brasil
Tel. +55 11 2182 9500
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Projeto Editorial
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
06 [ Talentos de Brasil > Moda playa de Paraiba]12 [ Especial > Brasil en el mundo]18 [ Cultura de Inspiración > Etnias que se vuelven moda]22 [ Tapa > Brasil se pone la camisa]30 [ ICadena Industrial > Algodón nacional]36 [ Comercio Exterior > Cama, mesa y baño en los EE.UU.]40 [ Cultura Exportadora > Moda infantil]44 [ Política > Cadena productiva nacional]48 [ Texbrasil > Proyecto comprador]52 [ Innovación > Tecnología brasileña]57 [ Agenda > Agenda]58 [ Notas > Noticias ABIT Texbrasil]
06 [ Talentos do Brasil > Moda praia paraibana]12 [ Especial > Brasil no mundo]18 [ Cultura de Inspiração > Etnias que viram moda]22 [ Capa > Brasil veste a camisa]30 [ Cadeia Industrial > Algodão nacional]36 [ Comércio Exterior > Cama, mesa e banho nos E.U.A]40 [ Cultura Exportadora > Moda infantil]44 [ Política > Cadeia produtiva nacional]48 [ Texbrasil > Projeto comprador]52 [ Inovação > Tecnologia brasileira]57 [ Agenda > Agenda]58 [ Notas > Notícias ABIT Texbrasil]
[ Índice > Índice ]
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[ Talentos do Brasil > Talentos de Brasil ]
Moda praia paraibana contagia o mundo
Criatividade e comprometimento fazem a diferença na hora de investir em cultura local.
Com o apoio do Estado e também do setor privado, as bordadeiras paraibanas hoje passam por cursos de capacitação, de gerenciamento e
de trabalho empreendedor.
Con el apoyo del Estado y también del sector privado, las bordadoras de Paraíba hoy pasan por cursos de capacitación, de gerencia y de
trabajo emprendedor.
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Do calor do agreste diretamente para as passarelas. Esse é o trajeto percorrido pelos tradicionais bordado e labirinto do interior da Paraíba. De geração em geração, a cultura local vem agora se fortifi cando através do trabalho de cerca de 180 artesãs dos municípios de Alagoa Nova, Ingá, Riachão do Bacamarte, Serra Redonda e Juarez Távora, participantes do projeto Talentos do Brasil. A intenção do projeto, gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e pelo Sebrae, é incentivar o trabalho e a renda nas comunidades rurais a partir da moda artesanal, com foco na emancipação sustentável. Para isso, as mulheres bordadeiras e labirinteiras contam com a participação de estilistas e designers reconhecidos no Brasil e no exterior, que compartilham suas experiências e técnicas nas ofi cinas promovidas. Para Ana Glória dos Santos, 37, bordadeira e representante das artesãs de Alagoa Nova, essa proposta acrescentou valor ao trabalho delas, que agora bordam para o mundo da moda. “Antes a gente bordava para cama e mesa, hoje as artesãs querem bordar mais para moda, por causa do reconhecimento. O estilista veio dar o conceito, uma visão que a gente não tinha”, explica ela. O projeto, que conta com a parceria do Programa Texbrasil, tem nas feiras promovidas sua maior fonte de divulgação. Nelas as artesãs expõem, fazem novas parceiras, vendem seus trabalhos e até participam de desfi les. É também através desses eventos que conhecem outros locais, até mesmo fora do País. Ana Glória conta que em 2009 algumas representantes foram para Nova York e, só para se ter uma ideia, este ano já aconteceram feiras em Brasília, Recife, João Pessoa, Campina Grande, entre outros lugares. A artesã de Alagoa Nova acha que a partir do Projeto Talentos do Brasil o bordado de tradição passou a ser inovado. “Eu bordo e minha fi lha quer bordar porque vê que está dando certo”, conclui.Outra bordadeira que volta e meia viaja para fazer negócio nas feiras é Maria Socorro Alves, que vive em Serra Redonda, uma pequena cidade formada em meio aos morros arredondados. Ela participou há pouco tempo da feira de João Pessoa, com trabalhos feitos para moda praia e moda verão, como saídas de banho,
Moda playa de Paraíba contagia al mundo
Creatividad y compromiso hacen la diferencia en el momento de invertir en cultura local.
Del calor del agreste directamente a las pasarelas.
Ese es el trayecto recorrido por los tradicionales bordados
y laberintos (quizás se refi era a rendas, que sería “encajes”)
del interior de Paraíba. De generación a generación, la
cultura local está ahora fortifi cándose por medio del trabajo
de cerca de 180 artesanas de los municipios de Alagoa
Nova, Ingá, Riachão do Bacamarte, Serra Redonda y Juarez
Távora, participantes del proyecto Talentos do Brasil.
La intención del proyecto, administrado por el Ministerio de
Desarrollo Agrario y por el Sebrae, es incentivar el trabajo
y la renta en las comunidades rurales a partir de la moda
artesanal, con enfoque en la emancipación sostenible.
Para eso, las mujeres bordadoras y que hacen laberintos
cuentan con la participación de estilistas y diseñadores
reconocidos en Brasil y en el exterior, que comparten sus
experiencias y técnicas en los talleres promovidos. Para Ana
Glória dos Santos, 37, bordadora y representante de las
O bordado já ganhou status no mercado da moda. El bordado ya ganó estatus en el mercado de la moda.
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[ Talentos do Brasil > Talentos de Brasil ]
vestidos e blusas. “Somos muitas bordadeiras e enquanto algumas trabalham nas feiras, outras ficam na confecção. Em Campina Grande e João Pessoa é onde mais vendemos”, relata ela.É também de Serra Redonda a artesã de 63 anos que herdou da mãe o talento com trabalho manual, dona Ivanilda Cavalcante. Ela diz que a cidade começou com o bordado e que sua mãe sobreviveu e se aposentou como bordadeira. “Antigamente as mulheres usavam a criatividade para decorar, não tinham dinheiro para comprar pronto. Elas mesmas é que enfeitavam a casa e as roupas. Hoje existe a modernização, mas nossa vontade é que o valor do bordado, que faz parte da nossa história, permaneça”, diz.A artesã vê novas perspectivas para o caminho do bordado e do labirinto paraibano. É que a cooperativa de Juarez Távora, que acaba de ser formada, promete descentralizar as vendas que acontecem quase que exclusivamente nas cidades maiores. Outro fator é a doação de um terreno pela prefeitura para a construção de uma central de produção e ponto de venda das artesãs. “Será muito bom para nossa auto-estima, pois além de produzir, poderemos ali mesmo vender nossas peças. Nosso artesanato não vai mais ficar guardado no fundo da sacola”, comenta a bordadeira.Quanto à parceria com os estilistas, Ivanilda acredita que ela agrega valor às peças. “A gente aprende o que é bom, o conteúdo, a sabedoria. Fica até um valor sentimental. Não temos faculdade, não temos curso de designer, mas recebemos um dom de Deus e, com a venda, ficamos estimuladas, o astral vai lá em cima”, diz ela.
artesanas de Alagoa Nova, esa propuesta acrecentó valor a su
trabajo, que ahora bordan para el mundo de la moda. “Antes
bordábamos para cama y mesa, hoy las artesanas quieren bordar
más para moda, a causa del reconocimiento. El estilista vino a dar
el concepto, una visión que nosotras no teníamos”, explica ella.
El proyecto, que cuenta con la cooperación del Programa Texbrasil,
tiene en las ferias promovidas su mayor fuente de divulgación. En
ellas las artesanas exponen, hacen nuevas alianzas, venden sus
trabajos y hasta participan en desfiles. Incluso, a través de esos
eventos, ellas conocen otros locales, aún hasta fuera del País. Ana
Glória cuenta que en el 2009, algunas representantes fueron a
Nueva York y, sólo para que se tenga una idea, este año ya se
realizaron ferias en Brasilia, Recife, João Pessoa, Campina Grande,
entre otros lugares. La artesana de Alagoa Nova cree que a partir
del Proyecto Talentos do Brasil el bordado de tradición pasó a ser
innovado. “Yo bordo y mi hija quiere bordar porque ve que esto
está dando sus frutos”, concluye.
Otra bordadora que viaja regularmente para realizar negocios en
las ferias es María Socorro Alves, que vive en Serra Redonda, una
pequeña ciudad formada en medio a los cerros redondeados
(¿estará correcto esto?) Ella participó hace poco tiempo en la
feria de João Pessoa, con trabajos hechos para moda playa y
moda verano, como salidas de baño, vestidos y blusas. “Somos
muchas bordadoras y mientras algunas trabajan en las ferias,
otras se quedan en la confección. En Campina Grande y João
Pessoa es donde más vendemos”, relata ella.
Es también de Serra Redonda la artesana de 63 años que
heredó de la madre el talento con trabajo manual, doña Ivanilda
Cavalcante. Ella dice que la ciudad comenzó con el bordado y que
su madre sobrevivió y se jubiló como bordadora. “Antiguamente
las mujeres usaban la creatividad para decorar, no tenían dinero
para comprar ya hecho. Ellas mismas adornaban la casa y las
ropas. Hoy existe la modernización, pero nuestro deseo es
que el valor del bordado, que forma parte de nuestra historia,
permanezca”, dice.
La artesana ve nuevas perspectivas para el camino del bordado
y del laberinto de Paraíba. Es que la recién formada cooperativa
de Juarez Távora promete descentralizar las ventas que suceden
casi exclusivamente en las ciudades mayores. Otro factor es la
donación de un terreno, por parte de la municipalidad, para la
construcción de una central de producción y punto de venta
de las artesanas. “Será muy bueno para nuestra autoestima,
pues además de producir, podremos allí mismo vender nuestros
productos. Nuestra artesanía no va más a quedarse guardada en
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Conhecimento compartilhado - A fórmula de partilhar o conhecimento das grandes metrópoles com as cidades rurais tem tido um ótimo resultado não apenas para as comunidades agrícolas, mas também para os próprios profi ssionais que “acabam buscando inspiração na matéria-prima local para criar novos conceitos”, é o que diz o estilista Iuri Sarmento, que já participou de três edições do projeto Talentos do Brasil, em 2007, 2008 e 2009. Em julho último, Sarmento esteve presente no evento realizado em Campina Grande em homenagem à chita, um tecido que é a cara do Brasil, feito em algodão, com desenhos de pétalas, sempre muito colorido. “Levamos a coleção verão e o labirinto foi aplicado na própria chita”, explica o estilista. “A técnica consiste em desfi ar todo o tecido e bordar com a linha em torno do desenho das pétalas, puxando e amarrando”, explica. Outra criação inspirada na cultura local foi a coleção verão com bordados em vestidos, regatas, bolsas, saídas de praia e colares, que deu origem ao desfi le “Passarada”, na VII Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma
el fondo de la bolsa”, comenta la bordadora.
Respecto a la alianza con los estilistas, Ivanilda cree que le agrega valor a
las piezas. “Aprendemos lo que es bueno, el contenido, la sabiduría. Se
produce incluso un valor sentimental. No tenemos facultad, no tenemos
curso de diseñador, pero recibimos un don de Dios y, con la venta, nos
estimulamos, la satisfacción aumenta mucho”, dice ella.
Conocimiento compartido - La fórmula de compartir el conocimiento
de las grandes metrópolis con las ciudades rurales ha presentado un
excelente resultado, no solo para las comunidades agrícolas, sino también
para los propios profesionales que “terminan buscando inspiración en la
materia prima local para crear nuevos conceptos”, es lo que dice el estilista
Iuri Sarmento, que ya participó en tres ediciones del proyecto Talentos do
Brasil, en 2007, 2008 y 2009.
En el pasado mes de julio, Sarmento estuvo presente en el evento realizado
en Campina Grande en homenaje a la chita, un tejido que representa
totalmente a Brasil, hecho en algodón, con diseños de pétalos, siempre
muy colorido. “Llevamos la colección verano y el laberinto fue aplicado en
la propia chita”, explica el estilista. “La técnica consiste en deshilar todo el
tejido y bordar con el hilo alrededor del diseño de los pétalos, estirando y
amarrando”, explica.
Bordadeiras paraibanas enxergam novas perspectivas para seus trabalhos
Bordadoras de Paraíba ven nuevas perspectivas para su trabajo
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[ Talentos do Brasil > Talentos de Brasil ]
Agrária, que aconteceu em Brasília, em junho deste ano. A diversidade de aves e pássaros brasileiros inspirou estilistas e artesãs e marcou presença nas estampas e bordados das peças. O couro de peixe, a lã de carneiro, a crina de cavalo e a fi bra de buriti se juntaram aos bordados da Paraíba para dar forma e cor aos chapéus, bolsas, roupas e bijuterias na coleção “Passarada”. Terezinha Cristóvam, 59 anos, bordadeira de Serra Rajada, município de Riachão do Bacamarte, não fazia vestuário, mas entrou nessa roda. Ela conta que “não deixa de fazer o tradicional cama e mesa”, mas depois de fazer o labirinto durante a exposição de que participou em Paris e “produzir ali na hora, para os franceses verem”, suas agulhas estarão sempre voltadas para moda. O projeto Talento do Brasil levou, em 2009, bordadeiras e labirinteiras do Grupo Dois Pontos da Paraíba para exibirem seu trabalho com o tema “Flores do Agreste”, em um dos eventos mais cobiçados do
Otra creación inspirada en la cultura local fue la
colección verano con bordados en vestidos, camisetas,
carteras, salidas de playa y collares, que dio origen
al desfi le “Passarada”, en la VII Feria Nacional de
Agricultura Familiar y Reforma Agraria, que se realizó
en Brasilia, en junio de este año.
La diversidad de aves y pájaros brasileños inspiró a
estilistas y artesanas y estuvo presente en las estampas
y bordados de las piezas. El cuero de pescado, la
lana de oveja, el crin de caballo y la fi bra de burití se
juntaron a los bordados de Paraíba para darle forma y
color a los sombreros, carteras, ropas y bisuterías en la
colección “Passarada”.
Terezinha Cristóvam, 59 años, bordadora de Serra
Rajada, municipio de Riachão do Bacamarte, no hacía
vestimenta, pero entró en esa rueda. Ella cuenta que
“no deja de hacer el tradicional cama y mesa”, pero
después de hacer el laberinto durante la exposición en
la que participó en París y “producir allí en el momento,
Para Maria Socorro Alves, artesã de 63 anos, o bordado é um Dom de Deus. | Para Maria Socorro Alves, artesana de 63 años, el bordado es un Don de Dios.
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mundo fashion, no Salão Prêt-à-Porter, no espaço So Ethic, dedicado à moda étnica, em Paris. A paraibana Terezinha é integrante da Associação das artesãs rurais de Serra Rajada e borda desde os 8 anos. Hoje, é aposentada pela agricultura e sua mãe, que está com 92 anos, foi quem a ensinou o ofício quando ainda era menina. “Crianças de 8 e 10 anos já aprendem a bordar vendo a mãe fazer. E isso não as impede de estudar. E, quando estiverem mais velhas, se for da vontade delas, podem se tornar bordadeiras”, explica a artesã.Dona Rita Fernandes da Silva, 79, também faz labirinto desde seus 7 anos de idade. Ela é de Pontina, distrito de Ingá, foi professora do Estado e agora, aposentada há 23 anos, coordena a Associação das labirinteiras de seu município. “Temos 30 mulheres labirinteiras registradas. Fazemos ofi cinas com os estilistas, participamos das feiras em outros estados e já criamos até desenhos para as coleções através da Associação de Pontina”, conta. |
para que vieran los franceses”, sus agujas estarán siempre dirigidas
hacia la moda. El proyecto Talento do Brasil llevó, en 2009, bordadoras
y “laberinteras” del Grupo Dois Pontos da Paraíba para exhibir su trabajo
con el tema “Flores do Agreste”, en uno de los eventos más codiciados del
mundo fashion, en el Salón Prêt-à-Porter, en el espacio So Ethic, dedicado
a la moda étnica, en París. Terezinha, que nació en el estado de Paraíba, es
integrante de la Asociación de las Artesanas Rurales de Serra Rajada y borda
desde los 8 años. Hoy, está jubilada como agricultora y su madre, que está
con 92 años, fue quien le enseñó el ofi cio cuando aún era una niña. “Niños
de 8 y 10 años ya aprenden a bordar viendo lo que hace la madre. Y eso
no les impide estudiar. Y, cuando estén mayores, si fuere el deseo de ellos,
pueden tornarse bordadoras”, explica la artesana.
Doña Rita Fernandes da Silva, 79, también hace laberinto desde sus 7 años
de edad. Ella es de Pontina, distrito de Ingá, fue profesora del Estado y
ahora, jubilada hace 23 años, coordina la Asociación de las “laberinteras”
de su municipio. “Tenemos a 30 mujeres “laberinteras” registradas.
Hacemos talleres con los estilistas, participamos en las ferias en otros
estados y ya creamos hasta diseños para las colecciones a través de la
Asociación de Pontina”, cuenta. |
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[ Especial > Especial ]
Fabricantes nacionais estão cada vez mais presentes nas feiras mundiais da indústria da moda.
As feiras internacionais para a indústria da moda têm se tornado cada vez mais um importante instrumento de divulgação de marcas brasileiras no mercado internacional. Através de exposição, as empresas conseguem consolidar sua marca no mercado externo, mostrar seus produtos, fechar negócios na hora, além de prospectar negócios futuros, e também construir uma linha de relacionamento com vários compradores e fornecedores internacionais.
Através do Programa Texbrasil, as empresas que se interessam em participar das feiras internacionais recebem vantagens antes, durante e depois do evento. As vantagens pré-evento começam quando a empresa decide participar. “A empresa, quando se inscreve, passa por um diagnóstico que irá avaliar sua experiência em exportação, se seu produto está adequado às exigências do mercado internacional e se possui estrutura em comércio exterior”, explica o diretor executivo do Texbrasil, Rafael Cervone.
Brasil no mundo
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Las ferias internacionales para la industria de la
moda se han transformado cada vez más en un
importante instrumento de divulgación de marcas
brasileñas en el mercado internacional. A través de
exposición, las empresas consiguen consolidar su marca
en el mercado externo, mostrar sus productos, cerrar
negocios en el momento, además de prospectar negocios
futuros, y también construir una línea de relación con
varios compradores y proveedores internacionales.
Brasil en el mundoFabricantes nacionales están cada vez más presentes en las ferias
mundiales de la industria de la moda.
A través del Programa Texbrasil, las empresas que se
interesan en participar en las ferias internacionales
reciben ventajas antes, durante y después del evento.
Las ventajas previas al evento comienzan cuando
la empresa decide participar. “La empresa, cuando
se inscribe, pasa por un diagnóstico que evaluará
su experiencia en exportación, si su producto está
adecuado a las exigencias del mercado internacional
y si posee estructura en comercio exterior”, explica el
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
[ Especial > Especial ]
Durante a feira, a empresa terá a vantagem de apresentar seu produto para um público selecionado e que tem interesses em comum no setor. “O Texbrasil promove várias ações de marketing cujo objetivo é incentivar a visita de compradores aos estandes das marcas brasileiras, ampliando a possibilidade de negócios durante o evento”, observa Cervone. As ações de marketing podem variar de evento para evento, mas em geral incluem montagem padronizada e comunicação integrada dos estandes brasileiros; contratação de assessoria de imprensa; desenvolvimento de material promocional diferenciado; anúncio em mídias diversas; organização de desfi les de marcas brasileiras; stand ABIT/Texbrasil de apoio ao expositor, e disponibilização de um profi ssional durante o evento para acompanhar o empresário da montagem dos estandes até a fi nalização do evento.
director ejecutivo de Texbrasil, Rafael Cervone.
Durante la feria, la empresa tendrá la ventaja de presentar su producto a un
público seleccionado y que tiene intereses en común en el sector. “Texbrasil
promueve varias acciones de marketing cuyo objetivo es incentivar la
visita de compradores a los stands de las marcas brasileñas, ampliando la
posibilidad de negocios durante el evento”, observa Cervone.
Las acciones de marketing pueden variar de evento a evento, pero en
general incluyen montaje estandarizado y comunicación integrada de los
stands brasileños; contratación de asesoría de prensa; desarrollo de material
promocional diferenciado; anuncio en medios diversos; organización de
desfi les de marcas brasileñas; stand ABIT/Texbrasil de apoyo al expositor,
y disponibilidad de un profesional durante el evento para acompañar al
empresario desde el montaje de los stands hasta la fi nalización del evento.
Después de los contactos realizados, la empresa comienza a “cosechar
los frutos”, es decir, puede concretizar los negocios. Vale recordar que
muchos negocios se realizan durante la feria. Cervone recuerda que, al
pasar por esas tres etapas (diagnóstico, la feria y el regreso a casa), la
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Depois dos contatos feitos, a empresa começa a “colher os frutos”, ou seja, pode concretizar os negócios. Vale lembrar que muitos negócios são realizados durante a feira. Cervone lembra que, ao passar por essas três etapas (diagnóstico, a feira e a volta para a casa), a empresa adquire uma expertise maior que irá benefi ciar sua atuação também no mercado interno. “Ao cumprir esses critérios a empresa amadurece seu processo de gestão, de exportação e de desenvolvimento de produto, o que traz refl exos positivos também para sua atuação no mercado interno”, explica o executivo. O Programa Texbrasil tem procurado, cada vez mais, trazer benefícios e vantagens para que as empresas brasileiras possam participar de eventos internacionais. Um dos principais benefícios oferecidos pelo Texbrasil é o desconto de até 80% no valor do espaço e da montagem básica do estande, além de todo apoio operacional.
empresa adquiere una experiencia mayor que benefi ciará
su actuación también en el mercado interno. “Al cumplir
esos criterios, la empresa madura su proceso de gestión,
de exportación y de desarrollo de producto, presentando
refl ejos positivos también a su actuación en el mercado
interno”, explica el ejecutivo. El Programa Texbrasil ha
buscado, cada vez más, ofrecer benefi cios y ventajas
para que las empresas brasileñas puedan participar en
eventos internacionales. Uno de los principales benefi cios
ofrecidos por Texbrasil es el descuento de hasta 80%
en el valor del espacio y del montaje básico del stand,
además de todo el apoyo operativo.
Desde el inicio del Programa, Texbrasil ya estuvo
presente en más de 170 eventos de los cuales más de
1.400 empresas participaron. Esas ferias le rindieron
al Programa y a las empresas más de 65 mil nuevos
contactos profesionales y movilizaron cerca de US$
pret-à-porter paris Setembro | FrançaSeptiembre | Francia
Francisca Vieira, Tudo Bom, Brasil Social Chic, Amparo Brasil, Natural Fashion, Raiz da Terra, Avohai, Ursula Felix, Empreendedorismo Social e Talentos do Brasil
Who’s next e première classe paris Setembro | FrançaSeptiembre | Francia
première Vision Setembro | FrançaSeptiembre | Francia
Savyon, Santanense
169 millones, sin contar los pedidos realizados después del evento.
La mayor concentración de marcas brasileñas en Europa tiene lugar en
el segundo semestre, entre agosto y septiembre, cuando decenas de
empresas participan en las diferentes ferias y salones que se realizan en
España, Inglaterra, EE.UU y principalmente en Francia. Vea los últimos
eventos y las marcas participantes. |
Desde o início do Programa, o Texbrasil já esteve presente em mais de 170 eventos, dos quais mais de 1.400 empresas participaram. Essas feiras renderam ao Programa e às empresas mais de 65 mil novos contatos profissionais e movimentaram cerca de US$ 169 milhões, sem contar os pedidos realizados após o evento.|
anuncio revista abitt.pdf 1 25/08/10 15:43
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Africanos, japoneses, latinos, maias. Povos com culturas e tradições diferentes e que acabam se tornando semelhantes no mundo da moda. A razão? Todos eles já serviram de inspiração para estilistas e designers do Brasil e do mundo, que enxergam em cada etnia um mundo de possibilidades, um caminho para colocar em prática muita história e criatividade.No último Fashion Rio, por exemplo, o estilista Walter Rodrigues optou por utilizar 100% de modelos negros na passarela. A escolha foi ao encontro das inspirações africanas e pernambucanas utilizadas na coleção apresentada. “Desejei mostrar a beleza do negro de uma forma diferente de tudo que já foi mostrado anteriormente. Foi um sucesso e o retorno do público foi fantástico”, explica Rodrigues, que utilizou cores neutras nas peças da coleção. “Na África as pessoas não usam somente roupas coloridas como muitos pensam. Os africanos costumam vestir muitas cores secas, principalmente no dia a dia”, afi rma. Na passarela os modelos desfi lavam – ao som de ritmos africanos – looks de tons terrosos e com aplicações fl orais, fazendo menção à natureza. E se desta vez a inspiração de Walter Rodrigues veio da África, o estilista também é bastante conhecido pelos trabalhos baseados na cultura japonesa. Em 2009, por exemplo, ele foi responsável pela concepção do evento Japan Design, que foi coordenado por Angela Hirata, por meio de sua empresa de trading, a Suriana, e que reuniu desde objetos como porcelanas até tecidos, acessórios de juncos e jeans. “Minha vida sempre foi pautada pela antropologia”, comenta Rodrigues.A antropologia, aliás, tem marcado a vida de muitos designers, estilistas e artistas em geral. E não é difícil descobrir a razão.
Africanos, japoneses, latinos, mayas. Pueblos con
culturas y tradiciones diferentes y que terminan siendo
semejantes en el mundo de la moda. ¿La razón? Todos
ellos ya sirvieron de inspiración a estilistas y diseñadores de
Brasil y del mundo, que ven en cada etnia un mundo de
posibilidades, un camino para colocar en práctica mucha
historia y creatividad.
En el último Fashion Rio, por ejemplo, el estilista Walter
Rodrigues optó por utilizar 100% de modelos negros en la
pasarela. La elección fue al encuentro de las inspiraciones
africanas y pernambucanas utilizadas en la colección
presentada. “Tuve el deseo de mostrar la belleza del negro
de una forma diferente a todo lo que ya fue mostrado
anteriormente. Fue un éxito y el retorno del público fue
fantástico”, explica Rodrigues, que utilizó colores neutros
en las piezas de la colección. “En África las personas no
usan solamente ropas de color como muchos piensan. Los
africanos suelen vestir muchos colores secos, principalmente
en el día a día”, afi rma. En la pasarela los modelos desfi laban
[ Cultura de Inspiração > Cultura de Inspiración ]
Etnias que se transforman en moda
Peças inspiradas em povos, culturas e expressões de arte de diferentes partes do mundo encantam as passarelas.
Etnias que viram moda
Piezas inspiradas en pueblos, culturas y expresiones de arte de diferentes partes del mundo encantan en las pasarelas.
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Em 2009, em entrevista à imprensa, o professor Orlando Rubem Ritter, mestre em Educação pela Andrews University dos EUA, defi niu bem a variedade étnica e linguística no mundo: “Enquanto seres humanos foram capazes de pintar a Capela Sistina e compor belíssimas sinfonias, há tribos que ainda não sabem usar o fogo. É um grande contraste. No que diz respeito aos aspectos étnicos ou raciais e linguísticos, também há grande variedade. Só na África são mais de mil etnias. Os ramos linguísticos são cerca de cinco mil”, disse ele.
Particularidades que atraem – Seja nos detalhes, seja no aspecto global, para a estilista Graça Ottoni o tema étnico é ponto de partida de quase todas as criações. Sua coleção Primavera/Verão 2005, por exemplo, uniu particularidades dos povos africanos como o sincretismo religioso e as festas. “Nesta etapa surgiu a necessidade de usar uma cartela de neutros e o tom dourado. A silhueta foi ampla e despojada, indo ao encontro do samba, da leitura da música de salão dos brancos e da evocação do luxo das mulatas na abertura do desfi le”, relembra Graça. Outros exemplos interessantes foram mostrados no São Paulo Fashion Week edição Verão 2009. A Cori, por exemplo, misturou infl uências dos índios Navarros e da cultura mexicana. A inspiração deu origem a franjas, formas gráfi cas e apliques de sinos utilizados pelos Navarros, além do uso do couro navalhado a laser no chemise que faz referência aos chefes das tribos.Já a marca Neon buscou inspiração nas tahitianas, havaianas e índias brasileiras. As peças continham
– al ritmo de sonidos africanos – looks de tonos terrosos y con aplicaciones
fl orales, haciendo mención a la naturaleza.
Y si esta vez la inspiración de Walter Rodrigues vino de África, el estilista
también es bastante conocido por los trabajos basados en la cultura
japonesa. El 2009, por ejemplo, fue responsable por la concepción del
evento Japan Design, coordinado por Angela Hirata, por medio de su
empresa de trading, Suriana, y que reunió desde objetos como porcelanas
hasta tejidos, accesorios de juncos y jeans. “Mi vida siempre fue pautada
por la antropología”, comenta Rodrigues. La antropología, por otro lado,
ha marcado la vida de muchos diseñadores, estilistas y artistas en general. Y
no es difícil descubrir la razón. El 2009, en entrevista a la prensa, el profesor
Orlando Rubem Ritter, máster en Educación por la Andrews University de
EE.UU, defi nió bien la variedad étnica y lingüística en el mundo: “Mientras
seres humanos fueron capaces de pintar la Capilla Sixtina y componer
bellísimas sinfonías, hay tribus que aún no saben usar el fuego. Es un gran
contraste. En lo que se refi ere a los aspectos étnicos o raciales y lingüísticos,
también hay gran variedad. Sólo en África son más de mil etnias. Los ramos
lingüísticos son cerca de cinco mil”, dijo él.
Particularidades que atraen – Ya sea en los detalles, o en el aspecto
global, para la estilista Graça Ottoni el tema étnico es punto de partida de
casi todas las creaciones. Su colección Primavera/Verano 2005, por ejemplo,
unió particularidades de los pueblos africanos como el sincretismo religioso y
las fi estas. “En esta etapa surgió la necesidad de usar una paleta de neutros
y el tono dorado. La silueta fue amplia y sencilla, yendo al encuentro del
samba, de la lectura de la música de salón de los blancos y de la evocación
del lujo de las mulatas en la abertura del desfi le”, recuerda Graça.
Otros ejemplos interesantes fueron mostrados en el São Paulo Fashion
Week edición Verano 2009. Cori, por ejemplo, mezcló infl uencias de los
indios Navajos y de la cultura mexicana. La inspiración dio origen a fl ecos,
formas gráfi cas y apliques de campanas utilizadas por los Navajos, además
Jefferson Kulig utilizou referências africanas
na última coleção.
Jefferson Kulig utilizó referencias africanas en la última colección.
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estampas exclusivas, assinadas por artistas plásticos como Fábio Gurjão, Fernando Vilella e Andres Sandoval. Para o estilista Dudu Bertholini, um dos responsáveis pelas criações em conjunto com Rita Comparato, visitar o lugar que é a fonte da inspiração é uma das melhores alternativas para criar.“Dessa forma você convive com a cultura local e compreende a fundo suas raízes culturais. Claro que nem sempre isso é possível. O mestre Yves Saint Laurent, por exemplo, que tinha uma saúde frágil e não gostava de viajar, desenhou todas as suas coleções étnicas (para nós as mais bonitas da história da moda) sem sair de seu atelier em Paris, usando apenas os livros e trajes originais comprados em pesquisas”, conta Dudu. Para criar as coleções da Neon, ele diz que já foi ao Marrocos e também ao México, entre outros lugares. “Visitamos várias tribos indígenas e vimos de perto as famílias fazendo tapetes, pinturas em madeiras e barro negro. Foi muito especial”, conclui.
Todas as tribos do mundo em uma só tribo – O estilista paranaense Jefferson Kulig resolveu unir elementos diversos e criar uma moda única para as mulheres do mundo em sua coleção inverno 2010 apresentada no São Paulo Fashion Week. Com marca própria há 12 anos, Kulig geralmente cria peças conceituais, com referência à ciência, arte, música e literatura. Desta vez, procurou unir tecidos variados (do emborrachado aos mais leves) e elementos tribais – especialmente africanos – e futuristas. O resultado foi uma mistura equilibrada. À Imprensa, o estilista afi rmou que “não existe mais um só estilo, uma só tribo, uma só mulher”; prova de que a inspiração vem cada vez mais de diversas fontes e de várias partes do mundo. |
del uso del cuero cortado a láser en la chemise que
hace referencia a los jefes de las tribus.
Ya la marca Neon buscó inspiración en las tahitianas,
hawaianas e indias brasileñas. Las piezas presentaban
estampas exclusivas, creación de artistas plásticos como
Fábio Gurjão, Fernando Vilella y Andres Sandoval. Para
el estilista Dudu Bertholini, uno de los responsables por
las creaciones en conjunto con Rita Comparato, visitar
el lugar que es la fuente de inspiración es una de las
mejores alternativas para crear.
“De esa forma uno convive con la cultura local y
comprende de forma profunda sus raíces culturales.
Claro que no siempre eso es posible. El maestro Yves
Saint Laurent, por ejemplo, que tenía una salud frágil
y no le gustaba viajar, diseñó todas sus colecciones
étnicas (para nosotros las más bonitas de la historia
de la moda) sin salir de su atelier en París, usando
solamente los libros y trajes originales comprados
en investigaciones”, cuenta Dudu. Para crear las
colecciones de Neon, él comentó que ya fue a
Marruecos y también a México, entre otros lugares.
“Visitamos varias tribus indígenas y vimos de forma
cercana a las familias haciendo alfombras, pinturas en
maderas y barro negro. Fue muy especial”, concluyó.
Todas las tribus del mundo en una única
tribu – El estilista paranaense Jefferson Kulig resolvió
unir elementos diversos y crear una moda única para
las mujeres del mundo en su colección invierno 2010,
presentada en el São Paulo Fashion Week. Con marca
propia desde hace 12 años, Kulig generalmente crea
piezas conceptuales, con referencia a la ciencia, arte,
música y literatura. En esta oportunidad, buscó unir
tejidos variados (desde el engomado a los más leves)
y elementos tribales – especialmente africanos – y
futuristas. El resultado fue una mezcla equilibrada.
A la Prensa, el estilista afi rmó que “no existe más un
único estilo, una única tribu, una única mujer”; prueba
de que la inspiración viene cada vez más de diversas
fuentes y de varias partes del mundo. |
A estilista Luisa Herculano inovou
com peças inspiradas nos povos
africanos e egípcios.
La estilista Luisa Herculano innovó con piezas inspiradas en los pueblos africanos y egipcios.
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Os Jogos Olímpicos de 2016 devem resultar em mais de R$ 30 bilhões em investimentos na cidade do Rio de Janeiro. O impacto econômico previsto para antes, durante e depois do grande evento esportivo mundial é de R$ 100 bilhões. Não bastasse isso, os Jogos Mundiais Militares em 2011, a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo de 2014 reforçam o Brasil como centro mundial poliesportivo nos próximos anos e abrem inúmeras possibilidades de crescimento para a indústria têxtil, cada vez mais benefi ciada pelo setor esportivo.
Faz algumas décadas que os itens de vestuário tornaram-se a principal vitrine para as marcas do segmento de esportes, superando em muito a ideia de equipamento e atingindo a função de ferramenta de comunicação e marketing. “Hoje o torcedor veste muito mais o clube do que antigamente, seja com a camisa ofi cial seja com a moda casual. E os grandes times estão cada vez mais atentos a essa tendência de mercado”, diz Leila Monteiro, gerente de licenciamento de produtos do Flamengo.
Brasil veste a camisaAo sediar os grandes eventos mundiais, o País confi rma a estreita relação da indústria têxtil com o segmento esportivo.
industria textil, cada vez más benefi ciada por el
sector deportivo.
Desde hace algunas décadas los ítems de ropas
se tornaron la principal vidriera de exposición
para las marcas del segmento de deportes,
superando en mucho la idea de equipo y
alcanzando la función de herramientas de
comunicación y marketing. “Actualmente,
el hincha viste mucho más al club que en el
pasado, sea con la camiseta ofi cial o con
la moda informal. Y los grandes equipos,
cada día más, están atentos a esa tendencia
de mercado�, dice Leila Monteiro, gerente
de licenciamiento de productos del Club
Flamengo.
Teniendo la mayor hinchada del país y siendo
el actual campeón nacional de fútbol, el Club
Flamengo celebró no sólo la venta de más de
1,2 millón de camisetas ofi ciales en 2009, sino
también el hecho de estampar en ellas, este
año, las mayores cuotas de patrocinio de Brasil.
Con un aporte de R$21 millones por año, la
empresa Olympikus viste, además del equipo
profesional rojinegro, a las categorías de base
y también a los equipos de deportes olímpicos.
Una cantidad aproximada de 100.000 prendas
por año.
Privilegiado en el prominente contexto
deportivo brasileño, el Club Flamengo quiere
aprovechar su identidad con la ciudad de Rio
de Janeiro (ciudad olímpica y del juego fi nal de
Al ser sede de los grandes eventos mundiales, el país confi rma su estrecha relación de la industria textil con el segmento deportivo.
Foto
Jeffe
rson
Ber
nard
es/
vipc
omm
Fabi, campeã olímpica. Parceria entra a Olympikus e o vôlei.
Fabi, campeona olímpica. Alianza entre Olympikus y el voley.
Presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, e os atletas olímpicos Adriana Beah, Jaqueline e Murilo, na apresentação dos uniformes para os Jogos Olímpicos da Juventude.
Presidente del COB, Carlos Arthur Nuzman, y los atletas olímpicos Adriana Beah, Jaqueline y Murilo, en la presentación de los uniformes para las Olimpíadas de la Juventud.
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Dono da maior torcida do País e atual campeão nacional de futebol, o Flamengo comemorou não só a venda de mais de 1,2 milhão de camisas ofi ciais em 2009, como o fato de estampar nelas, este ano, as maiores cotas de patrocínio do Brasil. Com um aporte de R$ 21 milhões por ano, a Olympikus veste, além do time profi ssional rubro-negro, as categorias de base e também as equipes de esportes olímpicos. Um montante aproximado de 100 mil peças de roupas por ano.Privilegiado no proeminente contexto esportivo brasileiro, o Flamengo quer aproveitar sua identidade com o Rio de Janeiro — cidade olímpica e da fi nal da Copa — e oferecer seus produtos de uma forma mais atraente, além de expandir suas ações a outras cidades-sedes da Copa do Mundo. Uma loja conceito de 1.200 m² no quartel-general do clube, na Gávea, já está funcionando desde o ano passado. “Estamos revendo todo nosso sistema de franquias para oferecer nossos produtos em locais como Belo Horizonte. A espera pelos grandes eventos deve motivar também a paixão pelos clubes, que já está no dia a dia dos brasileiros”, explica Leila Monteiro.Tanto entusiasmo faz sentido quando se avalia exemplos anteriores. Em 2008, o Comitê Olímpico Brasileiro levou para Pequim um guarda-roupa com 70 mil peças, entre uniformes de vila, pódio, treino e competição, incluindo vestuário,
la Copa del Mundo de Fútbol), y ofrecer sus productos de
una forma más atractiva, además de expandir sus acciones
a otras ciudades-sedes de la Copa del Mundo de Fútbol. Ya
está funcionando, desde el año pasado, un local comercial,
base de esa propuesta, de 1.200 m² en el cuartel general
del Club, en el barrio de Gávea. “Estamos reanalizando
todo nuestro sistema de franquicias para ofrecer nuestros
productos en ciudades como Belo Horizonte. La espera por
los grandes eventos también debe motivar la pasión por los
clubes, la cual ya está en la vida cotidiana de los brasileños”,
explica Leila Monteiro.
Tanto entusiasmo tiene sentido cuando se evalúan ejemplos
anteriores. En 2008, el Comité Olímpico Brasileño llevó a
Pekín un guardarropa con 70.000 prendas, entre uniformes
de villa olímpica, podio, entrenamiento y competición,
incluyendo ropas, accesorios y calzados para todas las
modalidades, excepto la de fútbol, producidos por la
empresa Olympikus, asociada de la entidad desde 1999.
No se tienen dudas de que ese número será mayor en Rio
de Janeiro en 2016 pues, además de los casos de falta
de productos en el último evento, Brasil tiene presencia
garantizada en todas las modalidades que serán disputadas
en Rio de Janeiro. Antes de eso, los Juegos Olímpicos de
Londres, en 2012, deberán ser el pasaje de esa revolución y
el plazo fi nal del actual contrato entre la empresa fabricante
y el Comité Olímpico Brasileño.
Demanda creciente - Sea produciendo ropas de
avanzada tecnología o abasteciendo al público apasionado
por el deporte, la industria textil se debe preparar para un
aumento de la demanda y calidad a fi n de aprovechar las
oportunidades. “Brasil no tiene estadísticas actualizadas
sobre la industria textil y de confección referentes a
deportes. Los datos de años más recientes son de 2006,
pero eventos como la Copa del Mundo de Fútbol y las
Olimpíadas, que se desarrollarán en Brasil, deberán traer
con ellos un aumento sustancial de las ventas de artículos
deportivos como uniformes, prendas en general, banderas,
etc.”, explica Eduardo Sayeg, de la ABRIESP (Asociación
Brasileña de la Industria del Deporte).
Cré
dito
: Már
cia
Feito
sa/
Vipc
omm
Campeão Brasileiro, o Flamengo de Adriano (foto) vendeu mais de 1 milhão de camisas ofi ciais em 2009.Campeón Brasileño, el Flamengo de Adriano (foto) vendió más de 1 millón de camisetas ofi ciales en 2009.
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acessórios e calçados para todas as modalidades - exceto a de futebol - produzidos pela Olympikus, parceira da entidade desde 1999. Não há dúvidas de que esse número será maior no Rio em 2016, pois, além dos casos de falta de produtos no último evento, o Brasil tem presença garantida em todas as modalidades que serão disputadas no Rio. Antes disso, os Jogos de Londres, em 2012, devem ser a passagem dessa revolução e o prazo fi nal do atual contrato entre a fabricante e o COB.
Demanda crescente - Seja produzindo roupas de alta tecnologia ou abastecendo o público apaixonado pelo esporte, a indústria têxtil deve se preparar para um aumento de demanda e de qualidade para aproveitar as oportunidades. “O Brasil não possui números recentes sobre a indústria têxtil e de confecção dentro do esporte. Os dados mais recentes são de 2006, mas eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, que acontecerão no Brasil, devem trazer um aumento substancial nas vendas de artigos esportivos, como uniformes, peças de vestuário em geral, bandeiras, etc.”, explica Eduardo Sayeg, da ABRIESP (Associação Brasileira da Indústria do Esporte).O mercado esportivo é exigente, principalmente, quando o destino são os atletas de alto desempenho. “Existem muitas variáveis que são analisadas na escolha do fornecedor. Desde porte e solidez fi nanceira da empresa até a qualidade dos produtos e a capacidade de produção e distribuição”, diz a diretoria de marketing do Corinthians, através da sua assessoria de imprensa.Os corinthianos não revelam o número de camisas e acessórios vendidos pelo clube, que tem o segundo maior número de torcedores do País, mas afi rmam que a produção — apenas para fornecer à equipe profi ssional
El mercado deportivo es exigente, principalmente cuando el destino son los
atletas de alto rendimiento. “Existen muchas variables que son analizadas
en la selección del proveedor. Desde tamaño y solidez fi nanciera de la
empresa hasta la calidad de los productos y la capacidad de producción y
distribución”, declara el Directorio de Marketing del Club Corinthians, por
medio de su asesoría de prensa.
Los corintianos no revelan la cantidad de camisetas y accesorios vendidos
por el club, que tiene el segundo mayor número de hinchas del país, pero
afi rman que la producción supera el nivel de 20.000 prendas, sólo para
ser suministradas al equipo profesional del Club Corinthians. La asociación
con el fabricante Nike provee productos para todas las categorías del fútbol
y también para los deportes olímpicos. Buena parte de estos productos
Giba é um dos garotos-propaganda do vitorioso vôlei brasileiro
Giba es unos de los chicos propaganda del victorioso vóley brasileño
Foto: Maurício Val/Vipcomm
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está disponible, para los hinchas, en locales comerciales
especializados y en establecimientos administrados por el
mismo Club Corinthians, bajo la marca “Poderoso Timão”.
“Creemos que, para 2011, llegaremos a los 110 locales
comerciales oficiales. Pero es importante recordar que no
existe el milagro. Un producto de calidad, diseño audaz,
precio accesible y una agresiva campaña de marketing son
la fórmula del éxito”, afirma.
Pero no sólo de fútbol vive el mercado deportivo brasileño.
Los deportes olímpicos están ganando cada día más
espacio y cuentan con el incentivo del gobierno, que
espera un desempeño nunca visto antes en los eventos
en suelo nacional. Teniendo el currículo más victorioso del
ciclismo nacional, Hernandes Quadri Júnior es actualmente
dirigente de un equipo de la modalidad, el DataRo, en el
Estado de Paraná. Acostumbrado a que en su época todo
debía ser importado, él ve una importante evolución del
mercado nacional.
“En la actualidad, ya encontramos ropas de gran calidad
confeccionadas aquí. Y la tendencia es que los equipos,
cada vez más, usen lo que se produce en el mercado
interno”, comenta Quadri Júnior, quien compra las ropas
de un fabricante de la ciudad de Juiz de Fora, Estado de
Minas Gerais, empresa que consiguió ser seleccionada
por los clubes de la modalidad. “La ropa de ciclismo tiene
algunos detalles muy específicos. Como ellos entendieron
las exigencias y producen algo con buena calidad, todos los
equipos se interesaron. Actualmente, son más de diez clubes
comprando de ese fabricante”, dice Quadri Jr. sobre una de
las modalidades que ofrece más posibilidades de medallas en
los Juegos y que todavía camina lentamente en el país.
do Corinthians — supera a casa de 20 mil peças. A parceria com a fabricante Nike fornece produtos para todas as categorias do futebol e também para os esportes olímpicos. Boa parte destes produtos está acessível ao torcedor em lojas especializadas e estabelecimentos gerenciados pelo próprio Corinthians, sob o selo Poderoso Timão. “Acreditamos chegar a 110 lojas oficiais até 2011. Mas é importante lembrar que não existe milagre. Um produto de qualidade, designer arrojado, preço acessível e uma campanha de marketing agressiva são a receita do sucesso”, afirma.Mas nem só de futebol vive o mercado esportivo brasileiro. Os esportes olímpicos ganham cada dia mais espaço e contam com o incentivo do governo, que espera um desempenho histórico nos eventos em solo nacional. Dono do currículo mais vitorioso do ciclismo nacional, Hernandes Quadri Júnior atualmente é dirigente de uma equipe paranaense da modalidade, a DataRo. Acostumado com o tempo em que tudo precisava ser importado, ele vê uma sensível evolução do mercado nacional.“Hoje, já encontramos vestuários de grande qualidade por aqui. E a tendência é que as equipes, cada vez mais, façam uso do mercado interno”, cita Quadri Júnior, que compra as roupas de um fabricante de Juiz de Fora, Minas Gerais,
O acordo entre a Nike e o Corinthians prevê o fornecimento de mais de 20 mil peças de vestuário por ano.
El acuerdo entre Nike y Corinthians prevé el suministro de más de 20 mil piezas de vestimenta por año.
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empresa que caiu nas graças dos clubes da modalidade. “A roupa de ciclismo tem alguns detalhes muito específi cos. Como eles pegaram o jeito e fazem algo com boa qualidade, todas as equipes se interessaram. Hoje são mais de dez clubes produzindo com ele”, diz Quadri Jr. sobre uma das modalidades que mais oferece chance de medalha nos Jogos e ainda caminha lentamente no País.
Para todos os gostos - O exemplo do ciclismo aumenta a lista de produtos que entram na lista de fabricações nacionais. Alguns equipamentos, porém, como os quimonos do judô e alguns acessórios do hipismo ainda são em boa parte importados, ainda que já se verifi que uma certa produção nacional que investe em tecnologia destes materiais. Natação, pentatlo moderno (natação), saltos ornamentais, nado sincronizado e vela também usam materiais específi cos para esportes aquáticos fornecidos pela Speedo, mas os maiôs são feitos fora do País. Equipar as quase 40 modalidades olímpicas
Para todos los gustos – El ejemplo del ciclismo
aumenta la lista de productos que entran en el alcance
de fabricaciones nacionales. No obstante, algunos
equipos, como los quimonos de yudo y algunos
accesorios para hipismo, en buena parte, todavía son
importados, aunque ya existe un poco de producción
nacional que está invirtiendo en tecnología de estos
natación), saltos ornamentales, natación sincronizada y
vela también usan materiales específi cos para deportes
acuáticos provistos por Speedo, pero los trajes de
baño son producidos fuera del país. Equipar las casi
40 modalidades olímpicas exige cumplir muchas
especifi caciones en cada una de ellas. Para los Juegos
de Pekín, por ejemplo, se produjeron 130 modelos
diferentes de ropas para atender a los atletas brasileños,
desde las pequeñas atletas de gimnasia olímpica hasta
los gigantes del voleibol.
Foto
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Comitê Olímpico Brasileiro tem contrato com a Olympikus para os Jogos de Londres, em 2012 | Comité Olímpico Brasileño tiene contrato con Olympikus para los Juegos de Londres, en 2012.
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exige muitas especifi cidades de cada um deles. Para os Jogos de Pequim, por exemplo, foram produzidos 130 modelos diferentes de vestimentas para atender os atletas brasileiros, desde as pequeninas atletas da ginástica olímpica aos gigantes do vôlei .“A tecnologia evoluiu muito desde a minha época de atleta. A qualidade do material esportivo que o COB oferece é de última geração. Nossa preocupação sempre foi proporcionar o que há de melhor em tecnologia para os atletas. Tenho certeza de que mais uma vez o Brasil terá os uniformes mais procurados na Vila Olímpica pelos atletas dos outros países. Esta será mais uma razão para os atletas se orgulharem de vestir as cores do Brasil e representar o País da melhor forma possível”, afi rmou Marcus Vinícius, medalhista de prata pela Seleção de Vôlei, em Los Angeles-84 e atual superintendente do Comitê Olímpico Brasileiro. De olho em mais detalhes sobre esse promissor cenário, novos estudos estão sendo programados para preparar as empresas quanto ao volume e investimento que deverá demandar o segmento têxtil e de confecção, que é formado por empresas brasileiras e multinacionais que desenvolvem testes no Brasil. “Como estamos em ano eleitoral, a decisão sobre esse novo estudo da ABRIESP terá que fi car para 2011. Provavelmente, esse estudo será feito em parceria com o SENAC”, diz Eduardo Sayeg, da Associação. |
“La tecnología evolucionó mucho desde mi época de
atleta. La calidad del material deportivo, que ofrece el
Comité Olímpico Brasileño, es de última generación.
Nuestra preocupación siempre fue suministrar lo mejor
que hay en tecnología para los atletas. Tengo certeza
de que, una vez más, Brasil tendrá los uniformes más
buscados, en la Villa Olímpica, por los atletas de los
otros países. Esta será una razón más para que los
atletas se enorgullezcan de vestir los colores de Brasil y
de representar al país de la mejor forma posible”, afi rmó
Marcus Vinícius, medalla de plata por la Selección de
Voleibol, en Los Angeles-84 y actual superintendente
del Comité Olímpico Brasileño.
Dando atención a más detalles sobre ese promisorio
escenario, nuevos estudios están siendo programados a
fi n de preparar a las empresas en cuanto al volumen y a las
inversiones que deberá demandar el segmento textil y de
la confección, el cual se compone de empresas brasileñas
y multinacionales que están haciendo pruebas en Brasil.
“Como estamos en año de elecciones, la decisión sobre
ese nuevo estudio de la ABRIESP tendrá que ser postergada
para 2011. Probablemente, ese estudio se hará en
asociación con el SENAC [Servicio Nacional de Aprendizaje
Comercial]”, dice Eduardo Sayeg, de la Asociación. |
Foto
: Joe
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Olympikus participa de solenidade para o Dia do Esporte Olímpico no Senado e anuncia renovação com o COB | Olympikus participa en solemnidad para el Día del Deporte Olímpico en el Senado y anuncia renovación con el COB
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Tecnologia brasileira nos artigos esportivosA indústria têxtil e de confecção brasileira tem investido muito em tecnologia. Alguns exemplos são bem interessantes, como o da Rhodia, que produz fi os e fi bras “inteligentes” têxteis de poliamidal, que são utilizados na produção de tecidos e malhas empregados na confecção de roupas. É daí que se desenvolve o tecido Thermodry, que combate o suor e é exclusivo da marca Track & Field. A Rhodia também produz o fi o Emana, feito com cristais bioativos que melhoram a circulação sanguínea.Outra marca que investe em tecnologia é a Santaconstancia, que desenvolveu o Compress, um tecido que ajuda a atenuar as dores musculares provenientes dos microtraumas causados no exercício. Sua compressão é preventiva e faz o sangue fl uir mais rapidamente. Desenvolvido para o uso durante ou pós-prática, sua construção permite que a roupa fi nal tenha um grau de elasticidade de 360° para acompanhar as movimentações dos músculos, propiciando uma compressão forte, mas ao mesmo tempo fl exível. Outra novidade é o Sense Duo, que tem proteção solar UVA e UVB 45+, ou seja, protege o corpo 45 vezes mais do que uma camiseta comum.O fi o de microfi bra Supplex é um produto registrado pela fabricante Invista, com atuação em mais de 20 países. O fi o traz benefícios importantes, seja para quem busca melhor desempenho, seja para aqueles que não abrem mão do conforto tecnológico, como leveza, ação bacteriostática, secagem rápida e termoregulação. Até dentro d’água os tecidos merecem atenção. Os maiôs desenvolvidos para a Speedo com o tecido Acquos possuem como principal característica não reagir física e quimicamente com o cloro, bronzeadores, protetores solar e outros produtos químicos, suportando o ritmo contínuo dos treinos e inúmeras lavagens sem que a peça seja danifi cada ou desgastada.
Tecnología brasileña en los artículos deportivosLa industria textil y de la confección brasileña
ha invertido mucho en tecnología. Algunos
ejemplos son muy interesantes, como el
de Rhodia que produce hilos y fi bras textiles
“inteligentes” de poliamida, los cuales son
utilizados en la producción de telas y mallas
usados en la confección de ropas. Con ellos se
fabrica el tejido Thermodry, que combate el
sudor y es exclusivo de la marca Track & Field.
Rhodia también produce el hilo Emana,
hecho de cristales bioactivos que mejoran
la circulación sanguínea.
Otra marca que invierte en tecnología es
Santaconstancia, que desarrolló el Compress, un
tejido que ayuda a atenuar los dolores musculares
provenientes de los microtraumas causados por el
ejercicio. Su compresión es preventiva y hace fl uir más
rápidamente la sangre. Desarrollado para el uso durante
o después de la práctica, su constitución permite que la ropa
fi nal tenga un grado de elasticidad de 360° para acompañar a
los movimientos de los músculos, propiciando una compresión
fuerte pero, al mismo tiempo, fl exible. Otra novedad es el Sense
Duo, que tiene protección solar UVA y UVB 45+, o sea, protege
al cuerpo 45 veces más que una camiseta común.
El hilo de microfi bra Supplex es un producto registrado por el
fabricante Invista, el cual tiene operaciones en más de 20 países.
El hilo trae benefi cios importantes, sea para quien busca mejor
desempeño, sea para aquellos que no quieren perder el confort
tecnológico, tal como levedad, acción bacteriostática, secado
rápido y termorregulación.
Rosset Têxtil es otra empresa que presta especial atención al
desarrollo de nuevas tecnologías. Una de sus invenciones, por
ejemplo, tiene el nombre de “Hidrata-tejido” y una función
interesante: liberar microcápsulas que hidratan la piel y
proporcionan una sensación de frescura a quien está vistiendo
esa prenda. Asta dentro del agua, los tejidos merecen atención.
Los trajes de baño, desarrollados para Speedo con el tejido
Acquos, tienen como principal característica no reaccionar ni
física ni químicamente con el cloro, bronceadores, protectores
solares y otros productos químicos, resistiendo el ritmo continuo
de los entrenamientos y numerosos lavados sin que la pieza se
dañe ni se desgaste.
Tecnologia brasileira nos artigos
A indústria têxtil e de confecção brasileira tem investido muito em tecnologia. Alguns
são utilizados na produção de tecidos e malhas empregados na confecção de roupas. É daí que se desenvolve o tecido Thermodry, que combate o suor e é exclusivo da marca Track & Field. A Rhodia também produz o fi o Emana, feito com cristais bioativos que melhoram
Tecnología brasileña en los artículos deportivosLa industria textil y de la confección brasileña
ha invertido mucho en tecnología. Algunos ha invertido mucho en tecnología. Algunos
de Rhodia que produce hilos y fi bras textiles de Rhodia que produce hilos y fi bras textiles
“inteligentes” de poliamida, los cuales son
utilizados en la producción de telas y mallas
usados en la confección de ropas. Con ellos se
fabrica el tejido Thermodry, que combate el fabrica el tejido Thermodry, que combate el
sudor y es exclusivo de la marca Track & Field.
Rhodia también produce el hilo Emana,
hecho de cristales bioactivos que mejoran
Otra marca que invierte en tecnología es
Santaconstancia, que desarrolló el Compress, un
tejido que ayuda a atenuar los dolores musculares
provenientes de los microtraumas causados por el
ejercicio. Su compresión es preventiva y hace fl uir más ejercicio. Su compresión es preventiva y hace fl uir más
rápidamente la sangre. Desarrollado para el uso durante
Maiô Speedo produzido com o tecido Acquos, desenvolvido pela Santaconstancia.
Maillot Speedo producido con el tejido Acquos, desarrollado por Santaconstancia.
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
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Grandes desafi os, muitos combates e algumas vitórias. Desde o período da colonização, a produção e a comercialização de algodão sempre tiveram grande importância para a economia do Brasil. “Para vestir, há muito pano”, escreveu o padre Manoel da Nóbrega, em carta enviada para Lisboa, em que solicitava o envio de tecelões para o País.Ao longo da história, porém, dar ao algodão a forma de tecido não foi tarefa fácil. Um dos grandes desafi os era enfrentar a concorrência dos panos de lã e linho, utilizados em quase tudo que era produzido pela indústria do vestuário no mundo. Mas isso fi cou para os arquivos – virou passado. Hoje, o algodão responde por quase 60% da produção de tecidos, o que exigiu dos produtores brasileiros muita fi bra. Não apenas aquela produzida no campo, mas fora dele também.Um dos embates foi no século XVIII, durante o Brasil Colônia, quando a rainha de Portugal, Dona Maria I, conhecida como a Rainha Louca, mandou destruir todos os teares brasileiros. Para reduzir a dependência dos tecidos ingleses, Marquês de Pombal, em 1750, decidiu estimular a produção de algodão no Brasil. Era uma época de grandes avanços tecnológicos na Inglaterra. Aqui, descobria-se o ouro das Minas Gerais. Uma população cada vez maior precisava se vestir e a manufatura de tecidos de algodão se tornou lucrativa.Com o investimento, o Brasil aumentava a exportação do algodão. Porém, Dona Maria I, atendendo às reivindicações das autoridades portuguesas, assinou em 1785 um alvará através do qual proibia a fabricação de tecidos no Brasil. O medo era que o trabalho de extração de ouro fosse prejudicado com o crescimento da indústria do algodão e, claro, a concorrência.
Combates recentes – Mais recentemente, o último grande combate relacionado ao agronegócio brasileiro colocou o algodão na história da Organização Mundial do Comércio
Grandes desafíos, muchos combates y algunas
victorias. Desde el período de la colonización, la producción
y la comercialización de algodón siempre tuvieron gran
importancia para la economía de Brasil. “Para vestir, hay
mucho paño”, escribió el padre Manoel da Nóbrega, en
carta enviada a Lisboa, en la que solicitaba el envío de
hilanderos para el País.
A lo largo de la historia, no obstante, darle al algodón
la forma de tejido no fue tarea fácil. Uno de los grandes
desafíos era enfrentar la competencia de los paños de lana
y lino, utilizados en casi todo lo que era producido por la
industria de vestimenta en el mundo. Pero eso quedó en
los archivos – se transformó en pasado. Hoy, el algodón
responde por casi el 60% de la producción de tejidos, lo
que exigió de los productores brasileños mucha fi bra. No
solamente aquella producida en el campo, sino también
fuera de él.
Uno de los embates fue en el siglo XVIII, durante el Brasil
Colonial, cuando la reina de Portugal, Doña María I,
conocida como la Reina Loca, mandó a destruir todos los
telares brasileños. Para reducir la dependencia de los tejidos
O reconhecimento do algodão brasileiro
El reconocimiento del algodón brasileño
De las versiones coloridas a las investigaciones para el combate a las plagas, el algodón posee
papel relevante en la economía brasileña.
Das versões coloridas às pesquisas para o combate às pragas, o algodão tem papel relevante na economia brasileira.
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(OMC). Após oito anos, o Brasil venceu o conflito com os Estados Unidos, que tiveram questionados os altos subsídios concedidos a seus produtores. A medida causava uma distorção no comércio internacional, prejudicando os cotonicultores brasileiros. Para evitar retaliações, o governo norte-americano se comprometeu a depositar US$ 147,3 milhões por ano em uma conta do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) de 2010 até 2012, quando os Estados Unidos deverão reformular sua lei agrícola. A primeira parcela, no valor de US$ 30 milhões, já foi depositada no começo de julho.“É uma vitória. Com esse dinheiro conseguiremos, por exemplo, avançar nas pesquisas para erradicação das pragas do algodão, especialmente o bicudo”, afirma o presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), Haroldo Cunha.
Pragas e pesquisas - Na agricultura, o algodão é o que mais sofre com as pragas. Cerca de 25% dos inseticidas usados no mundo são destinados ao combate delas, que atingem as plantações do chamado “ouro branco”. Na safra 2009/10, no Mato Grosso, por exemplo, o ataque do bicudo foi 5% maior do que o registrado no período
ingleses, el Marqués de Pombal, en 1750, decidió estimular la producción
de algodón en Brasil. Era una época de grandes avances tecnológicos en
Inglaterra. Aquí, se descubría el oro de las Minas Gerais. Una población
cada vez mayor necesitaba vestirse y la manufactura de tejidos de algodón
se tornó lucrativa.
Con la inversión, Brasil aumentaba la exportación del algodón. No
obstante, Doña María I, atendiendo a las reivindicaciones de las autoridades
portuguesas, firmó en 1785 un decreto a través de la cual prohibía la
fabricación de tejidos en Brasil. El miedo era que el trabajo de extracción
de oro fuese perjudicado con el crecimiento de la industria del algodón y,
claro, la competencia.
Combates recientes – Más recientemente, el último gran combate
relacionado al agronegocio brasileño colocó al algodón en la historia de la
Organización Mundial de Comercio (OMC). Después de ocho años, Brasil
venció el conflicto con los Estados Unidos, que tuvieron cuestionados
los altos subsidios concedidos a sus productores. La medida causaba
una distorsión en el comercio internacional, perjudicando a la industria
algodonera brasileña.
Para evitar represalias, el gobierno norteamericano se comprometió a
depositar US$ 147,3 millones por año en una cuenta del Instituto Brasileño
del Algodón (IBA) del 2010 hasta el 2012, cuando los Estados Unidos
deberán reformular su ley agrícola. La primera cuota, por el valor de US$
30 millones, ya fue depositada a inicios de julio.
“Es una victoria. Con ese dinero conseguiremos, por ejemplo, avanzar en las
investigaciones para erradicación de las plagas del algodón, especialmente
los pulgones”, afirma el presidente de Abrapa (Asociación Brasileña de los
Productores de Algodón), Haroldo Cunha.
Plagas e investigaciones - En la agricultura, el algodón es
el que más sufre con las plagas. Aproximadamente el 25% de los
insecticidas usados en el mundo se destinan a su combate, que
alcanzan las plantaciones del llamado “oro blanco”. En la cosecha
del 2009/10, en Mato Grosso, por ejemplo, el ataque del pulgón fue
el 5% superior al registrado en el período anterior. Se cree que la
mayor ocurrencia se deba al plantío adensado – una forma que puede
reducir los costos, ya que el ciclo es más rápido, pero que favorece
la incidencia de algunas plagas. Es importante destacar que Mato
Grosso representa el 51% del algodón producido en Brasil.
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
[ Cadeia Industrial > Cadena Industrial ]
anterior. Acredita-se que a maior ocorrência se deva ao plantio adensado – uma forma que pode reduzir os custos, já que o ciclo é mais rápido, mas que favorece a incidência de algumas pragas. Vale destacar que o Mato Grosso representa 51% do algodão que é produzido no País.Muitos estudos são dedicados à erradicação das pragas, mas outros têm foco diferente. Hoje, são mais de 20 entidades trabalhando em pesquisas no Brasil. Entre elas, algumas multinacionais como a Bayer e instituições do governo como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “O nosso trabalho é realizado com o objetivo de obter o melhoramento genético. Assim, podemos aumentar a produtividade, reduzir custos e melhorar a qualidade do algodão”, explica o chefe geral da Embrapa Algodão, Napoleão Beltrão. Napoleão sabe o que diz. Há 38 anos trabalha no setor. Na década de 90, conta ele, o algodão tinha de 22% a 32% de fibra. Hoje, tem 45%. “Ou seja, a cada 100 quilos de algodão in natura, 45 quilos são fibras obtidas graças às pesquisas realizadas”, afirma.Atualmente, um dos trabalhos desenvolvidos pela Embrapa visa a melhoria do algodão colorido e sua diversificação. A instituição lançou o primeiro cultivo, o BRS 200 Marrom, no ano de 2000. Depois chegaram ao mercado a BRS Verde, em 2003, e a BRS Safira e
Muchos estudios son dedicados a la erradicación de las plagas, pero otros
tienen enfoque diferente. Hoy, son más de 20 entidades trabajando
en investigaciones en Brasil. Entre ellas, algunas multinacionales
como Bayer e instituciones del gobierno como la Empresa Brasileña
de Investigación Agropecuaria (Embrapa).
“Realizamos nuestro trabajo con el objetivo de obtener la mejora
genética. Así, podemos aumentar la productividad, reducir costos y
mejorar la calidad del algodón”, explica el jefe general de Embrapa
Algodón, Napoleão Beltrão. Napoleão sabe lo que dice. Trabaja
hace 38 años en el sector. En la década del 90, cuenta él, el algodón
tenía del 22% al 32% de fibra. Hoy, tiene 45%. “Esto quiere decir
que a cada 100 quilos de algodón in natura, 45 quilos son fibras
obtenidas gracias a las investigaciones realizadas”, afirma.
Actualmente, uno de los trabajos desarrollados por Embrapa busca
la mejora del algodón de colores y su diversificación. La institución
lanzó el primer cultivo, el BRS 200 Marrón, en el 2000. Después
llegaron al mercado el BRS Verde, el 2003, y el BRS Zafiro y BRS
Rubí, el 2005. El último color fue lanzado en julio, el BRS Topacio.
“Es el de mayor resistencia que existe en el mundo”, dice Napoleão,
acrecentando que luego Brasil tendrá el color azul.
33
BRS Rubi, em 2005. A última cor foi lançada em julho, a BRS Topázio. “É a de maior resistência que existe no mundo”, diz Napoleão, acrescentando que logo o Brasil terá a cor azul.
Cores e Modificações genéticas - Ainda são poucos os produtores de algodão colorido. No mundo, a maioria está na China, Estados Unidos e Israel. No Brasil, a produção é praticamente concentrada no estado da Paraíba. Apesar de a área cultivada ainda ser pouco extensa, equivalendo a cerca de 0,1% da produção total da cotonicultura brasileira, a remuneração é muito superior à da pluma branca.Uma rede, por exemplo, que é vendida normalmente por R$ 20,00 na Paraíba, chega a custar até R$ 600,00 quando é feita com o algodão colorido. “É um algodão que é mais valorizado. Você não precisa usar tinta, ele é ecologicamente correto. Além disso, pode lavar 50 vezes que não perde a cor”, afirma Napoleão. Alguns estilistas importantes no cenário da moda nacional já usaram peças produzidas com algodão colorido em suas coleções. Um dos primeiros a apostar foi o mineiro Ronaldo Fraga, que o utilizou em sua coleção de inverno apresentada no São Paulo Fashion Week em 2004. “É um algodão que não tem processo químico, dispensa o uso de corantes e mantém a cor viva. Usamos em algumas coleções”, explicou Paolo Mandatti, designer que faz parte da equipe de Ronaldo Fraga. Mandatti acrescentou ainda que o estilista preza o uso do algodão brasileiro em suas coleções. “A fibra tem boa resistência, boa qualidade”, explicou.O algodão transgênico também é outra aposta do Brasil. O presidente da Abrapa classifica as sementes modificadas como “excelentes ferramentas”. “O algodão transgênico significa redução de custos, aumento da produtividade e menor impacto ambiental, pela redução do uso de defensivos”. Ele destaca, porém, que o Brasil precisa avançar em novas variedades – hoje apenas seis cultivares são aprovados pela Comissão Técnica
Colores y Modificaciones genéticas - Aún son pocos los
productores de algodón de color. En el mundo, la mayoría está en China,
Estados Unidos e Israel. En Brasil, la producción está prácticamente
concentrada en el estado de Paraíba. A pesar de que el área cultivada
aún es poco extensa, equivaliendo a cerca del 0,1% de la producción
total de la industria algodonera brasileña, la remuneración es muy
superior a la de la pluma blanca.
Una red, por ejemplo, que se vende normalmente por R$ 20,00 en
Paraíba, llega a costar hasta R$ 600,00 cuando hecha con el algodón
de color. “Es un algodón que es más valorizado. No es necesario usar
tinta, es ecológicamente correcto. Además, puede lavarse 50 veces que
no pierde el color”, afirma Napoleão.
Algunos estilistas importantes en el escenario de la moda nacional ya
usaron piezas producidas con algodón de color en sus colecciones. Uno
de los primeros a apostar fue Ronaldo Fraga, de Minas Gerais, que lo
utilizó en su colección de invierno presentada en el São Paulo Fashion
Week, el 2004. “Es un algodón que no tiene proceso químico, dispensa
el uso de colorantes y mantiene el color vivo. Lo usamos en algunas
colecciones”, explicó Paolo Mandatti, diseñador que forma parte del
equipo de Ronaldo Fraga. Mandatti agregó además que el estilista
estima el uso del algodón brasileño en sus colecciones. “La fibra tiene
buena resistencia, buena calidad”, explicó.
El algodón transgénico también es otra apuesta de Brasil. El presidente de
Abrapa clasifica las semillas modificadas como “excelentes herramientas”.
“El algodón transgénico significa reducción de costos, aumento de la
productividad y menor impacto ambiental, por la reducción del uso de
defensivos”. Él destaca, aún, que Brasil necesita avanzar en nuevas
variedades – hoy solamente seis cultivos están aprobados por la Comisión
Técnica Nacional de Bioseguridad (CTNBio) y la comercialización representa
menos del 20% del total producido.
Bayer es una de las empresas que han actuado en Brasil para mejorar la
calidad del algodón. “Uno de los frentes de trabajo de Bayer CropScience
es la biotecnología, que proporciona el desarrollo de plantas más
eficientes, facilitando el control de malas hierbas y de plagas. Un ejemplo
es el lanzamiento para el cultivo algodonero en la cosecha 09/10 de la
tecnología LibertyLink, que le permite al productor controlar con más
eficiencia las malas hierbas que compiten por agua y luz, comprometiendo
la productividad y perjudicando la calidad de la fibra. De esta forma, la
tecnología LibertyLink pasa a ser una importante herramienta para los
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
[ Cadeia Industrial > Cadena Industrial ]
Nacional de Biossegurança (CTNBio) e a comercialização representa menos de 20% do total produzido.A Bayer é uma das empresas que tem atuado no Brasil para melhorar a qualidade do algodão. “Uma das frentes de trabalho da Bayer CropScience é a biotecnologia, que proporciona o desenvolvimento de plantas mais eficientes, facilitando o controle de ervas daninhas e de pragas. Um exemplo é o lançamento para a cultura algodoeira na safra 09/10 da tecnologia LibertyLink, que permite ao produtor controlar com mais eficiência as ervas daninhas que competem por água e luz, comprometendo a produtividade e prejudicando a qualidade da fibra. Desta forma, a tecnologia LibertyLink passa a ser uma importante ferramenta para os cotonicultores brasileiros, que podem produzir uma fibra de melhor qualidade com manejo mais eficaz”, explicou Warley Palota, gerente de negócios sementes de algodão da Bayer CropScience.
Produtor e exportador - Investir em novas técnicas é importante para que o Brasil – hoje o quinto maior produtor mundial de algodão e o quarto exportador – possa não apenas melhorar sua posição no ranking, como deixar de uma vez as agonias vividas há alguns anos, como o drama na década de 80, quando as lavouras foram destruídas após ataques de bicudos.Nos anos 90, o Brasil passou a ser um dos maiores importadores de algodão do mundo. Em 1993, o País importava 60% do que consumia. O País voltou à sua origem apenas no começo dos anos 2000, e hoje a cadeia têxtil brasileira é autossuficiente nessa matéria-prima, importando muito pouco algumas fibras longas que ainda são pouco produzidas aqui.“Nos últimos cinco anos tivemos mecanismos de apoio por parte do governo”, explica Haroldo. Entre eles, os programas PEP, PROP e PEPRO que fazem parte das Políticas Gerais de Preço Mínimo do Governo Federal para produtos agrícolas. “O governo garante o preço mínimo e isso é bom, mas no mercado a arroba está mais cara do que o mínimo. Um dos principais problemas é a questão cambial, o Real valorizado”, destaca o presidente da Abrapa. “O setor trabalha com contratos antecipados. Antes mesmo da colheita, mais de 50% do algodão já está comercializado”, completa. Haroldo lembra que o setor ainda vive, de alguma
productores de algodón brasileños, que pueden producir una fibra de
mejor calidad con manejo más eficaz”, explicó Warley Palota, gerente de
negocios de semillas de algodón de Bayer CropScience.
Productor y exportador - Invertir en nuevas técnicas es importante
para que Brasil – hoy el quinto mayor productor mundial de algodón y el
cuarto exportador – pueda no solamente mejorar su posición en el ranking,
sino dejar de una vez las agonías vividas hace algunos años, como el drama
en la década del 80, cuando los labrados fueron destruidos después de
ataques de pulgones.
En los años 90, Brasil pasó a ser uno de los mayores importadores de algodón
del mundo. En 1993, el País importaba el 60% de lo que consumía. Brasil
volvió a sus orígenes solo a inicios de los años 2000, y hoy la cadena textil
brasileña es autosuficiente en esa materia prima, importando muy poco
algunas fibras largas que aún son poco producidas aquí.
“En los últimos cinco años tuvimos mecanismos de apoyo por parte
del gobierno”, explica Haroldo. Entre ellos, los programas PEP, PROP
y PEPRO que forman parte de las Políticas Generales de Precio Mínimo
del Gobierno Federal para productos agrícolas. “El gobierno garantiza el
precio mínimo y eso es bueno, pero en el mercado la arroba está más cara
que el mínimo. Uno de los principales problemas es la cuestión cambiaria,
el Real valorizado”, destaca el presidente de Abrapa. “El sector trabaja con
contratos anticipados. Aún antes de la cosecha, más del 50% del algodón
ya está comercializado”, completa.
Haroldo recuerda que el sector aún vive, de alguna forma, las consecuencias
de la crisis internacional registrada entre 2008 y 2009. “Con esa crisis, del
25% al 30% del área de plantación se perdión. Para la cosecha 2009/10,
se mantuvo la misma área”. La conclusión es que Brasil no consiguió
repetir la cosecha récord de 1,6 millones de toneladas registradas en la
cosecha del 2007/08. En la temporada 2008/09 fueron 1.213 millones
de toneladas y, para 2009/10, la previsión es de 1.260,7 millones, según
Da produção do algodão colorido às pesquisas para combate às pragas, o algodão tem grande importância na economia do País.
De la producción del algodón de colores a las investigaciones para combate a las plagas, el algodón tiene gran importancia en la economía del País.
35
la 10º Encuesta de Cosecha de la Compañía Nacional
de Abastecimiento (Conab), divulgada en julio de este
año. Pero los agricultores, al contrario, esperan una
caída del 15% en relación al volumen producido el año
pasado, con la cosecha de 1,1 millón de toneladas.
Perspectivas - “Tanto la quiebra de cosecha como
el clima deben influenciar en la falta de algodón.
Además, la demanda en el mercado interno e
internacional comenzó a crecer desde marzo. El stock
se fue reduciendo. Solamente la industria brasileña
debe consumir 1 millón de toneladas de pluma para
la fabricación de sus productos. Las exportaciones,
que son contratos cerrados con mucha antecedencia,
deben consumir de 300 mil a 490 mil toneladas. Es
decir, Brasil tendrá que importar”, afirma Haroldo.
El coordinador del Comité del Algodón de ABIT, Ivan
Bezerra Filho, explica que en el panorama actual sería
necesario eliminar el impuesto de importación. “Hoy
la tasa está en 10%. Es importante que haya por lo
menos una reducción”, cree él, acrecentando que “si
el algodón tiene que ser caro, tiene que ser caro para
todo el mundo”.
Para la cosecha 2010/11, la expectativa es de
recuperación, con Brasil cosechando 1,5 millones de
toneladas de pluma, dice el presidente de Abrapa. |
forma, as consequências da crise internacional registrada entre 2008 e 2009. “Com essa crise, de 25% a 30% da área de plantação foi perdida. Para a safra 2009/10, foi mantida a mesma área”. A conclusão é que o Brasil não conseguiu repetir a safra recorde de 1.6 milhão de toneladas registradas na safra de 2007/08. Na temporada 2008/09 foram 1.213 milhão de toneladas e para 2009/10 a previsão é de 1.260,7 milhão, segundo o 10º Levantamento de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em julho deste ano. Mas os agricultores, ao contrário, esperam uma queda de 15% em relação ao volume produzido no ano passado, com a colheita de 1.1 milhão de toneladas.
Perspectivas - “Tanto a quebra de safra quanto o clima devem influenciar na falta de algodão. Além disso, a demanda no mercado doméstico e internacional começou a crescer desde março. Os estoques foram se reduzindo. Apenas a indústria brasileira deve consumir 1 milhão de toneladas de pluma para a fabricação de seus produtos. As exportações, que são contratos fechados com muita antecedência, devem consumir de 300 mil até 490 mil toneladas. Ou seja, o Brasil terá de importar”, afirma Haroldo.O coordenador do Comitê do Algodão da ABIT, Ivan Bezerra Filho, explica que no panorama atual seria preciso eliminar o imposto de importação. “Hoje a taxa está em 10%. É importante que tenha ao menos uma redução”, acredita ele, acrescentando que “se o algodão tiver de ser caro, ele tem de ser caro para todo mundo”.Para a safra 2010/11, a expectativa é de recuperação, com o Brasil colhendo 1.5 milhão de toneladas de pluma, diz o presidente da Abrapa. |
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[ Comércio Exterior > Comercio Exterior ]
O Brasil ostenta, atualmente, o título de sexto maior exportador de produtos de Cama, Mesa e Banho para os Estados Unidos, sendo este país o principal destino das exportações brasileiras neste setor. Para se ter uma ideia da importância desse montante, só em 2009 os americanos importaram US$ 5,9 bilhões em produtos do seguimento de todo o mundo, e apenas as empresas brasileiras foram responsáveis por US$ 111 milhões desse valor. Esse panorama motivou a ABIT, a Apex-Brasil e as empresas participantes do TEXBRASIL a visarem os Estados Unidos como um dos alvos do programa para ações de promoção comercial até 2011, com o objetivo de fomentar as exportações para a região.No primeiro semestre de 2010, estas vendas superaram em 6% o total registrado no mesmo período do ano anterior, de acordo com o diretor do Programa Texbrasil, Rafael Cervone, atingindo US$ 56,6 milhões, um número considerável se levado em conta que a economia americana passou por uma forte crise recentemente.De 2008 para 2009, por exemplo, as exportações brasileiras
do setor caíram US$ 88 milhões, motivadas pela taxa cambial desfavorável, pela crise financeira dos EUA e pelo peso do chamado custo Brasil. Mas a recuperação vista no primeiro semestre já aponta perspectivas mais otimistas, guiadas pela melhoria dos índices macroeconômicos dos EUA e pela retomada do consumo norte-americano no momento pós-crise. “Estamos dentro de um cenário um pouco mais positivo para os exportadores nacionais”, prestigia Rafael Cervone.
O que é que o Brasil tem? – O Brasil exporta produtos de Cama, Mesa e Banho para os EUA há mais de 40 anos e lá fora os produtos “Made in Brazil” são reconhecidos pela alta qualidade, criatividade e utilização de matérias-primas diversificadas. “Entre nossos diferenciais se destacam o design, a pontualidade de entrega e o tempo de trânsito que em relação aos produtos asiáticos é muito melhor”, aponta o diretor de comércio exterior da Tecelagem São Carlos, Eduardo
Cama, Mesa e Banho do Brasil na terra do Tio SamTradição, qualidade, sustentabilidade e criatividade. Entenda por que os produtos brasileiros conquistaram intimamente os americanos.
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Productos de Cama, Mesa y Baño de Brasil en la tierra del Tío Sam
Tradición, calidad, sustentabilidad y creatividad. Entienda por qué los productos brasileños conquistaron profundamente a los norteamericanos.
Brasil ostenta, actualmente, el título de sexto mayor
exportador de productos de Cama, Mesa y Baño a los
Estados Unidos, siendo este país el principal destino de las
exportaciones brasileñas en este sector. Para tenerse una
idea de la importancia de ese monto, solamente el 2009,
los norteamericanos importaron US$ 5.900 millones,
de todo el mundo, en productos del segmento, y las
empresas brasileñas fueron responsables sólo por
US$ 111 millones de ese total. Ese panorama motivó
a ABIT, a Apex-Brasil y a las empresas participantes en
el TEXBRASIL a ver a los Estados Unidos como una de
las metas del programa para acciones de promoción
comercial hasta el 2011, con el objetivo de fomentar
las exportaciones para aquella región.
En el primer semestre del 2010, estas ventas
superaron en 6% al total registrado en el mismo
período del año anterior, de acuerdo con el Director
del Programa Texbrasil, Rafael Cervone, alcanzando
US$ 56,6 millones, una cifra importante si se tiene
en cuenta que la economía norteamericana pasó,
recientemente, por una fuerte crisis.
Del 2008 al 2009, por ejemplo, las exportaciones
brasileñas del sector cayeron US$ 88 millones, a
causa de la tasa desfavorable de cambio, por la
crisis financiera de los EE.UU. y por el peso del
llamado costo Brasil. Pero la recuperación vista
en el primer semestre ya indica perspectivas más
optimistas, guiadas por la mejora de los índices
macroeconómicos de EE.UU. y por el aumento del
consumo norteamericano en la época de poscrisis.
“Estamos dentro de un escenario un poco más
positivo para los exportadores nacionales”,
enfatiza Rafael Cervone.Foto
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
[ Comércio Exterior > Comercio Exterior ]
Abdelnour. “Essas características são muito importantes para os empresários americanos”, completa o vice-presidente da Teka, Marcello Stewers.A produção brasileira também tem outro grande trunfo em suas mãos: é apoiada em práticas sustentáveis, o que é muito bem visto aos olhos dos estrangeiros. “O principal diferencial hoje do Brasil em relação aos nossos competidores é que somos um país muito sustentável. Temos uma matriz energética limpa, práticas ambientais e trabalhistas de primeiro mundo”, diz o presidente da Coteminas, Josué Gomes da Silva.Esses diferenciais agregam valor aos produtos brasileiros, o que é fundamental em um mercado que enfrenta concorrência acirrada. “Se o empresário não agrega valor acaba ficando na commodity. Temos que nos concentrar na ponta da pirâmide, em que os produtos têm maior valor agregado e nos permitem repassar os custos”, avalia Eduardo Abdelnour.
¿Qué tiene Brasil? – Brasil exporta productos de Cama,
Mesa y Baño a EE.UU. desde hace más de 40 años y en el
extranjero los productos “Made in Brazil” son reconocidos
por la alta calidad, creatividad y utilización de materias
primas diversificadas. “Entre nuestros diferenciales se
destacan el diseño, la puntualidad de entrega y el tiempo
de transporte que es mucho menor en comparación con
los productos asiáticos”, aclara el Director de Comercio
Exterior de Tecelagem São Carlos, Eduardo Abdelnour.
“Esas características son muy importantes para los
empresarios norteamericanos”, completa el Vicepresidente
de Teka, Marcello Stewers.
La producción brasileña también tiene otro naipe triunfador
en sus manos: se apoya en prácticas sustentables, lo que
es muy bien visto según la opinión de los extranjeros. “El
principal diferencial actual de Brasil, en relación a nuestros
competidores, es que somos un país muy sustentable.
Tenemos una matriz energética limpia y prácticas
39
ambientales y laborales del primer mundo”, comentó el
Presidente de Coteminas, Josué Gomes da Silva.
Esos diferenciales agregan valor a los productos brasileños,
que es fundamental en un mercado donde se enfrenta
competición muy fuerte. “Si el empresario no agrega
valor, termina quedándose en la commodity. Tenemos que
concentrarnos en la punta de la pirámide, en la cual los
productos tienen mayor valor agregado y nos permiten
transferir los costos”, evalúa Eduardo Abdelnour.
Trayectoria y perspectivas – Mantener fiel al
mercado norteamericano es un desafío importante para
los empresarias brasileños porque presenta una trayectoria
comercial tan positiva. “Hasta mediados del 2001, EE.UU.
representaban el 70% de nuestras exportaciones” dijo
Marcello Stewers. El Director de Comercio Exterior de
Tecelagem São Carlos también reconoce la fuerza del Tío
Sam. “El país ya representó un objetivo muy fuerte para
nuestra empresa”, comentó.
Coteminas estrechó aún más los lazos con los
norteamericanos después de asumir el control de Springs,
una de las mayores empresas de productos de Cama, Mesa
y Baño de Estados Unidos. “Actualmente, exportamos
mucho a nosotros mismos”, celebra Josué Gomes da Silva.
Esa relación permite que la empresa utilice una estructura
privilegiada de distribución que la protege más de los
factores adversos. “Son altos los costos fuera de los muros
de las fábricas, que hacen que las empresas exportadoras
pierdan la rentabilidad. Coteminas tiene un impacto
menor en función de tenermos marcas y estructura de
distribución en EE.UU.”, explicó Josué Gomes da Silva. |
Trajetória e perspectivas – Manter fiel o mercado americano, que tem uma trajetória comercial tão positiva, é um desafio importante para os empresários nacionais. “Até meados de 2001, os EUA representavam 70% das nossas exportações”, diz Marcello Stewers. O diretor de comércio exterior da Tecelagem São Carlos também reconhece a força do Tio Sam. “O país já representou um foco muito forte para a nossa empresa”, relata.A Coteminas estreitou mais os laços com os americanos depois de assumir o controle da Springs, uma das maiores empresas de Cama, Mesa e Banho dos Estados Unidos. “Agora exportamos muito para nós mesmos”, comemora Josué Gomes da Silva. Essa relação permite que a empresa utilize uma estrutura de distribuição privilegiada, que a protege mais dos fatores adversos. “Os custos fora dos muros das fábricas são elevados, o que leva as empresas exportadoras a perderem a rentabilidade. A Coteminas é um pouco menos impactada em função de determos marcas e estrutura de distribuição nos EUA”, explica Josué Gomes da Silva. |
“O principal diferencial hoje do Brasil em relação aos nossos competidores é que somos um país muito sustentável” Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas.
“La principal diferencia hoy de Brasil en relación a nuestros competidores es que somos un país muy sostenible” Josué Gomes da Silva, presidente de Coteminas.
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
[ Culura Exportadora > Cultura Exportadora ]
Moda infantil: negócio de gente grandeAs roupas brasileiras produzidas especialmente para crianças atravessam fronteiras e encantam.
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A beleza e a qualidade das roupas infantis brasileiras atravessam fronteiras. O segmento, que já ocupa 15% do mercado de vestuário no País e registra a cada ano um faturamento 6% maior, tem conquistado cada vez mais o comprador internacional.A moda que veste a criança brasileira (por ano são produzidas um bilhão de peças de vestuário infantil, sendo 70% para meninas) pode ser encontrada em mais de 70 países. América do Sul, África, Estados Unidos, México e até mesmo a Arábia Saudita são exemplos de lugares onde o “Made in Brazil” está estampado nas etiquetas das roupas vendidas pelos lojistas. “A qualidade dos tecidos utilizados nas roupas feitas no Brasil e o conforto que elas oferecem às crianças são alguns dos diferenciais que nos fazem escolher o Brasil como fornecedor”, diz Samuel Kandler, presidente da Alianza Comercial S.A., no Paraguai.
Criatividade – A capacidade da indústria têxtil em transformar tecidos em roupas criativas e com design diferenciado é que chama ainda mais o comprador para o Brasil. Dizem eles que a roupa é de uma beleza que impacta no primeiro olhar. “As combinações de cores, sempre alegres, divertidas e com desenhos modernos atraem o consumidor”, afi rma Kandler, acrescentando que “a compra, muitas vezes, acontece até mesmo por impulso. Os produtos que distribuímos aqui, no Paraguai, têm uma rotatividade excepcional e isso é importante já
Moda infantil:
negocio de gente grandeLas ropas brasileñas producidas especialmente para niños cruzan fronteras y encantan.
La belleza y la calidad de las ropas infantiles brasileñas
cruzan fronteras. El segmento, que ya ocupa 15% del
mercado de vestimentas en el País y registra a cada año una
factudación 6% mayor, ha conquistado cada vez más al
comprador internacional.
La moda que viste al niño brasileño (por año son producidas
mil millones de piezas de vestimenta infantil, siendo 70%
para niñas) puede ser encontrada en más de 70 países.
Sudamérica, África, Estados Unidos, México y aún hasta
Arabia Saudita son ejemplos de lugares en donde el “Made
in Brazil” está estampado en las etiquetas de las ropas
vendidas por los comerciantes. “La calidad de los tejidos
utilizados en las ropas hechas en Brasil y la comodidad que
ellas le ofrecen a los niños son algunas de las diferencias que
nos hacen escoger a Brasil como proveedor”, dice Samuel
Kandler, presidente de Alianza Comercial S.A., en Paraguay.
Creatividad – La capacidad de la industria textil
en transformar telas en ropas creativas y con diseño
diferenciado es lo que llama aún más al comprador para
Brasil. Dicen ellos que la ropa es de una belleza que impacta
en la primera mirada. “Las combinaciones de colores,
siempre alegres, divertidas y con diseños modernos atraen
al consumidor”, afi rma Kandler, acrecentando que “la
compra, muchas veces, sucede aún hasta por impulso.
Los productos que distribuimos aquí, en Paraguay, tienen
una rotatividad excepcional y eso es importante ya que la
mayoría de nuestros clientes precisan ser fi nanciados”.
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
[ Culura Exportadora > Cultura Exportadora ]
que a maioria de nossos clientes precisam ser financiados”.“A roupa brasileira, além da qualidade, está sempre na moda. Diferentemente de outros países, a confecção no Brasil tem estilo”, afirma Litze Acevey de Claure, da D´Kids, na Bolívia.Não existe um indicador oficial que mostre os números totais de exportação de moda infantil brasileira, pois não há uma nomenclatura que defina esse segmento no comércio internacional. Mas, um dado interessante é o trazido pelos organizadores da Feira Internacional do Setor Infanto-Juvenil e Bebê (FIT), a maior realizada no País. O evento tem registrado nas últimas edições um aumento no número de compradores internacionais. Na última edição foram aproximadamente cem. E os produtos brasileiros têm sido muito bem avaliados – principalmente as coleções de verão.Já as roupas feitas para o inverno são menos procuradas, pois muitos países que importam do Brasil – como os da Europa e os Estados Unidos – possuem um inverno rigoroso e o
“La ropa brasileña, además de la calidad, está siempre
en la moda. A diferencia de otros países, la confección
en Brasil tiene estilo”, afirma Litze Acevey de Claure, de
D´Kids, en Bolivia.
No existe un indicador oficial que muestre los números
totales de exportación de moda infantil brasileña, pues
no hay una nomenclatura que defina ese segmento en el
comercio internacional. Pero, un dato interesante es el traído
por los organizadores de la Feria Internacional del Sector
Infanto-Juvenil y Bebé (FIT), la mayor realizada en el País. El
evento ha registrado en las últimas ediciones un aumento
en el número de compradores internacionales. En la última
edición fueron aproximadamente cien. Y los productos
brasileños han sido muy bien evaluados – principalmente
las colecciones de verano.
Ya las ropas hechas para el invierno son menos buscadas,
pues muchos países que importan de Brasil – como los de
Europa y los Estados Unidos – poseen un invierno riguroso y
el mercado brasileño produce pocas ropas adecuadas para
esa condición climática.
Más opciones – La inversión de la industria brasileña
en la diversificación de la moda infantil también ha sido
muy elogiada. Alianza Comercial, en Paraguay, por
ejemplo, no revela números, pero afirma que la facturación
prácticamente se duplicó gracias a la variedad ofrecida
por los brasileños. “En los últimos años, la producción de
ropa infantil brasileña mejoró mucho en lo que se refiere a
la variedad. Con eso, aumentamos nuestra posibilidad de
venta. En un corto período, crecimos de 30% a 40% en el
volumen de piezas”, conmemora Kandler.
Brasil ha atendido, de acuerdo con los compradores
internacionales, las exigencias para adecuar el producto
a las reglas del país importador. “En el caso de Bolivia,
por ejemplo, los colores son muy importantes, pues los
43
mercado brasileiro produz poucas roupas adequadas para essa condição climática.
Mais opções – O investimento da indústria brasileira na diversifi cação da moda infantil também tem sido muito elogiado. A Alianza Comercial, no Paraguai, por exemplo, não revela números, mas afi rma que o faturamento praticamente dobrou graças à variedade oferecida pelos brasileiros. “Nos últimos anos, a produção de roupa infantil brasileira melhorou muito no que se refere à variedade. Com isso, aumentamos a nossa possibilidade de venda. Em um curto período, crescemos de 30% a 40% no volume de peças”, comemora Kandler.O Brasil tem atendido, de acordo com os compradores internacionais, as exigências para adequar o produto às regras do país importador. “No caso da Bolívia, por exemplo, as cores são muito importantes, pois as crianças não usam roupas nas cores preta e café. As empresas brasileiras atendem a essa exigência do mercado, produzindo roupas nas cores que são aceitas em nosso país”, diz Litze, que há 10 anos vende roupas brasileiras na Bolívia.E o investimento para ampliar a exportação no segmento infantil vai além da confecção da roupa. Alguns empresários brasileiros estão investindo em ações de publicidade específi cas em cada país importador, assim como na aproximação com os clientes que são convidados a visitar as empresas no País para conhecer o passo a passo da produção brasileira. “O resultado é excelente. Nos vemos como uma extensão do Brasil”, fi naliza Kandler. |
niños no usan ropas en los colores negro y café. Las
empresas brasileñas atienden a esa exigencia del mercado,
produciendo ropas en los colores que son aceptados en
nuestro país”, dice Litze, que hace 10 años vende ropas
brasileñas en Bolivia.
Y la inversión para ampliar la exportación en el segmento
infantil va más allá de la confección de la ropa. Algunos
empresarios brasileños están invirtiendo en acciones de
publicidad específi cas en cada país importador, así como en
la aproximación con los clientes que son invitados a visitar
las empresas en el País para conocer el paso a paso de la
producción brasileña. “El resultado es excelente. Nos vemos
como una extensión de Brasil”, fi naliza Kandler. |
*Os compradores entrevistados para esta matéria foram trazidos para o Brasil por intermédio do programa Texbrasil, criado pela Apex-Brasil em conjunto com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, ABIT. Além deste serviço, o Texbrasil realiza várias atividades para promover a moda brasileira e gerar mais oportunidades de negócios para as empresas participantes do programa. Para saber mais, acesse www.abit.org.br/texbrasil
*Los compradores entrevistados para esta materia llegaron a Brasil por intermedio del programa texbrasil, creado por Apex-Brasil en conjunto con la Asociación Brasileña de la Industria textil y de confección, ABIt. Además de este servicio, texbrasil realiza varias actividades para promover la moda brasileña y generar más oportunidades de negocios para las empresas participantes del programa. para saber más, acceda a www.abit.org.br/texbrasil
ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
44 > [ Política > Política ]
En la carrera por el crecimiento económico y social, Brasil
acaba de ganar puntos a su favor con la caída del artículo 12,
que beneficiaba la exportación de los Países de Menor Desarrollo
Relativo (PMDRs) y que había sido incluido, en junio de este año,
en la Medida Provisoria 482, editada por el Poder Ejecutivo en
febrero del 2010 con el propósito de defender a Brasil cuando
fuera perjudicado por el incumplimiento de obligaciones de la
Organización Mundial de Comercio (OMC).
La enmienda preveía apertura aduanera a través de concesiones
tarifarias a los países relativamente menos desarrollados que
Brasil. Sucede que el camino para el desarrollo interno está más
vinculado al incentivo de la cadena productiva que a la importación
de mercados terceros, al final, para que un ciudadano consuma,
es necesario que el mismo esté remunerado.
Al contrario de eso, la permanencia del artículo 12 en la MP 482
perjudicaría directa y considerablemente a la industria brasileña,
en especial al sector textil, pues “al importarse una ropa, no
se importa solamente el producto en sí, estamos importando
el algodón, el hilo, la hilandería, la logística de producción, el
diseño”, como coloca el diputado del Frente Parlamentar Textil,
José Carlos Aleluia (DEM), que participó de la sesión de debate
ocurrida en julio, que acabó por derribar al artículo.
Vitória importante para a cadeia produtiva nacionalApós luta da Frente Parlamentar Têxtil, cai artigo da MP 482 que representava perigo à indústria do setor.
Después de la lucha del Frente Parlamentar Textil, cae artículo de la MP 482 que representaba
peligro para la industria del sector.
Na corrida pelo crescimento econômico e social, o Brasil acaba de ganhar pontos em seu favor com a queda do artigo 12, que beneficiava a exportação dos Países de Menor Desenvolvimento Relativo (PMDR’s) e que havia sido incluído, em junho deste ano, na Medida Provisória 482, editada pelo Poder Executivo em fevereiro de 2010 com o propósito de defender o Brasil quando lesado pelo descumprimento de obrigações da Organização Mundial do Comércio (OMC).A emenda previa abertura alfandegária através de concessões tarifárias aos países relativamente menos desenvolvidos que o Brasil. Acontece que o caminho para o desenvolvimento interno está mais ligado ao incentivo da cadeia produtiva que à importação de mercados terceiros, afinal, para um cidadão consumir, é necessário que o mesmo esteja remunerado. Ao contrário disso, a permanência do artigo 12 na MP 482
Por SOLANGE VEIGA
Victoria importante para la cadena productiva de brasil
45 prejudicaria direta e consideravelmente a indústria brasileira, em especial o setor têxtil, pois “ao se importar uma roupa, não se importa apenas o produto em si, estamos importando o algodão, o fio, a tecelagem, a logística de produção, o design”, como coloca o deputado da Frente Parlamentar Têxtil, José Carlos Aleluia (DEM), que participou da sessão de debate ocorrida em julho, que acabou por derrubar o artigo. O deputado esclarece ainda que, há perigo em se fazer abertura tarifária a países que não cumprem padrões sociais e tributários de comercialização, pois ficamos suscetíveis a condições desiguais de concorrência. Para se ter uma ideia, dois dos participantes desse bloco dos Países de Menor Desenvolvimento Relativo, Camboja e Bangladesh, “possuem incentivos fiscais, de crédito e de exportação, que o Brasil não tem, além de mão de obra barata e de não enfrentarem rígidas leis ambientais; e juntos exportam 16 bilhões de dólares por ano”, compara o Presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), Aguinaldo Diniz. “É impossível aos produtores brasileiros competir com esse desequilíbrio na concorrência”, finaliza ele.Na prática, as importações setoriais brasileiras vindas de Bangladesh cresceram 1,3% nos últimos cinco anos, em valor; isso significa aumento de 3,5 milhões para 50,3 milhões de dólares. Entre janeiro e abril último, esse crescimento foi de 230% em comparação ao mesmo período de 2009. Com isso, Bangladesh se tornou o segundo maior fornecedor de roupas ao Brasil, atrás apenas da China. Quanto ao Camboja, a expansão foi de 1,7% no quinquênio, ou seja, de 498 mil para 8,9 milhões de dólares. Em menos de um ano, Camboja saltou do vigésimo para o sétimo lugar no ranking dos fornecedores brasileiros. Mantidas, a julgar pela performance registrada nos três primeiros meses de 2010, as importações brasileiras de vestuário provenientes de Bangladesh e Camboja deverão fechar o exercício em US$ 76 milhões. Segundo critérios técnicos definidos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) referentes à proporcionalidade de produção e empregos, esse montante equivale à não-criação de pelo menos 40 mil postos de trabalhos diretos e indiretos no Brasil.Outro deputado da Frente Parlamentar Têxtil que concorda que resguardar o setor têxtil e de confecção nacional tem relação direta na geração de empregos é Vanderlei Macris (PSDB). O deputado ressalta que “cerca de dois milhões de brasileiros vivem do trabalho direto do setor têxtil e outros tantos também dependem do serviço indireto, este não menos importante. Com a retirada do artigo, cerca de 10 mil postos de trabalho diretos foram conservados e, somados aos indiretos e aos motivados pelo efeito renda, podemos contar com 45 mil empregos a serem gerados, o que é um valor considerável”, diz ele.O deputado explica ainda que, em relação às nações como Camboja
El diputado aclara además que, el peligro en que se haga
apertura tarifaria a países que no cumplen estándares sociales y
tributarios de comercialización, es que quedemos susceptibles a
condiciones desiguales de competencia.
Para que se tenga una idea, dos de los participantes de ese
bloque de los Países de Menor Desarrollo Relativo, Camboya
y Bangladesh, “poseen incentivos fiscales, de crédito y de
exportación, que Brasil no tiene, además de mano de obra barata
y de no enfrentar rígidas leyes ambientales; y juntos exportan 16
mil millones de dólares por año”, compara el Presidente de la
Asociación Brasileña de la Industria Textil (ABIT), Aguinaldo Diniz.
“Le es imposible a los productores brasileños competir con ese
desequilibrio en la competencia”, finaliza él.
En la práctica, las importaciones sectoriales brasileñas
provenientes de Bangladesh crecieron 1,3% en los últimos
cinco años, en valor; eso significa aumento de 3,5 millones
a 50,3 millones de dólares. Entre enero y abril último, ese
crecimiento fue el 230% en comparación al mismo período
del 2009. Con eso, Bangladesh se tornó el segundo mayor
proveedor de ropas a Brasil, atrás apenas de China. Respecto
a Camboya, la expansión fue del 1,7% en el quinquenio, es
decir, de 498 mil a 8,9 millones de dólares. En menos de un
año, Camboya saltó del vigésimo al séptimo lugar en el ranking
de los proveedores brasileños.
Mantenidas, a juzgar por el desempeño registrado en los
tres primeros meses del 2010, las importaciones brasileñas de
vestimentas provenientes de Bangladesh y Camboya deberán
cerrar el ejercicio con US$ 76 millones. Según criterios técnicos
definidos por el Banco Nacional de Desarrollo (BNDES) referentes
a la proporcionalidad de producción y empleos, ese monto
equivale a la no creación de por lo menos 40 mil puestos de
trabajo directos e indirectos en Brasil.
Otro diputado del Frente Parlamentar Textil que concuerda
que resguardar el sector textil y de confección nacional tiene
relación directa en la generación de empleos es Vanderlei Macris
“Ao se importar uma roupa, não se importa apenas o produto em si, estamos importando o algodão, o fio, a tecelagem, a logística de produção, o design” - José Carlos Aleluia.
“Al importar una ropa, no se importa apenas el producto en sí, estamos importando el algodón, el hilo, la hilandería, la logística de producción, el diseño”. José Carlos Aleluia.
Deputados José Carlos Aleluia e Vanderlei Micris
Diputados José Carlos Aleluia y Vanderlei Micris
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
[ Política > Política ]
e Bangladesh, as exportações mundiais de roupas correspondem a 84,8% e 71,1%, respectivamente. O que quer dizer que não há diversifi cação na produção e exportação desses países e, “se a intenção é cooperar com eles, deve-se começar demonstrando o risco da concentração em um único segmento, ao invés de incentivá-lo”, conclui Macris.O setor têxtil também se pronuncia quanto à importância e necessidade de ajuda a países menos desenvolvidos. “Estamos de acordo com a criação de um programa para importação de roupas produzidas no Haiti com preferências tarifárias até certos limites de volumes, chamado Hope brasileiro”, relata Aguinaldo Diniz. E completa dizendo que “é preciso lembrar que há de se ter cautela na aprovação de leis capazes de abrir brechas comerciais, pois dentro do próprio Brasil existe a parcela necessitada de tanto emprego e ajuda quanto os povos dos países que se benefi ciarão de programas preferenciais”, arremata Diniz. Após esse processo que tramita desde o início do ano em torno da MP 482, o que se espera agora são resultados efetivos que comprovem a boa intenção na defesa do desenvolvimento nacional e representativo crescimento da cadeia produtiva brasileira. Ainda há muito a ser feito. A respeito do crescimento do setor têxtil nacional, por exemplo, Vanderlei Macris destaca a necessidade de políticas efi cientes para estruturação da área, que representa a sexta maior indústria têxtil do mundo. “Temos de promover o consumo por todas as classes sociais e não só o da classe C, a utilização de nossos produtos em escolas, hospitais e agências públicas, convênios com mercados compradores e mecanismos que assegurem vantagens para todos os participantes, e a simplifi cação nas taxações alfandegárias e ampliação da prospecção de mercado também são bem-vindos”, diz ele.Por hora, a retirada do artigo 12 da Emenda Provisória 482 parece ter proporcionado uma vitória importante na defesa do setor industrial do Brasil. |
(PSDB). El diputado destaca que “cerca de dos millones de
brasileños viven del trabajo directo del sector textil y otros
tantos también dependen del servicio indirecto, este no
menos importante. Con la remoción del artículo, cerca de
10 mil puestos de trabajo directos fueron conservados y,
sumados a los indirectos y a los motivados por el efecto
renta, podemos contar con 45 mil empleos por generarse,
que es un valor considerable”, dice él.
El diputado explica además que, en relación a las naciones
como Camboya y Bangladesh, las exportaciones mundiales de
ropas corresponden al 84,8% y al 71,1%, respectivamente. Eso
signifi ca que no hay diversifi cación en la producción y exportación
de esos países y, “si la intención es cooperar con ellos, se debe
comenzar demostrando el riesgo de la concentración en un
único segmento, en lugar de incentivarlo”, concluye Macris.
El sector textil también se pronuncia respecto a la importancia
y necesidad de ayuda a países menos desarrollados. “Estamos
de acuerdo con la creación de un programa para importación
de ropas producidas en Haití con preferencias tarifarias hasta
ciertos límites de volumen, llamado Hope brasileño”, relata
Aguinaldo Diniz. Y completa diciendo que “es necesario
recordar que hay que tener cautela en la aprobación de
leyes capaces de abrir brechas comerciales, pues dentro del
propio Brasil existe la porción necesitada de tanto empleo y
ayuda como los pueblos de los países que se benefi ciarán con
programas preferenciales”, remata Diniz.
Después de ese proceso que tramita desde el inicio del año
alrededor de la MP482, lo que se espera ahora son resultados
efectivos que comprueben la buena intención en la defensa del
desarrollo nacional y representativo crecimiento de la cadena
productiva brasileña.
Aún hay mucho por realizar. Al respecto del crecimiento del
sector textil brasileño, por ejemplo, Vanderlei Macris destaca la
necesidad de políticas efi cientes para estructuración del área, que
representa la sexta mayor industria textil del mundo. “Tenemos
que promover el consumo por todas las clases sociales y no sólo el
de la clase C, el uso de nuestros productos en escuelas, hospitales
y agencias públicas, convenios con mercados compradores y
mecanismos que aseguren ventajas a todos los participantes,
y la simplifi cación en las tasas aduaneras y ampliación de la
prospección de mercado también son bienvenidas”, dice él.
Por ahora, la remoción del artículo 12 de la Enmienda Provisoria
482 parece haber proporcionado una victoria importante en la
defensa del sector industrial de Brasil. |
O modo certo de costurar e zipar a moda.
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
[ Serviço TexBrasil > Servicio TexBrasil ]
Projeto Comprador: ampliando oportunidades
A iniciativa do Programa Texbrasil promove o encontro entre empresários e compradores internacionais.
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Proyecto Comprador: ampliando oportunidades
La iniciativa del Programa Texbrasil promueve el encuentro entre empresarios y compradores internacionales.
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
[ Serviço TexBrasil > Servicio TexBrasil ]
Nada melhor para divulgar a qualidade e a criatividade dos produtos brasileiros do que trazer potenciais compradores ao País, promovendo encontro entre eles e os empresários nacionais, ampliando as oportunidades de negócios das empresas. É assim que funciona o Projeto Comprador, iniciativa do Programa Texbrasil que seleciona e identifica compradores por meio de feiras internacionais, missões de negócios, contatos sugeridos por empresas do setor e consultores contratados em diferentes países. A partir desta seleção é construído um mailing exclusivo de potenciais compradores para virem ao Brasil conhecer de perto a moda feita no País.O Projeto Comprador tem cerca de 10 anos e já trouxe 860 compradores internacionais para participarem dos principais eventos nacionais do setor. “A partir daí diversos negócios são realizados, os empresários ampliam sua rede de contatos internacionais e, em muitos casos, funciona como porta de entrada para as empresas brasileiras no exterior”, explica Rafael Cervone, diretor executivo do Texbrasil.Desde que foi criado, os compradores internacionais que vieram para o Brasil por meio do Projeto já visitaram 2.697 empresas nos principais eventos de moda, showrooms e rodadas de negócios do País. Apenas em 2010, 100 compradores já estiveram aqui para participar de eventos como Texfair (SC), Fashion Rio, Minas Trend Preview (MG), Salão Moda Brasil (SP) e Projeto Showroom (SP). Até fevereiro de 2011, outros 50 profissionais virão para o Brasil a convite do Programa. No total, já foram realizados mais de US$ 60 milhões em vendas durante o tempo em que o Projeto existe.
Nada mejor para divulgar la calidad y la creatividad de los productos
brasileños que traer potenciales compradores al País, promoviendo
encuentro entre ellos y los empresarios nacionales, ampliando las
oportunidades de negocios de las empresas. Así funciona el Proyecto
Comprador, iniciativa del Programa Texbrasil que selecciona e identifica
compradores por medio de ferias internacionales, misiones de negocios,
contactos sugeridos por empresas del sector y consultores contratados en
diferentes países. A partir de esta selección, se elabora un mailing exclusivo
de potenciales compradores para que vengan a Brasil a conocer la moda
realizada en el País de forma cercana.
El Proyecto Comprador tiene cerca de 10 años y ya trajo a 860 compradores
internacionales para participar en los principales eventos nacionales del
sector. “A partir de allí, se realizan diversos negocios, los empresarios
amplían su red de contactos internacionales y, en muchos casos, funciona
como puerta de entrada para las empresas brasileñas en el exterior”,
explica Rafael Cervone, director ejecutivo de Texbrasil.
Desde que fue creado, los compradores internacionales que vinieron a Brasil
por medio del Proyecto ya visitaron a 2.697 empresas en los principales
eventos de moda, showrooms y mesas de negocios del País. Solamente en
el 2010, 100 compradores ya estuvieron aquí para participar de eventos
Brasil (SP) y Proyecto Showroom (SP). Hasta febrero del 2011, otros 50
profesionales vendrán a Brasil por invitación del Programa. En total, ya se
realizaron más de US$ 60 millones en ventas durante el tiempo en que
existe el Proyecto.
“Podemos decir que el Proyecto está madurando a cada año, principalmente
con relación al criterio de selección de los compradores y de las empresas
participantes. Hoy realizamos un análisis riguroso del perfil de cada comprador
y de los productos ofrecidos por las empresas brasileñas, con el objetivo de
tornar el encuentro más eficiente a todos los involucrados. Tomamos el
cuidado también de acompañar el volumen de negocios realizado por cada
uno de los compradores traídos por Texbrasil, que posibilitará, o no, una
nueva invitación a ese profesional”, afirma Cervone.
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“Podemos dizer que o Projeto vem amadurecendo a cada ano, principalmente com relação ao critério de seleção dos compradores e das empresas participantes. Hoje realizamos uma análise rigorosa do perfil de cada comprador e dos produtos oferecidos pelas empresas brasileiras, com o objetivo de tornar o encontro mais eficiente para todos os envolvidos. Tomamos o cuidado também de acompanhar o volume de negócios realizado por cada um dos compradores trazidos pelo Texbrasil, o que possibilitará, ou não, que um novo convite seja feito a esse profissional”, afirma Cervone.
A escolha dos países – Atualmente o Projeto Comprador trabalha com 14 países-alvo: Estados Unidos, Colômbia, Reino Unido, França, Itália, Portugal, Espanha, Grécia, Angola, Emirados Árabes, China, Austrália, México e Argentina, os quais foram definidos pelo Programa Texbrasil em parceria com a APEX-Brasil e os empresários brasileiros. A escolha desses mercados leva em conta fatores como a oferta de produtos brasileiros e a demanda de consumo nesses países. Os mercados são reavaliados periodicamente de acordo com as mudanças na economia mundial, oferta de produtos, novas demandas no mercado externo, etc.Para os compradores que vêm ao Brasil por meio do Projeto, trata-se de uma maneira de fazer contatos e ver de perto o que o País tem a oferecer no segmento têxtil e de confecção. Para David Lang, da BoyRio, empresa americana que compra produtos de moda praia fabricados no Brasil e os vende com sua própria marca no exterior (private label), participar do projeto foi fundamental para fazer contatos e conhecer as novidades do mercado têxtil e de confecção. “Ficamos encantados com a qualidade e a beleza das roupas, joias e acessórios e esperamos voltar logo”, conta ele.Para Dylan Kaptein, da Brands From Brazil, empresa com sede em Rotterdã que distribui produtos das marcas brasileiras Poko Pano e Mash para Bélgica, Luxemburgo e Holanda, a experiência também foi muito boa. “Da chegada ao aeroporto ao hotel até os serviços de tradução nas feiras, fomos muito bem atendidos e pudemos ter uma experiência ótima no país”. |
La elección de los países – Actualmente, el
Proyecto Comprador trabaja con 14 países meta:
Estados Unidos, Colombia, Reino Unido, Francia, Italia,
China, Australia, México y Argentina, los cuales fueron
definidos por el Programa Texbrasil en cooperación
con APEX-Brasil y los empresarios brasileños. La
elección de esos mercados toma en cuenta factores
como la oferta de productos brasileños y la demanda
de consumo en esos países. Los mercados se reevalúan
periódicamente, de acuerdo con los cambios en la
economía mundial, oferta de productos, nuevas
demandas en el mercado externo, etc.
Para los compradores que vienen a Brasil por medio del
Proyecto, se trata de una manera de hacer contactos
y verificar de forma cercana, qué tiene por ofrecer
el País en el segmento textil y de confección. Para
David Lang, de BoyRio, empresa norteamericana que
compra productos de moda playa fabricados en Brasil
y los vende con su propia marca en el exterior (private
label), participar del proyecto fue fundamental para
hacer contactos y conocer las novedades del mercado
textil y de confección. “Nos encantamos con la calidad
y la belleza de las ropas, joyas y accesorios y esperamos
volver muy rápido”, cuenta él.
Para Dylan Kaptein, de Brands From Brazil, empresa
con sede en Rotterdam que distribuye productos de
las marcas brasileñas Poko Pano y Mash a Bélgica,
Luxemburgo y Holanda, la experiencia también fue
muy buena. “Desde la llegada al aeropuerto, el hotel,
hasta los servicios de traducción en los eventos, fuimos
muy bien atendidos y pudimos tener una excelente
experiencia en el país”.|
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
[ Inovação > Innovación ]
O primeiro é um tecido repelente, cujo odor emitido pelas fi bras dos fi os afugenta insetos. O segundo foi criado a partir da fi bra de juta e desenvolvido com técnicas de coloração não-poluentes. Ambos fazem parte de uma série de novidades tecnológicas da área têxtil criadas por estudantes de universidades de todo País. De acordo com a coordenadora do curso de Engenharia Têxtil da FEI, Camila Borelli, o tempo todo são desenvolvidas criações como estas em iniciações científi cas, TCCs e pesquisas. “Muitas empresas costumam apoiar nossos projetos, pois precisam de inovação, mas não têm tempo e nem mão de obra para focar nisso. A faculdade tem tudo o que precisam, e de certa forma fazemos uma troca, já que precisamos de patrocinadores para desenvolver estes trabalhos”, explica Camila, reforçando que enquanto as empresas têm visão de mercado, as faculdades têm visão acadêmica. “A junção disto é fundamental”, acredita ela.
Em países asiáticos e europeus, assim como nos Estados Unidos, é muito comum que empresas invistam parte da receita em projetos criados dentro das salas de aula. No Brasil, muitas nem sequer imaginam o potencial tecnológico que poderia ser apoiado e aproveitado. Algumas vezes, o estímulo vem até de fora do País. Em março deste ano, por exemplo, alunos de engenharia têxtil da FEI e do Senai/Cetiqt foram condecorados no “1º Italian Textile Technology Award 2009”, concurso que lançou como desafio o desenvolvimento de projetos com foco na inovação e novas aplicações de materiais para a indústria mecanotêxtil. Os estudantes ganharam viagens à Itália e puderam conhecer as novas tecnologias do país, além de fazerem um curso de formação gerencial, tudo com vistas a incentivar os jovens profissionais a continuarem criando.
directamente
Parceria entre empresas e faculdades pode render frutos para o País.
Tecnologia brasileira direto da sala de aula
O presidente da Whirpool, José Drummond Jr., e os alunos da FEI
que venceram a edição 2009/2010 do concurso Inova
El presidente de Whirpool, José Drummond Jr., y los alumnos de FEI que vencieron la edición 2009/2010 del concurso Inova
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El primero es un tejido repelente, cuyo olor emitido
por las fi bras de los hilos ahuyenta insectos. El segundo
fue creado a partir de la fi bra de yute y desarrollado
con técnicas de coloración no contaminantes. Ambos
forman parte de una serie de novedades tecnológicas
del área textil creadas por estudiantes de universidades
de todo el País. De acuerdo con la coordinadora del
curso de Ingeniería Textil de la FEI, Camila Borelli, a
todo momento se desarrollan creaciones como estas
en iniciaciones científi cas, TCCs e investigaciones.
pues necesitan innovación, pero no tienen tiempo y ni
mano de obra para enfocarse en eso. La facultad tiene
todo lo que necesitan y de cierta manera, hacemos un
intercambio, ya que necesitamos patrocinadores para
desarrollar estos trabajos”, explica Camila, reforzando
que mientras las empresas tienen visión de mercado, las
facultades tienen visión académica. “La confl uencia de
esto es fundamental”, cree ella.
En países asiáticos y europeos, así como en los Estados
Unidos, es muy común que empresas inviertan parte de
los ingresos en proyectos creados dentro de las salas de
aula. En Brasil, muchas ni siquiera imaginan el potencial
tecnológico que podría ser apoyado y aprovechado.
Algunas veces, el estímulo viene hasta de afuera del
País. En marzo de este año, por ejemplo, alumnos
de ingeniería textil de la FEI y del Senai/Cetiqt fueron
condecorados en el “1º Italian Textile Technology Award
2009”, concurso que lanzó como desafío el desarrollo
de proyectos con enfoque en la innovación y nuevas
aplicaciones de materiales para la industria mecanotextil.
Tecnología brasileña
desde la sala de auladirectamente
Los estudiantes ganaron viajes a Italia y pudieron
conocer las nuevas tecnologías del país, además de
realizar un curso de formación gerencial, todo con
el objetivo de incentivar a los jóvenes profesionales
a continuar creando.
La ingeniera textil Natalia Emerich Ladeira, fue una
de las ganadoras del concurso con un proyecto
que analizó el impacto de una nueva tecnología
en el proceso de desengomado y en los efl uentes
generados. A pesar del premio, el estudio, que
podría ayudar a reducir los costos de la industria y
el impacto ambiental, continúa siendo solamente
un proyecto de conclusión de curso. “Creo que
valdría la pena ampliar la visión de los empresarios
en relación a la innovación producida en sala de
aula”, comentó. “En Italia la inversión tecnológica
es sorprendente. Todos los parámetros productivos
son muy bien controlados, con políticas de calidad
y buena gestión de los recursos. Aquí tendríamos
condiciones de hacer algo parecido”, afi rmó.
Julia Sato, estudiante del 8º semestre de Textil y
Moda de EACH-USP, también ya tuvo el placer
de ganar dos concursos de Moda Inclusiva, pero
sus ropas pensadas para niños con defi ciencia
visual y usuarios de sillas de ruedas continúan
restringidas al medio académico. “Si tuviese
alguna cooperación, podría invertir en el
proyecto. Son ropas que ofrecen autonomía al
vestirse y desvestirse, pero visualmente iguales
a las otras, es decir, verdaderamente inclusivas”,
cuenta la estudiante.
Cooperación entre empresas y facultades puede rendir frutos para el País.
Julia Sato, estudante do 8º semestre de Têxtil e Moda da EACH-USP, já venceu dois concursos de Moda Inclusiva.
Julia Sato, estudiante del 8º semestre de Textil y Moda de EACH-USP, ya venció dos concursos de Moda Inclusiva.
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
[ Inovação > Innovación ]
A engenheira têxtil Natalia Emerich Ladeira foi uma das vencedoras do concurso com um projeto que analisou o impacto de uma nova tecnologia no processo de desengomagem e nos efl uentes gerados. Apesar do prêmio, o estudo, que poderia ajudar a reduzir os custos da indústria e o impacto ambiental, continua a ser apenas um projeto de conclusão de curso. “Acredito que valeria a pena ampliar a visão do empresariado em relação à inovação produzida em sala de aula”, diz ela. “Na Itália o investimento tecnológico é surpreendente. Todos os parâmetros produtivos são muito bem controlados, com políticas de qualidade e boa gestão dos recursos. Aqui teríamos condições de fazer algo parecido”, afi rma. Julia Sato, estudante do 8º semestre de Têxtil e Moda da EACH-USP, também já teve o prazer de vencer dois concursos de Moda Inclusiva, mas as suas roupas pensadas para crianças com defi ciência visual e cadeirantes continuam restritas ao meio acadêmico. “Se tivesse alguma parceria, daria para investir no projeto. São roupas que fornecem autonomia no vestir e despir, mas que são visualmente iguais às outras, ou seja, verdadeiramente inclusivas”, conta a estudante.Para Sylvio Napoli, gerente de Infraestrutura e Capacitação Tecnológica da ABIT, quem deveria promover a aproximação das universidades com as indústrias é o governo. “ O governo tem instrumentos para fazer isso. Por exemplo, por meio de licitações do Finep [Fundo de Financiamento de Estudos de Projetos e Programas]. O governo deveria perguntar o que a indústria precisa e depois ir até as universidades, mas normalmente a indústria fi ca em segundo plano”, afi rma, acrescentando que “não adianta culpar a indústria ou a academia”.
Para Sylvio Napoli, gerente de Infraestructura y
Capacitación Tecnológica de ABIT, quien debería
promover la aproximación de las universidades
con las industrias es el gobierno. “El gobierno
tiene instrumentos para hacer eso. Por ejemplo,
por medio de licitaciones de Finep [Fondo de
Financiación de Estudios de Proyectos y Programas].
El gobierno debería preguntar qué necesita la
industria y después ir a las universidades, pero
normalmente la industria permanece en segundo
plano”, afi rma, agregando que “de nada sirve
culpar a la industria o a la academia”.
Sylvio destaca que Brasil posee buenos investigadores,
pero la industria no sabe qué se está haciendo. “Es
necesario que haya una inserción más automática.
Son necesarios más convenios. En Estados Unidos,
por ejemplo, los investigadores están dentro de las
empresas. El modelo es otro. Necesitamos acciones
convergentes para que no perdamos tiempo”, afi rma.
La profesora e investigadora del Senai/Cetiqt,
Mônica Queiroz, está de acuerdo. “Es un trabajo
de dos lados. La industria necesita innovar y la
universidad hacer investigaciones. Pero, a veces, la
academia se aísla en el conocimiento y la industria
en el cumplimiento de una meta”, comentó. Mônica
destaca, sin embargo, que se están realizando
algunas acciones exitosas para esa integración
– como es el caso del Instituto Euvaldo Lodi, que
desde 1969 trabaja en el incentivo a la innovación.
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Sylvio destaca que o Brasil possui bons pesquisadores, mas a indústria não sabe o que está sendo feito. “É preciso haver uma inserção mais automática. São necessários mais convênios. Nos Estados Unidos, por exemplo, os pesquisadores estão dentro das empresas. O modelo é outro. Precisamos de ações convergentes para que não percamos tempo”, afirma.A professora e pesquisadora do Senai/Cetiqt, Mônica Queiroz, concorda. “É um trabalho de dois lados. A indústria precisa inovar e a universidade fazer pesquisa. Mas, às vezes, a academia se isola no conhecimento e a indústria no cumprimento de uma meta”, diz. Mônica ressalta, porém, que algumas ações são realizadas com sucesso para essa integração – como é o caso do Instituto Euvaldo Lodi, que desde 1969 trabalha no incentivo à inovação.
Vantagens para ambos os lados – A Whirpool, uma das maiores empresas de eletrodomésticos da América Latina, é um exemplo de incentivo ao desenvolvimento de tecnologia em sala de aula. Desde 2005, ela realiza o concurso “Inova” com foco em ações inovadoras nas áreas de engenharia e design. O objetivo, segundo a empresa, é desenvolver parcerias estratégicas. Em sua versão 2009/2010, três estudantes do curso de engenharia Têxtil da FEI foram os vencedores ao criarem um novo conceito de lavagem para a preservação das roupas.“Os alunos criaram um projeto de uma máquina que danifica menos os tecidos. Ganhamos o concurso e, com isso, tivemos o apoio da empresa para continuar desenvolvendo o projeto e fazer pesquisas. Desta forma a parceria continua de forma saudável”, explica Camila Borelli, da FEI. “A parceria é fundamental para o crescimento do curso e para o desenvolvimento de novas pesquisas, que são interessantes para ambas as partes”, finaliza. Os dois primeiros colocados em cada categoria receberam um prêmio em dinheiro, os orientadores dos primeiros colocados ganharam uma bolsa de mestrado e a universidade com estudantes na primeira ou segunda colocação receberam R$ 20 mil ou R$ 10 mil, respectivamente, para investimento em seus laboratórios. Segundo afirmou à imprensa o gerente geral de Inovação e Design da Whirlpool Latin America, Mário Fioretti, dentre os destaques da última edição do concurso, afirmou que “vale ressaltar o alto nível dos projetos
Ventajas para ambos lados – Whirpool,
una de las mayores empresas de electrodomésticos
de América Latina, es un ejemplo de incentivo al
desarrollo de tecnología en sala de aula. Desde el
2005 realiza el concurso “Innova” con enfoque en
acciones innovadoras en las áreas de ingeniería y
diseño. El objetivo, según la empresa, es desarrollar
alianzas estratégicas. En su versión 2009/2010, tres
estudiantes del curso de ingeniería Textil de la FEI
fueron los ganadores, al crear un nuevo concepto
de lavado para la preservación de las ropas.
“Los alumnos crearon un proyecto de una máquina
que daña menos los tejidos. Ganamos el concurso
y, con eso, tuvimos el apoyo de la empresa para
continuar desarrollando el proyecto y haciendo
investigaciones. De esta forma la cooperación
continúa de forma saludable”, explicó Camila
Borelli, de FEI. “La cooperación es fundamental
para el crecimiento del curso y para el desarrollo de
nuevas investigaciones, que son interesantes para
ambas partes”, finalizó. Los dos primeros colocados
en cada categoría recibieron un premio en dinero,
los orientadores de los primeros colocados
ganaron una beca de maestría y la universidad con
estudiantes en la primera o segunda colocación
recibió R$ 20 mil [o R$ 10 mil, respectivamente,
para inversión en sus laboratorios.
Según afirmó a la prensa el gerente general de
Innovación y Diseño de Whirlpool Latin America,
Mário Fioretti, entre los destaques de la última
“São necessários mais convênios. Nos Estados Unidos, por exemplo, os pesquisadores estão dentro das empresas”. Sylvio Napoli, gerente de Infraestrutura e Capacitação Tecnológica da ABIT.
“Son necesarios más convenios. En los Estados Unidos, por ejemplo, los investigadores están dentro de las empresas”. Sylvio Napoli, gerente de Infraestructura y Capacitación Tecnológica de ABIT.
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ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
[ Inovação > Innovación ]
edición del concurso, “es importante destacar
el alto nivel de los proyectos presentados, que ya
se equiparan a trabajos profesionales. Entre las
propuestas, llamó nuestra atención la preocupación
con la cuestión ambiental y social, además de la
creación de productos en dimensiones menores,
dirigidos a familias con pocos integrantes”.
Otra empresa que invierte en cooperación con
el medio académico es Stenville, que fi rmó
convenio con la Universidad de São Paulo (USP)
buscando el desarrollo en laboratorio de materias
primas forestales. Las investigaciones que se están
realizando pretenden obtener indicativos sobre el
potencial de obtención y aplicación de colorantes
naturales para uso en tejidos, reduciendo la emisión
de efl uentes químicos y disminuyendo el impacto
al medio ambiente. “A principio, el estudio de
los colorantes se realiza en escala de laboratorio,
buscando evaluar el método de teñido más
adecuado y las evaluaciones de solidez de color a la
luz, lavado, fricción y sudor. Después iniciaremos la
producción de tejidos en escala industrial”, comentó
George Tomike, dueño de la empresa.
Alianzas exitosas – Además de empresas, algunas
alianzas también ocurren directamente con los
profesionales de la moda. Alumnos del curso de
ingeniería textil de la FEI ya llegaron a hacer, por
ejemplo, una alianza con el estilista paranaense Caio
Von Vogt. Durante más de un año, los estudiantes
investigaron sobre nuevos colorantes y técnicas
de fi jación y ablandamiento, y crearon tejidos
desarrollados a partir de la fi bra de yute, cuyas
técnicas de coloración no contaminantes vinieron de
plantas naturales como la hoja de ricino, el azafrán y
el urucú. El precio del tejido fue considerado inferior
al de tejidos como lino, terciopelo y hasta seda y,
según declaración del estilista a la prensa, la alianza
con la facultad fue esencial, ya que el yute necesita
cuidado extra por ser muy rústico. Eso signifi ca
bueno para ambos lados. |
apresentados, que já se equiparam a trabalhos profi ssionais. Dentre as propostas, chamou a nossa atenção a preocupação com a questão ambiental e social, além da criação de produtos em dimensões menores, voltados às famílias com poucos integrantes”.Outra empresa que investe em parceria com o meio acadêmico é a Stenville. Ela fi rmou convênio com a Universidade de São Paulo (USP) visando 9o desenvolvimento laboratorial de matérias-primas fl orestais. As pesquisas que estão sendo realizadas pretendem obter indicativos sobre o potencial de obtenção e aplicação de corantes naturais para utilização em tecidos, reduzindo a emissão de efl uentes químicos e diminuindo o impacto ao meio ambiente. “Em princípio, o estudo dos corantes é realizado em escala laboratorial, visando avaliar o método de tingimento mais adequado e as avaliações de solidez de cor à luz, lavagem, fricção e suor. Depois iniciaremos a produção de tecidos em escala industrial”, conta George Tomike, dono da empresa.
Parcerias de sucesso – Além de empresas, algumas parcerias também acontecem diretamente com os profi ssionais da moda. Alunos do curso de engenharia têxtil da FEI já chegaram a fazer, por exemplo, uma parceria com o estilista paranaense Caio Von Vogt. Durante mais de um ano, os estudantes pesquisaram a respeito de novos corantes e técnicas de fi xação e amaciamento, e criaram tecidos desenvolvidos a partir da fi bra da juta, cujas técnicas de coloração não-poluentes vieram de plantas naturais como a folha da mamona, o açafrão e o urucum. O preço do tecido foi considerado inferior ao de tecidos como linho, veludo e até a seda e, segundo depoimento do estilista à imprensa, a parceria com a faculdade foi essencial, já que a juta necessita de cuidados extras por ser muito rústica. Ou seja, bom para ambos os lados.
A folha da mamona é uma das matérias-primas utilizadas para o desenvolvimento de corantes naturais. La hoja de ricino es una de las materias primas utilizadas para el desarrollo de colorantes naturales.
Setembro / Septiembre
Outubro / Octubre
Novembro / Noviembre
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Agenda de eventos apoiados pela ABIT/ Texbrasil.Calendario de eventos apoyados por ABIT
Agenda de eventos apoiados pela ABIT/ Texbrasil.Agenda de eventos apoiados pela ABIT/ Texbrasil.Agenda de eventos apoiados pela ABIT/ Texbrasil.
Esta agenda poderá sofrer alterações. Confi ra sempre a agenda on-line em www.abit.org.brEsta agenda puede sufrir alteraciones. Vea siempre la agenda on-line en www.abit.org.br
Who’s Next & Premiere Classe Paris04.09.2010 - 07.09.2010
Paris (França) Paris (Francia)
Confecção geral e AcessóriosConfección general y Accesorios
EVENTO NACIONALEVENTOS NACIONALES
ITMF17.10.2010 - 19.10.2010
São Paulo (SP)São Paulo (SP)
PalestrasConferencias
EVENTO INTERNACIONALEVENTOS INTERNACIONALES
Prêt à Porter Paris04.09.2010 - 07.09.2010Paris (França) Paris (Francia)
Confecção geralConfección general
EVENTO INTERNACIONALEVENTOS INTERNACIONALES
Première Vision Paris14.09.2010 - 16.09.2010
Paris (França)Paris (Francia)
TêxtilTextil
ABIT/Texbrasil | Setembro 2010 | Septiembre 2010
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A convite do Texbrasil, estilista Kenzo Takada se reúne com empresários da moda brasileira
O estilista Kenzo Takada, fundador da marca KENZO, esteve em São Paulo (SP) entre os dias 19 e 26 de agosto a convite da ABIT e da Apex-Brasil, por intermédio do programa Texbrasil. Durante a visita, Kenzo se reuniu com empresários, estilistas, estudantes de moda e representantes de eventos. Ele ainda participou de um evento para empresários e associações na sede da ABIT, em que falou a respeito do processo de criação e construção de uma marca global e sobre o cenário mundial dos negócios da moda. O propósito da viagem foi apresentar ao estilista japonês a cultura nacional, o potencial da moda brasileira e também discutir novas possibilidades de negócios com empresários do setor. Da capital paulista, Kenzo seguiu para Brasília, onde se encontrou com executivos da APEX-Brasil.
Invitado por Texbrasil, estilista Kenzo Takada se reúne con empresarios de la moda brasileñaEl estilista Kenzo Takada, fundador de la marca KENZO, estuvo en São Paulo (SP) entre los días 19 y 26 de agosto como invitado de ABIT y de Apex-Brasil, por intermedio del programa Texbrasil. Durante la visita, Kenzo se reunió con empresarios, estilistas, estudiantes de moda y representantes de eventos. Él participó también de un evento para empresarios y asociaciones en la sede de ABIT, donde habló al respecto del proceso de creación y construcción de una marca global y sobre el escenario mundial de los negocios de la moda. El propósito del viaje fue presentarle al estilista japonés la cultura nacional, el potencial de la moda brasileña y también discutir nuevas posibilidades de negocios con empresarios del sector. De la capital paulista, Kenzo siguió para Brasilia, donde se encontró con ejecutivos de APEX-Brasil.
ATA Carnet: a um passo da realidade
Depois de tramitar durante um ano e meio na Câmara dos Deputados, o ATA Carnet encerrou sua passagem pelo Legislativo no dia 09 de agosto, data em que o Executivo divulgou o Decreto Legislativo 563/2010. Essa vitória contou com o apoio incansável da ABIT, que pressionou o Executivo para encaminhar o acordo internacional ao Congresso Nacional e também mobilizou a Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal.O ATA Carnet é essencial para os exportadores. Com esse instrumento, eles poderão levar um bem, em caráter temporário, para outros países sem o recolhimento de nenhum imposto ou taxa. Para tanto, é preciso que 100% das mercadorias retornem para o país de origem. O ATA Carnet também exclui a necessidade de declaração aduaneira e o depósito de garantia do exportador no país onde está sendo realizada a importação temporária. Agora, o Executivo precisa implementar o instrumento, e também é necessário selecionar e filiar as entidades garantidoras e emissoras do ATA. A ABIT continuará atuando junto ao Executivo para garantir que o instrumento possa ser utilizado pelas empresas exportadoras.
ATA Carnet: a un paso de la realidad Después de tramitar durante un año y medio en la Cámara de Diputados, el ATA Carnet finalizó su paso por el Legislativo el día 09
de agosto, fecha en que el Ejecutivo divulgó el Decreto Legislativo 563/2010. Esa victoria contó con el apoyo incansable de ABIT, que presionó al Ejecutivo a encaminar el acuerdo internacional al Congreso Nacional y también movilizó el Frente Parlamentario Mixto para el Desarrollo de la Industria Textil y de Confección, tanto en la Cámara de Diputados como en el Senado Federal.El ATA Carnet es esencial para los exportadores. Con ese instrumento, podrán llevar un bien, en carácter temporal, a otros países sin el pago de ningún impuesto o tasa. Para ello, es necesario que el 100% de las mercaderías regresen al país de origen. El ATA Carnet también excluye la necesidad de declaración aduanera y el depósito de garantía del exportador en el país en que se está siendo realizada la importación temporal. Ahora, el Ejecutivo necesita implementar el instrumento, y también es necesario seleccionar y afiliar a las entidades garantizadoras y emisoras del ATA. ABIT continuará actuando frente al Ejecutivo para garantizar que el instrumento pueda ser utilizado por las empresas exportadoras. ITMF Brasil 2010
A edição 2010 da convenção anual do International Textile Manufacturers Federation (ITMF) será realizada em São Paulo entre os dias 17 e 19 de outubro. Com o tema “Conformidade, Sustentabilidade e Rentabilidade”, o evento deve contar com nomes como Haroldo Cunha, presidente da ABRAPA, Richard Ward, diretor-superintendente da Petroquímica Suape, Marcos de Marchi, presidente da Rhodia, Guido Mantega, Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, Presidente do Banco Central, Luciano Coutinho, Presidente do BNDES, Marcos Gouvea de Souza, do GMD Brasil, e Alessandro Teixeira, Presidente da APEX-Brasil. Representantes internacionais também apresentarão suas palestras, entre eles Dan Cameron, Gerente-geral do Terranova Ranch (EUA), Terry Townsend, Diretor-executivo do ICAC (EUA), David Bayliss, Diretor da Advansa (Turquia), John Hawksworth, Diretor da PWC (UK), Achim Steiner, Diretor-executivo do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Quênia), John Cheh, CEO da Esquel (Hong Kong, China), John Easton, Gerente de Soluções Ecológicas da Dystar (UK).“Alinhar o discurso mundial do setor e tornar esse importante segmento da economia global em uma referência quanto aos cuidados ambientais e sociais, visando desenvolvimento sustentável e eficiente para os próximos profissionais que vão dirigir os teares da economia, conciliando isso com ética e lucros, são os principais motivos pelos quais nos reuniremos”, afirmou Aguinaldo Diniz Filho, presidente da ABIT e que será mediador das discussões, da reunião. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção é corresponsável pela realização e coordenação do evento, juntamente à diretoria do ITMF. O encontro conta também com a parceria do Texbrasil. Mais informações em www.itmfbrasil.com.br
ITMF Brasil 2010La edición 2010 de la convención anual del International Textile Manufacturers Federation (ITMF) se realizará en São Paulo entre los días 17 y 19 de octubre. Con el tema “Conformidad, Sostenibilidad y Rentabilidad”, el evento debe contar con nombres como Haroldo Cunha, presidente de ABRAPA, Richard Ward, director superintendente de la Petroquímica Suape, Marcos de Marchi, presidente de Rhodia,
[ Notas > Notes ]
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Guido Mantega, Ministro de Hacienda, Henrique Meirelles, Presidente del Banco Central, Luciano Coutinho, Presidente del BNDES, Marcos Gouvea de Souza, del GMD Brasil, y Alessandro Teixeira, Presidente de APEX-Brasil. Representantes internacionales también presentarán sus conferencias, entre ellos Dan Cameron, Gerente general de Terranova Ranch (EE.UU), Terry Townsend, Director ejecutivo del ICAC (EE.UU), David Bayliss, Director de Advansa (Turquía), John Hawksworth, Director de PWC (UK), Achim Steiner, Director ejecutivo del Programa de Medio Ambiente de las Naciones Unidas (Kenia), John Cheh, CEO de Esquel (Hong Kong, China), John Easton, Gerente de Soluciones Ecológicas de Dystar (UK).“Alinear el discurso mundial del sector y transformar ese importante segmento de la economía global en una referencia respecto a los cuidados ambientales y sociales, buscando desarrollo sostenible y eficiente para los próximos profesionales que van a dirigir los telares de la economía, conciliando eso con ética y ganancias, son los principales motivos por los cuales nos reuniremos”, afirmó Aguinaldo Diniz Filho, presidente de ABIT, que será mediador de las discusiones y de la reunión. La Asociación Brasileña de la Industria Textil y de Confección es corresponsable por la realización y coordinación del evento, en conjunto con la dirección del ITMF. El encuentro cuenta también con la cooperación de Texbrasil. Más informaciones en www.itmfbrasil.com.br
Sucesso em Mostra de Tecidos para Decoração Entre os dias 27 e 30 de julho foi realizada a 4ª edição da ForMóbile, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. Durante o evento, 18 expositores que fazem parte do Comitê de Tecidos para Decoração da ABIT puderam apresentar suas novidades, que incluíram estampas, tecidos e tendências. Para Ramiro Palma, coordenador do Comitê, esse segmento é fundamento para a indústria têxtil. “Com a participação das empresas na mostra, os produtos das marcas ganham maior visibilidade no mercado. Se somados os ramos de cama, mesa, banho e decoração, somos responsáveis por 17% do faturamento de todo o setor”, afirmou. Em relação à ForMóbile, Palma disse que o evento consagrou o formato de exposição utilizado pelos integrantes do Comitê em grandes eventos. “Muitos clientes que passaram pela nossa mostra elogiaram a formatação. O fato das empresas estarem todas juntas, em um mesmo espaço, é um facilitador para a visitação e agiliza o contato com todos os desenvolvimentos do segmento”, explicou. “Essa é a feira mais democrática que já fizemos, pois existe uma variedade enorme de itens. O comprador que nos visitou encontrou em cada um dos estandes artigos diferentes, que são fruto de um trabalho de pesquisa de mercado e investimentos em novas tecnologias”.
Éxito en Muestra de Tejidos para Decoración Entre los días 27 y 30 de julio se realizó la 4ª edición de ForMóbile, en el Pailhão Anhembi, en São Paulo. Durante el evento, 18 expositores que forman parte del Comité de Tejidos para Decoración de ABIT pudieron presentar sus novedades, que incluyeron estampas, tejidos y tendencias. Para Ramiro Palma, coordinador del Comité, ese segmento es fundamental para la industria textil. “Con la participación de las empresas en la muestra, los productos de las marcas obtienen
mayor visibilidad en el mercado. Si sumados los ramos de cama, mesa, baño y decoración, somos responsables por el 17% de la facturación de todo el sector”, afirmó. En relación a ForMóbile, Palma dijo que el evento consagró el formato de exposición utilizado por los integrantes del Comité en grandes eventos. “Muchos clientes que pasaron por nuestra muestra elogiaron el formato. El hecho de que las empresas estén todas juntas, en un mismo espacio, es un facilitador para la visita y agiliza el contacto con todos los desarrollos del segmento”, explicó. “Esa es la feria más democrática que ya hicimos, pues existe una variedad enorme de ítems. El comprador que nos visitó encontró en cada uno de los stands artículos diferentes, que son fruto de un trabajo de encuesta de mercado e inversiones en nuevas tecnologías”.
Salão Première Brasil torna-se referência na América Latina
O Salão Première Brasil, realizado nos dias 21 e 22 de julho, em São Paulo, mostrou ao público lançamentos em tecidos, fios, fibras e acessórios para o Outono/Inverno 2011. Nesta segunda edição do evento, que teve apoio da ABIT, Texbrasil, Apex-Brasil e do Sinditêxtil-SP, foram 88 expositores, número 30% a mais que a primeira edição. Entre os 10 países participantes estiveram Áustria, Brasil, Bulgária, França, Alemanha e Itália.O presidente da ABIT, Aguinaldo Diniz Filho, esteve presente na abertura da feira e disse que, por conta do conhecimento e da experiência dos seus realizadores, “além de auxiliar ainda mais a projeção da indústria brasileira, a Première Brasil tem tudo para se tornar um dos maiores e mais importantes salões de moda e negócios do mundo”, observou. Já Rafael Cervone Netto, presidente do Sinditêxtil-SP e diretor executivo do Texbrasil, afirmou: “Para nós, o Salão é tão importante que trouxemos três jornalistas internacionais e quatro compradores estrangeiros”. A próxima edição da Première Brasil acontecerá dias 19 e 20 de janeiro de 2011, edição Primavera/Verão.
Salón Première Brasil se transforma en referencia en América Latina El Salón Première Brasil, realizado los días 21 y 22 de julio, en São Paulo, mostró al público lanzamientos en tejidos, hilos, fibras y accesorios para el Otoño/Invierno 2011. En esta segunda edición del evento, que tuvo apoyo de ABIT, Texbrasil, Apex-Brasil y del Sinditêxtil-SP, fueron 88 expositores, número 30% superior a la primera edición. Entre los 10 países participantes estuvieron Austria, Brasil, Bulgaria, Francia, Alemania e Italia.El presidente de ABIT, Aguinaldo Diniz Filho, estuvo presente en la apertura de la feria y dijo que, por cuenta del conocimiento y de la experiencia de sus realizadores, “además de auxiliar aún más la proyección de la industria brasileña, Première Brasil tiene todo para transformarse en uno de los mayores y más importantes salones de moda y negocios del mundo”, observó. Rafael Cervone Netto, presidente del Sinditêxtil-SP y director ejecutivo de Texbrasil, afirmó: “Para nosotros, el Salón es tan importante que trajimos a tres periodistas internacionales y cuatro compradores extranjeros”. La próxima edición de Première Brasil tendrá lugar durante los días 19 y 20 de enero de 2011, edición Primavera/Verano.
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